APOSTILA DO LABORATÓRIO FÍSICA 1
|
|
- Rebeca Henriques Dreer
- 6 Há anos
- Visualizações:
Transcrição
1 APOSTILA DO LABORATÓRIO FÍSICA 1 014
2 Índice Introdução... 3 Teoria de Erros ª Experiência : Medidas Físicas... 3 a Experiência: Movimento Retilíneo Uniformemente Variado ª Experiência: Mesa de Força ª Experiência: Molas ª Experiência: Força de Atrito ª Experiência: Equilíbrio Estático do Corpo Rígido-Escada ª Experiência: Equilíbrio Estático do Corpo Rígido-Barra...64 FATEC - SP Página
3 Introdução Esta apostila contém os roteiros das seis experiências que serão desenvolvidas no decorrer do semestre. Cada roteiro é formado por uma parte introdutória, que aborda de maneira sucinta as leis físicas e os conceitos que serão usados no experimento, procedimento experimental e folhas de respostas. Nestas folhas de respostas serão colocados os cálculos e resultados obtidos relativos a quatro experiências que constituirão os exercícios de laboratório. Para as duas experiências restantes, o aluno não fará uso da folha de respostas, pois serão efetuados relatórios que deverão conter: objetivo, material utilizado, introdução teórica, procedimento experimental, cálculos, gráficos, resultados obtidos, conclusão e bibliografia. Recomenda-se que o aluno leia cada roteiro antes das aulas de laboratório e que não se esqueça de trazer a apostila, sem a qual não conseguirá realizar a experiência. Cada turma de laboratório será dividida em dois grupos que terão aulas quinzenalmente, alternadamente. No final do semestre, haverá uma prova de laboratório sobre os experimentos realizados ao longo do semestre. Ficará a critério do professor, decidir se a prova será prática ou teórica. Cálculo da média da disciplina de Física 1 ML = nota de laboratório M1 = nota de Física sem exame P = nota da prova de laboratório R = média dos relatórios E L = média dos 4 exercícios de laboratório (L1, L, L3, L4) T = nota de teoria M = nota de Física com exame E X = nota do exame ML = 0, 4E L + 0, 3R + 0, 3P FATEC - SP Página 3
4 Critérios de Avaliação Se ML < 6,0 Automaticamente reprovado M1 = 0, 7T + 0, 3ML Se M1 6,0 Se M1 < 6,0 Aprovado Reprovado Corpo Docente Cezar Soares Martins (Coordenador do Laboratório de Física) Douglas Casagrande Edson Moriyoshi Ozono Eduardo Acedo Barbosa Eraldo do Cordeiro Barros Francisco Tadeu Degasperi João Carlos Botelho Carrero João Mongelli Netto José Augusto Martins Garcia Luciana Kazumi Hanamoto Luciana Reyes Pires Kassab (Diretora) Marcia Tiemi Saito Norberto Helil Pasqua (Responsável pela Disciplina de Física) Osvaldo Dias Venezuela Regina Maria Ricotta Renato Marcon Pugliese Roberto Verzini Valdemar Bellintani Jr. Auxiliares Docentes Domenico Paulo Bruno Cainelli Tiago Henrique Silva Estagiários Diego Rocha Ferreira Julio Cesar Justo Rafael Fernando Cardoso Vitor Minet Araújo William Yuiti Watanabe FATEC - SP Página 4
5 Teoria de Erros Introdução As grandezas físicas são determinadas experimentalmente, por medidas ou combinações de medidas, as quais têm uma incerteza intrínseca advinda dos métodos de medidas, das características dos aparelhos usados na sua determinação e mesmo do operador. A experiência mostra que, quando uma medida é repetida várias vezes, com as mesmas precauções, pelo mesmo observador ou por vários observadores, os resultados achados não são em geral idênticos. Ao fazermos a medida de uma grandeza física, achamos um número que a caracteriza, cuja confiabilidade deve ser conhecida, ou seja, toda medida física deve ser acompanhada de uma incerteza que deve ser expressa através de uma linguagem universal. Além disto, para combinar as incertezas dos diversos fatores que influenciam o resultado, não podemos usar quaisquer métodos. É a Teoria de Erros que fornece tratamento adequado para os dados experimentais. Algarismo Significativo Chamamos de algarismos significativos de uma medida aqueles que são corretos e o primeiro duvidoso. As medidas são sempre acompanhadas de uma incerteza que depende dos fatores acima mencionados. Quanto maior for a precisão do instrumento, maior será o número de algarismos significativos que podem e devem ser usados. Exemplo: Sejam as medidas do comprimento de uma peça efetuadas com uma mesma régua por três observadores diferentes. Os valores obtidos são: CORRETO 1,3 cm 1,4 cm 1,6 cm DUVIDOSO Os valores obtidos para os últimos algarismos à direita da vírgula diferem, pois suas avaliações dependem da perícia de cada observador. Portanto, não podemos saber qual é o resultado correto. Notamos, ainda, que todos os observadores não têm dúvida quanto aos FATEC - SP Página 5
6 algarismos que antecedem à vírgula (1 e ). Desta forma, 1 e são algarismos corretos e 3, 4 e 6 são os duvidosos. Portanto, temos 3 algarismos significativos. A quantidade de algarismos significativos não é alterada quando é feita uma transformação de unidade. Para o exemplo que segue, temos 3 algarismos significativos, dos quais o dígito 8 é duvidoso: AB = 1,8 cm = 0,18 m = 18 mm. Regras de aproximação Quando eliminamos algarismos não significativos, ou mesmo quando, deliberadamente, dispensamos alguns algarismos significativos, devemos usar as seguintes regras: I. Se o primeiro algarismo suprimido for inferior a 5 (cinco), o anterior não muda. II. Se o primeiro algarismo suprimido for superior ou igual a 5 (cinco), o anterior é acrescido de uma unidade. Exemplo: a) 1,034 arredondado 1,03 b) 1,035 arredondado 1,04 c) 1,036 arredondado 1,04 Incerteza Absoluta A maneira mais correta de apresentarmos o valor de uma medida consiste em exprimila com sua incerteza. A medida que segue é relativa ao comprimento de uma peça: L = (13,4 0,1 ) cm onde é o valor medido e é a incerteza da medida. Neste exemplo, 1 e 3 são algarismos corretos e 4 é o duvidoso, sobre o qual reside a incerteza da medida. Sendo assim, 0,1 cm é a amplitude da incerteza denominada incerteza absoluta. Portanto, não há um único valor associado a medida, mas valores compreendidos entre 13,3 cm e 13,5 cm, onde 13,4 cm é o mais provável. O exemplo ilustra o caso em que a medida é obtida através de uma única leitura no instrumento. Entretanto, quando efetuamos várias medidas de uma grandeza, ela deve ser expressa através de seu valor médio, cuja incerteza é obtida através de método estatístico, conforme será visto. FATEC - SP Página 6
7 Incerteza Relativa A incerteza relativa é igual ao quociente entre a incerteza absoluta e a medida da grandeza, isto é: Incerteza Percentual A incerteza relativa expressa em termos percentuais é denominada incerteza percentual e é dada por: 100 Classificação dos Erros Quando medimos uma grandeza física, temos como objetivo alcançar o seu verdadeiro valor ou valor real. Atingir este objetivo é praticamente impossível. Podemos obter, entretanto, após uma série de medidas, um valor que mais se aproxima do real. O erro absoluto de uma medida é definido como sendo a diferença entre o valor medido e o aceito como verdadeiro. O erro relativo é dado pela razão entre o erro absoluto e o valor verdadeiro, em módulo, isto é: E r valor verdadeiro valor valor verdadeiro medido por: O erro relativo expresso em termos percentuais é denominado erro percentual e é dado E% 100 E r Dissemos, anteriormente, que as medidas têm incertezas intrínsecas que dependem do método de medida, do operador e do instrumento de medida. São estas incertezas que limitam a obtenção do verdadeiro valor da grandeza. Elas podem ser de origem sistemática e acidental e originam os erros sistemáticos e acidentais, abordados a seguir. Erro Sistemático São aqueles que alteram de modo uniforme o resultado das medidas. São provenientes de falhas do método empregado, do operador ou do equipamento utilizado. Os erros FATEC - SP Página 7
8 sistemáticos, como o próprio nome sugere, são de amplitudes regulares e influenciam a medida sempre da mesma forma, ou para mais ou para menos. Erros Acidentais São provenientes de causas independentes e alteram o resultado de forma variável. Os principais fatores que implicam no aparecimento dos erros acidentais são: Imperícia do operador. Variação da capacidade de avaliação ou da perícia na observação de uma mesma grandeza por vários observadores. Erros de paralaxe. Reflexos variáveis do operador (por exemplo, no caso de acionar um cronômetro). Dificuldades na obtenção de certas medidas (ajuste do zero de uma escala, aplicação de um instrumento de medida a uma peça, em diferentes posições). Interesse do operador de obter medidas em situações diferentes a fim de conseguir um valor mais representativo. Os erros acidentais podem ser minimizados pela perícia do operador. Tratamento Estatístico para Análise dos Resultados Experimentais Conforme dissemos anteriormente, quando são feitas várias medidas de uma grandeza, devemos dar um tratamento estatístico para analisar os resultados experimentais. Passaremos a discuti-lo a seguir. Para terem sentido estatístico, as medidas e contagens devem ser limitadas a um certo grupo ou conjunto de objetos, denominado população. Assim, a população pode estar relacionada ao número de habitantes de uma certa cidade ou a uma série de medidas experimentais. A amostra é uma parte da população, selecionada aleatoriamente e usada para fazer estimativas e tirar conclusões com relação a uma população. Com os dados obtidos através de uma população ou amostra, podemos observar várias características importantes, como por exemplo, a freqüência com que um dado se repete. A distribuição de freqüências tem três características importantes: indica os valores mais FATEC - SP Página 8
9 prováveis e menos prováveis (probabilidade de ocorrência dos valores), a tendência que certos valores têm de se concentrarem em torno de um determinado valor, chamado valor médio da grandeza, e o intervalo no qual se encontra o valor da grandeza, ou seja, a sua dispersão. Média Aritmética Há várias formas para se mensurar o valor médio de uma grandeza ou o mais provável. Normalmente utilizamos a média aritmética como o valor que melhor representa a grandeza observada, embora isto não se aplique em todos os casos. A média aritmética de um conjunto de medidas é dada por : x medida. n i1 xi n, onde n é o nº total de medidas e x i é o valor de cada Cabe ressaltar que o valor médio de uma grandeza pode ser medido por outros parâmetros tais como mediana, moda, média geométrica e média harmônica. Nesta apostila, tais parâmetros não serão estudados. Desta forma, quando for mencionado valor médio, estaremos nos referindo à média aritmética. Desvio Não podemos afirmar que o valor mais provável seja o valor real da grandeza. Desta forma, a diferença xi x não é definida como erro. Quando se conhece o valor mais provável falamos em desvio: x x x. Desvio é a diferença entre o valor medido e a média aritmética. i i Dispersão A especificação do valor médio não é suficiente para caracterizar uma série de medidas. Precisamos saber de quanto as medidas individuais se afastam, em média, do valor médio. Em outras palavras, de que maneira as medidas x i se distribuem em torno do valor médio, isto é, qual é a dispersão das medidas. Para medir a dispersão utilizamos os parâmetros: desvio médio, variância e desvio padrão. Desvio Médio FATEC - SP Página 9
10 O desvio médio é uma medida de dispersão de uma grandeza com relação ao valor médio. Para um número n de medidas definimos desvio médio como sendo a média aritmética dos desvios: x n x n x i i1 i1 Se os valores medidos estiverem bem próximos da média aritmética, menor será a dispersão e portanto o desvio médio. n x n i Desvio Padrão Em uma população finita de medidas, definimos a variância como sendo a média aritmética dos quadrados dos desvios de todos os valores da grandeza, com relação ao valor médio, isto é: n ( xi x ) i1 n 1 n = número total de x i na população. O desvio padrão é dado pela raiz quadrada da variância: n i1 x i x n 1 Para uma distribuição normal de freqüência, isto é, próxima de uma gaussiana, conforme mostra a figura abaixo, temos: 68,3% dos pontos estão no intervalo x desvio padrão 95,45% dos pontos estão no intervalo x desvio padrão 99,73% dos pontos estão no intervalo x 3 desvio padrão FATEC - SP Página 10
11 freqüência Desvio Padrão da Média É o valor n vezes menor que o desvio padrão do conjunto de medições. Essa grandeza representa a incerteza final nas medições quando desconsideramos erros sistemáticos, sua expressão é: σ m = σ n Propagação de Incertezas Muitas grandezas físicas são obtidas de maneira indireta, quando seus valores finais dependem de uma expressão matemática para calculá-las. As grandezas que compõem a expressão são afetadas de incertezas que se combinam e afetam o resultado final. Em outras palavras, temos uma Propagação de Incertezas. Considerando uma grandeza G como uma função de outras grandezas A, B, C,, ou seja: G = G A, B, C, Considerando que as incertezas sejam σ A, σ B, σ C,, caso os erros entre as grandezas sejam independentes 1, a incerteza padrão de G será: σ G = G A σ A + G B σ B + Em que os termos G, G,, correspondem às derivadas parciais da função G, isto é, A B as derivadas com respeito à variável A, B,..., tomadas de forma independente. 1 A fim de simplificar, o caso mais geral, em que as incertezas são dependentes, não será tratado. FATEC - SP Página 11
12 Para uma função de uma variável temos: σ G = G A σ A A tabela abaixo resume algumas das principais expressões para a propagação de incertezas de diferentes tipos de funções: Tabela : Incertezas para algumas formas de funções G = f A, B, C, G = A ± B ± σ G σ G ² = σ A + σ B + G = k A α B β C γ σg G = σ k k + α σ A A + β σ B B + γ σ C C + G = k A G = A m σ G = k σ A σ G = ma m 1 σ A G = sena σ G = cosa σ A (σ A em radianos) G = cosa σ G = sena σ A (σ A em radianos) definição Os valores α, β, γ, k e m na tabela acima são constantes. Na equação da tabela, os termos σ k, σ A, são as incertezas relativas, conforme a k A Exemplos de Aplicação Exemplo 1 Calcule o volume de uma esfera cujo raio é dado por 3,0 ± 0,1 mm. V esfera = 4 3 π r3 = 4 3 π 3, mm 3 Utilizando a expressão da tabela : G = k A α B β, comparando temos que k = 4 3, A= π, α = 1, B = r, β = 3 Assim temos: FATEC - SP Página 1
13 σ V V = σ K K + α σ A A + β σ B B Substituindo os valores: σ V V = σ σ π π + 3 σ r r, como σ = 0, e σ π π = 0 Então: σ V = V 3 σ r r = mm 3 3 0,1 3,0 σ V = ,3mm 3 = 0, mm 3 V = 53,1 ± 0, mm 3 Exemplo : Em uma experiência, foram encontrados para a posição o valor de S = 10,0 ± 0,5 cm e para a aceleração o valor de a = 1,68 ± 0,08 cm/s. Através da equação abaixo, encontre o valor do tempo t e sua respectiva incerteza. Resolução: S = at t = S a = 10,0 = 3,4503s 1,68 t = S a 1/ = S 1/ a 1/ = S 1/ a 1/ σ t t = σ ( ) σ S S + 1 σ a a = 1 4 σ S S + σ a a Portanto: σ t = t σ S S + σ a a Substituindo os valores: σ t = 3,45 0,5 10,0 + 0,08 1,68 0,1s FATEC - SP Página 13
14 Portanto, o valor do tempo é t = 3,45 ± 0,1 s. Exemplo 3: Para uma barra cujo momento de Inércia seja dado por: I = ml Utilizando a segunda expressão da tabela : G = k A α B β, por comparação, temos que: k = 1, A = m, α = 1, B = L e β =. Assim, a expressão para o quadrado do desvio 3 relativo fica: 3 σ I I = σ σ m m + σ L L Como δ = 0, então: σ I = I σ m m + σ L L O período de oscilação de um pêndulo-barra é: T = π I forma: T = πi 1/ m 1/ g 1/ R 1/ Utilizando o mesmo procedimento adotado anteriormente, temos: mgr, podemos reescrevê-la da σ T T = 1 σ I I + 1 σ m m + 1 σ g g + 1 σ R R e portanto: σ T = T σ I I + σ m m + σ g g + σ R R Instrumentos de Medida O resultado da leitura deve incluir todos os dígitos que o instrumento de medida permite ler diretamente e o dígito que deve ser estimado pelo observador. Por exemplo, na leitura de uma régua graduada em milímetros, o resultado deve incluir a fração de milímetro que é estimada pelo observador. FATEC - SP Página 14
15 O erro limite de um instrumento de medida deve ser indicado pelo fabricante do instrumento, que é o responsável por sua construção e sua calibração. É importante observar que, mesmo que um dado instrumento seja perfeitamente calibrado na sua construção, esta calibração pode sofrer variação com o tempo devido a fatores diversos. Para instrumentos mais sofisticados, o erro limite geralmente é indicado em manuais fornecidos pelo fabricante. Entretanto, no caso de instrumentos analógicos mais simples, isto não ocorre e o erro limite pode ser estimado a partir da seguinte regra geral: o erro limite do instrumento de medida pode ser admitido como a metade da menor divisão indicada pelo instrumento de medida. Para instrumentos digitais, o erro é dado pela menor leitura do instrumento. Paquímetro Utilizamos o paquímetro para medir pequenos comprimentos, diâmetros internos, externos e profundidades. O instrumento é formado uma escala fixa principal, e uma escala móvel auxiliar, o nônio, que permite medir a fração da escala principal. Ele é construído de maneira que suas n divisões correspondam a menor divisão da escala principal. O paquímetro abaixo apresenta 1 mm como menor divisão. O nônio, por sua vez, tem 50 divisões, isto é, cada divisão do nônio corresponde a 0,0 mm, o que fornece a precisão do equipamento. FATEC - SP Página 15
16 Quando o paquímetro está fechado, o zero do nônio coincide com o zero da escala principal. As medidas com o paquímetro são efetuadas da seguinte forma: A peça cujo comprimento desejamos medir é colocada entre as esperas. Tais esperas devem ficar completamente encostadas na peças. O comprimento da peça é dado pelo n o na escala principal correspondente à posição imediatamente inferior ao zero do nônio. Somamos a este número um décimo do valor lido no nônio que melhor coincide com algum número da escala principal. A figura que segue ilustra o que foi explicado. Micrômetro Os micrômetros também são usados para medidas de pequenos comprimentos. Existem micrômetros de grande precisão baseados em medidas óticas. Descreveremos, entretanto, o micrômetro analógico constituído por parafuso micrométrico, que será usado no laboratório. O instrumento é formado por esperas, uma fixa e outra móvel, entre as quais é colocado o corpo cujo comprimento desejamos medir, duas escalas, sendo uma horizontal e a outra vertical, conforme figura que segue. FATEC - SP Página 16
17 Suponhamos que a escala vertical (nônio) tenha n = 50 divisões. Na escala horizontal, a menor divisão equivale a 0,5 mm. Assim, a precisão será dada por P n ou seja, cada divisão do nônio corresponde a 0,01 mm. 0, 5 mm 0, 01mm, 50 A seguir apresentamos exemplos de leituras efetuadas com micrômetro. - escala horizontal = 13 mm - escala vertical = 5 0,01 = 0,5 mm - leitura = 13,5 mm - escala horizontal = ,5 = 17,50 mm - escala vertical = 0,01 = 0, mm - leitura = 17,7 mm Gráficos e Análises Gráficas FATEC - SP Página 17
18 As leis físicas são expressas por equações matemáticas, que contém variáveis dependentes entre si. Seja a equação abaixo, onde a velocidade depende da variável independente t: v( t ) x a. t 0 Esta equação nos mostra que a dependência entre v e t é linear. Esta linearidade é melhor observada por um gráfico v(t) e é traduzida por uma reta. Por convenção, a variável dependente é colocada ao longo do eixo y (vertical) e é denominada ordenada; a variável independente é colocada no eixo x ( horizontal) e chama-se abcissa. As incertezas devem ser também incluídas nos gráficos. A figura que segue apresenta um gráfico para a função v(t) = 6t. Neste gráfico foi traçada uma reta média, a partir de cinco pontos e suas respectivas barras de erro, associadas à incerteza da velocidade. Cabe ressaltar que os pontos que muito se afastam da reta média podem se desprezados ou medidos novamente. Exemplo: v(t) = 6. t }v t ts vm s FATEC - SP Página 18
19 Caso os valores colocados nos gráficos sejam muito grandes ou pequenos, devemos escolher um fator que permita o uso de no máximo dois dígitos para os eixos. Este fator deve ser colocado entre parênteses, juntamente com a unidade associada ao eixo em questão. Para o gráfico da função v(t) 6t podemos calcular o coeficiente angular (b) que é numericamente igual à aceleração, ou seja, v v( 3) v( 0) b t , Desta forma a aceleração é dada por: a = 6,67 m/s. Conforme mostra a figura da página 18, a aceleração pode também ser calculada através do seguinte procedimento: Trace duas retas paralelas (r 1 e r ) à reta média, pelas extremidades das barras de erros associadas aos pontos mais distantes da reta média. Feche o quadrilátero, com retas perpendiculares à reta média de tal forma que todos os pontos experimentais fiquem dentro do mesmo. Trace as diagonais do quadrilátero (d 1 e d ). Calcule o coeficiente angular das diagonais. O novo valor da aceleração será numericamente igual a: b b 1 A incerteza da aceleração será dada por: onde b 1 e b são os coeficientes angulares das diagonais d 1 e d respectivamente (onde b 1 > b ). b b 1 FATEC - SP Página 19
20 v (m/s) 5 d 1 RM 0 r d 15 r t (s) LEGENDA RM = reta média r 1 e r = retas paralelas à reta média, que envolvem todos os pontos experimentais, formando um quadrilátero d 1 e d = diagonais do quadrilátero, cujos coeficientes angulares, fornecerão os valores de 1 e. Exercícios 1. Um técnico de laboratório, com um cronômetro, obteve os dados abaixo, referentes ao período de um pêndulo de torção, em segundos. n T 6,315 6,30 6,35 6,38 6,338 6,314 6,330 6,340 6,337 6,3 Escreva o valor mais provável do período com o respectivo desvio; procure a equação do período do pêndulo de torção em livros.. A constante elástica da associação em série de duas molas, de constantes k 1 e k é dada por: k s k1. k k k 1 Considerando que k 1 = (,8 0,) gf/mm e k = (1,7 0,3)gf/mm. Determine a constante elástica da associação e sua incerteza relativa. FATEC - SP Página 0
21 Frequência Frequência 3. Controle Estatístico de Processo, CEP Ao realizarmos uma série de medidas de uma grandeza podemos observar com que freqüência ocorre cada valor ou um grupo de valores da grandeza. A distribuição das freqüências tem três características principais: Indica os valores mais prováveis e menos prováveis (Probabilidade de Ocorrência) Indica a tendência de certos valores se concentrarem em torno de um determinado valor (Valor médio) Indica o intervalo no qual se encontra o valor da grandeza (Dispersão) Quando temos uma série de medições de uma mesma grandeza podemos fazer um Histograma, que é um gráfico, que pode representar no eixo das abcissas as próprias Medidas e no eixo das ordenadas as Freqüências relativas. Podemos fazer um Histograma representando as Freqüências relativas (ordenadas) em função do Desvio (abscissas) de cada medida. Ver figuras 1 abaixo ,7 4,8 4,9 5 5,1 Diâmetro (mm) Desvio (mm) Figura 1 A Figura 1 B Meça os diâmetros (D) de 50 bolinhas de chumbo, com um micrômetro analógico, preencha a Tabela 1 e calcule o desvio padrão das medidas; n i1 D Di n 1 Faça os Histogramas da freqüência em função do diâmetro e do desvio. FATEC - SP Página 1
22 Tabela 1: Medida dos diâmetros de 50 bolinhas de chumbo e seus respectivos desvios D (mm) D D i D D i D (mm) D D i D D i D mm que você pode concluir a respeito do processo de produção das bolinhas e o sistema de controle de qualidade do fabricante? FATEC - SP Página
CORRETO DUVIDOSO. Introdução. Algarismo Significativo
Teoria de Erros Introdução As grandezas físicas são determinadas experimentalmente, por medidas ou combinações de medidas, as quais têm uma incerteza intrínseca advinda dos métodos de medidas, das características
Leia maisUniversidade de Mogi das Cruzes
Universidade de Mogi das Cruzes Relatório de Física I/Instruções TEORIA DE ERROS São Paulo - 2014 INTRODUÇÃO As grandezas físicas são determinadas experimentalmente, por medidas ou combinações de medidas,
Leia maisTeoria dos Erros. Figura 1 - Medida de um objeto com uma régua graduada em centímetros
3 Teoria dos Erros 1. Introdução As grandezas físicas são determinadas experimentalmente por medidas ou combinações de medidas. Essas medidas tem uma incerteza intrínseca que advém das características
Leia maisApostila de Metrologia (parcial)
Apostila de Metrologia (parcial) Introdução A medição é uma operação muito antiga e de fundamental importância para diversas atividades do ser humano. As medições foram precursoras de grandes teorias clássicas
Leia maisEXPERIMENTO I MEDIDAS E ERROS
EXPERIMENTO I MEDIDAS E ERROS Introdução Na leitura de uma medida física deve-se registrar apenas os algarismos significativos, ou seja, todos aqueles que a escala do instrumento permite ler mais um único
Leia maisLista de revisão para a prova
Turma: Licenciatura em Física Período: 1º Disciplina: Introdução à Física Experimental Profª Marcia Saito Lista de revisão para a prova I) Leitura de equipamentos 1) Fazer a leitura dos seguintes instrumentos:
Leia maisLista de revisão para a prova
Turma: Licenciatura em Física Período: 1º Disciplina: Introdução à Física Experimental Profª Marcia Saito Lista de revisão para a prova I) Leitura de equipamentos 1) Fazer a leitura dos seguintes instrumentos:
Leia maisTópico 3. Estudo de Erros em Medidas
Tópico 3. Estudo de Erros em Medidas A medida de uma grandeza é obtida, em geral, através de uma experiência, na qual o grau de complexidade do processo de medir está relacionado com a grandeza em questão
Leia maisProf. Dr. Lucas Barboza Sarno da Silva
Prof. Dr. Lucas Barboza Sarno da Silva Introdução ao curso de Física Experimental I Cronograma do curso Método de avaliação Método para confecção dos relatórios Horário de atendimento aos alunos Disponibilização
Leia maisFísica Geral - Laboratório. Aula 2: Organização e descrição de dados e parâmetros de dispersão e correlação
Física Geral - Laboratório Aula 2: Organização e descrição de dados e parâmetros de dispersão e correlação 1 Física Geral - Objetivos Ao final do período, o aluno deverá ser capaz de compreender as principais
Leia maisProf. Dr. Lucas Barboza Sarno da Silva
Prof. Dr. Lucas Barboza Sarno da Silva Medidas de grandezas físicas Valor numérico e sua incerteza, unidades apropriadas Exemplos: - Velocidade (10,02 0,04) m/s - Tempo (2,003 0,001) µs - Temperatura (273,3
Leia maisExperimento: Teoria de erros e utilização de paquímetro e micrômetro
Física Mecânica Roteiros de Experiências 11 UNIMONTE, Engenharia Laboratório de Física Mecânica Experimento: Teoria de erros e utilização de paquímetro e micrômetro Turma: Data: : Nota: Participantes Nome
Leia maisLaboratório de Física I TEORIA DE ERROS Prof. Dr. Anderson André Felix Técnico do Lab.: Vinicius Valente
Laboratório de Física I TEORIA DE ERROS Prof. Dr. Anderson André Felix Técnico do Lab.: Vinicius Valente aa.felix@unesp.br vinicius.valente@unesp.br www.iq.unesp.br/laboratoriodefisica Número 1 Grandeza
Leia maisMEDIÇÃO NO LABORATÓRIO
MEDIÇÃO NO LABORATÓRIO Medição e medida de grandezas físicas Uma grandeza física é uma propriedade de um corpo ou uma característica de um fenómeno que pode ser medida. A medição é a operação pela qual
Leia maisMEDIDAS FÍSICAS. Objetivos. Teoria. Paquímetro
MEDIDAS FÍSICAS Objetivos Realizar medidas diretas (diâmetro, comprimento, largura, espessura e massa) expressandoas com a quantidade correta de algarismos signicativos. Realizar medidas indiretas (área,
Leia maisIntrodução às Medidas em Física a Aula. Nemitala Added Prédio novo do Linac, sala 204, r. 6824
Introdução às Medidas em Física 4300152 3 a Aula Nemitala Added nemitala@dfn.if.usp.br Prédio novo do Linac, sala 204, r. 6824 Experiência I: Medidas de Tempo e o Pêndulo Simples Objetivos: Realizar medidas
Leia maisMedidas em Laboratório
Medidas em Laboratório Prof. Luis E. Gomez Armas Lab. de Física Unipampa, Alegrete 1 o Semestre 2014 Sumário O que é fazer um experimento? Medidas diretas e indiretas Erros e sua classificação Algaritmos
Leia maisEstimativas e Erros. Propagação de erros e Ajuste de funções
Estimativas e Erros Propagação de erros e Ajuste de funções 1 Algumas referências Estimativas e Erros em Experimentos de Física - Vitor Oguri et al (EdUERJ) Fundamentos da Teoria de Erros - José Henrique
Leia maisIntrodução às Medidas em Física 3 a Aula *
Introdução às Medidas em Física 3 a Aula * http://fge.if.usp.br/~takagui/fap015_011/ Marcia Takagui Ed. Ala 1 * Baseada em Suaide/ Munhoz 006 sala 16 ramal 6811 1 Experiência II: Densidade de Sólidos!
Leia maisFísica Geral (2013/1) Aula 3: Estimativas e erros em medidas diretas (I)
Física Geral (2013/1) Aula 3: Estimativas e erros em medidas diretas (I) 1 Experimentos: medidas diretas Experimento de medidas diretas de uma grandeza: Aquisição de um conjunto de dados através de medições
Leia maisPrática II INSTRUMENTOS DE MEDIDA
Prática II INSTRUMENTOS DE MEDIDA OBJETIVOS Medidas de massa e comprimentos (diâmetros, espessuras, profundidades, etc.) utilizando balança, paquímetro e micrômetro; Estimativa de erro nas medidas, propagação
Leia maisNoções Básicas de Medidas e Algarismos Significativos
Noções Básicas de Medidas e Algarismos Significativos 1 - O Sistema Internacional de Unidades (SI) No SI, a Mecânica utiliza três grandezas físicas fundamentais das quais são derivadas várias outras. São
Leia maisAula IV. Representação gráfica e regressão linear. Prof. Paulo Vitor de Morais
Aula IV Representação gráfica e regressão linear Prof. Paulo Vitor de Morais Representação gráfica A representação gráfica é uma forma de representar um conjunto de dados de medidas que permite o estudo
Leia maisEm Laboratório de Física Básica fenômenos ou propriedades físicas são estudados à luz de grandezas
1 Em Básica fenômenos ou propriedades físicas são estudados à luz de grandezas físicas mensuráveis (comprimento, tempo, massa, temperatura etc.) obtidas através de instrumentos de medida. Busca-se o valor
Leia maisTratamento estatístico de observações
Tratamento estatístico de observações Prof. Dr. Carlos Aurélio Nadal OBSERVAÇÃO: é o valor obtido durante um processo de medição. DADO: é o resultado do tratamento de uma observação (por aplicação de uma
Leia maisLeis Físicas da Natureza Erros e Incertezas- Aula prática Profª Eliade Lima
Leis Físicas da Natureza Erros e Incertezas- Aula prática Profª Eliade Lima Setembro/2018 Medidas de uma grandeza Uma medida direta de uma grandeza é o resultado da leitura de sua magnitude mediante o
Leia maisDepartamento de Física - ICE/UFJF Laboratório de Física II Pêndulos
Pêndulos Pêndulo 1 Pêndulo Simples e Pêndulo Físico 1 Objetivos Gerais: Determinar experimentalmente o período de oscilação de um pêndulo físico e de um pêndulo simples; Determinar experimentalmente o
Leia maisTratamento estatístico de observações
Tratamento estatístico de observações Prof. Dr. Carlos Aurélio Nadal OBSERVAÇÃO: é o valor obtido durante um processo de medição. DADO: é o resultado do tratamento de uma observação (por aplicação de uma
Leia maisAvaliação Prática Seleção Final 2016 Olimpíadas Internacionais de Física 11 de Abril 2016
Caderno de Questões Avaliação Experimental Instruções 1. Este caderno de questões contém DEZ folhas, incluindo esta com as instruções e rascunhos. Confira antes de começar a resolver a prova. 2. A prova
Leia maisFísica Geral - Laboratório. Aula 3: Estimativas e erros em medidas diretas (I)
Física Geral - Laboratório Aula 3: Estimativas e erros em medidas diretas (I) 1 Experimentos: medidas diretas Experimento de medidas diretas de uma grandeza: Aquisição de um conjunto de dados através de
Leia maisFísica Geral. Incertezas em Medidas Diretas
Física Geral Incertezas em Medidas Diretas Experimento Simples Medidas diretas: valores resultantes de medições de uma mesma grandeza, realizadas por um mesmo experimentador, com o mesmo instrumento de
Leia maisTópico 8. Aula Prática: Pêndulo Simples
Tópico 8. Aula Prática: Pêndulo Simples 1. INTRODUÇÃO Um pêndulo é um sistema composto por uma massa acoplada a um pivô que permite sua movimentação livremente. A massa fica sujeita à força restauradora
Leia maisProf. Willyan Machado Giufrida. Laboratório de
Laboratório de De que modo o comprimento de um pêndulo afeta o seu período? Como se comporta a força de atrito entre duas superfícies relativamente à força normal exercida por uma superfície sobre a outra?
Leia maisLaboratório de Física - IQ
Laboratório de Física - IQ 4310256 Turma 10 -- 6a-f, 14-18h Turma 20 -- 5a-f, 19-23h Salas 126/127 Lab. Ensino - IFUSP Prof. Felix G. G. Hernandez Depto. Física dos Materiais e Mecânica - IF - USP Ed.
Leia maisNOTA SOBRE ANÁLISE DE DADOS EXPERIMENTAIS
NOTA SOBRE ANÁLISE DE DADOS EXPERIMENTAIS INTRODUÇÃO A obtenção de qualquer resultado experimental pressupõe a realização de pelo menos uma medição de uma ou várias grandezas. Essas grandezas podem ser
Leia maisFísica Geral e Experimental I 2011/01
Diretoria de Ciências Exatas Laboratório de Física Roteiro 0 Física Geral e Experimental I 011/01 Experimento: Paquímetro e Micrômetro 1. Paquímetro e micrômetro Nesta tarefa serão abordados os seguintes
Leia maisTratamento estatístico de dados experimentais - conceitos básicos
Tratamento estatístico de dados eperimentais - conceitos básicos 1 Incerteza associada a uma medição Propagação de erros 3 Representação gráfica 4 Pequeno guia para criar gráficos 5 Regressão linear 1
Leia maisEXPERIÊNCIA M003-3 PÊNDULO SIMPLES
UFSC - CFM DEPTO. DE FÍSICA FÍSICA EXPERIMENTAL I - FSC 5122 1 - OBJETIVOS EXPERIÊNCIA M003-3 PÊNDULO SIMPLES a) Medir a aceleração da gravidade local. b) Identificar o equipamento e entender seu funcionamento.
Leia maisMEDIDAS: ERROS E INCERTEZAS
FACULDADES OSWALDO CRUZ FÍSICA I - ESQ MEDIDAS: ERROS E INCERTEZAS 1. INTRODUÇÃO - A medida de uma grandeza qualquer é função do instrumental empregado e da habilidade e discernimento do operador. Definiremos
Leia mais1- Medidas Simples e Diretas
1- Medidas Simples e Diretas Três regras básicas: 1) A incerteza (ou erro) associada a uma medida simples e direta é dada por: a) metade da menor divisão da escala do instrumento de medida, quando esta
Leia maisTratamento estatístico de observações geodésicas
Tratamento estatístico de observações geodésicas Prof. Dr. Carlos Aurélio Nadal OBJETIVO: parâmetros estatísticos são utilizados para avaliar os métodos empregados ou para o controle de qualidade dos trabalhos.
Leia maisIncertezas de Medição
Incertezas de Medição Prof. Marcos Antonio Araujo Silva Dep. de Física "I can live with doubt and uncertainty and not knowing. I think it is much more interesting to live not knowing than to have answers
Leia maisErros e Medidas. Professor: Carlos Alberto Disciplina: Física Geral e Experimental. Profº Carlos Alberto
Erros e Medidas Professor: Carlos Alberto Disciplina: Física Geral e Experimental Medindo grandezas Físicas Medir é comparar duas grandezas sendo uma delas previamente definida como padrão e a outra desconhecida.
Leia maisNOTA I MEDIDAS E ERROS
NOTA I MEDIDAS E ERROS O estudo de um fenômeno natural do ponto de vista experimental envolve algumas etapas que, muitas vezes, necessitam de uma elaboração prévia de uma seqüência de trabalho. Antes de
Leia maisMEDIDAS E ALGARISMOS SIGNIFICATIVOS
MEDIDAS E ALGARISMOS SIGNIFICATIVOS 1. Introdução A química é uma ciência cujo objeto de estudo é a Natureza. Assim, ocupa-se das ações fundamentais entre os constituintes elementares da matéria, ou seja,
Leia maisProf. Dr. Ederio D. Bidoia Monitor: Lucas Balduino Departamento de Bioquímica e Microbiologia, IB
Aula 2 Prof. Dr. Ederio D. Bidoia Monitor: Lucas Balduino Departamento de Bioquímica e Microbiologia, IB Unesp campus de Rio Claro, SP Erros 1. Algarismos Significativos: Na matemática 3 é igual a 3,0000...
Leia maisBC Fenômenos Mecânicos. Experimento 1 - Roteiro
BC 0208 - Fenômenos Mecânicos Experimento 1 - Roteiro Movimento Retilíneo Uniforme (MRU) Professor: Turma: Data: / /2015 Introdução e Objetivos Na disciplina de Fenômenos Mecânicos estamos interessados
Leia maisResolução da Questão 1 Item I Texto definitivo
Questão A seguir, é apresentada uma expressão referente à velocidade (v) de um ciclista, em km/min, em função do tempo t, computado em minutos. 0,t, se 0 t < 0,, se t < v ( t) = 0, + 0,t,
Leia maisALGARISMOS SIGNIFICATIVOS E TRATAMENTO DE DADOS
ALGARISMOS SIGNIFICATIVOS E TRATAMENTO DE DADOS 1.0 Objetivos Utilizar algarismos significativos. Distinguir o significado de precisão e exatidão. 2.0 Introdução Muitas observações na química são de natureza
Leia maisFÍSICA EXPERIMENTAL C ( )
FÍSICA EXPERIMENTAL C (4323301) REPRESENTAÇÃO DE INCERTEZAS EM RESULTADOS EXPERIMENTAIS Medida, erro e incerteza Qualquer medida física possui sempre um valor verdadeiro, que é sempre desconhecido, e um
Leia maisFísica Experimental II (2014.1)
Física Experimental II (2014.1) Calendário 19/02 Tratamento de dados experimentais 26/02 NÃO HAVERÁ AULA 05/30 Recesso de Carnaval 12/03 Experimento 01 Instrumentos de Medida 19/03 Experimento 02 Elementos
Leia maisDeterminação experimental de
Determinação experimental de 1. Introdução Neste experimento, utilizaremos um paquímetro, uma régua e uma fita métrica para fazer medidas de dimensões. Com estas medidas, será possível estimar experimentalmente
Leia maisAvaliação e Expressão de Medições e de Suas Incertezas
Avaliação e Expressão de Medições e de Suas Incertezas INTRODUÇÃO A Física assim como todas as outras ciências é baseada em observações e medições quantitativas. A partir de observações e dos resultados
Leia maisMEDIÇÃO DE GRANDEZAS. Para medir uma grandeza precisamos de: -Uma unidade - Um instrumento que utilize essa unidade
Para medir uma grandeza precisamos de: -Uma unidade - Um instrumento que utilize essa unidade Medição e medida Medição: conjunto de operações que têm por objetivo determinar o valor de uma grandeza. Medida:
Leia maisUniversidade Estadual do Sudoeste da Bahia
Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia Departamento de Ciências Eatas e Naturais 1 Teoria dos Erros Física I Ferreira 1 ÍNDICE 1. Elaboração de relatórios; 2. Introdução à teoria dos Erros; 3. Classificação
Leia maisDepartamento de Física da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa T2 FÍSICA EXPERIMENTAL I /08 FORÇA GRAVÍTICA
Departamento de Física da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa T2 FÍSICA EXPERIMENTAL I - 2007/08 1. Objectivo FORÇA GRAVÍTICA Comparar a precisão de diferentes processos de medida; Linearizar
Leia maisExperimento 1: Determinação do tempo de queda de uma bolinha
Instituto de Física UFRJ Relatório de Física Experimental I 2019/1 Professor: Turma: Horário: Experimento 1: Determinação do tempo de queda de uma bolinha Parte I: preparação para a experiência 1. Escreva
Leia maisPágina do curso (Stoa- >Cursos - >IF - >431 - > )
Laboratório de Física - IQ 4310256 Turma 20 5a-f, 19h 23h Salas 126/217 Lab. Ensino - IFUSP. Prof. Luis Gregório Dias da Silva Depto. Física Materiais e Mecânica IF USP Ed. Alessandro Volta, bloco C, sala
Leia maisFísica Experimental I
Medidas em Física Teoria do Erro Física Experimental I Medidas Físicas Diretas: leitura de uma magnitude mediante o uso de instrumento de medida, ex: Comprimento de uma régua, a corrente que passa por
Leia maisCapítulo I Noções básicas sobre incertezas em medidas
Capítulo I Noções básicas sobre incertezas em medidas Verdadeiro valor de uma grandeza Erros de observação: erros sistemáticos e acidentais Precisão e rigor Algarismos significativos e arredondamentos
Leia maisTratamento de dados e representação das incertezas em resultados experimentais
Tratamento de dados e representação das incertezas em resultados experimentais Medida, erro e incerteza Qualquer medida física sempre possui um valor verdadeiro, que é sempre desconhecido e um valor medido.
Leia maisAula II Estatística Aplicada à Instrumentação Industrial -Avaliação da Incerteza de Medição
Aula II Estatística Aplicada à Instrumentação Industrial -Avaliação da Incerteza de Medição Universidade Federal da Bahia Escola Politécnica Disciplina: Instrumentação e Automação Industrial I(ENGF99)
Leia maisMedidas Físicas. 1. Introdução
1. Introdução Medidas Físicas Quando se afirma que a Física é o estudo dos fenômenos naturais, está implícita sua característica fundamental: a natureza como o parâmetro de referência desse conhecimento.
Leia maisIntrodução às Medidas em Física 2 a Aula *
Introdução às Medidas em Física 2 a Aula * http://fge.if.usp.br/~takagui/fap0152_2010/ Marcia Takagui Ed. Ala 1 * Baseada em Suaide/ Munhoz 2006 sala 216 ramal 6811 1 Objetivos! Medidas de tempo Tempo
Leia maisAula 4: Gráficos lineares
Aula 4: Gráficos lineares 1 Introdução Um gráfico é uma curva que mostra a relação entre duas variáveis medidas. Quando, em um fenômeno físico, duas grandezas estão relacionadas entre si o gráfico dá uma
Leia maisSumário. Arquitetura do Universo
Sumário Das Estrelas ao átomo Unidade temática 1 Erros que afetam as medições. Média, desvios e incertezas. Incerteza associada aos instrumentos de medida. Como medir com craveira e com Palmer. APSA Cálculo
Leia maisDensidade de um Sólido
Densidade de um Sólido 1. Introdução Neste experimento, utilizaremos um paquímetro e uma régua para fazer medidas de dimensões de um sólido metálico. Com estas medidas e a massa deste sólido, será possível
Leia maisFísica Experimental III
Física Experimental III Sumário Parte I: Cronograma de aula Avaliação Parte II: Tratamento de dados experimentais Medidas Algarismos Significativos e Notação Científica Erros de uma medida Propagação de
Leia maisMNPEF. Laboratório: introdução e Conceitos básicos.
MNPEF Laboratório: introdução e Conceitos básicos. Medidas e Incertezas Medir é um procedimento experimental em que o valor de uma grandeza é determinado em termos do valor de uma unidade definida através
Leia maisProf. Paulo Vitor de Morais
Física Experimental I Prof. Paulo Vitor de Morais paulovitordmorais91@gmail.com Cronograma de práticas P1 tem 19 dias letivos; P2 tem 17 dias letivos; Serão aproximadamente 11 experimentos; A princípio
Leia mais4 ABORDAGENS METROLÓGICAS
4 4 ABORDAGENS METROLÓGICAS Neste capitulo são apresentados os termos metrológicos utilizados neste documento. Estes conceitos foram selecionados do Vocabulário Internacional de termos fundamentais e gerais
Leia maisVerificar as equações para a constante de mola efetiva em um sistema com molas em série e outro com molas em paralelo.
74 9.4 Experiência 4: Deformações Elásticas e Pêndulo Simples 9.4.1 Objetivos Interpretar o gráfico força x elongação; Enunciar e verificar a validade da lei de Hooke; Verificar as equações para a constante
Leia maisProfa. Ana Barros CEFET-RJ. Coordenadora dos Laboratórios de Física
Tratamento de Erros Experimentais Física Experimental IV Profa. Ana Barros CEFET-RJ Coordenadora dos Laboratórios de Física Informações Gerais No final de cada experiência o aluno deverá fazer um relatório
Leia maisExperimento 1: O que gera o desvio padrão?
Experimento 1: O que gera o desvio padrão? FEP113 - Física Experimental 1 IFUSP 26 de abril 2008 O que é uma medida O que é uma medida A medida de uma grandeza envolve: uma grandeza bem determinada um
Leia maisSuplemento Roteiro 2. GEX 132 Laboratório de Física I
Suplemento Roteiro 2 GEX 132 Laboratório de Física I Título: Gráficos em Papel Milimetrado Objetivos: Gráficos são utilizados com o intuito de representar a dependência entre duas ou mais grandezas (físicas,
Leia maisFísica Experimental. Apresentação preparada pelos professores: Prof. José Rafael Cápua Proveti & Romarly Fernandes da Costa
Física Experimental Apresentação preparada pelos professores: Prof. José Rafael Cápua Proveti & Romarly Fernandes da Costa Normas de segurança no laboratório Todos os estudantes devem utilizar sapatos
Leia maisFísica Geral - Laboratório. Aula 2: Organização e descrição de dados e parâmetros de dispersão e correlação
Física Geral - Laboratório Aula 2: Organização e descrição de dados e parâmetros de dispersão e correlação 1 Física Geral - Objetivos Ao final do período, o aluno deverá ser capaz de compreender as principais
Leia mais08/12/97 Luiz Feijó Jr.
Cálculo da Incerteza da medição guia prático A Medição A palavra medição tem múltiplos significados: pode ser o processo de quantificação pode ser o número resultante Resultado de uma medição Para um leigo:
Leia maisLaboratório de Física I. Prof. Paulo Vitor de Morais
Laboratório de Física I Prof. Paulo Vitor de Morais Introdução Inicialmente vamos abordar: Grandezas físicas e o Sistema Internacional de Unidades (SI); Conceito de exatidão e precisão; Algarismos significativos;
Leia maisIntrodução às Ciências Experimentais Curso de Licenciatura em Física. Prof. Daniel Micha CEFET/RJ campus Petrópolis
Introdução às Ciências Experimentais Curso de Licenciatura em Física Prof. Daniel Micha CEFET/RJ campus Petrópolis AULA 2 Tomada de dados e estimativa de incertezas Propagação de incertezas Atividades
Leia maisTratamento de Erros Experimentais Física Experimental IV
Tratamento de Erros Experimentais Física Experimental IV Profa. Ana Barros CEFET-RJ 2008 http://ana1barros.googlepages.com Informações Gerais No final de cada experiência o aluno deverá fazer um relatório
Leia maisFísica Geral - Laboratório. Aula 2: Organização e descrição de dados e parâmetros de dispersão e correlação
Física Geral - Laboratório Aula 2: Organização e descrição de dados e parâmetros de dispersão e correlação 1 Física Geral - Objetivos Ao final do período, o aluno deverá ser capaz de compreender as principais
Leia maisNoções de Exatidão, Precisão e Resolução
Noções de Exatidão, Precisão e Resolução Exatidão: está relacionada com o desvio do valor medido em relação ao valor padrão ou valor exato. Ex : padrão = 1,000 Ω ; medida (a) = 1,010 Ω ; medida (b)= 1,100
Leia maisAPOSTILA DO LABORATÓRIO
APOSTILA DO LABORATÓRIO DE FÍSICA I Calouros - 016* Curso Superior de Tecnologia dos Materiais Curso Superior de Tecnologia da Construção Civil *Edição alternativa exclusiva para as aulas do prof. Renato
Leia maisLaboratório Física Geral
Laboratório Física Geral 1 Lab Física Geral Professora Helena Malbouisson Sala 3018A. email da turma: labfisicageraluerj@gmail.com 2 Objetivos do curso Organizar e descrever conjuntos de dados (histogramas);
Leia maisFísica Geral - Laboratório (2014/1) Estimativas e erros em medidas diretas (I)
Física Geral - Laboratório (2014/1) Estimativas e erros em medidas diretas (I) 1 Medida L (cm) 1 150.0 2 150.1 3 150.8 4 150.0 5 150.0 6 144.1 7 150.0 8 150.3 9 149.9 10 150.0 11 150.0 12 150.1 13 150.2
Leia maisUniversidade Federal de Pernambuco CCEN Departamento de Física Física Experimental 1-1 o SEMESTRE 2011
Universidade Federal de Pernambuco CCEN Departamento de Física Física Experimental 1-1 o SEMESTRE 2011 Nome: Turma: Nome: Turma: Nome: Turma: Data: / / Roteiro do Experimento 2 Medidas e Incertezas II
Leia maisQuímica Analítica V 1S Prof. Rafael Sousa. Notas de aula:
Química Analítica V 1S 2013 Aula 2: 13-05-2013 Estatística Aplicada à Química Analítica Parte 1 Prof. Rafael Sousa Departamento de Química - ICE rafael.arromba@ufjf.edu.br Notas de aula: www.ufjf.br/baccan
Leia maisConstrução e Análise de Gráficos. CF Laboratório de Física Básica 1
Construção e Análise de Gráficos Por que fazer gráficos? Facilidade de visualização de conjuntos de dados Facilita a interpretação de dados. Exemplos: Engenharia Física Economia Biologia Estatística Por
Leia maisMétodo numérico para propagação da incerteza. Neste apêndice, apresentamos um procedimento numérico alternativo que é pelo menos
APÊNDICE 01 Método numérico para propagação da incerteza Neste apêndice, apresentamos um procedimento numérico alternativo que é pelo menos tão válido quanto a lei de propagação de incerteza (LIMA JUNIOR
Leia maisMEDIDAS EXPERIMENTAIS
Experiência 0 MEDIDAS EXPERIMENTAIS Laboratórios de Física Medidas Experimentais 8 Medir e Comparar Para descrever os fenómenos naturais temos de fazer medições. Cada medição está associada com uma propriedade
Leia mais2009/2010. Marília Peres
MEDIÇÃO Escola Secundária José Saramago 2009/2010 Marília Peres I NSTRUMENTOS DE MEDIDA Alcance Vl Valor máximo que é possível medir Sensibilidade ou Natureza do aparelho Valor da menor divisão 2 ERROS
Leia maisInstrumentação Industrial. Fundamentos de Instrumentação Industrial: Introdução a Metrologia Incerteza na Medição
Instrumentação Industrial Fundamentos de Instrumentação Industrial: Introdução a Metrologia Incerteza na Medição Introdução a Metrologia O que significa dizer: O comprimento desta régua é 30cm. A temperatura
Leia maisFísica Geral - Laboratório (2016/2) Organização e descrição de dados
Física Geral - Laboratório (2016/2) Organização e descrição de dados 1 Física Geral - 2016/2 Bibliografia: Estimativas e Erros em Experimentos de Física (EdUERJ) 2 Dados e medidas Todo experimento em física
Leia maisEscrita correta de resultados em notação
Notas de Aula Laboratório de Física 1 e A Escrita correta de resultados em notação científica e confecção de gráficos 1 Prof. Alexandre A. C Cotta 1 Departamento de Física, Universidade Federal de Lavras,
Leia maisQUÍMICA ANALÍTICA V 2S Prof. Rafael Sousa. Notas de aula:
QUÍMICA ANALÍTICA V 2S 2011 Aulas 1 e 2 Estatística Aplicada à Química Analítica Prof. Rafael Sousa Departamento de Química - ICE rafael.arromba@ufjf.edu.br Notas de aula: www.ufjf/baccan Algarismos significativos
Leia maisErros em medidas e análises físicas e químicas
Erros em medidas e análises físicas e químicas Erros sistemáticos: têm um valor definido e uma causa identificável e são da mesma ordem de grandeza para réplicas de medidas realizadas de maneira semelhante.
Leia maisProfa. Janaina Fracaro Engenharia Mecânica 2015
Profa. Janaina Fracaro Engenharia Mecânica 2015 Medidas de Posição ou tendência central Buscam identificar valores característicos de uma relação de valores medidos. Média Aritmética: EX: Suponha que a
Leia mais