CLC- 6 URBANISMO E MOBILIDADE FLUXOS MIGRATÓRIOS
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- Carolina Espírito Santo Pinho
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1 CLC- 6 URBANISMO E MOBILIDADE FLUXOS MIGRATÓRIOS
2 pág. 2 Imigrantes Pessoas vão e vêm sem norte e sem destino vivendo a única vida que têm chorando pelo que hão perdido Trabalho duro e esforçado tentando recuperar seu futuro enxugando as gotas de suor e às vezes comendo só pão duro Mulheres trabalhadoras trabalham e cuidam seus filhos pois precisarão ganhar o pão ignorando seus orgulhos feridos Homens de rosto sujo e áspera mão trabalham de qualquer coisa para matar aos poucos essa fome que vêem nos filhos que tanto adoram. Emigrantes antes tão altivos viraram só imigrantes iludidos tentando sobreviver mais um dia para calar na noite aqueles gemidos. Esperando encontrar uma melhor vida
3 pág. 3 fugiram dos seus lares nativos agora fazem grandes peripécias para conseguir pão ou um pouco de vinho Saudade do lar materno saudade da comida e do cheiro saudade da minha casa aonde voltar um dia eu espero. Wilfredo Pomier Conceitos Migração: o movimento de saída de pessoas de uma determinada área geográfica, seja dum país a outro ou dentro das divisões administrativas duma nação. Imigração: o movimento de entrada, com ânimo permanente ou temporário e com a intenção de trabalho e/ou residência, de pessoas ou populações, de um país para outro. Emigração: é o ato e o fenómeno espontâneo de deixar o seu local de residência para se estabelecer numa outra região ou nação. Êxodo: designa o abandono do campo por seus habitantes, em busca de melhores condições de
4 pág. 4 vida. O êxodo rural é o fenómeno social onde o homem que morava no campo se muda para os grandes centros urbanos. Desenvolvimento Considera-se fluxos migratórios, todos aqueles grupos de pessoas que se deslocam do seu país e lugar de origem para outros locais à procura de melhores oportunidade e melhor nível de vida. Após o fim da II Guerra Mundial, houve uma retoma dos fluxos migratórios, mas com outra "direcção. Os países europeus encontravam-se destruídos pelo conflito e procuravam a sua reconstrução e o tornar a dinamizar a sua economia. Porém havia obstáculos; os fluxos migratórios anteriores tinham "esvaziado" a Europa de jovens e adultos, por outro lado, as duas guerras mundiais devastaram imensas vidas humanas, também principalmente, adultos e jovens, pelo que a população europeia, além de reduzida, estava envelhecida. Deste modo, a falta de mão-de-obra era o maior obstáculo à reconstrução. Contudo, nessa época (cerca de 1950), muitos países mediterrâneos, ou que não entraram directamente nos conflitos, possuíam uma economia pouco desenvolvida e sobretudo agrícola, e portanto incapaz de absorver essa mão-de-obra toda, originando nesses países, muito desemprego e salários reduzidos. A possibilidade de poderem arranjar emprego, emigrado para os países que estavam destruídos, foi uma alternativa de
5 pág. 5 melhorar o seu nível de vida. Desencadeou-se assim outro fluxo migratório enorme, só que agora, o destino não era o Novo Mundo, mas sim os países da Europa Ocidental, que em poucas décadas conseguiu recuperar o seu desenvolvimento económico. Os principais países de acolhimento foram a França, a Alemanha (na altura a RFA), o reino Unido, a Bélgica, Holanda, Luxemburgo e Suíça. Dos países de partida, destacam-se a Espanha, Portugal, Irlanda, ex-jugoslávia, Turquia, Marrocos, Argélia e Tunísia. Mas em 1973, aconteceu outra grande crise económica, provocada pela subida vertiginosa e crescente dos preços do petróleo, principalmente devido à guerra entre o Irão e o Iraque. As restrições à imigração tornaram-se novamente implacáveis. A partir de 1990, assistiu-se a grandes mudanças a nível de mudanças económicas e políticas de muitos países (desmembramento da ex-urss e da ex-jugoslávia, que originam, actualmente, um grande fluxo migratório. Direitos e Deveres dos Imigrantes em Portugal Direitos: As associações de imigrantes gozam nos termos do artigo 4.º, da Lei n.º 115/99, de 03 de Agosto, dos seguintes direitos: Participar na definição da política de imigração; Participar nos processos legislativos referentes à imigração; Participar em órgãos consultivos, nos termos da lei; Beneficiar de direito de antena nos serviços públicos de rádio e televisão através das respectivas associações representativas de âmbito nacional;
6 pág. 6 Beneficiar de todos os direitos e regalias atribuídos por lei às pessoas colectivas de utilidade pública; Beneficiar de isenção de custas e preparos judiciais e de imposto do selo; Solicitar e obter das entidades competentes as informações e a documentação que lhes permitam acompanhar a definição e execução das políticas de imigração; Intervir junto das autoridades públicas em defesa dos direitos dos imigrantes; Participar, junto das autarquias locais, na definição e execução das políticas locais que digam directamente respeito aos imigrantes; Beneficiar de apoio técnico e financeiro por parte do Estado, nos termos da presente lei. Os direitos previstos das alíneas a) a f) só podem ser exercidos pelas Associações cuja representatividade esteja reconhecida pelo Alto Comissariado para a Imigração e Diálogo Intercultural, I.P. (ACIDI, I.P.). Deveres: Descrição e respeito pela intimidade das pessoas; Respeitar as convicções ideológicas, religiosas e culturais; Ter um compromisso sério, paciência e constância; Possuir espírito de serviço, mas não de paternalismo; Boa atitude de relação coordenada com a Organização; Capacidade de trabalhar em Equipa; Guardar segredo profissional e respeitar o Código de conduta da Organização;
7 pág. 7 Usar de bom senso na resolução de assuntos imprevistos, informando os respectivos responsáveis; Actuar de forma gratuita e interessada, sem esperar contrapartidas e compensações patrimoniais; Contribuir para o desenvolvimento pessoal e integral do destinatário; Garantir a regularidade do exercício do trabalho voluntário. Instituições e Associações Funções: Alto Comissariado para a Imigração e Diálogo Intercultural (ACIDI); É um instituto público sob indirecta administração do Estado, com autonomia administrativa, sob a tutela da Presidência do Conselho de Ministros e do Primeiroministro. A sua missão consiste em colaborar na criação, execução e avaliação das políticas públicas, tanto em áreas transversais como específicas, relevantes para a integração dos imigrantes e minorias étnicas, bem como promover o diálogo entre as diversas culturas, etnias e religiões. A divulgação é feita através de folhetos informativos, dos Centros Locais de Apoio à Integração dos Imigrantes e de uma linha telefónica informativa (Linha SOS Imigrante). Alto Comissariado para a Imigração e Minorias Étnicas;
8 pág. 8 Tem como missão promover a integração dos imigrantes e minorias étnicas na sociedade portuguesa, assegurar a participação e a colaboração das associações representativas dos imigrantes, parceiros sociais e instituições de solidariedade social na definição das políticas de integração social e de combate à exclusão, assim como acompanhar a aplicação dos instrumentos legais de prevenção e proibição das discriminações no exercício de direitos por motivos baseados na raça, cor, nacionalidade ou origem étnica. Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) O Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) é um serviço de segurança, dependendo do Ministério da Administração Interna, com autonomia administrativa e que se integra no quadro da política de segurança interna do país. Os objectivos deste Serviço visam controlar a circulação de pessoas nas fronteiras, a permanência e actividades de estrangeiros em território nacional, bem como estudar, promover, coordenar e executar as medidas e acções relacionadas com aquelas actividades e com os movimentos migratórios.
9 pág. 9 Conclusão Conclui que ao longo da História sempre existiram, com mais ou menos intensidade, Fluxos Emigratórios. Devido ao crescimento populacional, às alterações climatéricas, às necessidades económicas, condições do mercado de trabalho, leis, política e cultura, fez com que as pessoas se deslocam do seu país e lugar de origem à procura de melhores oportunidades e melhor nível de vida. Foi, porém, a Europa quem deu grande desenvolvimento aos Fluxos Migratórios, devido ao livre acesso das fronteiras, e desde que isso aconteceu muitos países receberam imigrantes de várias nações, culturas, etnias, entre outros. Portugal é hoje um país de origem e um país de destino. Porque assim como recebe população de outros países, também os portugueses continuam a procurar outros países para trabalharem e residirem. O que fez com que houvesse uma mistura de culturas, o que por um lado é positivo. Pois trouxe novas aprendizagens, desde a língua, vestuário, vários tipos de culinária e música. Como tudo existe também o lado negativo, pois fez com que passasse a haver mais desemprego, violência e tráfico de mulheres para trabalhar na prostituição. Mas também faz com que haja mais mão-de-obra, mas sem qualificação, e com contratos temporários. Sujeitam-se a longas horas de trabalho com o objectivo de guardarem o máximo que recebem, para depois enviarem para o país de origem. Na minha opinião o que está a acontecer no nosso país neste momento, é o exemplo do que aconteceu há muitos anos atrás com a emigração das nossas populações, só que não precisava de haver tanta violência contra o país e a população que os acolheu
10 pág. 10 Referências Bibliográficas
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