6.5-APLICAÇÃO DA NORMA A UMA EDIFICAÇÃO

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1 6.5-APLICAÇÃO DA NORMA A UMA EDIFICAÇÃO SPDA Estrutural Um sistema de proteção contra descargas atmosféricas pode oferecer, além de segurança, um ganho estético para a fachada das edificações, com redução de custos, se instalado ANTES do início das concretagens. Trata-se do SPDA Estrutural, uma solução tecnológica que utiliza as ferragens de aço da estrutura de concreto armado das edificações como eficiente dispersor da corrente da descarga atmosférica, além de minimizar o risco de centelhamentos perigosos e promover a eliminação de interferências estéticas que os condutores de descidas convencionais causam nas fachadas das edificações. No sistema estrutural de SPDA é imprescindível garantir a continuidade elétrica e a equipotencialização de pilares, vigas e lajes, desde a fundação até o topo da edificação. Como a amarração intencional destas armaduras não é o procedimento padrão nas edificações de concreto armado, o método mais seguro é a introdução de barras de vergalhão galvanizado a fogo específicas para esta finalidade, as chamadas RE-BARS, juntamente com procedimentos específicos de conexão e amarração. As RE-BARS são de fácil identificação junto às demais ferragens, antes da concretagem, pois são galvanizadas a fogo, o que garante sua durabilidade. Para acessar eletricamente as barras, após a concretagem, utiliza-se um conector estrutural regulável, tipo inserto, que é introduzido juntamente com as RE-BARS e que serve tanto como ponto de equipotencialização, como ponto de conexão para minicaptores do subsistema de captação. 14

2 A instalação de RE-BARS nas fundações substitui as malhas de aterramento convencionais, sendo usadas desde os pontos mais profundos dos tubulões, passando por blocos e vigas baldrames, e seguindo pelos pilares até a última laje. As RE-BARS são fornecidas com diâmetros nominais de 8 a 10mm e comprimentos de 3 a 4m. Elas deverão ser instaladas nas faces mais externas dos pilares ou vigas, porém dentro do concreto, sem invadir o cobrimento. A emenda das RE-BARS é feita por transpasse de 20cm, onde são usados clip s galvanizados por conexão. Para a garantia da continuidade elétrica é imprescindível a conferência das conexões antes das concretagens Execução do SPDA Estrutural a)- Aterramento na Fundação: Representado no desenho abaixo pela cor verde, deve-se instalar o RE-BAR 80mm², a partir do ponto mais profundo do tubulão, atravessando o bloco até a base do pilar do térreo. O RE-BAR deve ser amarrado fortemente com arame recozido aos estribos e demais ferragens, sendo usado na emenda entre barras, três clips galvanizados 3/8, obedecendo um transpasse de 20cm, conforme detalhe A. Um tubulão por pilar que compõe a torre da edificação deverá ter o RE-BAR de aterramento, que também deverá ser instalado horizontalmente no fundo da viga baldrame, junto com as demais ferragens. A conexão entre a barra vertical (tubulão) e horizontal (viga de cintamento baldrame) se dá conforme o detalhe B. Na base dos pilares do pavimento térreo, como insert no concreto armado, deverá ser instalado um conector estrutural para futuras medições de continuidade elétrica do sistema, conforme detalhe E. b)- Descidas nos Pilares: Representado no desenho abaixo pela cor amarela, o RE-BAR 50mm² ou 3/8 deverá ser embutido em cada um dos pilares da torre do prédio, em sua face mais externa, amarrado fortemente com arame recozido aos estribos, sendo a emenda entre barras conforme detalhe A. O RE-BAR das descidas deve ser interligado ao RE-BAR 80 da fundação. Os vergalhões RE-BAR e 50% das armaduras de aço de todos pilares, lajes e vigas devem ser interligadas entre si em todos os pavimentos, através de peças de aço comum 10mm em forma L, medindo 20x20cm, conectando alternadamente as ferragens verticais e horizontais, conforme detalhes C e D. As ferragens horizontais das vigas externas devem ser sobrepostas por 20cm e firmemente amarradas c/ arame, fechando um anel. Observações: O sistema estrutural deverá ser integrado ao sistema captor através de Conectores Estruturais que poderão ser locados verticalmente ou lateralmente (para conexão com captação lateral nos locais com acesso de pessoas, como por exemplo, terraços da cobertura). Também o subsistema de equipotencialização deverá ser integrado ao sistema estrutural, no nível térreo e a cada 20m de altura, prevendo-se conectores estruturais fazendo a interligação das armações da estrutura e elementos metálicos, como tubulações, trilhos, esquadrias e demais elementos especificados no projeto de SPDA. É 15

3 fundamental a conferência das conexões/amarrações antes das concretagens e, principalmente, o encaminhamento das barras e pontos de conexão na última laje. 16

4 6.5.3-Exemplo de Aplicação do SPDA Estrutural em uma Edificação A figura abaixo apresenta a estrutura de um prédio com SPDA ESTRUTURAL. Apresenta-se a seguir um levantamento quantitativo básico dos vergalhões RE-BAR, clips e conectores estruturais para esta edificação. É recomendado, por segurança, prever uma quantidade superior para os itens abaixo quantificados, visto ser comum ocorrerem desvios no trajeto dos pilares e outras possíveis interferências na estrutura. a)-aterramento na Fundação (RE-BAR 80mm²): Tubulões: 6 tubulões x 7,5 m de profundidade = 45m Viga Baldrame (cimento): = 62m Total: = 107 3,8 1) = 28 RE-BAR 80mm²x4m Clips galvanizado 3/8" = 28 x 3 = 84 clips b)-descidas nos Pilares (RE-BAR 50mm² ou 3/8 ): 6 pilares x 31m = 186m 17

5 Total: 186 3,8m1) = 49 RE-BAR 50mm²x4m Clips galvanizado 3/8" = 49 x 3 = 147 clips c)-conexão Externa: 6 conexões com captação + 6 conexões na base dos pilares do térreo+ 2 conexões de equipotencialização (térreo e 6º pavimento) = 14 Conectores Estruturais Observação: 1) apesar da barra RE-BAR ter 4m, considera-se no cálculo 3,8m, pois se perde 20cm para emenda de cada barra. d)-resumo Vergalhão galvanizado a fogo RE-BAR 80mm²x4m - 28 peças Vergalhão galvanizado a fogo RE-BAR 50mm²x4m - 49 peças Clips galvanizado 3/8" peças Conectores Estruturais 14 peças 18