PRODUTO 3. Manual sobre Restauração de Matas Ciliares Volume I Noções Gerais e Volume II Modelos de Restauração

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1 PRODUTO 3 Manual sobre Restauração de Matas Ciliares Volume I Noções Gerais e Volume II Modelos de Restauração Consultora Andréia Caroline Furtado Damasceno Mestre em Conservação de Ecossistemas Engenheira Florestal Contrato IICA N Salvador Maio / 2011

2 Apresentação O presente trabalho apresenta a proposta técnica para publicação de dois volumes da série de Manual sobre Restauração de Matas Ciliares, sendo o primeiro volume sobre Noções Gerais e o segundo sobre Modelos de Restauração. Esta proposta é componente do Programa Estadual de Restauração e Conservação das Matas Ciliares e Nascentes da Bahia PERMAC. O Programa foi instituído pela Resolução do Conselho Estadual de Recursos Hídricos - CONERH N o 50/09 visando promover a conservação dos mananciais hídricos do Estado da Bahia e objetiva estimular a restauração e conservação das matas ciliares e nascentes, de forma a garantir água, em qualidade e quantidade, a médio e longo prazos, à população baiana. O PERMAC é formado por três eixos estratégicos estruturantes: - Eixo 1. Restauração Florestal - Eixo 2. Sustentabilidade da Restauração - Eixo 3. Gestão do PERMAC O eixo 1 da Restauração Florestal é composto por várias metas, dentre elas estabelecer um plano de comunicação do PERMAC. E dentro desse plano está previsto a elaboração de material didático: Manual sobre Restauração e Conservação de Matas Ciliares e Nascentes ( unidades) como instrumento de capacitação, contendo todas as etapas envolvidas na restauração florestal e conservação de matas ciliares e nascentes. Este manual será composto de uma série de volumes que objetivam fornecer para sociedade informações e noções práticas acerca da restauração de matas ciliares e nascentes nos biomas do Estado da Bahia. A série proposta é de sete volumes: Volume 1 - Restauração e Conservação de Matas Ciliares e Nascentes. (Noções Gerais).

3 Volume 2 - Modelos de Restauração de Matas Ciliares e Nascentes. Volume 3 Sementes de espécies florestais nativas (Colheita, beneficiamento e armazenagem). Volume 4 Viveiros florestais (Instalação e manutenção de viveiros para produção de espécies nativas). Volume 5 Restauração e Conservação de Matas Ciliares e Nascentes no Bioma Mata Atlântica. Volume 6 Restauração e Conservação de Matas Ciliares e Nascentes no Bioma Caatinga. Volume 7 Restauração e Conservação de Matas Ciliares e Nascentes no Bioma Cerrado. O Volume 1 Restauração e Conservação de Matas Ciliares pretende abordar questões e noções gerais sobre a restauração e conservação das matas ciliares, buscando informar as pessoas (técnicos e sociedade) de uma maneira simples sobre a importância das áreas de preservação permanente (APP) ao longo dos cursos d água e de suas nascentes, sobre a legislação ambiental ligada ao tema e sobre noções conceituais de restauração florestal necessárias para despertar um novo olhar sobre a restauração e conservação dessas áreas, bem como diretrizes gerais para elaboração de um projeto de restauração. O Volume 2 - Modelos de Restauração de Matas Ciliares e Nascentes busca fornecer informações que ativem um senso crítico dos leitores dobre diagnóstico da área a ser restaurada e melhor atitude a se tomar em cada situação específica. Mostrando que a restauração florestal não é apenas um plantio de árvores e sim almeja uma retomada de processos ecológicos responsáveis pela auto sustentabilidade daquela área. Não simplesmente repassando receitas de bolo e sim fazendo pensar sobre quais elementos e fatores são necessários a serem manejados para que área pelo

4 menos entre no processo de restauração. Esses dois volumes foram elaborados numa linguagem simples e direta, não são modelos técnicos científicos que pretendem esgotar o assunto ou possuem a pretensão de se tornar um referencial acadêmico, mas sim desmistificar e aproximar o público geral do tema: restauração de matas ciliares e nascentes. Lembrando que essa área da ciência denominada restauração florestal ou restauração ecológica é uma área muito recente no mundo científico e muitos projetos ainda estão sendo experimentados e muito ainda tem-se a discutir, entender e concluir. Como por exemplo, nos biomas caatinga e cerrado onde a dinâmica florestal dos ecossistemas que os formam é praticamente desconhecida e a inferência sobre práticas adequadas de restauração são ínfimas. Mas, contudo sabemos da urgência de tomarmos iniciativas que contribuam para reverte e minimizar o grau de degradação alarmante de nossas matas ciliares e nascentes que estão ligadas a disponibilidade e qualidade de água a população, nesse contexto apresentamos o Manual sobre Restauração e Conservação de Matas Ciliares e Nascentes a fim de disponibilizar e propagar informações e despertar o senso crítico sobre o tema. Os volumes não serão extensos, com poucas páginas, letras grandes e muitas ilustrações no intuito de estimular sua leitura completa e que não sejam cansativos para um público leigo ao tema. Mas que indicarão caminhos e lugares onde possam se aprofundar na questão de restauração de matas ciliares. A sugestão é que os manuais sejam ilustrados com desenhos e de preferência que utilizem a marca ou mascote do Programa Matas Ciliares. A seguir são apresentados os textos para compor o conteúdo dos manuais, sendo que os mesmos foram construídos e aprimorados com a participação da equipe da Coordenação Socioambiental e da Coordenação de Matas Ciliares do INGÁ.

5 Manual de Restauração de Matas Ciliares Volume 1- Noções Gerais INGÁ IICA Maio/ 2011

6 Conteúdo - Volume 1 Apresentação Matas Ciliares Importância Legislação Restauração Florestal Biomas Projeto de Restauração

7 Apresentação A proposta desta série de Manuais sobre Restauração de Matas Ciliares surgiu a partir da formulação e implementação do Programa Estadual de Restauração e Conservação de Matas Ciliares e Nascentes PERMAC do Instituto de Gestão das Águas e Clima (INGÁ), autarquia da Secretaria do Meio Ambiente do Estado da Bahia (SEMA). O PERMAC é uma das iniciativas de integrar a gestão das águas e do meio ambiente visando promover a conservação dos mananciais hídricos do Estado da Bahia e objetiva estimular a restauração e conservação das matas ciliares e nascentes, de forma a garantir água, em qualidade e quantidade, a médio e longo prazos, à população baiana. Com a percepção da real importância da conservação e restauração das matas ciliares, diretamente ligada a qualidade da água e da vida da população, uma nova demanda e anseio pela conservação desses ambientes ciliares vêem se instalando na opinião popular. Em resposta a esta mudança de paradigma sobre produção e conservação, onde conservar deixa de ser um empecilho e assume um novo papel de manutenção da produção atual e futura, fez necessário a disponibilização de uma ferramenta acessível sobre restauração das matas ciliares e nascentes.

8 Matas Ciliares (a) As matas Ciliares são florestas, ou outros tipos de cobertura vegetal nativa, que ocorrem ao longo das margens dos cursos d água e no entorno de nascentes e reservatórios de água. Independente de sua fisionomia, sua localização, sua composição florística são denominadas de maneira geral como Matas Ciliares. Também são conhecidas como mata de galeria, floresta ribeirinha, mata paludosa, floresta de várzea, entre outras. As florestas ocorrentes ao longo de cursos d água e no entorno de nascentes tem características vegetacionais definidas por uma interação complexa de fatores dependentes das condições ambientais ciliares (Rodrigues, 2001). O ambiente ribeirinho reflete as características geológicas, geomorfológicas, climáticas, hidrológicas e hidrográficas, que atuam como elementos definidores da paisagem e, portanto das condições ecológicas locais ( Jacomine, 2001). E possuem particularidades fisionômicas, florísticas e estruturais. Apresentando diferentes adaptações que possibilitam a sobrevivência em ambientes encharcados. Ao longo de um rio é possível encontrar diferentes tipos de formações florestais variando desde sua nascente, curso médio e até sua foz. Assim como variam em cada ecossistema e bioma. Lembrando que na Bahia encontramos três tipos de Bioma: Mata Atlântica, Cerrado e Caatinga

9 Matas Ciliares (b) Termos como mata ou floresta ciliar, floresta ripária, mata ribeirinha e mata de galeria têm sido amplamente empregados por todo o Brasil para referir-se indistintamente às vegetações que acompanham cursos d água (rios, ribeirões, riachos, arroios, córregos ou igarapés) (RIBEIRO et al. 1999). Porém, muitos autores não concordam quanto a seus limites conceituais. Mueller (1996) define as matas ciliares como aquelas que correspondem à vegetação que se forma naturalmente às margens dos rios e de outros corpos d água, mesmo em regiões de pluviosidade baixa e irregular nas quais as condições de clima e solo não permitem o desenvolvimento de árvores nas áreas mais distantes dos corpos d água. Recebem esta denominação, pois, a exemplo dos nossos cílios que protegem os olhos, estas possuem a função de proteção dos mananciais hídricos, correspondendo a mata aos cílios e o rio aos olhos. Segundo Rodrigues (2001) as florestas ocorrentes ao longo de cursos d água e no entorno de nascentes tem características vegetacionais definidas por uma interação complexa de fatores geológicos, geomorfológicos, climáticos, hidrológicos e hidrográficos. Sendo que essas áreas constituem um mosaico de condições ecológicas, cada qual com suas particularidades fisionômicas, florísticas e/ou estruturais. Rezende (1998), afirma que a mata ciliar pode ser denominada de mata de galeria ou mata ripária. Esta denominação pode variar de acordo com sua fisionomia que está, por sua vez, relacionada às condições de solo, clima e relevo.

10 Ribeiro et al. (1999) diferenciam mata ciliar de mata de galeria pela composição florística e pela deciduidade. Uma mata ciliar apresenta diferentes graus de caducifólia na estação seca, acompanhando as margens dos rios de médio e grande porte, enquanto que a mata de galeria é perenifólia, acompanhando os riachos de pequeno porte e córregos do cerrado brasileiro. O termo mata ciliar, em sentido estrito, tem sido utilizado para a vegetação florestal que ocorre em rios de grande largura, onde a copa das árvores de ambas as margens não se tocam, possibilitando a entrada direta e a influência da luz sobre a vegetação mais próxima ao rio. Já nas matas de galeria, as copas das árvores de ambas as margens se tocam, formando uma galeria propriamente dita, como um dossel contínuo, gerando condições ambientais, sobretudo luz e temperatura, diferenciadas para o corpo d água e para a vegetação das margens do rio (RIBEIRO, 1998). A composição de espécies arbóreas a arbustivas apresentam enorme variação de área para área o que torna muito diferente sua composição florística, muitas espécies possuem adaptações morfológicas par ambientes encharcados, adaptações reprodutivas, padrões sucessionais e vegetacionais (LIMA & ZAKIA, 2006). Embora hajam divergências quanto à sua adequada delimitação conceitual, as matas ciliares, as florestas ripárias e as matas de galeria podem ser consideradas uma variação sobre o mesmo tema, desempenhando papel fundamental na manutenção do ciclo hidrológico nas bacias hidrográficas. O PERMAC adotou como conceito de matas ciliares, como sendo toda a vegetação que se desenvolve às margens dos corpos d água e de suas nascentes, respeitando-se os limites definidos pelo Código Florestal,

11 considerando os mais variados tipos vegetacionais que se formam em função de uma série de fatores determinantes. Importância Matas Ciliares (a) As matas ciliares possuem a função de proteção dos cursos d água que formam as Bacia Hidrográficas. Qualidade Regulação e Manutenção dos Recursos Hídricos Quantidade E fornecem importantes serviços ambientais. Importância Matas Ciliares (a) As matas ciliares são de grande importância para qualidade das águas, pois funcionam como verdadeiros filtros diminuindo o aporte de sedimentos e retendo poluentes e produtos químicos que seriam levados diretos para os cursos d água. Controlando a erosão e evitando o assoreamento dos rios com carregamento de solo (areia, terra) para seu leito. Pois uma área desprovida de mata ciliar perde muito mais solo, como por exemplo, se estiver coberta por pastagem, situação comum em nossas paisagens, a perda de solo por erosão chega a ser 100 vezes maior do que em uma área com mata ciliar conservada. Portanto sem mata ciliar os rios se tornam assoreados e contaminados, comprometendo seriamente a saúde do rio e da população.

12 Além do aumento de gastos com o tratamento da água para o consumo humano. Importância Matas Ciliares (a) As Matas Ciliares promovem a infiltração da água no solo, através de seu sistema radicular e a diminuição do escoamento superficial, contribuindo para a recarga dos lençóis freáticos e conseqüentemente para a manutenção da vazão do rio na época seca. Além disso, as matas ciliares protegem importantes áreas de produção de água como as nascentes, que com sua ausência os rios nem existiriam, pois são as nascentes que formam os pequenos e grandes rios. Importância Matas Ciliares (a) Conseqüências da degradação da mata ciliar Infiltração água no solo Arraste e deposição de sedimentos Escoamento direto Rios e reservatórios mais rasos Assoreamento Recarga lençol freático Enchentes Tº C da água Vazão período seco Filtragem física e biológica Poluição por agrotóxicos e adubos aumento valores sólidos totais (diminuindo IQA)

13 Importância Matas Ciliares (a) Corredor Ecológico para Fauna e Flora - conexão de fragmentos de mata nativa, propícia o fluxo gênico interação de indivíduos da mesma espécie, mas de comunidades diferentes evitando o empobrecimento genético. Abrigo para Fauna e Controle de Pragas e Doenças fornecem recursos para sustentação e refúgio da fauna (em caso de incêndios e em áreas agrícolas) e colaboraram na redução de pragas e doenças nas áreas agrícolas por abrigarem espécies que predam insetos, servindo como barreiras naturais. Ecossistema Aquático - controle da temperatura da água. As raízes e galhos caídos na água criam habitats para abrigo e reprodução de várias espécies. E fornecem frutos para a alimentação de animais aquáticos. Fixação de Carbono captam e fixam carbono quando em crescimento e mobilizam carbono quando conservadas, melhorando a qualidade do ar e diminuindo o efeito estufa.

14 Importância Matas Ciliares (b) A mata ciliar possui as seguintes funções: proteger as margens dos corpos d água da ação erosiva e, ao mesmo tempo proteger os mananciais (rios e reservatórios) contra a massa de detritos e poluentes que, sem essas matas seriam carreados para o corpo d água; garantir a recarga dos lençóis freáticos pelas chuvas, pois a malha formada pelas raízes da vegetação retém a água, reduzindo seu escoamento superficial e, consequentemente o carreamento de sedimentos e poluentes para o leito dos corpos d água; contribuir para a conservação da biodiversidade, servir como corredores naturais de habitat visando a conectividade e favorecendo o fluxo gênico entre fragmentos de ecossistemas e a dispersão da vida silvestre; como abrigo a fauna terrestre em períodos de estiagem prolongada ou ocorrência de incêndios. regular a temperatura da água dos mananciais, reduzindo processos de evaporação e favorecendo o ambiente adequado a espécies animais e vegetais aquáticas. servir como barreira natural contra a disseminação de pragas e doenças na agricultura.

15 Importância Matas Ciliares (b) As florestas ciliares são importantes na proteção e conservação de mananciais hídricos como resultante de duas ações: Mecânica, servindo de obstáculo físico aos agentes poluidores; Absorção e infiltração, interferindo nos agentes poluidores de maneira indireta pela influência no ciclo hidrológico, como filtro de água. No que diz respeito à disponibilidade hídrica as matas ciliares interferem diretamente na manutenção da: Quantidade da água: favorecem a infiltração de água no solo e recarga do lençol freático, variável com localidade, estágio da vegetação e sazonalidade. Qualidade da água: filtragem física e biológica de sedimentos e produtos químicos entre outros.

16 Legislação Matas Ciliares A legislação prevê a proteção das matas ciliares pela delimitação das áreas de preservação permanente onde estas estão localizadas. O Código Florestal (Lei Federal de 1965), as Resoluções do CONAMA 302/02 e 303/02, a Lei Estadual /06 e o Decreto Estadual /08 estabelecem as Áreas de Preservação Permanente APP. E a Resolução Estadual do CONERH 50/09 que institui o PERMAC - Programa Estadual de Restauração e Conservação das Matas Ciliares e Nascentes da Bahia, que visa promover a conservação dos mananciais hídricos do Estado da Bahia e objetiva estimular a restauração e conservação das matas ciliares e nascentes, de forma a garantir água, em qualidade e quantidade, a médio e longo prazos, à população baiana. Área de Preservação Permanente: é a área coberta ou não por vegetação nativa, com a função ambiental de preservar os recursos hídricos, a paisagem, a estabilidade e a fertilidade do solo, a biodiversidade, assim como, de proteger a fauna e a flora e assegurar o bem-estar das populações humanas. Áreas de Preservação Permanente correspondente a localização das Matas ciliares segundo a Legislação. -Em Cursos d água perenes ou intermitentes (Rios, riachos, córregos, etc.) com menos de 10 metros de largura a área de preservação permanente corresponde a uma faixa de 30 metros de largura em cada margem ao longo de seu curso.

17 -Nascentes e olhos d água, ainda que intermitentes, a área de preservação permanente é de 50 metros de raio ao seu redor. -Em Cursos d água (Rios, riachos, córregos, etc.) com largura entre 10 e 50 metros a área de preservação permanente corresponde a uma faixa de 50 metros de largura em cada margem ao longo de seu curso. - Em Cursos d água (Rios, riachos, ribeirão, etc.) com largura entre 50 e 200 metros a área de preservação permanente corresponde a uma faixa de 100 metros de largura em cada margem ao longo de seu curso. - Em Cursos d água (Rios) com largura entre 200 e 600 metros a área de preservação permanente corresponde a uma faixa de 200 metros de largura em cada margem ao longo de seu curso. - Em Cursos d água (Rios) com largura maior que 600 metros a área de preservação permanente corresponde a uma faixa de 500 metros de largura em cada margem ao longo de seu curso.

18 - Vereda - espaço brejoso ou encharcado, que contém nascentes ou cabeceiras de cursos d água, onde há ocorrência de solos hidromórficos, caracterizado predominantemente por renques de buritis do brejo (Mauritia flexuosa) e outras formas de vegetação típica. A Área de Preservação Permanente gerada constitui-se numa faixa de 50 metros de largura em seu entorno. - Lagos, lagoas e brejos naturais, com até 20 ha de espelho d água, área de preservação permanente é de 50 metros de raio ao seu redor. - Lagos, lagoas e brejos naturais, maiores de 20 ha de espelho d água, área de preservação permanente é de 100 metros de largura ao seu redor. - Reservatórios artificiais (ex: barragens) situados em área rural, área de preservação permanente é de 100 metros de largura ao seu redor. - Reservatórios artificiais (ex: aguadas) não utilizados em abastecimento publico ou de geração de energia, com ate 20 há de superfície e situados em zona rural, área de preservação permanente é de 15 metros de largura ao seu redor.

19 Restauração de Matas Ciliares Segundo a Society for Ecological Restoration International (SERI), restauração é a ciência, prática e arte de assistir e manejar a recuperação da integridade ecológica dos ecossistemas, incluindo um nível mínimo de biodiversidade e de variabilidade na estrutura e funcionamento dos processos ecológicos, considerando-se seus valores ecológicos, econômicos e sociais. A restauração florestal objetiva a formação de um ecossistema, o mais próximo ou semelhante possível do anterior degradado, através do plantio

20 misto de espécies arbóreas nativas, pela resiliência do local degradado (dependendo do estado) ou outras alternativas ainda em teste (KAGEYAMA & GANDARA, 2001; RODRIGUES & GANDOLFI, 2001). Esta área da ciência propõe não só a recuperação das áreas degradadas, mas também a recuperação da biodiversidade, além de todos os processos ecológicos da interação entre os organismos desses ambientes, sendo uma nova maneira de pensar em conservação in situ da biodiversidade (BAWA & SEIDLER, 1998). Enquanto que recuperação é o retorno do sítio degradado a um sítio produtivo, nesses casos a sucessão e auto sustentabilidade da área a longo prazo não são garantidas e pode se utilizar espécies nativas ou exóticas que não promovem necessariamente a conservação da biodiversidade. Os processos ecológicos são essenciais na manutenção das florestas, não basta apenas termos árvores plantadas para restaurar uma área é preciso que ocorram processos como polinização, dispersão, regeneração e predação natural. Existe todo um movimento de pesquisadores para formulação de estratégias que permitam, promovam ou facilitem a ocorrência dos

21 processos ecológicos mantenedores responsáveis pela auto-renovação e sustentabilidade da floresta a longo prazo. Restaurar integralmente os ecossistemas naturais está muito além de nossa capacidade e retorná-lo ao seu estado original é impossível, devido às características dinâmicas dos mesmos (ENGEL & PARROTA, 2003). É possível, contudo, trazer de volta a uma área espécies características da mesma, uma retomada da biodiversidade, assistindo e direcionando os processos naturais para características desejáveis no sistema futuro, muito mais do que tentar imitar o que esta área foi no passado (GOOSEM & TUCKER, 1995; HOBBS & HARRIS, 2001). Para o Bioma Mata Atlântica avanços substanciais foram atingidos em termos de restauração pelo entendimento e aplicação da sucessão florestal e dos grupos ecológicos. Pelos quais observa-se na natureza uma gradual substituição e aumento das espécies no decorrer do tempo após um disturbio em uma floresta. Como por exemplo, a abertura de uma clareira ( pela queda de uma árvore ou outro motivo) no meio da mata possibilitando a entrada de luz que permitirá que sementes germinem e espécies que precisam de sol cresçam e essas, por sua, vez propiciarão um novo microclima e nutrientes adequados para o crescimento de outras espécies que crescem na sombra. Essas novas espécies atrairão espécies diferentes de animais que realizarão a polinização e dispersão de outras novas espécies e assim sucessivamente. Este processo é uma forma natural dos ecossistemas se recuperarem, mecanismo pelo qual as florestas tropicais se auto-renovam, através da cicatrização de locais perturbados. Durante este processo a situação ambiental se modifica, como por exemplo, a composição de espécies da comunidade, a disponibilidade de recursos de luz, a umidade e nutrientes (ENGEL e PARROTA,2003). A sucessão deve ser entendida não como uma

22 simples substituição de espécies no tempo, mas como uma substituição de grupos ecológicos das espécies ou categorias sucessionais (RODRIGUES e GANDOLFI, 2001). Os grupos ecológicos de espécies propostos por Budowski (1965) são os mais utilizados, e são denominados: pioneiras, secundárias iniciais, secundárias tardias e climácicas. Contudo, em trabalhos práticos estes grupos, normalmente não são levados estritamente na sua formulação básica e sim adequados de acordo com as características e propostas dos projetos.

23 Grupos Ecológicos ou Sucessionais Características Pioneira Secundária Inicial Secundária Tardia Climácicas Crescimento Muito rápido rápido médio Médio ou muito lento Madeira Muito leve Leve Medianamente dura Dura a pesada Necessidade de luz Crescem a pleno sol Crescem a pleno sol ou na sombra Crescem na sombra Crescem na sombra Dispersão das sementes Ampla (zoocoria c/ alta diversidade de dispersores); anemocorica, a grande distância Restrita (barocoria) Ampla (zoocoria c/ poucas espécies); Anemocoria, a grande distância Principalmente anemocoria Ampla (zoocoria grande animais); restrita (barocoria) Tamanho das sementes e frutos pequeno médio Pequeno a médio Grande e pesado Regeneração Permanência da semente no solo Banco de sementes Sementes permanecem no solo por muito tempo (anos ou décadas) Banco de plântulas Sementes permanecem pouco tempo no solo Banco de plântulas Sementes permanecem muito pouco tempo no solo Banco de plântulas Sementes permanecem muito pouco tempo no solo Idade da 1a reprodução Prematura (1 a 5 anos) Intermediária (5 a 10 anos) Relativamente tardia (10 a 20 anos) Tardia (> 20 anos) Dependência a polinizadores específicos baixa alta alta alta Tempo de vida Muito curto (até 10 anos) Curto (10 a 25 anos) Longo (25 a 100 anos) Muito longo (> 100 anos)

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25 Entender a dinâmica florestal como funciona a floresta- é fundamental para a tentativa de criar modelos que imitem a natureza e permitam sua restauração. Lembrando que os animais são responsáveis por cerca de 95% da polinização e por 75 a 95% da dispersão das espécies de árvores nativas tropicais. Por isso, não há florestas sem animais (Ferretti, 2004). E esses modelos devem considerar efetivamente essas interações entre fauna e a flora, buscando atrair e fornecer suporte as diversas espécies da fauna. Outro grande aprimoramento nos modelos de restauração é a utilização do maior número possível de espécies no plantio de árvores para restauração, pois a floresta tropical é riquíssima apresentando uma alta diversidade de espécie por área. Respeitando a proporção observada nos ecossistemas naturais onde o grupo das pioneiras apresenta pequeno número de espécies e grande número de indivíduos e as secundárias possuem um grande número de espécies e um pequeno número de indivíduos. E recentemente as outras formas de vida: arbustivas, lianas (cipós) e epífitas (ex. Bromélias e orquídeas), que compõem a floresta além das espécies arbóreas, vêem sendo alvo dos estudos de restauração que cogitam seu manejo e inserção nas áreas a serem restauradas. Para os Biomas Cerrado e Caatinga as pesquisas na área de restauração ainda são muito recentes e exíguas. E não cabe diretamente a utilização da sucessão secundária, por serem ecossistemas mais abertos e não apresentarem uma substituição de espécies ao longo do tempo em função da luz, como ocorre nas florestas fechadas. Contudo algumas diretrizes podem ser tomadas principalmente na condução da regeneração natural e algumas estratégias são sugeridas para o plantio de espécies do Cerrado É importante ter em mente que as condições ecológicas não são os únicos fatores determinantes para o sucesso ou falhas de projetos de restauração ecológica. As circunstâncias sócio-econômicas e percepções da natureza das pessoas envolvidas são fatores chaves neste processo (Higgs, 1997). No PERMAC, prevalecerá o conceito de restauração, privilegiando o uso de espécies nativas para atender as finalidades estabelecidas no conceito acima citado, contudo o termo recuperação será utilizado nas ações de implementação de Sistemas Agroflorestais

26 (SAF) em pequenas propriedades rurais e na agricultura familiar, os quais objetivarão recuperar as funções ambientais das áreas, admitindo-se o uso de espécies nativas com espécies não invasoras de cultivos agrícolas.

27 BIOMAS: MATA ATLÂNTICA / CERRADO/ CAATINGA Fonte:

28 Bioma - Mata Atlântica A Mata Atlântica foi reduzida a menos de 7% de sua área original no Brasil e na Bahia esse quadro não é menos preocupante como podemos ver nos mapas da vegetação no sul da Bahia em cinquenta anos a floresta foi dizimada. A Mata atlântica é assim denominada pelo fato de acompanhar o litoral brasileiro associada ao oceano atlântico. Segundo a Lei da Mata Atlântica /2006 consideram-se integrantes do Bioma Mata Atlântica as seguintes formações florestais nativas e ecossistemas associados, com as respectivas delimitações estabelecidas em mapa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE, conforme regulamento: Floresta Ombrófila Densa; Floresta Ombrófila Mista, também denominada de Mata de Araucárias; Floresta Ombrófila Aberta; Floresta Estacional Semidecidual; e Floresta Estacional Decidual, bem como os manguezais, as vegetações de restingas, campos de altitude, brejos interioranos e encraves florestais do Nordeste. Tal variedade se explica pois, em toda sua extensão, a Mata Atlântica é composta por uma série de ecossistemas cujos processos ecológicos se interligam, acompanhando as características climáticas das regiões onde ocorrem e tendo como elemento comum a exposição aos ventos úmidos que sopram do oceano. Isso abre caminho para o trânsito de animais, o fluxo gênico das espécies e as áreas de tensão ecológica, onde os ecossistemas se encontram e se transformam. É fácil entender, portanto, porque a Mata Atlântica apresenta estruturas e composições florísticas tão diferenciadas. Uma das florestas mais ricas em biodiversidade no Planeta, a Mata Atlântica detém o recorde de plantas lenhosas (angiospermas) por hectare (450 espécies no Sul da Bahia), cerca de 20 mil espécies vegetais, sendo 8 mil delas endêmicas, além de recordes de quantidade de espécies e endemismo em vários outros grupos de plantas. Para se ter uma idéia do que isso representa, em toda a América do Norte são estimadas espécies existentes, na Europa cerca de e, na África, entre e (sos mata atlântica).

29 Desmatamento no Sul da Bahia, Na Bahia são encontradas as seguintes formações: Floresta Ombrófila Densa Possui a fisionomia marcada pelas copas altas, que formam uma cobertura fechada conhecida como dossel. Apresenta-se compartimentada em diferentes estratos, garantindo a existência de vários nichos, sob o dossel, o que sustenta a diversidade de sua fauna. Devido a elevada umidade deste tipo de formação nela encontra-se uma enorme quantidade e variedade de epífitas, como orquídeas e bromélias. Floresta Ombrófila Aberta Como o próprio nome indica a vegetação é mais aberta, sem a presença de árvores que fechem as copas no alto. As árvores são mais espaçadas e o estrato arbustivo é pouco denso. São também conhecidas como áreas de transição. Ocorre geralmente onde o clima

30 apresenta um período de dois e, no máximo, quatro meses secos, com temperaturas médias entre 24o C e 25o C. Floresta Estacional Decidual Se caracteriza por duas estações bem marcadas: uma chuvosa e outra seca. Mais de 50% das árvores perdem as folhas na época de estiagem. Manguezais Localizam-se próximos à foz dos rios, onde formam uma série de canais menores, que são inundados pelas marés, sendo o solo constituído de lama. A alta salinidade e a baixa oxigenação fazem com que poucas espécies vegetais o suportem três ou quatro porém, abrigam muitas espécies de peixes, moluscos e crustáceos. E são considerados berçários de vida onde um grande número de espécies vão se reproduzir. Restingas Formação vegetal que ocorre ao longo de praias, cordões arenosos e planícies costeiras. Próxima ao mar e em região de dunas, onde o solo é fraco em nutrientes e o vento é forte e constante, a vegetação é, principalmente, herbácea e rala, com folhas duras e pequenas com a frequente presença de áreas salgadas. À medida que se adentra o continente, a vegetação vai se adensando com arbustos e pequenas árvores e formando matas com mais de 15 m de altura (restinga arbórea). Bioma - Cerrado O cerrado é o bioma que ocupa a porção oeste do Estado da Bahia e encontra-se tão ameaçado quanto o Bioma Mata Atlântica. Este bioma é conhecido como berço da águas, por ser uma área de recarga de aquíferos. A vegetação do cerrado que é mais aberta e com árvores muitas vezes retorcidas, compreende um mosaico de fisionomias que variam desde o campo limpo até o cerradão. Em função principalmente da fertilidade do solo, disponibilidade hídrica, ph, saturação de alumínio, saturação hídrica de superfície. Fonte:

31 São descritos onze tipos principais de vegetação para o bioma Cerrado, enquadrados em formações florestais (Mata Ciliar, Mata de Galeria, Mata Seca e Cerradão), savânicas (Cerrado sentido restrito, Parque de Cerrado, Palmeiral e Vereda) e campestres (Campo Sujo, Campo Limpo e Campo Rupestre). Formações Florestais do Cerrado As formações florestais do Cerrado englobam os tipos de vegetação com predominância de espécies de árvores e formação de cobertura pela proximidade das copas das árvores (dossel). A Mata Ciliar e a Mata de Galeria são os tipos de vegetação florestal associadas a cursos de água, que podem ocorrer em terrenos bem drenados ou mal drenados. A Mata Seca e o Cerradão ocorrem nos níveis de relevos que separam os fundos de vales (interflúvios), em terrenos bem drenados.

32 A Mata de Galeria possui dois subtipos: não-inundável e Inundável. A Mata Seca três: Sempre-Verde, Semidecídua e Decídua. O Cerradão pode ser classificado como Mesotrófico (quando ocorre em solos com condições médias em relação à disponibilidade de nutrientes, ou seja, solos com fertilidade moderada) ou Distrófico (quando ocorre em solos pobres em relação à disponibilidade de nutrientes, ou seja, solos com baixa fertilidade). Vegetação Savânica As formações savânicas do Cerrado englobam quatro tipos de vegetação principais: o Cerrado sentido restrito, o Parque de Cerrado, o Palmeiral e a Vereda. O Cerrado sentido restrito caracteriza-se pela presença das camadas de árvore e de arbustos e ervas ambas definidas, com as árvores distribuídas aleatoriamente sobre o terreno em diferentes densidades, sem que se forme uma cobertura contínua. De acordo com a densidade de árvores e arbustos, ou com o ambiente em que se encontra, o Cerrado sentido restrito apresenta quatro subtipos: Cerrado Denso, Cerrado Típico, Cerrado Ralo e Cerrado Rupestre. No Parque de Cerrado a ocorrência de árvores é concentrada em locais específicos do terreno. No Palmeiral, que pode ocorrer tanto em áreas bem drenadas quanto em áreas mal drenadas, há a presença marcante de determinada espécie de palmeira arbórea, e as árvores de outras espécies (dicotiledôneas) não têm destaque. O Palmeiral possui quatro subtipos principais, determinados pela espécie dominante: Babaçual, Buritizal, Guerobal e Macaubal. A Vereda também se caracteriza pela presença de uma única espécie de palmeira, o buriti, mas esta ocorre em menor densidade que em um Palmeiral. Além disso, a Vereda é circundada por uma camada característica de arbustos e ervas. Vegetação Campestre As formações campestres do Cerrado englobam três tipos de vegetação principais: o Campo Sujo, o Campo Limpo e o Campo Rupestre. O Campo Sujo caracteriza-se pela presença evidente de arbustos e subarbustos entremeados no estrato arbustivoherbáceo. No Campo Limpo a presença de arbustos e subarbustos é insignificante. O

33 Campo Rupestre possui trechos com estrutura similar ao Campo Sujo ou ao Campo Limpo, diferenciando-se tanto pelo substrato, composto por afloramentos de rocha, quanto pela composição florística, que inclui muitos endemismos (presença de espécies com ocorrência restrita a este ambiente). De acordo com particularidades topográficas ou de solo (edáficas), o Campo Sujo e o Campo Limpo podem apresentar três subtipos cada. São eles: Campo Sujo Seco, Campo Sujo Úmido e Campo Sujo com Murundus; e Campo Limpo Seco, Campo Limpo Úmido e Campo Limpo com Murundus. Bioma -Caatinga É o bioma exclusivamente brasileiro. Região de clima semi-árido, solo raso e pedregoso, porém fértil. A Caatinga é um bioma rico em recursos genéticos por conta da sua alta biodiversidade e, o melhor, exclusivamente brasileiro. Ocupa uma área de, cerca de 10% do território nacional, abrangendo os estados do Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Sergipe, Alagoas, Bahia, Piauí e Minas Gerais. No entanto, estudos mostram que esse é o terceiro ecossistema brasileiro mais degradado, ficando atrás apenas da Mata Atlântica e do Cerrado. Na Bahia, sua situação ainda é mais alarmante. O estado que detém 34% da Caatinga e é o que mais desmatou o bioma na história. Caatinga é originário do tupi-guarani e significa mata branca. É um bioma único pois, apesar de estar localizado em área de clima semi-árido, apresenta grande variedade de paisagens, relativa riqueza biológica e endemismo. A ocorrência de secas estacionais e periódicas estabelece regimes intermitentes aos rios e deixa a vegetação sem folhas. A folhagem das plantas volta a brotar e fica verde nos curtos períodos de chuvas. A Caatinga é dominada por tipos de vegetação com características xerofíticas formações vegetais secas, que compõem uma paisagem cálida e espinhosa com estratos compostos por gramíneas, arbustos e árvores de porte baixo ou médio (3 a 7 metros de altura), caducifólias (folhas que caem), com grande quantidade de plantas espinhosas

34 (exemplo: leguminosas), entremeadas de outras espécies como as cactáceas e as bromeliáceas. Fonte: Projeto de Restauração Como pensar e elaborar um projeto de restauração de matas ciliares e nascentes? Nesta sessão serão sugeridos alguns passos para elaboração de um projeto base de restauração, pois não existe receita pronta para esse tipo de projeto e sim o despertar para observação da natureza e seus fenômenos naturais. As atividades de um projeto de restauração dependem e variam de local para local. As características da área a ser restaurada, bem como de seu entorno, são determinantes para a escolha da metodologia a ser aplicada. Para restaurar uma determinada área precisamos conhecer, ou pelo menos ter noção do ecossistema a ser restaurado e identificar as barreiras que impedem ou dificultam a regeneração natural e diminuem sua resilência. Como citado anteriormente, quando buscamos restaurar uma área desejamos que os processos mantenedores daquela floresta (vegetação) sejam retomados para que a mesma se auto sustente, apresentando características semelhantes a floresta anterior recuperando sua biodiversidade. Então quando pensamos em restauração de matas ciliares temos que nos lembrar de como podemos recuperar seus processos ecológicos e consequentemente seu equilíbrio dinâmico.

35 Projeto de Restauração 1 o passo - Planejar o projeto Dicas para elaboração e estruturação de um projeto básico. Perguntas norteadoras: POR QUE quero restaurar? (justificar o projeto) O QUE será restaurado? (objetivo contendo tamanho da área e local) ONDE será feito? (localização da área a ser restaurada) PARA QUEM pretendo beneficiar? (beneficiários diretos e indiretos) COMO pretendo restaurar? (escolha das atividades que serão executadas) COM QUEM farei a restauração? (equipe e parceiros) QUANDO conseguirei restaurar? (cronograma completo por passo) QUANTO gastarei na restauração? (custos por cada passo e atividade) Os projetos devem ser adequados de acordo com cada objetivo e recursos disponíveis. 2 o passo - Diagnóstico da área Local Regional (Paisagem) O diagnóstico da área a ser restaurada, onde serão verificadas as condições gerais da área e da região em que a mesma está inserida, é o um dos passos fundamentais para o sucesso da restauração das matas ciliares. Envolvendo principalmente a avaliação do solo e da vegetação, afim de identificar os fatores que precisam ser manejados para que a área retome seus processos de manutenção como o da regeneração natural. Diagnóstico Local: - Solo - Vegetação

36 - Rio (curso d água) Diagnóstico Regional: - Fragmentos de remanescentes de vegetação nativa. - O diagnóstico da área é essencial na escolha do método de restauração e na tomada de decisões para as atividades de restauração, possibilitando uma melhor adequação dos custos e objetivos pretendidos. - Diagnóstico Local - Solo - Avaliação do estado de degradação e os fatores degradantes do solo. Verificar o grau de degradação do solo quanto a compactação, erosão, acidez, disponibilidade de nutrientes entre outros que for necessário. Verificar fatores de degradação como por exemplo: utilização da área para pastagem, ocorrência de incêndios e poluição do solo. Diagnóstico Local Vegetação - Analisar se existe vegetaçao nativa (qual seu estado de conservação?) e sua possibilidade de regeneração e rebrota de tocos e raízes(principalmente no cerrado e na caatinga). - Verificar se existem plantas exóticas invasoras como gramíneas (capins) e bambus. Diagnóstico Local - Rio - Verificar grau de assoreamento, informar características gerais da água como cor, cheiro e etc. - Informar uso da água (irrigação, captação para outro fins, pesca e etc.) - Diagnóstico Paisagem Quando possível realizar o diagnóstico da microbacia que o curso d água está inserido. Focar o diagnóstico da paisagem no uso e ocupação solo. Informando se existe algum remanescente de vegetação nativa ( qual grau de conservação) e qual sua

37 distância da área a ser restaurada. Informar quais são usos do solo (ex: pastagem e agricultura) das áreas adjacentes a área a ser restaurada. 3 o passo Definição da técnica de restauração Após o diagnóstico da área poderemos inferir sobre que técnica utilizar para restaurar determinado local, com base nas suas características atuais do sítio (grau de degradação do solo e da vegetação) e do seu entorno, do tamanho da área que se quer restaurar, nas atividades que influenciam a regeneração natural do local (ex. pastoreio de animais, presença de espécies invasoras, ocorrência de fogo, distância de remanescente de vegetação nativa e etc.) bem como recursos financeiros disponíveis para o projeto. Muitas técnicas podem ser utilizadas tomando como ponto de partida o diagnóstico da área, diversos locais na Bahia ainda possuem um elevado grau de resilência (poder de auto-recuperação) e o simples isolamento (cercamento) do local e retirada dos fatores degradantes (ex. entrada de animais) seria uma maneira de promover o processo de restauração daquele local. Mas também existem várias situações contrárias a essa onde a área apresenta um grau de resilência muito baixo e seu solo é muito compactado, esse local necessitará de cuidados mais intensos como a recuperação do solo e o plantio de espécies arbóreas nativas. Outra questão a ser analisada na tomada de decisão de qual a melhor maneira de restaurar uma área é a distância desta com remanescentes de vegetação nativa que poderão fornecer propágulos ou não de espécies nativas (arbóreas, arbustivas, lianas e epífitas) que colonizarão ou não a área a ser restaurada. O que deve ficar claro nesse passo independente de qual técnica utilizar é a sua base de escolha que deve ser muito bem fundamentada no 2 o passo e nos recursos disponíveis. Discutiremos detelhadamente essa tomada de decisão no Volume 2 manual de restauração de matas ciliares modelos de restauração. As técnicas mais difundidas atualmente são:

38 -condução da regeneração natural de espécies nativas -semeadura direta -nucleação -plantio de mudas - SAF (Sistema Agroflorestal) para pequenos produtores. A restauração poderá ser executada por diferentes técnicas, desde que assegurada a regeneração natural das diferentes formas de vida, tais como arbustos, lianas e árvores, de espécies nativas. 4 o passo Levantamento da vegetação Este passo é fundamental para o conhecimento das espécies nativas que ocorrem na região da área que pretende se restaurar. A elaboração de uma lista de espécies nativas regionais é muito importante no caso de implantação ou enriquecimento de espécies (mudas ou sementes) numa determinada área ou até mesmo na condução da regeneração natural. A realização de um levantamento florístico em fragmentos de vegetação nativa da região seria o ideal para se identificar as espécies vegetais que naturalmente ocorrem ali e se ter uma noção da proporção de ocorrência de determinada espécie por área (distribuição). E não recair no erro de introduzir espécies de um ecossistema diferente do que se quer restaurar, como por exemplo, plantar espécies tipicamente do Bioma Mata Atlântica no Bioma da Caatinga. Ou ainda plantar muitos indivíduos de apenas uma determinada espécie e essa possuir uma baixa densidade na floresta natural podendo acarretar em ataque de pragas e doenças. A verificação da adaptação das espécies a ambientes encharcados é outro ponto crucial nesta lista de espécies quando o objetivo é plantar nas margens dos cursos d água.

39 Outra maneira é a revisão bibliográfica de trabalhos de levantamento da vegetação realizados na região, pareceria com universidades, ONG e institutos de pesquisas e extensão que atuem nessa área O conhecimento popular tradicional também é muito relevante na elaboração da lista de espécies da flora regional, consultando principlamente os antigos moradores da região. 5 o passo Logística de Implantação Após a definição da técnica de restauração e a elaboração da lista de espécies nativas que ocorrem na região é preciso pensar nos fatores que viabilizem a técnica escolhida. Se for produzir mudas é necessário planejar com devida antecedência a colheita de sementes e da própria produção de mudas. Se for adquirir as mudas planejar sua disponibilização junto aos viveiros na época do plantio. Planejar a mobilização da mão-de-obra, da sociedade principalmente dos proprietários e produtores da área a ser restaurada. Planejar aquisição de cerca, insumos, transporte e outros materiais (ferramentas, poleiros arificiais e etc.) necessários para implementação da técnica de restauração selecionada. E planejar a implantação de campo cercamento, adubação, coroamento, plantio e etc. 6 o passo Manutenção da área Para todas as técnicas de restauração é preciso realizar a manutenção da área e cada prática depende do local e da técnica utilizada mas de maneira geral as práticas recomendadas são:

40 coroamento, adubação, controle de plantas exóticas invasoras e de formigas cortadeiras e/ou outras práticas que se fizerem necessárias. Práticas para a prevenção de fatores de degradação (isolamento ou cercamento da área, prevenção do fogo, competição de plantas invasoras, controle da erosão, dentre outros). Essas práticas de manutenção da área se estendem por no mínimo dois anos e são uma das questões principais do sucesso da restauração. 7 o passo Avaliação e Monitoramento da área No projeto deverá estar previsto monitoramento de, no mínimo, 24 meses, a partir do final da execução, de forma a permitir a avaliação do processo, observando os seguintes parâmetros: Estabelecimento e desenvolvimento da cobertura vegetal; Ocorrência de perturbações naturais e/ou antrópicas; Periodicidade e forma de apresentação da avaliação.

41 Manual de Restauração de Matas Ciliares Volume 2 Modelos de Restauração INGÁ IICA Maio/ 2011

42 Introdução Conteúdo - Volume 2 Técnicas de Restauração Modelos de Restauração Bioma Mata Atlântica Modelos de Restauração Bioma Cerrado Modelos de Restauração Bioma caatinga

43 Introdução O Volume 2 do Manual de Restauração de Matas Ciliares e Nascentes possui o propósito de abordar os modelos de restauração difundidos e diponíveis atualmente na literatura. Trata-se da continuação da série de Manuais de Restauração de Mata Ciliares do PERMAC (Programa Estadual de Restauração e Conservação de Matas Ciliares e Nascentes). Não existem receitas prontas de restauração de Matas Ciliares, e sim diferentes técnicas de restauração aplicadas de acordo com situações específicas encontradas no campo. Essa é uma área recente da pesquisa mundial e muito ainda tem a se desenvolver, testar e evoluir! Bons avanços foram alcançados para a restauração do Bioma Mata Atlântica, contudo escassos são os conhecimentos em relação aos Biomas Cerrado e Caatinga nessa área, principalmente para modelos específicos de plantio. A seguir é apresentada uma chave de tomada de decisão, muito interessante para ser utilizada como ferramenta na seleção do modelo a ser utilizado para restaurar as matas ciliares, elaborada no Workshop sobre recuperação de áreas degradadas em matas ciliares no Estado de São Paulo. Técnicas de restauração Em primeiro lugar temos que lembrar que restauração não é simplesmente um plantio de árvores e sim o que se deseja é restaurar os processos ecológicos de uma determinada área com a retomada da sua biodiversidade para que essa possa se manter e se auto sustentar. Seguindo o Volume 1 - Manual de Restauração de Matas Ciliares Noções Gerais vimos que o ponto de partida para a escolha da técnica de restauração é o diagnóstico local e reginonal (leitura da paisagem) da área a ser restaurada, aqui detalharemos melhor as

44 condições que podemos encontrar e que opções podemos seguir. Pois a partir deste diagnóstico poderemos identificar as dificuldades (fatores de degradação) e o grau de resilência (poder de auto-recuperação) da área e estabelecer as estratégias que serão aplicadas. Outro aspecto importante a ser analisado é a ocorrência de remanescentes de vegetação nativa em áreas próximas que podem funcionar como fonte de propágulos, através da dispersão natural (chuva de sementes). As principais ações iniciais para restauração de matas ciliares são: Isolamento da Área Retirada dos Fatores de Degradação Controle de espécies competidoras (invasoras) Os métodos de restauração podem ser: condução da regeneração natural de espécies nativas semeadura direta (adensamento, enriquecimento e misto de espécies arbóreas) plantio de mudas (adensamento, enriquecimento, misto de espécies arbóreas e ilhas de diversidade) nucleação SAF (Sistema Agroflorestal) para pequenos produtores. As ações e métodos de restauração citados acima são aplicáveis de maneira geral a todos os ecossistemas naturais, principalmente as três ações iniciais que permitirá que a resilência (quando existir) do sítio se manifeste permitindo que aconteça a regeneração natural (se possível). - Isolamento da área e retirada de fatores degradação O uso das APPs (Áreas de Preservação Permanente) dos cursos d água como pastagem é um quadro muito comum em todo Estado da Bahia. Isolando-se essa área através do cercamento irá evitar vários fatores de degradação causados pelo gado como a

45 compactação do solo (através do pisoteio), a disseminação de gramíneas competidoras e o pisoteio de possíveis indivíduos regenerantes. Outro fator degradante muito propagado no uso do solo rural é o fogo, como no caso de reforma de pastagem e de áreas agrícolas (ex.cana), uma das maneiras de prevenção é a construção de aceiros (faixas ao longo das cercas onde a vegetação foi completamente eliminada da superfície do solo) no entorno dos locais que estão sendo restaurados. Outros fatores de degradação podem ser identificados dependendo da realidade da região e devem ser retirados, pois estes na maioria das vezes influenciam diretamente a possibilidade de regeneração da área e portanto de sua restauração. - Controle de espécies competidoras As espécies de gramíneas utilizadas nas pastagens (braquiárias, capim colonião, gordura e etc) são espécies altamente invasoras e competem diretamente com os indivíduos regenerantes ou com as futuras mudas que venham a ser implantadas dificultando seu estabelecimento e crescimento, além de facilitar a propagação do fogo. O seu controle trata-se de uma grande estratégia para o sucesso da restauração das matas ciliares. Outras espécies exóticas invasoras (leucena, algaroba, etc) podem ser eliminadas através desbaste seletivo gradual. Condução da Regeneração Natural Este é um método de restauração que pode ser aplicado em áreas com um alto grau de resilência que não foram tão degradadas. Apenas com a retirada dos fatores de degradação (pasto, fogo, cultivo agrícola e etc) do local o mesmo começa apresentar regeneração natural resultante do banco de sementes da área ou chegada de novos propágulos vindos de remanescentes de vegetação vizinhos. Esta é uma técnica com o custo reduzido e é muito empregada, além da Mata Atlântica, nos Biomas do Cerrado e da Caatinga, pois no Cerrado existe um alto potencial de regeneração através de brotação vegetativa de sua estruturas subterrâneas (banco de

46 raízes) e também na Caatinga onde a capacidade de rebrota é um reconhecido mecanismo de regeneração.. A condução da regeneração é feita através do coroamento ao redor das mudas para evitar os competidores (capins e trepadeiras), também recomenda-se quando possível realizar a adubação nos regenerantes a fim de acelerar o processo de restauração para a Mata Atlântica, no caso do cerrado as plântulas não respondem a adubação. Adensamento e Enriquecimento Essas duas técnicas podem ser efetuadas através da implantação de sementes ou mudas em locais que já exista uma floresta ou vegetação natural, normalmente em áreas com capoeiras. O adensamento é indicado para as áreas com vegetação com boa diversidade de espécies, mas que apresentam muitos espaços vazios. Nessa situação um plantio de árvores (independente da espécie) para cobrir os espaços vazios é suficiente. O enriquecimento é sugerido para capoeiras que apresentem poucas espécies e deve ser feito com o plantio de espécies diferentes (novas) das encontradas na área em restauração. Para a mata atlântica é indicado para os trechos mais iluminados a introdução de espécies de árvores nativas pioneiras e secundárias iniciais e nos trechos mais sombreados as espécies climácicas. E para o Cerrado o enriquecimento por semeadura direta não é recomendado devido particularidades da sua dinâmica dessa formação. Esta técnica é indicada quando não existam fontes de propágulos próximas (remanescentes), ou essas sejam tão degradadas e pobres (poucas espécies) quanto a regeneração observada no local.

47 As técnicas até agora descritas podem ser selecionadas para áreas que possuam uma boa resilência e capacidade de regeneração natural e /ou fragmentos de vegetação nativa próximos que forneçam propágulos para recolonização do sítio em processo de restauração. Os seguintes métodos que serão apresentados a seguir são usados para áreas degradadas a muito tempo e/ou com poucos fragmentos próximos e/ou com baixo grau de resilência e/ou baixa capacidade de regeneração natural. Que são os plantio de mistos de espécies arbóreas (através de mudas e/ou sementes). E como tratamse de técnicas de áreas mais degradadas a primeira atitude é a recuperação do solo. Recuperação do Solo Anterior ao plantio é necessário realizar a Recuperação do Solo tanto na parte física, química ou biológica. É necessário verificar quais são as características do solo (textura, fertilidade, inundação e etc.) e seu estado de degradação (compactação, erosão etc). Uma boa alternativa para a recuperação inicial do solo é a utilização da adubação verde para melhorar a capacidade produtiva do solo. Essa melhoria do solo é conseguida através da adição de material orgânico não decomposto de plantas cultivadas exclusivamente para este fim, que são manejadas antes de completarem o ciclo vegetativo. A Adubação Verde pode ser realizada com diversas espécies vegetais, porém a preferência pelas leguminosas está consagrada por inúmeras vantagens, dentre as quais, destaca-se a sua capacidade de fixar nitrogênio direto da atmosfera por simbiose. De modo mais amplo, pode-se dizer que a adubação verde restaura e intensifica um grande número de processos de vida, deixando o solo mais fértil e mais saudável para a cultura seguinte. Sua ação é menos efêmera que de uma adubação química. Além disso, alguns adubos verdes tem raízes tão fortes e profundas, que fazem a descompactação dos solos, que sem uso de arados ou grades, preparam o nosso solo para o plantio.

48 Sugere-se espécies de maior rusticidade, tais como o feijão-de-porco (Canavalia ensiformis), o nabo-forrageiro (Raphanus sativus) e a crotalária (Crotalaria spp.), entre outras. Nas áreas com ravina (erosão linear), onde não foi possível a regularização do solo, deverá ser criada uma faixa de proteção, com o plantio de espécies nativas sobre terraços, com largura mínima de 30m, a partir da borda da ravina (nível regular do solo no entorno). Dessa forma, minimiza-se ou evita-se a entrada de água superficial no sistema. Plantio Misto de Espécies Arbóreas Nativas Tratando-se de reflorestamento misto com espécies nativas, acredita-se que a floresta plantada cria condições para a regeneração natural e para o aumento da diversidade no subosque (DURIGAN e DIAS, 1990; MARIANO et al., 1998; NAPPO et al. 2000; SILVEIRA, 2001). Segundo Durigan et al. (2004) existem várias pesquisas recentes mostrando que o papel de floresta plantada é, essencialmente, melhorar as condições de solo e o microclima para favorecer os processos naturais de regeneração. Kageyama et al. (1989) afirmam que o plantio misto de espécies nativas pioneiras e não pioneiras deve dar início ao processo de sucessão, sendo que as espécies do plantio serão uma das fontes fornecedoras de propágulos para a colonização de novas áreas. Reflorestamentos mistos, com diversidade de espécies, aceleram o processo sucessional e, além disso, quando comparadas às plantações homogêneas, apresentam um maior valor da conservação da biodiversidade (CARNEVALE e MONTAGNINI, 2002). Os plantios florestais produzem um efeito catalítico, provocando mudanças das condições microclimáticas, desenvolvimento da complexidade estrutural da vegetação, das camadas de serapilheira e húmus nos primeiros anos do reflorestamento, gerando dessa maneira condições propícias para germinação e desenvolvimento das espécies (PARROTA et al., 1997).

49 Modelos de Restauração Mata Atlântica Plantio de espécies ao acaso (mistura de espécies): é a combinação entre pioneiras, secundárias e climácicas que não obedece necessariamente a alinhamentos pré definidos. A estratégia define percentuais entre grupos sucessionais (em média, 70 % pioneiras, incluindo nestas as secundárias iniciais, 20% secundárias tardias e 10% climácicas) com a orientação de distribuir as mudas de modo a garantir a formação de um plantio heterogêneo. Apesar de ser, mas fácil sua aplicação em campo e em larga escala é prejudicado toma mais tempo para vegetação recobrir a área e assim aumenta o tempo de sua manutenção. Pioneiras e não pioneiras em linha (Modelo de sucessão): é o plantio intercalado em linhas alternadas de pioneiras (pioneiras + secundárias iniciais) de não pioneiras (secundárias tardias + climácicas). Esse modelo busca simular o que acontece naturalmente na floresta, separando as espécies em grupos ecológicos, de forma que as espécies mais iniciais da sucessão façam sombreamento para as espécies mais finais de sucessão. A proporção percentual entre os grupos sucessionais é simular ao sistema de plantio de espécies ao acaso.

50 Plantio sucessional em linhas :P (Pioneiras e SEc. Iniciais); NP (Sec. Tardias e Clímax) P NP P NP P Macedo, 1993

51 Linhas de Preenchimento e Linhas de Diversidade: é o plantio de linhas alternadas desses dois grupos. O grupo de preenchimento são espécies com características que promovam rapidamente o recobrimento da área e é composto por poucas espécies (pioneiras e secundárias iniciais) e o grupo de diversidade é o composto por espécies pioneiras, secundárias e climácicas com crescimento mais lento e copa menos ampla. Trata-se de conceito que tem a mesma base na dinâmica sucessional, diferenciando-se pela proposição de outro método de combinação entre espécies e seu alinhamento. LINHAS DE PREENCHIMENTO Plantio de árvores de RÁPIDO CRESCIMENTO E GRANDE COBERTURA LINHAS DE DIVERSIDADE Plantio de árvores de CRESCIMENTO MAIS LENTO E PEQUENA COBERTURA PLANTIO DE MUDAS

52 Plantio em Módulos: pressupõe uma planta base central, dos grupos finais da sucessão, rodeada por 4 ou mais planta sombreadoras (grupos iniciais). A grande dificuldade desse modelo é operacionalidade em campo. SI SI P P P P SI C SI SI ST SI P P P P SI SI P pioneira SI- Secundária inicial ST Secundária tardia C Climácica Ilhas de diversidade podem ser aplicadas em duas situações: 1. Paisagens com fragmentos florestais remanescentes que serão fontes de propágulos 2. Projeto de implantação de restauração dde grandes áreas como microbacias, município, conjuntos de propriedades rurais, assentamentos rurais e outros, onde, pela dimensão do projeto é possível a implantação de um grande número de ilhas que por si só, serviriam de fonte de propágulos.

53 Esse modelo é uma forma de diminuir os custos da restauração através do plantio em ilhas árvores isoladas ou em grupos para atrair dispersores de sementes das espécies presentes nas ilhas, assim como trazer propágulos de outras espécies dos remanescentes florestais próximos; possibilitando a recolonização por diversas espécies e o restabelecimento do fluxo gênico entre as populações arbóreas, aumento da biodiversidade e mesmo a restauração da conectividade, acarretando na melhoria da qualidade da paisagem. As ilhas podem representar de 15 a 30% da área e podem ter dois modelos: plantio de espécies pioneiras e não pioneiras em ilhas; ou plantio de espécies não pioneiras em ilhas e espécies pioneiras na área total. Mesmo no plantio de árvores pioneiras de forma isolada, elas se tornam atrativos para fauna e consequentemente, para chegada de novos propágulos. Independente de qual modelo todos objetivam o rápido recobrimento do solo e a alta diversidade. O rápido recobrimento do solo diminui a entrada de luminosidade e portanto permitindo o controle natural das gramíneas (que necessitam de sol) e promove a regeneração das espécies nativas. A alta diversidade é uma das carcaterísticas intrínsecas das florestas tropicais e do seu equilíbrio dinâmico.

54 Modelos de Restauração Bioma Cerrado Segundo (Durigan, 2003), a pesquisa básica sobre espécies da vegetação desse bioma ainda é muito rara. E como é descrito por muitos autores o processo sucessional da vegetação do cerrado é muito diferente do processo de sucessão secundária conhecido para florestas ( mata atlântica e amazônia). No cerrado o que ocorre é apenas uma alteração de fisionomias mais abertas para fisionomias mais densas definidas relacionadas principalmente em funçao do sítio. As técnicas que podem se aplicar visando a restauração do cerrado se dividem em duas grandes linhas: Condução da regeneração natural em função do alto poder de rebrota de suas raízes ( abordada no início deste caderno); Técnicas de plantio; Recomendaçõe genéricas para plantio de restauração cerrado (Durigan,2003): Não plantar árvores onde elas nunca existiram (campo úmidos por exemplo). Definir espaçamento com base na densidade da vegetação original da região. Selecionar espécies nativas da região, priorizando leguminosas e espécies longevas. Efetuar o plantio no início da estação chuvosa, para que o sistema radicular se desenvolva em busca das reservas de água das camadas mais profundas do solo antes da estação seca. Manter contorle rigoroso de formigas cortadeiras e gramínea exóticas até o estabelecimento das mudas. Utilizar mudas grandes e robustas (50 cm de altura no mínimo) Abrir covas amplas Utilizar adubação orgânica.

55 SAF Sistema Agroflorestal Na agrofloresta as plantas cultivadas são introduzidas em consórcios, espécies agrícolas e espécies florestasi, de forma a preencher todos os espaços ao longo do tempo da mesma forma que na sucessão natural, onde as plantas ocorrem em conjunto e não isoladas, e requerem outras plantas para um ótimo desenvolvimento. Uma agrofloresta completa deve ter presente todos os consórcios, garantindo que o sistema tenha sempre plantas de diferentes idades e diferentes alturas, para ocupar sempre o espaço com o passar do tempo, manter o solo coberto e ofertar diferentes produtos. A resolução do CONAMA 369/06 define que pequenas propriedades rurais podem utilizar SAF em suas áreas de preservação permanente. Nesse caso as espécies arbóreas são espécies nativas. Um aspecto que determina a sustentabilidade desses sistemas é a presença das árvores, que têm a capacidade de capturar nutrientes de camadas mais profundas do solo, reciclando-os eficientemente e proporcionando maior cobertura e conservação dos recursos edáficos. O Sistema Agroflorestal objetiva otimizar a produção por unidade de área, com o uso mais eficiente dos recursos (solo, água, luz, etc.), da diversificação de produção e da interação positiva entre os componentes. O plantio de alta diversidade de espécies na agrofloresta, assim como ocorre nas nossas matas, é muito importante, pois cada espécie vai cumprir um papel diferente, vai aproveitar a luz e o solo de maneira ótima. Além disso, traz o equilíbrio entre os seres vivos, evitando ataque intenso de pragas e doenças. Preparo da área com coquetel de adubos verdes: Uma área com presença de gramíneas pode ser preparada com antecedência para implantação de agrofloresta no ano seguinte, a partir de uso de plantas leguminosas (feijão-de-porco, crotalária, feijãoguandu, mucuna, tremoço) e não leguminosas (milheto, sorgo, aveia preta, nabo forrageiro,

56 mamona, girassol) de rápido crescimento e boas produtoras de biomassa, que podem "abafar" o capim. Nesse caso, podem-se jogar as sementes a lanço, em alta densidade e roçar o capim. No ano seguinte implanta-se a agrofloresta num solo já melhorado, com bem menos capim. Escolha das espécies: depende das condições de clima, de relevo, de solo (se é bem drenado ou se encharca, se apresenta alta ou baixa fertilidade, etc.). As características do solo podem ser reconhecidas muitas vezes por plantas indicadoras, que são plantas que nos dão pistas de como está o solo, ou seja, que só ocorrem em solos que apresentam uma determinada característica (por exemplo: guanxuma indica solo compactado, samambaia indica solo ácido, trapoeraba indica solo rico em matéria orgânica, etc). No caso do solo estar degradado, devem-se plantar espécies menos exigentes, até que se melhore o solo pela produção de matéria orgânica. Quando o solo estiver mais rico, espécies mais exigentes poderão ser plantadas, reiniciando a sucessão. Época de plantio: o plantio, por mudas ou sementes, deve ser, geralmente, no início do período das chuvas. É possível também implantar uma agrofloresta no final do período chuvoso, mas é necessário irrigar. Nesse caso, recomenda-se a implantação com hortaliças para garantir a produção inicial e justificar a irrigação. Muvuca ou mistura de sementes: As árvores são semeadas em alta densidade, de modo que se estabeleçam 10 árvores por m2 (metro quadrado). As sementes das árvores, após a quebra de dormência, são misturadas com terra e umedecida, na consistência de uma farofa, que é então distribuída, em linhas, no terreno. Para uma boa distribuição no campo, a mistura de sementes, por exemplo, que tenha sido preparada para 6 linhas de plantio, pode ser dividida em 6 montinhos, de modo que, a cada linha, um montinho será distribuído. As sementes das árvores podem germinar facilmente ou demorar muito tempo para germinar, o que é chamado de dormência. Essa é uma estratégia das plantas para que as sementes sobrevivam por muito tempo no chão, esperando as melhores condições ambientais para germinar. Para acelerar a germinação existem maneiras de se "quebrar a dormência das sementes. Para as sementes duras recomenda-se lixar, ralar ou cortar com

57 cuidado a casca da semente, criando uma pequena abertura. O corte deve ser feito sempre no lado oposto ao arilo (arilo é o "olho" de onde vai sair o broto). Outra estratégia é dar um choque térmico na semente, colocando-a por 1 minuto em água quente (até 80ºC) e jogando-a em água fria na seqüência. Para todos os casos se recomenda deixar a semente 24 horas em água antes de plantar, à temperatura ambiente, para que a água seja absorvida pela semente. Espaçamento: Recomenda-se que as espécies agrícolas (culturas anuais e semiperenes) sejam plantadas no mesmo espaçamento tecnicamente recomendado como se fosse plantar em monocultivos. As árvores deverão ser plantadas, preferencialmente por sementes, em alta densidade (10 árvores por metro quadrado). Cobertura do solo: o material resultante das podas deve ser devidamente picado e depositadosobre o solo, cuidando-se para colocar o material mais lenhoso em contato com o solo e organizado no sentido contrário ao escoamento da água da chuva.

58 Nucleação Ação: trazendo elementos que sejam capazes de promover a colonização de novas populações (flora e fauna) em um ambiente através disponibilização de novos recursos ou criação de novos habitats. (Reis et al, 2003) Técnicas de nucleação para restauração: Abrigos artificias, poleiros artificiais, transposição de solo, chuva de sementes, plantio de mudas de árvores (grupos de Anderson); Essas técnicas podem ser utilizadas de maneira aleatória de forma a ocupar a área toda, com objetivo de fornencer diferente maneiras de atração da biodiversidade para área em processo de restauração. Abrigos para a fauna: Acúmulo de galhos secos, tocos e resíduos florestais e Amontoados de pedras dispostos em núcleos Resíduos florestais, quando enleirados, oferecem excelentes abrigos para uma fauna diversificada e constituem um ambiente propício para a germinação e desenvolvimento de sementes de espécies mais adaptadas aos ambientes sombreados e úmidos

59 Transposição de solo: Prática de transporte de solo superficial e serrapilheira de uma área de floresta conservada para a área de restauração. Visa resgatar a fauna e a flora do solo, incluindo microorganismos e banco de sementes Poleiros artificiais: Poleiros secos, Árvores secas e torres de cipó. Que visam a atração da fauna dispersora, que trarão propágulos para colonizar a área. Poleiro tipo Torre de Cipó - estrutura coniforme de varas com 12 m de altura, fazendo inicialmente a função de poleiros secos (à esquerda) e depois (à direita) com o crescimento de emaranhado de lianas, formando excelentes abrigos para aves e morcegos. ((Chuva de sementes). Recomenda-se 4 a 12 poleiros/ha.

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