Arthur M. de Oliveira; Júlio Kunsler; Marina Macedo; Pedro I. Figueiredo. Neusa Chaves Batista

Transcrição

1 Arthur M. de Oliveira; Júlio Kunsler; Marina Macedo; Pedro I. Figueiredo Neusa Chaves Batista

2 Karl Heinrich Marx 05/05/ /03/1883 Karl Marx nasceu em Trier, sul da Alemanha (na época no Reino da Prússia).

3 Contexto Mundial Revolução Industrial Europa numa ascensão industrial, tendo cidades como Londres, Paris e Berlim como polos. Desgaste na mão de obra Marx viveu numa época em que a Europa se debatia em conflitos, tanto no campo das ideias como no das instituições.

4 Contexto Mundial Já na universidade, as doutrinas socialistas e anarquistas se encontravam no centro das discussões dos grupos que Marx frequentava. Alguns dos pensadores que então alimentavam as esperanças transformadoras dos estudantes hoje são chamados de "socialistas utópicos", como o britânico Robert Owen ( ) e os franceses Charles Fourier ( ) e Pierre-Joseph Proudhon ( ). Dois momentos da história europeia foram vividos por Marx intensamente e tiveram importantes reflexos em sua obra: as revoltas antimonárquicas de na Itália, na França, na Alemanha e na Áustria - e a Comuna de Paris, que, durante pouco mais de três meses em 1871, levou os operários ao poder, influenciados pelas ideias do próprio Marx. A insurreição acabou reprimida, com um saldo de 20 mil mortes, 38 mil prisões e 7 mil deportações. A alienação de que fala Marx é consequência do afastamento entre os interesses do trabalhador e aquilo que ele produz. De modo mais amplo, trata-se também do abismo entre o que se aprende apenas para cumprir uma função no sistema de produção e uma formação que realmente ajude o ser humano a exercer suas potencialidades. Você já pensou se a educação, como é praticada a seu redor, procura dar condições ao aluno para que se desenvolva por inteiro ou se responde apenas a objetivos limitados pelas circunstâncias?

5 Hegel e a ruptura O Hegelianismo, a corrente filosófica que ganhou forma a partir dos pensamentos de Hegel, ganhou muito espaço na cultura contemporânea. Seu reflexo na humanidade atingiu vários pontos e foi recebido de várias maneiras. De acordo com o Hegelianismo, haveria uma identidade entre racional e real, o que significa que a realidade seria absolutamente justificável em todas as suas manifestações. Um ponto importante para abarcar essa explicação seria o processo dialético, que permite uma interpretação da realidade através da síntese dos opostos. O Hegelianismo gerou também a ideia de uma autoconsciência absoluta, sob a qual a humanidade caminharia em sentido à razão continuamente. Tal pensamento liga-se a outro que acredita que a história é a realização de um plano providencial no qual os povos vencedores são integrantes de um evolucionismo de essência divina. A realização terrena dessa forma divina ocorreria através dos Estados. Marx rompe com o grupo Hegeliano que participava, pois acreditava que os Hegelianos não traziam em sua metodologia, a PRAXI. Assim, Marx começa a sua própria teoria

6 A divisão social do trabalho, Mais-valia, capital e o materialismo dialético Sistema pré-capitalista M D M M=mercadoria D=Dinheiro Sistema Capitalista D M D D =Lucro Marx era um ecônomo, além de filosofo. Ele desenvolveu esta fórmula para explicar como funcionava o sistema capitalista, através do trabalho. No sistema pré-capitalista feudalismo o dinheiro era apenas meio, para a garantia de mercadoria. Essas relações começaram a mudar, quando os Burgueses entenderam que a ACUMULAÇÃO os daria uma vantagem, pois poderiam desta forma investir, para conseguir mais mercadorias, e desta forma circulando menos, e sim acumulando mais.

7 A divisão social do trabalho, Mais-valia, capital e o materialismo dialético Com os investimentos nas fabricas, veio uma maior demanda e uma maior oferta. Exploração do mão de obra Relação de Matérias-primas Alienação Salário Mínimo e sua importância para a alienação Educação Profissionalizante Burguesia industrial x Proletariado (esquema no quadro) Trabalho: Única MERCADORIA geradora de MERCADORIA. Mais-Valor x Mais Valia

8 Karl Heinrich Marx BURGUÊS/PATRÃO PROLETARIO "Proletários de todos os países, uni-vos!"

9 Principais obras de Karl Marx Manuscritos econômicos-filosóficos Título original: Ökonomisch-philosophischen Manuskripte Escrito: * Marx faz crítica da economia nacional de Adam Smith, J. B. Say e David Ricardo; * Passagem do idealismo hegeliano ao materialismo dialético.

10 Principais obras de Karl Marx A ideologia alemã Título original: Die deutsche Ideologie Escrito: Autores: Karl Marx e Friedrich Engels. * Ridiculariza o idealismo alemão e articula as categorias essenciais da dialética marxista.

11 Principais obras de Karl Marx A ideologia alemã Título original: Die deutsche Ideologie Escrito: Autores: Karl Marx e Friedrich Engels. * Ridiculariza o idealismo alemão e articula as categorias essenciais da dialética marxista.

12 Principais obras de Karl Marx Miséria da filosofia Título original: Misère de la philosophie: réponse à la philosophie de la misère de Proudhon Escrito: 1847 Autor: Karl Marx * Uma resposta crítica à obra de Proudhon lançada no ano anterior Sistemas das contradições econômicas ou Filosofia da miséria.

13 Principais obras de Karl Marx Manifesto comunista Título original: Manifest der Kommunistischen Partei Escrito: Autores: Karl Marx e Friedrich Engels * A história de todas as sociedades (...) é a história das lutas de classes. ; * Os comunistas (..) Proclamam abertamente que seus objetivos só podem ser alcançados pela derrubada violenta de toda a ordem social existente. ;

14 Principais obras de Karl Marx As lutas de classes na França Título original: Die Klassenkämpfe in Frankreich Escrito: Autor: Karl Marx

15 Principais obras de Karl Marx O 18 de brumário de Luís Bonaparte Título original: Der Achtzehnte Brumaire des Louis Bonaparte Escrito: Autor: Karl Marx * Estudo do papel da luta de classes como força motriz da história e aprofundamento da teoria do Estado, sobretudo demonstrando que todas as revoluções burguesas apenas aperfeiçoaram a máquina estatal para oprimir as classes.

16 Principais obras de Karl Marx O 18 de brumário de Luís Bonaparte Título original: Der Achtzehnte Brumaire des Louis Bonaparte Escrito: Autor: Karl Marx * Estudo do papel da luta de classes como força motriz da história e aprofundamento da teoria do Estado, sobretudo demonstrando que todas as revoluções burguesas apenas aperfeiçoaram a máquina estatal para oprimir as classes.

17 Principais obras de Karl Marx Grundrisse Manuscritos econômicos de Esboços da crítica da economia política Título original: Grundrisse der Kritik der Politschen Ökonomie Escrito: Autor: Karl Marx

18 Principais obras de Karl Marx O Capital. Crítica da economia política (Livro I: O processo de produção do capital) Título original: Das Kapital: Kritik der politschen Ökonomie (Erster Band: Der Produktion Prozess des Kapitals) Escrito: 1867 Autor: Karl Marx * O pensamento dos homens e da sociedade é determinado pelas respectivas situações de condições econômicas e não por ideias. Estas são apenas reflexo das correspondentes situações na produção.

19 Outas obras de Karl Marx 1841 Diferença da filosofia da natureza em Demócrito e Epicuro 1845 Teses sobre Feuerbach A Sagrada família (escrito com Friedrich Engels) 1849 Trabalho assalariado e capital 1853 O domínio britânico na Índia 1859 Contribuição para a crítica da economia política 1871 A guerra civil na França Entre outros...

20 A grande reunião das ideias marxistas ocorre em sua obra mais famosa O Capital, em três volumes publicados em 1867, 1885 e 1894, cada. Valor conceito que se relaciona ao tempo, qualidade e quantidade de força de trabalho empregada na elaboração de uma tarefa; Trabalho O homem, por excelência, se trata de um ente que é produtivo, e, por isso, essencialmente ativo. Mais-valia trata-se da diferenciação entre o valor gerado pelo trabalho empregado pelo indivíduo e qual a remuneração que recebe do empregador capitalista;

21 Luta de classes tensão imposta pela desigualdade de forças dos grupos sociais, que se dividem entre os proprietários dos meios de produção e o proletariado os trabalhadores em si; Anarquia de produção a falta de uma organização centralizada, que promova a sinalização do direcionamento para uma produção dentro da sociedade, pode acabar gerando muitas crises, de tempos em tempos;

22 Crises capitalistas Segundo Marx, esse sistema seria abalado por crises, de tempos em tempos, que se caracterizariam tanto por serem estruturais, quanto por sua periodicidade. Após essas instabilidades viria a crise final, acumulando as demais crises, detonando o fim do modo de produção capitalista; Exemplos: Crise de 29 EUA - diminuição das exportações para a Europa; Crise Cafeeira no Brasil - O excesso de oferta de café por parte dos cafeicultores. Crise Financeira EUA ; Crise na Grécia; Crise no Brasil; MODO DE PRODUÇÃO CAPITALISTA ANARQUIA DE PRODUÇÃO (Superprodução e lucros decrescentes) ACUMULAÇÃO DE RIQUEZA (Concentração da propriedade) AUMENTO DA MISÉRIA SOCIAL (Proletarização das massas) COLAPSO DO CAPITALISMO

23 Final do sistema capitalista o grupo de proletários seria maior e, por isso, seus direitos podem prevalecer. Fariam protestos nas ruas, dando início a uma sociedade justa, equilibrada, acabando com a propriedade privada de todos os meios produtivos. Tudo isso culminaria em um desenvolvimento pleno do ser humano. Grécia Brasil Estados Unidos

24 Vídeo O homem capitalista Vídeo de resumo do link:

25 A educação na visão de Marx Mar não se tinha a intenção de sistematizar uma teoria sobre a educação, entretanto, algumas elaborações sobre o tema podem ser encontradas ao longo de sua obra. O ponto de partida para Karl Marx e a existe ncia de indivi duos que vivem em sociedade e estabelecem relac o es, sendo que a esse ncia do homem e o conjunto das relac o es socias. O que diferencia o homem de outros animais e que ele produz os seus pro prios meios de existe ncia. Nesse sentido a educac a o e um elemento de manutenc a o da hierarquia social. Uma das possibilidades de viabilizar a emancipac a o do ser humano consiste na integrac a o entre ensino e trabalho. A esta integrac a o ele designou ensino polite cnico, atrave s do qual o indivi duo se desenvolvera atrve s numa perspectiva abrangente. Para Marx, a educação deve estar integrada ao trabalho produtivo desde a infância. Isso não deve ser entendido como apologia à exploração do trabalho infantil. Pode-se dizer que o trabalho é a categoria fundante da humanizac a o, para Marx, e tambe m um princi pio educativo (LOMBARDI, 2008). A educação associada ao trabalho produtivo, tem a função de reintegrar o trabalho intelectual ao trabalho manual (concepção e execução), separados pela divisão social do trabalho nas sociedades capitalistas. A intenção é que o trabalhador tenha uma compreensão integral do processo produtivo e não esteja alienado do mesmo.

26 Vídeo - Resumo Vídeo de resumo do link:

27 Referências LOMBARDI, José Claudinei. Educação, ensino e formação profissional em Marx e Engels. In: LOMBARDI, José Claudinei; SAVIANI, Demerval (orgs.). Marxismo e educação: debates contemporâneos. 2. ed. Campinas, p MARX, Karl; ENGELS, Friedrich. Textos sobre Educação e Ensino. Tradução de Rubens Eduardo Frias. 5. ed. São Paulo: Centauro Editora, 2006.