Gravidez após os 40 Anos
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- Octavio Igrejas Mendes
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1 Gravidez após os 40 Anos Helena Gonçalves Serviço de Obstetrícia MDM / CHUC PROGRAMA DE FORMAÇÃO em SAÚDE MATERNA Atualizações em obstetrícia e neonatologia Janeiro / Fevereiro 2017
2 Gravidez após os 40 A Introdução Fertilidade após 40 A Complicações obstétricas Vigilância diferenciada Conclusões
3 Introdução IDADE MATERNA AVANÇADA (IMA) QUAL O SIGNIFICADO ATUAL?
4 Introdução Assistimos a alterações muito significativas no padrão reprodutivo nos países desenvolvidos : têm menos filhos e começam a tê-los + tarde idade materna ao nascimento 1º filho significativo dos nascimentos > 40 A fatores educacionais, carreira e económicos incremento do uso de métodos contracetivos seguros, eficazes e reversíveis permitem à decidir se e quando vai engravidar
5 Introdução Biologicamente período ótimo para engravidar: 20-35A >35A ocorre fertilidade e significativo complicações obstétricas Técnicas de PMA conduzem IM A doação de ovócitos permite a gravidez em >60A Gravidez espontânea + tardia descrita aconteceu numa 57A
6 Introdução Mas Uma coisa permanece inalterada associação entre IMA e piores desfechos peri-natais incremento das complicações obstétricas e peri-natais
7 Introdução Necessário esclarecer precocemente os futuros pais quanto a potencias riscos e complicações da gravidez tardia para que tomem decisões informadas e ponderadas; ajustar os protocolos de vigilância pré-natal. No geral: resultados são globalmente satisfatórios, na nossa casuística >40 A têm resultados perinatais satisfatórios e lidam bem com o stress físico e emocional da gravidez e parentalidade.
8 fertilidade devem ser informadas que a fertilidade após os 32 A, acentuandose esta tendência após os 37 A Técnicas de PMA não conseguem compensar todos os efeitos da IMA no declínio da fertilidade, nem garantir o nascimento de uma criança viva e saudável Qualidade do esperma diminui com a idade, com risco anomalias na descendência
9 Sub-fertilidade : > tempo para obter gravidez >32 A, mas torna-se + evidente após os 37 Anos Gravidez Após 40A fertilidade < qualidade ovocitária diminuição da reserva folicular alterações uterinas doenças crónicas anomalias cromossómicas 6-7 milhões às 20S vida fetal 1-2 milhões nascimento menarca A alt. miometriais (miomas/ adenomiose) alt. endometriais (pólipos /sinéquias) vascularização sensibilidade progesterona Obesidade Diabetes HTA Tiroide Neoplasias Dça autoimunes
10 complicações obstétricas Complicações precoces Patologia médica Gravidez múltipla Alterações placentárias Complicações perinatais Parto Abortamento espontâneo Gravidez ectópica Doença do trofoblasto mola hidatiforme Anomalias cromossómicas Mal formações fetais Diabetes HTA Obesidade Espontânea Pós-PMA DPPNI Placenta prévia Acretismo placentário Parto pré-termo RCIU/ Bx peso ao nascimento Morte peri-natal Csa Atonia uterina hemorragia pós-parto Histerectomia
11 complicações obstétricas Abortamento espontâneo 6-14sem (+++) qualidade ovocitária alt. uterinas disfunção hormonal aneuploidias patologia crónica materna <30 A 12% A 15% A 25% A 50% >45 A 90% Risco independente da paridade ou história prévia de AE
12 complicações obstétricas Gravidez ectópica 4-8x + frequente > 40A Acumulação de fatores de risco: Vários parceiros sexuais Patologia tubária Infeções pélvicas
13 Anomalias cromossómicas Aneuploidias sobretudo trissomias dos autossomas Gravidez Após 40A complicações obstétricas oferecer a todas as rastreio de aneuploidias ( idade + eco + BQ / TPNNI) referenciar para técnica invasiva quando rastreio + Mal-formações fetais Independente da presença de aneuploidia Cardíaca 4x + freq aos 40 A vs 20 A (RR 2.9% > 40 A vs 1.7% < 35 A)
14 Patologia médica Diabetes (3-6x + freq. >40 A) Prévia malformações congénitas/ abortamento/morte fetal Gestacional macrossomia 12% 40 A; 25% aos 45 A HTA Crónica Gestacional Pré-eclampsia - 10% 40 A e 35% 45 A Obesidade Monitorização precoce/ajuste terapêutico/repouso/vigilância Gravidez Após 40A complicações obstétricas
15 complicações obstétricas Gravidez múltipla Espontânea PMA Complicações placentárias DPPNI HTA Disfunção da vascularização decidual Placenta prévia risco 10x >40 A acretismo placentar
16 complicações obstétricas Complicações perinatais Parto pré-termo prematuridade 4.5% < 35 A 5.3% A 6.8% >40 A RCIU/Baixo peso ao nascimento RR 1.5 > 35 A e 3.2 >40 A Alterações neurodesenvolvimento e paralisia cerebral Morte peri-natal Risco de morte fetal às 39 S em 40 A é equivalente ao risco às 42 S em 30 A
17 complicações obstétricas Parto CSA Tx 50% aos 40 A e 80% aos 50 A Patologia médica agudizada Complicações obstétricas Posição fetal desfavorável IFP Indução falhada Atonia uterina hemorragia pós-parto Resposta anómala dos recetores miometriais à occitocina Histerectomia pós-parto
18 vigilância diferenciada Consulta pré-conceção: Rastreio /Otimização controlo das doenças crónicas Mamografia > 40 A Consulta de cardiologia > 45 A Av. função renal, hepática, tiroide, Glicémia jejum IMC Ajuste terapêutica crónica Suplementação ác. fólico, (iodo)
19 vigilância diferenciada Referenciação precoce Eco Localização do SG, nº embriões e viabilidade embrionária Determinação precoce da IG Rastreio de cromossomopatias (> acuidade qto + precoce) Eco 2ºT Morfologia, marcadores de aneuploidia localização placentária Eco 3º trimestre monitorização crescimento e bem-estar fetal Vigilância bem-estar fetal
20 conclusões A gravidez após os 40 A é uma realidade em crescimento atualmente Motivos demográficos, económicos e sociais levam as a diferir a gravidez para idade mais avançada Falsa sensação de tranquilidade relativa às técnicas de PMA como compensadoras da queda natural da fertilidade Idade é o fator determinante com maior peso na fertilidade dos casais «idade é uma doença incurável» e a medicina não consegue deter o relógio biológico Resultados obstétricos são prejudicados pela gravidez numa idade mais avançada
21 conclusões Fundamental o esclarecimento profundo sobre as implicações da maternidade tardia por forma a que os casais possam tomas decisões informadas Aconselhamento pré-concecional sobre as implicações médicas, sociais e económicas da paternidade tardia Rastreio, diagnóstico e orientação de eventual patologia médica associada Otimização de terapêutica crónica e suplementação precoce Referenciação precoce a unidade de apoio perinatal diferenciado
22 Conclusões Na Maternidade vamos realizar Avaliação ecográfica precoce Rastreio de aneuploidias e malformações fetais Rastreio de patologia obstétrica Monitorização do crescimento fetal Vigilância do bem-estar fetal
23 GRAVIDEZ APÓS 40A MATERNIDADE DR. DANIEL DE MATOS RESULTADOS 2015
24 Gravidez após 40 A resultados MDM Nº total de partos 2379 (664 CSA 28%) Nº gravidezes >40 A 143 (6%) Idade materna A A (I. máx 47 A) Paridade Nulíparas 56 Multíparas 87 Modo de obtenção da gravidez Espontânea 131 PMA 12 (3 com doação de ovócitos)
25 Gravidez após 40 A resultados MDM 2015 Complicações Obstétricas gestacional - 5 prévia - 0 crónica - 9 gestacional - 10 pré-eclâmpsia/ S. HELLP - 7 RCIU - 8 P-PT - 23 Diabetes HTA RCIU Parto pré-termo Internamento por complicações obstétricas Internamento por complicações obstétricas 13
26 Gravidez após 40 A resultados MDM 2015 IG PARTO 40 S 31 (22%) 37 S - <39 S 89 (62%) 35 S - <37 S 9 (6%) 30 S- <35 S 10 (7%) 24 S- <30 S 4 (3%)
27 Gravidez após 40 A resultados MDM 2015 Tipo de parto Vaginal 99 (69%) Cesariana 44 (31%) Causa materna 11 Apresentação anómala 4 Macrossomia fetal 8 RCIU 4 Indução falhada 8 Csa anterior 5 Outra - 4
28 Gravidez após 40 A resultados MDM 2015 Complicações parto e puerpério Hemorragia pósparto 3 Asfixia 0 Outras 2
29 Gravidez após 40 A resultados MDM 2015 DPN IMG 13 Cromossomopatia 8 Malformação fetal 4 Patologia materna com CI gravidez - 1
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