Coletes salva-vidas na quantidade que atenda ao estipulado pela Capitania dos Portos, pelo menos, ou que corresponda ao número da tripulação.
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- Margarida Estrada Benevides
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1 Segurança de Balsas Tanque 1. Objetivo Estabelecer as normas de segurança que deverão ser rigorosamente observadas durante as operações de carregamento e descarga de balsas-tanque. 2. Abrangência Este Procedimento se aplica a todas as operações de carga e descarga de BT. 3. Disposições Normativas 3.1 Empurrador Condições Preliminares São indispensáveis à bordo do empurrador os seguintes equipamentos: Coletes salva-vidas na quantidade que atenda ao estipulado pela Capitania dos Portos, pelo menos, ou que corresponda ao número da tripulação. 4 bóias, sendo 2 de cada lado, atendendo ao especificado pela Capitania dos Portos. Uma bandeira vermelha indicativa de inflamável. Uma tomada para recebimento de energia do terminal, durante as operações noturnas. Sistema de rádio comunicação, conforme exigência da Capitania dos Portos. Lanterna à prova de explosão. Extintores, com a carga de teste hidrostático dentro do prazo de validade e que obedeçam as normas brasileiras. As instalações elétricas devem atender às condições mínimas de segurança, isto é, cabos com emendas bem feitas, pontas de cabos isoladas, chaves elétricas em caixas apropriadas, etc. As conexões e escotilhas deverão possuir juntas e todos os parafusos necessários. A bateria deverá ser protegida por uma tampa com um lençol de borracha, de modo que a queda eventual de uma ferramenta sobre os bonés não provoque centelha. A descarga dos motores de combustão interna, quando tiver saída lateral, deve ser do tipo descarga molhada. Os passadiços de acesso a balsa devem estar livres de equipamentos desnecessários e de qualquer outro material e possuírem tratamento anti-derrapante. O empurrador só poderá aproximar-se do terminal com velocidade reduzida e só atracará quando autorizado pelo terminal e/ou Cia. Distribuidora. Durante a operação de atracação no terminal o motor não deve ser fortemente acelerado.
2 Deve haver acesso seguro entre o empurrador e a balsa. A cozinha terá suas portas e janelas fechadas e deverá estar inoperante, isto é, não deverá haver fogão ou qualquer equipamento de aquecimento elétrico ou gás ligado - conforme o sub-ítem VII do item 6.0 constante da tabela de alimentação do Pessoal da Marinha Mercante Nacional. A tripulação do empurrador será de 4 pessoas, no mínimo. Deverá usar uniforme conforme especificação da Capitania dos Portos, possuir treinamento para situações de emergência e estar presente durante toda a operação entretanto não terá acesso ao flutuante. É proibido menores de idade nas embarcações. 3.2 Balsa-Tanque Condições Preliminares Atender exigência da Capitania dos Portos para registro na categoria E-4e, requisito indispensável para o transporte de derivados do petróleo e os álcoois. Toda instalação elétrica deve ser à prova de explosão (cabos e fios dentro de dutos metálicos com caixas de passagem especiais, etc.). As luzes de navegação deverão ter seus envoltórios intactos e estar funcionando perfeitamente, isto é, sem qualquer de seus componentes quebrados ou amassados. Não deverão haver lâmpadas queimadas. Toda balsa-tanque com capacidade nominal de 30 m3 ou superior deverá possuir rede de carga e descarga de produto ( AB>100 t). Os suspiros deverão possuir retentores de centelha, não sendo permitido a instalação de telas, por mais fina que seja a malha. O estado geral de conservação deve ser tal que não implique em risco de vazamentos. Assim, a pintura deve estar em bom estado de conservação, a corrosão não deve estar em estado avançado e, havendo avaria, esta deve ser de pequeno porte. Os tanques deverão possuir escada de acesso ao seu interior. Antes da operação, os tanques não devem conter produto remanescente, deverão estar limpos e secos. Com isso, será possível uma inspeção prévia, quando for o caso. As escotilhas de recebimento de produto deverão possuir identificação do nível de segurança. O conjunto moto-bomba deverá estar localizado no convés, num compartimento confinado. O motor deve ser a diesel, não sendo permitido motor a gasolina. Deverão ser observados os seguintes cuidados com o tubo de descarga de gases de exaustão do motor: Possuir proteção térmica para evitar queimadura no operador
3 A extremidade deverá possuir abafador de água e um capuz, de modo a não permitir entrada de partículas ou água. A bateria deverá ser protegida por uma tampa com lençol de borracha, evitando com isso que a queda eventual de uma ferramenta não provocará centelha. O motor deverá possuir um sistema remoto para ser desligado fora da balsa-tanque. A conexão do flange da bomba deverá possuir junta e todos os parafusos. A sucção da bomba deve possuir filtro de linha. O convés deverá: Ter tratamento anti-derrapante, pelo menos nas regiões de circulação em torno das escotilhas dos tanques de carga.. Ter os sistemas de identificação: Bandeiras vermelhas, indicativa de produto inflamável; As placas indicativas: nome da Empresa distribuidora, não fume e inflamável. Estar isento de materiais e equipamentos (vasilhames e tambores). Ter extintores de pó químico seco com 12 kg de carga nominal, que serão assim dimensionados: NOTA: Os extintores deverão ser mantidos sempre em perfeitas condições de uso. O de CO2 deverá estar sempre próximo do motor à explosão e o P12 sempre no convés. Os tanques-bóia não devem conter produto sob qualquer justificativa, sendo obrigatório sua identificação de forma a evitar a colocação acidental de produto. Deverão possuir em torno do convés, ou em volta das bocas de visitas anteparas com aproximadamente 15 cm de altura a fim de conter possíveis derrames durante as operações. Todos os envolvidos na operação deverão usar equipamentos de proteção individual que serão os seguintes: Uniforme Capacete de segurança Luvas de segurança, cano curto, material couro tipo vaqueta.
4 Calçado de segurança, com solado anti-derrapante. Devem haver coletes salva-vidas em número correspondente a tripulação, atendendo, no mínimo, ao estipulado pela Capitania dos Portos. Os mangotes de sucção de descarga devem ser de borracha, atendendo aos padrões da Empresa. Em períodos nunca superior a 3 meses, devem ser feitas as inspeções aleatórias nos tanques das balsas-tanque, com a finalidade de detectar possíveis vazamentos. O conjunto empurrador + BT deve aproximar-se do flutuante com velocidade reduzida a fim de evitar batidas bruscas nas bóias e no flutuante e só atracará com a autorização da empresa distribuidora. O motor não deve ser acelerado fortemente enquanto a embarcação estiver próxima do flutuante. A operação não deverá ser iniciada ou deverá ser suspensa sempre que ocorram situações potenciais de risco de acidente ou incêndio, como por exemplo: embarcação efetuando manobra insegura, situação de operação insegura nas proximidades, presença de vazamento, etc. As tampas das bocas dos tanques de recebimento devem possuir junta, de forma a permitir uma perfeita vedação. As escotilhas dos compartimentos vizinhos vazios devem ficar fechadas, porém não travadas. Os mangotes devem ser instalados de forma a evitar vazamentos no flange. Deverão junto com as conexões ser rigorosamente inspecionados, a fim de não permitir vazamentos de produtos. Para que haja uma velocidade segura (1 m/s), as vazões iniciais e finais de bombeio devem ser reduzidas. Durante a operação a balsa-tanque deverá estar interligada eletricamente a tubulação do barrilete de produto, de tal forma que não haja diferença de potencial elétrico, isto é, deverá estar aterrada na tubulação de produto. É importante que o cabo-terra seja ligado primeiro na balsa-tanque e, a seguir, na tubulação, porque, caso contrário, uma centelha gerada devido a diferença de potencial poderia provocar um flash seguido de incêndio. Observar os seguintes requisitos durante toda a operação: Verificar se há manchas de produto em torno da balsa - percebida a presença de produto na água, a operação deve ser interrompida imediatamente. Não deve ser permitido que outras embarcações se aproximem do flutuante nos casos em que não for possível evitar, deve ser suspensa a operação até a sua retirada. Tanto os cabos de fixação do empurrador a balsa, como os de fixação da balsa ao flutuante devem ser mantidos tesos. O acompanhamento do nível dos compartimentos deve ser feito a intervalos curtos, de forma a ser mantido constante o nivelamento da balsa-tanque. A operação deve ser suspensa sempre que ocorrer tempestade com raios ou banzeiros fortes.
5 Quando da transferência do mangote de um compartimento para outro e no final da operação, deve ser usado um recipiente próprio para escoar o produto remanescente nas paredes do mangote. O produto que vazar sobre o convés deverá ser recolhido com balde ou edutor. As amarras que mantém a balsa-tanque fundeada deverão ser inspecionadas periodicamente. Na balsa-tanque ou nas suas proximidades é terminantemente proibido fumar ou fazer uso de chama ou centelha; deverão ser afastadas quaisquer outras embarcações que fundearem em suas proximidades, fora de uma distância segura. Colocar as placas proibitivas "Não Fume" e "Não Mantenha Fogo Acesso a Bordo". Após ter sido introduzido o mangote no tanque, envolva-o com uma lona molhada na junção de recebimento. Trapos ou estopas embebidas de produto deverão ser colocadas em recipiente próprio e nunca jogálos sobre a água ou no convés. O cais de atracação da balsa-tanque deverá ser periodicamente inspecionado, não se permitindo madeirames que estejam partidos, soltos ou em posição que possam causar desequilíbrios, vindo desta forma acarretar acidentes pessoais ou prejuízos materiais. Na descarga verificar se o tanque recebedor em terra é do produto a ser descarregado e se comporta a quantidade a ser expedida pela BT. Certificar-se se a extremidade do mangote colocado através da boca de visita do tanque da BT, mergulhou no produto no caso de descarga ou atingiu o fundo no caso de carga. Quando da descarga de produto, colocar um calço sob a tampa da boca de enchimento do tanque da BT de modo a permitir a entrada de ar no mesmo. Antes de iniciar uma operação, inspecionar a BT para constatar se não há qualquer fonte de ignição em equipamentos que estejam em operação (motor, fogão, lampião, etc.). Antes de iniciar a operação, ligar o cabo terra em locais isentos de tintas, graxas, ferrugens ou outros agentes que impeçam a passagem de corrente. 3.3 Procedimentos de Emergência Vazamentos Ocorrendo um vazamento proveniente de transbordamento do tanque que acabou de receber, proceder da seguinte maneira: Solicitar imediatamente a suspensão do bombeio; Retirar o mangote; Fechar a boca de recebimento do tanque que estava sendo abastecido; Não deixar que qualquer fonte de ignição (temperatura) aproxime do local do vazamento; Lavar o local do vazamento com água corrente em grande quantidade, com destinação do resíduo
6 oleoso para local adequado; Colocar as pessoas em estado de alerta com extintores de pó químico, na posição favorável ao vento Incêndios em operações de: - Recebimento/Descarga - Incêndio na balsa-tanque: - Interromper imediatamente o bombeio e iniciar o combate às chamas com os extintores existentes. - Fechar as válvulas em terra. - Desconectar ou retirar o mangote. Fechar as bocas dos tanques. - Soltar os cabos da embarcação. - Comunicar ao Corpo de Bombeiros e Administração do Terminal. - Incêndio em terra: - Solicitar imediatamente a interrupção do bombeio. - Fechar as válvulas em terra. - Desconectar ou retirar o mangote. Fechar as bocas dos tanques da embarcação. - Soltar os cabos da embarcação. - Comunicar ao Corpo de Bombeiros e Administração do Terminal.
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