Projeto. Nota Técnica 05. Caracterização, Análise e Sugestões para Adensamento das Políticas de Apoio a APLs Implementadas nos Estados.
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- Gonçalo Ramires Chagas
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1 0 Projeto Análise do Mapeamento e das Políticas para Arranjos Produtivos Locais no Norte, Nordeste e Mato Grosso e dos Impactos dos Grandes Projetos Federais no Nordeste Nota Técnica 05 Caracterização, Análise e Sugestões para Adensamento das Políticas de Apoio a APLs Implementadas nos Estados Piauí
2 1 Projeto Análise do Mapeamento e das Políticas para Arranjos Produtivos Locais no Norte, Nordeste e Mato Grosso e dos Impactos dos Grandes Projetos Federais no Nordeste Nota Técnica 05 CARACTERIZAÇÃO, ANÁLISE E SUGESTÕES PARA ADENSAMENTO DAS POLÍTICAS DE APOIO A APLs IMPLEMENTADAS NOS ESTADOS Piauí Equipe Estadual Coordenador: Francisco de Assis Veloso Filho Pesquisadores: Fernanda Rocha Veras e Silva Francisco Prancacio Araújo de Carvalho Ricardo Alaggio Ribeiro Estagiários: Emerson Ribeiro Ramos Thiago Pires de Lima Miranda Jackson Carneiro Viana Filipe Silva Passos Equipe de Coordenação do Projeto / RedeSist Coordenadora: Valdênia Apolinário Maria Lussieu da Silva Thaís de Miranda Moreira
3 2 LISTA DE TABELAS Tabela 1 Produto Interno Bruto a preço de mercado corrente em R$ milhão e crescimento percentual do PIB dos estados do Nordeste Tabela 2 - Participação percentual Produto Interno Bruto (PIB) a preço de mercado corrente dos Estados da região Nordeste, no total do PIB do Nordeste e do Brasil Tabela 3 - Produto interno bruto per capita dos estados do Nordeste, crescimento percentual e participação do PIB per capita em relação ao Nordeste e Brasil Tabela 4 - Evolução do volume do Produto Interno Bruto a preço de mercado dos estados do Nordeste Tabela 5 - Composição do Produto Interno Bruto do Brasil a preços correntes, participação percentual no NE e no Brasil e variação real, segundo as Unidades da Federação do Nordeste Tabela 6 - Composição do Valor Adicionado do estado Piauí Tabela 7 Quantidade de municípios, ordenados em blocos dos menores para os maiores PIBs correntes de 2006 e, participação relativa e acumulada dos blocos de municípios no total do PIB e da população do Piauí Tabela 8 - Balança comercial internacional das transações do Piauí segundo suas principais atividades econômicas 2006 (VALORES EM REAIS) Tabela 9 Teresina: Operações do banco popular no período Tabela 10 Teresina: dados sobre os centros de produção de bairros
4 3 LISTA DE ILUSTRAÇÕES Gráfico 1 Participação percentual dos valores adicionados, a preços básicos, dos setores da economia piauiense e dos impostos sobre produtos líquidos de subsídios no cômputo do PIB corrente 2002 e Gráfico 2 - Flutuação do emprego segundo setores de atividades Gráfico 3 Participação percentual do Produto Interno Bruto dos 30 maiores municípios do estado no total do PIB pm corrente do Piauí Gráfico 4 Evolução dos cinco municípios de maiores Produto Interno Bruto per capita cinco Gráfico 5 - Valores de Exportação, importação e Saldo em US$ 1000 FOB -Piauí ( ) Gráfico 6 Participação percentual do valor, em US$ 1000 FOB, das exportações do Piauí em relação ao Nordeste e do Nordeste em relação ao Brasil ( ) Gráfico 7- Participação percentual dos doze principais produtos exportados no valor das Exportações em US$ FOB - Piauí em Quadro 1 APLs identificados pelo SEBRAE-PI Quadro 2 APLs identificados pelo GTP APL Quadro 3 APLs identificados pela CODEVASF Quadro 4 APLs identificados e apoiados pela CODEVASF Quadro 5 APLs identificados pelo BNB Quadro 6 APLs identificados pela SEMDEC/PMT Quadro 6 APLs não identificados Quadro 7 APLs não identificados Figura 1 Participação percentual dos PIBs dos municípios no total do PIB do Piauí Figura 2 PIB per capita dos municípios do Piauí Figura 3 Destaque dos municípios do Artesanato do Grupo Gestor Estadual (GGE APL) do SEDET Piauí Figura 4 Destaque dos municípios do Artesanato da Região Norte SEBRAE-PI - Piauí Figura 5 Destaque dos municípios do Artesanato da Serra da Capivara SEBRAE- PI -Piauí
5 4 Figura 6 Destaque dos municípios do Artesanato de Teresina SEBRAE-PI -Piauí Figura 7 Destaque dos municípios de Arte Cerâmica Vermelha do Grupo Gestor Estadual (GGE APL) do SEDET Piauí Figura 8 Destaque dos municípios do Turismo no Litoral do Grupo Gestor Estadual (GGE APL) do SEDET Piauí Figura 9 Destaque dos municípios da regionalização do turismo Jeri-Delta-Lençois do SEBRAE-PI Piauí Figura 10 Destaque dos municípios do turismo da Serra da Capivara do SEBRAE-PI Piauí Figura 11 Destaque dos municípios do turismo do Território de Teresina do SEBRAE-PI Piauí Figura 12 Destaque dos municípios do turismo Roteiro Integrado de Sete Cidades e Serra da Ibiapaba do SEBRAE-PI Piauí Figura 13 Destaque dos municípios de Têxtil e Confecções da Região Norte do Grupo Gestor Estadual (GGE APL) do SEDET Piauí Figura 14 Destaque dos municípios de Confecção do Norte Piauiense do SEBRAE PI - Piauí Figura 15 Destaque dos municípios de Confecção de Teresina do SEBRAE PI - Piauí Figura 16 Destaque dos municípios da apicultura do Grupo Gestor Estadual (GGE APL) do SEDET Piauí Figura 17 Destaque dos municípios da Apicultura na sub-região de São Raimundo Nonato CODEVASF-PI Piauí Figura 18 Destaque dos municípios da Apicultura no Território da Serra das Confusões CODEVASF-PI Piauí Figura 19 Destaque dos municípios da Apicultura no Município de Campo Maior CODEVASF-PI Piauí Figura 20 Destaque dos municípios da Apicultura na Mesorregião da Chapada do Araripe CODEVASF-PI Piauí Figura 21 Destaque dos municípios da apicultura do SEBRAE PI Piauí Figura 22 Destaque dos municípios do APIS Araripe do SEBRAE PI Piauí Figura 23 Destaque dos municípios do APIS da Serra da Capivara do SEBRAE PI Piauí
6 5 Figura 24 Destaque dos municípios da Ovinocaprinocultura do Grupo Gestor Estadual (GGE APL) do SEDET Piauí Figura 25 Destaque dos municípios da Ovinocaprinocultura do Grupo Gestor Estadual (GGE APL) do SEDET Piauí Figura 26 Destaque dos municípios da Caprinovinocultura no Território dos Cocais e Entre Rios da CODEVASF-PI Piauí Figura 27 Destaque dos municípios da Caprinocultura na Mesorregião da Chapada do Araripe da CODEVASF-PI Piauí Figura 28 Destaque dos municípios da Caprinocultura no Território da Serra das Confusões da CODEVASF-PI Piauí Figura 29 Destaque dos municípios da Ovinocaprinocultura da CODEVASF-PI Piauí Figura 30 Destaque dos municípios do Aprisco da Região Norte do SEBRAE PI - Piauí Figura 31 Destaque dos municípios do Aprisco de Teresina do SEBRAE PI - Piauí Figura 32 Destaque dos municípios do Aprisco de Floriano do SEBRAE PI - Piauí Figura 33 Destaque dos municípios do Aprisco do Araripe do SEBRAE PI - Piauí Figura 34 Destaque dos municípios da Ovinocaprinocultura da Serra da Capivara SEBRAE PI - Piauí Figura 35 Destaque dos municípios da Opala de Pedro II do Grupo Gestor Estadual (GGE APL) do SEDET Piauí Figura 36 Destaque dos municípios da Cajucultura do Grupo Gestor Estadual (GGE APL) do SEDET Piauí Figura 37 Destaque dos municípios da Cajucultura na Região Norte e Sudoeste da CODEVASF-PI Piauí Figura 38 Destaque dos municípios da Cajucultura do Piauí do SEBRAE-PI Piauí Figura 39 Destaque dos municípios de Leite e Derivados da região Norte do Grupo Gestor Estadual (GGE APL) do SEDET Piauí Figura 40 Destaque dos municípios de Leite e Derivados do Baixo Paranaíba do SEBRAE-PI Piauí
7 6 Figura 41 Destaque dos municípios de Leite e Derivados do Território de Teresina do SEBRAE-PI Piauí Figura 42 Destaque do município de Piscicultura do Grupo Gestor Estadual (GGE APL) do SEDET Piauí Figura 43 Destaque dos municípios da Aquicultura do Estado do Piauí da CODEVASF PI Piauí Figura 44 Destaque dos municípios da Aquicultura das Regiões Centro-sul e Oeste do Estado do Piauí CODEVASF PI Piauí Figura 45 Destaque dos municípios da Aquicultura do baixo Parnaíba Piauiense CODEVASF PI Piauí Figura 46 Destaque dos municípios da Piscicultura do Piauí do SEBRAE PI Piauí Figura 47 Destaque dos municípios da Fruticultura Irrigada do Território de Floriano do SEBRAE-PI Piauí Figura 48 Destaque dos municípios da Fruticultura Orgânica dos Tabuleiros Litorâneos do SEBRAE-PI Piauí Figura 49 Destaque dos municípios da Avicultura do Piauí SEBRAE-PI -Piauí Figura 50 Destaque dos municípios da Mandiocultura do Território do Rio Araripe do SEBRAE-PI Piauí Figura 51 Destaque dos municípios da Agroindústria da Cachaça na Mesorregião da Chapada das Mangabeiras CODEVASF-PI Piauí Figura 52 Destaque dos municípios da Bovinocultura no Litoral Piauiense CODEVASF-PI Piauí Figura 53 Média da produção de cera bruta e pó cerífero de carnaúba por microrregiões piauienses a Figura 54 Percentual da produção média de cera bruta e pó cerífero de carnaúba em relação ao Piauí, por municípios piauienses a Figura 55 Destaque dos municípios Pólo Integrado de Desenvolvimento Uruçui- Gurguéia do Banco do Nordeste do Brasil BNB Piauí
8 7 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO: PANORAMA DA ECONOMIA PIAUIENSE PRODUTO INTERNO BRUTO MERCADO DE TRABALHO DISTRIBUIÇÃO MUNICIPAL DO PRODUTO E DA RENDA COMÉRCIO INTER-ESTADUAL E EXTERNO CAPÍTULO 1 CARACTERIZAÇÃO DAS INSTITUIÇÕES, CONCEITOS E CRITÉRIOS DE SELEÇÃO DE ARRANJOS ESTRUTURA INSTITUCIONAL PRINCIPAIS CONCEITOS E CRITÉRIOS ARRANJOS IDENTIFICADOS EM CAPÍTULO 2 ESTRUTURA INSTITUCIONAL DE APOIO E POLÍTICAS PARA ARRANJOS NO ESTADO AS POLÍTICAS INSTITUCIONAIS PARA ARRANJOS ACOMPANHAMENTO DAS AÇÕES DE APOIO AOS ARRANJOS CAPÍTULO 3 ANÁLISE DAS POLÍTICAS: FOCO E INSTRUMENTOS A POLÍTICA ECONÔMICA ESTADUAL E OS ARRANJOS PRODUTIVOS A ECONOMIA REGIONAL E OS ARRANJOS PRODUTIVOS CAPÍTULO 4 CONSIDERAÇÕES FINAIS: SUGESTÕES DE POLÍTICAS PARA ARRANJOS NO ESTADO REFERÊNCIAS APÊNDICE
9 8 1 INTRODUÇÃO: PANORAMA DA ECONOMIA PIAUIENSE O território do Piauí é formado por um conjunto de 224 municípios que abrange área total de km², correspondente a 2,95 % do território brasileiro e 16% do Nordeste. Em 2002, o Piauí era o 12º estado brasileiro menos populoso, com hab., 1,65% da população nacional. Já em 2006, o Piauí ficou com densidade demográfica de 12,07 hab/km 2 e ocupou a 10º colocação com menor número de habitantes do país, eram , 1,63% da população brasileira e 5,88% do Nordeste. (IBGE, 2006). A integração do Piauí à economia brasileira ocorre a partir dos anos de As políticas desenvolvimentistas do governo central propõem uma integração da economia nacional e uma ampliação do mercado interno. Ampliam-se as atividades comerciais e o peso do setor público na renda do estado. As exportações, diferentemente dos períodos anteriores, perdem peso relativo, por falta de uma agricultura de mercado e de um setor industrial mais desenvolvido. Enquanto as desigualdades entre as regiões se ampliavam, o Piauí recebia grandes investimentos infra-estruturais que não tiveram o efeito multiplicador esperado. Percebe-se que o estado é um consumidor de produtos manufaturados das diversas regiões do país, sendo que a intermediação destes produtos pelo comércio local é, possivelmente, uma das atividades mais lucrativas da economia local e que, sem dúvida, possui grande peso na renda estadual. A tendência geral até os anos 80, ainda não superada por outra realidade, foi a de integração do mercado local ao nacional, o aprofundamento desvantajoso das relações interestaduais, a queda no peso relativo das exportações, fenômenos compensados de alguma forma pela renda gerada por um aumento das transferências federais, em suas variadas formas, o que possibilitou a formação de um mercado local o qual, se não é tão dinâmico ou diversificado como em outros estados da União, possui claramente um tamanho não desprezível. 1.1 PRODUTO INTERNO BRUTO Quanto ao Produto Interno Bruto, avaliado a preço de mercado corrente entre 2002 e 2006, o Piauí aparece com crescimento de 72,26% no acumulado do período, abaixo apenas do Maranhão (85,27%) e acima da média do Nordeste (62,42%) e do Brasil (60,36%), foi ainda em 2006, a unidade da federação nordestina com a menor produção de bens e serviços. (Tabela 1).
10 9 Tabela 1 Produto Interno Bruto a preço de mercado corrente em R$ milhão e crescimento percentual do PIB dos estados do Nordeste Ano / Estados do Nordeste PIB pm corrente em R$ Milhão Crescimento (%) [(ano final / ano inicial ) 1] * / 2004/ 2005/ 2006/ 2006/ Piauí ,21 11,85 13,37 14,93 72,26 Sergipe ,01 11,90 10,36 12,65 59,99 Alagoas ,24 15,00 9,69 11,42 60,55 Paraíba ,86 6,11 12,29 18,29 60,48 Rio G. do Norte ,80 15,28 14,69 15,04 68,53 Maranhão ,64 16,89 17,26 12,97 85,27 Ceará ,70 13,21 11,04 13,13 60,26 Pernambuco ,51 11,96 13,43 11,18 57,45 Bahia ,32 16,05 14,97 6,20 59,15 Nordeste ,28 13,82 13,56 10,92 62,42 Brasil ,03 14,21 10,60 10,36 60,36 Fonte: Elaboração própria dados IBGE (2009a) / CONAC/DPE. Entre 2002 e 2006, as regiões do país que tiveram maior e menor crescimento do PIB a preço de mercado corrente, foram a região Norte com 73,16%, no acumulado do período, e a região Sul com 54,93%. Nesse mesmo período, o Piauí com crescimento acumulado de 72,26%, ficou, no Brasil, abaixo apenas de Espírito Santo (97,27%), Maranhão (85,27%), Amazonas (79,73%) e Pará (72,94%). Já quanto a representatividade do Piauí no Nordeste em relação ao PIB, este continua sendo a economia com mais baixa participação. (tabela 2) Tabela 2 - Participação percentual Produto Interno Bruto (PIB) a preço de mercado corrente dos Estados da região Nordeste, no total do PIB do Nordeste e do Brasil Ano / Estados do Nordeste Part. % PIB no NE Part. % PIB no Brasil Part. % PIB no NE Part. % PIB no Brasil Part. % PIB no NE Part. % PIB no Brasil Part. % PIB no NE Part. % PIB no Brasil Part. % PIB no NE Part. % PIB no Brasil Piauí 3,88 0,50 4,04 0,52 3,97 0,51 3,97 0,52 4,11 0,54 Sergipe 4,93 0,64 5,01 0,64 4,93 0,63 4,79 0,63 4,86 0,64 Alagoas 5,12 0,66 5,16 0,66 5,22 0,66 5,04 0,66 5,06 0,66 Paraíba 6,49 0,84 6,52 0,83 6,08 0,77 6,01 0,79 6,41 0,84 Rio Grande do Norte 6,37 0,83 6,23 0,80 6,31 0,80 6,37 0,83 6,61 0,87 Maranhão 8,06 1,05 8,52 1,09 8,75 1,11 9,03 1,18 9,20 1,21 Ceará 15,08 1,96 15,00 1,92 14,92 1,90 14,59 1,91 14,88 1,95 Pernambuco 18,40 2,39 18,11 2,31 17,82 2,27 17,79 2,32 17,84 2,34 Bahia 31,67 4,11 31,40 4,01 32,01 4,07 32,41 4,23 31,03 4,07 Nordeste 100,00 12,96 100,00 12,77 100,00 12,72 100,00 13,07 100,00 13,13 Brasil 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 Fonte: Elaboração própria dados IBGE (2009a) / CONAC/DPE. Verifica-se que de 2002 a 2006, apenas três estados ampliaram, mesmo de forma pouco significativa, sua participação no PIB da região Nordeste. O Piauí cresceu a um ritmo anual médio de aproximadamente 6% (passou de 3,88% do PIB do NE em 2002, para 4,11%), o Rio
11 10 Grande do Norte que teve um crescimento médio de 4% (passou de 6,37% do PIB do NE em 2002 para 6,61%) e o Maranhão que passou de 8,06% do PIB do regional em 2002, para 9,20%, com base em um crescimento médio anual, bastante significativo de 14%. No referido período, os demais estados apresentaram redução na participação do produto da região apresentada. Considerando o PIB pm corrente e a população, é possível verificar se a produção de bens e serviços tem sido superior ao incremento populacional, revelando ou não se houve crescimento econômico. O PIB per capita é o indicador que revela essa situação. Entre 2002 e 2006, o Piauí teve o segundo maior crescimento do PIB per capita do Nordeste, com taxa acumulada de 65,53%, passando de R$ em 2002 para R$ em (Tabela 3). Tabela 3 - Produto interno bruto per capita dos estados do Nordeste, crescimento percentual e participação do PIB per capita em relação ao Nordeste e Brasil Ano / Estados do PIB per capita (PIB pm corrente em R$ / população) Crescimento (%) [(ano final / ano inicial ) 1] *100 Participação % PIB per capita Nordeste 2003/ 2004/ 2005/ 2006/ 2006/ NE BRA Piauí ,02 10,74 12,25 13,81 65,56 69,87 33,20 Maranhão ,00 15,31 15,69 11,49 75,50 76,75 36,47 Alagoas ,89 13,65 8,41 10,15 53,21 85,65 40,70 Paraíba ,98 5,29 11,43 17,40 55,62 91,34 43,40 Ceará ,97 11,50 9,38 11,48 50,89 93,47 44,42 Pernambuco ,30 10,76 12,22 10,02 50,84 108,27 51,45 Rio G. do Norte ,25 13,69 13,13 13,50 59,49 112,01 53,23 Bahia ,20 14,88 13,86 5,18 52,98 114,80 54,55 Sergipe ,01 9,99 8,49 10,79 49,41 125,39 59,58 Nordeste ,94 12,48 12,24 9,65 54,96 100,00 47,52 Brasil ,36 12,58 9,03 8,84 51,45-100,00 Fonte: Elaboração própria dados IBGE (2009a) / CONAC/DPE. Embora o referido estado tenha tido o segundo maior crescimento da região, ainda foi o pior PIB per capita do país em 2006, representado 69,87% do mesmo indicador do Nordeste e apenas 33,20% do Brasil. No Piauí, o crescimento acumulado em volume da produção de bens e serviços no período , foi um dos que mais cresceu, 24,19%, oitavo maior do país, abaixo de Tocantins (32,37%), Amapá (31,03%), Amazonas (30,77%), Maranhão (28,18%), Pará (27,35%), Acre (26,48%) e Rondônia (125,11%). Entre 2002 e 2006, o estado piauiense com 24,19% de crescimento acumulado no período, manteve um ritmo de crescimento do volume do PIB acima da média nordestina (18,90%) e brasileira (14,68%) e, especificamente no Nordeste, foi o segundo maior crescimento, perdendo apenas para o Maranhão. (Tabela 4)
12 11 Tabela 4 - Evolução do volume do Produto Interno Bruto a preço de mercado dos estados do Nordeste Ano / Estados do Nordeste Pernambuco 100,00 99,37 103,44 107,79 113,29 Alagoas 100,00 99,44 103,93 108,88 113,65 Rio Grande do Norte 100,00 101,45 104,96 109,15 114,43 Ceará 100,00 101,47 106,70 109,70 118,52 Paraíba 100,00 105,29 108,21 112,52 120,06 Sergipe 100,00 102,67 109,47 115,70 120,43 Bahia 100,00 102,15 111,99 117,41 120,57 Piauí 100,00 105,39 112,03 117,10 124,19 Maranhão 100,00 104,40 113,75 122,10 128,18 Nordeste 100,00 101,89 108,53 113,48 118,90 Brasil 100,00 101,15 106,92 110,30 114,68 Fonte: Elaboração própria dados IBGE (2009a) / CONAC/DPE. Nota: (2002=100). Mesmo com significativos níveis de elevação do volume do produto, o Piauí necessita criar mecanismos que permitam ampliação de taxas duradouras de crescimento, baseadas no fortalecimento das atividades produtivas. Metodologicamente, para se chegar ao PIB, considera-se o valor adicionado a preço básico mais os impostos sobre produtos líquidos de subsídios. Antes de avaliar as atividades produtivas no âmbito do valor adicionado é importante destacar a composição do PIB. (Tabela 5). Tabela 5 - Composição do Produto Interno Bruto do Brasil a preços correntes, participação percentual no NE e no Brasil e variação real, segundo as Unidades da Federação do Nordeste Unidades da Federação / NE Valor adicionado bruto a preço básico corrente Valor ( R$) Impostos sobre produtos, líquidos de subsídios Produto Interno Bruto a preços correntes Variação real anual Valor (A) Part. % Part. % Valor (B) Part. % Part. % Valor (A+B) 2006/2005 (%) Piauí 11387,00 4,20 0, ,00 3,53 0, ,00 6,10 Sergipe 13492,00 4,97 0, ,00 4,11 0, ,00 4,10 Alagoas 14117,00 5,20 0, ,00 4,12 0, ,00 4,40 Paraíba 17877,00 6,59 0, ,00 5,22 0, ,00 6,70 Rio G. do Norte 18042,00 6,65 0, ,00 6,33 0, ,00 4,80 Maranhão 25706,00 9,47 1, ,00 7,33 0, ,00 5,00 Ceará 40597,00 14,96 2, ,00 14,37 1, ,00 8,00 Pernambuco 47662,00 17,56 2, ,00 19,73 2, ,00 5,10 Bahia 82541,00 30,41 4, ,00 35,26 4, ,00 2,70 Nordeste , , , , ,00 4,80 Brasil , , ,00 4,00 Fonte: Elaboração própria dados IBGE (2009a) / CONAC/DPE.
13 12 Quando se avalia em 2006, apenas o valor adicionado, há uma pequena melhora de participação do Piauí no total do Nordeste e do Brasil comparativamente ao PIB pm corrente, mas uma análise isolada daquele indicador, no âmbito das atividades produtivas, revelam que o Piauí ainda é carente de produção e geração de renda. Sinteticamente, o Gráfico 1 apresenta a participação percentual dos valores adicionados brutos, a preços básicos correntes, pelos três setores, mais os impostos sobre produtos líquidos de subsídios, em relação ao total do PIB pm corrente do Piauí em 2002 e Revela-se que os serviços representavam 66% do produto corrente do estado em 2006, a indústria 15% e agropecuária com 8% Gráfico 1 Participação percentual dos valores adicionados, a preços básicos, dos setores da economia piauiense e dos impostos sobre produtos líquidos de subsídios no cômputo do PIB corrente 2002 e Fonte: Elaboração própria dados IBGE (2009b) / CONAC/ DPE. Mesmo havendo um crescimento significativo do PIB corrente entre 2002 e 2006, não houve alteração importante na composição da participação dos setores no produto do estado. As atividades rotuladas como Serviços cairam de 67% para 66% enquanto a indústria subiu de 14% para 15% do PIB de 2002 para O valor adicionado do Piauí, desagregado por atividades produtivas em 2003, revelaram que, o carro chefe da economia piauiense foram as atividades descritas como Administração, saúde e educação públicas que respondeu, no ano citado, por 27,53% do valor adicionado a preço do ano anterior do Estado, enquanto o comércio ficou com 12,69% e Atividades Imobiliárias e aluguel com 11,11%. No referido ano, a Indústria Extrativa
14 13 mineral teve a menor participação no cômputo do valor adicionado piauiense, com apenas 0,24% do total. Em 2003 no Piauí, cinco atividades produtivas tiveram queda em volume: Pecuária e pesca, Construção civil, Comércio e serviços de manutenção e reparação, Transportes, armazenagem e Correio e Serviços domésticos. Destas, a maior queda foi da Construção civil com 10% e a menor a da Pesca e pecuária. Estes dados refletem o momento de crise que o país passava no meio da década. Uma observação mais atenta indica que boa parte do aumento do valor adicionado neste período se deve ao acréscimo de valor no setor Administração, saúde e educação públicas, de elevado peso ponderado na construção do valor adicionado, e relativamente infenso às variações conjunturais econômicas. Tabela 6 - Composição do Valor Adicionado do estado Piauí VALOR ADICIONADO (VA) EM R$ MILHÃO ATIVIDADES Preço do ano Preço do ano Valor anterior corrente do ano Índices Valor (A) % no Total Valor (B) % no Total anterior (C) volume (A/C) preço (B/A) Agricultura, silvicultura e exploração florestal 687 6, , ,06 0,91 Pecuária e pesca 495 4, , ,01 0,93 Indústria Extrativa mineral 15 0, , ,10 1,00 Indústria de transformação 723 6, , ,03 1,13 Construção civil 624 5, , ,13 1,00 Produção e dist. de elet. e gás, água, esgoto e limpeza urbana 441 4, , ,02 1,07 Comércio e serviços de manutenção e reparação , , ,16 1,19 Serviços alojamento e alimentação 143 1, , ,10 1,16 Transportes, armazenagem e correio 400 3, , ,03 0,99 Serviços de informação 308 2, , ,01 1,02 Intermediação financeira, seguros e previdência complementar 436 4, , ,13 0,99 Serviços prestados às famílias e associativos 231 2, , ,01 1,15 Serviços prestados às empresas 192 1, , ,06 1,07 Atividades Imobiliárias e aluguel , , ,02 1,04 Administração, saúde e educação públicas , , ,01 1,13 Saúde e educação mercantis 166 1, , ,00 1,26 Serviços domésticos 172 1, , ,98 1,12 Total Piauí ,05 1,08 Fonte: Elaboração própria dados IBGE (2009a) / CONAC/DPE. A tabela 6 mostra para o ano de 2006 a desagregação por setores no Piauí. O índice de volume mostra um aumento positivo para todas as categorias, exceto Serviços domésticos. As atividades de Construção Civil e Comércio e serviços de manutenção e reparação, cresceram significantemente, 83% e 82% respectivamente, em termos nominais, quando comparadas aos dados de 2003, refletindo o crescimento econômico do período.
15 14 Apesar do aumento na participação do PIB em 22% entre 2000 e 2004, a agricultura do estado teve um pequeno crescimento entre 2003 e As irregularidades pluviométricas, a queda dos preços dos produtos de exportação, a dificuldade de financiamento de insumos e custeio agrícola e os fretes elevados pela dificuldade de escoamento da produção, provocaram desestímulos nos empresários locais, gerando na agricultura entre estes anos um crescimento no valor adicionado de 8,33%. É bom destacar a importância da cultura da soja na produção de grãos, com participação de 51,5% do total (CEPRO, 2009). Dentro da construção civil, é importante destacar o indicador de consumo de cimento, onde houve um índice de crescimento de 22,15% em relação ao ano anterior. Em 2006, o nível de consumo no Estado atingiu t e representou 4,93% do consumo regional de t (CEPRO, 2009). O comércio registrou em 2006 uma expansão de 19,18% no volume de vendas no varejo ampliado em relação a 2005, o segundo melhor desempenho dentre os demais estados nordestinos. Em nível nacional, a variação média foi de 6,45% (CEPRO, 2009). Dentro do setor de Produção e distribuição de eletricidade e gás, água e esgoto e limpeza urbana, destaca-se o consumo de energia elétrica que foi de MWh em 2006, com crescimento de 2,8% em relação ao ano anterior. O número de consumidores aumentou 6,0% em relação ao ano anterior, sendo de (CEPRO, 2009). No segmento transporte, o destaque é dado ao setor aéreo que houve uma variação de 19,97% no movimento de embarques em 2006, enquanto nos desembarques a variação foi de 21,01% (CEPRO, 2009). 1.2 MERCADO DE TRABALHO No ano de 2006, o estoque de empregos formais no Piauí foi de postos de serviços, valor ligeiramente superior aos postos de A administração pública era responsável por 42,6% do estoque para 2006 (um total de empregos formais) o que é coerente com a estrutura da economia piauiense. Registre-se que a média nacional da relação entre estoque de empregos formais da administração pública e o total de empregos formais, para 2006, era de 21,96%, praticamente metade do índice piauiense (RAIS / CAGED, 2009). O setor de serviços correspondeu a 24,69% do estoque total de empregos formais do estado, representando a segunda atividade que mais empregou na economia piauiense, para 2006.
16 15 Quanto à evolução do emprego segundo os principais setores da economia, mantiveram na liderança o comércio ( vagas), seguido pelos serviços ( vagas), ambos representando 93% dos empregos gerados em Esses dados mostram a tendência verificada no Piauí de expansão dessas duas atividades Entre os ramos de atividade, o comércio varejista (+3199 vagas); os serviços de alojamento e alimentação ( vagas) e o ensino (+677 vagas) obtiveram os melhores desempenhos para o ano de 2006, segundo o (RAIS / CAGED, 2009). (Gráfico 2) Gráfico 2 - Flutuação do emprego segundo setores de atividades Fonte: CEPRO (2009) dados Fonte: MTE. Em resumo, o mercado de trabalho formal piauiense apresenta uma fraca dinâmica se comparado com o do país e com o da região; possui grande dependência do emprego público e está demasiadamente concentrado na capital do estado. 1.3 DISTRIBUIÇÃO MUNICIPAL DO PRODUTO E DA RENDA Os dados de IBGE (2006) indicam que, em 2006, os 223 municípios do Piauí, representavam 12,44% dos municípios do Nordeste (1.793 unidades) e 4,01% do Brasil (5.563 unidades. Quanto a população, como já evidenciado, o Piauí em 2006 tinha habitantes, 1,63% da população brasileira e 5,88% do Nordeste (IBGE, 2006).
17 16 Tabela 7 Quantidade de municípios, ordenados em blocos dos menores para os maiores PIBs correntes de 2006 e, participação relativa e acumulada dos blocos de municípios no total do PIB e da população do Piauí Linhas Quantidade de municípios ordenados em blocos dos menores para os maiores PIBs. Blocos de Acumulado municípios Total % Participação no total do PIB corrente de 2006 (%) Participação no total da População de 2006 (%) Relativa Acumulada Relativa Acumulada 1ª ,06 1,06 1,91 1,91 2ª ,43 2,48 2,68 4,59 3ª ,70 4,18 3,37 7,96 4ª ,86 6,04 3,69 11,65 5ª ,15 8,20 3,91 15,57 6ª ,63 10,82 4,89 20,46 7ª ,06 13,89 5,60 26,06 8ª ,23 18,11 7,27 33,33 9ª ,07 26,18 12,91 46,25 10ª ,82 100,00 53,75 100,00 Fonte: elaboração própria IBGE (2009) / CONAC/DPE. Os 22 municípios de menores PIBs correntes do Piauí em 2006 (1ª linha Tabela 7), respondiam com apenas 1,06% do total do PIB do estado nesse ano. Neste conjunto de municípios, moravam pessoas, 1,91 % da População piauiense. Já os 22 municípios com maiores PIB correntes de 2006 (10ª linha tabela 7), respondiam com 73,82% do PIB estadual no mesmo ano. Neles residiam 53,75% da população do Piauí. Observa-se que os 111 municípios de menores PIBs do estado, ou seja, aproximadamente 50% dos municípios do Piauí (linha 5ª) geraram um PIB corrente de apenas 8,20% do total do estado. Nesses residiam 15,57% da população do estado. Como se observa, o Piauí é um estado com forte concentração espacial em termos populacionais e da produção de bens e serviços. Em 201municípios piauienses de menores PIBs, 90% do total do estado (9ª linha), residiam 46,25% da população. Neles encontrava-se 26,18% do PIB corrente do estado. Já nos 22 municípios de maiores PIBs (10ª linha), moravam 53,75% da população e respondiam com 73,82% do PIB piauiense. Uma evidência ainda mais forte de concentração, é que apenas cinco municípios de maiores PIBs correntes do Piauí em 2006, (Teresina com R$ ; Parnaíba R$ ; Picos R$ ; Uruçuí R$ e Floriano R$ ), responderam com 60% do PIB estadual de R$ ,00 do ano de Nesses moravam 36% ( hab.) da população do Piauí. Somente o município de Teresina respondeu por 46,91% do PIB corrente e 26,41% da população, no ano citado.
18 17 A Figura 1 apresenta a participação percentual do PIB dos municípios no total do PIB piauiense em Nordeste Brasil Kilometers Km Oceano Atlântico Kilometers Km Parnaíba União Teresina Piripiri Campo Maior Ceará N W E S Maranhão Floriano Picos Uruçuí Piauí Pernambuco Bahia km Kilometers Tocantins PIB corrente municipal no PIB do PI em 2006 Igual a 46,91% do PIB do Piauí Acima de 1% a 5% do PIB do Piauí Acima de 0,5% a 1% do PIB do Piauí De 0,03% a 0,5% do PIB do Piauí municípios Qtde % no PI 1 0,45 7 3, , ,69 Figura 1 Participação percentual dos PIBs dos municípios no total do PIB do Piauí Fonte: Os autores (2009) dados IBGE (2009) / CONAC/DPE. O município de Teresina ficou com uma participação isolada de quase 47% do PIB do estado e apenas 7 municípios (3,14% dos municípios do Piauí) apresentam participação que variou de 1 a 5% do PIB do Piauí.
19 18 A grande maioria dos municípios do Piauí, 200 municípios (89,69%), participou, no máximo, com 0,5% do PIB do Estado. Apenas 15 municípios ficam na faixa de acima de 1% até 5%. Sessenta e nove municípios do estado (30,94%) tinham um PIB corrente em 2006 de até no máximo 10 milhões de Reais. Juntos, tinham um PIB de R$ que representou 4,33% do PIB do Piauí. Nesse conjunto de municípios moravam habitantes (8,26% da população do Estado). O município com menor PIB corrente de 2006 foi Santo Antônio dos Milagres com um valor de apenas R$ Lá residiam apenas hab. O município com menor população nesse ano foi Miguel Leão com habitantes. Teresina passou de 50,17% do PIB em 2002 para 46,91% em 2006, uma perda de 3,26 pontos percentuais. O gráfico 3 mostra a participação dos municípios no produto do Estado em Gráfico 3 Participação percentual do Produto Interno Bruto dos 30 maiores municípios do estado no total do PIB pm corrente do Piauí Fonte: Elaboração própria dados IBGE (2009b) / CONAC/ DPE. A capital do estado continua no com o maior PIB do Estado de forma isolada, pois há diferença significativa com o segundo colocado. O município de Uruçuí que tinha um PIB de
20 19 R$ ,00 em 2002 (posição 15º no produto estadual), passou para um PIB de R$ ,00, o quarto maior do Piauí em De 2002 a 2006, este município mais que setuplicou o PIB em função da economia da soja. Outros municípios importantes como Parnaíba e Picos também aumentaram a sua participação. Quando se avalia o PIB per capita dos municípios do Estado a situação geográfica se modifica. A maior parte dos municípios do estado 66,37% tem PIB per capita maior que 2000 e menor igual a R$ (Figura 2). Oceano Atlântico Ceará km Kilometers Teresina W N S E Maranhão Guadalupe Floriano Picos Fronteiras Uruçuí Sebastião Leal Ribeiro Gonçalves Baixa Grande do Ribeiro Pernambuco Bom Jesus Bahia km Kilometers Tocantins PIB per capita 2006 dos municípios do PI PIB per capita acima de R$ 8000 PIB per capita acima de 5000 até R$ 8000 PIB per capita acima de 4000 até R$ 5000 PIB per capita acima de 3000 até R$ 4000 PIB per capita acima de 2000 até R$ 3000 PIB per capita acima de 1300 até R$ 2000 municípios Qtde % do PI 3 1,35 7 3,14 6 2, , , ,39 Figura 2 PIB per capita dos municípios do Piauí Fonte: Os autores (2009) dados IBGE (2009) / CONAC/DPE.
21 20 Apenas três municípios (1,35% dos municípios do PI) tiveram PIBs per capita acima de R$ em Foram Uruçuí (R$ ,38), Fronteiras (11.674,53) e Sebastião Leal (8.383,89). Uruçuí e Sebastião Leal estão ligados ao agronegócio da soja no Sul do Piauí. Em Fronteiras existe indústria de cimento. Considerando o PIB per capita menor ou igual a R$ 3000 o Piauí teve 189 municípios (84,76%) nessa faixa em ,72% dos municípios piauienses (209 municípios) têm PIB per capita abaixo do PIB do PIB per capita do Piauí (R$ 4.213). Os três municípios do Piauí com menores PIB per capita em 2006 foram Várzea Branca (R$ 1.532) Dom Inocêncio (1.504) e Guaribas (1.368). Houve uma importante transformação recente na economia piauiense. (Gráfico 4). Gráfico 4 Evolução dos cinco municípios de maiores Produto Interno Bruto per capita cinco Fonte: Os autores (2009) dados IBGE (2009) / CONAC/DPE. Até 2003, o município de Fronteira tinha o maior PIB per capita do Estado com valor de R$ 8.557, depois vinha Guadalupe (R$7.138) e Teresina (R$ 5.630). Em 2006, em função da economia da soja no sul do estado, o município de Uruçuí teve um crescimento econômico significativo de 271,65% entre 2003 e 2006, o PIB per capita passou de R$ em 2003 para R$ em 2006, quase três vezes superior ao da capital que foi de R$ 7.482,18. Neste ano, Fronteiras ficou na segunda colocação estadual com PIB per capita de R$ , Sebastião Leal ficou em terceiro com R$ 8.384, Guadalupe caiu para quarta posição com R$ e Teresina ficou em quinto com R$
22 COMÉRCIO INTER-ESTADUAL E EXTERNO As relações comerciais internas de maior expressividade em termos de saída para outros estados, em 2006, foi comércio; reparação de veículos automotores e motocicletas. A atividade comercial respondeu pela maior parte das saídas, seguida pela indústria. Quanto a saída comercial para o exterior, as exportações do estado têm como maior peso a Agricultura, pecuária, silvicultura e exploração florestal, seguida também pela indústria de transformação. Portanto, as receitas comerciais mais importantes do estado estão associadas a indústria de transformação em função do volume negociado. Quanto a entrada de outros estados o peso das entradas no estado é Comércio; reparação de veículos automotores e motocicletas. E quanto as importações 100% associa-se a indústria de transformação. A tabela 8 mostra as participações percentuais das entradas e saídas internas e externas do comércio piauiense. Tabela 8 - Balança comercial internacional das transações do Piauí segundo suas principais atividades econômicas 2006 (VALORES EM REAIS). (continua) Seção / Divisão Seção A 01 Atividade Agricultura, pecuária, silvicultura e exploração florestal Agricultura, pecuária e serviços relacionados Saída Estados Par t % Exportaçõe s Par t % Total Saídas Entrada Estados Par t % Importaç ões Par t % Total Entradas ,00 5, ,38 53, , ,68 2,00 0,00 0, , , ,50 5, ,69 19, , ,54 1,82 0,00 0, , ,65 02 Produção florestal ,00 0, ,69 34, , ,61 0,04 0,00 0, , ,08 03 Pesca e aqüicultura ,50 0,41 0,00 0, , ,53 0,14 0,00 0, , ,03 Saldo Seção B Indústrias extrativas ,98 0, ,41 7, , ,65 0,19 0,00 0, , ,74 07 Extração de minerais metálicos ,00 0,00 0,00 0, , ,62 0,15 0,00 0, , ,62 08 Extração de minerais nãometálicos ,98 0, ,41 7, , ,03 0,04 0,00 0, , ,36 Seção C Indústrias de transformação ,33 43, ,84 39, , ,49 11, , , ,85 10 Fabricação de produtos alimentícios ,79 2, ,31 19, , ,39 0,72 0,00 0, , ,71 11 Fabricação de bebidas ,76 15,52 0,00 0, , ,23 4,06 0,00 0, , ,53 13 Fabricação de produtos têxteis ,16 2, ,80 0, , ,50 0, ,30 0, , , Confecção de artigos do vestuário e acessórios Preparação de couros e fabricação de artefatos de couro, artigos para viagem e calçados Fabricação de produtos de madeira Fabricação de celulose, papel e produtos de papel Impressão e reprodução de gravações Fabricação de coque, de produtos derivados do petróleo e de biocombustíveis Fabricação de produtos químicos Fabricação de produtos farmoquímicos e farmacêuticos ,60 1, ,70 0, , ,07 0,52 0,00 0, , , ,46 3, ,53 8, , ,85 0, ,08 12, , , ,52 0,02 0,00 0, , ,17 0,03 0,00 0, , , ,35 0,02 0,00 0, , ,57 0,02 121,86 0, , , ,06 0,00 0,00 0, , ,97 0, ,71 0, , , ,18 3,37 0,00 0, , ,68 1,64 0,00 0, , , ,15 1, ,09 0, , ,21 0, ,56 9, , , ,89 1, ,06 8, , ,80 0,28 0,00 0, , ,15
23 Seção / Divisão Atividade Fabricação de produtos de borracha e de material plástico Fabricação de produtos de minerais não-metálicos Saída Estados Par t % Exportaçõe s Par t % Total Saídas Entrada Estados Par t % Importaç ões ,58 1,80 0,00 0, , ,28 0, ,89 0,48 Par t % Total Entradas ,17 22 Saldo , ,37 1, ,95 0, , ,17 0, ,63 0, , ,52 24 Metalurgia ,00 0,00 0,00 0, , ,63 0, ,56 48, , , Fabricação de produtos de metal, exceto máquinas e equipamentos Fabricação de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos Fabricação de máquinas, aparelhos e materiais elétricos Fabricação de máquinas e equipamentos Fabricação de veículos automotores, reboques e carrocerias Fabricação de outros equipamentos de transporte, exceto veículos automotores ,19 0,11 0,00 0, , ,64 0, ,85 0, , , ,13 0,32 0,00 0, , ,81 0, ,88 4, , , ,31 0,92 0,00 0, , ,76 0, ,70 3, , , ,28 0,48 0,00 0, , ,21 0, ,47 9, , , ,14 0,33 0,00 0, , ,11 0, ,25 0, , , ,58 3,82 0,00 0, , ,93 0, ,11 11, , ,54 31 Fabricação de móveis ,02 1,95 0,00 0, , ,78 0, ,75 0, , , Fabricação de produtos diversos Manutenção, reparação e instalação de máquinas e equipamentos (continuação) ,75 0, ,40 0, , ,12 0, ,23 0, , , ,06 0,00 0,00 0, , ,61 0,00 0,00 0, ,61 934,45 Seção D Eletricidade e gás ,43 0,31 0,00 0, , ,38 6,93 0,00 0, , ,95 35 Seção E 38 Eletricidade, gás e outras utilidades Água, esgoto, atividades de gestão de resíduos e descontaminação Coleta, tratamento e disposição de resíduos; recuperação de materiais ,43 0,31 0,00 0, , ,38 6,93 0,00 0, , , ,00 0,01 0,00 0, , ,04 0,00 0,00 0, , , ,00 0,01 0,00 0, , ,04 0,00 0,00 0, , ,96 Seção F Construção ,87 0,36 0,00 0, , ,24 0,40 0,00 0, , ,37 41 Construção de edifícios ,42 0,23 0,00 0, , ,71 0,19 0,00 0, , ,29 42 Obras de infra-estrutura ,41 0,06 0,00 0, , ,71 0,08 0,00 0, , ,30 43 Seção G Serviços especializados para construção Comércio; reparação de veículos automotores e motocicletas Comércio e reparação de veículos automotores e motocicletas Comércio por atacado, exceto veículos automotores e motocicletas ,04 0,07 0,00 0, , ,82 0,14 0,00 0, , , ,88 45,25 0,00 0, , ,47 77,75 0,00 0, , , ,45 7,35 0,00 0, , ,01 10,40 0,00 0, , , ,92 30,70 0,00 0, , ,75 47,12 0,00 0, , ,83 47 Comércio varejista ,51 7,21 0,00 0, , ,71 20,22 0,00 0, , ,20 Seção H Transporte, armazenagem e correio ,09 2,48 0,00 0, , ,05 0,18 0,00 0, , ,04 49 Transporte terrestre ,58 2,45 0,00 0, , ,84 0,13 0,00 0, , ,74 51 Transporte aéreo ,00 0,00 0,00 0, , ,63 0,00 0,00 0, , , Armazenamento e atividades auxiliares dos transportes Correio e outras atividades de entrega ,51 0,03 0,00 0, , ,83 0,00 0,00 0, , ,68 0,00 0,00 0,00 0,00 0, ,75 0,04 0,00 0, , ,75 Seção I Alojamento e alimentação ,13 0,09 0,00 0, , ,78 0,09 0,00 0, , ,65 55 Alojamento ,83 0,09 0,00 0, , ,29 0,02 0,00 0, , ,54 56 Alimentação ,30 0,01 0,00 0, , ,49 0,07 0,00 0, , ,19 Seção J Informação e comunicação ,82 1,58 0,00 0, , ,95 1,12 0,00 0, , ,13
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