PROJETO DE RELATÓRIO

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1 PARLAMENTO EUROPEU Comissão dos Assuntos Económicos e Monetários /2151(INI) PROJETO DE RELATÓRIO que contém recomendações à Comissão sobre o relatório dos Presidentes do Conselho Europeu, da Comissão Europeia, do Banco Central Europeu e do Eurogrupo intitulado "Rumo a uma verdadeira União Económica e Monetária" (2012/2151(INI)) Comissão dos Assuntos Económicos e Monetários Relatora: Marianne Thyssen (Iniciativa - Artigo 42.º do Regimento) PR\ doc PE v02-00 Unida na diversidade

2 PR_INI_art42 Í N D I C E Página PROPOSTA DE RESOLUÇÃO DO PARLAMENTO EUROPEU...3 ANEXO À PROPOSTA DE RESOLUÇÃO: RECOMENDAÇÕES DETALHADAS QUANTO AO CONTEÚDO DA PROPOSTA REQUERIDA...17 PE v /23 PR\ doc

3 PROPOSTA DE RESOLUÇÃO DO PARLAMENTO EUROPEU que contém recomendações à Comissão sobre o relatório dos Presidentes do Conselho Europeu, da Comissão Europeia, do Banco Central Europeu e do Eurogrupo intitulado "Rumo a uma verdadeira União Económica e Monetária" (2012/2151(INI)) O Parlamento Europeu, Tendo em conta o artigo 225.º do Tratado sobre o Funcionamento da União Europeia, Tendo em conta a Comunicação da Comissão de 7 de maio de 2008 intitulada "EMU@10: sucessos e desafios após 10 anos de União Económica e Monetária, Tendo em conta a Comunicação da Comissão de 20 de outubro de 2009 intitulada "Um enquadramento da UE para a gestão de crises transfronteiras no setor bancário", Tendo em conta a proposta de diretiva do Parlamento Europeu e do Conselho relativa aos sistemas de garantia de depósitos (reformulação), apresentada pela Comissão em 12 de julho de 2010, Tendo em conta a proposta de diretiva do Parlamento Europeu e do Conselho que estabelece um enquadramento para a recuperação e resolução de instituições de crédito e empresas de investimento e que altera as Diretivas 77/91/CEE e 82/891/CE, as Diretivas 2001/24/CE, 2002/47/CE, 2004/25/CE, 2005/56/CE, 2007/36/CE e 2011/55/CE do Conselho, bem como o Regulamento (UE) n.º 1093/2010, apresentada pela Comissão em 6 de julho de 2012, Tendo em conta as Conclusões do Conselho Europeu de 28 e 29 de junho de 2012, Tendo em conta a Declaração dos Chefes de Estado e de Governo da Área do Euro de 29 de junho de 2012, Tendo em conta o relatório dos Presidentes do Conselho Europeu, da Comissão Europeia, do Banco Central Europeu e do Eurogrupo intitulado "Rumo a uma verdadeira União Económica e Monetária", de 26 de junho de 2012, Tendo em conta o relatório do Fundo Monetário Internacional sobre políticas para a área do euro, de julho de 2012, Tendo em conta a declaração dos líderes do G20, emitida na sequência da Cimeira realizada em Pittsburgh, em 24 e25 de setembro de 2009, sobre a questão das disposições transfronteiras e das instituições financeiras importantes do ponto de vista sistémico, Tendo em conta a legislação adotada pelo Parlamento Europeu e o Conselho como parte do pacote das seis medidas legislativas, o designado «Six Pack», Tendo em conta o parecer do Comité Económico e Social Europeu, de 12 de julho de PR\ doc 3/23 PE v02-00

4 2012, intitulado What changes for Europe's banking sector with the new financial rules, Tendo em conta o relatório do Grupo de Alto Nível sobre a Supervisão Financeira, presidido por Jacques de Larosière, apresentado ao Presidente da Comissão Europeia em 25 de fevereiro de 2009, Tendo em conta a sua resolução de 7 de julho de 2010 sobre o Fundo Europeu de Estabilidade Financeira, o Mecanismo Europeu de Estabilização Financeira e medidas futuras 1, Tendo em conta a sua resolução, de 7 de julho de 2010, que contém recomendações à Comissão sobre a gestão de crises transfronteiriças no setor bancário 2, Tendo em conta a sua resolução de 22 de setembro de 2010 sobre a proposta de regulamento do Parlamento Europeu e do Conselho relativa à supervisão macroprudencial comunitária do sistema financeiro e que cria um Comité Europeu do Risco Sistémico 3, Tendo em conta a sua resolução de 22 de setembro de 2010 sobre a proposta de regulamento do Parlamento Europeu e do Conselho que institui uma Autoridade Bancária Europeia 4, Tendo em conta a sua Resolução, de 20 de outubro de 2010, que contém recomendações à Comissão tendo em vista melhorar a governação económica e o quadro de estabilidade da União Europeia, em particular na área do euro 5, Tendo em conta a sua resolução de 16 de dezembro de 2010 sobre o estabelecimento de um mecanismo permanente de crise para preservar a estabilidade financeira na zona euro 6, Tendo em conta a sua resolução de 23 de março de 2011 sobre o projeto de decisão do Conselho Europeu que altera o artigo 136.º do Tratado sobre o Funcionamento da União Europeia no que respeita a um mecanismo de estabilidade para os Estados Membros cuja moeda seja o euro 7, Tendo em conta a sua resolução de 6 de abril de 2011 sobre um mercado único para as empresas e o crescimento 8, Tendo em conta a sua Resolução, de 6 de julho de 2011, sobre a crise financeira, JO C 351 E, de , p. 69 JO C 351 E, de , p. 61 JO C 50 E, de , p. 210 JO C 50 E, de , p. 214 JO C 70 E, de , pp JO C 169 E, de , p. 121 JO C 247 E, de , p. 22 Textos aprovados, P7_TA(2011)0146 PE v /23 PR\ doc

5 económica e social: recomendações referentes às medidas e iniciativas a tomar 1, Tendo em conta a sua resolução de 1 de dezembro de 2011 sobre o Semestre Europeu para a Coordenação das Políticas Económicas 2, Tendo em conta a sua resolução de 18 de janeiro de 2012 sobre as conclusões do Conselho Europeu de 8 e 9 de dezembro de 2011 sobre um projeto de acordo internacional relativo a uma união de estabilidade orçamental 3, Tendo em conta a sua resolução de 15 de fevereiro de 2012 sobre a viabilidade da introdução de obrigações de estabilidade 4, Tendo em conta a sua resolução de 15 de fevereiro de 2012 sobre o emprego e aspetos sociais na Análise Anual do Crescimento para , Tendo em conta a sua resolução de 15 de fevereiro de 2012 sobre a contribuição para a Análise Anual do Crescimento para , Tendo em conta a sua posição de 16 de fevereiro de 2012 sobre a proposta de diretiva do Parlamento Europeu e do Conselho relativa aos sistemas de garantia de depósitos (reformulação) 7, Tendo em conta a sua posição de 19 de abril de 2012 sobre a proposta de regulamento do Parlamento Europeu e do Conselho que altera o Regulamento (CE) n.º 1083/2006 relativamente a determinadas disposições aplicáveis a mecanismos de partilha de riscos para Estados-Membros afetados ou ameaçados por graves dificuldades no que diz respeito à sua estabilidade financeira 8, Tendo em conta as suas alterações, aprovadas em 13 de junho de 2012, sobre a proposta de regulamento do Parlamento Europeu e do Conselho relativo ao reforço da supervisão económica e orçamental dos Estados-Membros cuja estabilidade financeira na área do euro está afetada ou ameaçada por graves dificuldades (parte do pacote de duas medidas legislativas, o designado 'two-pack'), Tendo em conta as suas alterações, aprovadas em 13 de junho de 2012, sobre a proposta de regulamento do Parlamento Europeu e do Conselho que estabelece disposições comuns para o acompanhamento e a avaliação dos projetos de planos orçamentais e para a correção do défice excessivo dos Estados-Membros da Zona Euro (parte do pacote de duas medidas legislativas, o designado 'two-pack'), Tendo em conta a sua resolução de 14 de junho de 2012 intitulada Uma recuperação Textos aprovados, P7_TA(2011)0331 Textos aprovados, P7_TA(2011)0542 Textos aprovados, P7_TA(2012)0002 Textos aprovados, P7_TA(2012)0046 Textos aprovados, P7_TA(2012)0047 Textos aprovados, P7_TA(2012)0048 Textos aprovados, P7_TA(2012)0049 Textos aprovados, P7_TA(2012)0133 PR\ doc 5/23 PE v02-00

6 geradora de emprego 1, Tendo em conta a sua resolução, de 4 de julho de 2012, sobre a reunião do Conselho Europeu de junho de , Tendo em conta os artigos 42.º e 48.º do seu Regimento, Tendo em conta o relatório da Comissão dos Assuntos Económicos e Monetários e os pareceres da Comissão dos Orçamentos, da Comissão do Emprego e dos Assuntos Sociais e da Comissão dos Assuntos Constitucionais (A7-0000/2012), A. Considerando que, desde a assinatura do Tratado de Roma, a União Europeia deu importantes passos na via da integração política, económica, orçamental e monetária; B. Considerando que a União Económica e Monetária (UEM) não constitui um fim de per se, sendo, antes, um instrumento de consecução dos objetivos da União, nomeadamente, o crescimento sustentável e um elevado nível de emprego; C. Considerando que, numa sociedade da informação globalizada, a necessidade de uma integração europeia mais estreita se torna cada vez mais evidente; D. Considerando que a União está numa encruzilhada e que é necessário encontrar uma direção certa, ou para combinar forces no União e construir um futuro para uma União forte movida por valores num mundo globalizado, ou para se virara para si própria e ser forçada a submeter-se passivamente à globalização por falta de poder e influência; E. Considerando que a crise económica, financeira e bancária tem repetidamente demonstrado que a dívida pública a e os problemas financeiros a nível nacional, bem como as perturbações dos equilíbrios macroeconómicos afetam rápida, direta e negativamente os desenvolvimento socioeconómico da área do euro e da União no seu todo; F. Considerando que é grande a apreensão quanto à difícil situação económica e financeira em que diversos Estados-Membros se encontram, agravada pelas tensões constantes sobre os mercados obrigacionistas da dívida soberana, que se refletem na cobrança de juros passivos elevados para alguns países e numa considerável instabilidade económica e financeira; G. Considerando que a combinação da falta de competitividade e baixo potencial de crescimento com os défices elevados e um elevado nível de dívida não só prejudica os Estados-Membros, mas também vulnerabiliza a área do euro no seu todo; H. Considerando que os acontecimentos recentes tornaram claro que a área do euro não está suficientemente equipada para resolver a crise e reagir adequadamente aos seus regionais e económicos internos; 1 2 Textos aprovados, P7_TA(2012)0260 Textos aprovados, P7_TA(2012)0292 PE v /23 PR\ doc

7 I. Considerando que o importante papel desempenhado pelo euro, tanto na área do euro, como a nível global, enquanto segunda mais importante moeda de reserva, corre o risco de ser tanto mais comprometida quanto mais prolongada for a crise; J. Considerando que, na última década, o euro trouxe aos cidadãos da União muitos benefícios, nomeadamente a estabilidade dos preços, proteção contra as flutuações cambiais, a impossibilidade de desvalorizações competitivas de caráter não cooperante, baixas taxas de juros, o incentivo à integração dos mercados financeiros e uma mais fácil circulação transfronteiriça de capitais; K. Considerando que a moeda única da União não deve converter-se em símbolo de uma divisão, ameaça para todo o projeto europeu, devendo, antes, continuar a ser um símbolo de uma União decidida e capaz de tomar decisões de longo alcance para um futuro próspero e comum; L. Considerando que a pertença à área do euro implica um elevado grau de interdependência entre os Estados-Membros em questão e requer, por conseguinte, uma muito mais estreita coordenação das políticas financeiras, orçamentais e económicas, em concomitância com instrumentos de supervisão mais rigorosos e uma efetiva aplicação; M. Considerando que o último estudo Eurobarómetro indica que, em virtude da persistente crise, se registou uma drástica deterioração da confiança nas instituições políticas, tanto a nível nacional, como a nível da União, bem como uma drástica deterioração da perceção pública relativamente à imagem positiva da União; Considerando, porém, que a União continua a ser o ator que os cidadãos da União pensam ser o mais eficaz para acometer a crise económica; N. Considerando que a União e os responsáveis pelas políticas nacionais devem explicar sistematicamente aos seus cidadãos os benefícios de uma moeda única, incluindo os custos e riscos decorrentes de uma desagregação da área do euro; O. Considerando que 17 Estados-Membros já adotarem a moeda única da União e que muitos outros aderirão ao euro quando estiverem preparados; P. Considerando que deve ser excluída qualquer dúvida sobre a futura UEM, em geral, e a moeda única europeia, em particular; Q. Considerando que o tempo urge e que restaurar a confiança é a principal tarefa para convencer as empresas os cidadãos europeus a voltarem a investir na economia, bem como para criar condições para que as instituições financeiras voltem a conceder crédito à economia real, numa base ampla, mas sólida; R. Considerando que a resposta à crise do euro é complexa e requer esforços sustentados e multifacetados a todos os níveis institucionais e políticos; S. Considerando que as instituições da União e os Chefes de Estado e de Governo dos Estados-Membros, em geral, e dos Estados-Membros da área do euro, em particular, detêm a chave para laborar de forma credível na tão necessária restauração da PR\ doc 7/23 PE v02-00

8 confiança; T. Considerando que a restauração da confiança requer igualmente que esses Chefes e Estado e de Governo e os seus ministros defendam, com lealdade, nos seus países, as decisões políticas tomadas a nível da União e expliquem que subscreveram essas políticas na convicção de que as mesmas salvaguardam o futuro dos seus próprios cidadãos; que a imputação à União de decisões impopulares é um jogo de perceção particularmente perigoso, que comporta o risco de erosão da União a partir da base, que compromete a solidariedade e que, em última instância, prejudica o projeto europeu no seu todo; U. Considerando que a cimeira do Conselho Europeu e da área do euro, de 28 e 29 de junho de 2012, confirmou a sua determinação no respeitante a tomar as medidas necessárias para assegurar uma Europa financeiramente estável, competitiva e próspera, e, por conseguinte, reforçar o bem-estar dos cidadãos; V. Considerando que a clivagem crescente entre países centrais e periféricos na União não se deve tornar crónica; que cumpre criar um quadro permanente, com que os Estados-Membros em dificuldade sejam capazes de contra com o apoio solidário dos demais Estados-Membros; que os Estados-Membros que desejam solidariedade devem ser capazes de assumir a sua responsabilidade pela aplicação do Acordo Internacional sobre Estabilidade, Coordenação e Governação na União Económica e Monetária, bem como pelas recomendações específicas por país e pelos seus compromissos no âmbito do Semestre Europeu, nomeadamente as relacionadas com o Pacto de Estabilidade e Crescimento (PEC), o Pacto para o Euro Mais e procedimento relativo aos desequilíbrios macroeconómicos; W. Considerando que não há qualquer dúvida de a integração europeia é um processo irreversível e progressiva, se os Estados-Membros honrarem meticulosamente os seus compromissos; O caminho a seguir: o relatório dos quatro Presidentes X. Considerando que, de um ponto de vista democrático, é incompreensível que o Presidente do Parlamento Europeu, que representa mais de 502 milhões de cidadãos europeus, não tenha sido envolvido na elaborarão do relatório do Presidente do Conselho Europeu, em colaboração com os Presidentes da Comissão Europeia, do Eurogrupo e do Banco Central Europeu, intitulado Rumo a uma verdadeira União Económica e Monetária", de 26 de junho de 2012; Y. Considerando que é chegado o momento de os dirigentes políticos da União Europeia e no seio da mesma darem provas de determinação, criatividade, coragem, resiliência e liderança, para eliminarem as deficiências ainda remanescentes, que continuam a impedir o devido funcionamento da UEM; Z. Considerando que o relatório elaborado pelos quatro Presidentes representa o primeiro plano de longo prazo que opta, sem ambiguidades, pelo caminho a seguir e procura quebrar o ciclo de desconfiança através de medidas estruturais; PE v /23 PR\ doc

9 AA. AB. AC. AD. AE. Considerando que o Conselho Europeu de 28 e 29 de junho de 2012 solicitou ao seu Presidente que desenvolvesse um roteiro específico e calendarizado para a consecução de uma verdadeira UEM; que desenvolver uma visão global de longo prazo através de um roteiro constitui um importante sinal para a restauração da confiança, que aumentará à medida que o roteiro for gradualmente levado a cabo; Considerando que os progressos constantes na aplicação do roteiro de longo prazo não devem atrasar as necessárias medidas de curto prazo; Considerando que não se pode excluir que possam ser necessárias novas alterações aos Tratados, para promover a governação de uma UEM plenamente operacional; Considerando que a Comissão deve enumerar, sem demora, as mudanças institucionais de longo prazo; Considerando que futuras alterações dos Tratados não devem ser obstáculo à célere aplicação do pode já ser logrado no âmbito dos Tratados atuais; Considerando que muito pode ser logrado no âmbito do quadro institucional existente; Considerando que deveria ser ambição que todos os Estados-Membros avancem conjuntamente na via de uma maior integração europeia; que, quando necessárias ou justificadas, poderão ser necessárias decisões apenas aplicáveis à área do euro, com base na especificidades da área do euro, não excluindo a possibilidade de adesão de outros Estados-Membros; União bancária AF. AG. AH. AI. AJ. Considerando as operações de estabilização do sistema financeiro até à data levadas a efeito podem ser consideradas coroadas de êxito, sendo, porém, insuficientes para restaurar a confiança; Considerando que o Banco Central Europeu (BCE) desempenhou um papel fulcral nestas operações de resgate, sem perder de vista o seu objetivo central, designadamente, garantir a estabilidade dos preços; Considerando que a garantida de independência do BCE, definida nos Tratados, no domínio da política monetária continua a constituir a pedra angular da credibilidade da UEM e da moeda única; Considerando que a precariedade da situação do sector bancário de vários Estados-Membros ameaça as finanças públicas e que o custo da gestão da crise financeira recai, de forma demasiado onerosa, nos contribuintes; Considerando que os mecanismos e estruturas existentes são insuficientes para precaver o contágio mútuo; Considerando que os pôr cobro aos efeitos de arrastamento negativos entre os títulos soberanos, os bancos e a economia real é crucial para o harmonioso funcionamento da UEM; Considerando que o Parlamento Europeu tem reiteradamente declarado que é premente adotar medidas adicionais de longo alcance para resolver a crise no sector bancário; Considerando que importa estabelecer uma distinção entre medidas a curto PR\ doc 9/23 PE v02-00

10 prazo, destinadas a estabilizar uma situação de crise bancária aguda, e medidas de longo prazo, vocacionadas para a realização de uma união bancária europeia plenamente operacional; AK. AL. AM. AN. Considerando que todas as medidas adotadas no contexto dessa união bancária não devem impedir a continuidade do devido funcionamento do mercado interno dos serviços financeiros e da livre circulação de capitais; Considerando que as instituições financeiras e seus representantes devem agir responsavelmente e de acordo com elevadas normas morais, ao serviço da economia real; Considerando que a União beneficiaria de propostas de introdução de um mecanismo europeu único de supervisão das instituições europeias, de um sistema europeu único de garantia de depósitos e de um sistema europeu único de recuperação e resolução; Considerando que o âmbito do quadro de garantia dos depósitos e gestão da crise deve refletir o do mecanismo de supervisão único em termos dos bancos abrangidos (simetria); Um mecanismo de supervisão único AO. AP. AQ. AR. AS. Considerando que as autoridades de supervisão, em geral, devem detetar os problemas numa fase embrionária, a fim de precaver a ocorrência de crises e de manter a estabilidade financeira; Considerando que a maioria dos poderes de supervisão na União continua a estar nas mãos das entidades nacionais de supervisão, cabendo à Autoridade Europeia de Supervisão (Autoridade Bancária Europeia) (ABE), criada pelo Regulamento (UE) n.º 1093/ em papel de coordenação; que o atual sistema de supervisão se revelou demasiado fragmentado para fazer face aos desafios atuais; Considerando que um mecanismo de supervisão europeu uniforme e de elevada qualidade é necessário para evitar distorções de concorrência, garantir condições de concorrência equitativas entre todas as instituições financeiras e restaurar a confiança transfronteiras; Considerando que deve ser estabelecida uma clara repartição de responsabilidades operacionais entre um mecanismo europeu de supervisão e as entidades de supervisão nacionais, em função das dimensões e da natureza dos bancos e da natureza das missões de supervisão; Considerando que deve caber ao nível de supervisão europeu a responsabilidade última por todas as instituições financeiras presentes nos países incluídos no sistema, pela orientação das entidades de supervisão nacionais e pela determinação do quadro global da estratégia de supervisão; 1 JO L 331, de , p. 12 PE v /23 PR\ doc

11 AT. AU. AV. AW. AX. AY. AZ. BA. BB. Considerando que a supervisão europeia das instituições financeiras operantes na área do euro constitui uma prioridade absoluta para a adoção de medidas de combate à crise; Considerando que, por razões de eficácia e celeridade de ação, se recomenda confiar ao BCE a supervisão europeia, atendendo à sua competência técnica amplamente reconhecida, ao acesso às fontes de informação e à sua significativa credibilidade; Considerando que a supervisão pelo BCE deve, logo desde o início, cobrir as instituições financeiras que requeiram apoio direto da União, bem como as instituições financeiras europeias sistemicamente importantes (E-SIFI) e as instituições financeiras nacionais sistemicamente importantes (D-SIFI); Considerando que a introdução de salvaguardas reveste primordial importância para evitar conflitos de interesse entre a política monetária do BCE e os seus poderes de supervisão; Considerando importa excluir qualquer eventual erosão da autoridade do BCE no plano da política monetária, criando, para o efeito, no BCE, um órgão de supervisão juridicamente independente; Considerando que o BCE necessitará de recursos humanos e de capital para assegurar uma supervisão objetiva e integrada do sistema bancário europeu; Considerando que a independência do mecanismo europeu de supervisão único da influência política e económica não o isenta de explicar, justificar e responder perante o Parlamente Europeu, numa base regular e sempre que a situação o requeira, no que diz respeito às ações e decisões tomadas no domínio da supervisão europeia, dado o impacto que as medidas de supervisão podem ter nas finanças públicas, nos bancos, nos trabalhadores e nos consumidores; Considerando que o chefe do mecanismo europeu de supervisão único deve ser designado após uma audição e confirmação pelo Parlamento Europeu; Considerando que constitui um enorme êxito que, no futuro, o Mecanismo Europeu de Estabilidade (MEE) seja, em determinadas condições, capaz de financiar os bancos em dificuldade; que, por este motivo, tornar operacional o mecanismo de supervisão único é a primeira e mais urgente tarefa na via da realização da união bancária; Considerando que um conjunto de regras único (regulamento único), a desenvolver pela ABE, deve garantir regras plenamente harmonizadas e a sua uniforme aplicação na União; que a conclusão do regulamento único da supervisão bancária e dos requisitos prudenciais constitui uma condição prévia ao eficaz funcionamento do mecanismo de supervisão único, porquanto a autoridade supervisora europeia não pode trabalhar com diferentes regras prudenciais nacionais; Sistema de Garantia de Depósitos BC. Considerando que os sistemas de garantia de depósitos constituem apenas um tipo de instrumento que deve garantir a estabilidade financeira; que os mesmos são parte de PR\ doc 11/23 PE v02-00

12 uma mais vasta rede de segurança financeira, constituída por regulamentação, supervisão prudencial, proteção dos depósitos, sendo um prestamista de último recurso; BD. BE. BF. BG. BH. Considerando que os sistemas de garantia de depósitos desempenharam um importante papel durante a crise financeira para proteger os ativos dos depositantes, manter a estabilidade financeira, evitar a corrida aos bancos e reconquistar a confiança dos depositantes; Considerando que deve ser estabelecido um equilíbrio entre, por um lado, uma excessiva proteção contra os riscos assumidos pelas instituições financeiras, o que comporta o risco de prejuízos morais e, por outro lado, uma insuficiente proteção, que compromete a confiança no sistema financeiro e a credibilidade do mesmo; Considerando que, após o aumento da proteção dos depósitos para um nível uniforme a nível da União, de euros, a atual proposta da Comissão relativa a um sistema europeu de garantia dos depósitos constitui mais um passo no sentido certo; que a proposta da Comissão visa principalmente a harmonização dos sistemas nacionais no domínio das garantias oferecidas, bem como no domínio do seu financiamento; Considerando que a introdução de um fundo europeu único de garantia dos depósitos deve constituir o objetivo último, aumentando, ainda mais, a credibilidade do sistema; que o desenvolvimento de um sistema desta natureza se justifica, considerando a introdução de uma estrutura europeia de supervisão prudencial e um quadro europeu de recuperação e resolução; Considerando que um sistema único de garantia dos depósitos deve cobrir todos os bancos operantes nos países incluídos no sistema, a fim de garantir condições de concorrência equitativas e de evitar a fuga de depósitos de instituições não cobertas para instituições cobertas; Um sistema de recuperação e resolução único BI. BJ. BK. Considerando que o rápido acesso a informação de qualidade e a credibilidade são essenciais à gestão das crises bancárias; Considerando que uma autoridade europeia de recuperação e resolução (AERR) única deve ser estabelecida, preferencialmente em paralelo com o mecanismo de supervisão único, tendo em vista a restauração da viabilidade dos bancos em dificuldade e a resolução de instituições financeiras não viáveis; Considerando que a AERR será capaz de trabalhar mais eficientemente, mais prontamente e mais coerentemente do que uma rede de autoridades nacionais de recuperação e resolução, precavendo as consequências negativas de decisões puramente nacionais, pondo termo aos efeitos de arrastamento negativos entre os bancos e os títulos soberanos e eliminando a necessidade de soluções intergovernamentais ad hoc para as crises; PE v /23 PR\ doc

13 BL. BM. BN. BO. BP. BQ. BR. Considerando que é necessário que a AERR, sempre que a situação o requeira, explique a responda perante o Parlamento Europeu pelas ações e decisões tomadas no domínio da recuperação e resolução europeias de instituições financeiras; Considerando que o chefe da AERR deve ser designado após uma audição e confirmação pelo Parlamento Europeu; Considerando que a proposta da Comissão relativa aos instrumentos de recuperação e resolução para os bancos em crise constitui um passo no sentido certo; Considerando que cumpre igualmente realizar progressos no sentido da criação de um fundo único europeu de recuperação e resolução, que é essencial para garantir sistematicamente a estabilidade do sistema financeiro e gerir a resolução de instituições financeiras, independentemente da sua dimensão ou natureza, salvaguardando, simultaneamente, as finanças públicas; Considerando que, para a proteção das poupanças privadas, é necessário manter separados os fundos europeus de segurança dos depósitos e de recuperação e resolução; Considerando que os mecanismos europeus de resolução e de garantia dos depósitos devem ter uma sólida estrutura financeira assente nas contribuições da indústria, sendo que as verbas públicas europeias apenas devem servir como proteção de último recurso; Considerando que o MEE é escolhido para funcionar como rede de segurança orçamental adicional para as instituições financeiras da área do euro, cumpre prever recursos financeiros suficientes para a execução destas missões adicionais de uma forma credível; União orçamental BS. BT. BU. BV. Considerando que finanças públicas sãs e orçamentos equilibrados são um requisito fundamental para a estabilidade económica e financeira a longo prazo, para um Estado de bem-estar e para o pagamento dos custos da evolução demográfica esperada; Considerando que o harmonioso funcionamento da UEM requer uma plena e rápida aplicação das medidas já acordadas no âmbito do quadro de governação económica reforçada (como o PEC reforçado e o Pacto Orçamental); Considerando que a crise evidenciou a necessidade de um passo qualitativo no sentido de uma união orçamental mais sólida, dotada de mecanismos mais eficazes para corrigir trajetórias orçamentais e níveis de dívida insustentáveis, bem como para estabelecer os limites máximos do equilíbrio orçamental dos Estados-Membros; Considerando que são necessários mecanismos suplementares para assegurar que todos os Estados-Membros respeitem os seus compromissos nos seus processos orçamentais próprios, âmbito este em que não se pode excluir ser necessário reforçar PR\ doc 13/23 PE v02-00

14 o papel do Comissário europeu para os assuntos económicos e monetários; BW. BX. BY. BZ. CA. CB. Considerando que as negociações do trílogo sobre os regulamentos designados 'two-pack' (pacote de duas propostas) deverão em breve conduzir a resultados políticos concretos; que o Conselho deve abandonar a sua relutância pelo dossiê; Considerando que devem ser exploradas opções para a exequibilidade de um instrumento de estabilização da área do euro, tendo em vista acometer e absorver os choques económicos nos Estados-Membros; que os mecanismos de assistência financeira, como o MEE, são menos rapidamente utilizáveis do que os mecanismos orçamentais tradicionais; Considerando que é necessário que os Estados-Membros partes no Acordo sobre Estabilidade, Coordenação e Governação na União Económica e Monetária comuniquem à Comissão e ao Conselho os seus planos de emissão de dívida pública, o que permite uma coordenação tempestiva da emissão de dívida a nível da União; Considerando que a emissão comum de dívida é, a longo prazo, um corolário da UEM; Considerando que a existência de um quadro orçamental sustentável é condição prévia à emissão comum de dívida é, tendo em vista tanto uma governação económica reforçada, a disciplina orçamental e a observância do PEC, como instrumentos de controlo para precaver prejuízos morais; Considerando que cumpre ter em mente que a introdução, de forma precipitada e não credível, de instrumentos de emissão comum de dívida pode ter consequências incontroláveis e a perda de confiança, a longo prazo, na capacidade da área do euro agir com determinação; União económica CC. CD. CE. CF. Considerando que o Semestre Europeu propicia um bom quadro para coordenar as políticas económicas aplicadas a nível nacional, em consonância com as recomendações específicas por país adotadas pelo Conselho; Considerando que a disciplina orçamental é condição necessária, mas não suficiente, para sair da crise, são também necessárias reformas e iniciativas estruturais para assegurar a qualidade e sustentabilidade do crescimento e do emprego numa sociedade socialmente justa; Considerando que as políticas económicas nacionais devem refletir a realidade da adesão à UEM numa economia social de mercado; Considerando que o Pacto para o Crescimento e o Emprego, adotado na Cimeira Europeia de 28 e 29 de junho de 2012, pode dar um importante contributo para o crescimento e o emprego e para melhorar as capacidades concorrenciais europeias, a União e os Estados-Membros devem assumir as suas responsabilidades e agir com celeridade; PE v /23 PR\ doc

15 CG. CH. CI. CJ. CK. Considerando que cabe aos Estados-Membros agirem, sem demora, para contemplar as reformas acordadas nos seus programas nacionais de reforma; Considerando que o instrumento de cooperação reforçada deve ser utilizado com mais frequência no domínio da tributação; que pode fazer-se referência à posição do Parlamento Europeu sobre uma matéria coletável comum consolidada (MCCC) para as empresas e um imposto sobre as transações financeiras (ITF); Considerando que é importante que a recuperação da economia seja acompanhada de uma política de mercado de trabalho que reduza o desemprego estrutural, em particular para os jovens, os idosos e as mulheres, Considerando que uma coordenação vinculativa a nível da União poderia ser considerada, para certos aspetos fundamentais da política económica particularmente relevantes para o crescimento e o emprego; Considerando que a sustentabilidade de longo das finanças públicas não é só uma questão de utilização económica dos escassos recursos públicos, mas também de justa tributação, cobrança de impostos bem organizada, mais eficaz luta contra todas as formas de evasão fiscal e de um sistema fiscal bem concebido que evite a combinação de elevadas taxas marginais com baixas matérias coletáveis; Legitimidade e responsabilidade democráticas CL. CM. CN. CO. CP. CQ. Considerando que a União deve a sua legitimidade aos seus valores democráticos, aos objetivos que visa e às suas competências, instrumentos e instituições; Considerando que, em virtude da crise atual, o debate se intensificou, não só sobre a governação da UEM, mas também sobre a natureza democrática do processo decisório no âmbito da UEM; Considerando que, nos últimos anos, o Conselho Europeu agiu responsavelmente no tocante à gestão da crise, formulando inúmeras propostas para encontrar uma saída da crise, para que os Tratados nem sempre conferem à União claras competências; Considerando que, no caso das propostas que recaem no âmbito de competências da União, ad decisões foram tomadas em conformidade com o processo legislativo, envolvendo o Parlamento Europeu, ou através de consulta ou de codecisão; Considerando que as medidas tomadas a nível da União são frequentemente percecionadas como sendo tomadas em número demasiado limitado e demasiado tardiamente", em virtude dos procedimentos decorrentes do processo legislativo democrático, da falta de uma subestrutura institucional europeia ou de recursos próprios da União para intervir diretamente para acometer uma situação de crise; Considerando que as deficiências da UEM foram já detetadas e devem ser definitivamente resolvidas; PR\ doc 15/23 PE v02-00

16 CR. CS. CT. Considerando que os relatórios intercalares e finais que serão submetidos ao Presidente do Conselho Europeu um outubro e dezembro de 2012, respetivamente, devem ser elaborados em estreita colaboração com o Parlamento Europeu, que insiste em ser plenamente envolvido como parceiro de pleno direito, em conformidade com o método comunitário; que tal pode ser organizado mediante o envolvimento do Parlamento Europeu no trabalho dos quatro Presidentes, bem como através dos representantes a designar pela Conferência dos Presidentes do Parlamento no grupo de trabalho ad hoc do Conselho sobre o relatório dos quatro Presidentes; Considerando que deixou de ser aceitável que o Presidente do Parlamento Europeu não possa estar presente ao longo de todo o período de reuniões do Conselho Europeu e na Cimeira da área do euro; que é urgente encontrar uma solução para esta falta de legitimidade democrática, mediante um acordo político entre as duas instituições; Considerando que, sempre que novas competências são transferidas para a União ou criadas a este nível ou quando são criadas novas instituições da União, importa assegurar o correspondente controlo democrático pelo Parlamento Europeu e a responsabilização perante esta última instituição; 1. Solicita que a Comissão submeta ao Parlamento, tão rapidamente quanto possível após consulta de todas as partes interessadas, com o Parlamento na sua qualidade de co-legislador, propostas legislativas relativas ao acompanhamento das recomendações detalhadas constantes do anexo ao presente relatório; 2. Confirma que as recomendações respeitam o princípio da subsidiariedade e os direitos fundamentais dos cidadãos da União Europeia; 3. Exorta a Comissão, para além das medidas que podem e devem ser rapidamente tomadas no âmbito dos Tratados atuais, a enumerar a evolução institucional que possa revelar-se necessária para criar uma mais forte arquitetura da UEM, assente na necessidade de criação de uma união bancária, de uma união orçamental e de uma união económica; 4. Considera que as implicações financeiras da proposta ora solicitada devem ser financiadas por dotações orçamentais apropriadas; 5. Encarrega o seu Presidente de transmitir a presente resolução, juntamente com as recomendações detalhadas constantes do Anexo, à Comissão, ao Conselho Europeu, ao Conselho, ao Banco Central Europeu, ao Presidente do Eurogrupo e aos governos e parlamentos dos Estados-Membros. PE v /23 PR\ doc

17 ANEXO À PROPOSTA DE RESOLUÇÃO: RECOMENDAÇÕES DETALHADAS QUANTO AO CONTEÚDO DA PROPOSTA REQUERIDA 1. Um quadro financeiro integrado Recomendação 1.1 relativa ao mecanismo único de supervisão O ato legislativo a adotar deve criar um mecanismo europeu único de supervisão de alta qualidade no quadro do BCE (Autoridade Supervisora Europeia) para garantir a aplicação efetiva das regras prudenciais, das medidas de controlo de riscos e de prevenção de crises em relação às instituições de crédito e a outras instituições financeiras em toda a UE. A base jurídica, a forma e o conteúdo da proposta devem prever a possibilidade de plena participação de todos os Estados-Membros na Autoridade Supervisora Europeia. A participação dos Estados-Membros da zona do euro na Autoridade Supervisora Europeia deve ser obrigatória. A proposta deve ser sujeita a um cabal controlo democrático por parte do Parlamento Europeu. A base jurídica deve abranger o Parlamento Europeu enquanto co-legislador, sempre que o papel de codecisão do Parlamento Europeu não puder ser exercido por meio de um conceito de pacote de medidas de supervisão. A proposta deve garantir que todas as tarefas enumeradas no Regulamento (UE) n. 1093/2010 continuem a ser exercidas ao nível da União. A Autoridade Supervisora Europeia deve ser responsável perante o Parlamento Europeu pelas ações e decisões tomadas em matéria de supervisão europeia e enviar um relatório trimestral à comissão competente do Parlamento Europeu. O organismo ou organismos com autoridade máxima sob a Autoridade Supervisora Europeia devem ser liderados por funcionários nomeados após confirmação pelo Parlamento Europeu. Sobre a Autoridade Supervisora Europeia deve recair a competência e a responsabilidade de: - supervisionar todas as instituições financeiras nos países que fazem parte do sistema, mas com uma clara separação das responsabilidades operacionais entre os supervisores nacionais e europeus, em função da dimensão e da natureza dos bancos e do tipo de tarefas de supervisão; - ter em devida conta o impacto das suas atividades na concorrência e inovação no âmbito do mercado interno, na competitividade internacional da União, na inclusão financeira e na estratégia da União em matéria de emprego e de crescimento; PR\ doc 17/23 PE v02-00

18 - proteger a estabilidade do sistema financeiro, a transparência dos mercados e dos produtos financeiros e proteger os depositantes e investidores; - evitar a arbitragem regulamentar e garantir condições de concorrência equitativas; - reforçar a coordenação internacional da supervisão. Recomendação 1.2 relativa ao mecanismo europeu de garantia de depósitos O ato legislativo a adotar deve atualizar e completar a proposta de diretiva da Comissão, de 12 de julho de 2010, relativa aos mecanismos de garantia de depósitos, a fim de introduzir uma dimensão europeia mais vincada à proteção dos depósitos. A proposta deve instituir um Fundo Europeu de Garantia de Depósitos (FEGD) único e assegurar que o nível dos fundos disponíveis ao nível da União permita oferecer um nível elevado de proteção dos depósitos elegíveis. O FEGD deve abranger todos os bancos, de modo a garantir condições equitativas e evitar a fuga de depósitos das instituições financeiras não abrangidas para outras abrangidas. A fim de maximizar a proteção das poupanças privadas, o FEGD deve ser mantido separado do fundo único de recuperação e de resolução (ver recomendação 1.3 adiante). O FEGD deve ter uma estrutura financeira sólida, assente nas contribuições da indústria, em que o dinheiro público europeu deve apenas servir de proteção de último recurso. Todos os depósitos expressos em euros devem ser sujeitos a um regime particular. Ao abrigo deste regime especial, a obrigação de os Estados-Membros garantirem que o FEDG disponha de financiamento adequado deve ser coletiva no caso dos Estados-Membros cuja moeda é o euro. Deve ser criado ou designado um instrumento para garantir o cumprimento desta obrigação coletiva. Esse instrumento poderia ser o Mecanismo de Supervisão Europeu. Recomendação 1.3 relativa ao mecanismo europeu de recuperação e de resolução O ato legislativo a adotar deve atualizar e completar a atual proposta de diretiva que estabelece um enquadramento para a recuperação e resolução de instituições de crédito e empresas de investimento a fim de criar um sistema europeu que permita aplicar medidas de resolução a instituições sujeitas a supervisão direta, ao abrigo do mecanismo único de supervisão. Deve ser criado ou designado um organismo a nível europeu para dar aplicação aos instrumentos de resolução necessários em relação a essas instituições (ERRA). Esse organismo deve beneficiar de uma larga independência. O seu responsável deve ser nomeado PE v /23 PR\ doc

19 após confirmação pelo Parlamento Europeu. Para garantir a disponibilidade de recursos adequados para as medidas de resolução a tomar, deve ser criado um fundo no intuito de salvaguardar a estabilidade do sistema e limitar o contágio a partir de bancos em dificuldade. Este fundo deve ser paneuropeu, financiado ex-ante pelas instituições em causa e distinto dos sistemas de garantia dos depósitos. O sistema de resolução deve dispor de uma sólida estrutura financeira, assente nas contribuições da indústria, em que o dinheiro público deve apenas servir de proteção de último recurso. No entanto, os Estados-Membros devem ter a obrigação de garantir o volume adequado deste fundo. Essa obrigação deve ser coletiva no caso dos Estados-Membros cuja moeda é o euro. Deve ser criado ou designado um instrumento para garantir o cumprimento desta obrigação coletiva e, se necessário, esse instrumento deve poder intervir diretamente nas instituições sujeitas a medidas de recuperação ou de resolução. Esse instrumento pode ser o Mecanismo Único de Supervisão. A proposta deve também concordar com outros aspetos da Resolução do Parlamento Europeu de 7 de julho de 2010 que contém recomendações dirigidas à Comissão sobre a gestão de crises transfronteiras no setor bancário, como a harmonização da legislação relativa à insolvência e as avaliações comuns dos riscos. 2. Um quadro financeiro integrado Recomendação 2.1 relativa ao dispositivo legislativo 2-pack A Comissão deve ser chamada a dar implementação eficaz aos compromissos alcançados no contexto das negociações do trílogo entre o Parlamento Europeu e o Conselho sobre o dispositivo legislativo 2-pack nos seguintes domínios: - estabelecimento de um calendário orçamental comum; - reforma dos quadros orçamentais nacionais; - avaliação dos planos orçamentais; - estabelecimento de programas de parceria económica; - maior acompanhamento dos Estados-Membros cuja moeda seja o euro e que se encontrem sujeitos a um procedimento relativo aos défices excessivos; - maior acompanhamento dos Estados-Membros cuja moeda seja o euro e que incorram no risco de incumprimento das suas obrigações nos termos de um procedimento relativo aos défices excessivos; PR\ doc 19/23 PE v02-00

20 - notificação sobre a emissão de dívida Recomendação 2.2 relativa ao Pacto Orçamental O Pacto Orçamental deve ser transposto o mais rapidamente possível para o direito derivado da União. Recomendação 2.3: Cooperação reforçada em matéria de fiscalidade Deve ser utilizada com maior frequência a cooperação reforçada em matéria de fiscalidade (como para a criação de MCCCIS ou de um imposto sobre as transações financeiras), dado que quadros de fiscalidade harmonizados contribuirão para reforçar a integração da política orçamental. Recomendação 2.4: Um orçamento central europeu financiado por recursos próprios Ao formular opções políticas, a Comissão deve ter em conta as posições do Parlamento Europeu sobre o quadro financeiro plurianual e os recursos próprios. Recomendação 2.5 com vista à luta contra a evasão fiscal A livre circulação de capitais não pode ser utilizada como um meio para fugir aos impostos, em particular no caso dos Estados-Membros cuja moeda é o euro, e que estão a braços ou ameaçados por sérias dificuldades à sua estabilidade financeira na zona do euro. Por isso, a Comissão deve finalizar as rondas para um acordo internacional e apresentar propostas para melhorar a cooperação e a coordenação entre as autoridades fiscais. 3. Um quadro de política económica integrada Recomendação 3.1 relativa a uma melhor coordenação ex ante das reformas de política económica A Comissão deve garantir a implementação global dos compromissos alcançados no contexto das negociações do trílogo 2-pack entre o Parlamento Europeu e o Conselho. PE v /23 PR\ doc

21 Recomendação 3.2 relativa à melhoria do Semestre Europeu As várias etapas do Semestre Europeu devem ser consagradas na legislação, como segue: - O desenvolvimento e o reforço do mercado interno, bem como a promoção das relações comerciais internacionais são fundamentais para estimular o crescimento económico, aumentar a competitividade e corrigir os desequilíbrios macroeconómicos; por isso, a Comissão deve ter em conta, na sua Análise Anual do Crescimento, os passos que os Estados-Membros deram na perspetiva da realização do mercado interno; - O Semestre Europeu deve permitir o desenvolvimento de uma maior sinergia entre os orçamentos da União e dos Estados-Membros, tendo em vista a consecução dos objetivos da estratégia Europa 2020 ; - Deve ser reforçada a participação das autoridades e parceiros regionais e locais no planeamento e na implementação dos programas pertinentes, a fim de aumentar o sentido de responsabilidade em relação aos objetivos da estratégia a todos os níveis e garantir uma maior consciência no terreno quanto aos respetivos objetivos e resultados; - A Comissão deve adotar a Análise Anual do Crescimento e o mecanismo de alerta até 1 de dezembro de cada ano, dedicando um capítulo específico à zona euro; - A Comissão, no âmbito da Análise Anual do Crescimento, deve avaliar claramente os principais problemas económicos e fiscais da UE e de cada Estado-Membro, propor medidas prioritárias para superar esses problemas, e identificar as iniciativas tomadas pela União e pelos Estados-Membros para apoiar uma competitividade reforçada e os investimentos a longo prazo, para remover os obstáculos a um crescimento sustentável, para atingir as metas fixadas nos Tratados e na atual estratégia Europa 2020, para implementar as sete iniciativas emblemáticas e reduzir os desequilíbrios macroeconómicos; - Os Estados-Membros e as suas regiões devem implicar mais estreitamente os parlamentos nacionais e regionais, os parceiros sociais, as autoridades públicas e a sociedade civil na definição dos programas nacionais de reforma, de desenvolvimento e coesão, e consultálos regularmente; - A Comissão deve identificar explicitamente, na Análise do Crescimento Anual, as potenciais repercussões transfronteiras das principais medidas em matéria de política económica implementadas ao nível da UE, bem como dos Estados-Membros; - Os membros da Comissão responsáveis pelo Semestre Europeu devem comparecer ao debate sobre a Análise do Crescimento Anual com as comissões competentes do Parlamento Europeu, logo que aquela seja adotada pela Comissão; - O Conselho deve comparecer perante o Parlamento em julho para explicar todas as alterações substanciais que tenha introduzido às recomendações específicas por país PR\ doc 21/23 PE v02-00

22 propostas pela Comissão; a Comissão deve participar nesta audição a fim de apresentar os seus pontos de vista sobre a situação; - Os Estados-Membros devem prestar informações tão pormenorizadas quanto possível sobre as medidas e os instrumentos previstos nos programas nacionais de reforma com vista ao cumprimento dos objetivos nacionais fixados, incluindo o prazo de execução, os efeitos esperados, as potenciais repercussões, os riscos de execução malograda, os custos e, se for caso disso, a utilização dos Fundos Estruturais da UE; 4. Reforçar a legitimidade democrática e a responsabilização Recomendação 4.1 relativa ao diálogo económico A Comissão deve ser chamada a implementar de forma global os compromissos alcançados no contexto das negociações do trílogo entre o Parlamento Europeu e o Conselho sobre o dispositivo legislativo 2-pack. Recomendação 4.2: Mecanismos financeiros europeus As operações do FEEF/MEE e qualquer futura estrutura semelhante devem ser sujeitos a um controlo democrático regular do Parlamento Europeu. Recomendação 4.3 relativa ao reforço do papel do Parlamento Europeu e da cooperação interparlamentar no contexto do Semestre Europeu - O Parlamento Europeu deve pronunciar-se antes do Conselho da Primavera sobre a Análise Anual do Crescimento com propostas de alteração a apresentar ao Conselho Europeu; O Presidente do Parlamento Europeu apresentará, por ocasião do Conselho Europeu da Primavera, a posição do Parlamento sobre a Análise Anual do Crescimento. - A Comissão e o Conselho devem estar presentes aquando das reuniões interparlamentares organizadas entre representantes dos parlamentos nacionais e do Parlamento Europeu em momentos-chave do Semestre (ou seja: após a publicação da Análise Anual do Crescimento e das recomendações específicas por país), nomeadamente, para permitir aos parlamentos nacionais que tenham em conta uma perspetiva europeia aquando da discussão dos orçamentos nacionais. PE v /23 PR\ doc

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