contra os cortes no orçamento e por mais investimento público
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- Luiza di Azevedo Sanches
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1 Edição nº 124 Julho de 2015 sindical sindical Poucas negociações e propostas sem ganho real Após reuniões com o governo no final de junho, docentes decidem rejeitar a proposta do governo de reajuste salarial abaixo da inflação. Pág. 4 CARTAZ FINAL-GRÁFICA.pdf 1 26/06/ :23:10 Em defesa da Educação Pública: contra os cortes no orçamento e por mais investimento público Ajuste Fiscal e Universidade são tema de artigos de docentes da UFPR Pág. 2 universidade Prograd propõe aumento do semestre letivo para 18 semanas C M Y CM Pág. 8 MY CY
2 2 Informativo APUFPR-SSIND Nº 124 Julho de 2015 CAMPANHA UNIVERSIDADE E FISCAL Indignados com a conjuntura política atual, docentes da Universidade Federal do Paraná (UFPR) decidiram criar a Comissão de Defesa da UFPR que está realizando uma campanha para discutir os cortes na educação, seus impactos na Universidade e reflexos na sociedade. O objetivo é inserir os docentes no contexto e mobilizá-los na defesa de uma educação pública de qualidade e contra qualquer desinvestimento. Diversos docentes que fazem parte da comissão colaborarão com artigos para serem divulgados no site da Associação dos Professores da Universidade Federal do Paraná (APUFPR-SSind), nas redes sociais e na mídia geral. Serão 18 artigos até o final de agosto publicados em dias alternados. Haverá também reportagens sobre temas como neoliberalismo, cortes na pós-graduação e pesquisas, proposta salarial, dissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão e infraestrutura. PARTICIPE! A APUFPR-SSind convida todos os docentes a divulgar os materiais e a entender os motivos que levaram à greve diversas Instituições Federais de Ensino Superior (Ifes). Os docentes que desejarem poderão visualizar todas as peças da campanha na página especial no site do sindicato. Compartilhe os materiais pelo Facebook e ajude na conscientização da sociedade. EXPEDIENTE Informativo APUFPR-SSind Publicação quinzenal da Associação dos Professores da Universidade Federal do Paraná Seção Sindical do Andes - Sindicato Nacional Diretoria - Gestão 2015/2017 Presidente: Maria Suely Soares Vice-presidente: Luis Allan Kunzle Secretário geral: Vilson Aparecido da Mata Primeira secretária: Adriana Hessel Dalagassa Tesoureiro geral: Claudio Antonio Tonegutti Primeiro tesoureiro: Herrmann Vinícius de Oliveira Muller Diretor administrativo: Vitor Marcel Schuhli Diretor cultural: Marcelo Sandin Dourado Diretor de esportes: Raimundo Alberto Tostes Diretora de imprensa: Milena Maria Costa Martinez Diretor jurídico: Afonso Takao Murata Diretora social: Marise Fonseca dos Santos Fale Conosco Endereço - Rua Alcides Vieira Arcoverde, 1193, Jardim das Américas CEP Curitiba, PR Tel.: (41) Produção Abridor de Latas (41) Equipe de Redação - Larissa Amorim SRTE 9459-PR, Guilherme Mikami SRTE 9458-PR, Larissa Knaipp e Rebeca Mileski. Projeto Gráfico - Guilherme Mikami Diagramação - Larissa Knaipp Distribuição gratuita e dirigida
3 Informativo APUFPR-SSIND Nº 124 Julho de orçamento Projeto de Lei das Diretrizes Orçamentárias LDO 2016 poderá impedir reajustes de servidores públicos PLDO traz atualizações que atingem diretamente os servidores públicos Se os servidores públicos não estão satisfeitos com as propostas de reajuste do governo, a situação fica ainda pior com a notícia de que o Projeto de Lei das Diretrizes Orçamentárias (PLDO) trouxe atualizações que os atingem diretamente. De acordo com o texto, as despesas de pessoal do Legislativo, Executivo, Judiciário e LIMITE SERVIDORES FEDERAIS demais órgãos deverão manter a mesma distribuição proporcional entre os Poderes, o Ministério Público da União e a Defensoria Públicas da União, cujo valor será divulgado pelo Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (Mpog) até 14 de agosto de Juntamente ao valor, o Ministério deverá divulgar o cálculo de distribuição proporcional, o que significa que haverá um teto para cada Poder, mesmo que haja menos gastos em outros. Dessa forma, a possibilidade de reajuste linear, mesmo com as várias parcelas da remuneração dos servidores, seria improvável. Pela proposta do PLDO, o parâmetro para dar ou não reajuste aos servi- PODER EXECUTIVO dores públicos da União seria do Poder Executivo. Limite PODER JUDICIÁRIO A possibilidade de reajuste linear, mesmo com as várias parcelas da remuneração dos servidores, seria improvável. De acordo com a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), as exigências para reajuste salarial deverão estar dentro dos limites previamente fixados. No caso dos servidores federais, a União poderá gastar 50% da receita corrente líquida, distribuída entre Poder Legislativo, incluindo o Tribunal de Contas da União (2,5%), Poder Judiciário (6%), Ministério Público da União (0,6%), Distrito Federal e Territórios (3%) e Poder Executivo (37,9%). Mesmo com as despesas com pessoal abaixo dos limites do LRF, não haveria impedimentos para reajustes nos poderes no próximo ano. Porém, com a proposta do PLDO, caso não haja alteração do Congresso, a atualização salarial será dificultada ou impedida pelas novas regras. A proposta orçamentária para 2016 apresenta que o reajuste para o Poder Executivo não poderá ser excedido, em termos proporcionais, pelos outros poderes e órgãos, impedindo que estes aumentem seu gasto com pessoal. Ou seja, após a definição, o valor que pode ser zero deverá cumprir com a proporção total de cada Poder. 50% 37,9% DA RECEITA CORRENTE LÍQUIDA 6% DISTRITO FEDERAL E TERRITÓRIOS 3% PODER LEGISLATIVO 2,5% MINISTÉRIO PÚBLICO DA UNIÃO 0,6%
4 4 Informativo APUFPR-SSIND Nº 124 Julho de 2015 greve Greve nacional cresce Poucas negociações e propostas sem ganho real Greve dos SPFs chega a quase dois meses sem previsão de acordo Após reuniões com o governo no final de junho, os professores das Ifes rejeitaram a proposta do governo de reajuste salarial abaixo da inflação. No início de julho, 37 seções sindicais do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (ANDES-SN) estavam em greve. A comunidade acadêmica continuou na defesa da educação pública como um direito de todos e dever do Estado e organizou novas mobilizações para fortalecer a luta contra a política privatista do governo. A Universidade Federal de Goiás (UFG) e a Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM) aderiram à greve em 3 de julho, somando 39 seções. Dando continuidade ao movimento, mais de 600 pessoas de diversas entidades participaram da Reunião da Educação Federal, em Brasília, em 6 de julho, com o objetivo de debater a situação atual da educação pública no Brasil. Os manifestantes também participaram da Caravana Nacional em Defesa da Educação Pública em direção ao Ministério da Educação (MEC) onde pediriam audiência com o ministro Renato Janine. Mais de três mil pessoas participaram do ato porém, Janine se recusou a receber os representantes. Sem sucesso, os manifestantes se encontraram com outros Servidores Públicos Federais (SPFs) para participar de reunião com o Mpog. A categoria mais uma vez foi unânime e negou a proposta do governo de reajuste abaixo da inflação, além de não se posicionar sobre os demais itens da pauta de reivindicações dos SPFs. Com as más notícias, em 10 de julho eram 41 seções sindicais em greve. Dez dias depois, o Fórum dos SPFs participou de outra reunião no Mpog, em que foi mantida pelo governo a proposta de reajuste parcelado e abaixo da inflação. Porém a pauta de benefícios foi revisada, com proposta de correção de 22,8% para os auxílios alimentação e saúde sem reajuste há três anos e o reajuste de 317% para o auxílio- -creche defasado desde Sem avanços, a categoria realizou uma Marcha à Brasília em 22 de julho. No dia 21, foram realizados atos regionais e, no dia 22, em Brasília, mais de seis mil servidores participaram da mobilização para cobrar negociação efetiva da pauta unificada protocolada junto ao governo. Após o ato, houve uma audiência com o Mpog que novamente não mostrou avanços. Segundo o ANDES-SN, o número de seções sindicais com greve deflagrada só tende a subir, já que não há previsão de acordo. 29/6 CNG rejeita proposta do governo 1/7 37 seções sindicais em greve 7/7 Caravana Nacional em Defesa da Educação Pública 7/7 Reunião com Mpog não traz avanços 10/7 41 seções sindicais em greve 16/7 Dia Nacional Contra Cortes na Educação Pública
5 Informativo APUFPR-SSIND Nº 124 Julho de GREVE Direitos dos servidores em risco Direito de greve e de salário aos servidores públicos Decisão que impediu desconto nos salários em SP pode ter reflexos para todo o funcionalismo O presidente do STF, ministro Ricardo Lewandowski, concedeu liminar na Reclamação (RCL) para impedir desconto nos salários dos professores da rede pública do estado de São Paulo, que ficaram 92 dias paralisados. Apesar de regional, a decisão pode servir Os servidores públicos ain- de jurisprudência na luta pelo da não têm o direito para a direito de greve aos servidores realização de greves assegurado. públicos. Diversas paralisações no funcio- O veredito do STF confir- nalismo já foram declaradas ir- ma o entendimento de que os regulares no Brasil e a judiciali- servidores devem ter direito Segundo o entendimento zação tem sido instrumento cada vez mais comum dos governos. As cortes locais, muitas vezes agraciadas por benefícios como os injustificáveis auxílios moradia têm acatado reiteradamente os pedidos das administrações públicas. VEREDITO Em meio a tantas incertezas sobre os direitos dos servidores públicos, o Supremo Tribunal Federal (STF) tomou decisão de greve e mostra que nenhum salário pode ser reduzido ou cortado pela administração pública tendo por base o discurso da falta ao trabalho em paralisações de servidores. O livre exercício do direito de greve, sem descontos de vencimentos e anotações de faltas injustificadas deve ser garantido a todo o funcionalismo. Qualquer providência administrativa ou disciplinar aos servidores que aderem ao do ministro, o salário é garantido constitucionalmente e o pagamento deve ser assegurado pela administração pública, principalmente nas situações em que o serviço poderá ser prestado futuramente como acontece nos casos de paralisação de docentes, em que há reposição de aulas. Em qualquer caso de descumprimento da Constituição Federal, docentes e demais funcionários públicos devem O livre exercício do direito de greve, sem descontos de vencimentos e anotações de faltas injustificadas deve ser garantido a todo o funcionalismo público. Maria Suely Soares que pode amparar as lutas fu- movimento não pode ser tole- lutar pelo seu direito de rece- turas dos servidores públicos rada, defende a presidente da ber o salário. A remuneração é âmbito social quanto familiar no Brasil ao impedir o corte sa- APUFPR-SSind, Maria Suely garantia de qualidade de vida e alimentar, explica Maria larial dos grevistas. Soares. dos trabalhadores, tanto no Suely.
6 6 Informativo APUFPR-SSIND Nº 124 Julho de 2015 DIREITOS Regras para a negociação coletiva na administração pública Negociação coletiva no serviço público Projeto de lei obriga governos a realizarem negociação coletiva com servidores Em 25 de junho, foi proposto projeto de lei que fixa regras para a negociação coletiva no âmbito da administração pública. A negociação coletiva já está disciplinada pela Justiça do Trabalho nos dissídios entre empregados e empregadores da iniciativa privada, mas na esfera pública ainda não existem regras para esse processo a nova proposta pretende mudar isso. Com o projeto, as negociações entre representantes dos servidores e o poder público serão facilitadas. A institucionalização da negociação coletiva no serviço público antecede a regulamentação do direito de greve e da data-base para servidores dos governos municipais, estaduais, distrital e federal. O tesoureiro geral da APUFPR-SSind, Claudio Antonio Tonegutti, afirma que hoje existe falta de espaço para negociação das causas dos docentes. Por isso as paralisações ocorrem, muitas vezes, para abrir esse diálogo. Com o projeto, as negociações entre representantes dos servidores e o poder público serão facilitadas, melhorando a forma como as causas das categorias do funcionalismo são expostas. As regras do projeto de lei pretendem superar conflitos e identificar a solução mais adequada para os servidores em relação a remuneração, reajuste salarial, condições de trabalho, qualificação, meios de exercer suas funções. O princípio da negociação coletiva entre trabalhadores públicos e governos está previsto na convenção 151 da Organização Internacional do Trabalho (OIT) que é relativa à proteção do direito de organização e aos processos de fixação das condições de trabalho no funcionalismo. Trata-se de uma norma internacional que garante aos servidores públicos o direito de livre organização sindical e a realização de negociações coletivas com o Poder Executivo. O texto da convenção foi ratificado em 2010 pelo Congresso Nacional. Em 2013, o governo publicou o decreto 7.944, assumindo o compromisso de adaptar a legislação nacional para que a norma da OIT entre em vigor. Nesse contexto, a proposta que fixa as regras para a negociação coletiva auxilia no andamento da ratificação da convenção 151 no Brasil.
7 Informativo APUFPR-SSIND Nº 124 Julho de nacional Programa de Investimento em Logística é área prioritária para contratações Queda da contratação de funcionários públicos ameaça comunidade acadêmica Contratações na administração pública federal diminuíram drasticamente nos últimos anos concursos, mas dependem de vagas liberadas pelo MEC para realizá-los. Segundo o Mpog, não é possível saber o andamento das vagas ofertadas e se já foram ocupadas. Mas é possível perceber que há redução: no primeiro semestre do ano, foram ofertadas em con- Segundo o Mpog, as contra- curso vagas, uma queda de tações na administração pública 9% em relação ao ano anterior, federal apresentaram queda de que teve cerca de vagas. 55% em 2015, em comparação ao Além dos números cada vez ano passado. menores de contratações no pri- De acordo com a política de concursos públicos para 2015 dos órgãos e entidades do Poder Executivo Federal, a prioridade para novas contratações será dada para áreas onde se insere o Programa de Investimento em Logística (PIL) e para as que necessitam de melhoria no atendimento ao público, a fim de retomar o crescimento do país. Além do ajuste fiscal do governo federal, de contas públicas atrasadas e da demora na aprovação do Orçamento, a redução das contratações é mais um dos fatores que acompanham a piora da economia. As universidades federais têm autonomia para fazer os meiro semestre, outra questão que preocupa os docentes é a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de rejeitar a Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 1.923, declarando válido o trecho da lei 8.666/1993 que permite a contratação de Organizações Sociais (OSs) pela administração pública. Com isso, as OSs ganharam legitimidade para prestar serviços públicos nas áreas do ensino, da pesquisa científica e tecnológica, da proteção e proteção ambiental, da cultura e da saúde. Assim, há brecha para que se contrate docentes nas universidades públicas sem concurso promovendo, de uma vez só, a precarização, a terceirização e a privatização do ensino público. Essas mudanças só confirmam a falta de atenção aos docentes das Ifes. São medidas que afetam diretamente a vida profissional e pessoal de docentes, estudantes e servidores técnico- -administrativos. É um descaso com o setor que forma cidadãos brasileiros todos os dias. A situação é ainda mais preocupante, já que há indicativos de que o MEC não abrirá vagas de concurso para docentes federais nos próximos dois anos. Segundo a presidente da APUFPR-SSind, os cortes orça- A situação é ainda mais preocupante. Há indicativos de que o MEC não abrirá vagas de concurso para docentes federais nos próximos dois anos. mentários do governo federal já afetam a vida dos docentes e estudantes, e agora serão afetadas também com a redução da contratação de funcionários públicos. É um clima de incertezas que só cresce para a população.
8 8 Informativo APUFPR-SSIND Nº 124 Julho de 2015 UFPR Mudanças nos Projetos Pedagógicos de Curso Prograd propõe aumento do semestre letivo para 18 semanas Mudança gera dissociabilidade entre as atividades de ensino, pesquisa e extensão (PPCs) da graduação e da educação profissional e tecnológica. De acordo com o documento, a carga horária curricular estipulada na periodização de cada curso deve ser cumprida conforme calendário acadêmico fixado vez que aumenta a carga horária em sala de aula e reduz o tempo para pesquisa e extensão. Os docentes da UFPR, durante assembleia realizada no início de julho, afirmaram por unanimidade sua posição con- MEC para os cursos e, para manter o teto de cada um, haverá necessidade de diminuir o número de disciplinas, explica a diretora de imprensa da APUFPR-SSind, Milena Maria Costa Martinez. A redução acarretará tam- anualmente pelo Cepe composto trária à proposta de resolução. bém diminuição do número de por 18 (dezoito) semanas letivas Segundo eles, o texto gera pre- docentes necessários em cada A Pró-Reitoria de Graduação por semestre, excluído o tempo carização do trabalho e dese- curso, o que poderá comportar e Educação Profissional (Prograd) reservado a exames finais. Atu- quilíbrio entre as atividades de a redução do número de vagas da UFPR elaborou proposta de re- almente, para a maioria dos cur- ensino, pesquisa e extensão. docentes, completa Milena. solução para o Conselho de Ensino e Pesquisa e Extensão (Cepe), que estabelece normas básicas para elaboração, implantação e alteração de Projetos Pedagógicos de Curso sos, o semestre acadêmico é composto por 15 semanas letivas. Tal mudança gera uma dissociabilidade entre as atividades de ensino, pesquisa e extensão, uma O aumento das semanas letivas também causa sobrecarga de trabalho e prejudica a dedicação dos docentes em outras atividades. A categoria considera a extensão Além do aumento semanal, os Projetos Pedagógicos terão a atribuição obrigatória de 10% da carga horária total do curso des- resolução um ataque à autono- tinada à extensão, devendo ser mia didático-pedagógica dos implementada, por determina- cursos de graduação, ção da lei /2014, até uma vez que as Os cursos de graduação e de disciplinas estão educação profissional e tecnoló- organizadas gica terão, segundo a proposta de de acordo com resolução, o prazo de dois anos o currículo de para adequar seus currículos a cada curso. partir da sua homologação. Uma discipli- Dessa forma, a carga horá- na de 60 horas, por ria destinada à extensão deixa exemplo, passará a ter 72 horas. de ser planejada e estruturada Consequentemente, serão ultra- pela necessidade de formação passadas as cargas horárias to- de cada curso e corre o risco de tais máximas determinadas pelo se tornar genérica.
9 Informativo APUFPR-SSIND Nº 124 Julho de CURTAS Pós-graduação PEC pode acabar com gratuidade em cursos de especialização Contratações na administração pública federal diminuíram drasticamente nos últimos anos PEC 395/2014 Na última semana, as Ifes receberam o anúncio de corte de 75% na verba do Programa de Apoio à Pós-Graduação (Proap). A UFPR foi informada de que o corte seria menor, porém coordenadores ainda não sabem se haverá dinheiro suficiente para custear os programas. A Capes disse que a redução total será de 11%. Para o Proap, será de 8,7%. Ou seja, há insegurança em relação aos investimentos na pós-graduação. Foi aprovada em 18 de junho, pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC) da Câmara dos Deputados, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 395/2014. A redação especifica que o ensino superior na rede pública será gratuito apenas nos cursos regulares de graduação, mestrado e doutorado. O autor da PEC é o deputado Alex Canziani (PTB-PR) que se autointitula o deputado da educação. Sua Proposta legitima a cobrança de mensalidade em cursos de pós-graduação latu sensu, que envolvem especializações e Master of Business Administration (MBA) pelas instituições públicas de ensino. A diretora de imprensa da APUFPR-SSind, Milena Maria Costa Martinez, ressalta que a aprovação da PEC 395 agrediria um dos princípios mais essenciais das instituições públicas de ensino, que é a gratuidade. Na prática, essa Proposta representa a privatização de uma parcela da universidade. Sua intenção é impor às instituições públicas a lógica da iniciativa privada por meio de mensalidades para as especializações. Instituições PÚBLICAS de ensino, mas... MENSALIDADE em cursos de pós-graduação. A Proposta legitima a cobrança de mensalidade em cursos de pós-graduação latu sensu pelas instituições públicas de ensino. Incorporação dos quintos Para esclarecer os docentes da UFPR, foi realizada reunião sobre o reconhecimento do direito à incorporação das remunerações das parcelas dos quintos, de abril de 1998 a setembro de 2001, e o pagamento de parcelas vencidas. Em maio, os quintos já foram incorporados aos vencimentos dos que completaram, pelo menos, um ano de função gratificada ou em cargo de direção no período. Educação Pública Docentes das Ifes fizeram atos públicos em diversas regiões no Dia Nacional contra os cortes no orçamento e por mais investimento público na Educação Pública, em 16 de julho. A data teve como objetivo pressionar as reitorias a se posicionarem em relação aos cortes.
10 10 Informativo APUFPR-SSIND Nº 124 Julho de 2015 CURTAS Audiência no Senado Docentes e técnico-administrativos federais (TAE) participaram de audiência na Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) do Senado para discutir condições de trabalho dos servidores. O objetivo era sensibilizar parlamentares sobre a situação que as greves revelam e buscar abertura de negociações efetivas com os setores em greve. Omissão denunciada Governo federal prioriza o financiamento do ensino privado Universidades públicas com cortes no orçamento, e privadas com novos repasses de verbas públicas Docentes federais têm denunciado a falta de enfrentamento das reitorias ao projeto governamental de desmonte e privatização do serviço público e da Educação Pública. Segundo o ANDES-SN, a política de cortes tem sido sustentada pela maioria das reitorias, que maquiam informações sobre a precarização e a crítica situação financeira das universidades. O Tesouro Nacional passou a emitir títulos em favor do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), que opera por meio do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). Divulgada em 6 de julho no Diário Oficial da União (DOU), a autorização permitiu a emissão de títulos no valor de R$1,441 bilhão, com vencimento para a qualidade de ensino nas universidades públicas. O programa de ajuste fiscal do governo atinge diretamente todos os setores dentro e fora da universidade, principalmente o MEC e o Ministério de Ciência e Tecnologia (MCTI), implicando ainda cortes na Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior do inclusive o pagamento de bolsas de auxílio e de extensão nas universidades públicas. Recursos que deveriam ser destinados para o ensino público servirão para financiar o pagamento de mensalidades nas instituições privadas, como forma de auxílio devido às dificuldades financeiras. O vice-presidente da (Capes). APUFPR-SSind, Luis Allan 60º Conad O Caderno de Textos do 60º Conselho Nacional do ANDES-SN (Conad) fechou com 24 textos encaminhados às seções sindicais para base de discussões antes do evento. O Conad será de 13 a 16 de agosto com o tema Atualização da Luta em Defesa dos Direitos dos Trabalhadores, da Liberdade de Organização Sindical dos Docentes para Enfrentar a Mercantilização da Educação. Não é a primeira vez que o governo federal procura uma forma de priorizar as empresas que mercantilizam a educação no Brasil. Em março deste ano, o Ministério da Fazenda (MF) emitiu R$ 376 milhões em Certificados Financeiros do Tesouro (CFT) em favor deste mesmo Fundo. O repasse de verbas públicas para as empresas privadas afeta Pátria educadora? A educação pública tem sido historicamente negligenciada no Brasil. A realidade atual não está diferente. O Fies está à frente de todos os recursos e é priorizado antes do repasse de verbas para as Ifes. Essa política adotada pelo governo federal está prejudican- Künzle, explica que a educação não está entre as prioridades do governo. Em meio a cortes orçamentários do governo federal nas instituições públicas, existem setores que não sofrem com isso. As universidades privadas e as grandes empresas que as gerenciam estão sendo priorizadas pelo governo, ressalta Künzle.
11 Informativo APUFPR-SSIND Nº 124 Julho de CURTAS Redução salário Luta pelo transporte coletivo de Curitiba e Região TCE-PR reconhece inúmeras irregularidades no tranbsporte público de Curitiba e Região Grupo composto por entidades sindicais, incluindo a APUFPR- SSind, ingressou como Amicus Curiae num processo do Tribunal de Contas do Estado do Paraná (TCE- PR) contra as fraudes do sistema de transporte público. O processo levou o Tribunal a reconhecer as inúmeras irregularidades no transporte coletivo de Curitiba. Entre as principais determinações do TCE-PR estão a retirada de valores indevidos do Agora basta que a prefeitura municipal e a Urbs cumpram com o que foi determinado no processo. cálculo da tarifa e a apresentação das planilhas para o controle do consumo real de combustível e demais custos. Estabelece ainda a aplicação de multas aos agentes públicos responsáveis e a necessidade de monitoramento da gestão do transporte. Agora basta que a prefeitura municipal e a Urbanização de Curitiba S.A. (Urbs) cumpram com o que foi determinado no processo porque, mesmo reconhecendo ilegalidades como o indício de formação de cartel, o contrato não foi anulado. A decisão final do TCE-PR foi incluída na Plenária Popular do Transporte em representação ao Ministério Público do Paraná (MP-PR). Com a inclusão deste veredito, a Plenária poderá também abranger o ajuizamento de ação de improbidade administrativa contra os responsáveis pelo processo licitatório e a anulação dos contratos vigentes que circulam desde De acordo com a Plenária, a anulação do processo licitatório e a punição dos envolvidos são necessárias para que haja justiça e transparência na gestão, e para que os usuários não continuem a ser prejudicados com uma tarifa mascarada. O MP-PR também investiga os casos de fraude no transporte de Curitiba e está averiguando uma suspeita de golpe na troca do sistema de bilhetagem eletrônico da empresa Transdata nos ônibus metropolitanos. Entretanto, a empresa responsável pela gestão do novo sistema a partir de agosto será a Metrocard, que pede auditoria no sistema de bilhetagem desde Por meio de uma denúncia anônima, foi apontada a possibilidade de os dados serem manipulados antes de serem apresentados à Coordenação da Região Metropolitana de Curitiba (Comec). O MP-PR solicitou ao estado todas as informações que competem ao funcionamento da nova bilhetagem, inclusive sobre o sistema de segurança. A APUFPR-SSind, juntamente aos demais grupos sindicais, continuará lutando para que a população tenha acesso ao transporte público e a outros serviços essenciais de forma justa, e para que o cidadão deixe de pagar pela conta das fraudes. A nova Medida Provisória (MP) 680/2015, editada pela presidente Dilma Rousseff, amplia a retirada de direito dos trabalhadores ao instituir o Programa de Proteção ao Emprego (PPE), que autoriza a redução de jornada de trabalho em 30%, com respectiva redução dos salários. Com validade até o fim de 2016, a empresa pode aderir a ele por até um ano para cada trabalhador. Maioridade penal Após a rejeição do texto que prevê a redução da maioridade penal de 18 para 16 anos, parlamentares voltaram a discutir uma emenda aglutinativa, que prevê, em texto semelhante ao rejeitado, a redução para 16 anos para crimes hediondos, homicídio doloso e lesão corporal seguida de morte. A emenda foi aprovada. Trabalho de jovens O trabalho em regime parcial a partir dos 14 anos de idade é uma nova proposta da Câmara dos Deputados. A PEC tem como emenda a proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de 18 anos e de qualquer trabalho a menores de 16. Porém, vai contra os direitos da criança e do adolescente, pois facilitará o trabalho infantil, mesmo que regulamentado.
12 12 Informativo APUFPR-SSIND Nº 124 Julho de 2015 Assembleia Geral deliberará sobre a greve na UFPR AGENDA A APUFPR-SSind convoca os docentes a participar da de ensino que aderiram à greve nacional como forma de pres- 30/7 reunião do grupo de trabalho dos aposentados Assembleia Geral Extraordinária, em 6 de agosto, às 16h, no Auditório da Administração do são ao governo federal devido aos cortes na pasta de educação. Horário: 15h Local: APUFPR-SSind Centro Politécnico da UFPR. A Assembleia se instalará O objetivo é a deliberação sobre a deflagração da Greve em primeira convocação com metade dos docentes filiados 3/8 retorno das aulas de dança e de ioga, e o Bar Doce Bar dos Docentes das Ifes na UFPR. Ao todo, já são 41 instituições e, em segunda convocação, às 16h30, com qualquer quórum. Local: APUFPR-SSind FOTO DO MÊS 6/8 assembleia geral extraordinária Horário: 16h Local: Auditório da Administração do Centro Politécnico da UFPR 13/8 a 16/8 60º Conad Local: Vitória - ES Promoção: ANDES-SN Acompanhe a programação da TV APUFPR docentes da ufpr recebem orientações jurídicas 25/8 reunião de docentes aposentados Horário: 15h Local: APUFPR-SSind Docentes da UFPR discutem greve nacional e negociações com o governo TCE-PR reconhece irregularidades no transporte público de Curitiba Apesar de o prédio ser novo, RU do Botânico apresenta diversos problemas
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