AULA Princípios fundamentais. 1.3 Aplicabilidade das normas constitucionais.

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1 3 Princípios fundamentais. 1.3 Aplicabilidade das normas constitucionais. I. INTRODUÇÃO II. PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS III. EFICÁCIA E APLICABILIDADE DAS NORMAS CONSTITUCIONAIS IV. ENTRADA EM VIGOR DE UMA NOVA CONSTITUIÇÃO V. QUESTÕES DA AULA VI. GABARITO VII. BIBLIOGRAFIA CONSULTADA Olá futuros Auditores de Controle Externo do TCE/PA! Prontos para o SEU salário de R$ 7.460,22? (Isso segundo o edital, mas sabemos que é mais do que está lá ) Primeiramente, vou fazer uma rápida apresentação para que vocês me conheçam um pouco melhor. Meu nome é Roberto Troncoso e sou Consultor Legislativo da Câmara dos Deputados na área de Direito Constitucional, Administrativo, Eleitoral, Municipal, Processo Legislativo e Regimento Interno. Já fui Auditor Federal de Controle Externo do Tribunal de Contas da União, onde exerci a função de Pregoeiro Oficial e Gerente de Processos. Sou também pós-graduado em Auditoria e Controle da Gestão Governamental, professor de Direito Constitucional em cursos preparatórios para concursos e palestrante de técnicas de aprendizagem acelerada aplicadas a concursos públicos. Antes de trabalhar na Câmara dos Deputados, fui também Agente da Polícia Federal e Técnico Judiciário do TJDFT. Durante essa caminhada pelo mundo dos concursos, também fui aprovado dentro das vagas para outros cargos, porém, sem assumi-los: Agente de Polícia Federal Regional 2004, Agente de Polícia Civil do DF 2004, Ministério das Relações Exteriores Oficial de Chancelaria 2004 e Escriturário do BRB

2 Meu querido aluno, eu vou te fazer um pedido agora: se você estiver com pressa e tiver que pular alguma parte desse material, pule a parte relativa à matéria. Mas por favor, LEIA E REFLITA SOBRE AS PRÓXIMAS PÁGINAS. Elas economizarão um tempo precioso de suas vidas e podem ser o diferencial entre o tão sonhado cargo de Auditor de Controle Externo do TCE/PA ou mais uma reprovação. "Se eu tivesse oito horas para derrubar uma árvore, passaria seis afiando meu machado." (Abraham Lincoln) Afiar o machado. É exatamente isso que faremos AGORA. O PROCESSO DE ESTUDO PARA CONCURSOS Uma vez apresentados, gostaria de dizer para vocês que o processo de estudo para concursos públicos pode ser dividido em três etapas: aprendizado do conteúdo, revisão da matéria por meio de esquemas e mapas mentais e, por fim, a aplicação do conhecimento e mensuração do nível de aprendizagem por meio de resolução de exercícios e provas anteriores. Nosso curso se dedica aos três passos: Exposição teórica do conteúdo completo da matéria de forma simples e objetiva, com a linguagem mais acessível possível. Esquemas com a matéria abordada para facilitar o estudo e a revisão. Mais de exercícios do CESPE resolvidos e comentados! De forma complementar e quando necessário, vamos também resolver exercícios de outras bancas, ok? Não há exigência de conhecimentos prévios. O curso é voltado tanto para o estudante que nunca estudou Direito Constitucional quanto para o aluno mais avançado, que quer adquirir conhecimentos profundos sobre o tema. 2

3 METODOLOGIA TCE/PA Meu caro aluno e futuro Auditor de Controle Externo do TCE/PA, no desenvolvimento desse material, para que você entenda melhor os conceitos, utilizarei a linguagem mais fácil e acessível possível, sem me prender ao juridiquês. No entanto, tenha em mente que a linguagem jurídica é muito importante e é ela que provavelmente cairá em sua prova. Primeiramente, farei a exposição do conteúdo. Logo em seguida, sempre que necessário, trarei um esquema para que você possa revisar a matéria com mais rapidez. Por último, trarei uma bateria de exercícios comentados relacionados ao tema. Em um primeiro momento, você poderá ficar apreensivo em relação ao número de páginas de algumas das nossas aulas. No entanto, esse material foi desenvolvido para que a sua leitura flua tranquilamente e seja bastante rápida. Para você ter uma ideia, na aula de hoje, teremos APENAS 14 páginas de conteúdo (teoria). O restante das páginas é dividido entre MUITOS exercícios comentados, MUITOS esquemas e uma lista com as questões da aula. Dessa forma, apesar de o número de páginas ser elevado, a leitura do material é bastante rápida e agradável! COMO FAZER EXERCÍCIOS? 1- Faça as questões uma a uma e confira o gabarito IMEDIATAMENTE. Caso tenha alguma dúvida, procure saná-la de pronto. Evite fazer um bloco inteiro para somente depois conferir. Você acaba sem sanar todas as suas dúvidas e perdendo informações valiosas. 2- Ao terminar a bateria, calcule quantos itens você acertou, quantos errou e qual foi sua porcentagem de acertos (uma errada anula uma certa, estilo Cespe, ok?, ainda que a prova seja de outra banca). Mas por que, Roberto? Resposta: para saber a efetividade do seu estudo e para ter um parâmetro de autoavaliação. 3- Faça e refaça várias vezes a mesma lista de exercícios. Dois fatores são responsáveis pela memória solidificada. O primeiro é a associação do conhecimento a uma forte emoção. É por isso que sempre nos lembramos do primeiro beijo, do primeiro carro, ou da 3

4 primeira vez que nós...você entendeu... Como é difícil associar o Direito a uma forte emoção, devemos recorrer ao próximo fator. O segundo fator é a repetição. Quando repetimos tanto alguma ação que ela se torna automática, aí sim, nosso conhecimento estará solidificado. E é exatamente por isso que você deve revisar a matéria várias vezes, fazer muitos exercícios e fazer as mesmas listas várias vezes! 4- Quando atingir entre 80% e 90% (líquido), PARABÉNS! E VÁ ESTUDAR OUTRA MATÉRIA! Não tente chegar aos 100%, pois o custo benefício desse conhecimento é baixo. Lembre-se: seu objetivo é passar na prova e não virar doutor em Direito Constitucional. Observe que o CESPE (sua banca examinadora) usa somente questões de Certo ou Errado. Assim, treinaremos, na maioria das vezes, dessa forma. Até mesmo porque, quando estamos fazendo exercícios de múltipla escolha, ao marcarmos uma assertiva que temos certeza de estar certa, tendemos a descartar automaticamente os demais itens da questão, ou, no mínimo, analisamo-los de forma tendenciosa. Dessa forma, não fazemos o juízo de valor mais adequado e, consequentemente, aprendemos menos. COMO TORNAR SEU ESTUDO MAIS EFICIENTE A grande maioria das pessoas não busca maneiras de se melhorar ou de melhorar seu método de estudo. Assim, elas se esquecem de que, se continuamos a ter sempre as mesmas ações, vamos obter sempre os mesmos resultados... Insanidade é fazer sempre as mesmas coisas esperando obter resultados diferentes (Albert Einstein) Eu sei que é difícil sair da nossa zona de conforto. Mas é necessário que façamos isso! Antes de continuar, assista a esse vídeo. Dura 6 minutos

5 Gostaram do vídeo? Muitas pessoas estudam para concursos públicos por dois, três, quatro anos e não passam. Você sabe por quê? Será que essas pessoas não são inteligentes? Eu garanto que elas são inteligentes sim! E muito! Mas talvez o método de estudo dessas pessoas não esteja sendo tão eficiente quanto poderia. Vou dar algumas dicas para melhorar a qualidade do seu estudo. Esse método funcionou até agora para mim e para TODOS os meus alunos que estudaram dessa forma, sem exceções. Espero que ajude você também. 1. Coloque todo o seu conhecimento em apenas um lugar: no seu caderno (ou mapa mental). Tudo o que você aprender nas aulas presenciais, coloque no caderno. Tudo o que você ler nos livros e for importante, coloque no caderno. Todos os exercícios que você fizer e que a informação não esteja no caderno, coloque lá. Até mesmo as aulas on-line, coloque tudo no seu caderno (ou mapa mental). Com o tempo, seu caderno vai ficar bastante completo e a informação estará do seu jeito, com as suas palavras e com a sua cara. 2. Se for estudar pelo livro, leia-o apenas UMA vez e coloque a informação no seu caderno. É muito pouco produtivo ficar lendo ou revisando em livros. 100 páginas de livro correspondem, em média a 10 de caderno. E é muito mais rápido ler 10 páginas escritas do seu jeito do que 100 páginas de linguagem rebuscada. 3. REVISE todo o seu caderno periodicamente (no mínimo três vezes por mês, ou seja, a cada 10 dias). O conhecimento é como um objeto colocado na superfície da água: ele vai caindo devagar em direção ao fundo. Se aprendermos alguma coisa nova e nunca mais usarmos esse conhecimento, nosso cérebro entende que aquilo não é importante e descarta a informação. Dessa forma, devemos então mesclar o estudo de novas matérias com as revisões do 5

6 que já foi estudado de forma a sempre deixar nosso conhecimento na superfície e não deixarmos que ele afunde. Por isso, a revisão periódica é FUNDAMENTAL! É aqui que você realmente aprende e fortalece sua rede neural, fixando o conhecimento no cérebro. Se você deixar para revisar na última hora, não vai adiantar nada. É exatamente assim que eu estudo: Aprendendo coisas novas, fazendo muitos exercícios das mais variadas bancas e SEMPRE revisando o que eu já aprendi. E, para que o estudo seja eficiente, devemos ter uma forma ágil de resgatar e revisar a informação: o caderno ou o mapa mental. Revisar a matéria direto nos livros, mesmo com o realce / marca-texto / sublinhados etc. não é a forma mais eficiente de resgatar a informação. Vocês perceberão nas aulas (inclusive nessa), que eu uso esquemas em três cores para sistematizar o conteúdo. O meu caderno é EXATAMENTE desse jeito. Esses esquemas são praticamente a digitalização das minhas anotações. CADERNO, ESQUEMAS E RESUMOS EFICIENTES A "arte de fazer bons resumos" deve ser treinada e é uma habilidade que pode ser desenvolvida. Muitas pessoas me perguntam sobre como fazer um bom caderno; se é melhor fazê-lo em meio físico ou digital, sobre o tamanho ideal... Se os resumos no computador funcionam para você, não há problema algum. Se o formato vai ser eletrônico ou físico, vai depender de pessoa para pessoa. Os meus, por exemplo, eram físicos. Mas volto a dizer que não há problema algum em ser eletrônico. Quanto ao tamanho do seu caderno, acredito que um resumo de aproximadamente 120 páginas para TODA a matéria de Direito Constitucional está de bom tamanho. Mas lembre-se que DCO é uma matéria ENORME! Na grande maioria das outras matérias, o seu resumo será bem menor que isso. 6

7 O grande segredo dos resumos e esquemas é o seguinte: TCE/PA 1) Sempre coloque as palavras-chave. Retire todos (ou quase todos) os conectores. Deixe somente a essência das informações; 2) Sempre use frases curtas; 3) Divida a informação: coloque uma ideia em cada frase e cada frase em uma linha separada (na medida do possível). Assim, elas sempre ficarão curtas e bem distribuídas; A memória é composta por fragmentos. Se memorizarmos os fragmentos mais importantes, teremos uma melhor compreensão do todo; 4) Faça uma diagramação visual. Jamais escreva em seu caderno de forma linear, fica muito mais difícil resgatar a informação; 5) Use cores (sem exageros!). Cada cor deve ter um significado. Os esquemas que trarei para vocês funcionam assim: Preto = estrutura Azul = informação Vermelho = realce (não necessariamente importante) Se os seus esquemas contemplarem esses cinco passos, você já terá um excelente resumo. Assim, um caderno eficaz é aquele que te permite: a) Acessar a informação de maneira rápida (bateu o olho, viu preto, já sabe que é estrutura!). É por isso que o tamanho não é tãããããão importante assim. Se você revisa rápido 100 páginas, está tudo certo. Claro que também não pode ficar grande demais... b) Anotar de maneira rápida (por isso as frases curtas com a essência da ideia). Lembre-se de que ter um caderno muito bom e não revisá-lo, não adianta NADA. 7

8 FOCO NO ESTUDO TCE/PA Um dos maiores conselhos que você pode receber de mim e da grande maioria das pessoas que já passaram em um concurso público é o seguinte: O FOCO É ESSENCIAL! Não adianta nada ficar correndo atrás de edital. Foque em apenas um concurso. É claro que você vai também fazer as outras provas que forem aparecendo, mas o estudo deve sempre ser focado para apenas um concurso. Quando digo foco, não quero dizer que temos que estudar 2, 3, 4 anos para passar em um concurso. Uma pessoa pode estudar extremamente focada por 2 meses e passar em um excelente concurso. O que não costuma dar muito certo é ficar correndo atrás de edital... Para quem não sabe para onde quer ir, qualquer caminho serve (Lewis Carroll) ESTUDE SEMPRE PARA ESSE CONCURSO Outra coisa: eu ouço muita gente dizendo assim: estou estudando para o próximo concurso...é muita matéria...para esse não vai dar...mas já vou adiantando o estudo né?...ahhh você sabe como é... é difícil né?... Jamais estude para o próximo concurso. Estude SEMPRE para ESSE concurso! Se você fala para você mesmo que está estudando para o próximo, seu cérebro recebe o seguinte comando: não preciso aprender agora, pois esse conhecimento não me será útil. Por outro lado, se você estudar para ESSE concurso, você dá o comando para que o seu cérebro aprenda AGORA e não deixe nada para depois. Além disso, se você diz para você mesmo que está estudando para ESSE concurso, as suas atitudes são de alguém que vai passar NESSE concurso: Quando eu tiver alguma dúvida, eu vou saná-la imediatamente, porque eu sei que não tenho mais tempo. Eu preciso dessa informação AGORA: eu vou passar NESSE concurso; 8

9 Quando bater aqueeeeeela preguiça, eu vou resistir, porque eu sei que não tenho mais tempo. Eu preciso estudar AGORA: eu vou passar NESSE concurso; Quando eu for convidado para aquele churrasco ou aquela festa, eu vou resistir, porque eu sei que não tenho mais tempo: eu vou passar NESSE concurso; Quando os meus olhos estiverem ardendo e a minha cabeça, as costas, o bumbum e até os fios de cabelo estiverem doendo, eu vou resistir, porque eu sei que não tenho mais tempo: eu vou passar NESSE concurso; Se você estuda para ESSE concurso, as chances de tomar atitudes como essas são infinitamente maiores. Estudar para o próximo concurso é o mesmo que se enganar. NÃO ACREDITE NO QUE VOCÊ ACABOU DE LER Não acredite e nem duvide nessas e em outras técnicas repassadas por mim ou por qualquer outro professor. TESTE você mesmo e veja se funciona ou não. Faço agora o meu segundo pedido a você: Teste direito! Faça bem feito! RESPONDA AGORA ESSAS PERGUNTAS MÁGICAS: Se eu fosse fazer bem feito, como eu faria? Se eu fosse estudar PARA PASSAR, como é que eu estudaria? Se eu fosse estudar direito e para ESSE concurso, como é que eu estudaria? Se eu fosse morrer se eu não passasse nesse concurso, como é que eu agiria? Quais as atitudes que eu teria? Se você testar direito, do jeito que eu expliquei e mesmo assim tiver alguma dúvida, critica ou sugestão, fique à vontade para me mandar um 9

10 Tenho certeza de que essa troca de experiências será muito enriquecedora para todos nós. É justamente a atitude de se melhorar constantemente que te fará um vencedor! É como disse o vídeo: O que faz alguém ser bom em algo? Dedicação. Trabalho duro. E fazer isso com a direção e metodologia corretas. Se você fizer isso, de qualquer jeito, você será bom. Mas o que faz alguém ser profissional em alguma coisa? É pegar aquela pequena decisão que você tomou e executá-la, levando isso mais longe do que a sua imaginação pode levar. É dedicar cada respiração do seu corpo, cada pensamento, cada momento, para aquela causa. É dar absolutamente o seu MELHOR e não se acomodar por nenhum motivo. Não é talento, não é inteligência, é simplesmente, o tamanho do seu apetite pelo sucesso. SUCESSO!! Roberto Troncoso 10

11 FALANDO SOBRE A SUA PROVA TCE/PA A matéria de Direito Constitucional é de importância fundamental para a sua aprovação!! Você deve dar muita atenção a essa disciplina! O conteúdo do nosso curso se baseia no edital que está na praça. Se vocês já tiveram a oportunidade de analisá-lo, verão que ele é bastante extenso, o que requer um esforço extra da nossa parte. Vejam só o seu edital, na ordem em que será visto em nossas aulas: TCE/PA AUDITOR DE CONTROLE EXTERNO: ÁREAS: PROCURADORIA E ESPECIALIDADE DIREITO Aula 00 Aula 01 Aula 02 Aula 03 Aula 04 Aula 05 Aula 06 Aula 07 Aula 08 Aula 09 Aula 10 1 Constituição. 1.1 Conceito, objeto, elementos e classificações. 1.2 Supremacia da Constituição. 1.3 Aplicabilidade das normas constitucionais. 1.4 Interpretação das normas constitucionais Métodos, princípios e limites. 2 Poder constituinte. 2.1 Características. 2.2 Poder constituinte originário. 2.3 Poder constituinte derivado. 3 Princípios fundamentais. 4 Direitos e garantias fundamentais. 4.1 Direitos e deveres individuais e coletivos. 4 Direitos e garantias fundamentais. 4.3 Direitos sociais. 4.4 Nacionalidade. 4.5 Direitos políticos. 4.6 Partidos políticos. 4 Direitos e garantias fundamentais. 4.2 Habeas corpus, mandado de segurança, mandado de injunção e habeas data. 5 Organização do Estado. 5.1 Organização político-administrativa. 5.2 Estado federal brasileiro. 5.3 A União. 5.4 Estados federados. 5.5 Municípios. 5.6 O Distrito Federal. 5.7 Territórios 5.8 Intervenção federal. 5.9 Intervenção dos estados nos municípios. 6 Administração pública. 6.1 Disposições gerais. 6.2 Servidores públicos. 6.3 Militares dos estados, do Distrito Federal e dos territórios. 7 Organização dos poderes no Estado. 7.1 Mecanismos de freios e contrapesos. 7.2 Poder legislativo Estrutura, funcionamento e atribuições Comissões parlamentares de inquérito Fiscalização contábil, financeira e orçamentária Tribunal de Contas da União (TCU) Prerrogativas parlamentares Processo legislativo. 7.3 Poder Executivo Presidente da República Atribuições, prerrogativas e responsabilidades. 7.4 Poder Judiciário Disposições gerais Órgãos do Poder Judiciário Organização e competências Conselho Nacional de Justiça (CNJ). 8 Funções essenciais à Justiça. 8.1 Ministério Público Princípios, garantias, vedações, organização e competências. 8.2 Advocacia Pública. 8.3 Advocacia e Defensoria Pública. 11

12 Aula 11 Aula 12 9 Controle da constitucionalidade. 9.1 Sistemas gerais e sistema brasileiro. 9.2 Controle incidental ou concreto. 9.3 Controle abstrato de constitucionalidade. 9.4 Exame in abstractu da constitucionalidade de proposições legislativas. 9.5 Ação declaratória de constitucionalidade. 9.6 Ação direta de inconstitucionalidade. 9.7 Arguição de descumprimento de preceito fundamental. 9.8 Ação direta de inconstitucionalidade por omissão. 9.9 Ação direta de inconstitucionalidade interventiva Controle concreto e abstrato de constitucionalidade do direito municipal. 11. Súmulas do Supremo Tribunal Federal PARTE I 9 Controle da constitucionalidade. 9.1 Sistemas gerais e sistema brasileiro. 9.2 Controle incidental ou concreto. 9.3 Controle abstrato de constitucionalidade. 9.4 Exame in abstractu da constitucionalidade de proposições legislativas. 9.5 Ação declaratória de constitucionalidade. 9.6 Ação direta de inconstitucionalidade. 9.7 Arguição de descumprimento de preceito fundamental. 9.8 Ação direta de inconstitucionalidade por omissão. 9.9 Ação direta de inconstitucionalidade interventiva Controle concreto e abstrato de constitucionalidade do direito municipal. 11. Súmulas do Supremo Tribunal Federal PARTE II A programação será seguida com a maior fidelidade possível ao calendário e ao conteúdo programático. No entanto, ela não será rígida e poderá haver alterações no decorrer do curso. Abordaremos os pontos mais importantes e que, a nosso ver, têm maior possibilidade de cair na sua prova. Caso necessário, enviem suas dúvidas, sugestões, pedidos especiais, comentários sobre o material etc. para o Fórum. Confira os cursos de Direito Constitucional em mapas mentais no site do Ponto dos Concursos e a nova coleção de MAPAS MENTAIS da editora PONTO DOS CONCURSOS ( Seja meu amigo no Facebook: Finalizada a parte introdutória, vamos ao estudo! 12

13 I. INTRODUÇÃO TCE/PA Para melhor entendermos o que estamos estudando, é necessário que coloquemos o conhecimento na gaveta correta do nosso cérebro. Assim, sempre que estiver estudando algum conteúdo, é necessário saber em qual parte do todo ele se encaixa. É como se, primeiramente, sobrevoássemos de avião para ver o terreno em que vamos pisar. Uma vez visto o terreno de cima, aí sim, pousamos e vamos ver as peculiaridades de cada pedacinho dele. Essa é uma das possíveis estruturas do Direito Constitucional, observe-a bem e sempre a utilize para se orientar em seus estudos. 13

14 II. PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS TCE/PA Meu caro aluno e futuro Auditor de Controle Externo do TCE/PA, quando se fala em princípio, no que você pensa? Se você pensou: início, acertou em cheio! Os princípios são o início / de onde começam as coisas / as bases / os fundamentos. Da mesma forma, os princípios fundamentais são as bases, os pressupostos, os valores máximos, as diretrizes da República Federativa do Brasil. Os princípios podem estar escritos na Constituição (princípios explícitos), ou podem ser interpretados a partir da leitura do texto constitucional (princípios implícitos). É nessa parte que a Constituição traça os esquemas gerais de organização do Estado brasileiro. Além disso, ela nos fala: Quais são os princípios que devem ser seguidos quando o Brasil for se relacionar com outros Estados? Quando o Brasil for elaborar alguma política pública, quais devem ser seus objetivos? Quais as bases/os fundamentos da República Federativa do Brasil? Vamos começar então: 1. FORMA DE ESTADO (FEDERAÇÃO) E A FORMA DE GOVERNO (REPÚBLICA) Os princípios fundamentais foram trazidos pela Constituição logo no início de seu texto: nos artigos 1 ao 4. No art. 1, a CF estabelece a forma de Estado (Federação) e a forma de Governo (República), além de enunciar nosso regime político como sendo um Estado democrático de Direito. Adicionalmente, o Brasil possui, como Sistema de Governo, o presidencialismo. Vamos devagar: 14

15 Forma de Estado é como ele se divide / se reparte. A federação pressupõe uma unidade central, chamada União e outras unidades autônomas descentralizadas (no caso do Brasil, estados e municípios). O oposto da federação é o Estado Unitário. Forma de Governo é como os governantes se relacionam com seus governados: res publica (coisa pública) significa que o governo é feito para o povo e a coisa é do povo. O oposto da república é a monarquia. Sistema de Governo e a forma como se relacionam os poderes Legislativo e Executivo na governança. O presidencialismo é o sistema onde o Poder Executivo possui maior independência, governando com mais liberdade e com menos interferência do Legislativo. O oposto do presidencialismo é o parlamentarismo. 2. FUNDAMENTOS DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL Observe o art. 1º da Constituição: Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos (...) Federação I - a soberania; II - a cidadania III - a dignidade da pessoa humana; IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa; V - o pluralismo político. Pronto! Você já acabou de aprender os FUNDAMENTOS da República Federativa do Brasil (RFB). Para facilitar o seu estudo, existe um mnemônico para os fundamentos (sílabas em vermelho no seu esquema): SO-CI-DI-VA-PLU No entanto, para que você não confunda se o mnemônico é dos fundamentos ou dos objetivos (estudaremos daqui a pouco) ou dos princípios nas relações internacionais (também estudaremos daqui a pouco), basta colocar mais uma sílaba no seu mnemônico. E ainda vai rimar! 15

16 (leia as 3 primeiras sílabas e depois as 3 últimas, acentuando a letra U ) SO-CI-FÚ / DI-VA-PLÚ Fundamentos 3. TITULARIDADE DO PODER E O ESTADO DEMOCRÁTICO DE DIREITO Observe agora o parágrafo único do art. 1º da CF88: Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição. Nesse dispositivo, são trazidos mais dois princípios muito importantes: a titularidade do poder (do povo) e o da democracia. O Brasil é um Estado democrático de Direito: significa que o Estado brasileiro é governado pelo povo (democrático) e também tem que obedecer às leis (de direito). O governo democrático é aquele em que o destinatário das políticas públicas (o povo) participa de sua elaboração. A democracia se divide ainda em: a) Democracia Direta: onde o povo participa diretamente, ou seja, o próprio povo elabora as políticas públicas. Esse tipo de democracia é típica da Grécia antiga e é inviável nos dias de hoje (imagine só 200 milhões de brasileiros mandando s para se discutir como será a atuação do governo na saúde, por exemplo). b) Indireta: onde o povo elege os representantes e estes elaboram as políticas públicas. c) Semidireta ou participativa: é um misto da democracia direta e da indireta. Nela, o povo elege os representantes e estes elaboram as políticas públicas. Complementarmente, existem mecanismos para que o povo também participe dessa elaboração. Assim, a regra é participação indireta, combinada com alguns meios de exercício direto do povo. Esse é o modelo adotado pelo Brasil. 16

17 No art. 14, a CF diz como é que o povo exercerá diretamente o poder: Sufrágio universal Voto direto, secreto e igualitário Plebiscito Referendo Iniciativa popular de lei Lembre-se: Forma de Estado: FEDERAÇÃO Forma de Governo: República Sistema de Governo: Presidencialismo Regime de Governo (ou Regime Político): Democracia. 4. SEPARAÇÃO DOS PODERES Em seu artigo 2º, a Constituição nos traz um importante princípio: o da separação dos poderes. Observe o referido artigo: Art. 2º - São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário. Esse princípio, cuja origem remonta à Revolução Francesa e a Montesquieu, é importantíssimo porque evita que o poder fique todo nas mãos de uma só pessoa, evitando, assim, arbitrariedades e excessos. Observe que os poderes são INDEPENDENTES e HARMÔNICOS entre si. Assim, não pode haver prevalência, subordinação ou hierarquia de um poder sobre os outros sendo que eles devem operar de forma conjunta. No entanto, não existe uma separação rígida e absoluta entre os poderes, sendo que a própria Constituição prevê algumas interferências de uns nos outros. Assim, a separação dos poderes no Brasil é flexível e cada um exerce, além de suas funções típicas, funções atípicas: 17

18 Poder Executivo: sua função típica é administrar e executar as leis, mas exerce, como funções atípicas, a jurisdição (ex: quando profere decisões nos processos administrativos) e a legislação (ex: quando elabora Medidas Provisórias ou Leis Delegadas). Poder Legislativo: sua função típica é legislar e fiscalizar, mas exerce, como funções atípicas, a jurisdição (ex: quando o Senado Federal julga autoridades por crime de responsabilidade - CF, art. 52, I e II e parágrafo único) e a administração (ex: quando atua enquanto administração pública, realiza licitações etc.). Poder Judiciário: sua função típica é a jurisdição, ou seja, dizer o direito. No entanto, esse Poder exerce, como funções atípicas, a legislação (ex: quando elabora os Regimentos Internos dos Tribunais) e a administração (ex: quando atua enquanto administração pública, realiza licitações etc.). Vale ressaltar que, em regra, as funções típicas de cada Poder não podem ser delegadas para os outros poderes (princípio da indelegabilidade). No entanto, excepcionalmente, existem casos onde a delegação pode ser feita, como na elaboração de Leis Delegadas, onde o Poder Legislativo delega ao Poder Executivo a elaboração de uma lei. Do princípio da separação dos poderes, surge um sistema chamado de SISTEMA DE FREIOS E CONTRAPESOS, também conhecido como checks and balances. Segundo ele, os poderes, apesar de serem independentes entre si, devem se contrabalancear para evitar excessos. Assim, cada poder deve exercer suas funções e, ao mesmo tempo fiscalizar e controlar os outros poderes, justamente para evitar abusos e excessos. Assim, a Constituição brasileira prevê mecanismos para que os três poderes interfiram na atuação uns dos outros, para evitar os desvios de conduta. ATENÇÃO: o sistema de freios e contrapesos não retira a independência (relativa) dos poderes. Ex. 1: o Legislativo não pode elaborar leis livremente: existe o veto do Executivo e o controle de constitucionalidade das leis pelo Judiciário. Ex. 2: o Executivo não administra livremente: existe o controle dos seus atos pelo controle externo Congresso Nacional e pelo Poder Judiciário. 18

19 Ex. 3: o Congresso Nacional pode sustar os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder regulamentar ou dos limites de delegação legislativa (art. 48, V). Quem elabora o decreto regulamentar ou a lei delegada é o poder Executivo. Mas o Legislativo pode sustar esses dois atos (se extrapolarem os limites). Ex. 4: art. 101, parágrafo único: Os Ministros do Supremo Tribunal Federal serão nomeados pelo Presidente da República, depois de aprovada a escolha pela maioria absoluta do Senado Federal. Estão vendo? O STF é o mais alto Tribunal do Poder Judiciário, mas quem escolhe seus ministros é o Executivo (e o Legislativo ainda tem que aprovar). Assim como essas, existem uma série de interferências de um poder nos outros. É o sistema de freios e contrapesos agindo. Por fim, lembre-se de que o DF não tem judiciário próprio, sendo o poder judiciário do DF organizado e mantido pela União. 5. OBJETIVOS FUNDAMENTAIS Continuando a leitura da Constituição, encontramos no artigo 3º os objetivos fundamentais. Eles visam a assegurar a igualdade material (aquela de verdade ) aos brasileiros, possibilitando iguais oportunidades a fim de concretizar a democracia econômica, social e cultural e tornar efetivo o fundamento da dignidade da pessoa humana. Os objetivos fundamentais são metas que o Estado brasileiro deve perseguir e alcançar. Observe: Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil: I - construir uma sociedade livre, justa e solidária; II - garantir o desenvolvimento nacional; III - erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais; IV - promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação. Fique atento! São 4 os objetivos e todos eles começam com um verbo! 19

20 6. PRINCÍPIOS QUE REGEM O BRASIL EM SUAS RELAÇÕES INTERNACIONAIS No artigo 4º, a Constituição nos traz como o Brasil deve atuar quando for se relacionar com outros Estados. Esses princípios podem ser divididos, para fins didáticos, em 3 grupos: 1 Princípios ligados à independência nacional - Independência nacional - Autodeterminação dos povos - Não-Intervenção - Igualdade entre os Estados - Cooperação dos povos para o progresso da humanidade 2 Princípios ligados à pessoa humana - Prevalência dos direitos humanos - Concessão de asilo político 3 Princípios ligados à paz - Defesa da paz - Solução pacífica dos conflitos - Repúdio ao terrorismo e ao racismo 7. INTEGRAÇÃO DOS POVOS DA AMÉRICA LATINA Finalmente, o parágrafo único do art. 4 nos diz que o Brasil buscará a integração econômica, política, social e cultural dos povos da América Latina, visando à formação de uma comunidade latino-americana de nações. Observe que o Brasil buscará a integração econômica, política, social e cultural dos povos da América LATINA! Não é América do Sul, não é do MERCOSUL e não é da América! Essa questão cai bastante em provas! ESQUEMATIZANDO: 20

21 Forma de Estado: FEDERAÇÃO Forma de Governo: República Sistema de Governo: Presidencialismo Regime de Governo (ou Regime Político): Democracia. TCE/PA Fundamentos - soberania; - cidadania - dignidade da pessoa humana; - valores sociais do trabalho e da livre iniciativa; - pluralismo político. SO-CI-FÚ / DI-VA-PLÚ Titularidade do Poder: POVO Democracia no Brasil: Semidireta ou participativa: - o poder é exercido - Pelos representantes (indiretamente) E - Pelo povo (diretamente) Sufrágio universal Voto direto, secreto e igualitário Plebiscito Referendo Iniciativa popular de lei Separação - Os poderes são dos poderes - independentes - harmônicos entre si - Os poderes possuem funções típicas e atípicas - Funções TÍPICAS - Executivo: Administração - Judiciário: Jurisdição - Legislativo - Legislar - Fiscalizar - Sistema de freios e contrapesos - O judiciário do DF é organizado e mantido pela União (o DF não possui judiciário próprio) Objetivos fundamentais - construir uma sociedade livre, justa e solidária; - garantir o desenvolvimento nacional; - erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais; - promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação. 21

22 Princípios que regem o Brasil em suas relações internacionais TCE/PA 1 Princípios ligados à independência nacional 2 Princípios ligados à pessoa humana - Independência nacional - Autodeterminação dos povos - Não-Intervenção - Igualdade entre os Estados - Cooperação dos povos para o progresso da humanidade - Prevalência dos direitos humanos - Concessão de asilo político 3 Princípios ligados à paz - Defesa da paz - Solução pacífica dos conflitos - Repúdio ao terrorismo e ao racismo 22

23 EXERCÍCIOS TCE/PA 1. (CESPE FUB) O regime político adotado na CF caracteriza a República Federativa do Brasil como um estado democrático de direito em que se conjuga o princípio representativo com a participação direta do povo por meio do voto, do plebiscito, do referendo e da iniciativa popular. Isso mesmo. A CF estabelece nosso regime político como sendo um Estado democrático de Direito, isso significa que o Estado deve obedecer às normas por ele criadas. Além disso, a CF diz que todo poder emana do povo e que os seus representantes devem ser eleitos (sistema representativo). Gabarito: Certo. 2. (CESPE Câmara dos Deputados - Consultor Legislativo) Não poderá ser objeto de deliberação a proposta de emenda constitucional tendente a abolir a forma federativa de governo, por se tratar de cláusula pétrea. Meus alunos, a questão copia a letra da CF, utilizando-se, com o intuito de te confundir, a expressão forma federativa de governo, ao invés da maneira correta: forma federativa de Estado. 3. (CESPE SUFRAMA - Agente Administrativo) O Poder Executivo federal é exercido pelo presidente da República e tem como um de seus fundamentos a soberania Aí passou longe! Quem tem a soberania como um de seus fundamentos é a República Federativa do Brasil e não o Poder Executivo! Fundamentos - soberania; - cidadania - dignidade da pessoa humana; - valores sociais do trabalho e da livre iniciativa; - pluralismo político. 4. (CESPE TJ-CE - Analista Judiciário) Os fundamentos da República Federativa do Brasil incluem, entre outros, a dignidade da pessoa humana, o pluralismo político e a construção de uma sociedade livre, justa e solidária. 23

24 A questão mistura, entre os fundamentos da República, um de seus objetivos. Dessa forma, vamos analisar os fundamentos da RFB, de acordo com a Constituição Federal, em seu artigo 1º: I - a soberania; II - a cidadania III - a dignidade da pessoa humana; IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa; V - o pluralismo político. Já quanto aos objetivos fundamentais, vamos ao art. 3º da CF: I - construir uma sociedade livre, justa e solidária; II - garantir o desenvolvimento nacional; III - erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais; IV - promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação. 5. (CESPE ANTAQ) A concessão de asilo político é princípio norteador das relações internacionais brasileiras, conforme expressa disposição do texto constitucional. Vamos relembrar os princípios que regem o Brasil nas suas relações internacionais: 24

25 1 Princípios ligados à independência nacional - Independência nacional - Autodeterminação dos povos - Não-Intervenção - Igualdade entre os Estados - Cooperação dos povos para o progresso da humanidade TCE/PA 2 Princípios ligados à pessoa humana - Prevalência dos direitos humanos - Concessão de asilo político 3 Princípios ligados à paz Gabarito: Certo. - Defesa da paz - Solução pacífica dos conflitos - Repúdio ao terrorismo e ao racismo 6. (CESPE TJ-SE - Analista Judiciário) O pluralismo político traduz a liberdade de convicção filosófica e política, assegurando aos indivíduos, além do engajamento pluripartidário, o direito de manifestação de forma apartidária. O pluralismo político é um dos fundamentos da República Federativa do Brasil, inserido na CF em seu art.1º, V. Além disso, como a questão trouxe, os cidadãos podem manifestar suas idéias, crenças e filosofias também de forma de apartidária. Uma observação sobre um peguinha dessa questão: a questão não disse que uma pessoa pode se filiar a dois partidos, ok? O uso do termo engajamento é mais amplo e foi muito bem utilizado na questão. Gabarito: Certo. 7. (CESPE TC-DF - Técnico de Administração Pública) Ao implementar ações que visem reduzir as desigualdades sociais e regionais e garantir o desenvolvimento nacional, os governos põem em prática objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil A redução das desigualdades sociais e regionais e a garantia do desenvolvimento social estão inseridas nos objetivos fundamentais da RFB. Vamos relembrar todos os objetivos fundamentais estudados: 25

26 Objetivos fundamentais Gabarito: Certo. TCE/PA - construir uma sociedade livre, justa e solidária; - garantir o desenvolvimento nacional; - erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais; - promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação. 8. (CESPE Câmara dos Deputados Consultor Legislativo) A democracia brasileira é indireta, ou representativa, haja vista que o poder popular se expressa por meio de representantes eleitos, que recebem mandato para a elaboração das leis e a fiscalização dos atos estatais. A democracia brasileira é, na verdade, semidireta ou participativa. Isso significa que os representantes são eleitos pelo povo e elaboram as políticas públicas. O PODER, dessa forma, é exercido diretamente pelo povo e indiretamente pelos seus representantes. Relembrando: Democracia no Brasil: Semidireta ou participativa: - o poder é exercido - Pelos representantes (indiretamente) E - Pelo povo (diretamente) Sufrágio universal Voto direto, secreto e igualitário Plebiscito Referendo Iniciativa popular de lei 9. (CESPE Câmara dos Deputados Consultor Legislativo) A República Federativa do Brasil, constituída como Estado democrático de direito, visa garantir o pleno exercício dos direitos e garantias fundamentais, incluindo-se, entre seus fundamentos, a cidadania e a dignidade da pessoa humana. É exatamente isso! A cidadania e a dignidade da pessoa humana estão entre os fundamentos da RFB. Além deles, encontramos também a soberania, os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa e o pluralismo político. Todos estão localizados no art. 1º, I ao V da CF88. Gabarito: Certo. 26

27 10. (CESPE SUFRAMA - Agente Administrativo) A CF propugna, de forma específica, a integração econômica, política, social e cultural do Brasil com os povos da América Latina. A RFB rege-se, nas suas relações internacionais, por princípios previstos no art. 4º da CF. Assim, no parágrafo único do mesmo artigo, o texto constitucional nos traz a informação de que o Brasil buscará, de fato, a integração econômica, política, social e cultural dos povos da América Latina, objetivando formar uma comunidade latino-americana de nações. Atenção! O Brasil buscará essa integração com os povos da América LATINA e não da América do Sul, nem do MERCOSUL ou América. Gabarito: Certo. 11. (CESPE CADE) Os valores sociais da livre iniciativa e a livre iniciativa são princípios da República Federativa do Brasil; o primeiro é um fundamento, e o segundo, um princípio geral da atividade econômica. É isso aí! Encontramos o primeiro como um fundamento da RFB no art. 1º, IV da CF. Já a livre iniciativa, como princípio geral da atividade econômica, está localizado no art. 170 da CF88. Gabarito: Certo. 12. (CESPE Polícia Federal Nível Superior) A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos estados, municípios e Distrito Federal (DF), adota a federação como forma de Estado. A federação é a forma de Estado adotada no Brasil. Dessa forma, a federação se baseia na descentralização de unidades autônomas, os estados e municípios e uma unidade central, a União. O texto é quase a cópia do art. Art. 1º: A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos: (...). Gabarito: Certo. 13. (CESPE Polícia Federal Nível Superior) O estabelecimento pela CF de que todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos seus termos, evidencia a adoção da democracia semidireta ou participativa. 27

28 É esse o conceito de democracia semidireta ou participativa. Os representantes são eleitos pelo povo e, através dos seus mandatos, elaboram as leis e demais políticas públicas. O art. 14 da CF nos diz como o povo exercerá diretamente o poder: Sufrágio universal Voto direto, secreto e igualitário Plebiscito Referendo Iniciativa popular de lei Gabarito: Certo. 14. (CESPE MS - Engenheiro Civil) A República Federativa do Brasil regese em suas relações internacionais de acordo com o princípio da não intervenção. A Constituição Federal elenca no art. 4º os princípios que regem o Brasil em suas relações internacionais. Um deles é o princípio da não intervenção, que está ligado à independência nacional. Vamos relembrar os demais: 1 Princípios ligados à independência nacional 2 Princípios ligados à pessoa humana - Independência nacional - Autodeterminação dos povos - Não-Intervenção - Igualdade entre os Estados - Cooperação dos povos para o progresso da humanidade - Prevalência dos direitos humanos - Concessão de asilo político 3 Princípios ligados à paz - Defesa da paz - Solução pacífica dos conflitos - Repúdio ao terrorismo e ao racismo Gabarito: Certo. 15. (CESPE TCE-RO - Agente Administrativo) A dignidade da pessoa humana, a construção de uma sociedade livre, justa e solidária e a prevalência dos direitos humanos são princípios fundamentais da República Federativa do Brasil. 28

29 Os princípios fundamentais da República Federativa do Brasil estão explícitos nos arts. 1º a 4º da Carta Magna. A dignidade da pessoa humana está no rol dos fundamentos da República (art. 1º). A construção de uma sociedade livre, justa e solidária se encontra entre os objetivos (art. 3º). Por último, a prevalência dos direitos humanos está nos princípios que regem as relações internacionais do Brasil (art. 4º). Gabarito: Certo. 16. (CESPE TCE-RS - Oficial de Controle Externo) Os objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil incluem a igualdade de direitos entre o trabalhador com vínculo empregatício permanente e o trabalhador avulso. A igualdade de direitos entre o trabalhador com vínculo empregatício permanente e o trabalhador avulso é trazida na Constituição Federal no art. 7º, na parte que trata dos direitos sociais, portanto, não está no rol do art. 3º da CF. Vamos relembrar os objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil: Objetivos fundamentais - construir uma sociedade livre, justa e solidária; - garantir o desenvolvimento nacional; - erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais; - promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação. 17. (CESPE TCE-RO - Auditor de Controle Externo) Violaria o princípio da separação de poderes norma da Constituição do Estado de Rondônia que determinasse que os conselheiros do TCE/RO fossem previamente aprovados pela assembleia legislativa do estado. O princípio da separação dos poderes está calcado no sistema de freios e contrapesos, que determina que, apesar de serem independentes entre si, os poderes devem se contrabalancear, com o fim de evitar excesso e abuso de poder. 29

30 Desse modo, a escolha dos conselheiros do TCE/RO ser aprovada pela Assembleia Legislativa do Estado não ofende tal princípio, uma vez que os ministros do TCU são aprovados pelo legislativo federal. Assim, essa norma da CF foi repetida na CE. 18. (CESPE MS - Administrador) Promover o bem de todos, erradicar a pobreza e garantir o desenvolvimento nacional são objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil expressos no texto da Constituição Federal de Os objetivos trazidos pela questão correspondem aos incisos IV, III e II do art. 3º, respectivamente. Vamos revisar: Objetivos fundamentais - construir uma sociedade livre, justa e solidária; - garantir o desenvolvimento nacional; - erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais; - promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação. Gabarito: Certo. 19. (CESPE MS - Administrador) Com a promulgação da Emenda Constitucional n.º 73/2013, são considerados Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo, o Judiciário e o Tribunal de Contas. A Emenda Constitucional n.º 73/2013 cria os Tribunais Regionais Federais da 6ª, 7ª, 8ª e 9ª Regiões, ou seja, nada a ver! O art. 2º da CF considera Poderes da União independentes e harmônicos entre si, apenas o Legislativo, o Executivo e o Judiciário. O Tribunal de Contas é considerado órgão auxiliar do Poder Legislativo. 20. (CESPE PC-BA - Investigador de Polícia) Considera-se inconstitucional por violação a uma das cláusulas pétreas proposta de emenda constitucional em que se pretenda abolir o princípio da separação de poderes. 30

31 O art. 60, 4º da CF estabelece quais são as cláusulas pétreas, ou seja, as normas constitucionais que não podem ser abolidas por meio de emenda constitucional. Tal vedação consiste em limitação material ao poder de reforma constitucional. A separação dos poderes consta neste rol, sendo inconstitucional proposta de EC que pretenda suprimila. Gabarito: Certo. 21. (CESPE PRF - Policial Rodoviário Federal) O mecanismo denominado sistema de freios e contrapesos é aplicado, por exemplo, no caso da nomeação dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), atribuição do presidente da República e dependente da aprovação pelo Senado Federal. Eis um típico caso trazido pela Constituição (em seu art. 101, parágrafo único) que exemplifica perfeitamente o sistema de freios e contrapesos. Perceba que o STF é o mais alto Tribunal do Poder Judiciário, mas quem escolhe seus ministros é o Executivo (e o Legislativo ainda tem que aprovar). Assim como essas, existem uma série de interferências de um poder nos outros. É o sistema de freios e contrapesos agindo. Gabarito: Certo. 22. (CESPE PRF - Policial Rodoviário Federal) Decorre do princípio constitucional fundamental da independência e harmonia entre os poderes a impossibilidade de que um poder exerça função típica de outro, não podendo, por exemplo, o Poder Judiciário exercer a função administrativa. O princípio da separação dos poderes é adotado pela CF. No entanto, esta separação não é rígida e absoluta. Cada Poder possui sua função típica, que predomina em suas atividades, mas também possui funções atípicas, excepcionalmente praticadas, mas plenamente possíveis. A função administrativa do Poder Judiciário em relação aos seus órgãos é exemplo de função atípica do Judiciário, que possui como função típica o exercício da jurisdição. 23. (CESPE PRF - Policial Rodoviário Federal) No que se refere às relações internacionais, a República Federativa do Brasil rege-se pelos princípios da 31

32 igualdade entre os Estados, da cooperação entre os povos para o progresso da humanidade e da concessão de asilo político, entre outros. A Constituição estabelece dez princípios que regem a República Federativa do Brasil em suas relações internacionais. Os três princípios citados na questão constam neste rol do art. 4º da CF. Gabarito: Certo. 24. (CESPE MPU - Analista) A CF instituiu mecanismos de freios e contrapesos, de modo a concretizar-se a harmonia entre os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, como, por exemplo, a possibilidade de que o Poder Judiciário declare a inconstitucionalidade das leis. A assertiva funciona como um típico exemplo do contrabalanceamento existente entre os Poderes, de modo a evitar excessos. Perceba que o legislativo é o responsável por editar as leis. No entanto, caso esse extrapole e edite uma lei que vá contra a Constituição, o Poder Judiciário pode retirá-la do ordenamento jurídico. Estão vendo que um poder equilibra o outro? Gabarito: Certo. 25. (CESPE CNJ - Analista Judiciário) A República Federativa do Brasil rege-se, nas suas relações internacionais, pelos seguintes princípios: independência nacional; prevalência dos direitos humanos; autodeterminação dos povos; não intervenção; igualdade entre os Estados; defesa da paz; solução pacífica dos conflitos; repúdio ao terrorismo e ao racismo; cooperação entre os povos para o progresso da humanidade; e concessão de asilo político. Questão perfeita! Literalidade do art. 4º da CF. Vamos relembrar: 1 Princípios ligados à independência nacional 2 Princípios ligados à pessoa humana - Independência nacional - Autodeterminação dos povos - Não-Intervenção - Igualdade entre os Estados - Cooperação dos povos para o progresso da humanidade - Prevalência dos direitos humanos - Concessão de asilo político 32

33 3 Princípios ligados à paz - Defesa da paz - Solução pacífica dos conflitos - Repúdio ao terrorismo e ao racismo Gabarito: Certo. 26. (CESPE IBAMA - Analista Ambiental) O conceito de estado democrático do direito representa uma evolução do conceito de estado de direito e significa o Estado submetido a uma Constituição e aos valores nelas consagrados. Um Estado que optou por ser democrático de direito tem como característica principal a obediência às suas leis, que serão elaboradas com a participação dos destinatários, ou seja, do povo. Assim, o Estado também deve obedecer às leis. Gabarito: Certo. 27. (CESPE CNJ - Analista Judiciário) É fundamento da República Federativa do Brasil a construção de uma sociedade livre, justa e solidária. A construção de uma sociedade livre, justa e solidária é objetivo da República Federativa do Brasil e não fundamento. Vamos relembrar os demais objetivos, trazidos pelo art. 3º: Objetivos fundamentais - construir uma sociedade livre, justa e solidária; - garantir o desenvolvimento nacional; - erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais; - promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação. 28. (CESPE TRT - 10ª REGIÃO (DF e TO) - Analista Judiciário - Área Administrativa) A dignidade da pessoa humana e o pluralismo político são princípios fundamentais da República Federativa do Brasil. Os dois princípios trazidos pela questão correspondem respectivamente aos incisos III e V do art. 1º da CF. Vamos revisar os demais fundamentos da RFB: 33

34 Fundamentos - soberania; - cidadania - dignidade da pessoa humana; - valores sociais do trabalho e da livre iniciativa; - pluralismo político. TCE/PA Gabarito: Certo. 29. (CESPE TRT - 10ª REGIÃO (DF e TO) - Analista Judiciário - Área Administrativa) Embora a Federação seja um dos princípios fundamentais da CF, nada impede que o direito de secessão seja introduzido no ordenamento jurídico brasileiro por meio de emenda constitucional. O direito de secessão ofende o princípio do federalismo, que não só está consagrado no art. 1º da CF, como também é considerado pelo art. 60, 4º como cláusula pétrea, constituindo assim uma limitação material de emenda à Constituição e não podendo ser suprimido. 30. (CESPE TRT - 8ª Região (PA e AP) - Analista Judiciário - Área Judiciária) São fundamentos da República Federativa do Brasil a soberania, a cidadania, o pluralismo político e a prevalência dos direitos humanos. Os três primeiros citados encontram-se no rol do art. 1º, ou seja, são fundamentos da RFB. No entanto, a prevalência dos direitos humanos se enquadra como princípio que rege o Brasil em suas relações internacionais, rol trazido pelo art. 4º. 31. (CESPE DPE-ES) A configuração constitucional do princípio da separação de poderes impede que o presidente da República legisle, ainda que no exercício de função atípica. Cada poder possui suas funções típicas e atípicas. As últimas serão exercidas excepcionalmente, e devidamente limitadas para que não haja ofensa ao princípio da separação dos poderes. O Presidente da República, membro do Poder Executivo, exerce como função típica a administração do Estado e como funções atípicas, tanto atividades legislativas como jurisdicionais. 34

35 32. (CESPE TCE-RS - Oficial de Controle Externo) A independência nacional, a defesa da paz e a concessão de asilo político são princípios que regem as relações internacionais da República Federativa do Brasil. A questão aborda o art. 4º da CF. Os três princípios citados correspondem aos incisos I, VI e X, respectivamente. Vamos revisar os demais princípios que regem o Brasil em suas relações internacionais: 1 Princípios ligados à independência nacional 2 Princípios ligados à pessoa humana - Independência nacional - Autodeterminação dos povos - Não-Intervenção - Igualdade entre os Estados - Cooperação dos povos para o progresso da humanidade - Prevalência dos direitos humanos - Concessão de asilo político 3 Princípios ligados à paz - Defesa da paz - Solução pacífica dos conflitos - Repúdio ao terrorismo e ao racismo Gabarito: Certo. 33. (CESPE DPE-ES) Entre os princípios que regem as relações internacionais do Brasil incluem-se a solução dos conflitos mediante intervenção militar e a não concessão de asilo político. A intervenção militar e a não concessão de asilo político não fazem parte do rol dos princípios que regem a República Federativa do Brasil em suas relações internacionais. É justamente o contrário! O correto seria não intervenção e concessão de asilo político! 34. (CESPE DPE-ES) A República, a democracia, a federação e a dignidade da pessoa humana constituem princípios fundamentais expressos na CF. A República, a democracia e a federação estão previstos no caput do art. 1º da CF. A dignidade da pessoa humana, por sua vez, está elencado nos fundamentos da República, inciso III do mesmo dispositivo. 35

36 Gabarito: Certo. TCE/PA 35. (CESPE TRE-MS - Técnico Judiciário - Área Administrativa) A República, a democracia, a federação, o parlamentarismo e os direitos humanos são princípios fundamentais expressos na atual Constituição brasileira. Apesar de República, democracia, federação e direitos humanos estarem presentes como princípios fundamentais da República Federativa do Brasil, o parlamentarismo não é adotado no Brasil, que, por sua vez, é um Estado presidencialista. 36. (CESPE TRE-MS - Técnico Judiciário - Área Administrativa) A intervenção humanitária e a proibição de concessão de asilo político são princípios constitucionais que regem o Brasil nas suas relações internacionais. Dentre os princípios que regem o Brasil em suas relações internacionais estão a não intervenção e a concessão de asilo político. 37. (CESPE TJ-AL - Analista Judiciário - Área Judiciária) A garantia do desenvolvimento nacional consiste em fundamento da República Federativa do Brasil. A garantia do desenvolvimento nacional é um dos objetivos fundamentais e não um fundamento da RFB. Atenção! 38. (CESPE PC-CE - Inspetor de Polícia) O Brasil adota a forma de governo, de acordo com o princípio republicano, em que o acesso aos cargos públicos em geral é franqueado àqueles que preencham as condições de capacidade previstas na CF ou em normas infraconstitucionais obedientes ao texto constitucional. A forma de governo é como os governantes se relacionam com seus governados: res publica (coisa pública) significa que o governo é feito para o povo e a coisa é do povo. As condições de elegibilidade estão previstas no art. 14, que em seu 9º delega à lei complementar prever casos de inelegibilidade a fim de proteger a probidade administrativa, 36

37 a moralidade para exercício do mandato e a normalidade e legitimidade das eleições. Alguém se lembrou da Lei da Ficha Limpa aí? Gabarito: Certo. 39. (CESPE MP - Analista de Infraestrutura) São fundamentos da República Federativa do Brasil a soberania, a cidadania, a dignidade da pessoa humana e a autodeterminação dos povos. A questão bem que tentou, mas não conseguiu nos enganar! A autodeterminação dos povos é um princípio que rege o Brasil nas relações internacionais e não um fundamento da RFB. 40. (CESPE MP - Analista de Infraestrutura) Os princípios fundamentais da Constituição Federal de 1988 (CF) designam as características mais essenciais do Estado brasileiro. Isso aí!! Adorei essa questão, que poderia ser resolvida com o simples raciocínio! Um princípio é o início, a base, o ponto de partida ou, como a questão disse, as características mais essenciais do Brasil. Gabarito: Certo. 41. (CESPE MP - Analista de Infraestrutura) O princípio da separação dos Poderes adotado no Brasil pode ser caracterizado como rígido, uma vez que todos os Poderes da República exercem apenas funções típicas A separação dos poderes no Brasil é relativa. Isso significa que cada poder exerce sua função típica e também funções atípicas (ou seja, funções típicas de outros poderes). 42. (CESPE Câmara dos Deputados - Analista - Técnico em Material e Patrimônio) Os princípios que regem o Brasil nas suas relações internacionais incluem a cooperação entre os povos para o progresso da humanidade e a concessão de asilo político. Isso aí! Vamos revisar os princípios que regem o Brasil nas suas relações internacionais: 37

38 1 Princípios ligados à independência nacional - Independência nacional - Autodeterminação dos povos - Não-Intervenção - Igualdade entre os Estados - Cooperação dos povos para o progresso da humanidade 2 Princípios ligados à pessoa humana - Prevalência dos direitos humanos - Concessão de asilo político 3 Princípios ligados à paz - Defesa da paz - Solução pacífica dos conflitos - Repúdio ao terrorismo e ao racismo Gabarito: Certo. 43. (CESPE Câmara dos Deputados - Analista - Técnico em Material e Patrimônio) A CF consagra a prevalência da democracia representativa, fazendo apenas alusão à democracia direta, sem mencionar expressamente os meios pelos quais a soberania popular poderá ser diretamente exercida. A democracia no Brasil é a semidireta ou participativa. Isso quer dizer que o poder é exercido pelo povo de duas formas: indireta (através dos representantes do povo) ou direta, através do plebiscito; referendo; sufrágio universal; voto direto, secreto e igualitário e da iniciativa popular de lei. Observe: Democracia no Brasil: Semidireta ou participativa: - o poder é exercido - Pelos representantes (indiretamente) E - Pelo povo (diretamente) Sufrágio universal Voto direto, secreto e igualitário Plebiscito Referendo Iniciativa popular de lei 38

39 III. EFICÁCIA E APLICABILIDADE DAS NORMAS CONSTITUCIONAIS TCE/PA Nós sabemos que a CF88 é uma constituição do tipo formal, onde só é considerado constituição aquilo que está escrito em seu texto ou o que pode ser depreendido de sua leitura. Assim, todas as normas presentes na constituição possuem a mesma hierarquia e o mesmo status constitucional. No entanto, algumas normas possuem mais eficácia do que outras. ATENÇÃO: isso não significa que elas possuem hierarquia diferente, mas tão somente que possuem mais efeitos!! Todas as normas constitucionais possuem o mesmo status, não havendo normas hierarquicamente superiores às outras. As normas constitucionais podem ser classificadas, quanto à sua eficácia (efeitos) em: a) Normas de Eficácia Plena: possuem efeitos completos desde a edição da CF88, não necessitando de regulamentação por parte de uma lei. Exemplo: Homens e mulheres são iguais nos termos desta CF (art. 5 o,i). Outro exemplo são os remédios constitucionais, como o Habeas Corpus ou o Habeas Data. b) Normas de Eficácia Contida ou Prospectiva: são normas que possuem efeitos completos. No entanto, uma lei posterior pode limitar seus efeitos. Assim, um efeito que antes era amplo, torna-se mais limitado. Exemplo: livre exercício de profissão, nos termos da lei (art. 5 o, XIII). Pode-se exercer qualquer tipo de profissão, independentemente de autorização do governo ou de preenchimento de requisitos. No entanto, uma lei posterior pode vir depois e exigir condições para o exercício da profissão. Nesse caso, o direito que era amplo, passa a ser mais restrito. Como exemplo, desde a promulgação da CF, qualquer um pode exercer a profissão de borracheiro, sem ter que preencher nenhum requisito ou obter autorização. No entanto, se uma lei for promulgada e regulamentar a profissão de borracheiro, em tese, ela pode exigir que, a partir daquele 39

40 momento, essa profissão só poderá ser exercida por profissional com curso em engenharia mecânica. amplo passa a ser mais restrito. Estão vendo? Um direito que era Uma importante e recente observação: Nem todos os ofícios ou profissões podem ser condicionadas ao cumprimento de condições legais para o seu exercício. A regra é a liberdade. Apenas quando houver potencial lesivo na atividade é que pode ser exigida inscrição em conselho de fiscalização profissional (RE /SP). c) Normas de eficácia Limitada ou de Aplicabilidade mediata/reduzida/diferida: Não produz efeitos completos até que norma infraconstitucional a regulamente. Geralmente, ela vem acompanhada das expressões nos termos da lei ou lei disporá sobre. Ex: art. 5 o, VII é assegurada, nos termos da lei, a prestação de assistência religiosa nas entidades civis e militares de internação coletiva. A norma só terá efeitos completos quando uma lei efetivamente regulamentar como será essa prestação de assistência religiosa. Uma observação importante é que as normas de eficácia limitada possuem sim efeitos, eles apenas não são completos! Dessa forma, essas normas possuem efeitos como servir de parâmetro para interpretação constitucional, condicionar legislação futura a se adequar a elas, servir de parâmetro para o controle de constitucionalidade e estabelecer um dever para o legislador ordinário. As normas de eficácia limitada ainda são divididas em normas Programáticas e de Princípio Institutivo (ou organizativo). As normas Programáticas são as que estabelecem princípios e programas a serem implementados pelo Estado. Já as de princípio institutivo (ou organizativas) são as que trazem esquemas gerais de estruturação de instituições e órgãos. Cuidado! Aplicabilidade imediata não é o mesmo que norma de eficácia plena. José Afonso da Silva classifica as normas assim: 40

41 1 - Normas de aplicabilidade imediata e eficácia plena TCE/PA 2 - Normas de aplicabilidade imediata e eficácia contida 3 - Normas de aplicabilidade reduzida e eficácia limitada Preâmbulo O Preâmbulo é a parte logo no início da Constituição, que diz assim: Nós, representantes do povo brasileiro, reunidos em Assembléia Nacional Constituinte para instituir um Estado Democrático, destinado a assegurar o exercício dos direitos sociais e individuais, a liberdade, a segurança, o bem-estar, o desenvolvimento, a igualdade e a justiça como valores supremos de uma sociedade fraterna, pluralista e sem preconceitos, fundada na harmonia social e comprometida, na ordem interna e internacional, com a solução pacífica das controvérsias, promulgamos, sob a proteção de Deus, a seguinte CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL. O Preâmbulo não possui relevância jurídica e não é norma de reprodução obrigatória nas Constituições Estaduais. ADCT Quando uma nova Constituição é criada, a transição entre a Constituição antiga e a nova é um verdadeiro caos. Assim, para regular essa transição e para garantir que ela seja menos tormentosa, existe o Ato das Disposições Constitucionais Transitórias. O ADCT possui eficácia jurídica e vale como qualquer outro artigo da CF88. Da mesma forma, seu texto somente pode ser alterado através da Emenda Constitucional. As normas que instituem os direitos e garantias fundamentais O 1º do art. 5º diz que as normas definidoras dos direitos e garantias fundamentais têm APLICAÇÃO IMEDIATA. Atenção: o STF já decidiu que nem todos os direitos fundamentais são normas de eficácia plena. Existem os três tipos de normas de direitos e garantias fundamentais: plena, contida e limitada. Dessa forma, você deverá ter a sensibilidade para saber se a questão está te cobrando o texto da Constituição ou a jurisprudência do STF. Esquematizando: 41

42 CF88 é formal e todas as normas possuem o mesmo status / hierarquia o Porém, existem diferentes tipos de eficácia das normas constitucionais Eficácia TCE/PA - Plena - Contida - LTDA - Normas de Conteúdo programático - Normas de princípio institutivo / organizativo / de conteúdo orgânico OBS: Não há hierarquia entre elas. As diferenças se baseiam nos EFEITOS a) Eficácia plena Produzem todos os seus efeitos no momento em que a nova CF entra em vigor Não necessita de lei que a complete Ex: Homens e mulheres são iguais nos termos desta CF (art. 5 o, I) b) Eficácia contida ou prospectiva Produz todos os efeitos até que a norma infraconstitucional a restrinja Lei pode vir depois e restringir o que era amplo Ex: livre exercício de profissão, nos termos da lei (5º, XIII) Ex: entrada e saída de bens do território nacional, nos termos da lei (5º, XV) c) Eficácia LTDA / Aplicabilidade mediata / reduzida / diferida Não produz efeitos completos* até que norma infraconstitucional a regulamente o Produz alguns poucos efeitos como - Estabelecer um dever para o legislador ordinário - Servir de parâmetro para interpretação - Condicionar legislação futura a se adequar a elas - Controle de constitucionalidade c.1) Conteúdo programático: princípios e programas a serem implementados pelo Estado c.2) Normas de princípio institutivo / organizativo / de conteúdo orgânico: esquemas gerais de estruturação de instituições e órgãos. A regra é a liberdade. Apenas quando houver potencial lesivo na atividade é que pode ser exigida inscrição em conselho de fiscalização profissional (RE /SP). 42

43 EXERCÍCIOS TCE/PA 44. (CESPE TRE-GO - Analista Judiciário - Área Judiciária) Embora a aplicabilidade do direito à educação seja direta e imediata, classifica-se a norma que assegura esse direito como norma de eficácia contida ou prospectiva, uma vez que a incidência de seus efeitos depende da edição de normas infraconstitucionais, como a de implementação de programa social que dê concretude a tal direito. Aí passou longe! O direito à educação é uma norma de eficácia plena, não necessitando de lei para que o Estado assegure esse direito. Além disso, não precisávamos saber dessa informação: as normas cuja incidência de efeitos depende de edição de normas infraconstitucionais são as normas de eficácia limitada e não de eficácia contida, como afirma a questão. 45. (CESPE ANTAQ) É norma de eficácia contida o dispositivo constitucional segundo o qual é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer. Isso mesmo. A liberdade profissional é uma norma de eficácia contida. Dessa forma, o direito pode ser exercido livremente até que norma posterior restrinja seus efeitos. Gabarito: Certo. 46. (CESPE Câmara dos Deputados - Consultor Legislativo) Quando um estado da Federação deixa de invocar a proteção de Deus no preâmbulo de sua constituição, contraria a CF, pois tal invocação é norma central do direito constitucional positivo brasileiro. O Supremo já decidiu que não se pode falar em relevância jurídica e norma de reprodução obrigatória quanto ao preâmbulo constitucional, já que este é dispensável. 47. (CESPE TJ-CE - Analista Judiciário) As normas programáticas, que veiculam princípios a serem cumpridos pelo Estado, podem ser exemplificadas, entre outras, pela previsão constitucional de proteção ao mercado de trabalho da mulher mediante incentivos específicos. 43

44 As normas de eficácia limitada são aquelas que não possuem efeitos completos no momento em que a CF é promulgada e necessitam de normas infraconstitucionais para completar seus efeitos. As normas programáticas são espécies de normas de eficácia limitada. Vamos conferir o texto do art. 7º, XX: são direitos do trabalhador: proteção do mercado de trabalho da mulher, mediante incentivos específicos, nos termos da lei. Quando a CF entrou em vigor, ainda deveriam ser elaboradas essas leis que disciplinam a proteção do mercado da mulher. Dessa forma, essa é uma norma constitucional de eficácia limitada. Gabarito: Certo. 48. (CESPE Câmara dos Deputados - Consultor Legislativo) Tem eficácia contida o dispositivo constitucional que estabelece a liberdade de exercício profissional. Isso aí! Esse é o exemplo clássico de normas de eficácia contida, que são as normas que possuem efeitos completos quando da promulgação da CF, mas que podem ser restringidas por normas infraconstitucionais. Por exemplo, uma lei pode restringir o direito de exercício da profissão de pipoqueiro, exigindo curso superior em nutrição ou gastronomia... rsrsrs. Gabarito: Certo. 49. (CESPE Câmara dos Deputados - Analista Legislativo - Consultor Legislativo Área I) As normas constitucionais de eficácia limitada não produzem qualquer efeito no momento de sua entrada em vigor, dada a necessidade de serem integradas por meio de emenda constitucional ou de lei infraconstitucional. Claro que não! Elas produzem sim alguns efeitos, apesar de não produzirem efeitos completos. Vamos revisar: Eficácia LTDA / Aplicabilidade mediata / reduzida / diferida Não produz efeitos completos* até que norma infraconstitucional a regulamente o Produz alguns poucos efeitos como. - Estabelecer um dever para o legislador ordinário - Servir de parâmetro para interpretação - Condicionar legislação futura a se adequar a elas - Controle de constitucionalidade 44

45 50. (CESPE Câmara dos Deputados - Consultor Legislativo) As normas constitucionais de eficácia contida gozam de eficácia plena enquanto não houver restrição, podendo seus efeitos ser limitados apenas pela atuação do legislador infraconstitucional. A primeira parte da afirmação, apesar de apresentar um conceito não muito convencional, está correta: as normas de eficácia contida valem como se fossem de eficácia plena, até que norma posterior restrinja seus efeitos. O problema foi a segunda parte. Não é só o legislador infraconstitucional que pode fazer a limitação. A própria CF também pode restringir os efeitos de tais normas. 51. (CESPE Câmara dos Deputados - Consultor Legislativo) Conforme entendimento do STF, não é possível o exercício do direito de resposta com o intuito de retificar matéria publicada em jornal impresso, por ser tal direito destituído de eficácia plena, dada a não recepção da Lei de Imprensa pela CF. De maneira contrária ao texto da afirmativa, encontramos na CF, em seu art. 5º, V: é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização por dano material, moral ou à imagem. Outrossim, segundo o STF, a norma indicada possui eficácia plena, não necessitando, em vista disso, de uma regulamentação posterior de lei complementar. 52. (CESPE SUFRAMA) As normas constitucionais de caráter programático têm como destinatário principal o legislador, isto é, têm mais natureza de expectativas do que de verdadeiros direitos subjetivos. Isso mesmo. As normas de eficácia limitada, dentre elas, as de caráter programático estabelecem um dever para que o legislador aja. É claro que elas produzem alguns poucos efeitos, como servir de parâmetro para a interpretação da Constituição. Gabarito: Certo. 53. (CESPE MDIC - Analista Técnico) Sendo a liberdade profissional norma constitucional programática, não pode a lei infraconstitucional impor condições ao seu exercício. 45

46 A liberdade profissional é uma norma de eficácia contida, e não limitada programática, como diz a questão. Dessa forma, o direito pode ser exercido livremente até que norma posterior restrinja seus efeitos. 54. (CESPE Câmara dos Deputados - Analista Legislativo - Consultor Legislativo Área VIII) Se o poder público tiver a intenção de condicionar o exercício de determinada profissão a certas exigências, e se tais exigências forem estabelecidas mediante lei formal, elas serão constitucionais, pois o Estado tem discricionariedade para eleger as restrições que entenda cabíveis para todos os ofícios ou profissões, desde que o faça por lei federal. Claro que não! Somente as profissões que trazem um risco para a sociedade podem ser restringidas (ex: medicina, engenharia, nutrição, etc). Não é qualquer profissão que pode sofrer restrições! 55. (CESPE PM-CE - Oficial da Polícia Militar) A norma programática vincula comportamentos públicos futuros. Ao editar uma norma desse tipo, o constituinte, então, direciona, formalmente, o desdobramento da ação legislativa dos órgãos estatais. Isso mesmo. As normas de eficácia limitada, dentre elas, as de caráter programático estabelecem um dever para que o legislador aja. É claro que elas produzem alguns poucos efeitos, como servir de parâmetro para a interpretação da Constituição. Gabarito: Certo. 56. (CESPE TJ-RR - Analista) A norma constitucional que preveja a participação dos empregados nos lucros ou resultados da empresa configura exemplo de norma de eficácia limitada. Questão bastante difícil, pois exige que o candidato tenha na memória a exata redação do inciso XI do art. 7º. Reproduzindo: participação nos lucros, ou resultados, desvinculada da remuneração, e, excepcionalmente, participação na gestão da empresa, conforme definido em lei. O trecho grifado mostra que a participação nos lucros e na gestão da empresa depende de lei posterior definindo como isso acontecerá. Essa norma tem sua aplicabilidade diferida para o 46

47 momento em que esse direito for regulamentado pela lei, ou seja, possui eficácia limitada. Gabarito: Certo. 57. (CESPE STJ - Técnico Judiciário) As normas que tratam de direitos e garantias fundamentais são consideradas programáticas, pois dependem de regulamentação para ter eficácia. A grande maioria das normas definidoras de direitos e garantias fundamentais possui eficácia plena, não precisando de lei regulamentadora. Além disso, observe o 1º do art. 5º: As normas definidoras dos direitos e garantias fundamentais têm aplicação imediata. 58. (CESPE MPE-PI - Analista Ministerial) O dispositivo constitucional que afirma que ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei é uma norma constitucional de eficácia contida. Este dispositivo constitucional consagra o princípio da legalidade, que garante que as obrigações de fazer e não fazer devem estar previstas em lei, não podendo ser estabelecidas de maneira arbitrária pelo Estado. A eficácia deste dispositivo é plena, devendo ser imediatamente aplicado a todos. Gabarito: Errado 59. (CESPE MPE-PI - Analista Ministerial) A gratuidade dos transportes coletivos urbanos aos maiores de sessenta e cinco anos é uma norma constitucional de eficácia plena e aplicabilidade imediata. Realmente, a gratuidade de transportes urbanos é uma norma constitucional. Ela está no longínquo art. 230, que trata dos idosos. Este mandamento constitucional não demanda lei para regulamentação, sendo considerado de eficácia plena. Vamos reproduzi-lo? 2º - Aos maiores de sessenta e cinco anos é garantida a gratuidade dos transportes coletivos urbanos Gabarito: Certo. 47

48 60. (CESPE TJ-RR - Administrador) As normas de eficácia limitada e aplicabilidade imediata caracterizam-se por poderem ser restringidas ou suspensas pelo legislador ordinário. As normas de eficácia limitada são aquelas que dependem de lei posterior que a torne plenamente eficaz, possuindo aplicabilidade reduzida. Por sua vez, as normas de eficácia plena são aquelas cujo direito é exercível de maneira imediata. Já as normas de eficácia contida podem ser restringidas (mas não suspensas) pelo legislador ordinário. 61. (CESPE TJ-PB - Juiz) As normas constitucionais programáticas cingem-se a estipular princípios ou programas que devem ser perseguidos pelos poderes públicos, não possuindo eficácia vinculante nem sendo capazes de gerar direitos subjetivos na sua versão positiva ou negativa, embora impeçam a produção de normas que contrariem o direito nelas inserido. As normas programáticas são espécies de normas de eficácia limitada e criam uma obrigação de resultado, uma vez que estabelecem o fim a ser atingido, as diretrizes que o Estado deve seguir. Ao contrário do que afirma a questão, as normas de eficácia limitada possuem sim efeitos, eles apenas não são completos! Dessa forma, essas normas possuem efeitos como servir de parâmetro para interpretação constitucional, condicionar legislação futura a se adequar a elas, servir de parâmetro para o controle de constitucionalidade e estabelecer um dever para o legislador ordinário. Assim, o erro da questão está em afirmar que tais normas não possuem eficácia vinculante e não são capazes de gerar direitos subjetivos. 62. (CESPE TJ-PB - Juiz) As normas institutivas, que traçam esquemas gerais de organização e estruturação de órgãos, entidades ou instituições do Estado, são dotadas de eficácia plena e aplicabilidade imediata, visto que possuem todos os elementos necessários à sua executoriedade direta e integral. 48

49 As normas de eficácia LIMITADA são divididas em normas Programáticas e de Princípio Institutivo (ou organizativo). As normas Programáticas são as que estabelecem princípios e programas a serem implementados pelo Estado. Já as de princípio institutivo (ou organizativas) são as que trazem esquemas gerais de estruturação de instituições e órgãos. Assim, as normas institutivas são normas de eficácia limitada e não plena, como afirma a questão. 63. (CESPE EBC - Analista - Advocacia) As normas previstas no Ato das Disposições Constitucionais Transitórias possuem natureza de norma constitucional. Quando uma nova Constituição é criada, a transição entre a Constituição antiga e a nova é um verdadeiro caos. Assim, para regular essa transição e para garantir que ela seja menos tormentosa, existe o Ato das Disposições Constitucionais Transitórias. O ADCT possui eficácia jurídica e vale como qualquer outro artigo da CF88. Da mesma forma, seu texto somente pode ser alterado através da Emenda Constitucional. Gabarito: Certo. 64. (CESPE TJ-PB - Juiz) É prevalecente, na doutrina constitucional brasileira, o entendimento de que as normas que consagram as cláusulas pétreas estão em nível hierárquico superior às demais normas constitucionais. A CF88 é uma constituição do tipo formal, onde só é considerado constituição aquilo que está escrito em seu texto ou o que pode ser depreendido de sua leitura. Assim, todas as normas presentes na constituição possuem a mesma hierarquia e o mesmo status constitucional. Nem mesmo as cláusulas pétreas possuem hierarquia superior às demais normas. No entanto, algumas normas possuem mais eficácia do que outras. ATENÇÃO: isso não significa que elas possuem hierarquiadiferente, mas tão somente que possuem mais efeitos! Quanto à sua eficácia, as normas constitucionais podem ser classificadas em normas de eficácia plena, contida e limitada. 49

50 Todas as normas constitucionais possuem o mesmo status, não havendo normas hierarquicamente superiores às outras. 65. (CESPE DPE-MA - Defensor Público) O parágrafo único do art. 170 da CF, que assegura a todos o livre exercício de qualquer atividade econômica, independentemente de autorização de órgãos públicos, salvo nos casos previstos em lei, traduz norma de eficácia a) contida. b) limitada. c) reduzida. d) plena. e) programática. As Normas de Eficácia Contida ou Prospectiva são normas que possuem efeitos completos. No entanto, uma lei posterior pode limitar seus efeitos. Assim, um efeito que antes era amplo, torna-se mais limitado. Dessa forma, o direito do livre exercício de qualquer atividade econômica pode ser exercido amplamente, até que a lei o restrinja.vamos revisar alguns conceitos: 50

51 CF88 é formal e todas as normas possuem o mesmo status / hierarquia o Porém, existem diferentes tipos de eficácia das normas constitucionais Eficácia TCE/PA - Plena - Contida - LTDA - Normas de Conteúdo programático - Normas de princípio institutivo / organizativo / de conteúdo orgânico OBS:Não há hierarquia entre elas. As diferenças se baseiam nos EFEITOS a) Eficácia plena Produzem todos os seus efeitos no momento em que a nova CF entra em vigor Não necessita de lei que a complete Ex: Homens e mulheres são iguais nos termos desta CF (art. 5 o, I) b) Eficácia contida ou prospectiva Produz todos os efeitos até que a norma infraconstitucional a restrinja Lei pode vir depois e restringir o que era amplo Ex: livre exercício de profissão, nos termos da lei (5º, XIII) Ex: entrada e saída de bens do território nacional, nos termos da lei (5º, XV) c) Eficácia LTDA / Aplicabilidade mediata / reduzida / diferida Não produz efeitos completos* até que norma infraconstitucional a regulamente o Produz alguns poucos efeitos como - Estabelecer um dever para o legislador ordinário - Servir de parâmetro para interpretação - Condicionar legislação futura a se adequar a elas - Controle de constitucionalidade c.1) Conteúdo programático: princípios e programas a serem implementados pelo Estado c.2) Normas de princípio institutivo / organizativo / de conteúdo orgânico: esquemas gerais de estruturação de instituições e órgãos. Gabarito: A. 66. (CESPE EBC - Analista - Advocacia) O preâmbulo da Constituição Federal não faz parte do texto constitucional propriamente dito e não possui valor normativo. O Preâmbulo é a parte logo no início da Constituição, que diz assim: Nós, representantes do povo brasileiro, reunidos em Assembléia Nacional Constituinte para instituir um Estado Democrático, destinado a assegurar o exercício dos direitos sociais e individuais, a liberdade, a segurança, o bem-estar, o desenvolvimento, a igualdade e a justiça como valores supremos de uma sociedade fraterna, pluralista e sem preconceitos, fundada na harmonia social e comprometida, na ordem interna e internacional, com a solução pacífica das controvérsias, promulgamos, sob a proteção de Deus, a seguinte CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL. 51

52 O Preâmbulo não possui relevância jurídica e não é norma de reprodução obrigatória nas Constituições Estaduais. Gabarito: Certo. 67. (CESPE TJ-PB - Juiz) Entre as modalidades de eficácia dos princípios constitucionais inclui-se a eficácia negativa, que implica a paralisação de qualquer norma ou ato jurídico que contrarie um princípio. Nenhuma lei ou ato normativo pode ir contra a Constituição ou contra um princípio decorrente da CF. Em direito, tudo o que se refere à palavra negativo quer dizer uma omissão/não ação/não fazer. Assim, a eficácia negativa é a aptidão da norma para invalidar/paralisar outras normas incompatíveis com ela. Gabarito: Certo. 68. (CESPE TCU - Auditor Federal de Controle Externo - Psicologia) O preâmbulo da CF é uma norma de reprodução obrigatória nas constituições estaduais. O Preâmbulo não possui relevância jurídica e não é norma de reprodução obrigatória nas Constituições Estaduais. 69. (CESPE MS - Analista) Para que se possa identificar uma norma constitucional de eficácia limitada, é suficiente observar a expressão "nos termos da lei", prevista no texto constitucional. De fato, expressões como nos termos da lei, previsto em lei etc. são indicativos das normas de eficácia limitada. No entanto, isso não é condição suficiente para que a norma seja de eficácia limitada. Tomemos como exemplo o art. 5º, XV é livre a locomoção no território nacional em tempo de paz, podendo qualquer pessoa, nos termos da lei, nele entrar, permanecer ou dele sair com seus bens. Essa é uma norma de eficácia contida e não limitada. Ou seja, ela pode ser livremente exercida até que lei posterior a limite. Outro exemplo é a liberdade de profissão: art. 5º, XIII - é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as 52

53 qualificações profissionais que a lei estabelecer. Essa também é uma norma de eficácia contida e não limitada. 70. (CESPE/Advogado-BRB/2010) No tocante à aplicabilidade, de acordo com a tradicional classificação das normas constitucionais, são de eficácia limitada aquelas em que o legislador constituinte regula suficientemente os interesses concernentes a determinada matéria, mas deixa margem à atuação restritiva por parte da competência discricionária do poder público, nos termos em que a lei estabelecer ou na forma dos conceitos gerais nela previstos. Este é o conceito de normas de eficácia contida. As normas de eficácia limitada são aquelas que não possuem efeitos completos atéque norma infraconstitucional posterior a regulamente. 71. (CESPE/Advogado - IBRAM-DF/2009) O preâmbulo, por estar na parte introdutória do texto constitucional e, portanto, possuir relevância jurídica, pode ser paradigma comparativo para a declaração de inconstitucionalidade de determinada norma infraconstitucional. Segundo o STF,o preâmbulo não tem validade jurídica, apenas política. Dessa forma, não pode ser usado como parâmetro para controle de constitucionalidade. 72. (CESPE/TRE-MA/2009) O preceito constitucional que assegura a liberdade de exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações profissionais estabelecidas em lei, constitui norma de eficácia limitada. Esse é o típico exemplo de uma norma de eficácia contida, onde o direito pode ser exercido em sua plenitude, até que lei posterior o restrinja. 73. (CESPE/Procurador-TCE-ES/2009)As normas constitucionais de eficácia limitada têm por fundamento o fato de que sua abrangência poder ser reduzida por norma infraconstitucional, restringindo sua eficácia e aplicabilidade. 53

54 Este é o conceito de normas de eficácia contida. As normas de eficácia limitada são aquelas que não possuem efeitos completos até que norma infraconstitucional posterior a regulamente. 74. (CESPE/Advogado - IBRAM-DF/2009) O ADCT tem natureza jurídica de norma constitucional, semelhante às normas inseridas no bojo da CF, não havendo desníveis ou desigualdades entre as normas do ADCT e os preceitos constitucionais quanto à intensidade de sua eficácia ou a prevalência de sua autoridade. Não existe diferença entre as normas da parte dogmática e da parte transitória da CF. Todas elas possuem o mesmo status constitucional e somente podem ser modificadas por Emenda Constitucional. Gabarito: Certo. 54

55 IV. ENTRADA EM VIGOR DE UMA NOVA CONSTITUIÇÃO TCE/PA Meus futuros Auditores de Controle Externo do TCE/PA, quando uma nova Constituição entra em vigor, ocorre um verdadeiro caos! É toda uma nova ordem jurídica sendo instalada ao mesmo tempo! Quando isso ocorre, temos um novo ordenamento jurídico. Mas imagine só se o Congresso Nacional tivesse que refazer todas as leis sobre todos os temas tudo de novo! Isso seria inviável. Dessa forma, quando uma nova CF entra em vigor, é feito um procedimento parecido com o grande dilúvio, onde Deus aproveitou a parte que era boa, e descartou a parte que não o era. Da mesma forma, as leis que são materialmente compatíveis com a nova CF são aproveitadas, enquanto as leis que são materialmente incompatíveis são descartadas. Para sabermos então quais leis serão aproveitadas e quais serão descartadas, devemos estudar o controle de compatibilidade. Veja o esquema abaixo: Controle de compatibilidade - Controle de Constitucionalidade - Norma vs CF vigente à época de sua elaboração - Controle de Legalidade Norma infralegal vs Lei - Juízo de Recepção Compatibilidade material com a nova CF (Norma elaborada sob a CF ANTIGA vs NOVA CF) O controle de compatibilidade é dividido em três tipos. O primeiro deles é o controle de constitucionalidade. Ele ocorre quando comparamos a CF com uma norma elaborada sob a vigência da dessa mesma CF. EX: quando comparamos a lei 8.666/93 com a CF 88 ou a lei 6.858/80 com a CF 67/69. O controle de legalidade ocorre quando comparamos uma norma infralegal com uma lei. Ex: quando comparamos a lei 8.666/93 com uma Instrução Normativa que a regulamenta. Já o Juízo de Recepção ocorre quando comparamos a nova CF com uma norma editada sob a vigência de constituições anteriores. O juízo de recepção é realizado para sabermos se a norma, editada sob a vigência da CF anterior, foi recepcionada ou revogada pela nova Carta Magna. Assim, deve-se ter bem claro a seguinte informação: 55

56 Norma Infraconstitucional VS CF ATUAL Incostitucionalidade /Constitucionalidade Norma Infraconstitucional VS CF POSTERIOR Revogação / Recepção No juízo de recepção, olha-se apenas se o conteúdo da norma é compatível com a nova constituição, independentemente de sua forma. Quanto ao juízo de recepção, cabem ainda algumas observações: i. Só se pode recepcionar as normas infraconstitucionais. A CF anterior é totalmente revogada (salvo por disposição expressa da nova Constituição). ii. iii. iv. As normas infraconstitucionais anteriores à nova CF que forem materialmente compatíveis com a nova Carta Magna são recepcionadas. As normas infraconstitucionais anteriores à nova CF que forem materialmente incompatíveis são Revogadas. Lei editada em desacordo com a CF vigente à época de sua elaboração, mas materialmente compatível com a nova CF: Uma lei inconstitucional, ou seja, que não foi editada de acordo com a Constituição vigente à época de sua elaboração, jamais deveria ter entrado no ordenamento jurídico e, em regra, não pode produzir efeitos. Dessa forma, ela será inválida, ainda que seja compatível com a nova CF. v. No juízo de recepção, não interessa o aspecto formal. Só o material (conteúdo). i. Ex: pode existir um Decreto-Lei ainda válido. O Decreto-Lei é uma espécie normativa que não existe mais. No entanto, quando a CF88 entrou em vigor, os Decretos-Leis que estavam vigentes e que eram materialmente compatíveis com a CF88 foram recepcionados com o status de Lei Ordinária/Lei Complementar/Decreto Legislativo e assim por diante (a depender de qual é a espécie normativa que a CF88 prevê que regule a matéria). ii. Ex: Lei Ordinária pode ser recepcionada como Lei Complementar e vice-versa. Caso uma matéria fosse regulada por Lei Ordinária na Constituição anterior e a CF88 estabeleça que essa mesma matéria 56

57 deve ser regulada por Lei Complementar, e caso também essa Lei Ordinária seja materialmente compatível com a CF88, ela será recepcionada como Lei Complementar. Atente-se para o fato de que ela continuará sendo chamada de Lei Ordinária, mas terá status de Lei Complementar. Como exemplo disso, temos o Código Eleitoral (lei nº 4.737/1965), uma Lei Ordinária que foi recepcionada pela CF88 como Lei Complementar. iii. Pode-se recepcionar dois artigos da mesma lei com status diferentes. iv. Pode haver mudança de ente federado: Ex: se a Constituição OBSERVAÇÕES: antiga dizia que era competência da União e a nova CF diz que é dos estados, a lei federal é recepcionada como lei estadual. Inconstitucionalidade Superveniente: ocorre quando a lei nasce constitucional e, ao longo do tempo, se torna inconstitucional. Este fenômeno NÃO EXISTE NO BRASIL: uma lei não fica inconstitucional ao longo do tempo, ou ela já nasce inconstitucional ou ela é revogada por uma eventual alteração na CF (ou nova CF). Constitucionalidade Superveniente: ocorre quando a lei nasce inconstitucional e, ao longo do tempo, vira constitucional. Exemplo: a lei nasce inconstitucional e, ao longo do tempo, a norma da CF com a qual a lei era incompatível é revogada. Esse fenômeno também NÃO EXISTE NO BRASIL. Uma lei não fica constitucional ao longo do tempo: ou ela nasce constitucional ou ela nasce inconstitucional. Desconstitucionalização: As normas da Constituição anterior que forem compatíveis com a nova CF são admitidas com status infraconstitucional. Já falamos que isso não pode ocorrer no Brasil. A Constituição anterior é totalmente revogada, salvo disposição expressa da nova CF. Repristinação: ocorre quando uma lei revogada volta a valer devido à revogação da lei que a revogou. Deu um nó? Hahahaha. A prática é muito mais simples do que o conceito. Observe o raciocínio: 57

58 a) Imagine uma lei A em vigor. TCE/PA Lei A b) Agora imagine que seja promulgada uma lei B que revogue a lei A. Lei A Revoga Lei B c) Por fim, é promulgada uma lei C que revoga a lei B. Em regra, a lei A, que estava revogada, continua revogada e agora só vigora a lei C. Lei A Revoga Lei B Revoga Lei C Única norma vigente Repristinação: ocorre quando é promulgada uma lei C que revoga a lei B e a lei A, que estava revogada pela lei B, volta a valer. Agora ficam vigentes as leis A e C. Lei A Lei A volta a valer (repristinação) Lei B Lei C Bem mais fácil com o desenho, não acha? Saiba que não existe repristinação tácita no Brasil. Ou seja, a regra, é que somente a lei C fique vigente. No entanto, excepcionalmente, se a lei C trouxer expressamente em seu texto, poderá haver a repristinação da lei A. Assim, no Brasil, só existe a repristinação expressa. 58

59 EXERCÍCIOS TCE/PA 75. (CESPE TRE-GO - Técnico Judiciário - Área Administrativa) Devido ao status que tem uma Constituição dentro de um ordenamento jurídico, a entrada em vigor de um novo texto constitucional torna inaplicável a legislação infraconstitucional anterior. Quando uma nova Constituição entra em vigor, para não perdermos todas as normas editadas anteriormente e ficarmos num caos jurídico, realizamos o juízo de recepção, que ocorre da seguinte forma: - As normas infraconstitucionais anteriores à nova CF que forem materialmente compatíveis com a nova Carta Magna são recepcionadas. - As normas infraconstitucionais anteriores à nova CF que forem materialmente incompatíveis são Revogadas. 76. (CESPE Câmara dos Deputados - Consultor Legislativo) Considere que lei editada sob a égide de determinada Constituição apresentasse inconstitucionalidade formal, apesar de nunca ter sido declarada inconstitucional. Nessa situação, com o advento de nova ordem constitucional, a referida lei não poderá ser recepcionada pela nova constituição, ainda que lhe seja materialmente compatível, dado o vício insanável de inconstitucionalidade. A questão trata da constitucionalidade superveniente, que ocorre quando a lei nasce inconstitucional e, ao longo do tempo, vira constitucional. Exemplo: a lei nasce inconstitucional e, ao longo do tempo, a norma da CF com a qual a lei era incompatível é revogada. Esse fenômeno NÃO EXISTE NO BRASIL. Uma lei não fica constitucional ao longo do tempo: ou ela nasce constitucional ou ela nasce inconstitucional. Gabarito: Certo. 77. (CESPE Câmara dos Deputados - Consultor Legislativo) Com o advento de uma nova ordem constitucional, é possível que dispositivos da constituição anterior permaneçam em vigor com o status de leis 59

60 infraconstitucionais, desde que haja norma constitucional expressa nesse sentido. A questão trata da desconstitucionalização, segundo a qual, as normas da Constituição anterior que forem compatíveis com a nova CF são admitidas com status infraconstitucional. Lembre-se de que isso não pode ocorrer no Brasil, pois a Constituição anterior é totalmente revogada, salvo disposição expressa da nova CF, essa última informação torna o item correto. Gabarito: Certo. 78. (CESPE Câmara dos Deputados - Consultor Legislativo) Suponha que uma lei infraconstitucional tenha sido revogada pelo advento de uma nova ordem constitucional, por ser com ela incompatível. Nessa situação, com a entrada em vigor de uma terceira ordem constitucional, ainda que seja compatível com ela, a referida lei infraconstitucional não poderá ser restaurada, salvo se houver disposição constitucional expressa nesse sentido. Suponha que uma lei A seja revogada por uma lei B. Assim, caso a lei B seja revogada por uma lei C, fazendo com que a lei A volte a valer, ocorre o que é chamado de REPRISTINAÇÃO TÁCITA. Vale lembrar que não existe essa modalidade de repristinação no nosso país. Nesse caso, o que ocorre é apenas a vigência da lei C. Por outro lado, se constar no texto da lei C, de forma excepcional, a possibilidade de ocorrer a repristinação da lei A, ocorrerá o que no Brasil se chama de REPRISTINAÇÃO EXPRESSA (essa sim pode existir). Gabarito: Certo. 79. (CESPE TCE-PB - Procurador) Caso uma lei anterior à CF seja com ela incompatível, poderá ser recepcionada pela nova ordem, desde que, na época em que ela foi editada, fosse compatível com a Constituição então vigente. De acordo com o juízo de recepção, se a lei é materialmente incompatível com a nova Constituição ela será revogada. Dessa forma, ela não seria recepcionada pela nova ordem. 80. (CESPE PM-CE - Oficial da Polícia Militar) Se houver incompatibilidade de caráter formal entre uma lei preexistente e uma nova norma constitucional, 60

61 tal lei não poderá ser recepcionada, mesmo que seja materialmente compatível com o novo diploma constitucional. Negativo! No juízo de recepção, olha-se apenas se o conteúdo da lei é compatível com a nova Constituição. Assim, não são observados requisitos formais. 81. (CESPE AL-ES Procurador) De acordo com a doutrina, determinada lei que perdeu a vigência em face da instauração de nova ordem constitucional terá sua eficácia automaticamente restaurada pelo advento de outra constituição, desde que com ela compatível, por se tratar de hipótese em que se admite a repristinação. A repristinação somente pode ocorrer no Brasil de maneira expressa. Ela jamais pode ocorrer tacitamente. Assim, nesse caso, para que a lei revogada volte a valer, deve haver determinação expressa. 82. (CESPE/Procurador-TCE-ES/2009) No fenômeno da recepção, são analisadas as compatibilidades formais e materiais da lei em face da nova constituição. No juízo de recepção, são analisados somente os aspectos materiais da norma a ser recepcionada, ou seja, analisa-se somente se o conteúdo da norma é compatível com a nova CF, independente da forma. 83. (CESPE/TRT-17ª/2009) Segundo o princípio da unidade da constituição, cada país só pode ter uma constituição em vigor, de modo que a aprovação de nova constituição implica a automática revogação da anterior. Realmente, quando da promulgação de uma nova constituição, a Carta anterior é totalmente revogada, não havendo possibilidade de ser recebida, nem com status constitucional e nem com status infraconstitucional, salvo expressa disposição da nova CF. No entanto, isso não tem nenhuma relação com o princípio da unidade da constituição, que diz que a CF é una, não havendo contradições em seu texto. 61

62 TCE/PA 84. (CESPE TJ-DF - Analista Judiciário - Área Judiciária) A vigência e a eficácia de uma nova constituição implicam a supressão da existência, a perda de validade e a cessação de eficácia da anterior constituição por ela revogada, salvo das normas constantes do texto anterior que permaneçam materialmente harmônicas com a ordem constitucional superveniente. Nessa hipótese, ocorre o fenômeno da recepção. Quando da promulgação de uma nova Constituição, em regra, a CF anterior é totalmente revogada, ainda que seja materialmente compatível com a nova CF. A única exceção é quando a nova CF estabelece expressamente o contrário. 62

63 Meus caros Auditores de Controle Externo do TCE/PA, chegamos ao final de nossa aula de hoje. Continuem firmes e estudem de maneira simples, procurando entender o espírito das normas e não apenas decorando informações. Lembre-se que A SIMPLICIDADE É O GRAU MÁXIMO DA SOFISTICAÇÃO (Leonardo da Vinci). Espero que todos vocês tenham muito SUCESSO nessa jornada, que é bastante trabalhosa, mas extremamente gratificante! Abraços a todos e até a próxima aula. Roberto Troncoso Se você acha que pode ou se você acha que não pode, de qualquer maneira, você tem razão. (Henry Ford) 63

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