Revista de Administração - RAUSP ISSN: rausp@edu.usp.br Universidade de São Paulo Brasil

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Revista de Administração - RAUSP ISSN: 0080-2107 rausp@edu.usp.br Universidade de São Paulo Brasil"

Transcrição

1 Revsta de Admnstração - RAUSP ISSN: rausp@edu.usp.br Unversdade de São Paulo Brasl Pozz Lucches, Eduardo; Famá, Rubens O mpacto das decsões de nvestmento das empresas no valor de mercado das ações negocadas na Bovespa no período de 1996 a 2003 Revsta de Admnstração - RAUSP, vol. 42, núm. 2, abrl-juno, 2007, pp Unversdade de São Paulo São Paulo, Brasl Dsponível em: Como ctar este artgo Número completo Mas artgos Home da revsta no Redalyc Sstema de Informação Centífca Rede de Revstas Centífcas da Amérca Latna, Carbe, Espanha e Portugal Projeto acadêmco sem fns lucratvos desenvolvdo no âmbto da ncatva Acesso Aberto

2 O mpacto das decsões de nvestmento das empresas no valor de mercado das ações negocadas na Bovespa no período de 1996 a 2003 Eduardo Pozz Lucches Rubens Famá RESUMO O objetvo neste artgo é nvestgar o mpacto das decsões de nvestmento das empresas brasleras, dvulgadas por meo de anúncos, no valor de suas ações negocadas na Bolsa de Valores de São Paulo, no período de 1996 a O exo teórco baseouse no modelo tradconal de avalação de empresas sugerdo por Modglan e Mller (1961), cuja hpótese auxlar é o argumento de que os drgentes procuram maxmzar o valor da empresa ao tomarem suas decsões de nvestmento. Tendo como pressuposto a lgação exstente entre o mercado de captas e a decsão de nvestmento das empresas, fo realzado um estudo de evento com o ntuto de verfcar a exstênca de retornos anormas estatstcamente sgnfcantes em torno e na data do anúnco de uma decsão de nvestmento. Os resultados mostraram que os gestores dvulgam nformações relevantes para a avalação da empresa no mercado por meo de anúncos sobre seus futuros planos de nvestmento, e que o mercado de captas reage de manera consstente com a suposção conjunta da hpótese de maxmzação do valor de mercado e do modelo tradconal de avalação de empresas. Palavras-chave: fnanças corporatvas, decsão de nvestmento, mercado de captas, estudo de evento. 1. INTRODUÇÃO O propósto central deste estudo é nvestgar o mpacto das decsões de nvestmento das empresas brasleras, dvulgadas por meo de anúncos, no valor de suas ações negocadas na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) no período de 1996 a A ntenção é verfcar, pelo método de estudo de evento, a exstênca de retornos anormas estatstcamente sgnfcantes em torno e na data do anúnco de uma decsão de nvestmento por parte das empresas. A lnha de nvestgação deste trabalho teve níco em meados da década de 1980 quando McConnell e Muscarella (1985) alertaram para o fato de que, Recebdo em 30/novembro/2005 Aprovado em 22/novembro/2006 Eduardo Pozz Lucches, Mestre em Admnstração pela Pontfíca Unversdade Católca de São Paulo (PUC-SP), Doutorando em Admnstração na Faculdade de Economa, Admnstração e Contabldade da Unversdade de São Paulo, é Professor de Fnanças do Departamento de Admnstração da PUC-SP (CEP São Paulo/SP, Brasl). E-mal: edupozz@usp.br Endereço: Pontfíca Unversdade Católca de São Paulo Departamento de Admnstração Rua Monte Alegre, 984 Edfíco Retor Bandera de Mello Sala 133A 1º andar São Paulo SP Rubens Famá é Professor Doutor do Departamento de Admnstração da Faculdade de Economa, Admnstração e Contabldade da Unversdade de São Paulo (CEP São Paulo/SP, Brasl). E-mal: rfama@usp.br R.Adm., São Paulo, v.42, n.2, p , abr./mao/jun

3 Eduardo Pozz Lucches e Rubens Famá com exceção dos estudos sobre aqusções, exstam relatvamente poucas evdêncas sobre o efeto das decsões de nvestmento no valor de mercado das empresas. Tal escassez de estudos, segundo os autores, podera ser explcada pela pressuposção, com acetação quase unversal, de que as forças de mercado compelem os drgentes a segur a regra de maxmzação do valor de mercado em suas decsões de dspêndo de captal (McCONNELL e MUSCARELLA, 1985, p.400). A ncatva desses autores consttuu um mportante dvsor de águas a partr do qual dversos autores passaram a analsar com profunddade os anúncos de dspêndo de captal das empresas e seu efeto no valor de mercado das ações. Todava, a despeto do grande volume de estudos publcados e da ntrodução de novas varáves, anda não há um consenso amplamente aceto acerca da reação do mercado de captas às decsões de nvestmento das empresas. De acordo com Chan, Gau e Wang (1995, p.82), as evdêncas da lteratura apresentam uma stuação engmátca, pos algumas decsões de nvestmento resultam em reações negatvas do mercado, enquanto outras resultam em reações postvas. É pertnente salentar que as evdêncas empírcas exstentes podem ser dvddas em dos grupos dstntos em vrtude da abordagem dferencada que dspensaram ao tema. O prmero grupo nvestgou a reação do mercado de captas às decsões de nvestmento das empresas quando elas foram dvulgadas na forma de anúncos ao mercado. O segundo grupo consderou como snal das decsões de nvestmento das empresas a varação das contas do atvo permanente e moblzado extraídas das demonstrações contábes e procurou verfcar o mpacto dessas varações no valor de mercado das ações. Essas duas abordagens dferencam-se não apenas em função da perspectva empírca, mas também em vrtude do quadro concetual sobre o qual se baseam. A abordagem do tema que leva em conta os anúncos de nvestmento dsponblzados ao mercado tem como pressuposto o quadro da teora fnancera, que preconza a exstênca de mercados de captas perfetos, a raconaldade dos nvestdores, a maxmzação da utldade esperada, a smetra nformaconal nos mercados, a exstênca de uma taxa pura de juros como crtéro de decsão e a hpótese de que as decsões dos gestores estão voltadas para a maxmzação do valor da empresa. Trata-se de premssas que dervam fortemente de um programa de pesqusa conhecdo como economa neoclássca e que podera ser caracterzado como um programa de pesqusa cujos problemas são resolvdos no contexto de um arcabouço teórco ortodoxo (BLAUG, 1999). A abordagem alternatva que tem como base a varação das contas do atvo permanente e moblzado como snal das decsões de nvestmento das empresas leva em consderação o fato de a teora fnancera apresentar mportantes lmtações. Nesse caso, entende-se que os anúncos de nvestmento das empresas não seram sufcentes como vetores de nformação, havendo necessdade de examnar a comprovação da realzação dos nvestmentos anuncados por meo dos dados contdos nas demonstrações contábes das empresas. O argumento central nessa abordagem é que exstram mperfeções no mercado de tal ordem que nvablzaram a aplcação rrestrta da teora fnancera. Lamb (1993) destaca, entre elas, a presença de assmetra nformaconal no mercado, os confltos de agênca decorrentes da separação entre propredade e controle nas corporações, o problema do rsco moral e da seleção adversa. O motvo que nstgou a realzação do presente estudo fo o fato de que, no contexto braslero, as evdêncas empírcas não se basearam nos anúncos dsponblzados pelas empresas ao mercado, mas consderaram a varação das contas do atvo permanente e moblzado extraídas das demonstrações contábes como snal das decsões de nvestmento das empresas (LAMB, 1993; ANTUNES e PROCIANOY, 2003). Como os autores encontraram ndícos de que o mercado reage em função da varação das contas do atvo permanente e moblzado, resta nvestgar se quando uma empresa comunca uma decsão de nvestmento ao mercado por meo de um anúnco, este produz alguma reação por parte dos nvestdores. Dessa forma, o desenvolvmento desta pesqusa justfca-se na medda em que, por meo de uma abordagem dstnta daquela já empreendda por autores brasleros, novos elementos acerca do comportamento do mercado de captas braslero em relação aos anúncos de nvestmento dsponblzados pelas empresas podem ser haurdos. Além dsso, a abordagem proposta neste trabalho permte nferr sobre algumas hpóteses conjuntas ressalvadas por Antunes e Procanoy (2003) e que, em função da opção empírca dos autores, anda não foram elucdadas. Prmera, o mercado não recebeu o anúnco, mostrando que os gestores não consderaram a nformação como relevante. Segunda, exstu o anúnco e houve reação no preço das ações devdo a sua dvulgação, ocorrendo reação adconal no momento da publcação dos balanços e, por fm, exstu o anúnco e não houve reação alguma no momento de sua dvulgação, mostrando descrença total dos nvestdores quanto à realzação efetva dos anúncos por parte dos gestores. 2. REFERENCIAL TEÓRICO 2.1. O modelo tradconal de avalação de empresas O exo teórco estabelecdo neste trabalho fo o modelo tradconal de avalação, no qual o nível de nvestmento esperado é um dos fatores que explctamente acrescentam valor à empresa, e cuja hpótese auxlar é o argumento de que os drgentes procuram maxmzar o valor da empresa ao tomar suas decsões de nvestmento. Segundo McConnell e Muscarella (1985), o valor de mercado da empresa, conforme o modelo tradconal de avalação, é gual à soma de dos termos. O prmero é o valor presente esperado do fluxo de caxa gerado pelos resultados futuros dos atvos atuas da empresa. O 250 R.Adm., São Paulo, v.42, n.2, p , abr./mao/jun. 2007

4 O IMPACTO DAS DECISÕES DE INVESTIMENTO DAS EMPRESAS NO VALOR DE MERCADO DAS AÇÕES NEGOCIADAS NA BOVESPA NO PERÍODO DE 1996 A 2003 segundo é o valor presente esperado do fluxo de caxa das novas oportundades de nvestmento da empresa no futuro. Essa defnção fo formalzada por Modglan e Mller (1961, p.417) e pode ser expressa pela segunte fórmula: X () () 0 ρ () () t ρ = + ( + ρ ) ( t + 1 V 0 ) I t 1 [1] ρ t = 0 ρ V (0) = valor da empresa; X () 0 = valor presente esperado do fluxo de caxa gerado pelos resultados futuros dos atvos atuas da empresa ρ (prmero termo); ρ () () t ρ ( + ρ) ( t + 1) I t 1 = valor presente esperado do fluxo de caxa das novas oportundades de nvestmen- t = 0 ρ to da empresa no futuro (segundo termo); ρ = taxa mínma de atratvdade para nvestmentos de rsco equvalente; ρ (t) = taxa de retorno estmada para o período t; I (t) = nível de nvestmento esperado para o período t. Pela expressão [1], fca evdencado que o valor da empresa depende: da taxa de retorno que pode ser obtda por meo de nvestmentos de mesma classe de rsco dsponíves no mercado fnancero; do poder dos atvos atuas detdos pela empresa em gerar resultados futuros; e das novas oportundades que a empresa possu em realzar nvestmentos que possuam taxa de retorno maor do que a taxa de retorno exgda pelo mercado. Nesse sentdo, o ponto central da questão formulada neste trabalho é a exstênca do segundo termo da expressão [1] em que as novas oportundades de nvestmento consttuem um componente que, de fato, afeta explctamente o valor da empresa. Segundo Modglan e Mller (1961), as oportundades de nvestmento cuja taxa de retorno é gual à taxa de retorno exgda pelo mercado (ρ(t) = ρ) não acrescentam valor à empresa, pos o segundo termo da expressão [1] torna-se nulo. A empresa só acrescenta valor ao preço de suas ações quando possu oportundades de nvestmento cuja taxa de retorno é maor do que a taxa de retorno exgda pelo mercado (ρ(t) > ρ). Dessa forma, consderando as empresas que possuem oportundades de nvestmento em projetos com retorno esperado superor ao retorno esperado exgdo pelo mercado, então, se as decsões dos drgentes segurem a regra de maxmzação do valor, de acordo com a teora tradconal de avalação, um anúnco nesperado de aumento no nível de nvestmento tera um mpacto postvo no valor de mercado da empresa e um anúnco nesperado de redução no nível de nvestmento tera um mpacto negatvo nesse valor. A reavalação postva assocada a um aumento nesperado no nível de nvestmento da empresa acontece porque o mercado medatamente captalza o valor presente líqudo ncremental assocado ao novo projeto de nvestmento (McCONNELL e MUSCARELLA, 1985, p.400). O argumento de suporte para o desenvolvmento desse racocíno é a hpótese da efcênca nformaconal do mercado, que preconza o ajuste dos preços dos atvos no exato momento em que novas nformações relevantes (que afetam o fluxo de caxa futuro da empresa) se tornam publcamente dsponíves (FAMA, 1991). Adconalmente, há o pressuposto de que os ndvíduos fazem escolhas raconas (preferem ter mas rqueza em vez de menos) no contexto de um mercado perfeto em que nenhum partcpante exerce soladamente mpacto sgnfcatvo nos preços correntes dos atvos, todos os agentes do mercado possuem acesso equânme e não oneroso à nformação bem como sobre toda e qualquer característca relevante a respeto dos atvos transaconados e não há mpostos, custos de transação ou qualquer outro mpedmento assocado à vontade de transaconar (MODIGLIANI e MILLER, 1961) Evdêncas empírcas As evdêncas empírcas que tratam dos efetos das decsões de nvestmento das empresas no valor de mercado das ações podem ser dvddas em dferentes abordagens temátcas. Dentre elas destacam-se a hpótese da maxmzação do valor de mercado (McCONNELL e MUSCARELLA, 1985); o mpacto dos anúncos de abandono de projetos de nvestmento pelas empresas (BLACKWELL, MARR e SPIVEY, 1990; GOM- BOLA e TSETSEKOS, 1992; SEPE e STATMAN, 1989); a análse da motvação da decsão de nvestmento dos gestores (CHAN, GAU e WANG, 1995); a nfluênca do quocente Q de Tobn como mportante ndcador de oportundades de novos nvestmentos rentáves para as empresas (BLOSE e SHIEH, 1997; CHUNG, WRIGHT e CHAROENWONG, 1998); a hpótese conjunta do fluxo de caxa lvre e do Q de Tobn na percepção dos nvestdores (CHEN e HO, 1997; SZEWCZYK, TSETSEKOS e ZANTOUT, 1996); a questão dos nvestmentos em pesqusa e desenvolvmento (CHAN, KENSINGER e MARTIN, 1990; TSETSEKOS e ZANTOUT, 1994) e o mpacto da varação do atvo permanente e moblzado como snal das decsões de nvestmento das empresas (ANTUNES e PROCIANOY, 2003; LAMB, 1993). O estudo de McConnell e Muscarella (1985) é uma das prncpas referêncas sobre o mpacto das decsões de nvestmento no valor de mercado das empresas e consttuu um mportante ponto de partda para as pesqusas realzadas posterormente. A partr da suposção conjunta da hpótese de maxmzação do valor de mercado e do modelo tradconal de avalação de empresas, os autores encontraram resultados que corroboraram a hpótese de que, para as empresas que possuem oportundades de nvestmento com valor presente líqudo postvo, aumentos (reduções) de dspêndos de captal estão assocados com um aumento (redução) estatstcamente sgnfcante no valor de mercado das ações. Para as empresas cujas oportundades de nvestmento possuem retorno gual ao exgdo pelo mercado, anúncos de aumento (redução) no nível R.Adm., São Paulo, v.42, n.2, p , abr./mao/jun

5 Eduardo Pozz Lucches e Rubens Famá de nvestmento não estão assocados com mudanças estatstcamente sgnfcantes no valor das ações. Sepe e Statman (1989), Blackwell, Marr e Spvey (1990) e Gombola e Tsetsekos (1992) analsaram os anúncos de abandono de projetos de nvestmento dsponblzados pelas empresas e seu mpacto no valor das ações. O prmero estudo mostrou que o mercado reage de manera postva a anúncos de abandono de projetos de nvestmento. O motvo de uma reação postva estara baseado na suposção de que o alto grau de comprometmento dos gestores com seus projetos podera retardar um anúnco de abandono e, na percepção dos nvestdores, os gestores não contnuarão persstndo em um projeto não mas rentável. Os dos últmos encontraram reação negatva por parte do mercado, alegando que os anúncos de abandono de projetos de nvestmento estaram revelando ao mercado nformações negatvas sobre as oportundades de nvestmento e sobre os fluxos de caxa esperados da empresa. Chan, Kensnger e Martn (1990) e Tsetsekos e Zantout (1994) nvestgaram o efeto de anúncos de nvestmento em pesqusa e desenvolvmento pelas empresas, procurando verfcar se o mercado de captas tem um comportamento míope, ou seja, consdera apenas os ganhos de curto prazo em detrmento dos nvestmentos de longo prazo (caso da pesqusa e desenvolvmento). Os resultados trouxeram evdêncas de que anúncos de nvestmento em pesqusa e desenvolvmento são recebdos favoravelmente pelo mercado, contradzendo fortemente a crença de que os mercados e os admnstradores têm uma vsão de curto prazo, refutando, assm, a hpótese da mopa do mercado de captas. Chan, Gau e Wang (1995) analsaram o mpacto dos anúncos de realocação de nvestmentos no valor de mercado das empresas. De acordo com os autores, as evdêncas sugerem que o mercado sera capaz de dstngur entre bons e maus nvestmentos, recompensando apenas as empresas que fazem bons nvestmentos. Dessa forma, uma vez que o mercado nterpreta as decsões de nvestmento como um snal das perspectvas futuras da empresa, tornar-se-a essencal analsar se o anúnco traz, mesmo mplctamente, nformações sobre tas perspectvas. Os autores concluíram que o mercado responde postvamente, quando os anúncos transmtem nformações postvas sobre o fluxo de caxa futuro da empresa, e negatvamente, quando os anúncos transmtem nformações desfavoráves sobre as futuras oportundades de nvestmento das empresas. Blose e Sheh (1997) e Chung, Wrght e Charoenwong (1998) procuraram analsar o mpacto dos anúncos de dspêndo de captal das empresas no valor de mercado das ações utlzando o Q de Tobn como proxy para dstngur empresas com valosas oportundades de nvestmento daquelas que não apresentam tas oportundades. A conclusão fo que anúncos de aumentos (reduções) de dspêndos de captal resultaram em mudanças postvas (negatvas) no preço das ações para as empresas com índce Q de Tobn maor do que 1 e anúncos de aumentos (reduções) de dspêndos de captal resultaram em mudanças negatvas (postvas) no preço das ações para as empresas com índce Q de Tobn menor do que 1. Szewczyk, Tsetsekos e Zantout (1996) e Chen e Ho (1997) analsaram o mpacto de anúncos de dspêndo de captal de empresas testando conjuntamente a hpótese do fluxo de caxa lvre com o Q de Tobn. A hpótese do fluxo de caxa lvre preconza que empresas com altos fluxos de caxa lvre tenderam a apresentar potencas problemas de agênca. O argumento da hpótese conjunta é que empresas com alto Q de Tobn e baxo fluxo de caxa lvre teram menor probabldade de apresentar potencas problemas de agênca e, portanto, tenderam a apresentar retornos anormas maores comparatvamente àquelas com baxo Q de Tobn e alto fluxo de caxa lvre quando do anúnco de um novo nvestmento. Os resultados encontrados mostraram que, quando o Q de Tobn fo testado ndvdualmente, as empresas com índce Q de Tobn maor do que 1 apresentaram retornos anormas postvos e empresas com índce Q de Tobn menor do que 1 apresentaram retornos anormas negatvos. Todava, quando testada conjuntamente a hpótese do fluxo de caxa lvre e do Q de Tobn, os resultados não se mostraram sgnfcatvos. Ao contráro dos estudos até aqu ctados, que utlzaram os anúncos de nvestmento dsponblzados pelas empresas ao mercado, os trabalhos de Lamb (1993) e Antunes e Procanoy (2003) utlzaram a varação do atvo permanente e moblzado como snal das decsões de nvestmento das empresas, justfcando que tal varação é a comprovação da realzação do que fo dvulgado ao mercado na forma de anúncos. Os resultados mostraram ndícos de correlação postva entre as varações do atvo permanente e moblzado e o preço de mercado das ações. 3. METODOLOGIA DA PESQUISA 3.1. Seleção da amostra e coleta dos dados A seleção da amostra envolveu a população de empresas de captal aberto não-fnanceras regstradas na Bolsa de Valores de São Paulo que anuncaram seus planos de nvestmento no período de 1º de janero de 1996 a 31 de dezembro de Os anúncos dos planos de nvestmento das empresas foram extraídos dos arquvos eletrôncos dos jornas O Estado de S.Paulo, Gazeta Mercantl (va Investnews) e Valor Econômco no período menconado. A pesqusa fo realzada por meo dos sstemas eletrôncos de busca dos peródcos, tendo sdo utlzadas as palavras-chave: nvestmento, orçamento e dspêndo. Esse procedmento resultou em uma amostra ncal de 333 anúncos contemplando 80 empresas. Uma vez seleconada a amostra ncal de anúncos, cada um deles fo ldo com o propósto específco de verfcar se atenda às condções estabelecdas para sua nclusão na amostra fnal, tendo em vsta o alnhamento da presente pesqusa com as evdêncas empírcas exstentes. 252 R.Adm., São Paulo, v.42, n.2, p , abr./mao/jun. 2007

6 O IMPACTO DAS DECISÕES DE INVESTIMENTO DAS EMPRESAS NO VALOR DE MERCADO DAS AÇÕES NEGOCIADAS NA BOVESPA NO PERÍODO DE 1996 A 2003 Os anúncos excluídos foram os seguntes: anúncos pluranuas (que defnam uma programação de nvestmentos abrangendo um horzonte maor do que o ano corrente); anúncos de nvestmentos não ratfcados pelos gestores (anúncos que dexavam dúvdas sobre a efetva realzação dos nvestmentos); anúncos conjuntos (que contemplavam nvestmentos de mas de uma empresa do mesmo setor ou empresas de setores dstntos); anúncos de nvestmentos socas (projetos culturas, ambentas, educaconas e esportvos); anúncos de nvestmentos em projetos específcos de subsdáras, aqusções de partcpação aconára em outras empresas e anúncos envolvendo fusões de companhas. Por fm, também foram excluídos os anúncos de empresas que notcaram pagamento de dvdendos, lucros ou oferta de ações cnco das antes ou cnco das depos do evento. Esse procedmento resultou em uma amostra ntermedára de 145 anúncos de 46 empresas. O passo segunte envolveu uma segunda letura dos anúncos mantdos com vstas a dentfcar a magntude do nvestmento. Fo possível, dessa forma, separar os anúncos que ndcavam aumento no nível de nvestmento daqueles que apontavam reduções acerca dos futuros dspêndos de captal por parte das empresas. Para defnr de manera estrta um aumento nesperado ou uma redução nesperada no nível de nvestmento das empresas, fo escolhdo o modelo ngênuo (nave model) sugerdo por McConnell e Muscarella (1985), que assume que os nvestdores não prevêem mudanças no nível de nvestmento em relação aos nvestmentos anterores ou em relação aos nvestmentos já anuncados. O modelo ngênuo é expresso pela segunte fórmula: [ () t ] = I( t ) E I 1 [2] E I t = montante esperado de nvestmento no período t; [ ()] ( t 1) I = montante real ou montante planejado de nvestmento no período t 1. O anúnco de um nvestmento planejado é, por um lado, categorzado como aumento nesperado em relação ao período anteror ou em relação ao montante já anuncado, se I (t) > I (t 1); por outro lado, é categorzado como redução nesperada em relação ao período anteror ou em relação ao montante já anuncado, se I (t) < I (t 1). Nos casos em que o anúnco traza consgo a magntude do nvestmento planejado ao longo do ano, mas não faza referênca ao montante nvestdo no ano anteror, foram consultados os balanços dvulgados pelas empresas e o valor da varação do atvo permanente fo utlzado como sendo o valor nvestdo no ano anteror. A varação do atvo permanente fo calculada da segunte forma: VAP t = AP t AP (t 1) [3] VAP t = varação do atvo permanente da ação no período t; AP t = valor do atvo permanente da ação no período t; AP (t 1) = valor do atvo permanente da ação no período t 1. Fca claro, portanto, que a opção pela utlzação do modelo ngênuo (naïve model) exge a determnação da varação percentual do nível de nvestmento da empresa em relação ao ano anteror ou em relação ao montante já anuncado, o que justfca a exclusão de anúncos pluranuas da amostra Segmentações da amostra Algumas companhas anuncam seus planos de nvestmento no níco do ano fscal e, menos freqüentemente, as companhas anuncam revsões orçamentáras no decorrer do ano. Os dos procedmentos resultam em anúncos que, neste trabalho, são dentfcados dferentemente, com vstas a uma análse em separado. Dessa forma, os anúncos foram dvddos em quatro grandes categoras: anúncos de aumento no nível de nvestmento em relação ao ano anteror; anúncos de redução no nível de nvestmento em relação ao ano anteror; anúncos de aumento no nível de nvestmento no ano corrente e anúncos de redução no nível de nvestmento no ano corrente. A segur encontram-se exemplos dos anúncos de nvestmento pesqusados dvddos por categora Anúncos de aumento no nível de nvestmento em relação ao ano anteror Belgo prevê nvestr R$ 320 mlhões A Belgo-Mnera, segunda maor empresa do setor de aços longos no País atrás da Gerdau, espera repetr em 2003 o desempenho do ano passado. Para 2003, a Belgo-Mnera prevê nvestr R$ 320 mlhões, acma dos R$ 260 mlhões do ano passado. (Valor Econômco, 21 jan. 2003) Anúncos de redução no nível de nvestmento em relação ao ano anteror Brasl Telecom reduz em 50% o seu nvestmento A Brasl Telecom (BrT) anuncou ontem que nvestrá R$ 1,7 blhão em O volume representa 47% dos R$ 3,2 blhões aplcados pela companha no ano passado. (Valor Econômco, 08 fev. 2002) Anúncos de aumento no nível de nvestmento no ano corrente Telemar quer nvestr mas em rede dgtal A Telemar aumentou suas prevsões de nvestmento de R$ 2,4 blhões para R$ 2,6 blhões em A maor parte da R.Adm., São Paulo, v.42, n.2, p , abr./mao/jun

7 Eduardo Pozz Lucches e Rubens Famá dferença será usada para acelerar a dgtalzação da rede de telefona no Ro. (O Estado de S.Paulo, 20 ago. 1999) Anúncos de redução no nível de nvestmento no ano corrente Globo Cabo reduz nvestmentos em 25% Indefnções quanto à economa nternaconal agravadas pelos planos de raconamento de energa elétrca no mercado nterno levaram a Globo Cabo a revsar seus planos para A companha va reduzr em 25% os nvestmentos para 2001, que totalzavam R$ 400 mlhões, dante das perspectvas de um crescmento entre 7% e 9% na base de assnantes, nferor aos 10% a 12% estmados. (Gazeta Mercantl, 16 mao 2001) 3.3. Análse dos dados e procedmentos Com o objetvo de verfcar se o mercado de captas reage reavalando o valor das ações das companhas quando são reveladas nformações sobre seus futuros planos de nvestmento, fo empregado o método de estudo de evento para a análse dos dados. O estudo de evento é uma metodologa que permte quantfcar o efeto de determnadas nformações sobre os preços das ações das companhas no mercado de captas (MACKINLAY, 1997). A data do evento fo defnda como sendo a da publcação dos anúncos nos peródcos já menconados. Ao redor de cada evento, utlzou-se um período de 66 das de negocação. Defnu-se o da do evento como da 0 (zero) e os das foram numerados de 55 a +10. Fo estabelecda uma janela de evento de dezesses das, com cnco das antes e dez das depos do evento (de 5 a +10). A janela de estmação ncluu 50 pregões ocorrdos antes da janela do evento (de 55 a -6). Como representante do retorno da cartera de mercado, utlzou-se o Índce Bovespa, índce de preços calculado pela Bovespa. Os dados das ações contdas na amostra ntermedára de 145 anúncos de 46 empresas bem como os valores em pontos do índce Bovespa foram coletados no banco de dados eletrônco Economátca. Para cada empresa, fo seleconado o papel que apresentou maor lqudez no período. No cálculo dos retornos dáros das ações e do Índce Bovespa foram consderadas as cotações médas. As cotações das ações foram obtdas com correção de proventos, elmnando-se as osclações proporconadas por dvdendos, bonfcações e subscrções. Para calcular os retornos das ações e do Índce Bovespa, optou-se pelo regme de captalzação contínua, do qual fo extraído o logartmo neperano da dvsão de P, t por Pt, 1 conforme mostra a expressão a segur: P, t R =, ln [4] t P, t 1 R,t = taxa de retorno da ação na data t; P,t = preço da ação na data t; P,t 1 = preço da ação na data t 1. e P bovespa, t R = bovespa, t ln [5] Pbovespa, t 1 R bovespa,t = taxa de retorno do Índce Bovespa na data t; P bovespa,t = valor em pontos do Índce Bovespa na data t; P bovespa,t 1 = valor em pontos do Índce Bovespa na data t 1. Para calcular os retornos esperados das ações, adotou-se o modelo de mercado que, segundo Campbell, Lo e Macknlay (1997), é um modelo estatístco que estabelece uma relação lnear entre o retorno de uma ação e o retorno do portfolo de mercado. Assm, os parâmetros do modelo foram estmados por meo de regressão lnear smples com base na janela de estmação de 50 das. Na condução dos procedmentos estatístcos, optou-se pela abordagem matrcal descrta em Campbell, Lo e Macknlay (1997) e a manpulação das matrzes fo desenvolvda no software Matlab (Matrx Laboratory). A dmensão das matrzes fo menconada entre parênteses logo abaxo dos símbolos e, para a desgnação de matrzes transpostas, fo utlzado o símbolo lnha. Assm, o modelo de mercado por meo da abordagem matrcal é expresso pela segunte fórmula: 1 ' ' ' θˆ X X = X R [6] (2 1) (2 50) (50 2) (2 50) (50 1) θ ^ = [ αˆ βˆ ] é um vetor (2x1) de parâmetros; R é um vetor (50x1) de retornos da ação correspondentes ao período da janela de estmação; X é uma matrz (50x2) com um vetor de constantes (uns) na prmera coluna e um vetor de retornos do Índce Bovespa na segunda coluna, correspondentes ao período da janela de estmação. Como a amostra apresentou ações com negocações nfreqüentes, foram excluídos os das sem negocação para efeto do cálculo das regressões. As ações que apresentaram mas de 25 das sem negocação (mas de 50% da janela de estmação) foram excluídas da análse. A análse da lqudez levou à exclusão de 31 eventos da amostra que apresentaram lqudez nsufcente para o cálculo das regressões. Após o cálculo das regressões, procedeu-se ao dagnóstco dos modelos estmados. Neter et al. (1996) e Pestana e Gagero (2000) destacam as prncpas suposções de um modelo de regressão lnear smples, a saber: lneardade da função de regressão, homocedastcdade condconal dos termos de erro, ausênca de autocorrelação dos termos de erro e normaldade dos termos de erro. 254 R.Adm., São Paulo, v.42, n.2, p , abr./mao/jun. 2007

8 O IMPACTO DAS DECISÕES DE INVESTIMENTO DAS EMPRESAS NO VALOR DE MERCADO DAS AÇÕES NEGOCIADAS NA BOVESPA NO PERÍODO DE 1996 A 2003 A realzação dos dagnóstcos das regressões estmadas levou à exclusão de determnados eventos em vrtude da volação das suposções do modelo de regressão lnear smples. Dessa forma, os eventos que apresentaram valores negatvos ou não sgnfcantes ao nível de 10% para o coefcente beta foram excluídos da análse (19 eventos). Para as outras três suposções, homocedastcdade condconal dos termos de erro, ausênca de autocorrelação dos termos de erro e normaldade dos termos de erro, foram excluídos os eventos que volaram duas das três suposções (nenhum evento). Esses procedmentos resultaram em uma amostra fnal de 95 eventos de 43 empresas Cálculo e agregação dos retornos anormas Após a análse de dagnóstco da equação do modelo estmado, calculou-se o retorno anormal das ações, ou seja, o retorno observado durante a janela do evento menos o retorno dado pela equação do modelo. Assm, o retorno anormal para cada ação fo calculado de acordo com a segunte fórmula: εˆ = R X θˆ [7] ( 16 1) (16 1) (16 2) (2 1) εˆ é um vetor (16x1) de retornos anormas da ação correspondentes ao período da janela de evento; R X é um vetor (16x1) de retornos da ação correspondentes ao período da janela de evento; é uma matrz (16x2) com um vetor de constantes (uns) na prmera coluna e um vetor de retornos do índce Bovespa na segunda coluna, correspondentes ao período da janela de evento; θˆ = [ αˆ βˆ ] é um vetor (2x1) de parâmetros. Em seguda, calculou-se a varânca dos retornos anormas de acordo com a segunte fórmula: 1 2 ' ' 2 V I ˆ X X X = σ X ˆ (16 16) (16 16) σ ε ε [8] (1 1) (16 2) (2 50) (50 2) (2 16) (1 1) V é uma matrz (16x16) contendo as varâncas do retorno anormal do evento na dagonal prncpal e as respectvas covarâncas nas demas posções; I é uma matrz dentdade (16x16); ˆ σ 2 ε é o erro quadrátco médo; X é uma matrz (16x2) com um vetor de constantes (uns) na prmera coluna e um vetor de retornos do índce Bovespa na segunda coluna, correspondentes ao período da janela de evento; X é uma matrz (50x2) com um vetor de constantes (uns) na prmera coluna e um vetor de retornos do índce Bovespa na segunda coluna, correspondentes ao período da janela de estmação. Calculados os retornos anormas e a varânca dos retornos anormas da amostra de 95 eventos, tas retornos e varâncas foram agregados entre os títulos e através do tempo de acordo com as segmentações já abordadas. A agregação entre os títulos resulta em um retorno anormal médo para a amostra dos N eventos seleconados. Para proceder a essa agregação, fo utlzada a segunte expressão: 1 N ε = N εˆ [9] = 1 (16 1) (16 1 ) ε é um vetor (16x1) de retornos anormas médos; εˆ é um vetor (16x1) de retornos anormas correspondentes ao evento ; N é o número de eventos agregados. A varânca do retorno anormal médo fo, então, calculada pela segunte fórmula: V V N 1 N Var ε = V = 2 V [10] (16 16) N = 1 (16 16) é uma matrz (16x16) contendo as varâncas do retorno anormal médo na dagonal prncpal e as respectvas covarâncas nas demas posções; é uma matrz (16x16) contendo as varâncas do retorno anormal do evento na dagonal prncpal e as respectvas covarâncas nas demas posções; é o número de eventos agregados. Uma vez obtdos os retornos anormas médos, eles também devem ser agregados no tempo. De forma geral, é utlzada a técnca do retorno anormal médo acumulado, ou CAR (Cumulatve Average Abnormal Return), que pode ser expressa pela segunte fórmula: CAR ( τ 1,τ 2 ) ( τ, τ ) = ' CAR 1 2 γ ε [11] (1 16) (16 1) é o retorno anormal médo acumulado entre as posções τ 1 até τ 2 ; ε é um vetor (16x1) de retornos anormas médos; γ' é um vetor (1x16) com uns nas posções τ 1 T 1 até τ 2 T 1 e zeros nas demas posções. A varânca do retorno anormal médo fo, então, agregada pela segunte fórmula: Var CAR( τ 1, τ 2 ) = γ ' γ V [12] (1 16) (16 16) (16 1) R.Adm., São Paulo, v.42, n.2, p , abr./mao/jun

9 Eduardo Pozz Lucches e Rubens Famá [ ( )] Var CAR τ 1,τ 2 é a varânca do retorno anormal médo acumulado entre as posções τ 1 até τ 2 ; V é uma matrz (16x16) contendo as varâncas do retorno anormal médo na dagonal prncpal e as respectvas covarâncas nas demas posções; γ é um vetor (16x1) com uns nas posções τ 1 T 1 até τ 2 T 1 e zeros nas demas posções. Segundo Campbell, Lo e Macknlay (1997), ( ) CAR τ 1,τ 2 possu dstrbução t de Student com L 1 2 graus de lberdade e para janelas de estmação grandes (por exemplo, L 1 > 30), a dstrbução de CAR ( τ 1,τ 2 ) pode ser aproxmada de manera satsfatóra pela dstrbução normal, ou seja, CAR ( τ 1,τ 2 ) possu dstrbução normal assntótca. Dessa forma, sob a hpótese nula de que o retorno anormal médo acumulado ( CAR ) é gual a zero, o retorno anormal médo acumulado padronzado fo obtdo por meo da segunte expressão: J1 = CAR Var[ CAR ( τ, τ ) 1 ( τ, τ ) ] 1 2 a N 0,1 ( ) [13] Os valores obtdos em J 1 foram comparados aos valores crítcos da dstrbução normal (Z) correspondentes aos níves de sgnfcânca α = 1%, α = 5% e α = 10%, e os resultados fnas são apresentados a segur. 4. RESULTADOS DA PESQUISA A amostra fnal analsada fo composta por 95 eventos de 43 dferentes empresas. Do total de 43 ações, 39 são ações preferencas e apenas 4 são ordnáras. A opção pela utlzação da ação mas líquda de cada empresa fez com que quase a totaldade das ações estudadas fosse de papés preferencas que possuem maor lqudez na Bolsa de Valores de São Paulo. No quadro a segur é apresentado o número de anúncos dvddos por categora em cada um dos anos pesqusados. A amostra completa apresenta um total de 95 anúncos dos quas 62 são anúncos de aumento no nível de nvestmento. Desses 62 anúncos, 39 são de aumento no nível de nvestmento em relação ao ano anteror e 23 anúncos correspondem a aumento no nível de nvestmento no ano corrente. Os outros 33 anúncos são relatvos a reduções no nível de nvestmento, sendo 19 de redução de nvestmento em relação ao ano anteror e 14 de redução de nvestmento no ano corrente. A segur são apresentados os resultados obtdos nas quatro categoras, bem como a respectva dscussão sobre eles. As tabelas dos resultados possuem a segunte estrutura: a prmera coluna corresponde ao período da janela do evento (de 5 a +10), nas demas colunas são apresentados os valores percentuas do retorno anormal médo (AR t ), o tamanho N de cada grupo e os valores percentuas do retorno anormal médo acumulado (CAR t ) ao longo da janela do evento. Os níves de sgnfcânca (probabldades assocadas à estatístca Z), quando presentes, foram ndcados ao lado do valor numérco do retorno anormal médo (AR t ) e do retorno anormal médo acumulado (CAR t ). A reação do mercado em relação aos anúncos de aumento no nível de nvestmento mostrou-se mas expressva quando as empresas anuncaram seus planos no níco do ano fscal, compreendendo o orçamento de captal para o ano como um todo. Para a amostra completa dos 62 eventos de empresas que anuncaram aumento no nível de nvestmento (tabela 1), o retorno anormal médo ( AR t ) apresentou valor postvo e estatstcamente sgnfcante ao nível de 1% no da 1, da anteror à publcação dos anúncos. Com relação ao retorno anormal médo acumulado ( CAR t ), os resultados ndcam reação postva do mercado a partr do da 2 até o da +5. Entre os das 1 e +4, os valores do CAR t apresentaram sgnfcânca estatístca de 5%. Nesse ntervalo, o CAR t vara de 1,583% a 1,771%, conforme mostra a tabela 1. No fnal da janela do evento, e mesmo com tendênca estável após o da +2, os valores do CAR t anda permanecem acma do patamar encontrado nos quatro prmeros das da janela do evento, conforme mostra a curva do gráfco 1 referente à amostra completa. Anúncos de Investmento por Categora Categora / Ano Total Aumento no nível de nvestmento em relação ao ano anteror Aumento no nível de nvestmento no ano corrente Subtotal (1) Redução no nível de nvestmento em relação ao ano anteror Redução no nível de nvestmento no ano corrente Subtotal (2) Total (1) + (2) R.Adm., São Paulo, v.42, n.2, p , abr./mao/jun. 2007

10 O IMPACTO DAS DECISÕES DE INVESTIMENTO DAS EMPRESAS NO VALOR DE MERCADO DAS AÇÕES NEGOCIADAS NA BOVESPA NO PERÍODO DE 1996 A 2003 Tabela 1 Retornos Anormas de Anúncos de Aumento no Nível de Investmento t Amostra Ano Ano Completa Anteror Corrente (N = 62) (N = 39) (N = 23) AR t CAR t AR t CAR t AR t CAR t 5 0,045 0,045 0,125 0,125 0,334 0, ,393 0,438 0,087 0,038 0,912 1, ,029 0,409 0,095 0,133 0,082 1, ,299 0,708 0,792 0,658 0,537 0, ,876 1,583 1,387 2,045 0,009 0, ,047 1,536 0,083 2,128 0,267 0, ,347 1,883 0,779 2,907 0,387 0, ,082 1,965 0,182 2,725 0,528 0, ,119 1,846 0,107 2,832 0,500 0, ,075 1,771 0,122 2,710 0,005 0, ,032 1,804 0,113 2,823 0,105 0, ,298 1,505 0,230 2,593 0,413 0, ,077 1,582 0,111 2,704 0,019 0, ,096 1,486 0,324 2,380 0,290 0, ,369 1,855 0,430 2,810 0,266 0, ,477 2,331 0,300 3,109 0,776 1,012 Notas: Nível de sgnfcânca de 1%. Nível de sgnfcânca de 5%. Nível de sgnfcânca de 10%. Gráfco 1: Retornos Anormas Acumulados de Anúncos de Aumento no Nível de Investmento Para o subgrupo de 39 eventos de empresas que anuncaram aumento no nível de nvestmento em relação ao ano anteror, o retorno anormal médo ( AR t ) apresentou valores postvos e estatstcamente sgnfcantes nos das 2, 1 e +1, esboçando forte reação do mercado ao redor da data do evento. Nos das 2 e +1, os retornos anormas médos mostraram-se estatstcamente sgnfcantes ao nível de 5% e no da 1 o retorno anormal médo apresentou sgnfcânca estatístca ao nível de 1%. Os resultados do retorno anormal médo acumulado ( CAR t ) mostraram reação postva do mercado a partr do da 2 até o fnal da janela do evento. Nos das 1, +1, +2 e +3, os valores mostraram sgnfcânca estatístca ao nível de 1%. Nesse ntervalo, o CARt vara de 2,045% a 2,832%, alcançando seu valor máxmo no da +1 (2,907%). Os valores do CAR t permaneceram estatstcamente sgnfcantes até o fnal da janela do evento e em patamares muto acma daqueles encontrados nos quatro prmeros das, conforme mostra a curva do gráfco 1 referente à Amostra do Ano Anteror. Para o subgrupo de 23 eventos de empresas que anuncaram aumento no nível de nvestmento no ano corrente, não houve reação do mercado ao redor da data do evento. O retorno anormal médo ( AR t ) apresentou valores não-sgnfcantes e mutas vezes negatvos ao redor do evento, sendo a únca exceção o da 4 que apresentou valor postvo e estatstcamente sgnfcante ao nível de 10%. A curva do gráfco 1 referente à Amostra do Ano Corrente demonstra que o retorno anormal médo acumulado ( CAR t ) não esboça uma reação do mercado em razão das revsões orçamentáras ao longo do ano que apontavam para um aumento no nível de nvestmento. As empresas que anuncaram revsões orçamentáras no decorrer do ano não apresentaram retornos anormas estatstcamente sgnfcantes ao redor da data do evento. A reação do mercado em relação aos anúncos de aumento no nível de nvestmento mostrou-se mas expressva quando as empresas anuncaram seus planos no níco do ano fscal, compreendendo o orçamento de captal para o ano como um todo. As empresas que anuncaram revsões orçamentáras no decorrer do ano não apresentaram retornos anormas estatstcamente sgnfcantes ao redor da data do evento. Para a amostra completa dos 33 eventos de empresas que anuncaram redução no nível de nvestmento (tabela 2), o retorno anormal médo ( ARt ) apresentou valores negatvos e estatstcamente sgnfcantes ao nível de 5% nos das 3, 2, +1, +2 e +3, mostrando expressva reação negatva do mercado ao redor da data do evento. Os resultados do retorno anormal médo acumulado ( CARt ) mostram reação negatva do mercado a partr do da 3 até o fnal da janela do evento. Nesse ntervalo, os valores são estatstcamente sgnfcantes ao nível de 1% (com exceção dos das 3 e 0, que apresentaram sgnfcânca estatístca de 5%). A partr da data do evento (da 0), o retorno anormal médo acumulado ( CAR t ) mostra uma queda extremamente acentuada até o da +6, conforme ndca a curva do gráfco 2 referente à Amostra Completa. O CAR t vara de 2,385% a 5,686% nesse período, alcançando seu valor mínmo ( 5,785%) no da +5, conforme consta na tabela 2. R.Adm., São Paulo, v.42, n.2, p , abr./mao/jun

11 Eduardo Pozz Lucches e Rubens Famá Tabela 2 Retornos Anormas de Anúncos de Redução no Nível de Investmento t Amostra Ano Ano Completa Anteror Corrente (N = 33) (N = 19) (N = 14) AR t CAR t AR t CAR t AR t CAR t 5 0,033 0,033 0,169 0,169 0,309 0, ,613 0,646 0,789 0,620 0,374 0, ,975 1,621 1,392 2,011 0,409 1, ,023 2,644 0,751 2,763 1,392 2, ,146 2,498 0,468 2,295 0,291 2, ,114 2,385 0,764 1,531 0,769 3, ,855 3,240 1,340 2,871 0,197 3, ,062 4,302 1,779 4,650 0,090 3, ,979 5,281 1,876 6,525 0,239 3, ,042 5,323 0,127 6,652 0,072 3, ,462 5,785 0,994 7,646 0,259 3, ,099 5,686 0,387 7,258 0,292 3, ,849 4,837 1,360 5,899 0,157 3, ,063 4,736 0,286 5,613 0,536 3, ,086 4,985 0,830 6,442 0,923 3, ,200 5,186 0,314 6,129 0,898 3,906 Notas: Nível de sgnfcânca de 1%. Nível de sgnfcânca de 5%. Nível de sgnfcânca de 10%. Gráfco 2: Retornos Anormas Acumulados de Anúncos de Redução no Nível de Investmento Para o subgrupo de 19 eventos de empresas que anuncaram redução no nível de nvestmento em relação ao ano anteror, o retorno anormal médo ( AR t ) apresentou valores negatvos e estatstcamente sgnfcantes concentrados prncpalmente após a data do evento; nos das +2 e +3, o AR t apresentou sgnfcânca estatístca ao nível de 1%. Os valores do retorno CAR ndcam reação negatva anormal médo acumulado ( t ) do mercado a partr do da 3 até o fnal da janela do evento. Entre os das +2 e +7, o CAR t apresenta resultados estatstcamente sgnfcantes ao nível de 1% e, nesse ntervalo, o CAR t vara de 4,650% a 5,899%, atngndo seu valor mínmo no da +5 ( 7,646%), conforme mostra a curva do gráfco 2 referente à Amostra do Ano Anteror. Para o subgrupo de 14 eventos de empresas que anuncaram redução no nível de nvestmento no ano corrente, o retorno anormal médo ( AR t ) apresentou reação negatva no da 2 (estatstcamente sgnfcante ao nível de 5%). Os valores do retorno anormal médo acumulado ( CAR t ) mostraram reação negatva do mercado a partr do da 3 até o da +3. Nesse ntervalo, os valores do CAR t apresentaram sgnfcânca estatístca de 5%, atngndo seu valor mínmo ( 3,830%) no da +2, conforme mostra a curva do gráfco 2 referente à Amostra do Ano Corrente. 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS O presente artgo teve como objetvo nvestgar o mpacto das decsões de nvestmento das empresas brasleras, dvulgadas por meo de anúncos, no valor de mercado das ações. Os resultados obtdos por meo de um estudo de evento trouxeram ndícos de que o mercado de captas reage de manera consstente com a suposção conjunta da hpótese de maxmzação do valor de mercado e do modelo tradconal de avalação de empresas. Os resultados obtdos nas amostras completas mostraram que um anúnco nesperado de aumento no nível de nvestmento por parte das empresas está assocado a um aumento estatstcamente sgnfcante no valor de mercado das ações; e um anúnco nesperado de redução no nível de nvestmento está assocado a uma redução estatstcamente sgnfcante no valor de mercado das ações. Todava, quando a amostra fo dvdda de acordo com as quatro categoras sugerdas, observou-se, por um lado, que, para a amostra de empresas que anuncaram aumento (redução) no nível de nvestmento em relação ao ano anteror, o mercado esboçou uma forte reação postva (negatva). Por outro lado, em relação à amostra de empresas que anuncaram aumento (redução) no nível de nvestmento no ano corrente, as ações não apresentaram retornos anormas sgnfcantes ao redor da data do evento. O mercado de captas produzu uma reação nos preços das ações apenas quando as empresas anuncaram o orçamento de captal para o ano como um todo e as revsões orçamentáras não produzram efeto sgnfcatvo na reavalação dos nvestdores. Com relação às hpóteses conjuntas ressalvadas por Antunes e Procanoy (2003) e relatadas na ntrodução deste trabalho, pode-se afrmar que, com a realzação desta pesqusa, a hpótese de que exstu o anúnco e não houve reação alguma no momento de sua dvulgação, mostrando descrença total dos nvestdores quanto à realzação efetva dos anúncos por parte 258 R.Adm., São Paulo, v.42, n.2, p , abr./mao/jun. 2007

12 O IMPACTO DAS DECISÕES DE INVESTIMENTO DAS EMPRESAS NO VALOR DE MERCADO DAS AÇÕES NEGOCIADAS NA BOVESPA NO PERÍODO DE 1996 A 2003 dos gestores, não fo aqu corroborada. Em termos geras, os resultados aqu relatados ndcaram que os gestores revelam nformações mportantes para a avalação da empresa no mercado por meo de anúncos sobre seus planos de nvestmento. Em relação às outras duas hpóteses (o mercado não recebeu o anúnco, o que mostrara que os gestores não consderaram a nformação relevante; exstu o anúnco e houve reação no preço das ações devdo a sua dvulgação, ocorrendo reação adconal no momento da publcação dos balanços), os resultados aqu descrtos não permtem fazer qualquer nferênca, uma vez que para responder a essas questões sera necessáro realzar dos estudos de evento: um prmero quando do anúnco de um plano de nvestmento pelas empresas e um segundo quando da publcação dos balanços, o que não fo aqu desenvolvdo. Essas duas hpóteses, bem como um estudo mas aprofundado acerca dos motvos pelos quas os anúncos de revsões orçamentáras ao longo do ano não refletram de manera contundente nos preços das ações, são aspectos que podem ser abordados em pesqusas futuras. Sem dúvda, o tema aqu desenvolvdo propca um terreno fértl de trabalho. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ANTUNES, M.A.; PROCIANOY, J.L. Os efetos das decsões de nvestmento das empresas sobre os preços de suas ações no mercado de captas. Revsta de Admnstração da Unversdade de São Paulo (RAUSP), São Paulo, v.38, n.1, p.5-14, jan./fev./mar BLACKWELL, D.W.; MARR, M.W.; SPIVEY, M.F. Plant-closng decsons and the market value of the frm. Journal of Fnancal Economcs, Amsterdã, v.26, n.2, p , Aug BLAUG, M. Metodologa da economa. 2.ed. São Paulo: Edusp, BLOSE, L.E.; SHIEH, J.C.P. Tobn s q-rato and market reacton to captal nvestment annoucements. The Fnancal Revew, Tallahassee, v.32, n.3, p , Aug CAMPBELL, J.Y.; LO, A.W.; MACKINLAY, A.C. The econometrcs of fnancal markets. New Jersey: Prnceton Unversty Press, CHAN, S.H.; GAU, G.W.; WANG, K. Stock market reacton to captal nvestment decsons: evdence from busness relocatons. Journal of Fnancal and Quanttatve Analyss, Seattle, v.30, n.1, p , Mar CHAN, S.H.; KENSINGER, J.W.; MARTIN, J.D. Corporate research and development expendtures and share value. Journal of Fnancal Economcs, Amsterdã, v.26, n.2, p , Aug CHEN, S.S.; HO, K.W. Market response to product-strategy and captal expendture announcements n Sngapore: nvestments opportuntes and free cash flow. Fnancal Management, Tampa, v.26, n.3, p.82-88, Autumn CHUNG, K.H.; WRIGHT, P.; CHAROENWONG, C. Investment opportuntes and market reacton to captal expendture decsons. Journal of Bankng & Fnance, Amsterdã, v.22, n.1, p.41-60, Jan FAMA, E.F. Effcent captal markets: II. Journal of Fnance, Cambrdge, v.xlvi, n.5, p , Dec GOMBOLA, M.J.; TSETSEKOS, G.P. The nformaton content of plant closng announcements: evdence from fnancal profles and the stock prce reacton. Fnancal Management, Tampa, v.21, n.2, p.31-40, Summer LAMB, R. A decsão de nvestmento nas empresas e a reação do mercado de captas: uma abordagem nformaconal Dssertação (Mestrado) Unversdade Federal do Ro Grande do Sul, Porto Alegre, Ro Grande do Sul, Brasl. MACKINLAY, A.C. Event studes n economcs and fnance. Journal of Economc Lterature, Nashvlle, v.35, n.1, p.13-39, Mar McCONNELL, J.J.; MUSCARELLA, C.J. Corporate captal expendture decsons and the market value of the frm. Journal of Fnancal Economcs, Amsterdã, v.14, n.3, p , Sept MODIGLIANI, F.; MILLER, M.H. Dvdend polcy, growth and the valuaton of shares. Journal of Busness, Chcago, v.34, n.4, p , Oct NETER, J.; KUTNER, M.H.; NACHTSHEIM, C.J.; WASSERMAN, W. Appled lnear regresson models. 3.ed. Chcago: Irwn, PESTANA, M.H.; GAGEIRO, J.N. Análse de dados para cêncas socas: a complementardade do SPSS. 2.ed. Lsboa: Sílabo, SEPE, J.F.; STATMAN, M. Project termnaton announcements and the market value of the frm. Fnancal Management, Tampa, v.18, n.4, p.74-81, Wnter SZEWCZYK, S.H.; TSETSEKOS, G.P.; ZANTOUT, Z. The valuaton of corporate R&D expendtures: evdence form nvestment opportuntes and free cash flow. Fnancal Management, Tampa, v.25, n.1, p , Sprng TSETSEKOS, G.P.; ZANTOUT, Z. The wealth effects of announcements of R&D expendture ncreases. The Journal of Fnancal Research, Columba, v.xvii, n.2, p , Summer R.Adm., São Paulo, v.42, n.2, p , abr./mao/jun

5.1 Seleção dos melhores regressores univariados (modelo de Índice de Difusão univariado)

5.1 Seleção dos melhores regressores univariados (modelo de Índice de Difusão univariado) 5 Aplcação Neste capítulo será apresentada a parte empírca do estudo no qual serão avalados os prncpas regressores, um Modelo de Índce de Dfusão com o resultado dos melhores regressores (aqu chamado de

Leia mais

UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE CCSA - Centro de Ciências Sociais e Aplicadas Curso de Economia

UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE CCSA - Centro de Ciências Sociais e Aplicadas Curso de Economia CCSA - Centro de Cêncas Socas e Aplcadas Curso de Economa ECONOMIA REGIONAL E URBANA Prof. ladmr Fernandes Macel LISTA DE ESTUDO. Explque a lógca da teora da base econômca. A déa que sustenta a teora da

Leia mais

Análise de Regressão. Profa Alcione Miranda dos Santos Departamento de Saúde Pública UFMA

Análise de Regressão. Profa Alcione Miranda dos Santos Departamento de Saúde Pública UFMA Análse de Regressão Profa Alcone Mranda dos Santos Departamento de Saúde Públca UFMA Introdução Uma das preocupações estatístcas ao analsar dados, é a de crar modelos que explctem estruturas do fenômeno

Leia mais

Ministério da Educação. Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira. Cálculo do Conceito Preliminar de Cursos de Graduação

Ministério da Educação. Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira. Cálculo do Conceito Preliminar de Cursos de Graduação Mnstéro da Educação Insttuto Naconal de Estudos e Pesqusas Educaconas Aníso Texera Cálculo do Conceto Prelmnar de Cursos de Graduação Nota Técnca Nesta nota técnca são descrtos os procedmentos utlzados

Leia mais

Nota Técnica Médias do ENEM 2009 por Escola

Nota Técnica Médias do ENEM 2009 por Escola Nota Técnca Médas do ENEM 2009 por Escola Crado em 1998, o Exame Naconal do Ensno Médo (ENEM) tem o objetvo de avalar o desempenho do estudante ao fm da escolardade básca. O Exame destna-se aos alunos

Leia mais

TEORIA DE ERROS * ERRO é a diferença entre um valor obtido ao se medir uma grandeza e o valor real ou correto da mesma.

TEORIA DE ERROS * ERRO é a diferença entre um valor obtido ao se medir uma grandeza e o valor real ou correto da mesma. UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS DEPARTAMENTO DE FÍSICA AV. FERNANDO FERRARI, 514 - GOIABEIRAS 29075-910 VITÓRIA - ES PROF. ANDERSON COSER GAUDIO FONE: 4009.7820 FAX: 4009.2823

Leia mais

Universidade Estadual de Ponta Grossa/Departamento de Economia/Ponta Grossa, PR. Palavras-chave: CAPM, Otimização de carteiras, ações.

Universidade Estadual de Ponta Grossa/Departamento de Economia/Ponta Grossa, PR. Palavras-chave: CAPM, Otimização de carteiras, ações. A CONSTRUÇÃO DE CARTEIRAS EFICIENTES POR INTERMÉDIO DO CAPM NO MERCADO ACIONÁRIO BRASILEIRO: UM ESTUDO DE CASO PARA O PERÍODO 006-010 Rodrgo Augusto Vera (PROVIC/UEPG), Emerson Martns Hlgemberg (Orentador),

Leia mais

O migrante de retorno na Região Norte do Brasil: Uma aplicação de Regressão Logística Multinomial

O migrante de retorno na Região Norte do Brasil: Uma aplicação de Regressão Logística Multinomial O mgrante de retorno na Regão Norte do Brasl: Uma aplcação de Regressão Logístca Multnomal 1. Introdução Olavo da Gama Santos 1 Marnalva Cardoso Macel 2 Obede Rodrgues Cardoso 3 Por mgrante de retorno,

Leia mais

NOTA II TABELAS E GRÁFICOS

NOTA II TABELAS E GRÁFICOS Depto de Físca/UFMG Laboratóro de Fundamentos de Físca NOTA II TABELAS E GRÁFICOS II.1 - TABELAS A manera mas adequada na apresentação de uma sére de meddas de um certo epermento é através de tabelas.

Leia mais

Professor Mauricio Lutz CORRELAÇÃO

Professor Mauricio Lutz CORRELAÇÃO Professor Maurco Lutz 1 CORRELAÇÃO Em mutas stuações, torna-se nteressante e útl estabelecer uma relação entre duas ou mas varáves. A matemátca estabelece város tpos de relações entre varáves, por eemplo,

Leia mais

Decisão de Recompra de Ações: Intenção de Blindagem em Período de Turbulência Financeira?

Decisão de Recompra de Ações: Intenção de Blindagem em Período de Turbulência Financeira? Decsão de Recompra de Ações: Intenção de Blndagem em Período de Turbulênca Fnancera? Resumo Autora: Llam Sanchez Carrete Este trabalho tem como objetvo avalar se o anúnco de programas de recompra de ações

Leia mais

PROJEÇÕES POPULACIONAIS PARA OS MUNICÍPIOS E DISTRITOS DO CEARÁ

PROJEÇÕES POPULACIONAIS PARA OS MUNICÍPIOS E DISTRITOS DO CEARÁ GOVERNO DO ESTADO DO CEARÁ SECRETARIA DO PLANEJAMENTO E GESTÃO - SEPLAG INSTITUTO DE PESQUISA E ESTRATÉGIA ECONÔMICA DO CEARÁ - IPECE NOTA TÉCNICA Nº 29 PROJEÇÕES POPULACIONAIS PARA OS MUNICÍPIOS E DISTRITOS

Leia mais

Testando um Mito de Investimento : Eficácia da Estratégia de Investimento em Ações de Crescimento.

Testando um Mito de Investimento : Eficácia da Estratégia de Investimento em Ações de Crescimento. Testando um Mto de Investmento : Efcáca da Estratéga de Investmento em Ações de Crescmento. Autora: Perre Lucena Rabon, Odlon Saturnno Slva Neto, Valera Louse de Araújo Maranhão, Luz Fernando Correa de

Leia mais

Cálculo do Conceito ENADE

Cálculo do Conceito ENADE Insttuto aconal de Estudos e Pesqusas Educaconas Aníso Texera IEP Mnstéro da Educação ME álculo do onceto EADE Para descrever o cálculo do onceto Enade, prmeramente é mportante defnr a undade de observação

Leia mais

4 Critérios para Avaliação dos Cenários

4 Critérios para Avaliação dos Cenários Crtéros para Avalação dos Cenáros É desejável que um modelo de geração de séres sntétcas preserve as prncpas característcas da sére hstórca. Isto quer dzer que a utldade de um modelo pode ser verfcada

Leia mais

Introdução à Análise de Dados nas medidas de grandezas físicas

Introdução à Análise de Dados nas medidas de grandezas físicas Introdução à Análse de Dados nas meddas de grandezas físcas www.chem.wts.ac.za/chem0/ http://uregna.ca/~peresnep/ www.ph.ed.ac.uk/~td/p3lab/analss/ otas baseadas nos apontamentos Análse de Dados do Prof.

Leia mais

PARTE 1. 1. Apresente as equações que descrevem o comportamento do preço de venda dos imóveis.

PARTE 1. 1. Apresente as equações que descrevem o comportamento do preço de venda dos imóveis. EXERCICIOS AVALIATIVOS Dscplna: ECONOMETRIA Data lmte para entrega: da da 3ª prova Valor: 7 pontos INSTRUÇÕES: O trabalho é ndvdual. A dscussão das questões pode ser feta em grupo, mas cada aluno deve

Leia mais

1.UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA, VIÇOSA, MG, BRASIL; 2.UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS, GOIANIA, GO, BRASIL.

1.UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA, VIÇOSA, MG, BRASIL; 2.UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS, GOIANIA, GO, BRASIL. A FUNÇÃO DE PRODUÇÃO E SUPERMERCADOS NO BRASIL ALEX AIRES CUNHA (1) ; CLEYZER ADRIAN CUNHA (). 1.UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA, VIÇOSA, MG, BRASIL;.UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS, GOIANIA, GO, BRASIL.

Leia mais

FUNDAÇÃO GETULIO VARGAS ESCOLA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ECONOMIA MESTRADO EM FINANÇAS E ECONOMIA EMPRESARIAL FELIPE ABAD HENRIQUES

FUNDAÇÃO GETULIO VARGAS ESCOLA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ECONOMIA MESTRADO EM FINANÇAS E ECONOMIA EMPRESARIAL FELIPE ABAD HENRIQUES FUNDAÇÃO GETULIO VARGAS ESCOLA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ECONOMIA MESTRADO EM FINANÇAS E ECONOMIA EMPRESARIAL FELIPE ABAD HENRIQUES ESTUDO DO COMPORTAMENTO DO RETORNO DAS AÇÕES AO REDOR DA DATA EX-DISTRIBUIÇÃO

Leia mais

CENTRO UNIVERSITÁRIO DO LESTE DE MINAS GERAIS - UnilesteMG

CENTRO UNIVERSITÁRIO DO LESTE DE MINAS GERAIS - UnilesteMG 1 CENTRO UNIVERSITÁRIO DO LESTE DE MINAS GERAIS - UnlesteMG Dscplna: Introdução à Intelgênca Artfcal Professor: Luz Carlos Fgueredo GUIA DE LABORATÓRIO LF. 01 Assunto: Lógca Fuzzy Objetvo: Apresentar o

Leia mais

Avaliação da Tendência de Precipitação Pluviométrica Anual no Estado de Sergipe. Evaluation of the Annual Rainfall Trend in the State of Sergipe

Avaliação da Tendência de Precipitação Pluviométrica Anual no Estado de Sergipe. Evaluation of the Annual Rainfall Trend in the State of Sergipe Avalação da Tendênca de Precptação Pluvométrca Anual no Estado de Sergpe Dandara de Olvera Félx, Inaá Francsco de Sousa 2, Pablo Jónata Santana da Slva Nascmento, Davd Noguera dos Santos 3 Graduandos em

Leia mais

Objetivos da aula. Essa aula objetiva fornecer algumas ferramentas descritivas úteis para

Objetivos da aula. Essa aula objetiva fornecer algumas ferramentas descritivas úteis para Objetvos da aula Essa aula objetva fornecer algumas ferramentas descrtvas útes para escolha de uma forma funconal adequada. Por exemplo, qual sera a forma funconal adequada para estudar a relação entre

Leia mais

Metodologia IHFA - Índice de Hedge Funds ANBIMA

Metodologia IHFA - Índice de Hedge Funds ANBIMA Metodologa IHFA - Índce de Hedge Funds ANBIMA Versão Abrl 2011 Metodologa IHFA Índce de Hedge Funds ANBIMA 1. O Que é o IHFA Índce de Hedge Funds ANBIMA? O IHFA é um índce representatvo da ndústra de hedge

Leia mais

Os modelos de regressão paramétricos vistos anteriormente exigem que se suponha uma distribuição estatística para o tempo de sobrevivência.

Os modelos de regressão paramétricos vistos anteriormente exigem que se suponha uma distribuição estatística para o tempo de sobrevivência. MODELO DE REGRESSÃO DE COX Os modelos de regressão paramétrcos vstos anterormente exgem que se suponha uma dstrbução estatístca para o tempo de sobrevvênca. Contudo esta suposção, caso não sea adequada,

Leia mais

Covariância e Correlação Linear

Covariância e Correlação Linear TLF 00/ Cap. X Covarânca e correlação lnear Capítulo X Covarânca e Correlação Lnear 0.. Valor médo da grandeza (,) 0 0.. Covarânca na propagação de erros 03 0.3. Coecente de correlação lnear 05 Departamento

Leia mais

Análise multivariada do risco sistemático dos principais mercados de ações da América Latina: um enfoque Bayesiano

Análise multivariada do risco sistemático dos principais mercados de ações da América Latina: um enfoque Bayesiano XXVI ENEGEP - Fortaleza, CE, Brasl, 9 a 11 de Outubro de 006 Análse multvarada do rsco sstemátco dos prncpas mercados de ações da Amérca Latna: um enfoque Bayesano André Asss de Salles (UFRJ) asalles@nd.ufrj.br

Leia mais

Elaboração: Fevereiro/2008

Elaboração: Fevereiro/2008 Elaboração: Feverero/2008 Últma atualzação: 19/02/2008 E ste Caderno de Fórmulas tem por objetvo esclarecer aos usuáros a metodologa de cálculo e os crtéros de precsão utlzados na atualzação das Letras

Leia mais

Governança Corporativa e Estrutura de Propriedade no Brasil: Causas e Conseqüências

Governança Corporativa e Estrutura de Propriedade no Brasil: Causas e Conseqüências Governança Corporatva e Estrutura de Propredade no Brasl: Causas e Conseqüêncas Anaméla Borges Tannús Dam (UFU - Unversdade Federal de Uberlânda) Pablo Rogers (UFU - Unversdade Federal de Uberlânda) Kárem

Leia mais

CÁLCULO DO ALUNO EQUIVALENTE PARA FINS DE ANÁLISE DE CUSTOS DE MANUTENÇÃO DAS IFES

CÁLCULO DO ALUNO EQUIVALENTE PARA FINS DE ANÁLISE DE CUSTOS DE MANUTENÇÃO DAS IFES MIISTÉRIO DA EDUCAÇÃO SECRETARIA DE EDUCAÇÃO SUPERIOR DEPARTAMETO DE DESEVOLVIMETO DA EDUCAÇÃO SUPERIOR TECOLOGIA DA IFORMAÇÃO CÁLCULO DO ALUO EQUIVALETE PARA FIS DE AÁLISE DE CUSTOS DE MAUTEÇÃO DAS IFES

Leia mais

Análise Econômica da Aplicação de Motores de Alto Rendimento

Análise Econômica da Aplicação de Motores de Alto Rendimento Análse Econômca da Aplcação de Motores de Alto Rendmento 1. Introdução Nesta apostla são abordados os prncpas aspectos relaconados com a análse econômca da aplcação de motores de alto rendmento. Incalmente

Leia mais

RISCO. Investimento inicial $ $ Taxa de retorno anual Pessimista 13% 7% Mais provável 15% 15% Otimista 17% 23% Faixa 4% 16%

RISCO. Investimento inicial $ $ Taxa de retorno anual Pessimista 13% 7% Mais provável 15% 15% Otimista 17% 23% Faixa 4% 16% Análse de Rsco 1 RISCO Rsco possbldade de perda. Quanto maor a possbldade, maor o rsco. Exemplo: Empresa X va receber $ 1.000 de uros em 30 das com títulos do governo. A empresa Y pode receber entre $

Leia mais

Despacho Econômico de. Sistemas Termoelétricos e. Hidrotérmicos

Despacho Econômico de. Sistemas Termoelétricos e. Hidrotérmicos Despacho Econômco de Sstemas Termoelétrcos e Hdrotérmcos Apresentação Introdução Despacho econômco de sstemas termoelétrcos Despacho econômco de sstemas hdrotérmcos Despacho do sstema braslero Conclusões

Leia mais

Regressão e Correlação Linear

Regressão e Correlação Linear Probabldade e Estatístca I Antono Roque Aula 5 Regressão e Correlação Lnear Até o momento, vmos técncas estatístcas em que se estuda uma varável de cada vez, estabelecendo-se sua dstrbução de freqüêncas,

Leia mais

Introdução e Organização de Dados Estatísticos

Introdução e Organização de Dados Estatísticos II INTRODUÇÃO E ORGANIZAÇÃO DE DADOS ESTATÍSTICOS 2.1 Defnção de Estatístca Uma coleção de métodos para planejar expermentos, obter dados e organzá-los, resum-los, analsá-los, nterpretá-los e deles extrar

Leia mais

RAD1507 Estatística Aplicada à Administração I Prof. Dr. Evandro Marcos Saidel Ribeiro

RAD1507 Estatística Aplicada à Administração I Prof. Dr. Evandro Marcos Saidel Ribeiro UNIVERIDADE DE ÃO PAULO FACULDADE DE ECONOMIA, ADMINITRAÇÃO E CONTABILIDADE DE RIBEIRÃO PRETO DEPARTAMENTO DE ADMINITRAÇÃO RAD1507 Estatístca Aplcada à Admnstração I Prof. Dr. Evandro Marcos adel Rbero

Leia mais

Aplicando o método de mínimos quadrados ordinários, você encontrou o seguinte resultado: 1,2

Aplicando o método de mínimos quadrados ordinários, você encontrou o seguinte resultado: 1,2 Econometra - Lsta 3 - Regressão Lnear Múltpla Professores: Hedbert Lopes, Prscla Rbero e Sérgo Martns Montores: Gustavo Amarante e João Marcos Nusdeo QUESTÃO 1. Você trabalha na consultora Fazemos Qualquer

Leia mais

CURSO ON-LINE PROFESSOR: VÍTOR MENEZES

CURSO ON-LINE PROFESSOR: VÍTOR MENEZES O Danel Slvera pedu para eu resolver mas questões do concurso da CEF. Vou usar como base a numeração do caderno foxtrot Vamos lá: 9) Se, ao descontar uma promssóra com valor de face de R$ 5.000,00, seu

Leia mais

CAPÍTULO VI Introdução ao Método de Elementos Finitos (MEF)

CAPÍTULO VI Introdução ao Método de Elementos Finitos (MEF) PMR 40 - Mecânca Computaconal CAPÍTULO VI Introdução ao Método de Elementos Fntos (MEF). Formulação Teórca - MEF em uma dmensão Consderemos a equação abao que representa a dstrbução de temperatura na barra

Leia mais

DIAGNÓSTICO EM MODELOS LINEARES GENERALIZADOS

DIAGNÓSTICO EM MODELOS LINEARES GENERALIZADOS DIAGNÓSTICO EM MODELOS LINEARES GENERALIZADOS 1 A análse de dagnóstco (ou dagnóstco do ajuste) confgura uma etapa fundamental no ajuste de modelos de regressão. O objetvo prncpal da análse de dagnóstco

Leia mais

Variabilidade Espacial do Teor de Água de um Argissolo sob Plantio Convencional de Feijão Irrigado

Variabilidade Espacial do Teor de Água de um Argissolo sob Plantio Convencional de Feijão Irrigado Varabldade Espacal do Teor de Água de um Argssolo sob Planto Convenconal de Fejão Irrgado Elder Sânzo Aguar Cerquera 1 Nerlson Terra Santos 2 Cásso Pnho dos Res 3 1 Introdução O uso da água na rrgação

Leia mais

AGÊNCIA NACIONAL DE ENERGIA ELÉTRICA ANEEL RESOLUÇÃO Nº 488, DE 29 DE AGOSTO DE 2002

AGÊNCIA NACIONAL DE ENERGIA ELÉTRICA ANEEL RESOLUÇÃO Nº 488, DE 29 DE AGOSTO DE 2002 AGÊNCIA NACIONAL DE ENERGIA ELÉTRICA ANEEL RESOLUÇÃO Nº 488, DE 29 DE AGOSTO DE 2002 Regulamenta o estabelecdo na Resolução CNPE n 7, de 21 de agosto de 2002, aprovada pela Presdênca da Repúblca em 22

Leia mais

3 Metodologia de Avaliação da Relação entre o Custo Operacional e o Preço do Óleo

3 Metodologia de Avaliação da Relação entre o Custo Operacional e o Preço do Óleo 3 Metodologa de Avalação da Relação entre o Custo Operaconal e o Preço do Óleo Este capítulo tem como objetvo apresentar a metodologa que será empregada nesta pesqusa para avalar a dependênca entre duas

Leia mais

CQ110 : Princípios de FQ

CQ110 : Princípios de FQ CQ110 : Prncípos de FQ CQ 110 Prncípos de Físco Químca Curso: Farmáca Prof. Dr. Marco Vdott mvdott@ufpr.br Potencal químco, m potencal químco CQ110 : Prncípos de FQ Propredades termodnâmcas das soluções

Leia mais

Assimetria de informação e os preços das emissões públicas de ações

Assimetria de informação e os preços das emissões públicas de ações XXVI ENEGEP - Fortaleza, CE, Brasl, 9 a de Outubro de 006 Assmetra de nformação e os preços das emssões públcas de ações Hudson Fernandes Amaral CAD/CEPEAD/UFMG) hamaral@face.ufmg.br Robert Aldo Iquapaza

Leia mais

CAPÍTULO 1 Exercícios Propostos

CAPÍTULO 1 Exercícios Propostos CAPÍTULO 1 Exercícos Propostos Atenção: Na resolução dos exercícos consderar, salvo menção em contráro, ano comercal de das. 1. Qual é a taxa anual de juros smples obtda em uma aplcação de $1.0 que produz,

Leia mais

Elaboração: Novembro/2005

Elaboração: Novembro/2005 Elaboração: Novembro/2005 Últma atualzação: 18/07/2011 Apresentação E ste Caderno de Fórmulas tem por objetvo nformar aos usuáros a metodologa e os crtéros de precsão dos cálculos referentes às Cédulas

Leia mais

1. CORRELAÇÃO E REGRESSÃO LINEAR

1. CORRELAÇÃO E REGRESSÃO LINEAR 1 CORRELAÇÃO E REGREÃO LINEAR Quando deseja-se estudar se exste relação entre duas varáves quanttatvas, pode-se utlzar a ferramenta estatístca da Correlação Lnear mples de Pearson Quando essa correlação

Leia mais

3ª AULA: ESTATÍSTICA DESCRITIVA Medidas Numéricas

3ª AULA: ESTATÍSTICA DESCRITIVA Medidas Numéricas PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EGEHARIA DE TRASPORTES E GESTÃO TERRITORIAL PPGTG DEPARTAMETO DE EGEHARIA CIVIL ECV DISCIPLIA: TGT41006 FUDAMETOS DE ESTATÍSTICA 3ª AULA: ESTATÍSTICA DESCRITIVA Meddas umércas

Leia mais

ESTATÍSTICA MULTIVARIADA 2º SEMESTRE 2010 / 11. EXERCÍCIOS PRÁTICOS - CADERNO 1 Revisões de Estatística

ESTATÍSTICA MULTIVARIADA 2º SEMESTRE 2010 / 11. EXERCÍCIOS PRÁTICOS - CADERNO 1 Revisões de Estatística ESTATÍSTICA MULTIVARIADA º SEMESTRE 010 / 11 EXERCÍCIOS PRÁTICOS - CADERNO 1 Revsões de Estatístca -0-11 1.1 1.1. (Varáves aleatóras: função de densdade e de dstrbução; Méda e Varânca enquanto expectatvas

Leia mais

Análise do Retorno da Educação na Região Norte em 2007: Um Estudo à Luz da Regressão Quantílica.

Análise do Retorno da Educação na Região Norte em 2007: Um Estudo à Luz da Regressão Quantílica. Análse do Retorno da Edcação na Regão Norte em 2007: Um Estdo à Lz da Regressão Qantílca. 1 Introdcão Almr Rogéro A. de Soza 1 Jâno Macel da Slva 2 Marnalva Cardoso Macel 3 O debate sobre o relaconamento

Leia mais

PROVA DE MATEMÁTICA DO VESTIBULAR 2013 DA UNICAMP-FASE 1. RESOLUÇÃO: PROFA. MARIA ANTÔNIA C. GOUVEIA

PROVA DE MATEMÁTICA DO VESTIBULAR 2013 DA UNICAMP-FASE 1. RESOLUÇÃO: PROFA. MARIA ANTÔNIA C. GOUVEIA PROVA DE MATEMÁTICA DO VESTIBULAR 03 DA UNICAMP-FASE. PROFA. MARIA ANTÔNIA C. GOUVEIA QUESTÃO 37 A fgura abaxo exbe, em porcentagem, a prevsão da oferta de energa no Brasl em 030, segundo o Plano Naconal

Leia mais

O RISCO IDIOSSINCRÁTICO E O RISCO SISTEMÁTICO DE MERCADOS EMERGENTES: EVIDÊNCIAS ACERCA DO BLOCO BRIC

O RISCO IDIOSSINCRÁTICO E O RISCO SISTEMÁTICO DE MERCADOS EMERGENTES: EVIDÊNCIAS ACERCA DO BLOCO BRIC XXIX ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO A Engenhara de Produção e o Desenvolvmento Sustentável: Integrando Tecnologa e Gestão. Salvador, BA, Brasl, 06 a 09 de outubro de 009 O RISCO IDIOSSINCRÁTICO

Leia mais

Assimetria de Informações e Pagamento de Proventos em Dinheiro na Bovespa.

Assimetria de Informações e Pagamento de Proventos em Dinheiro na Bovespa. Assmetra de Informações e Pagamento de Proventos em Dnhero na Bovespa. Autora: Robert Aldo Iquapaza, Wagner Moura Lamouner, Hudson Fernandes Amaral Resumo: Nesta pesqusa avala-se o efeto da assmetra de

Leia mais

3 A técnica de computação intensiva Bootstrap

3 A técnica de computação intensiva Bootstrap A técnca de computação ntensva ootstrap O termo ootstrap tem orgem na expressão de língua nglesa lft oneself by pullng hs/her bootstrap, ou seja, alguém levantar-se puxando seu própro cadarço de bota.

Leia mais

CAP RATES, YIELDS E AVALIAÇÃO DE IMÓVEIS pelo método do rendimento

CAP RATES, YIELDS E AVALIAÇÃO DE IMÓVEIS pelo método do rendimento CAP RATES, YIELDS E AALIAÇÃO DE IMÓEIS pelo étodo do rendento Publcado no Confdencal Iobláro, Março de 2007 AMARO NAES LAIA Drector da Pós-Graduação de Gestão e Avalação Ioblára do ISEG. Docente das caderas

Leia mais

Estatística stica Descritiva

Estatística stica Descritiva AULA1-AULA5 AULA5 Estatístca stca Descrtva Prof. Vctor Hugo Lachos Davla oo que é a estatístca? Para mutos, a estatístca não passa de conjuntos de tabelas de dados numércos. Os estatístcos são pessoas

Leia mais

Uso dos gráficos de controle da regressão no processo de poluição em uma interseção sinalizada

Uso dos gráficos de controle da regressão no processo de poluição em uma interseção sinalizada XXIII Encontro Nac. de Eng. de Produção - Ouro Preto, MG, Brasl, 1 a 4 de out de 003 Uso dos gráfcos de controle da regressão no processo de polução em uma nterseção snalzada Luz Delca Castllo Vllalobos

Leia mais

ISEP - ÍNDICE DE SHARPE ESCOLAR A PARTIR DA PROVA BRASIL: CRIAÇÃO E ESTUDO

ISEP - ÍNDICE DE SHARPE ESCOLAR A PARTIR DA PROVA BRASIL: CRIAÇÃO E ESTUDO ISEP - ÍNDICE DE SHARPE ESCOLAR A PARTIR DA PROVA BRASIL: CRIAÇÃO E ESTUDO Roberta Montello Amaral (UNIFESO) amaralroberta@yahoo.com.br Crado em 1990, o Saeb é um sstema de avalação do MEC que, junto à

Leia mais

ANEXO II METODOLOGIA E CÁLCULO DO FATOR X

ANEXO II METODOLOGIA E CÁLCULO DO FATOR X ANEXO II Nota Técnca nº 256/2009-SRE/ANEEL Brasíla, 29 de julho de 2009 METODOLOGIA E ÁLULO DO FATOR X ANEXO II Nota Técnca n o 256/2009 SRE/ANEEL Em 29 de julho de 2009. Processo nº 48500.004295/2006-48

Leia mais

Palavras-chave: Governança corporativa. Desempenho. Empresas de capital aberto.

Palavras-chave: Governança corporativa. Desempenho. Empresas de capital aberto. AS EMPRESAS QUE ADOTAM AS MELHORES PRÁTICAS DE GOVERNANÇA CORPORATIVA POSSUEM MELHOR DESEMPENHO? UM ESTUDO DAS EMPRESAS BRASILEIRAS DE CAPITAL ABERTO NÃO LISTADAS EM BOLSA Mosés Araújo Almeda Doutorando

Leia mais

PLANILHAS EXCEL/VBA PARA PROBLEMAS ENVOLVENDO EQUILÍBRIO LÍQUIDO-VAPOR EM SISTEMAS BINÁRIOS

PLANILHAS EXCEL/VBA PARA PROBLEMAS ENVOLVENDO EQUILÍBRIO LÍQUIDO-VAPOR EM SISTEMAS BINÁRIOS PLANILHAS EXCEL/VBA PARA PROBLEMAS ENVOLVENDO EQUILÍBRIO LÍQUIDO-VAPOR EM SISTEMAS BINÁRIOS L. G. Olvera, J. K. S. Negreros, S. P. Nascmento, J. A. Cavalcante, N. A. Costa Unversdade Federal da Paraíba,

Leia mais

7 - Distribuição de Freqüências

7 - Distribuição de Freqüências 7 - Dstrbução de Freqüêncas 7.1 Introdução Em mutas áreas há uma grande quantdade de nformações numércas que precsam ser dvulgadas de forma resumda. O método mas comum de resumr estes dados numércos consste

Leia mais

1 Princípios da entropia e da energia

1 Princípios da entropia e da energia 1 Prncípos da entropa e da energa Das dscussões anterores vmos como o conceto de entropa fo dervado do conceto de temperatura. E esta últma uma conseqüênca da le zero da termodnâmca. Dentro da nossa descrção

Leia mais

Sistemas de Filas: Aula 5. Amedeo R. Odoni 22 de outubro de 2001

Sistemas de Filas: Aula 5. Amedeo R. Odoni 22 de outubro de 2001 Sstemas de Flas: Aula 5 Amedeo R. Odon 22 de outubro de 2001 Teste 1: 29 de outubro Com consulta, 85 mnutos (níco 10:30) Tópcos abordados: capítulo 4, tens 4.1 a 4.7; tem 4.9 (uma olhada rápda no tem 4.9.4)

Leia mais

Análise de Projectos ESAPL / IPVC. Taxas Equivalentes Rendas

Análise de Projectos ESAPL / IPVC. Taxas Equivalentes Rendas Análse de Projectos ESAPL / IPVC Taxas Equvalentes Rendas Taxas Equvalentes Duas taxas e, referentes a períodos dferentes, dzem-se equvalentes se, aplcadas a um mesmo captal, produzrem durante o mesmo

Leia mais

Variáveis dummy: especificações de modelos com parâmetros variáveis

Variáveis dummy: especificações de modelos com parâmetros variáveis Varáves dummy: especfcações de modelos com parâmetros varáves Fabríco Msso, Lucane Flores Jacob Curso de Cêncas Econômcas/Unversdade Estadual de Mato Grosso do Sul E-mal: fabrcomsso@gmal.com Departamento

Leia mais

Estimativa da Incerteza de Medição da Viscosidade Cinemática pelo Método Manual em Biodiesel

Estimativa da Incerteza de Medição da Viscosidade Cinemática pelo Método Manual em Biodiesel Estmatva da Incerteza de Medção da Vscosdade Cnemátca pelo Método Manual em Bodesel Roberta Quntno Frnhan Chmn 1, Gesamanda Pedrn Brandão 2, Eustáquo Vncus Rbero de Castro 3 1 LabPetro-DQUI-UFES, Vtóra-ES,

Leia mais

Capítulo 1. Exercício 5. Capítulo 2 Exercício

Capítulo 1. Exercício 5. Capítulo 2 Exercício UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS CIÊNCIAS ECONÔMICAS ECONOMETRIA (04-II) PRIMEIRA LISTA DE EXERCÍCIOS Exercícos do Gujarat Exercíco 5 Capítulo Capítulo Exercíco 3 4 5 7 0 5 Capítulo 3 As duas prmeras demonstrações

Leia mais

Análise Fatorial F 1 F 2

Análise Fatorial F 1 F 2 Análse Fatoral Análse Fatoral: A Análse Fatoral tem como prncpal objetvo descrever um conjunto de varáves orgnas através da cração de um número menor de varáves (fatores). Os fatores são varáves hpotétcas

Leia mais

O ANÚNCIO DA DISTRIBUIÇÃO DE DIVIDENDOS E SEU EFEITO SOBRE OS PREÇOS DAS AÇÕES: UM ESTUDO EMPÍRICO NO BRASIL.

O ANÚNCIO DA DISTRIBUIÇÃO DE DIVIDENDOS E SEU EFEITO SOBRE OS PREÇOS DAS AÇÕES: UM ESTUDO EMPÍRICO NO BRASIL. O ANÚNCIO DA DISTRIBUIÇÃO DE DIVIDENDOS E SEU EFEITO SOBRE OS PREÇOS DAS AÇÕES: UM ESTUDO EMPÍRICO NO BRASIL. Adlson Frmno, Alex Gama, Adrano Leal Brun e Rubens Famá BRUNI, A. L., FIRMINO, Adlson, GAMA,

Leia mais

I. Introdução. inatividade. 1 Dividiremos a categoria dos jovens em dois segmentos: os jovens que estão em busca do primeiro emprego, e os jovens que

I. Introdução. inatividade. 1 Dividiremos a categoria dos jovens em dois segmentos: os jovens que estão em busca do primeiro emprego, e os jovens que DESEMPREGO DE JOVENS NO BRASIL I. Introdução O desemprego é vsto por mutos como um grave problema socal que vem afetando tanto economas desenvolvdas como em desenvolvmento. Podemos dzer que os índces de

Leia mais

Probabilidade e Estatística. Correlação e Regressão Linear

Probabilidade e Estatística. Correlação e Regressão Linear Probabldade e Estatístca Correlação e Regressão Lnear Correlação Este uma correlação entre duas varáves quando uma delas está, de alguma forma, relaconada com a outra. Gráfco ou Dagrama de Dspersão é o

Leia mais

GOVERNANÇA CORPORATIVA E DESEMPENHO: UM ESTUDO DAS EMPRESAS BRASILEIRAS NÃO LISTADAS NA BOVESPA

GOVERNANÇA CORPORATIVA E DESEMPENHO: UM ESTUDO DAS EMPRESAS BRASILEIRAS NÃO LISTADAS NA BOVESPA GOVERNANÇA CORPORATIVA E DESEMPENHO: UM ESTUDO DAS EMPRESAS BRASILEIRAS NÃO LISTADAS NA BOVESPA MOISÉS ARAÚJO ALMEIDA UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO JOSÉTE FLORENCIO DOS SANTOS UNIVERSIDADE FEDERAL

Leia mais

RAE-eletrônica ISSN: 1676-5648 rae@fgv.br. Escola de Administração de Empresas de São Paulo. Brasil

RAE-eletrônica ISSN: 1676-5648 rae@fgv.br. Escola de Administração de Empresas de São Paulo. Brasil RAE-eletrônca ISSN: 676-5648 rae@fgv.br Escola de Admnstração de Empresas de São Paulo Brasl Gumarães, Ináco Andrusk; Chaves Neto, Anselmo RECONHECIMENTO DE PADRÕES: METODOLOGIAS ESTATÍSTICAS EM CRÉDITO

Leia mais

Aula 7: Circuitos. Curso de Física Geral III F-328 1º semestre, 2014

Aula 7: Circuitos. Curso de Física Geral III F-328 1º semestre, 2014 Aula 7: Crcutos Curso de Físca Geral III F-38 º semestre, 04 Ponto essencal Para resolver um crcuto de corrente contínua, é precso entender se as cargas estão ganhando ou perdendo energa potencal elétrca

Leia mais

7. Resolução Numérica de Equações Diferenciais Ordinárias

7. Resolução Numérica de Equações Diferenciais Ordinárias 7. Resolução Numérca de Equações Dferencas Ordnáras Fenômenos físcos em dversas áreas, tas como: mecânca dos fludos, fluo de calor, vbrações, crcutos elétrcos, reações químcas, dentre váras outras, podem

Leia mais

O COMPORTAMENTO DOS BANCOS DOMÉSTICOS E NÃO DOMÉSTICOS NA CONCESSÃO DE CRÉDITO À HABITAÇÃO: UMA ANÁLISE COM BASE EM DADOS MICROECONÓMICOS*

O COMPORTAMENTO DOS BANCOS DOMÉSTICOS E NÃO DOMÉSTICOS NA CONCESSÃO DE CRÉDITO À HABITAÇÃO: UMA ANÁLISE COM BASE EM DADOS MICROECONÓMICOS* O COMPORTAMENTO DOS BANCOS DOMÉSTICOS E NÃO DOMÉSTICOS NA CONCESSÃO DE CRÉDITO À HABITAÇÃO: UMA ANÁLISE COM BASE EM DADOS MICROECONÓMICOS* Sóna Costa** Luísa Farnha** 173 Artgos Resumo As nsttuções fnanceras

Leia mais

RESOLUÇÃO Nº 32/2014/CONEPE. O CONSELHO DO ENSINO, DA PESQUISA E DA EXTENSÃO da Universidade Federal de Sergipe, no uso de suas atribuições legais,

RESOLUÇÃO Nº 32/2014/CONEPE. O CONSELHO DO ENSINO, DA PESQUISA E DA EXTENSÃO da Universidade Federal de Sergipe, no uso de suas atribuições legais, SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE CONSELHO DO ENSINO, DA PESQUISA E DA EXTENSÃO RESOLUÇÃO Nº 32/2014/CONEPE Aprova as Normas Geras do Processo Seletvo para

Leia mais

Controle Estatístico de Qualidade. Capítulo 8 (montgomery)

Controle Estatístico de Qualidade. Capítulo 8 (montgomery) Controle Estatístco de Qualdade Capítulo 8 (montgomery) Gráfco CUSUM e da Méda Móvel Exponencalmente Ponderada Introdução Cartas de Controle Shewhart Usa apenas a nformação contda no últmo ponto plotado

Leia mais

Custo de Capital. O enfoque principal refere-se ao capital de longo prazo, pois este dá suporte aos investimentos nos ativos permanentes da empresa.

Custo de Capital. O enfoque principal refere-se ao capital de longo prazo, pois este dá suporte aos investimentos nos ativos permanentes da empresa. Custo e Captal 1 Custo e Captal Seguno Gtman (2010, p. 432) o custo e Captal é a taxa e retorno que uma empresa precsa obter sobre seus nvestmentos para manter o valor a ação nalterao. Ele também poe ser

Leia mais

1 INTRODUÇÃO. 1 Segundo Menezes-Filho (2001), brasileiros com ensino fundamental completo ganham, em média, três vezes

1 INTRODUÇÃO. 1 Segundo Menezes-Filho (2001), brasileiros com ensino fundamental completo ganham, em média, três vezes A amplação da jornada escolar melhora o desempenho acadêmco dos estudantes? Uma avalação do programa Escola de Tempo Integral da rede públca do Estado de São Paulo 1 INTRODUÇÃO O acesso à educação é uma

Leia mais

Expressão da Incerteza de Medição para a Grandeza Energia Elétrica

Expressão da Incerteza de Medição para a Grandeza Energia Elétrica 1 a 5 de Agosto de 006 Belo Horzonte - MG Expressão da ncerteza de Medção para a Grandeza Energa Elétrca Eng. Carlos Alberto Montero Letão CEMG Dstrbução S.A caletao@cemg.com.br Eng. Sérgo Antôno dos Santos

Leia mais

3 Algoritmos propostos

3 Algoritmos propostos Algortmos propostos 3 Algortmos propostos Nesse trabalho foram desenvolvdos dos algortmos que permtem classfcar documentos em categoras de forma automátca, com trenamento feto por usuáros Tas algortmos

Leia mais

METODOLOGIA DO ÍNDICE DIVIDENDOS BM&FBOVESPA (IDIV)

METODOLOGIA DO ÍNDICE DIVIDENDOS BM&FBOVESPA (IDIV) METODOLOGIA DO ÍNDICE DIVIDENDOS 02/01/2018 SUMÁRIO 1 OBJETIVO... 3 2 TIPO DE ÍNDICE... 3 3 ATIVOS ELEGÍVEIS... 3 4 CRITÉRIOS DE INCLUSÃO... 3 5 CRITÉRIOS DE EXCLUSÃO... 4 6 CRITÉRIO DE PONDERAÇÃO... 5

Leia mais

Hansard OnLine. Guia Unit Fund Centre

Hansard OnLine. Guia Unit Fund Centre Hansard OnLne Gua Unt Fund Centre Índce Págna Introdução ao Unt Fund Centre (UFC) 3 Usando fltros do fundo 4-5 Trabalhando com os resultados do fltro 6 Trabalhando com os resultados do fltro Preços 7 Trabalhando

Leia mais

Identidade dos parâmetros de modelos segmentados

Identidade dos parâmetros de modelos segmentados Identdade dos parâmetros de modelos segmentados Dana Campos de Olvera Antono Polcarpo Souza Carnero Joel Augusto Munz Fabyano Fonseca e Slva 4 Introdução No Brasl, dentre os anmas de médo porte, os ovnos

Leia mais

Controle de Ponto Eletrônico. Belo Horizonte

Controle de Ponto Eletrônico. Belo Horizonte Controle de Ponto Eletrônco da Câmara Muncpal de Belo Horzonte Instrutor: André Mafa Latn DIVPES agosto de 2010 Objetvo Informar sobre o preenchmento da folha de frequênca; Facltar o trabalho das chefas;

Leia mais

GST0045 MATEMÁTICA FINANCEIRA

GST0045 MATEMÁTICA FINANCEIRA GST0045 MATEMÁTICA FINANCEIRA Concetos Báscos e Smbologa HP-12C Prof. Antono Sérgo A. do Nascmento asergo@lve.estaco.br GST0045 Matemátca Fnancera 2 Valor do dnhero no tempo q O dnhero cresce no tempo

Leia mais

CONGRESSO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA E PÓS-GRADUAÇÃO - I CICPG SUL BRASIL Florianópolis 2010

CONGRESSO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA E PÓS-GRADUAÇÃO - I CICPG SUL BRASIL Florianópolis 2010 Floranópols 200 ANÁLISE COMPARATIVA DA INFLUÊNCIA DA NEBULOSIDADE E UMIDADE RELATIVA SOBRE A IRRADIAÇÃO SOLAR EM SUPERFÍCIE Eduardo Wede Luz * ; Nelson Jorge Schuch ; Fernando Ramos Martns 2 ; Marco Cecon

Leia mais

TESTANDO EMPIRICAMENTE O CAPM CONDICIONAL DOS RETORNOS ESPERADOS DE PORTFOLIOS DO MERCADO BRASILEIRO, ARGENTINO E CHILENO.

TESTANDO EMPIRICAMENTE O CAPM CONDICIONAL DOS RETORNOS ESPERADOS DE PORTFOLIOS DO MERCADO BRASILEIRO, ARGENTINO E CHILENO. ELMO TAMBOSI FILHO TESTANDO EMPIRICAMENTE O CAPM CONDICIONAL DOS RETORNOS ESPERADOS DE PORTFOLIOS DO MERCADO BRASILEIRO, ARGENTINO E CHILENO. Tese de Doutorado apresentada ao Programa de Pós-Graduação

Leia mais

INVESTIMENTO EM EMPRESAS BRASILEIRAS DE CAPITAL ABERTO: UM ESTUDO QUANTITATIVO DAS OPORTUNIDADES DE INVESTIMENTO PÓS- PLANO REAL

INVESTIMENTO EM EMPRESAS BRASILEIRAS DE CAPITAL ABERTO: UM ESTUDO QUANTITATIVO DAS OPORTUNIDADES DE INVESTIMENTO PÓS- PLANO REAL INVESTIMENTO EM EMPRESAS BRASILEIRAS DE CAPITAL ABERTO: UM ESTUDO QUANTITATIVO DAS OPORTUNIDADES DE INVESTIMENTO PÓS- ANO REAL Igor Vasconcelos Noguera Mestre Dscente CEPEAD/UFMG Rua Dona Lbâna, 15. Ap.

Leia mais

Controlo Metrológico de Contadores de Gás

Controlo Metrológico de Contadores de Gás Controlo Metrológco de Contadores de Gás José Mendonça Das (jad@fct.unl.pt), Zulema Lopes Perera (zlp@fct.unl.pt) Departamento de Engenhara Mecânca e Industral, Faculdade de Cêncas e Tecnologa da Unversdade

Leia mais

Associação entre duas variáveis quantitativas

Associação entre duas variáveis quantitativas Exemplo O departamento de RH de uma empresa deseja avalar a efcáca dos testes aplcados para a seleção de funconáros. Para tanto, fo sorteada uma amostra aleatóra de 50 funconáros que fazem parte da empresa

Leia mais

NORMAS DE SELEÇÃO AO DOUTORADO

NORMAS DE SELEÇÃO AO DOUTORADO 1. INSCRIÇÕES PARA SELEÇÃO 1.1. Para a Área de Irrgação e Drenagem Poderão nscrever-se canddatos formados em Engenhara Agrícola, Agronoma, Meteorologa e demas Engenharas, ou em outras áreas afns a crtéro

Leia mais

2 Metodologia de Medição de Riscos para Projetos

2 Metodologia de Medição de Riscos para Projetos 2 Metodologa de Medção de Rscos para Projetos Neste capítulo remos aplcar os concetos apresentados na seção 1.1 ao ambente de projetos. Um projeto, por defnção, é um empreendmento com metas de prazo, margem

Leia mais

O F Í C I O C I R C U L A R. Participantes dos Mercados da B3 Segmento BM&FBOVESPA. Ref.: Nova Metodologia do Índice Dividendos BM&FBOVESPA (IDIV).

O F Í C I O C I R C U L A R. Participantes dos Mercados da B3 Segmento BM&FBOVESPA. Ref.: Nova Metodologia do Índice Dividendos BM&FBOVESPA (IDIV). 01 de novembro de 2017 069/2017-DP O F Í C I O C I R C U L A R Partcpantes dos Mercados da B3 Segmento BM&FBOVESPA Ref.: Nova Metodologa do Índce Dvdendos BM&FBOVESPA (IDIV). Concluída a fase de dscussão

Leia mais

* Economista do Instituto Federal do Sertão Pernambucano na Pró-Reitoria de Desenvolvimento Institucional PRODI.

* Economista do Instituto Federal do Sertão Pernambucano na Pró-Reitoria de Desenvolvimento Institucional PRODI. O desempenho setoral dos muncípos que compõem o Sertão Pernambucano: uma análse regonal sob a ótca energétca. Carlos Fabano da Slva * Introdução Entre a publcação de Methods of Regonal Analyss de Walter

Leia mais

Modelo de Mensuração da Rentabilidade do Crédito Comercial

Modelo de Mensuração da Rentabilidade do Crédito Comercial Modelo de Mensuração da Rentabldade do Crédto Comercal Autora: Dany Rogers, Pablo Rogers, Karem Crstna de Sousa Rbero Resumo A avalação para concessão de crédto, prncpalmente em empresas comercas, é tradconalmente

Leia mais

RESOLUÇÃO Nº 3259 RESOLVEU:

RESOLUÇÃO Nº 3259 RESOLVEU: Resolução nº 3259, de 28 de janero de 2005. RESOLUÇÃO Nº 3259 Altera o dreconamento de recursos captados em depóstos de poupança pelas entdades ntegrantes do Sstema Braslero de Poupança e Empréstmo (SBPE).

Leia mais