Gessos Odontológicos. Capítulo 9
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- Rachel Mota Lencastre
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1 Disciplina Materiais Dentários I Ano-semestre Titulo da aula Gessos Odontológicos Expositor Prof. Dr. Eclérion Chaves Slides 40 Duração Aproximadamente 1:30 Texto base Anusavice Phillips s Materiais Dentários 12ª ed. Gessos Odontológicos Plano de aula Publicado em: Capítulo 9 CONSIDERAÇÕES APLICAÇÕES DO GESSO A gipsita (CaSO4.2H2O) é um mineral extraído em várias partes do mundo, mas também é produzido como um subproduto da dessulfurização do gás emitido em algumas usinas elétricas alimentadas por carvão. Os gessos, produtos de gipsita, são fornecidos como pós finos do hemihidrato, os quais são produzidos aquecendo-se partículas moídas de gipsita. Phillips materiais dentários, 12ªed. - Capítulo 9: Gessos Anusavice, Kenneth J Modelos para estudo ou trabalho. Processos de produção de próteses. Quando misturado com cargas refratárias como sílica, tornam-se resistentes ao calor sendo utilizados como moldes na conformação de metais fundidos. (revestimentos aglutinados por gesso) CaSO 4. 2H 2 O (Dihidratado) REAÇÃO DE CALCINAÇÃO Este material é produzido pela calcinação do sulfato de cálcio di-hidratado (gipsita). Comercialmente, a gipsita é moída e submetida a temperaturas entre 110 C e 130 C em fornos abertos para eliminar parte da água de cristalização. Isso corresponde à primeira etapa na reação C C (CaSO 4 ) 2. ½ H 2 O (Hemidratado) Gesso comum ou pedra CaSO 4 CaSO C 4 (anidrida hexagonal) (anidrida otorrombica) O TIPO DE GESSO DEPENDE DA FORMA DE CALCINAÇÃO DA GIPSITA: Hemidrato β ou Gesso Paris (dental plaster) Desidratado em caldeira aberta ao ar. Hemidrato α ou Gesso Pedra (dental stone) Desidratado em ambiente úmido sob pressão em autoclave. Hemidrato α ou Gesso Pedra especial (die stone): Desidratado em uma solução de succinato de sódio (mais de 1%). Desidratado em uma solução de CaCl a 30%. REAÇÃO DE CALCINAÇÃO
2 REAÇÃO DE CALCINAÇÃO REAÇÃO DE PRESA DIFERENÇA ENTRE O GESSO COMUM E O GESSO PEDRA: QUÍMICA: Não há, pois ambos são sulfato de cálcio hemidratado. FÍSICA: Paris ou ß - Cristais porosos de forma irregular. Necessitam de mais água na mistura. Pedra ou α - Cristais densos com formato prismático. Necessitam de menos água na mistura. Extra-duro ou α especial - Cristais denso com formato prismático, porém mais curtos que o pedra ou α. Necessitam menos água na mistura que o pedra ou α. CONSIDERAÇÕES: A reação entre o gesso e a água produz gipsita sólida, e o calor envolvido na reação exotérmica é equivalente ao calor utilizado originalmente na calcinação. O gesso provavelmente nunca atinge 100% de conversão após a presa, a menos que ele seja exposto a uma alta umidade por um longo tempo, portanto, existe hemi-hidrato não reagido no material após a presa. REAÇÃO DE PRESA RELAÇÃO ÁGUA / PÓ TEORIAS: Coloidal; Teoria da hidratação; Teoria da dissolução - precipitação Hemidrato + Água (CaSO 4 ) 2. H 2 O + 3H 2 O 2CaSO 4. 2H 2 O + Calor Gesso dihidratado Quociente obtido entre a quantidade de líquido e a quantidade de pó utilizado. Esta relação é um fator importante na determinação das propriedades físicas e mecânicas do produto final. Quantidade de líquido (45 ml) = proporcionamento (0,45) Quantidade de pó (100g) Relação variável para cada marca comercial Gesso tipo II comum ou paris 0,45 a 0,50 Gesso tipo III pedra 0,28 a 0,30 Gesso tipo IV ou V pedra melhorado 0,22 a 0,24 QUANTIFICAÇÃO DA REAÇÃO DE PRESA 1 - TEMPO DE MANIPULAÇÃO - TM (ESPATULAÇÃO) É necessário reconhecer o estágio no qual a mistura ganhou resistência suficiente para resistir a fratura, que pode ser causada pela tensão produzida durante a separação entre o modelo e o molde: 1. Tempo de manipulação (TM) 2. Tempo útil de trabalho (TUT) 3. Tempo de presa: a. inicial (TPI) b. final (TPF) Tempo decorrido desde a adição do pó à água até que a mistura se complete. Especificação N o 25 da ADA Espatulação manual: 1 min. Espatulação mecânica: 20 à 30 s.
3 2 - TEMPO ÚTIL DE TRABALHO - TUT 3 - TEMPO DE PRESA - TP Tempo transcorrido do início da mistura até o ponto no qual a consistência deixa de ser aceitável para o uso pretendido do produto Especificação N o 25 da ADA Tempo decorrido desde o inicio da mistura até que o material endureça, ou seja, que apresente aproximadamente 80% do valor total de resistência a compressão. Tempo médio: 30 minutos Tempo médio: 3 minutos Na prática: TPI: tempo de presa inicial TPF: tempo de presa final TEMPO DE PRESA - TP MEDIÇÃO: Agulhas de Gilmore 1 - Agulhas de Gilmore Presa inicial - 113g x 0,21 cm Presa final - 454g x 0,10 cm O tempo de presa inicia com a perda do brilho superficial do gesso.
4 Impurezas e temperatura Impurezas e temperatura Retardadores e aceleradores CONTRÔLE DO TEMPO DE PRESA CONTRÔLE DO TEMPO DE PRESA Retardadores e aceleradores Relação água / pó: Espatulação: Quanto mais água na mistura, menor será o numero de núcleos de cristalização por unidade de volume, o que aumenta o tempo de presa. Quando o pó entra em contato com a água, alguns núcleos de cristalização formam-se imediatamente. Quando a espatulação inicia, os primeiros cristais são quebrados, o que resulta na formação de novos núcleos de cristalização. Uma maior velocidade de espatulação com movimentos rápidos, leva a uma diminuição do tempo de presa. Impurezas e temperatura Retardadores e aceleradores MODIFICADORES PARA O CONTRÔLE DO TEMPO DE PRESA Impurezas e temperatura Retardadores e aceleradores MODIFICADORES PARA O CONTRÔLE DO TEMPO DE PRESA Modificadores químicos têm sido extensivamente utilizados para aumentar ou diminuir o tempo de presa dos gessos; eles são chamados de retardadores e aceleradores, respectivamente. Os fabricantes utilizam os dois tipos de compostos para formular produtos de gipsita com tempos de presa específicos. Acelerador de presa: composto químico que aumenta a taxa de dissolução do hemi-hidrato ou a precipitação do di-hidrato Retardador de presa: formam uma camada de adsorção na superfície do hemidrato, reduzindo a solubilidade e inibição a formação dos núcleos de cristalização. Retardadores Cloreto de Na (acima de 2%) Sulfato de Na (acima de 3,4%) Bórax Colóides Citratos, acetato e boratos Aceleradores Cloreto de Na (2%) Sulfato de Na (3,4%) Sulfato de K (2 a 3%) Água de gesso (gessada) EXPANSÃO DE PRESA EXPANSÃO HIGROSCÓPICA DE PRESA ESTÁGIOS: 1 - Hemidrato com água forma-se uma suspensão fluida e manipulável; 2 - Hemidrato dissolve-se até formar uma solução mais saturada de sulfato de cálcio; 3 - Íons de sulfato supersaturados na solução precipitam-se em núcleos de cristalização. TEORIA Entrelaçamento e interceptação mútua dos cristais. Formação de tensão nos pontos de colisão dos cristais. Tensão centrífuga produzindo expansão da massa. Expansão aparente mesmo com menor volume verdadeiro de cristais. Volume externo maior que volume de cristais. Teoria: Ocorre maior expansão a medida que os cristais de gesso vão se formando em presença de maior quantidade de água, pela substituição de água de hidratação pela água acrescida. Importância prática: Negligência do dentista ou técnico quando não utilizam a relação A/P preconizada pelo fabricante
5 RESISTÊNCIA DOS GESSOS RESISTÊNCIA DOS GESSOS 1 - Efeito do conteúdo de água Duas formas de resistência são consideradas: Resistência a compressão. Resistência a tração. A resistência é afetada por diversos fatores, os principais são: 1. Efeito do conteúdo de água. 2. Efeito da relação A/P. 3. Efeito da manipulação. Aumenta a medida que o material endurece. Conteúdo de água livre afeta a resistência final. Aumento da dureza superficial após a secagem final. Tipos: Resistência úmida (verde). Resistência seca. Período de Resistência à secagem compressão Perda de peso (horas) (%) MPa psi 2 9, ,1 4 11, ,9 8 11, , , , , , , , RESISTÊNCIA DOS GESSOS 2 - Efeito da relação A/P e aditivos químicos RESISTÊNCIA DOS GESSOS 3 - Efeito da manipulação Gesso após a presa apresenta-se poroso. Quanto maior a relação A/P maior a porosidade do gesso e, por consequência, menor a resistência. Aumento no tempo de espatulação aumenta a resistência. Aceleradores e retardadores diminuem a resistência. Tempo de espatulação afeta a resistência dos gessos. Quanto maior o tempo de espatulação, maior a resistência Até um limite de 1 minuto de espatulação manual Além deste tempo há a fratura dos cristais e a diminuição da resistência Aceleradores e retardadores diminuem a resistência. TIPOS DE GESSOS TIPOS DE GESSOS A especificação N 25 da ADA classifica cinco tipos de gesso, com os requisitos de propriedades para cada tipo. Alguns materiais são formulados com propósitos especiais, tais como para vazamento de modelos em ortodontia ou fixação de modelos em articulador. O critério para selecionar um produto em particular depende do uso pretendido e das propriedades físicas necessárias para aquele uso específico. Tipo I Gesso comum (β hemidrato) (não é mais usado) Moldagem. Tipo II Gesso comum (β hemidrato) Modelo de estudo e preenchimento de mufla. Tipo III Gesso pedra (α hemidrato) Modelo final (confecção de próteses). Tipo IV Gesso pedra de alta resistência Confecção de troqueis Tipo V Gesso pedra de alta resistência e expansão Troquel para liga com contração de fundição elevada.
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7 CONTROLE DE INFECÇÃO Desinfecção do molde (Cap. 8 12ª ed.) Desinfecção do modelo de gesso. Gessos com desinfetante. Irradiação por micro-ondas (5 min, 900 W) Aula prática em 15 minutos Todo o material para prática e EPI completo
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