UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU FACULDADE INTEGRADA AVM

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1 UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU FACULDADE INTEGRADA AVM GESTÃO DA PREVENÇÃO DE LESÕES POR ESFORÇOS REPETITIVOS (LER/DORT). Por: Fernando Viana Soares Orientador Prof. Nelsom Magalhães Rio de Janeiro 2011

2 2 UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU FACULDADE INTEGRADA AVM GESTÃO DA PREVENÇÃO DE LESÕES POR ESFORÇOS REPETITIVOS (LER/DORT) EM UMA INDÚSTRIA DE BEBIDAS DA ZONA OESTE DO RIO DE JANEIRO. Apresentação de monografia à Universidade Candido Mendes como requisito parcial para obtenção do grau de especialista em Engenharia da Produção. Por: Fernando Viana Soares.

3 3 AGRADECIMENTOS Dedicamos este trabalho a minha família, a Élida e aos meus amigos, pelas várias horas de ausência, falta de atenção, pelo apoio constante e a Deus em especial por toda força a mim dada, para que fosse possível a realização deste trabalho, a todos o meu muito obrigado.

4 4 DEDICATÓRIA Agradeço aos meus professores pelo auxílio às pesquisas e ao desenvolvimento do trabalho, e à Deus, por tudo que deste, e continua dando. A todos que contribuíram, direta ou indiretamente, para realizar este grande sonho. O meu muito obrigado.

5 5 RESUMO Este trabalho tem por objetivo analisar os programas de prevenção de casos de LER/DORT em uma empresa de bebidas da Zona Oeste da Cidade do Rio de Janeiro, buscando compreender o significado das lesões conhecidas pelas siglas acima, através dos aspectos históricos, fisiológicos, ambientais, além de perceber, após a análise da pesquisa descritiva realizada junto aos funcionários da referida empresa, de que forma a incidência das LER/DORT têm contribuído para os casos de afastamentos dos colaboradores, interferindo diretamente no lucro das empresas e na qualidade de vida dos funcionários. Analisaram-se, também, algumas medidas de prevenção adotadas pela empresa, que demonstraram uma significativa redução nos casos de LER/DORT entre seus funcionários.

6 6 METODOLOGIA Para a realização deste trabalho, estabeleceu-se como necessária uma metodologia investigativa, utilizando instrumentos estatísticos para a análise dos resultados; fez-se uso de uma abordagem Descritiva, em razão da não manipulação ou modificação dos fatos e informações pesquisados,valendo-se somente da descrição de sua ocorrência. O instrumento de coleta de dados da pesquisa foi um questionário apresentado aos colaboradores, com perguntas simples, mas que foram validadas pela empresa observada para este trabalho. Os dados apresentados estavam em forma de perguntas e respostas. Para a análise deste trabalho, foram elaborados gráficos, tabelas e organogramas que demonstram a estimativa da respostas apresentadas. O objeto de estudo deste trabalho compreende o foco desta pesquisa, qual seja, uma pesquisa realizada pela própria empresa, no ano de 2005, que buscou, a partir do alto índice de afastamentos de funcionários por causas relacionadas às LER/DORT, entender as causas destes afastamentos e, de acordo com os resultados, modificar a estrutura de trabalho da empresa, instaurando medidas de prevenção das LER/DORT. As perguntas do questionário, com respostas fechadas e semifechadas, permitiram a elaboração de uma escala de valores clara para a análise dos dados coletados. por serem simples e diretas. O sujeito deste estudo é o funcionário e/ou colaborador de uma empresa de bebidas da Zona Oeste da cidade do Rio de Janeiro. Escolheram-se, por amostragem, os 650 funcionários que participaram desta pesquisa. Para fundamentar teoricamente o que foi observado, utilizou-se a referência bibliográfica referente à área de estudo, bem como pesquisas em páginas da internet. A pesquisa bibliográfica com aplicação de teoria foi focada em leitura e análise de livros voltados especificamente para o objetivo do trabalho.

7 7 Os procedimentos de análise foram elaborados utilizando-se como referência Kotler (1998)..

8 8 SUMÁRIO CAPITULO 1 Introdução...09 CAPITULO 2 Compreendendo Melhor as LER/DORT...13 CAPÍTULO 3 Análise de resultados...30 CAPÍTULO 4 CONCLUSÃO E RECOMENDAÇÕES...47 ANEXOS...50 BIBLIOGRAFIA CONSULTADA...51

9 9 CAPITULO 1 - INTRODUÇÃO No mundo capitalista em que vivemos, a otimização da produção é o grande objetivo das organizações. Altos investimentos na área tecnológica e capacitações constantes da mão-de-obra estão dentre as ações desenvolvidas para que este objetivo seja alcançado. Além disso, pesquisas recentes demonstram que a qualidade de vida e de trabalho dos profissionais pode contribuir para uma maior produtividade destes, além de representar economia em relação a afastamentos e licenças de profissionais qualificados pela empresa. Entretanto, o tipo de trabalho desenvolvido por estes profissionais envolve, geralmente, ações repetitivas por longos períodos, gerando as chamadas lesões ocupacionais. Elas são responsáveis por um grande número de afastamentos médicos do trabalho, tendo influência direta na redução da capacidade laborativa dos trabalhadores. Tais distúrbios são mais conhecidos pelas siglas DORT (Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho), e LER (Lesões por Esforços Repetitivos). O controle das LER e DORT tem sido considerado um dos maiores desafios para os profissionais de saúde que atuam direta ou indiretamente em empresas. Isto ocorre devido a diversos fatores que acabam levando a existência de um ciclo vicioso: taxas de produção, medo do desemprego, descuido e descaso, economia a qualquer preço... Entre as ações utilizadas na busca por melhorias de qualidade de vida dos trabalhadores, as Terapias Alternativas e a Massoterapia têm tomado lugar de destaque em vários segmentos industriais, através de programas terapêuticos que visam a prevenção e o tratamento dos distúrbios osteomusculares relacionados com o trabalho. A prevenção de lesões osteomusculares e articulares por parte das empresas pode ser o fator diferencial para o sucesso das organizações. Afinal, um ambiente de

10 10 trabalho adaptado ergonomicamente e trabalhadores saudáveis e preparados para as solicitações musculares diárias podem refletir beneficamente no desempenho das empresas e na qualidade de vida de seus trabalhadores. No mundo capitalista em que vivemos, a otimização da produção é o grande objetivo das organizações. Altos investimentos na área tecnológica e capacitações constantes da mão-de-obra estão dentre as ações desenvolvidas para que este objetivo seja alcançado. Além disso, pesquisas recentes demonstram que a qualidade de vida e de trabalho dos profissionais pode contribuir para uma maior produtividade destes, além de representar economia em relação a afastamentos e licenças de profissionais qualificados pela empresa. Entretanto, o tipo de trabalho desenvolvido por estes profissionais envolve, geralmente, ações repetitivas por longos períodos, gerando as chamadas lesões ocupacionais. Elas são responsáveis por um grande número de afastamentos médicos do trabalho, tendo influência direta na redução da capacidade laborativa dos trabalhadores. Tais distúrbios são mais conhecidos pelas siglas DORT (Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho), e LER (Lesões por Esforços Repetitivos). O controle das LER e DORT tem sido considerado um dos maiores desafios para os profissionais de saúde que atuam direta ou indiretamente em empresas. Isto ocorre devido a diversos fatores que acabam levando a existência de um ciclo vicioso: taxas de produção, medo do desemprego, descuido e descaso, economia a qualquer preço... Entre as ações utilizadas na busca por melhorias de qualidade de vida dos trabalhadores, as Terapias Alternativas e a Massoterapia têm tomado lugar de destaque em vários segmentos industriais, através de programas terapêuticos que visam a prevenção e o tratamento dos distúrbios osteomusculares relacionados com o trabalho.

11 11 A prevenção de lesões osteomusculares e articulares por parte das empresas pode ser o fator diferencial para o sucesso das organizações. Afinal, um ambiente de trabalho adaptado ergonomicamente e trabalhadores saudáveis e preparados para as solicitações musculares diárias podem refletir beneficamente no desempenho das empresas e na qualidade de vida de seus trabalhadores. 1.1 Hipótese Uma vez que o problema gerado pelas Lesões por Esforços Repetitivos (LER/DORT) tem gerado um alto número de afastamentos entre colaboradores, a aplicação de programas de prevenção das LER/DORT pode contribuir para uma redução gradual destas incidências. 1.2 Justificativa Acredito poder contribuir para a visão que já existe nos países desenvolvidos, de que o bom funcionário merece tratamento diferenciado para que os problemas, tanto de ordem profissional quanto pessoal, não interfiram nas suas atividades na empresa. 1.3 Objetivo geral Avaliar o ambiente de trabalho de uma indústria de bebidas da Zona Oeste da Cidade do Rio de Janeiro, identificando e analisando a gestão de prevenção das LER/DORT entre seus funcionários visando reduzir o absenteísmo.

12 Objetivos específicos Estudar e compreender as LER/DORT; Realizar uma análise histórica do tema proposto, entendendo como estes tipos de lesões vêm sendo vistas no decorrer dos anos; Demonstrar a recuperação do indice de absenteismo da empresa após aplicação de um programa de prevenção de LER/DORT.

13 13 CAPÍTULO 2 COMPREENDENDO MELHOR AS LER/DORT Para compreender melhor os efeitos das LER/DORT nas instituições, faz-se necessário, inicialmente: realizar uma análise histórica do desenrolar destas; analisar as diferentes visões sobre as mesmas; buscar definições para estas lesões na bibliografia disponível; identificar os principais fatores causais, individuais, biomecânicos, psicossociais, organizacionais e ambientais, relacionados às referidas lesões. A seguir, utilizarei a bibliografia disponível para definir o que se entende por Trabalho e Carga de Trabalho, buscando compreender, dentre outros, que fatores podem estar ligados ao estabelecimento de condições favoráveis de trabalho para o Homem. Por último, mas não menos importante, abordarei a importância do comprometimento da Gerência para com os fatores apresentados neste trabalho, bem como de propiciar uma participação dos trabalhadores na prevenção das mesmas, de forma individual ou coletiva. 2.1 Doença Osteomuscular Relacionada ao Trabalho (DORT) e Lesão por Esforço Repetitivo (LER) Contexto histórico O papel das atividades ou dos movimentos repetitivos no desenvolvimento de DORT/LER vem sendo relatado desde o antigo Egito, onde foram encontrados sinais de osteófitos marginais em ossos de punhos e joelhos de múmias de populações pré- Hispânicas, que permaneciam de joelhos por tempo prolongado, executando movimentos de flexão e extensão dos membros superiores na atividade de moer grãos (Consejo Nacional para la Cultura y las Artes (1996)). Bernardino Ramazzini, considerado o pai da medicina do trabalho, já descrevia em 1700, que há cerca de 2000 anos existia a doença dos escribas, que por

14 14 vezes cursava com um quadro dramaticamente doloroso, bastante compatível como quadro de DORT/LER, atribuindo-a a três fatores básicos: vida sedentária, movimento contínuo e repetitivo da mão e atenção mental para que não manchasse os livros, refletindo situações de constante tensão (BRAVERMAN apud RIBEIRO, 1997). Verifica-se que, desde 1700, além da repetitividade da atividade, a questão da sobrecarga mental tornava-se um fator importante envolvido na gênese da doença ocupacional. Desta forma, constata-se que as DORT/LER não podem ser encaradas como doenças da industrialização e da modernidade, mas como distúrbios relacionados diretamente com as condições de trabalho inadequadas, no que tange principalmente as características da organização do trabalho, que de forma geral privilegiam o paradigma da alta produtividade e qualidade do produto em detrimento da preservação do trabalho e da qualidade de vida do trabalhador (MINISTÉRIO DA PREVIDÊNCIA E ASSISTÊNCIA SOCIAL, 2001). O Japão foi o país que mais precocemente evoluiu em termos de industrialização e automação, sendo o primeiro também a detectar a gravidade das doenças ocupacionais, relacionadas, principalmente, a fatores físicos do posto de trabalho e a fatores organizacionais, como à sobrecarga do trabalho, jornadas longas de trabalho contínuo, aumento das tarefas associadas a movimentos repetitivos, empobrecimento do conteúdo do trabalho, controle rígido das chefias e redução do repouso e do lazer (NAKASEKO, 1982 apud RIBEIRO, 1997; BARREIRA, 1994). Na Austrália, a década de 70 foi marcada por um acentuado aumento no número de doenças do trabalho, principalmente em digitadores, operadores de linhas de montagem e embaladores. No início, estes quadros eram denominados como lesão ocupacional por sobreesforço (Ocupational Overuse Injury), mudando a partir de 1980, para lesões por esforços repetitivos (MENDES, 1995). Nos Estados Unidos, segundo dados do seguro de acidentes do trabalho, as lesões por esforços repetitivos (Cumulative Trauma Disorders), vêm sendo

15 15 acompanhadas de altos índices de incapacidade laborativa, e que essa proporção vêm aumentando (FEUERTEIN et al, 1993 apud MENDES, 1995). A ocorrência das DORT/LER em um grande número de pessoas, em vários países e em tipos diferentes de trabalho, provocou uma mudança no conceito tradicional de que o trabalho pesado, envolvendo esforço físico, é mais desgastante que o trabalho leve, envolvendo esforço mental, com sobrecarga dos membros superiores e relativo gasto de energia. No Brasil, as DORT eram conhecidas, inicialmente, como Lesões Por Esforços Repetitivos (LER) e foram descritas como tenossinovite ocupacional no XII Congresso Nacional de Prevenção de Acidentes do Trabalho em 1973 abrangendo um número insignificante de atividades laborais (MINISTÊRIO DA PREVIDÊNCIA E DA ASSISTÊNCIA SOCIAL, 2001). Posteriormente, observou-se o surgimento de casos em diferentes ocupações, exercendo atividade de risco, principalmente em digitadores. A partir de 1986, as DORT/LER assumem importância crescente nas estatísticas relativas à ocorrência de doenças profissionais, devido, principalmente, as inovações tecnológicas associado a intensa fragmentação do trabalho, divisão de tarefas e sobretrabalho, expondo os trabalhadores aos esforços repetitivos. O surgimento abrupto dos casos defrontou-se, também, com um sistema de saúde e de profissionais despreparados, levando ao tratamento e ao desenvolvimento de condutas inadequadas (MENDES, 1995). Em 1990, o Ministério do Trabalho, através da NR-17 da Portaria número 3214/78, regulamentou alguns aspectos da ergonomia, introduzindo a obrigatoriedade da realização da análise ergonômica dos postos de trabalho, objetivando estabelecer parâmetros que permitam a adaptação das condições de trabalho às condições psicofisiológicas dos trabalhadores, de modo a proporcionar um máximo de conforto, segurança e desempenho eficiente (MIRANDA et al, 2001). Ainda segundo o autor, somente em 1998, na revisão da Norma Técnica (NT), ocorreu a alteração do nome LER para DORT, com o objetivo de torná-la mais

16 16 abrangente e para evitar que na própria denominação já ocorresse caracterização de causas e efeitos definidos, como no caso da denominação LER. Atualmente, as DORT/LER representam um dos grupos de doenças ocupacionais mais polêmicos no Brasil e em outros países. Segundo estatísticas do Instituto Nacional do Seguro Social, referente à população trabalhadora segurada, nos últimos anos, as mesmas têm sido as mais prevalentes dentre as doenças ocupacionais registradas, acarretando em gastos previdenciários, comprometimento da produção e da saúde do trabalhador (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2000) Aspectos conceituais A denominação utilizada para caracterizar a doença ocupacional tem relação com a história de reconhecimento da doença em diferentes países. LER/DORT são termos utilizados como sinônimos de Lesões por Traumas Repetitivos, Distúrbios Cervicobraquiais Ocupacionais, Síndrome Ocupacional do Overuse, entre outros. Segundo o Ministério da Saúde (2000), a tendência mundial é utilizar cada vez mais à denominação Work Related Musculoskeletal Disorders (WRMD), traduzida como Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho (DORT). Segundo a Norma Técnica do Instituto Nacional do Seguro Social, sob o rótulo de LER abrigam-se formas clínicas como: as tenossinovites (CID 727.0/2), que incluem a tenossinovite de De Quervain; as epicondilites (CID 726.3/0); as bursites (CID 727.2/9); a tendinite do supra-espinhoso (CID 726.1/3) e bicipital (CID 726.2/1); os cistos sinoviais (CID 727.4/5); o dedo em gatilho (CID 727.0/2); a contratura ou moléstia de Dupuytren (CID 729.4/0); a compressão de nervos periféricos: síndrome do túnel do carpo (CID 354.0/8), síndrome do canal de Guyon (CID 354.2/4), síndrome do pronador redondo (CID 354.1/6), síndrome cervicobraquial (CID 723.3/8), síndrome do desfiladeiro torácico (CID 723.4/6), e a síndrome da tensão do pescoço ou mialgia tensional (CID 723.8/9) (MPS-INSS,1993). Couto et al (1998), descreve a DORT/LER da seguinte forma:

17 17 As DORT/LER são transtornos mecânicos e lesões de músculos e/ou de tendões e/ou de fáscias e/ou de nervos e/ou de bolsas articulares e pontas ósseas nos membros superiores ocasionadas pela utilização biomecanicamente incorreta dos membros superiores. Resulta em fadiga, queda da performance no trabalho, incapacidade temporária e, conforme o caso, podem evoluir para uma síndrome dolorosa crônica, nesta fase agravada por diversos fatores psíquicos (inerentes ao trabalho ou não) capazes de reduzir o limiar de sensibilidade do indivíduo. No Diário Oficial da União (DOU de 19/08/1998, p. 27) encontra-se o seguinte conceito para LER: [...] Patologias, manifestações ou síndromes patológicas que se instalam insidiosamente em determinados segmentos do corpo, em conseqüência de trabalho realizado de forma inadequada, o nexo é parte indissociável do diagnóstico que se fundamenta numa boa anamnese ocupacional e em relatórios de profissionais que conhecem a situação de trabalho, permitindo a correlação do quadro clínico com a atividade ocupacional efetivamente desempenhada pelo trabalhador. Infelizmente este conceito dificilmente é aplicado na prática, onde as causas são reais e, portanto, o nexo não é estabelecido, devido à profissionais despreparados e, principalmente, alheios a realidade do trabalhador. As DORT/LER são doenças do trabalho provocadas pelo uso inadequado e excessivo do sistema que agrupa ossos, nervos, músculos e tendões atingindo, principalmente, os membros superiores. Afecções típicas de trabalho intenso e repetitivo, são causadas por diversos tipos de pressões existentes no trabalho tanto física quanto psíquicas. Resultando, portanto da

18 18 superutilização do sistema musculoesquelético, geralmente associado à sobrecarga psíquica e a condições de trabalho inadequadas. (GAIGHER & MELO, 2001). As DORT/LER caracterizam-se como uma síndrome clínica caracterizada por dor crônica acompanhada ou não por alterações objetivas, apresentando geralmente os seguintes sintomas: dores, sensação de formigamento, dormência, fadiga muscular, perda de força muscular em conseqüência de alterações nos tendões, musculatura e nervos periféricos (LECH et al,1998). Esses sintomas acabam repercutindo na vida pessoal e profissional, comprometendo o desempenho no trabalho e a saúde do trabalhador. A partir da conceituação de diversos autores, constata-se que as DORT/LER podem ser definidas como um conjunto de lesões crônicas que afetam o indivíduo como um todo, comprometendo sua saúde física e mental. São causadas por diversos fatores laborais e extra-laborais, que interligados potencializam a ocorrência da doença. No Brasil, o conceito ergonômico foi rapidamente absorvido. Foi oficializado através da Portaria 40062/1987 e das "Normas Técnicas para a Perícia Médica do INSS" (NTPMINSS) de 1991, revistas em 1993 e recentemente em agosto de Na elaboração das normas participaram sindicatos, empregadores, órgãos de classe, Ministérios do Trabalho, da Previdência Social e da Saúde, não sendo, portanto, normas puramente técnicas. As NTPMINSS destacam várias patologias reumáticas, ortopédicas e neurológicas que acometem os tecidos moles dos membros superiores e passam ao largo do grande grupo de pacientes sem sinais físicos que suportem as queixas dolorosas. As NTPMINSS dão a impressão de que as queixas dolorosas são geralmente conseqüências de diversas patologias, para as quais estabelece critérios diagnósticos muito liberais. Relaciona as queixas e patologias ao trabalho e ignoram a ocorrência delas na população em geral. Estabelecem que a queixa de dor isolada, sem sinais clínicos de lesão, pode ser suficiente para o diagnóstico de LER, com todos os desdobramentos médicos e de benefícios sociais, desde que tenham um nexo com a atividade laboral.

19 Fatores causais da DORT As teorias atuais sobre os distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho indicam que a sua causa é devida a diversos fatores, que agem conjuntamente no desenvolvimento da doença. Vários fatores de risco associados as DORT/LER podem não causar a doença diretamente, mas favorecer seu aparecimento, através de sobrecargas impostas ao trabalhador, como: repetitividade de movimentos, manutenção de posturas inadequadas por tempo prolongado, esforço físico, invariabilidade de tarefas, pressão mecânica sobre determinados segmentos do corpo, em particular membros superiores, trabalho muscular estático, choques e impactos, vibração, frio, fatores organizacionais e psicossociais. Considerando que as patologias ocupacionais são multifatoriais, faz-se preciso entender, também, algumas das principais causas do seu surgimento, as quais segundo o Sindicato dos bancários de Guarulhos e Região (SBGR, 2005) são: 1) Trabalho automatizado - Em busca do raciocínio ágil as empresas de hoje adotaram as maquinas e os computadores como forma aumentar sua eficácia e garantirem a principais vantagens para combater a concorrência e as dificuldades de um mundo globalizado. Dessa forma o empregado se submete a um trabalho automático, com repetições de movimentos, sem controle de suas atividades, uma vez que o esforço intelectual já está sendo realizado pela maquina. 2) Obrigatoriedade de manter o ritmo acelerado para garantir a produção - Além de ter que realizar movimentos repetitivos, o trabalho muitas vezes fragmentado, induz a manutenção de um ritmo acelerado, que pode acarretar dores musculares enquanto se executa a tarefa. 3) Trabalho rigidamente hierarquizado - Levando em consideração que as dimensões humanas se relacionam entre si, podemos concluir que um individuo sob pressão permanente, poderá apresentar também, como reflexos da sua condição psicológica, distúrbios fisiológicos acompanhados por dor, fadiga e estresse. Assim, LER/DORT seria uma manifestação da falência dos mecanismos de práticas

20 20 administrativas e gerenciais autoritárias, rígidas e opressivas existentes nas organizações. (LONGEN, 2003) 4) Jornadas prolongadas de trabalho e ausência de pausas durante a jornada É importante para qualquer pessoa, ao desempenhar rotineiramente qualquer atividade, um período de descanso para que sejam repostas as suas energias e restabelecidas as suas condições física e psicológica. 5) Trabalho realizado em ambientes ergonomicamente inadequados - Lugares demasiadamente frios ou quentes, com ruídos, mal ventilados, mal iluminados, com mobiliário inadequado (cadeiras, mesas, dentre outros) que obrigam a adoção de posturas incorretas do corpo possibilitam a maior propensão de LER/ DORT. Esses fatores geralmente apresentam-se interligados, intensificando o risco de desenvolver DORT/LER. O processo de psicossomatização das DORT/LER parte de um marco conceitual do processo de percepção do trabalho determinado pela influência de diferentes variáveis, como ambiente físico do trabalho, ritmo de trabalho, problemas organizacionais e fatores psicossociais. Essas variáveis irão influenciar a percepção, o processo de adoecimento e o nível de estresse, repercutindo na qualidade de vida e de trabalho do indivíduo (MERLO, 2001). As diversas formas de sobrecargas do trabalho (psíquicas e físicas), as condições de trabalho e a forma de organização do trabalho têm sido fontes geradoras de doenças ocupacionais. Várias pesquisas sobre as DORT/LER, vêm reforçando o dado subjetivo da doença, indicando que os fatores psicológicos geradores de estresse ou fadiga crônica efetivam a dor e a incapacidade. Segundo Smith (1996), os fatores psicossociais aumentam o risco de DORT/LER por meio da tensão no trabalho e da fadiga psicológica e fisiológica correlata, afetando as reações hormonais e circulatórias e influenciando as atitudes e o comportamento pessoal..

21 21 Inúmeras atividades já foram analisadas objetivando-se o estabelecimento do anexo causal da DORT/LER evidenciando que a doença prevalece em ambientes de trabalho que combinam entre vários fatores atividades repetitivas, movimentos biomecanicamente inadequados, fatores psicossociais (pressão da supervisão, pressão do tempo, falta de controle sobre a produção, falta de autonomia), fatores pessoais (patologias associadas, condições psicológicas, atividades domésticas) e os organizacionais (pausas programadas, treinamentos, pagamento por produção, horas extras) (MAZZONI; MARÇAL, 2001). Os fatores de risco para o desenvolvimento de DORT/LER indicam que a doença pode atingir qualquer pessoa, desde que as condições psicossociais e físicas em que o trabalhador atue, sejam desfavoráveis. As causas da DORT/LER representam uma associação de fatores biomecânicos, psicossociais e organizacionais que irão repercutir de maneira única sobre cada trabalhador Fatores individuais Geralmente, os fatores de risco se apresentam associados a fatores individuais, comprometendo ainda mais o trabalhador, agravando ainda mais a situação de trabalho e dificultando o diagnóstico e tratamento da doença. Quanto à idade e sexo, dados do Ambulatório de LER/DORT do Instituto de Ortopedia e Traumatologia do Hospital das Clínicas da faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, entre o período de março de 1993 à dezembro de 1998, mostraram que 91,8% dos pacientes com diagnóstico de LER/DORT eram do sexo feminino com uma média de idade de 38,5 anos. Esta evidência também é confirmada no Centro de Referência em Saúde do Trabalhador da Secretária de Saúde do Estado de São Paulo (CEREST/SP), onde em uma amostra de 620 pacientes atendidos, entre 1990 e 1995, 87% eram mulheres, com faixa etária predominante entre 26 a 35 anos (SETTIMI et al, 1995 apud MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2000). No Núcleo de Referência em Doenças Ocupacionais da Previdência Social de Belo Horizonte (NUSAT), mais de 70% dos casos atendidos são de mulheres entre

22 22 30 e 39 anos de idade (CUNHA et al, 1992). Estes dados remetem a um questionamento à respeito da alta incidência de DORT/LER no sexo feminino, o que segundo a literatura existente se atribui principalmente à fatores hormonais, de composição corporal, a fatores psicossociais e a dupla jornada de trabalho. De acordo com Sommerich et al (1993), além dos fatores já citados, os autores relacionam fatores não-ocupacionais, como o pouco tempo de lazer e outras características demográficas (estado civil e filhos), e hábitos pessoais como prática de esportes. Alguns indivíduos apresentam uma propensão maior para desenvolver DORT/LER por serem portadores de condições predisponentes tais como diabetes, artrite reumatóide, gota, hipotirioidismo, colagenoses vasculares, tuberculose e infecções por fungos (MIRANDA E DIAS, 2001). Sabe-se que os aspectos referentes a características pessoais e da qualidade de vida do trabalhador também repercutem na saúde/doença do mesmo, sendo um fator de relevância e que deve ser levado em conta durante o tratamento do paciente Fatores biomecânicos As principais causas da DORT/LER mencionadas, são as relacionadas aos fatores biomecânicos, que levariam aos micro traumas nos tecidos, que seriam acumulados ao longo do tempo e produziriam problemas mais sérios. Estes fatores associados às questões psicossociais desempenham papel importante na problemática da doença ocupacional (SMITH E CARAYIN, 1996 apud SMITH, 1996). A repetitividade é sem dúvida o fator de risco mais freqüentemente referido, mas não é o único fator biomecânico determinante, pois às DORT/LER podem ocorrer devido sobrecargas e manutenção de posturas estáticas por tempo prolongado (KUORINKA, 1995). Segundo Santos Filho & Barreto (1998), fatores biomecânicos como contrações musculares prolongadas e posturas inadequadas, freqüência e força empregada no movimento repetitivo, inadequações do posto de trabalho, desenho e manutenção dos equipamentos e tensão muscular associada ao estresse são fatores associados ao surgimento e agravamento dos quadros de DORT/LER.

23 23 Segundo Smith (1996), quanto maior o esforço físico, maior o risco de desenvolver DORT/LER. A duração da exposição pode ser classificada em ações diárias, longos períodos de ações semelhantes e exposições devido à profissão, desencadeando um ciclo evolutivo de fadiga muscular localizada, fadiga geral sistêmica e micro lesões nos músculos, tendões e ligamentos Fatores Psicossociais Os fatores psicossociais do trabalho compreendem as percepções subjetivas que o trabalhador tem do trabalho. A percepção psicológica que o indivíduo tem das exigências do trabalho seria resultado das características físicas da carga de trabalho, da personalidade do indivíduo, das experiências anteriores e da situação social do trabalho (SANTOS FILHO E BARRETO, 1998). Há várias maneiras pelas quais os fatores psicossociais podem aumentar o risco de DORT/LER. Ao nível pessoal, através de tensão no trabalho, a natureza das atividades, do treinamento, da disponibilidade de relações de assistência e supervisão podem afetar a exposição, a satisfação, a atitude e o comportamento do indivíduo. Ao nível organizacional, as políticas e os procedimentos da companhia podem afetar a exposição, por meio da definição de projetos de cargos, através de especificação da duração do tempo gasto em atividades específicas, estabelecendo-se os ciclos de pausas, definindo-se o grau de pressão no trabalho e estabelecendo-se o clima psicológico em relação à socialização, à carreira e à segurança no emprego. Esses fatores poderão influenciar à disposição psicológica afetando a motivação, a atitude, o comportamento e, principalmente, a saúde do trabalhador, aumentando a suscetibilidade para desenvolver as DORT/LER, ou a sensibilidade à dor e ao desconforto (SMITH, 1996). Ainda, segundo Smith (1996), os fatores pessoais aumentam a suscetibilidade à DORT/LER. Isso inclui os danos musculoesqueléticos anteriores, os túneis do carpo mais estreitos, o sexo e o uso de certos tratamentos com hormônios, tais como estrogênio. Além disso, algumas pessoas são mais propensas a esse tipo de problema devido à sua personalidade e ao seu comportamento na execução do seu

24 24 trabalho. Fatores de natureza psicossocial como pressão excessiva no trabalho, ambiente tenso, problemas de relacionamento e questões relativas à carreira, carga, ritmo, segurança e ambiente social, irão influenciar o aparecimento das DORT/LER (MERLO et al, 2001). O estresse constitui-se num conjunto de respostas inerentes a cada indivíduo, frente aos estímulos externos e internos, exigindo que o organismo humano se adapte a estes estímulos, através de reações de alarme e de tensão. O estresse constitui-se em um componente importante no processo de adoecimento por doença ocupacional, bem como na ocorrência de acidente e incidentes de trabalho. Segundo Antonalia (2001), o estresse pode ser definido como qualquer situação de tensão aguda ou crônica que produz uma mudança no comportamento físico e no estado emocional do indivíduo, sendo uma resposta psicofisiológica que pode ser positiva ou negativa no organismo. O mesmo autor discorre à respeito de estresse ocupacional como: Um estado em que ocorre um desgaste anormal da máquina humana e/ou diminuição da capacidade de trabalho, ocasionados por incapacidade prolongada do indivíduo tolerar, superar ou se adaptar às exigências de natureza psíquica existentes no seu ambiente de trabalho. Desta forma, evidencia-se que o estresse juntamente com os demais fatores de risco, exerce influência direta no processo de adoecimento por DORT/LER, sendo que o mesmo vem se tornando um problema de saúde pública, acometendo grande parte da população e sobrecarregando o sistema de saúde, principalmente pelas complicações que provoca Fatores organizacionais Os fatores organizacionais representam importantes fatores de risco para o desenvolvimento de doenças ocupacionais. Entre eles, pode-se citar: ritmo de trabalho, pausas, hierarquia, horas-extras, estímulo à produção, rotatividade de mão-de-obra, relacionamento interpessoal, falta de treinamento, supervisão inadequada, pressões de tempo e produtividade. Dejours (1980), refere-se a forma com que o trabalho é organizado, da seguinte maneira:

25 25 Para transformar um trabalho fatigante em um trabalho equilibrante precisa se flexibilizar a organização do trabalho, de modo a deixar maior liberdade ao trabalhador para rearranjar seu modo operatório e para encontrar os gestos que são capazes de lhe fornecer prazer, isto é, uma expansão ou uma diminuição de sua carga psíquica. Faz-se necessária uma organização do trabalho que respeite as aptidões e as necessidades individuais, possibilitando ao trabalhador o julgamento e a percepção de seu trabalho de maneira prazerosa. As evidências epidemiológicas apontam para uma associação de fatores causais que interagem nos processos agudos e na cronificação da DORT/LER. É difícil quantificar a parcela de cada fator na determinação da doença, visto que ocorre a interação de vários fatores associados à história de vida de cada trabalhador (MERLO et al, 2001). Contudo, verifica-se que os fatores relacionados à organização do trabalho juntamente com as características psicossociais tornam-se fatores de importância no agravamento da doença Fatores ambientais As condições ambientais presentes no local de trabalho interferem diretamente sobre o conforto do trabalhador ao executar sua tarefa, contribuindo no aparecimento da doença ou em agravos à saúde, podendo influenciar na qualidade da tarefa a ser realizada (COUTO, 1995). Sorock & Courteney (1996) apud Silva (2001), relatam que temperaturas elevadas no ambiente de trabalho podem provocar sudação excessiva, cardiopatias, prostração térmica, cãibras, fadigas, entre outros. Da mesma forma que, temperaturas muito baixas, além de desconfortáveis, exigem uma maior atividade cardiovascular, provocando a diminuição da sensibilidade tátil, podendo levar a resfriados; redução da capacidade motora, tornando os movimentos mais lentos. Esses fatores irão favorecer a ocorrência de incidentes ou acidentes de trabalho. Segundo Smith (1996), os ambientes de trabalho frios podem aumentar o risco de fadiga muscular e de distorções nos processos neuro-sensoriais. Ambientes quentes, também podem levar à um aumento da fadiga muscular e outros fatores

26 26 ambientais como vibrações podem aumentar os riscos de DORT/LER. A temperatura e a umidade ambiental influem diretamente no desempenho do trabalho humano. A sensação térmica depende não só da temperatura externa, mas também do grau de umidade do ar e da velocidade do vento. A partir destas variáveis, determina-se a zona de conforto térmico, situada entre as temperaturas efetivas de 20 a 24 C, com umidade relativa de 40 a 60%, com uma velocidade do ar moderada, da ordem de 0,2 m/s, para o organismo adaptado ao calor. Em organismo adaptado ao frio, essa zona de conforto situa-se entre 18 e 22 C para a mesma taxa de umidade e velocidade do vento. A variação não deve ser superior a 4 C (IIDA, 1998). A presença de ruídos elevados (acima de 85db), no ambiente de trabalho industrial podem perturbar e com o tempo comprometer a audição do trabalhador (NR- 15). O primeiro sintoma é a dificuldade cada vez maior para entender a fala em ambientes barulhentos, provocando interferência nas comunicações e redução da concentração, aumentando a tensão psicológica e diminuindo o nível de atenção (DUL & WEERDMEESTER, 2000). Este fator poderá influenciar no aparecimento de incidentes ou acidentes de trabalho, bem como de DORT/LER, pois reflete um agente provocador do estresse, tensão no trabalho, além de outras doenças psicossomáticas. Outro fator ambiental importante diz respeito a iluminação do local de trabalho, fator este que interfere no mecanismo fisiológico da visão e também na musculatura que comanda os olhos. A iluminação inadequada no local de trabalho poderá levar a fadiga visual, ocasionando tensão, desconforto, lacrimejamento excessivo, dores de cabaça, náuseas, depressão e irritabilidade emocional (IIDA, 1998). Nos trabalhos realizados a céu aberto, é obrigatória a existência de abrigos, ainda que rústicos, capazes de proteger os trabalhadores contra intempéries (NR-21). Da mesma forma que se faz necessário medidas especiais de proteção aos trabalhadores contra a insolação excessiva, o calor, o frio, a umidade, os ventos e a contaminação proveniente do ar e do local em que a atividade está sendo desenvolvida.

27 Trabalho e Carga de trabalho Segundo Schuler (1995) apud More (1997), o trabalho humano é visto como uma ação que leva à transformações físicas e mentais do trabalhador, podendo ser visto de forma benéfica quando realizado de maneira saudável e com prazer e maléfico, quando o trabalhador fica exposto à condições insalubres e a sobrecarga física e/ou psíquica em seu local de trabalho. O trabalho é uma atividade inerente ao indivíduo enquanto ser social, visto que o homem passa grande parte de sua vida dentro do ambiente de trabalho, estando sujeito a diversos tipos de interocorrências, que poderão repercutir negativamente ou positivamente, sobre sua saúde física e mental. Segundo Dejours (1993), o trabalho pode ser um fator de deterioração, de envelhecimento e de doenças graves, mas pode, também, constituir-se em um fator de equilíbrio e de desenvolvimento. O resultado prazer ou sofrimento no trabalho estará na dependência do trabalhador encontrar um trabalho equilibrado, fonte de realização profissional ou um trabalho fatigante, fonte de insatisfação, desmotivação, estresse e de doenças ocupacionais. O comportamento do homem no trabalho está em constante evolução e diretamente ligado à natureza e seus meios de produção. Este comportamento pode ser manifestado por insatisfação, quando relacionado com sofrimento físico e/ou psíquico, e à satisfação e sucesso, quando desenvolvido em condições saudáveis. Vários fatores estão ligados ao trabalho e são importantes no estabelecimento de condições de trabalho favoráveis como: posto de trabalho, ambiente de trabalho, questões organizacionais, tarefa prescrita, jornada, relações interpessoais, valorização do trabalho, interação com chefia, entre outros (MORE, 1997). Estes fatores influenciarão o comportamento do homem frente ao trabalho, que poderá ser manifestado por insatisfações induzindo ao fracasso, quando relacionado com penalizações e sofrimento, ou prazeroso, induzindo ao sucesso, se desenvolvido em condições satisfatórias, que não agridam a integridade física e psíquica do trabalhador. A situação de trabalho compreende um sistema interrelacionado, entre a atividade prescrita (as exigências econômicas, sócio-técnicas e organizacionais, caracterizadas na tarefa) que determinam os comportamentos do

28 28 homem no desenvolvimento de suas atividades laborais e, atividade realizada efetivamente (onde serão vistos os resultados da produção e da saúde do trabalhador). Segundo Ferreira et al (2001), no campo da ergonomia, o trabalho é visto como uma interação entre o sujeito e sua atividade de trabalho, resultando em um processo de interpretação, transformação e releitura do que foi prescrito pela organização do trabalho. A forma como o trabalho é realizado permite a percepção da carga de trabalho envolvida. Segundo Fachinni, (1994) apud Greco et al, (1995), as cargas de trabalho são definidas como: Exigências ou demandas psicobiológicas do processo de trabalho, gerando ao longo do tempo as particularidades do desgaste do trabalhador. Em outras palavras, as cargas são mediadoras entre o processo de trabalho e o desgaste psicobiológico. As cargas de trabalho podem ser agrupadas segundo sua característica, em cargas que têm materialidade externa e que se modificam na interação com o corpo, como as físicas, químicas, biológicas e mecânicas e aquelas que adquirem materialidade no corpo humano e se expressam internamente por meio dele, como as fisiológicas e psíquicas. Segundo Dejours (1980), costuma-se separar a carga de trabalho em carga física e carga psíquica. A noção de carga psíquica é subjetiva e qualitativa, pois reflete o prazer, a satisfação, a frustração, a agressividade e o comportamento do trabalhador, frente ao trabalho. Facchini (1994) apud Greco (1995), refere-se a carga psíquica como aquelas que derivam principalmente dos elementos do processo de trabalho que são fonte de estresse, como nível da organização e divisão do trabalho. As cargas psíquicas se relacionam com todos os elementos do processo de trabalho, sendo influenciada pelas demais cargas de trabalho envolvidas. Segundo Rio & Pires (2001), a carga de trabalho representa a quantidade de exigências que são impostas sobre o trabalhador. Essa carga é constituída por um

29 29 conjunto de exigências que atuam conjuntamente, mas que didaticamente, podem ser sub-divididas em carga sensorial, carga cognitiva, carga afetiva, carga visual e carga musculoesquelética. Adequar a carga de trabalho às características individuais do trabalhador é fundamental, e daí derivam as principais contribuições da ergonomia no sentido de promover melhorias nas condições de saúde e produtividade das pessoas e organizações. As cargas de trabalho estão presente no processo de trabalho e interagem com o indivíduo, podendo gerar no trabalhador algum tipo de dano. Por exemplo: trabalho realizado em condições ambientais inadequadas, sobrecarga mecânica e fisiológica, condições de trabalho insalubres, problemas organizacionais, estresse, entre outras.

30 30 CAPÍTULO 3 ANÁLISE DE RESULTADOS Neste capítulo, irei analisar a Gestão da Prevenção da LER/DORT por parte das organizações, utilizando como ponto de referência uma pesquisa realizada junto aos trabalhadores de uma empresa de bebidas da Zona Oeste da Cidade do Rio de Janeiro, analisando-a segundo a bibliografia disponível sobre o assunto. Além disso, irei abordar as formas de Investigação e Controle dos fatores de risco dessas lesões e a importância da capacitação de funcionários para a redução das LER/DORT. 3.1 Gestão da Prevenção da LER e DORT Na antigüidade as (LER/DORT) eram descritas na literatura como doença dos escribas. Entretanto, somente a partir da década de 80 os casos de (LER/DORT) passaram a ter maior importância, acometendo trabalhadores de diferentes profissões (todas envolvendo algum tipo de esforço repetitivo ou longos períodos de imobilização postural), tais como: digitadores, caixas bancários, escriturários, ultrassonografistas e outras profissões que exigem movimentos repetitivos. Segundo pesquisa do DIESAT (1989, p.57), o conceito de doença profissional e de trabalho, no Brasil, é restrito e expõe o descaso com que são tratados os trabalhadores doentes: Sabendo-se como é restrito o conceito de doença profissional e de trabalho no Brasil e como muitas vezes o estabelecimento do nexo causal com o trabalho é negado pelo INSS, ficam as empresas facilmente desobrigadas de responsabilizar-se pelos danos que causam à saúde dos trabalhadores, demitindo-os sempre que começam a apresentar sinais de doença. Tal atitude parece pressupor uma ação racional e científica, segundo a qual o trabalho não afetava o corpo, e a saúde presumia ausência de doença e capacidade para o trabalho.

31 31 Dessa maneira, era imputada ao sujeito a responsabilidade do adoecer. A doença seria decorrência de descuidos que as pessoas teriam com relação a si mesmas. Nessa visão, simplesmente não existia o vínculo entre a doença e a condições de trabalho. Segundo o estudo realizado pela companhia de bebidas da zona oeste da cidade do Rio de Janeiro, verificou-se que a (LER/DORT) causa um alto índice de absenteísmo. (figura 1) (FIGURA 1 - Indice de Trabalhadores que apresentaram diagnóstico de LER/DORT e afirmaram que os sintomas prejudica o desempenho no trabalho.) Esses sintomas prejudicam ou não o desempenho no trabalho? Já ficou afastado alguma vez? SIM 64% Sim, muito 1 vez 24% 23% 2 vezes 14% 64% 3 vezes 6% Não prejudica 36% Sim, um pouco 4 vezes 5 vezes ou mais 4% 15% 41% NUNCA FOI AFASTADO 36% (FONTE - Pesquisa interna em julho de 2005 com 650 colaboradores)

32 32 Desse modo, o custo econômico e social dessa doença chama atenção, pois o problema gera uma baixa produtividade, o que pode ser crítico, uma vez que atualmente a sociedade está voltada para a competitividade e a produção global. Ainda segundo esse estudo, chegou-se a estimativa que 14% dos trabalhadores, na época da pesquisa, possuíam LER/DORT. (ver figura 2) (FIGURA 2 - Diagnóstico de sintomas médicos apresentados nos locais de trabalho.) Doenças nervosas/pscicológic as 16% LER/DORT 14% Problemas na coluna 12% Doenças cardiovasculares 9% Tendinite 6% Cansaço físico Dor de cabeça Problemas musculares 3% 5% 5% 23% dos que receberam diagnóstico de LER/DORT apresentam inchaço em alguma parte do corpo, 19% costumam sentir dormência e 15% sentem dores freqüentes. (FONTE - Pesquisa interna em julho de 2005 com 650 colaboradores) Segundo COSTA (2000, p.43): A ampliação da noção de defesa e proteção da saúde se dá com a apropriação social da abrangência do conceito de saúde como também da dimensão coletiva e do ambiente, a ser protegido e defendido de agressões resultantes do modo de operação do sistema produtivo. O objetivo da prevenção é interromper o processo de adoecimento. No período em que a doença ainda não se instalou, cabem as ações de promoção e proteção da saúde. No início do período da doença, a prevenção consiste no diagnóstico precoce, no pronto atendimento e na limitação dos danos e seqüelas, por meio do tratamento adequado. Durante a convalescença, e na eventualidade de cronificação ou invalidez, surgem as medidas de reabilitação.

33 33 Ainda segundo o autor acima citado, tradicionalmente, as ações preventivas, de caráter coletivo implicam, por um lado, o monitoramento da ocorrência de agravos e o controle da propagação desses agravos e, por outro, o controle, anterior à ocorrência de qualquer agravo, de fatores que direta ou indiretamente podem constituir risco à saúde individual ou coletiva. Contudo, a complexidade que envolve o aparecimento da doença, na coletividade, exige que se encare a prevenção de forma integral, e se busque articular os vários espaços de atuação das ações preventivas. Desse modo, prevenir LER/DORT significa eliminar ou neutralizar os eventos ou condições que levam ao seu aparecimento. Portanto, é preciso investigar quais são as causas ou condições de trabalho que estão associadas ao aparecimento das LER/DORT. Tendo especificado quais são essas causas, pode-se, então, partir para sua eliminação ou neutralização. Uma vez que as causas da LER/DORT estão relacionadas ao trabalho realizado, para prevenir é necessário mudar o trabalho, isto é, modificar as condições de trabalho que podem potencialmente causar a doença. Para WÜNSCH (1995. p ), prevenir a LER/DORT não é o mesmo que prevenir uma doença ocupacional de causa única, como por exemplo, intoxicação por chumbo, onde se sabe exatamente que uma determinada dose causa a contaminação, apesar de que, mesmo nesses casos, pode existir outras condições que agravem a moléstia. Por se tratar de afecções multicausais não é possível determinar com precisão, antes da análise, quais são as causas específicas daquela determinada situação de trabalho e seu peso relativo na origem do problema. Em vista disso, é praticamente impossível prevenir a LER/DORT sem realizar a análise das atividades do posto de trabalho suspeito. No estudo realizado junto à companhia, nos casos onde registrou-se alta incidência da doença foram detectados falha na qualidade dos ambientes de trabalho, a

34 34 saber: utilização de móveis desconfortáveis (24%), falta de ventilação nos locais de trabalho (23%), exposição a vibrações (20%); desconforto de postura (19%); e falta de luminosidade (18%). Segundo MACIEL (2000, p.67), são sete os elementos para o desenvolvimento de um bom programa de prevenção de LER/DORT: 1. Investigação de indicadores de problemas de (LER/DORT) nos locais de trabalho, tais como queixas freqüentes de dores por parte dos trabalhadores, trabalhos que exigem movimentos repetitivos ou aplicação de forças. 2. Comprometimento da gerência e direção com a prevenção e com a participação dos trabalhadores para a solução dos problemas. 3. Capacitação dos trabalhadores, incluindo a gerência, sobre a (LER/DORT), para que possam avaliar os riscos potenciais dos seus locais de trabalho. 4. Coleta de dados, através da análise das atividades dos postos de trabalho, para identificar as condições de trabalho problemáticas, incluindo a análise de estatísticas médicas da ocorrência de queixas de dores ou de (LER/DORT). 5. Investigação de controles efetivos para neutralização dos riscos de lesões por esforços repetitivos e avaliação e acompanhamento da implantação dos mesmos. 6. Desenvolvimento de um sistema efetivo de comunicação, enfatizando a importância da detecção e tratamento precoce das doenças para evitar o seu agravamento e a incapacidade para o trabalho. 7. Planejamento de novos postos de trabalho ou novas funções, operações e processos de tal maneira a evitar condições de trabalho que coloquem os trabalhadores em risco. Dessa maneira, apesar de não ser possível esquematizar um programa de prevenção de LER/DORT totalmente especificado, com critérios ou valores máximos e mínimos de cada condição de trabalho que levaria à eliminação do problema, é possível descrever quais os passos necessários e condições mínimas para uma efetiva prevenção.

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