DICIONÁRIO BRASILEIRO DA GUERRA DO PARAGUAI
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1 DICIONÁRIO BRASILEIRO DA GUERRA DO PARAGUAI NUNES, Eliane Gomes; RODRIGUES, Prof. Dr. Marcelo Santos (Orientador) Aluno do Curso de Historia; Campus de Porto PIBIC/CNPq Orientador (a) do Curso de História; Campus de Porto Nacional; RESUMO Os jornais do período da guerra do Paraguai ( ) apresentam o cotidiano das batalhas, combates e aspectos da sociedade dos países envolvidos. A partir da leitura crítica dos principais jornais que circularam na Corte, a saber: Jornal do Comércio, A Reforma e o Diário do Rio de Janeiro, e os que circulavam nas províncias, como: Jornal da Bahia e o Alabama (Bahia), o Correio Paulistano (São Paulo), o Desterro (Santa Catarina) e o Publicador Maranhense (Maranhão), é possível elaborarmos verbetes com as informações minuciosas que estes imprimiam em suas folhas, com objetivo de informar os seus leitores sobre os acontecimentos da guerra do Paraguai. Com isso o projeto Dicionário Brasileiro da Guerra do Paraguai pretende condensar em uma obra, minuciosa e concisa, verbetes com informações sobre fatos e personagens da Guerra do Paraguai ( ). Dessa forma, objetivamos oferecer aos pesquisadores interessados na temática, acesso aos mais variados aspectos da guerra para auxiliar nas investigações sobre o maior conflito bélico da América do Sul. Assim, almejamos tornar o dicionário em obra de referência histórica. Palavras-chave: Guerra do Paraguai; jornais; verbetes.
2 INTRODUÇÃO O projeto elaboração de verbetes para constituição do dicionário brasileiro da guerra do Paraguai vem sendo executado desde agosto de A pesquisa pretende condensar em uma obra, minuciosa e concisa, verbetes com informações sobre os personagens e as batalhas da Guerra do Paraguai ( ). Assim, objetivamos oferecer aos pesquisadores interessados na temática, acesso aos mais variados aspectos da guerra para auxiliar nas investigações sobre o maior conflito bélico da América do Sul. Assim, almejamos tornar o dicionário em obra de referência histórica. A Guerra do Paraguai ocorre entre dezembro de 1864 e março de Neste conflito envolveram-se a Argentina, o Uruguai e o Brasil contra o Paraguai. Durante cinco anos, essas nações conviveram com a guerra em suas fronteiras, traduzida nas batalhas iniciadas em terras brasileiras e argentinas e, finalmente, encerrada em território paraguaio. A guerra provocou discussões importantes na vida política e social dos países envolvidos. Foi necessário mobilizar forças terrestres e marítimas, aprovar orçamentos extraordinários e convencer o povo brasileiro da necessidade de sua participação, como soldados e com recursos para a manutenção da guerra. No Brasil, nos anos do conflito assim como os anos subseqüentes, a imprensa desempenhou importante papel na divulgação dos acontecimentos alusivos à guerra. Os jornais narravam desde a mobilização do exército e da guarda nacional, a formação de batalhões de voluntários da pátria, até peculiaridades e aspectos das batalhas, criticando generais das armas aliadas, assim como destacando a atuação heróica de soldados comuns que fizeram a campanha. Seus editoriais traziam informações atualizadas sobre o desenvolvimento do conflito, através de seus correspondentes internacionais, e opiniões de articulistas, políticos e de autores desconhecidos que escreveram sobre a guerra. Dessa forma, os periódicos se tornam uma importante fonte primária para o levantamento de dados a cerca da participação de personagens no conflito.
3 MATERIAL E MÉTODOS Para entender a dimensão da Guerra do Paraguai e preciso compreender as relações estabelecidas entre os Países envolvidos no conflito. O ponto de partida para a pesquisa foi a leitura de obras específicas da Guerra do Paraguai, com o objetivo de permitir compreender os motivos que levaram a Guerra e para obter um cruzamento de informações bibliográficas, facilitando assim a identificação das informações que interessasse aos objetivos da pesquisa. Nessa fase foi consultada a seguinte bibliografia: CERQUEIRA, Dionísio. Reminiscência da campanha do Paraguai: Rio de Janeiro: Bibliex, DOARATIOTO, Francisco. A maldita guerra: nova história do Paraguai. São Paulo: Companhia das Letras, MENEZES, Alfredo da Mota. Guerra do Paraguai: como construímos o conflito. São Paulo: Contexto; Cuiabá, MT: Editora da Universidade Federal de Mato Grosso, RODRIGUES, Marcelo Santos. Os involuntários da pátria na Guerra do Paraguai (a participação da Bahia no conflito) f. Dissertação (Mestrado). Mestrado em História. FFCH-UFBA Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas da Universidade Federal da Bahia BA, TAUNAY, Alfredo d Escragnolle. A retirada da Laguna. 1. Ed. Rio de Janeiro: Typographia Americana, Em paralelo a essa leitura preliminar, se desenvolvia a pesquisa documental no acervo de periódicos do Centro de documentação histórica. A consulta consistiu na identificação e leitura de artigos que contemplassem os objetivos do projeto. Iniciado o segundo semestre de vigência da bolsa, passamos a digitalizar os artigos identificados por meio da fotografia digital. Para o desenvolvimento do projeto, foi utilizado o centro de documentação histórica do Campus de Porto Nacional e seu acervo de periódicos, máquinas reprodutoras dos jornais microfilmados, câmera digital para a digitalização e um computador para armazenamento e transcrição das informações decorrentes do levantamento de fontes. Por causa da falta de manutenção, as maquinas de microfilmes
4 tiveram problemas no decorrer da pesquisa. E para dar continuidade foi utilizado o acervo de periódicos digitalizado da Biblioteca Nacional. RESULTADOS E DISCUSSÃO A Guerra do Paraguai foi o maior conflito armado internacional ocorrido na America do Sul. Foi fruto das contradições platina por interesse de ordem geopolítica, e essas contradições se cristalizaram em torno da Guerra civil Uruguaiana, na qual o Brasil estava envolvido, contrariando assim os interesses do governo do ditador Francisco Solano Lopes. Em síntese, a representação historiográfica sobre a Guerra do Paraguai trata das origens, das disputas geopolíticas, dos personagens principais do conflito, das principais batalhas elegendo heróis e vilões, seja na figura dos próprios Estados, seja na de seus governantes e ainda nos chefes das armas e oficiais. Nessa época a comunicação entre os pontos do vasto Império do Brasil era muito complicada e demorada, a imprensa tinha uma importante fonte de informação do que ocorria nos pontos mais afastados da corte. Em relação à Guerra do Paraguai, foi um importante veículo de transmissão do que ocorria no teatro da guerra, sobretudo através dos seus correspondentes nas capitais dos países aliados do Império. Esses correspondentes traziam informações gerais sobre o conflito, trazendo consigo a visão dos outros países envolvidos na guerra sobre os aspectos variados da guerra. Em muitas das publicações encontradas, tínhamos a visão particular de oficiais do exército brasileiro, atuando como correspondentes, produzindo sua opinião sobre os acontecimentos da guerra. Quanto ao envio das notícias das folhas dos países aliados, estão presentes transcrições de documentos oficiais, cartas particulares autorizadas à publicação, cartas de cunho oficial e ainda correspondências interceptadas das forças paraguaias, sempre trazendo informações a respeito de batalhas, destacando feitos de armas e ações de personalidades envolvidas nas batalhas. Outra questão simbólica da imprensa na fase imperial é a liberdade de imprensa assegurada pela monarquia, possibilitando inclusive a publicação anônima de artigos. Através de resultados já coletados, pode verificar que a imprensa brasileira possui a mesma tendência da historiografia mais tradicional do conflito, até mesmo pelo fato de
5 possuir característica informativa a respeito dos acontecimentos da guerra, trazendo notícias sobre o desenrolar das batalhas, ações dos comandantes expressas em acertos ou erros, mas, sobretudo destacando feitos heroicos. Portanto, a partir das características da imprensa do período percebes que há uma liberdade de imprensa no Brasil, facilitando assim as publicações e há uma influencia política entre liberais e conservadores. LITERATURA CITADA CERQUEIRA, Dionísio. Reminiscência da campanha do Paraguai: Rio de Janeiro: Bibliex, DOARATIOTO, Francisco. A maldita guerra: nova história do Paraguai. São Paulo: Companhia das Letras, 2002.DUARTE, Paulo Queiroz. Os voluntários da pátria na guerra do Paraguai. Rio de Janeiro: Editora Biblioteca, do Exército, V MENEZES, Alfredo da Mota. Guerra do Paraguai: como construímos o conflito. São Paulo: Contexto; Cuiabá, MT: Editora da Universidade Federal de Mato Grosso, REIS, Maria de Lourdes Dias. Imprensa em tempo de guerra: o jornal O Jequitinhonha e a Guerra do Paraguai. Belo Horizonte: Cuatiara, RODRIGUES, Marcelo Santos. Os involuntários da pátria na Guerra do Paraguai (a participação da Bahia no conflito) f. Dissertação (Mestrado). Mestrado em História. FFCH-UFBA Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas da Universidade Federal da Bahia BA, TAUNAY, Alfredo d Escragnolle. A retirada da Laguna. 1. Ed. Rio de Janeiro: Typographia Americana, AGRADECIMENTOS Quero agradecer ao meu orientador pelo apoio e a confiança depositada em mim durante o desenvolvimento do projeto. O presente trabalho foi realizado com o apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico CNPq Brasil.
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