ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL CONSELHO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO - CME. VENÂNCIO AIRES
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- Guilherme Duarte Dinis
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1 Resolução n.º 01, de 10 de março de 2011 Altera normas para a oferta da modalidade de Educação de Jovens e Adultos - EJA do Ensino Fundamental, no Sistema Municipal de Ensino de Venâncio Aires, disciplinada pela Resolução n 5, de 13 de setembro de O CONSELHO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE, no uso das atribuições que lhe confere a Lei 2.664/99 - Sistema Municipal de Educação, de 29 de dezembro de 1999, Artigos 5º, 7º, 8º e 12, e, considerando o que estabelece a Lei Federal 9.394, de 20 de dezembro de 1996, Artigo 11, incisos III a V, respectivamente, resolve: Art. 1º A presente resolução abrange os processos formativos da Educação de Jovens e Adultos EJA como modalidade de Educação Básica nas etapas do Ensino Fundamental, nos termos da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, em seus artigos 4º, 5º, 37, 38 e 87 e no que dispõe o art. 12 da Resolução CNE/CEB nº 3, de 15 de junho de 2010, que prevê a Educação de Jovens e Adultos inserida na concepção de educação politécnica, promovendo a Educação Profissional e a elevação do nível de conhecimento dos trabalhadores. Parágrafo único. O módulo temático da educação profissional deve apresentar, no mínimo, 5% da carga horária total do curso EJA regular e do Programa EJA Fundamental Intensivo. Art. 2º As Diretrizes Operacionais para a Educação de Jovens e Adultos vigentes na Resolução CNE/CEB nº 3, de 15 de junho de 2010, estabelecem para a modalidade de Educação de Jovens e Adultos no Ensino Fundamental, o atendimento da escolarização universal obrigatória, considerado o disposto no Art. 4º, I e VII da Lei de
2 Diretrizes e Bases da Educação Nacional, a partir dos 15 anos completos, sem limites de idade para a conclusão desta modalidade, tendo como função a equalização da Educação de Jovens e Adultos, incidindo na reentrada no sistema educacional, daqueles que não tiveram acesso à escolarização na idade própria ou cujos estudos não tiveram continuidade, seja pela repetência, pela evasão, seja pelas desiguais oportunidades de permanência ou outras condições adversas. Parágrafo único. A proposta metodológica do Programa EJA Fundamental Intensivo tem como objetivo resgatar os valores e a autoestima de jovens e adultos com mais de 25 (vinte e cinco) anos de idade, alfabetizados e com o Ensino Fundamental incompleto, impulsionando a educação sócio-inclusiva, contribuindo para a formação do ser humano, no exercício da cidadania, garantindo a emancipação das pessoas e ampliando, assim, as perspectivas e exigências do mercado de trabalho e da sociedade contemporânea. Art. 3º Podem oferecer turmas do Programa de Educação de Jovens e Adultos EJA Fundamental Intensivo, todas as escolas em que a comunidade escolar manifeste interesse, e que se enquadrem nos requisitos para a frequência de tais turmas e desde que haja condições físicas e recursos humanos capacitados, estando submetidas às normas do Conselho Municipal de Educação CME, e apreciação da Secretaria Municipal de Educação. 1º Cada turma deve ter, no mínimo, 15 (quinze) e, no máximo, 29 (vinte e nove) alunos matriculados. 2º A oferta do Programa EJA Fundamental Intensivo é temporária, extinguindo-se com a plena e total escolarização, em nível do Ensino Fundamental, da população venâncio-airense. 3º As turmas são constituídas em estabelecimentos próprios, responsáveis pela educação, considerando a função reparadora de inclusão como oportunidade completa de ensino, visando a permanência de jovens e adultos na escola, em função das especificidades sócio-culturais para as quais se espera uma efetiva atuação das políticas sociais.
3 Art. 4º Cabe à mantenedora dos estabelecimentos, que ofertam turmas de Educação de Jovens e Adultos- EJA, viabilizar alternativas de assessoramento pedagógico, organizando equipes multiprofissionais e multidisciplinares de educadores para cada escola, grupo de escolas ou todas as escolas sob sua responsabilidade. Parágrafo único. A equipe multiprofissional é composta de psicólogo, pedagogo, orientador e supervisor. Art. 5º A proposta curricular e metodológica direcionada para a oferta do Ensino Fundamental de Jovens e Adultos deve observar as Diretrizes Curriculares Nacionais e as normas do Sistema Municipal de Educação, atendendo aos princípios nelas expressos, abrangendo as áreas do conhecimento ali definidas, visando o domínio das competências e habilidades. 1º Os conteúdos curriculares destinados à Educação de Jovens e Adultos - EJA serão tratados em níveis de abrangência e complexidades necessárias à (re)significação de conhecimento e valores na medida em que serão (des)construídas e (re)construídas. 2º As áreas do conhecimento devem abranger o estudo das Linguagens (da Língua Portuguesa e Língua Estrangeira), da Matemática, das Ciências Naturais (Ciências), das Ciências Humanas (História e Geografia), especialmente do Brasil. O ensino da Arte constituirá componente curricular obrigatório. A Educação Física, bem como o Ensino Religioso, integram a proposta pedagógica e devem ajustar-se às condições da demanda escolar, sendo oferecida curricularmente, porém facultativo ao aluno, segundo dispositivo legal. Art. 6º A organização curricular das escolas que oferecem a modalidade da Educação de Jovens e Adultos tem, em sua estrutura o ensino, Totalidades, que inserem as áreas do Conhecimento articuladas entre si interdisciplinarmente. Assim sendo, as totalidades 1, 2, 3, 4, 5 e 6 correspondem ao Ensino Fundamental, dividindo-se em Alfabetização e Pós-Alfabetização.
4 1º As totalidades 1 e 2 correspondem à alfabetização, não sendo exigida carga horária mínima por se tratar de oferta livre, devendo, apenas, respeitar a concepção do Ensino Fundamental como um todo, principalmente no que diz respeito à organização e ordenamento geral, não havendo necessidade de oferecer certificação, conforme Parecer CEED nº 958/ º As totalidades 3, 4, 5 e 6 correspondem aos anos finais do Ensino Fundamental e, conforme Parecer CEED nº 958/2001 compreendendo legalmente (três mil e duzentas) horas, sendo (dois mil quinhentos e sessentas) horas presenciais e 640 (seiscentas e quarenta) horas não-presenciais, assim divididas: - Totalidade horas = 640 horas presenciais e 160 horas não-presenciais. - Totalidade horas = 640 horas presenciais e 160 horas não-presenciais. - Totalidade horas = 640 horas presenciais e 160 horas não-presenciais. - Totalidade horas = 640 horas presenciais e 160 horas não-presenciais. 3º A carga horária não-presencial deve ocorrer por meio de diferentes atividades como: seminários, pesquisas, trabalhos de grupo, trabalhos individuais, atividades culturais, entre outras. 4º O Programa EJA Fundamental Intensivo tem o seu tempo mínimo de integralização de 800 (oitocentas) horas, 200 (duzentos) dias letivos, em regime anual intensivo, com total mínimo de 16 (dezesseis) horas presenciais semanais e 4 (quatro) horas diárias noturnas de efetivo trabalho escolar. Art. 7º Os candidatos ao Programa EJA Fundamental Intensivo serão selecionados em prova classificatória com conteúdos relativos aos conhecimentos correspondentes ao conjunto dos 5 (cinco) anos iniciais do Ensino Fundamental regular, conforme prevê o artigo 23, 1º e artigo 24, alínea c da Lei nº 9394/96. Art. 8º (Art. 7º) A matrícula dos alunos nas totalidades terá como referência a última série que cursou com aprovação, podendo a escola fazer a classificação ou reclassificação dos alunos nos seguintes casos: I - Por transferência, para alunos procedentes de outras escolas;
5 II - Independente da escolarização anterior mediante avaliação diagnóstica que defina as experiências e os conhecimentos na totalidade adequada; III - A partir da avaliação diagnóstica do aluno, conforme a organização curricular, no espaço e tempo adequado ao seu desenvolvimento, atendendo os critérios da LDB, Lei nº 9.394/96. Parágrafo único. Admite-se aproveitamento de estudos concluídos com êxito e realizados em qualquer instituição de ensino autorizada e regulamentada pelo Sistema Educacional em nível de Ensino Fundamental, bem como no caso dos exames supletivos. A análise da documentação para matrícula e aproveitamento de estudos fica a cargo da Equipe Diretiva da Escola e da Secretaria Municipal de Educação, conforme o que preceitua o artigo 24 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Art. 9º O avanço escolar é direito do aluno, quando o mesmo apresentar nível de aprendizagem satisfatório na Totalidade em que está matriculado. Cabe ao corpo docente a avaliação da aprendizagem e a aplicação do avanço ao aluno de uma totalidade para outra, mediante o sistema avaliativo adotado pela escola, devidamente expresso no Projeto Político-Pedagógico. Parágrafo único. A avaliação da aprendizagem dos estudantes será contínua, processual, com autoavaliação, avaliação individual e grupal pelo professor, expressa sob a forma de aprovação (A) ou não aprovação (NA), exigida a frequência mínima de 75% nas Totalidades 3, 4, 5 e 6 e de 85% no Programa EJA Fundamental Intensivo. Art. 10 A certificação de conclusão dos estudos antes do tempo previsto no art. 6º, 2º da presente resolução ocorre apenas no caso de o aluno apresentar aproveitamento da aprendizagem e assiduidade plenamente satisfatórios e desde que tenha frequentado 800 horas do total previsto para os anos finais. 1º (Parágrafo único.) As escolas expedem a certificação de conclusão e os Históricos Escolares, com o registro da avaliação da aprendizagem das áreas do conhecimento, da frequência, da classificação obtida pelo aluno quando do ingresso no
6 Programa EJA Fundamental Intensivo, bem como o cumprimento da carga horária de 800 horas nas Totalidades. 2º Caso o aluno evada do Programa EJA Fundamental Intensivo em qualquer época do ano, o mesmo perde toda a carga horária cursada, não podendo aproveitar estes estudos incompletos, quando reingressar. Art. 11. Os ambientes destinados às turmas de Educação de Jovens e Adultos - EJA devem ser construídos ou adaptados para o atendimento, conforme normas do Ensino Fundamental regular. Art. 12. Para atuar na Educação de Jovens e Adultos - EJA o docente deve ter formação em nível superior e capacitação com referência às Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental. Art. 13. Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação, ficando revogadas as disposições em contrário. Professor André Henckes, Presidente Conselho Municipal de Educação Aprovado por unanimidade em reunião extraordinária do Conselho Municipal de Educação de 10 de março de 2011.
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