BICENTENÁRIO DAS INVASÕES FRANCESAS NA AMP
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- Jonathan Vilaverde Leal
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1 BICENTENÁRIO DAS INVASÕES FRANCESAS NA AMP As Invasões Francesas, integradas no que também se pode chamar de Guerra Peninsular, deixaram um rasto de destruição e de guerra de que o país muito tardaria a recuperar, tendo ficado a maioria das suas estruturas sociais, económicas e políticas profundamente afectadas, senão destruídas. Perante a retirada da família real e da frota de guerra para o Brasil, a passividade e cumplicidade de muita aristocracia e a inicial falta de reacção, imposta, do Exército Português, irá ser o povo que se sublevará em diferentes pontos do Reino contra o invasor estrangeiro, pagando frequentemente um elevado preço de sangue, sinónimos de fuzilamentos e execuções sumárias. O povo Português, de natureza dócil e hospitaleira, vai ver surgir um espírito de resistência e de patriotismo que, não poucas vezes, o levou a excessos na justa medida da barbárie e desmandos das tropas francesas. Com o apoio britânico, o Exército Português irá ser profundamente reorganizado, com o enquadramento de oficiais ingleses, o que o levará a que se torne numa máquina de guerra eficiente e num dos protagonistas da Guerra Peninsular, com testemunhos e louvores de muitos historiadores e militares britânicos, insuspeitos nas considerações que deixaram nas suas memórias acerca do espírito combativo do povo Português e dos seus soldados. O Porto não foi excepção, sendo invadido por Soult que, após a resistência infrutífera da guarnição e ficando célebre o triste episódio da Ponte das Barcas, aí se instalou, a custo evitando o saque completo do burgo. A 9 de Maio de 1809 as tropas anglo-lusas sob o comando de Wellesley acabariam por expulsar os últimos invasores, repondo a soberania nacional na cidade do Porto. Desta cidade sairiam muitos dos efectivos que iriam integrar um Exército Português renovado, combatendo sem parar em todas as frentes de batalha principais da Guerra Peninsular. É este esforço e sacrifício que a Área Metropolitana do Porto e a Associação Napoleónica Portuguesa, apoiadas por vários parceiros e numa combinação feliz de sinergias, pretende evocar no seu programa de iniciativas, em que se destaca, nos dias 9 e 10 de Maio, a recriação histórica da Batalha do Porto, travada no dia 12 de Maio de 1809 e relembrada 200 anos depois.
2 RECONSTITUIÇÕES HISTÓRICAS PROGRAMA 9 e 10 de Maio de 2009 Cidades do Porto e de Gaia -DIA 9 DE MAIO (SÁBADO): * horas: Cerimónia evocativa pelas Delegações dos Países intervenientes nas Guerras Napoleónicas Local: Praça Mouzinho de Albuquerque (Rotunda da Boavista) junto ao monumento alusivo à Guerra Peninsular: -Içar de bandeiras de todos os países representados, por elementos representativos das várias Delegações; Toque do Hino da Continência, pela Fanfarra Militar do Exército; -Deposição de coroa de flores junto ao monumento, pelas Delegações presentes, e execução do Toque de Homenagem aos Mortos e do Toque da Alvorada, pela Fanfarra Militar do Exército; -Alocuções da Área Metropolitana do Porto e da Associação Napoleónica Portuguesa. *11.00 Horas - Fim.
3 * horas: Desfile das forças presentes Local: Desde a Cadeia da Relação (à Cordoaria) até à Ribeira do Porto.
4 * horas: Cerimónia evocativa da Invasão Francesa Local: junto às Alminhas da Ponte (Cais da Ribeira do Porto): - Concentração das forças presentes no cais da Ribeira do Porto; - Alocução, pelo Coronel Américo Henriques, alusiva ao episódio da Ponte das Barcas e à primeira Batalha do Porto e conquista da Cidade pelo exército Francês; - Deposição de ramo de flores no rio Douro, em homenagem aos mortos na Ponte das Barcas; - Tiros de salva (infantaria e artilharia). *13.00 Horas Fim.
5 *21.30 horas: Combate nocturno de Recriação Histórica do recuo do exército francês até à cidade do Porto, perante o avanço do exército Luso-inglês, bem como as escaramuças que antecederam a segunda Batalha do Porto. Local: Cais de Vila Nova de Gaia - Reconstituição de combates de infantaria e artilharia, com início de caminhada, a partir do Regimento de Artilharia 5 (RA5), do exército Francês pelo lado Nascente, e do exército Luso-inglês, pelo lado poente, através das ruas de Vila Nova de Gaia. Exército Francês peças artilharia
6 Exército Luso-inglês Exército Francês Início dos confrontos corpo a corpo, na Avenida Diogo Leite, junto à Rua D. Afonso III, com avanço do exército Luso-inglês e recuo do exército Francês, escaramuças e ataques aos residentes em todo o percurso da Avenida Diogo Leite até cerca do Largo Luís I. *23.30 horas - Fim.
7 - DIA 10 DE MAIO (DOMINGO) * horas: Reconstituição Histórica da conquista do Porto por parte do exército lusobritânico Local: Ribeiras de Gaia e Porto -colocação dos elementos do exército Luso-inglês, na margem Sul do rio Douro, e do exército Francês, na margem Norte; Exército Luso-inglês Exército Francês - tiros de apoio de peças de artilharia colocadas na margem Sul do rio (exército Luso-inglês), com resposta de peças de artilharia colocadas na margem Norte (exército Francês);
8 - simulação da travessia do rio Douro e desembarque do exército Luso-inglês, com transporte de recriadores em barcos rabelos desde a Ribeira de Gaia até ao Cais da Estiva da Ribeira do Porto. -travessia do grosso das tropas Luso-inglesas, através do tabuleiro inferior da Ponte D. Luís I, desde a Ribeira de Gaia até à Ribeira do Porto. Ataque ao exército Francês com combates de infantaria; - Recuo do exército Francês até ao Largo da Senhora do Ó, através da Ribeira, da Rua da Fonte Taurina e da Rua da Alfândega até à Praça do Infante D. Henrique; Ocupação das últimas barricadas de defesa e recuo final do exército Francês... em direcção à fronteira. - Formatura de todas as unidades presentes, na Praça do Infante D. Henrique; - Breve alocução de agradecimento aos participantes e distribuição de medalha comemorativa a todos os participantes; *13.00 Horas Fim do Programa
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