APOSTILA - Curso de Direito. Prof. Dr. Nelson Rodrigues Netto 1

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1 APOSTILA - Curso de Direito Prof. Dr. Nelson Rodrigues Netto 1 Pós-Doutorado em Direito pela Harvard Law School. Doutor, Mestre e Especialista em Direito Processual Civil pela PUC/SP. Membro do Instituto Brasileiro de Direito Processual, da Associação dos Advogados de São Paulo e da Harvard Law School Association do Brasil. Advogado e Consultor Jurídico. São Paulo TODOS OS DIREITOS RESERVADOS. Proibida a reprodução, total ou parcial, por qualquer meio ou processo, especialmente por sistemas gráficos, microfílmicos, fotográficos, reprográficos, fonográficos, videográficos. A violação de direitos autorais é punível como crime (Lei nº 9.610, de ). 1

2 ÍNDICE: I Jurisdição e Competência 1. Funções do Estado 4 2. A função jurisdicional Conceito Características da Jurisdição 7 3. A tutela jurisdicional Classificação da Jurisdição A Organização Judiciária Brasileira O Supremo Tribunal Federal O Conselho Nacional de Justiça O Superior Tribunal de Justiça A Justiça do Trabalho O Tribunal Superior do Trabalho Os Tribunais Regionais do Trabalho Os Juízes do Trabalho A Justiça Eleitoral O Tribunal Superior Eleitoral Os Tribunais Regionais Eleitorais Os Juízes e as Juntas Eleitorais A Justiça Militar O Superior Tribunal Militar Os Juízos Militares de 1º grau de jurisdição A Justiça Federal (justiça comum da União) Os Tribunais Regionais Federais Os Juízes Federais As Justiças comuns dos Estados, Distrito Federal e Territórios 40 2

3 Os Tribunais de Justiça Os Juízes de Direito Os Juizados Especiais A Justiça Militar dos Estados A Justiça de Paz Competência Conceito Critérios para determinação da competência Critério funcional Operações lógicas para concretização da competência Ausência de competência Incompetência absoluta ou relativa Incompetência absoluta Incompetência relativa Prevenção Conexão e Continência Prevenção Conexão e Continência Perpetuatio Jurisdictionis Conflito de competência 110 3

4 Jurisdição e Competência 1. Funções do Estado Analisando a crise do Poder Judiciário, em nossa tese de doutorado, asseveramos ser ponto pacífico entre os doutos a extrema dificuldade de se fixar um conceito de Estado, considerando que o elemento de destaque de cada corrente doutrinária pende, ora mais para um sentido político, ora para a faceta da força e soberania, ora para o aspecto jurídico. 2 Pela posição primacialmente jurídica, adotamos o ponto de vista do Professor Dalmo de Abreu Dallari, conceituando que Estado é a ordem jurídica soberana que tem por fim o bem comum de um povo situado em determinado território. 3 É sabido que o poder do Estado é unitário, derivado de sua soberania. Todavia, este poder é divido em funções consoante os diversos objetivos almejados, afastando-se o uso de um critério orgânico para definição de cada uma delas. Assim, à função Legislativa incumbe regulamentar, por intermédio de normas gerais e abstratas, as atividades do corpo social e do próprio Estado. 2 Interposição Conjunta de Recurso Extraordinário e de Recurso Especial, São Paulo: Dialética, 2005, p Elementos de Teoria Geral do Estado, p

5 Por seu turno, o Estado na atuação da função Executiva, age de conformidade com a Lei, executando os comandos abstratos e genéricos contidos nas normas jurídicas. É peculiar aos atos administrativos, conquanto praticados sob o regime da estrita legalidade, não possuírem a característica de definitividade, podendo, observado o devido procedimento, serem revistos pelo próprio Estado, no exercício da função Jurisdicional. A última função que compõe o Poder do Estado, consiste da atividade de solucionar os conflitos intersubjetivos de interesses, por meio da atuação da vontade concreta da lei, revelando a função Jurisdicional. Cabe ainda mencionar que, se a função típica da jurisdição é a pacificação dos litígios, o Poder Judiciário exerce em seu seio, de maneira atípica, atividades com cunho legiferante e administrativa. A Constituição Federal confere ao Supremo Tribunal Federal a iniciativa de lei complementar para dispor sobre o Estatuto da Magistratura, conforme o art. 93, na redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 8 de dezembro de 2004, publicada em 31 de dezembro de Em acréscimo, aos Tribunais de Justiça, o art. 125, 1º, da C.F., outorgou a iniciativa para a lei de organização judiciária da Justiça dos Estados. Sob a ótica administrativa, o art. 96, da C.F., atribui aos Tribunais ampla gama de poderes, representativos de sua auto-gestão e auto-regulamentação. 5

6 2. A função jurisdicional 2.1. Conceito Etimologicamente a palavra jurisdição é oriunda do latim jurisdictìo,ónis ação de administrar justiça, judicatura; duração de uma judicatura; direito de administrar justiça; julgamento de causa; tribunal. 4 Consoante o jurista argentino Mario Oderigo, jurisdição - juris dicere, corresponde à função desempenhada pelo Estado de dizer o direito e de aplicá-lo. 5 Adotando um espectro mais amplo, a Jurisdição comporta assumir três conceitos diversos: poder do Estado de decidir imperativamente e impor coercitivamente suas decisões; função - consubstanciada na promoção da pacificação dos conflitos intersubjetivos, realizando o ideal de justiça, por meio do processo; e, atividade - consistente no complexo de atos do juiz no processo, exercendo o poder e cumprindo a função prescrita na lei. 6 Em arremate, é imprescindível destacar o clássico, porém, atualíssimo, conceito de Jurisdição formulado por Chiovenda: 4 Verbete do Dicionário Eletrônico Houaiss da Língua Portuguesa. 5 Lecciones de Derecho Procesal, Tomo l, p Cf. Cintra-Grinover-Dinamarco, Teoria Geral do Processo, p

7 jurisdição é a função do Estado que tem por escopo a atuação da vontade concreta da lei por meio da substituição, pela atividade de órgãos públicos, da atividade de particulares ou de outros órgãos públicos, já no afirmar a existência da vontade da lei, já no torná-la, praticamente efetiva Características da Jurisdição À jurisdição compete a atuação da vontade concreta da lei, o que significa dizer a aplicação da norma pré-existente ao caso concreto. Com efeito, os órgãos judiciais ao exercerem a jurisdição não estão criando o direito, atividade essa de alçada exclusiva da função Legislativa. Nada obstante, não há qualquer resquício sincretista na função jurisdicional. As decisões judiciais estão impregnadas dos valores axiológicos da sociedade, canalizados pelo seu condutor, o juiz. Nas sociedades modernas, não há mais espaço para a máxima do liberalismo francês: le juge c est la bouche de la loi. É elemento primordial da jurisdição, a segurança jurídica por ela conferida às situações conflituosas de direito material, promovendo a pacificação entre as partes e emprestando certeza ao direito que preexistia à sentença, mas que se encontrava em estado de incerteza, em virtude da controvérsia. 7 Cf. Instituições de Direito Processual Civil, vol. II, p. 11; Principios de Derecho Procesal Civil, Tomo I, p

8 Na esteira da lição de Chiovenda, podemos destacar as seguintes características da jurisdição: (i) atuação da vontade da lei ocorre por meio dos pronunciamentos jurisdicionais que declaram o direito a ser aplicado num caso concreto, bem como que o tornam praticamente efetivo, alterando a realidade do mundo empírico; (ii) substitutividade - representa a impossibilidade, salvo raras exceções legais, dos próprios envolvidos resolverem seus conflitos, cujas condutas são substituídas pela atividade do Estado (v.g., arts. 188, 1.210, 1º, usque 1.471, especialmente, o art , todos do Código Civil). A própria imparcialidade exigida dos magistrados deriva da característica da substitutividade da jurisdição; 8 (iii) inércia tem raízes históricas profundas, como se verifica do brocardo nemo judex sine actore ; em virtude da inércia, a atuação do Poder Judiciário somente ocorre quando provocada por um interessado, consoante preceito do art. 2º, do CPC; (iv) litigiosidade - a Jurisdição é exercida quando existe um conflito intersubjetivo de interesses. Excepcionalmente, em virtude dos bens ou interesses jurídicos envolvidos, ao Estado-juiz incumbe-se a intervenção em relações jurídicas não litigiosas, surgindo a denominada jurisdição 8 Neste sentido, José Frederico Marques, Instituições de Direito Processual Civil, vol. I, p. 261; Arruda Alvim, Manual de Direito Processual, v. 1, pp. 162/3; Cândido Rangel Dinamarco, A instrumentalidade do processo, pp. 117/8, especialmente, nota 10. 8

9 voluntária, conceituada como forma de administração pública de interesses privados. 9 (v) definitividade as decisões proferidas pelos órgãos jurisdicionais emprestam definitividade às soluções dos litígios, o que é representando no processo, pelo instituto da coisa julgada material; há a vedação da revisão daquilo que foi decidido, quando exaurida a jurisdição, ressalvada a hipótese de vícios processuais que autorizem a propositura de ação rescisória, dentro do biênio decadencial (art. 495, do CPC), ou, de ação declaratória de inexistência de ato processual, independentemente de prazo. (vi) contraditório regular decorrente da existência de regras bem definidas e de conhecimento prévio das partes, o que empresta legitimidade ao procedimento. 9 Dada a característica da litigiosidade da jurisdição, costuma-se apontar como um contra-senso, a própria afirmação da existência de uma jurisdição que seja voluntária. 9

10 3. A tutela jurisdicional A Jurisdição é uma das funções que o Estado realiza na persecução do bem comum a seu povo. O resultado da atividade jurisdicional, de seu lado, consiste na tutela jurisdicional. Entendemos que, a partir de um matiz constitucional e sob o manto do corolário do direito processual contido na cláusula due process of law, e dos princípios do contraditório e da isonomia que dela decorrem, ser a tutela jurisdicional o próprio exercício da atividade jurisdicional e o resultado que dela advém, atingindo ambos os titulares da relação processual, em seus pólos ativo e passivo Cf. Tutela Jurisdicional Específica: Mandamental e Executiva Lato Sensu, p

11 4. Classificação da Jurisdição Em princípio, não é de todo correto falar-se em uma classificação da Jurisdição, já que ela é uma função que reflete a soberania do Estado. A sua estratificação em classes tem uma finalidade essencialmente didática, para um melhor rendimento de seu estudo. Como primeiro critério, é possível distinguir a jurisdição em civil e penal, considerando seu objeto. A distinção encontra-se na existência, ou não, de sanção penal no preceito secundário das normas dentro das quais, cada qual está enquadrada. Considerando que a Constituição Federal (art. 92) estrutura os órgãos do Poder Judiciário de forma hierarquizada, é possível, por esse critério hierarquia, identificar uma jurisdição superior e outra inferior. O princípio do duplo grau de jurisdição alberga essa diferenciação, sendo o exercício da função jurisdicional realizado, em regra, ao menos em dois graus de jurisdição, um inferior e outro superior. Vimos que a litigiosidade apresenta-se como uma das características da jurisdição. Contudo, situações excepcionais escolhidas pelo legislador por envolver bens ou interesses jurídicos de superior relevo social, acabam provocando a intervenção do Judiciário em relações jurídicas não litigiosas. Neste contexto, é lícito adotar como critério a existência de lide, para distinguir entre a jurisdição contenciosa e a jurisdição voluntária. 11

12 O art. 1º, do CPC, faz essa distinção, ao dispor que: A jurisdição civil, contenciosa ou voluntária, é exercida pelos juízes, em todo o território nacional, conforme as disposições que este Código estabelece. Deste modo, apesar da inexistência de um conflito intersubjetivo, certas relações jurídicas devem ser conduzidas pelos juizes, conferindo-lhes juridicidade perante o ordenamento. É corriqueiro afirmar-se que a invocação da Jurisdição voluntária não corresponde ao exercício do direito de ação; que é movimentada por meio de procedimento que não chega a se constituir em processo; que não há partes, mas, interessados; e, que, tampouco, os pronunciamentos judiciais ficam acobertados pela eficácia da coisa julgada material. Pelo prisma dos órgãos que exercem a jurisdição, é possível distingui-la em especial ou comum, considerando as Justiças especializadas do Trabalho, Eleitoral e Militar, todas da União, estabelecidas na Constituição Federal (art. 93, IV, V e VI), e, as Justiças comuns da União (designada de Justiça Federal, conforme art. 106, da C.F.) e dos Estados, Distrito Federal e Territórios (art. 93, VII, da C.F.). 12

13 5. A Organização Judiciária Brasileira A Constituição Federal estabelece, de modo exauriente, em seu Capítulo III Do Poder Judiciário, quais são órgãos judiciais brasileiros. No plano infraconstitucional, qualquer norma que trate de organização judiciária não pode descurar do modelo estruturado na Constituição Federal. 11 O art. 92, reza: Art. 92. São órgãos do Poder Judiciário: I o Supremo Tribunal Federal; I- A o Conselho Nacional de Justiça; II o Superior Tribunal de Justiça; III os Tribunais Regionais Federais e Juízes Federais; IV os Tribunais e Juízes do Trabalho; V os Tribunais e Juízes Eleitorais; VI os Tribunais e Juízes Militares; VII os Tribunais e Juízes dos Estados e do Distrito Federal e Territórios. omissis 11 Cândido Rangel Dinamarco alude a um numero fechado de órgãos judiciários, Instituições de Direito Processual Civil, vol. I, p

14 5.1. O Supremo Tribunal Federal O Supremo Tribunal Federal é o órgão de cúpula do Poder Judiciário nacional, tendo sede na Capital Federal e competência para todo o território nacional (art. 92, 1º e 2º, da C.F.) O STF é composto por 11 ministros, nomeados pelo Presidente da República, dentre cidadãos de idade entre 35 e 65 anos, de notável saber jurídico e reputação ilibada (art. 101, da C.F.), após aprovação pela maioria absoluta dos membros do Senado Federal (art. 101, p. u., da C.F.) O Supremo Tribunal Federal é o guardião da Constituição Federal (art. 102, da C.F.), possuindo competência jurisdicional divida em três ordens diversas, a saber: competência originária (art. 102, I, da C.F.); competência recursal ordinária (art. 102, II, da C.F.); e, competência recursal extraordinária (art. 102, III, da C.F.). 12 São órgão jurisdicionais fracionários do Supremo Tribunal Federal: o Plenário, as Turmas (em número de duas), e, o Presidente, conforme previsão do art. 3º, de seu Regimento Interno A EC nº 45/04 alterou a competência recursal extraordinária do STF, criando uma nova hipótese de cabimento do recurso extraordinário, ao acrescentar nova alínea ao inciso III, do art. 102, com a seguinte redação: Art. 102 III d) julgar válida lei local contestada em face desta Constituição. Sobre o tema, ver o nosso, As alterações das hipóteses de cabimento dos Recursos Extraordinário e Especial promovidas pela Emenda Constitucional nº 45, de 8 de dezembro de 2004, in, Aspectos Polêmicos e Atuais dos Recursos Cíveis (coord. Nelson Nery Jr. e Teresa Arruda Alvim Wambier), São Paulo: RT, 2006, vol. 10, p Publicado no Diário Oficial da União, de

15 5.2. O Conselho Nacional de Justiça Criado pela Emenda Constitucional nº 45, de , o Conselho Nacional de Justiça tem sede na Capital Federal (art. 92, 1º, da C.F.) O CNJ é composto de 15 membros, com mais de 35 anos e menos de 66 anos, sendo um Ministro do Supremo Tribunal Federal, outro do Superior Tribunal de Justiça e outro do Tribunal Superior do Trabalho, cada qual indicado pelo respectivo Tribunal; um juiz estadual e um desembargador de Tribunal de Justiça, indicados pelo STF; um juiz federal e um juiz de Tribunal Regional Federal, indicados pelo STJ; um juiz do trabalho e um juiz do Tribunal Regional do Trabalho, indicados pelo TST; um membro do Ministério Público da União, indicado pelo Procurador Geral da República; um membro do Ministério Público estadual, indicado pelo Procurador Geral da República dentre os nomes indicados pelo órgão competente de cada instituição estadual; dois advogados, indicados pelo Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil; dois cidadãos, de notável saber jurídico e reputação ilibada, um indicado pela Câmara dos Deputados e outro pelo Senado Federal (art B, da C.F.). Todos os membros do CNJ são nomeados pelo Presidente da República, após aprovação pela maioria absolta do Senado Federal (art. 103-B, 2º, da C.F.) O CNJ é presidido pelo Ministro do STF, que contará com voto de Minerva para desempate, estando excluído da distribuição de processos (art. 103-B, 1º, da C.F.) 15

16 O CNJ tem competência administrativa e hierárquicacorreicional, cabendo-lhe o controle da atuação administrativa e financeira do Poder Judiciário e do cumprimento dos deveres funcionais dos juízes previstas nos incisos I a VII, do 4º, do art. 103-B, da C.F., além de outras atribuições que lhe forem conferidas pelo Estatuto da Magistratura. Oficiarão perante o CNJ, o Procurador Geral da República e o Presidente do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (art. 103-B, 6º, da C.F.). Digna de destaque é a criação de ouvidorias de justiça pela União, inclusive no Distrito Federal e Territórios, para receber reclamações e denúncias de qualquer interessado contra membros ou órgãos do Poder Judiciário, ou contra seus serviços auxiliares apresentadas diretamente ao CNJ (art. 103-B, 7º, da C.F.). O preceito revela a intenção do legislador de aproximar a Justiça dos jurisdicionados, criando um mecanismo de comunicação direta entre os últimos e o órgão máximo de controle funcional dos juízes e dos serviços auxiliares da Justiça. 16

17 5.3. O Superior Tribunal de Justiça O Superior Tribunal de Justiça é o órgão máximo e de superposição dentro da hierarquia das Justiças comuns da União, Estados, Distrito Federal e Territórios, tendo sede na Capital Federal e competência para todo o território nacional (art. 92, 1º e 2º, da C.F.) O STJ é composto por, no mínimo, 33 ministros (o qual é o número de sua atual composição), nomeados pelo Presidente da Republica, dentre cidadãos de idade entre 35 e 65 anos, de notável saber jurídico e reputação ilibada, após aprovação pela maioria absoluta dos membros do Senado Federal (art. 104, parágrafo único, da C.F.) Os Ministros do STJ compõe-se de 1/3 de juízes dos Tribunais Regionais Federais, 1/3 de desembargadores dos Tribunais de Justiça, indicados em lista tríplice elaborada pelo próprio Tribunal (art. 104, parágrafo único, I, da C.F.), e, 1/3, em partes iguais, dentre advogados e membros do Ministério Público Federal, Estadual, do Distrito Federal e Territórios, alternadamente, indicados em lista sêxtupla pelos órgãos de representação das respectivas classes, reduzida à lista tríplice pelo Tribunal, para escolha e nomeação pelo Presidente da República (art. 104, parágrafo único, II, c.c. art. 94 e parágrafo único, da C.F.) De modo simétrico ao STF, o Superior Tribunal de Justiça possui competência jurisdicional divida em três ordens diversas, a saber: competência originária (art. 105, I, da C.F.); competência recursal 17

18 ordinária (art. 105, II, da C.F.); e, competência recursal especial (art. 105, III, da C.F.). 14 São órgão jurisdicionais fracionários do STJ: o Plenário, a Corte Especial, as Seções Especializadas, e, as Turmas Especializadas (art. 2º, I a III, do Regimento Interno do STJ). 15 O Plenário do STJ é composto pela totalidade dos Ministros e a Corte Especial é composta por 22 Ministros (art. 2º, 1º e 2º, do R.I. STJ). Há 3 Seções Especializadas, compostas por 2 Turmas Especializadas, que por sua vez são compostas de 5 Ministros. A 1ª Seção é integrada pelas 1ª e 2ª Turmas; a 2ª Seção é integrada pelas 3ª e 4ª Turmas; e a 3ª Seção é integrada pelas 5ª e 6ª Turmas (art. 2º, 3º e 4º, do R.I. STJ). A competência das Seções é fixada pela matéria (art. 8º, do R.I. STJ). A 1ª Seção tem competência, primordial, sobre direito público, discriminada no art. 9º, 1º, do R.I. STJ. A 2ª Seção tem competência, preferencial, sobre direito privado, discriminada no art. 9º, 2º, do R.I. STJ. A 3ª Seção tem competência, prioritária, sobre direito penal, discriminada no art. 9º, 3º, do R.I. STJ. 14 A EC nº 45/04 alterou a competência recursal especial do STJ, alterando uma das hipóteses de cabimento do recurso especial, ao dar nova redação à alínea b, do inciso III, do art. 105, que passou a ter a seguinte redação: Art. 105 III b) julgar válido ato de governo local contestado em face de lei federal. 15 Publicado no Diário da Justiça, de

19 Prevê-se ainda junto ao STJ, a Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados, e o Conselho da Justiça Federal ao qual compete exercer, na forma da lei, a supervisão administrativa e orçamentária da Justiça Federal de primeiro e segundo graus, como órgão central do sistema e com poderes correicionais, cujas decisões terão caráter vinculante (art. 105, parágrafo único, da C.F., com a redação dada pela E.C. nº 45/04). 19

20 5.4. A Justiça do Trabalho São órgãos da Justiça do Trabalho: o Tribunal Superior do Trabalho, os Tribunais Regionais do Trabalho e os juízes do Trabalho (art. 111, da C.F.). A representação paritária de classe das categorias profissionais (trabalhadores) e categorias econômicas (empregadores) que, desde sua formação, compunham os juízos trabalhistas, deixaram de existir a partir da vigência da Emenda Constitucional nº 24, de , alterando a redação dos arts. 111, 112, 113, 115 e 116, da Constituição Federal. A competência da Justiça do Trabalho é baseada no critério ratione materiae e vem estabelecida no art. 114, da C.F., a qual foi alargada pela E.C. nº 45/04, que criou onze incisos e deu nova redação aos 2º e 3º do mencionado dispositivo. É oportuno apontar que somente a Justiça do Trabalho não tem competência penal O Tribunal Superior do Trabalho O Tribunal Superior do Trabalho é o órgão máximo e de superposição da Justiça do Trabalho, tendo sede na Capital Federal e competência para todo o território nacional (art. 92, 1º e 2º, da C.F.). O TST compõe-se de 27 ministros nomeados pelo Presidente da Republica, dentre cidadãos de idade entre 35 e 65 anos, de notável saber jurídico e reputação ilibada, após aprovação pela maioria 20

21 absoluta dos membros do Senado Federal (art. 111-A, da C.F., conforme redação dada pela E.C. nº 45/04). Em sua composição, o TST observa a regra do quinto constitucional (art. 94, da C.F.), sendo que 1/5 de seus membros são escolhidos dentre advogados e membros do Ministério Público do Trabalho, com mais de 10 anos de efetiva atividade profissional na respectiva carreira, alternadamente, indicados em lista sêxtupla pelos órgãos de representação das respectivas classes, reduzida à lista tríplice pelo Tribunal, para escolha e nomeação pelo Presidente da República (art. 111-A, I, c.c. art. 94 e parágrafo único, da C.F.). Os demais membros do TST são juízes dos Tribunais Regionais do Trabalho, oriundos da magistratura de carreira, indicados pelo próprio TST (art. 111-A, II, da C.F.) O TST funciona por meio de órgãos jurisdicionais fracionários, compostos de cinco Turmas, de 5 ministros, cada uma (art. 699, da CLT); duas Seções Especializadas: uma, em dissídios coletivos (art. 2º, da Lei nº 7.701/88); outra, em dissídios individuais (art. 3º, da Lei nº 7.701/88); e, o Tribunal Pleno (art. 4º, da Lei nº 7.701/88). A, 1º, da C.F.). A competência do TST é estabelecida em lei (art A Lei nº 7.701, de , que, revogando tacitamente o art. 702, da CLT, passou a disciplinar a matéria, estabelece que o TST, por seus órgãos fracionários, exercerá competência originária e recursal Cf. Wilson de Souza Campos Batalha, Tratado de Direito Judiciário do Trabalho, V. I, p. 306; Eduardo Gabriel Saad, CLT Comentada, p

22 A competência do Tribunal Pleno do TST vem disciplinada no art. 4º, da Lei nº 7.701/88. À Seção de Dissídios Coletivos ou Seção Normativa compete processar e julgar, originariamente, as causas previstas no art. 2º, I, da Lei nº 7.701/88, e, os recursos e incidentes processuais estipulados no inciso II, do referido preceito legal. Por seu turno, compete à Seção de Dissídios Individuais processar e julgar, originariamente, as causas previstas no art. 3º, I, da Lei nº 7.701/88, e, os recursos e incidentes processuais estipulados nos incisos II e III, do referido preceito legal. Por último, a competência de cada Turma do TST está elencada no art. 5º, da Lei nº 7.701/88. Como órgão de cúspide da Justiça do Trabalho, o TST possui a última palavra sobre o direito infraconstitucional do trabalho. Entretanto, dentro das hipóteses constitucionais de cabimento e presentes os demais requisitos de admissibilidade, suas decisões poderão ser objeto de recurso extraordinário ao Supremo Tribunal Federal. Prevê-se ainda junto ao TST, a Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados do Trabalho (art. 111-A, 2º, I, da C.F.), e o Conselho Superior da Justiça do Trabalho, ao qual competirá exercer, na forma da lei, a supervisão administrativa, orçamentária, financeira e patrimonial da Justiça do Trabalho de primeiro e 22

23 segundo graus, como órgão central do sistema cujas decisões terão efeito vinculante (art. 111-A, 2º, II, da C.F.) Os Tribunais Regionais do Trabalho Os Tribunais Regionais do Trabalho compõem-se de, no mínimo, 7 juízes, recrutados preferencialmente na respectiva região, nomeados pelo Presidente da Republica, dentre cidadãos de idade entre 35 e 65 anos (art. 115, da C.F.). De modo simétrico à composição do TST, terão 1/5 de seus membros dentre advogados e membros do Ministério Público do Trabalho, com mais de 10 anos de efetiva atividade profissional na respectiva carreira, alternadamente, escolhidos na forma do art. 94, da C.F., e, os demais membros serão juízes do Trabalho, mediante promoção por antigüidade e merecimento, alternadamente (art. 115, I e II, da C.F.) A divisão judiciária do território brasileiro (por se tratar de uma Justiça da União) para Justiça do Trabalho é feita por regiões, sendo que em sua redação original, o art. 112, da C.F., previa a instalação de pelo menos um TRT em cada Estado. Por força de alteração de sua redação pela E.C. nº 45/04, já não consta mais do referido preceptivo tal exigência Em virtude da alteração explicitada no texto, tornou-se possível, ao menos em tese, extinguir-se TRT s que, em rigor, dado seu volume processual não justificava sua criação e instalação, conforme preleciona Manoel Antonio Teixeira Filho, A Justiça do Trabalho e a Emenda Constitucional nº 45/2004, pp. 21/2, in, Revista LTr, Ano 69, nº 01, jan/2005. Igualmente, Ives Gandra da Silva Martins Filho, A Reforma do Poder Judiciário e seus Desdobramentos na Justiça do Trabalho, p. 31, in, Revista LTr, Ano 69, nº 01, jan/

24 Os TRT s poderão funcionar descentralizadamente, constituindo Câmaras regionais, a fim de assegurar o pleno acesso do jurisdicionado à Justiça, aproximando os Tribunais dos jurisdicionados e minimizando custos administrativos e operacionais para seus funcionamentos (art. 115, 2º, da C.F., na redação da E.C. nº 45/04). O art. 678, da CLT, estabelece que os TRT s que estiverem divididos em Turmas, terão como órgãos fracionários o Tribunal Pleno, com competência originária e recursal, jurisdicional e administrativa (inciso I), enquanto que às Turmas compete: a) julgar os recursos ordinários previstos no art. 895, alínea a ; b) julgar os agravos de petição e de instrumento, estes de decisões denegatórias de recursos de sua alçada; e, c) impor multas e demais penalidades relativas a atos de sua competência jurisdicional, e julgar os recursos interpostos das decisões das Varas e dos Juízos de Direito que as impuserem (inciso II) Os Juízes do Trabalho Os juízos de 1º grau de jurisdição, na Justiça do Trabalho, compõem-se de órgãos monocráticos, desde a extinção da representação classista e, via de conseqüência, da supressão dos juízos colegiados das Juntas de Conciliação e Julgamento, promovida pela E.C. nº 24/99, como vimos acima. Deste modo, as Varas do Trabalho exercem sua competência por intermédio de um juiz do Trabalho (art. 116, da C.F.). A competência territorial das Varas do Trabalho segue a competência territorial estabelecida para as Justiças estaduais, que dividem 24

25 os territórios dos Estados em unidades básicas denominadas comarcas (art. 96, da Lei complementar federal nº 35, de Lei Orgânica da Magistratura Nacional ). Assim, o art. 650, da CLT, dispõe que: A jurisdição de cada Vara do Trabalho abrange o território da Comarca em que tem sede, só podendo se estendida ou restringida por lei federal. E o principal elemento de determinação do órgão territorialmente competente é a localidade onde o empregado, reclamante ou reclamado, prestar serviços ao empregador, ainda que tenha sido contratado noutro local ou no estrangeiro, como dispõe o art. 651, da CLT, ressalvada a hipótese do seu 3º, que admite foros correntes entre o do local da celebração do contrato de trabalho e o do local da prestação dos serviços, em favor do empregado. Entretanto, é comum encontrar diversas Varas do Trabalho reunidas dentro de uma mesma base territorial, assim como, é possível que uma Vara do Trabalho abranja extensão territorial de mais de uma comarca, como prevê o art Em comarcas não abrangidas por Vara do Trabalho, os juízes de direito exercerão a competência trabalhista, cabendo de sua decisões recursos para o TRT s das respectivas regiões (art. 112, da C.F. a redação que lhe foi atribuída pela E.C. nº 45/04 explicitou a competência recursal dos TRT s, que, apesar da inexistência de regra explícita, sempre foi inferida pacificamente pela doutrina e jurisprudência especializadas). 25

26 5.5. A Justiça Eleitoral São órgãos da Justiça Eleitoral: o Tribunal Superior Eleitoral, os Tribunais Regionais Eleitorais, os juízes Eleitorais e as Juntas Eleitorais (art. 118, da C.F.). O art. 121, da C.F. dispõe que lei complementar disciplinará a organização e a competência dos Tribunais, dos juízes de Direito e das Juntas Eleitorais. A principal fonte normativa infraconstitucional do direito eleitoral é o Código Eleitoral (Lei nº 4.737, ) e suas modificações posteriores, seguindo um critério ratione materiae para determinação de competência da Justiça Eleitoral. Cabe destacar que os juízes da Justiça Eleitoral, salvo motivo justificado, servirão obrigatoriamente por dois anos, e nunca por mais de dois biênios consecutivos (art. 121, da C.F., e, art. 14, do Código Eleitoral) O Tribunal Superior Eleitoral O Tribunal Superior Eleitoral é o órgão máximo e de superposição da Justiça Eleitoral, tendo sede na Capital Federal e competência para todo o território nacional (art. 92, 1º e 2º, da C.F.). O TSE compõe-se de, no mínimo, 7 ministros, sendo 5 escolhidos, mediante eleição, por voto secreto: 3 dentre Ministros do Supremo Tribunal Federal e 2 dentre Ministros do Superior Tribunal de 26

27 Justiça; e, os outros 2 são nomeados pelo Presidente da República, escolhidos dentre 6 advogados, de notável saber jurídico e idoneidade moral, indicados pelo Supremo Tribunal Federal (art. 119, da C.F.). O TSE possui competência originária e recursal (notadamente contra decisões dos TRE s) estabelecidas, respectivamente, nos incisos I e II, do art. 22, do Código Eleitoral. As deliberações do TSE são decididas, ao menos por maioria absoluta, em sessões públicas, presente, ao menos, a maioria de seus membros (art. 19, do Código Eleitoral). As decisões do TSE são irrecorríveis, salvo as que contrariarem a Constituição Federal e as denegatórias de habeas corpus ou mandado de segurança (art. 121, 3º, da C.F.) O TSE é a última instância judiciária sobre matéria eleitoral infraconstitucional, razão pela qual incabível recurso especial para o Superior Tribunal de Justiça. Contudo, presentes os requisitos constitucionais e legais de admissibilidade, das suas decisões será cabível recurso extraordinário para o Supremo Tribunal Federal. O Procurador Geral da República exerce a função de Procurador Geral da Justiça Eleitoral perante o TSE (art. 18, do Código Eleitoral). 27

28 Os Tribunais Regionais Eleitorais A Constituição Federal, em seu art. 120, determina a instalação e funcionamento de um Tribunal Regional Eleitoral na Capital de cada Estado e um no Distrito Federal. Os TRE s são compostos de 7 juízes, sendo 4 escolhidos, mediante eleição, por voto secreto: 2 dentre desembargadores do Tribunal de Justiça e 2 dentre juízes de Direito, escolhidos pelo Tribunal de Justiça; 1 dentre juízes do Tribunal Regional Federal com sede na Capital do Estado ou no Distrito Federal, ou, não havendo, um juiz federal, em qualquer caso, escolhido pelo TRF respectivo; e, outros 2 são nomeados pelo Presidente da República, escolhidos dentre 6 advogados, de notável saber jurídico e idoneidade moral, indicados pelo Tribunal de Justiça (art. 120, da C.F.). Os TRE s possuem competência originária e recursal (notadamente contra as decisões proferidas pelos juizes e juntas eleitorais) estabelecidas, respectivamente, nos incisos I e II, do art. 29, do Código Eleitoral. As decisões dos TRE s são irrecorríveis (art. 121, 4º, da C.F.), salvo quando: I forem proferidas contra disposição expressa da Constituição ou de lei; II ocorrer divergência de interpretação de lei entre dois ou mais tribunais eleitorais; III versarem sobre inelegibilidade ou expedição de diplomas nas eleições federais ou estaduais; 28

29 IV anularem diplomas ou decretarem a perda de mandatos eletivos federais ou estaduais; V denegarem habeas corpus, mandado de segurança, habeas data ou mandado de injunção Os Juízes e as Juntas Eleitorais Constituem-se de órgãos jurisdicionais de 1º grau de jurisdição na Justiça Eleitoral, os juízes de Direito exercentes da função de juízes eleitorais e as juntas eleitorais (art. 121, 1º, da C.F.; art. 32, do Código Eleitoral). Para a administração da Justiça Eleitoral, o território do Estado é divido em unidades básicas denominadas zonas eleitorais (art. 32, do Código Eleitoral). Os juízes eleitorais têm competência penal e civil e sobre matéria administrativa (art. 35, do Código Eleitoral). As juntas eleitorais são compostas de um juiz de direito, que é seu presidente, e de 2 a 4 quatro cidadãos de notória idoneidade (art. 36, do Código Eleitoral). A composição das juntas eleitorais revela dois aspectos incomuns nas demais Justiças e seus órgãos: trata-se de um colegiado em 1º grau de jurisdição, formando por juízes de direito e juízes leigos. As juntas eleitorais têm duração episódica e temporária, sendo que seus membros são nomeados 60 dias antes da eleição, depois de aprovação pelo presidente do Tribunal Regional Eleitoral (art. 36, 1º). 29

30 A competência das juntas eleitorais é voltada a temas administrativos das eleições, sendo-lhes vedada competência penal (art. 40, do Código Eleitoral). 30

31 5.6. A Justiça Militar São órgãos da Justiça Militar: o Superior Tribunal Militar, os Tribunais e juízes Militares instituídos por lei (art. 122, da C.F.). A Lei de Organização Judiciária Militar da União (Lei nº 8.457, de ), estabelece como órgãos da Justiça Militar, a par do STM, as Auditorias de Correição, os Conselhos de Justiça, os Juízes- Auditores e os Juízes-Auditores Substitutos (art. 1º). Compete à Justiça Militar processar e julgar os crimes militares definidos em lei (art. 124, da C.F.), o que revela um critério ratione materiae para determinação de sua competência. A competência da Justiça Militar é exclusivamente penal. Os crimes militares estão definidos no Código Penal Militar (Decreto-Lei nº 1001, de ), distinguindo os quais são passíveis de serem cometidos em tempo de paz (art. 9º), daqueles que são cometidos em tempo de guerra (art. 10). Na vigência do estado de guerra, o 2º grau de jurisdição da Justiça Militar é exercido pelos Conselhos Superiores da Justiça Militar, os quais são formados por dois oficiais-generais e um juiz-auditor, todos nomeados pelo Presidente da República (arts. 89 e 91, da LOJM) 31

32 O Superior Tribunal Militar O Superior Tribunal Militar é o órgão de cúpula da Justiça Militar, tendo sede na Capital Federal e competência para todo o território nacional (art. 92, 1º e 2º, da C.F.). O STM compõe-se de 15 ministros vitalícios, nomeados pelo Presidente da República, depois de aprovada a indicação pelo Senado Federal, sendo 3 oficiais-generais da Marinha, 3 oficiais-generais da Aeronáutica, 4 oficiais-generais do Exército, e 5 cinco civis (art. 123, da C.F.). Os Ministros civis serão escolhidos pelo Presidente da República, dentre brasileiros (natos ou naturalizados, conforme art. 12, 2º e 3º, da C.F.), maiores de 35 anos, sendo 3 advogados, de notável saber jurídico e conduta ilibada, com mais de dez anos de efetiva atividade profissional, e, 2, por escolha paritária, dentre juízes auditores e membros do Ministério Público da Justiça Militar (art. 123, parágrafo único, da C.F.). O STM possui competência originária e recursal (notadamente contra decisões dos juízos de 1º grau) estabelecidas, respectivamente, nos incisos I e II, do art. 6º, da LOJM Os Juízos Militares de 1º grau de jurisdição Para efeito de administração da Justiça Militar em tempo de paz, o território nacional divide-se em doze Circunscrições Judiciárias Militares (art. 2º, da LOJM). 32

33 Em regra, a cada Circunscrição Judiciária Militar corresponde uma Auditoria, possuindo competência para conhecer dos feitos relativos à Marinha, Exército e Aeronáutica (art. 11, da LOJM). Por sua vez, em cada Auditoria há um juiz-auditor (art. 15, da LOJM). O juiz-auditor e quatro juizes militares formam os Conselhos de Justiça (art. 16, da LOJM). Os Conselhos de Justiça são de duas espécies: a) Conselho Especial de Justiça, constituído pelo Juiz-Auditor e quatro Juízes militares, sob a presidência, dentre estes, de um oficial-general ou oficial superior, de posto mais elevado que o dos demais juízes, ou de maior antigüidade, no caso de igualdade; b) Conselho Permanente de Justiça, constituído pelo Juiz-Auditor, por um oficial superior, que será o presidente, e três oficiais de posto até capitão-tenente ou capitão (art. 16, da LOJM). Os Conselhos de Justiça funcionam na sede das Auditorias, salvo casos especiais por motivo relevante de ordem pública ou de interesse da Justiça e pelo tempo indispensável, mediante deliberação do Superior Tribunal Militar (art. 17, da LOJM). Compete aos juízes de direito do juízo militar processar e julgar, singularmente, os crimes militares cometidos contra civis e as ações judiciais contra atos disciplinares militares, cabendo ao Conselho de Justiça, sob a presidência de juiz de direito, processar e julgar os demais crimes militares (art. 125, 5º, da C.F., na redação de E.C. nº 45/02) 33

34 A competência do juiz-auditor está disciplinada no art. 30, da LOJM, sendo que a função dos juízes militares nos Conselhos de Justiça é efêmera, cuja escolha é feita por sorteio (arts. 23, 1º, e 24, da LOJM). A norma legal deve obedecer a nova regra constitucional sobre a competência da justiça militar O ingresso na carreira da Magistratura da Justiça Militar dar-se-á no cargo de Juiz-Auditor Substituto, mediante concurso público de provas e títulos organizado e realizado pelo Superior Tribunal Militar, com a participação da Ordem dos Advogados do Brasil, em todas as suas fases (art. 33, da LOJM). Os juízes-auditores adquirem vitaliciedade após dois anos de exercício (art. 48, da LOJM; art. 22, II, b, da LOMAN). A Auditoria de Correição é órgão de fiscalização e orientação judiciário-administrativa, portanto, sem função jurisdicional, exercida pelo juiz-auditor corregedor, com competência sobre todo território nacional (arts. 12 a 14, LOJM). 34

35 5.7. A Justiça Federal (justiça comum da União) São órgãos da Justiça Federal: os Tribunais Regionais Federais e os juízes federais (art. 106, da C.F.). O uso da expressão Justiça Federal, o qual é empregado pelo próprio legislador constituinte, não é muito exato, pois, são organizadas e mantidas pela União, outras três Justiças: do Trabalho, Eleitoral, e Militar. Considerando que as demais Justiças da União são especializadas, em virtude da matéria (ou seja, a relação de direito material controvertida) sobre a qual exercem sua competência, a denominada Justiça Federal é tratada como a justiça comum da União. Durante o Governo provisório, logo após a Proclamação da República em 1890, por força do Decreto 848, de 11 de outubro de 1890, a Justiça Federal foi organizada. A Constituição Republicana de 1891 previa a criação da Justiça Federal, ao dispor em seu art. 55: Art. 55. O poder judiciário da União terá por órgãos um Supremo Tribunal Federal com sede na Capital da República e tantos juízes e tribunais federais distribuídos pelo país, quantos o Congresso criar Cf. Herculano de Freitas, Direito Constitucional, p. 399; Pontes de Miranda, Comentários à Constituição de 1967, Tomo IV, p

36 A Justiça Federal de primeiro grau foi extinta através do golpe de estado liderado por Getúlio Vargas e a Carta outorgada em A competência dos órgãos da Justiça Federal, em 1º e 2º graus está disciplinada na própria Constituição Federal (arts. 108 e 109) Os Tribunais Regionais Federais Os Tribunais Regionais Federais compõem-se de, no mínimo, 7 juízes, recrutados preferencialmente na respectiva região, nomeados pelo Presidente da Republica, dentre cidadãos de idade entre 35 e 65 anos, sendo que um 1/5 de seus membros são escolhidos dentre advogados e membros do Ministério Público Federal, com mais de 10 anos de efetiva atividade profissional na respectiva carreira, alternadamente, escolhidos na forma do art. 94, da C.F., e, os demais membros serão juízes federais, com mais de 5 anos de exercício, mediante promoção por antigüidade e merecimento, alternadamente (art. 107, I e II, da C.F.) A divisão judiciária do território brasileiro (por se tratar de uma Justiça da União) para Justiça Federal é feita por regiões, sendo fixadas por lei sua sede e competência (art. 107, 1º, da C.F.). Por força do art. 27, 6º, do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, foram criados cinco TRF s, cujas sedes e competências territoriais foram fixadas pela Resolução nº 01, de , do extinto Tribunal Federal de Recursos, a saber: (i) TRF da 1ª região, com sede em Brasília e competência sobre o Distrito Federal e os Estados do Acre, Amapá, Amazonas, Bahia, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Minas Gerais, Pará, Piauí, Rondônia, Roraima e Tocantins; 36

37 (ii) TRF da 2ª região, com sede no Rio de Janeiro e competência sobre os Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo; (iii) TRF da 3ª região, com sede em São Paulo e competência sobre os Estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul; (iv) TRF da 4ª região, com sede em Porto Alegre e competência sobre os Estados do Rio Grande do Sul, Paraná e Santa Catarina; e, (v) TRF da 5ª região, com sede em Recife e competência sobre os Estados de Pernambuco, Alagoas, Ceará, Paraíba, Rio Grande do Norte e Sergipe. O TRF s instalarão a justiça itinerante, com realização de audiências e demais funções da atividade jurisdicional, nos limites territoriais da respectiva jurisdição, servindo-se de equipamentos públicos e comunitários (art. 107, 2º, da C.F., na redação da E.C. nº 45/04). Os TRF s poderão funcionar descentralizadamente, constituindo Câmaras regionais, a fim de assegurar o pleno acesso do jurisdicionado à Justiça, aproximando os Tribunais dos jurisdicionados e minimizando custos administrativos e operacionais para seus funcionamentos (art. 107, 3º, da C.F., na redação da E.C. nº 45/04). Os TRF s têm competência originária e recursal (especialmente, para julgar os recursos interpostos contra as decisões dos juízes federais e juízes estaduais no exercício da competência da Justiça Federal), respectivamente, conforme os incisos I e II, do art. 108, da C.F Os Juízes Federais Em 1º grau de jurisdição, a competência territorial dos órgãos jurisdicionais federais é constituída por seções judiciárias, uma no 37

38 Distrito Federal e uma em cada Estado federado, sendo sua sede a respectiva capital (art. 110, da C.F.; art. 5º, 1º, da LOMAN). Cada seção judiciária é composta por diversas varas federais, estando cada TRF, no âmbito de sua região e por ato próprio, autorizado a estabelecer a competência das Varas a serem criadas, bem como transferir-lhes a sede de um Município a outro, de acordo com a conveniência do Tribunal e a necessidade de agilização da prestação jurisdicional (art. 3º, da Lei nº 9.788, de ). 19 É possível, portanto, dentro de uma seção judiciária, localizarem-se reunidas Varas Federais, especializadas ou não, em uma subseção judiciária, com sede e competência territorial determinada por ato do respectivo TRF. No âmbito do TRF da 3ª Região, o seu Conselho da Justiça Federal, por meio do Provimento nº 90, de , dividiu a seção judiciária de São Paulo, inicialmente, em 12 subseções judiciárias. 20 A competência dos juízes federais encontra-se em onze incisos, no art. 109, da C.F. O principal critério de sua estipulação é ratione personae, tendo em vista a participação na causa da União, entidade autárquica ou empresa pública federal, como se verifica do teor do inciso I, do art. 109: 19 A norma tem origem remota na Lei Orgânica da Justiça Federal LOJF (Lei nº 5.010, de ), art. 12, que estipula: Art. 12. Nas Seções Judiciárias em que houver mais de uma Vara, poderá o Conselho da Justiça Federal fixar-lhes sede em cidade diversa da Capital, especializar Varas e atribuir competência por natureza de feitos a determinados juízes. 20 DJU de 25/03/94, p , Caderno 1, Parte 1. 38

39 Art Aos juízes federais compete processar e julgar: I as causas em que a União, entidade autárquica ou empresa pública federal forem interessadas na condição de autoras, rés, assistentes ou opoentes, exceto as de falência, as de acidentes de trabalho e as sujeitas à Justiça Eleitoral e à Justiça do Trabalho. De acordo com informação colhida no site do TRF da 3ª Região, a Justiça Federal de Primeira Instância - Seção Judiciária do Estado de São Paulo foi instalada em 4 de maio de 1967, inicialmente com sete Varas Federais. Atualmente, há 134 Varas Federais em funcionamento (e outras 18 não instaladas, 9 Varas-Gabinete para os Juizados Especiais Federais), distribuídas em 32 Fóruns Federais, nas 28 Subseções Judiciárias, sendo a 1ª na Capital e as demais no interior do Estado. Em 14 de janeiro de 2002 foi implantado o Juizado Especial Federal Previdenciário. É importante destacar, ainda, como órgãos da Justiça Federal de 1º grau, os juizados especiais que são considerados órgãos da Justiça Ordinária, com competência para conciliação, processo, julgamento e execução, nas causas de sua competência (art. 98, 1º, da C.F.; c.c. art. 1º, da Lei nº 9.099, de , c.c., art. 1º, da Lei nº /01). Pelo critério valor, as causas deverão ser de até 60 salários-mínimos (art. 3º, da Lei nº /01). 39

40 5.8. As Justiças comuns dos Estados, Distrito Federal e Territórios São órgãos das Justiças comuns Estaduais, os Tribunais de Justiça e os juízes de direito (art. 92, VII, da C.F.). Os Tribunais de Alçada, nos Estados onde estes existiam (no Estado de São Paulo havia 3 Tribunais de Alçada: 2 civis e um criminal), foram extintos por força do art. 4º, da E.C. nº 45/04. Considerando que a Justiça Federal é, primacialmente, voltada a processar e julgar causas de interesse da União, ela guarda uma relação de especialidade com as Justiças estaduais. É valido afirmar-se que a competência da Justiça estadual é efetivamente residual dentro da organização judiciária brasileira, tanto ao se considerar a competência das Justiças especializadas, quanto a da Justiça comum da União Os Tribunais de Justiça Os Tribunais de Justiça têm sede na Capital do Estado e competência dentro dos limites territoriais do respectivo Estado (art. 16, da LOMAN). O Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios tem sede na Capital Federal e competência fixada em lei (art. 19, da LOMAN). Os TJ s são compostos de juízes de direito da carreira da Magistratura estadual, promovidos, alternadamente, por antigüidade e 40

41 merecimento (art. 93, III, da C.F.; art. 87, da LOMAN), observada a regra do quinto constitucional, pela qual 1/5 de seus membros são escolhidos dentre advogados e membros do Ministério Público, com mais de 10 anos de efetiva atividade profissional na respectiva carreira, alternadamente, indicados em lista sêxtupla pelos órgãos de representação das respectivas classes, reduzida à lista tríplice pelo Tribunal, para escolha e nomeação pelo Governador do Estado (art. 94 e parágrafo único, da C.F.). Os TJ s possuem competência originária definida pela Constituição estadual (art. 125, 1º, 1ª parte, da C.F.) e recursal sobre as decisões proferidas pelos juízos de 1º grau. A Constituição do Estado de São Paulo estabelece em seu art. 74, a competência originária do Tribunal de Justiça. São órgãos fracionários dos Tribunais de Justiça, o Tribunal Pleno, as câmaras, que reunidas formam um grupo de câmaras, que por sua vez, podem ser reunidas em Seções Especializadas. É facultada a criação de um órgão especial, nos Tribunais com mais de 25 membros, o qual será formado com um mínimo de 11 e máximo 25 membros, para o exercício de atribuições administrativas e jurisdicionais delegadas do tribunal pleno, sendo metade das vagas por antigüidade e metade por eleição do tribunal pleno (art. 93, XI, da C.F., na redação da E.C. nº 45/04). No TJ de São Paulo, cada três câmaras formam um grupo de câmaras (art. 8º, da Lei complementar estadual nº 225, de ); reunidas por critério de competência material, em três Seções Especializadas: 1ª Seção de Direito Privado; 2ª Seção de Direito Público, e, 3ª Seção de Direito Criminal (art. 9º, da Lei comp. est. nº 225/79). 41

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