CAPITULO V MOVIMENTOS ATMOSFÉRICOS. A causa fundamental dos movimentos atmosfericos é a diferença de Pressões entre duas regiões.

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "CAPITULO V MOVIMENTOS ATMOSFÉRICOS. A causa fundamental dos movimentos atmosfericos é a diferença de Pressões entre duas regiões."

Transcrição

1 CAPITULO V MOVIMENTOS ATMOSFÉRICOS A causa fundamental dos movimentos atmosfericos é a diferença de Pressões entre duas regiões. O vento é resultado da acção de forças, das quais a força devida à pressão é a origem do movimento. A atmosfera age através do vento como uma resposta às diferenças de pressão, no sentido de diminuir essas diferenças. Assim é de esperar que o vento sopre no sentido das regiões de Pressão mais Alta para as de regiões mais Baixa. Figura 5.1: O Vento. 5.1 O Gradiente de Pressão Atmosférica Em princípio, para uma função tridimensional como a pressão atmosférica o gradiente é definido como: ( x, y, z ) p ( p x ) i ( p y ) j ( p z ) k Cláudio Paulo & Gilberto Mahumane Página 1

2 Na prática esse vector dá a taxa de variação da pressão em função da distância, na direcção em que essa variação é máxima. Se, por exemplo, forem calculadas as components horizontais, a variação maior se dá na direcção perpendicular às isóbaras, como se vê na Figura 5.2. Figura 5.2: Gradiente de Pressão. O gradiente da pressão no ponto A da Figura 5.2 sera calculado por: p s p s hpa 80km 4hPa 80km 0, 05hPa km 5 10 Pa m Note-se que no ponto B da Figura 5.2, embora a diferença de pressão seja a mesma, o espaçamento entre as linhas é maior. Substituindo na expressão: 3 p s ( ) hpa 120km 3,3 10 Pa m Cláudio Paulo & Gilberto Mahumane Página 2

3 Ou seja, o gradiente de pressão é maior em regiões onde o espaçamento entre as isóbaras é menor, desde que a diferença de pressão entre duas isóbaras vizinhas seja sempre o mesmo. (No exemplo da Figura 5.2, elas estão espaçadas de 4 hpa). 5.2 Força Gradiente de Pressão Considere-se a Figura 5.3, de um element de volume de ar. Na direção x a parcela sofre a ação de forças devidas à pressão sobre as duas paredes opostas. Figura 5.3: Força de Gradiente de Pressão. Se na Parcela à esquerda a pressão é P, a força atuando da esquerda para direita é: F P A P y z x A força atuando na parte direita, em sentido contrário, onde a pressão é P P P, é: F P y z ( P P) y z P y z x A força por unidade de massa é então: Cláudio Paulo & Gilberto Mahumane Página 3

4 f F M P y z v P. y z x y z px px (1 ) ( P x) ou: f ( 1 ) ( P x) px ou seja, a força gradiente de presão na direção x é proporcional ao gradiente de pressão nauqela direção. As expressões são análogas para as outras direções, então se pode escrever: f (1 ) ( P x ) i ( P y ) j ( P z ) k (1 ) P P A componente vertical da força gradiente de pressão é aproximadamente equilibrada pelo peso da parcela, razão pela qual na análise dos movimentos atmosféricos se calcula a força gradiente de pressão somente na horizontal: f (1 ) P 1 ( P x) i ( P y) k PH H ou, se se considerar, como no caso da Figura ao lado, a direção perpendicular às isóbaras: f (1 )( P S) PH O sinal negativo da expressão indica que a força tem sentido oposto ao da variação positiva da pressão. Cláudio Paulo & Gilberto Mahumane Página 4

5 O cálculo pode ser feito também em mapas de alturas geopotenciais para superfícies isobáricas. Na Figura 5.4, o segmento inclinado faz parte de uma superfície isobárica. Pode-se escrever: f 1 ( P P) x PX Ao mesmo tempo, usando a equação hidrostática entre os pontos B e C: P P g z ou P P g z Substituindo na equação da força gradiente de pressão: f (1 ) g z x Px, f g z x Fazendo x, y 0 Px onde z x é o gradiente de altura geopotencial para variação horizontal da distância. Cláudio Paulo & Gilberto Mahumane Página 5

6 Figura 5.4: Força de Gradiente de Pressão. 5.3 Força de Coriolis A força de coriolis é uma força fictícia que aparece quando se observa o movimento da atmosfera a partir de um sistema de referência preso à Terra, devido à própria rotação da Terra. Para entender o seu significado, pode se observar a Figura 5.5. Figura 5.5: Força de Coriolis. Suponha-se inicialmente que a Terra esteja girando e com ela arrastando o ar. Uma parcela sobre o Equador terá velocidade V R V onde é a velocidade angular da Cláudio Paulo & Gilberto Mahumane Página 6

7 Terra e R é a distância entre o ponto na supeficie da Terra e o eixo de rotação. No caso, 5 7, rd s e 6 R 6.370km 6, m. Se uma força resultante agindo perpendicularmente à velocidade inicial levar esta parcela de ar até um ponto ao norte do Equador, a componente da velocidade paralela ao Equador não vai variar. Porém, distância da parcela ao eixo de rotação num ponto afastado do Equador é menor que a distância no Equador (na latitude de 30 N 6 R R cos30 5, m ela vale ). Assim, a velocidade de um ponto preso à superfície da Terra naquela latitude será menor que um ponto preso ao Equador e portanto menor que a velocidade da parcela que veio do Equador até aquele ponto. Ou seja a parcela vai ter uma velocidade em relação à Terra na direcção oeste-leste para a direita. Como essa velocidade era nula quando a parcela estava no Equador, para um observador no solo parece-lhe que a parcela foi acelerada por uma força perpendicular à velocidade sul-norte. Se a parcela estivesse inicialmente parada num ponto acima do equador e fosse levada em direcção ao Equador, o desvio seria para oeste. Assim, no hemisfério norte a força de Coriolis, actua perpendicularmente ao movimento da parcela, apontando para o lado direito do movimento. No hemisfério sul ela actuaria em sentido oposto, isto é, para o lado esquerdo do movimento. Além disso, a força de Coriolis é proporcional à velocidade, é maxima nos polos e nula no Equador. Devido ao facto de a força de Coriolis ser perpendicular ao movimento, o trabalho realizado por ela é nulo, portanto ela só actua no sentido de mudar a direcção da velocidade e não alterá-la. Cláudio Paulo & Gilberto Mahumane Página 7

8 5.4 Balanço Geostrófico Pode-se agora verificar o efeito das duas forças sobre uma parcela de ar. Seja, na Figura 5.6, a parcela inicialmente parada, porém sugeita à força gradiente de pressão f P. No início, como a velocidade é nula, a força de Coriolis também é nula. A força gradiente de pressão vai acelarar a particula e, à medida que a velocidade fôr aumentando, vai aumentando a força de Coriolis que vai desviando a partícula para a esquerda (no hemisfério sul). Essa força não altera a velocidade da parcela, mas esta será acelerada pela força gradiente de pressão e a força de Coriolis vai tornando a velocidade cada vez mais paralela às isóbaras e portanto a força de Coriolis se torna cada vez mais paralela à força gradiente de pressão e oposta a esta. No momento em que as duas forças se igualam, a força resultante é nula e a velocidade não vai mais variar, isto é, a força gradiente de pressão não vai mais acelerar a parcela. Esse equilíbrio é chamado balanço geostrófico e a velocidade correspondente é chamada velocidade geostrófica, indicada por V g. Caso houvesse um súbito aumento da força gradiente de pressão, a parcela seria acelerada, aumentaria a força de Coriolis e se restabeleceria o equilíbrio. Figura 5.6: Balanço Geostrófico. Pode-se aqui estabelecer uma regra de que o movimento das parcelas em equilíbrio dinâmico se processa paralelamente às isóbaras, de forma que as baixas pressões se Cláudio Paulo & Gilberto Mahumane Página 8

9 encontram à esquerda do movimento no hemisfério sul e à direita do movimento no hemisfério norte. No caso de isóbaras curvas, às forças gradiente de pressão e força de Coriolis deve-se acrescentar outra força fictícia que é a força centripeta, de forma que no equilíbrio a velocidade da parcela tangencie as isóbaras. No caso de isóbaras fechadas o movimento será em torno dos centros. No caso de centros de baixa pressão, o movimento será horário, e no caso de centros de alta pressão, no sentido anti-horário, ambos os casos no hemisfério sul. No hemisfério norte a regra é oposta. A seguinte regra mecânica é válida para o hemisfério sul: Tabela 1: Regra mecânica para o Hemisfério Sul. Hemisfério Sul Centro de pressão Alta Baixa Sentido do movimento Anti-Horario Horario Nome do sistema Anti-Ciclone Ciclone Cláudio Paulo & Gilberto Mahumane Página 9

10 Figura 5.7: Balanço Geostrófico num sistema curvo. 5.5 Força de Atrito Suponha-se que a atmosfera seja dividida em camadas superpostas e que camadas adjacentes tenham velocidades médias diferentes. Neste caso diz-se que existe um cisalhamento vertical do vento. Cisalhamento é então definido como uma variação da intensidade do vento quando se desloca perpendicularmente a ele. Na verdade, cada camada é composta de moléculas com velocidades distribuidas caoticamente em todas as direcções e que em média resultam na velocidade do ar na camada. Como vai haver moléculas passando de uma camada para outra, as moléculas que passam da camada mais lenta para a camada mais rápida, vão em média diminuir a velocidade desta, e as que passam da camada mais rápida para a mais lenta vão em Cláudio Paulo & Gilberto Mahumane Página 10

11 media aumentar a velocidade desta. Esse fenómeno se chama transporte de momento na vertical. O efeito macroscópico desse fenómeno é a variação do momento linear das camadas, que pode ser representado por uma força, chamada a força de atrito ( f a ). Como mostra a Figura 5.8, a força de atrito actua na camada mais rápida no sentido de diminuir a velocidade e, na camada mais lenta, no sentido de acelerá-la. No caso da camada adjacente à superficie da terra, a transferência de momento se dá entre a terra e a camada de ar, sendo que a terra tem momento zero e quando a camada de ar lhe transmite momento, a variação de velocidade da Terra é imperceptível. Em termos práticos, a força de atrito tem as seguintes características: Figura 5.8: Força de Atrito. a) É contrária ao movimento, isto é, actua em sentido contrário ao da velocidade. b) É proporcional à velocidade, c) É tanto maior quanto mais próximo da superfície da terra. Cláudio Paulo & Gilberto Mahumane Página 11

12 O efeito das três forças (gradiente de pressão, Coriolis e atrito) está representado na Figura 5.9. Neste caso também se atinge um equilíbrioentre as forças. Note-se aqui que a velocidade tem uma componente perpendicular às isóbaras, no sentido das pressões mais altas para as pressões mais baixas. Em torno de centros de baixa pressão e de alta pressão, essa componente tem o sentido de entrar nos de baixa e sair dos de alta pressão. Figura 5.9: O Efeito das três forças (em cima) e o sentido da velocidade em torno dos centros de baixa e alta pressão. A força de atrito, sendo maior próximo da superfície, determina o cruzamento das isóbaras pelo vento, com muito mais eficiência para os níveis mais baixos da atmosfera. As duas Figuras abaixo (Figura 5.10 e 5.11) exemplificam esse facto. Na carta de superfície os ventos são mais fracos e cruzam as isóbaras. Na carta de 500 Cláudio Paulo & Gilberto Mahumane Página 12

13 hpa, os ventos são mais fortes e paralelos às fortes e paralelos às isolinhas de altura geopotencial. Figura 5.10: Direcção do Vento. 5.6 Perfil Vertical do Vento Devido ao atrito do solo, o vento tem velocidade zero na superfície. O cisalhamento devido ao atrito, ou a variação vertical da velocidade horizontal do vento, depende da velocidade do vento e da rugosidade da superfície. Essa rugosidade pode ser provocada pela presença de plantas na superfície ou outros obstáculos, e o perfil vertical toma a forma: V k ln( z z ) 0 onde k é uma constante aproximadamente igual a 1 e z 0 é um parámetro de rugosidade que varia de 0,1cm para superfície de areia até cerca de 10cm para grama Cláudio Paulo & Gilberto Mahumane Página 13

14 alta. Note-se na Figura 5.12 que, para plantas mais altas a velocidade junto ao solo é menor. Figura 5.12: Perfil vertical do vento. 5.7 Vento Térmico Outra causa do cisalhamento vertical do vento é o chamado vento térmico. O fenômeno pode ser visualizado na figura seguinte onde estão representadas algumas superficies isobáricas. Percebe-se que a atmosfera é mais quente no lado direito da Figura 5.13, onde a espessura da camada entre as superficies isobáricas é maior. Nota-se que a inclinação das superficies vai aumentando com a altura. Este facto faz com que a força gradiente de pressão na horizontal também aumente com a altura, pois ela é proporcional ao gradiente de pressão, a velocidadedo vento num nível superior P 2 e num nível inferior P 1 é chamada vento térmico e é proporcional ao gradiente horizontal de temperatura. Cláudio Paulo & Gilberto Mahumane Página 14

15 Figura 5.13: Vento Térmico. 5.8 Movimentos na Vertical Como foi visto, as forças que actuam na atmosfera na vertical estão quase sempre em equilíbrio, ou seja, as acelerações na vertical são muito pequenas comparadas com as acelerações na horizontal. Em consequência disso, enquanto as velocidades na horizontal podem variar de zero 0 até 150 ou 200m s, a velocidade vertical não ultrapassa algumas dezenas de cm s, excepto em condiçoes muito especiais, de topografia abrupta ou de convecção intensa. Os movimentos verticais geralmente acontecem associados a movimentos horizontais e, embora pequenos, são muito importantes para a determinação do tempo presente. Entre as causas da componente vertical do vento, temos a convergência e divergência, os efeitos orográficos, a convecção e a ascenção nas frentes. Cláudio Paulo & Gilberto Mahumane Página 15

16 a) Convergência e divergência Ao se observer um cemtro de baixa pressão na superfície, percebe-se que o ar é forçado a se movimentar em direcção ao centro. Como o ar não pode se concentrar ali, ele é obrigado a subir (uma vez que não pode descer e penetrar no solo). Esse movimento do ar, de modo que ele entra numa região, é chamado de convergência, como ocorre no caso dos ciclones. Ocorre o contrário num centro de alta pressão na superfície, onde o ar é forçado a sair da região (divergência) e ser substituído por ar vindo das camadas superiors, constituindo um movimento vertical para baixo, também chamado de subsidência. A conservação da massa do ar exige que a circulação se complete, havendo novos centros de convergência e divergência na atmosfera superior, como na Figura Figura 5.14: Convergência e divergência. Devido ao movimento vertical do ar, os centros de baixa pressão geralmente se associam a regiões de alta nebulosidade e precipitação e os centros de alta pressão a regiões de céu limpo. Cláudio Paulo & Gilberto Mahumane Página 16

17 b) Efeitos orográficos Quando a barreira de uma montanha se opõe ao vento, este é obrigado a subir sobre ela. Por essa razão é comum que a face da montanha à montante (de onde o vento flui), seja mais nebulosa e chuvosa e a face à vazante seja mais seca e quente, pois a humidade já foi condensada e transformada em precipitação antes do ar atingir esta outra face da montanha. Figura 5.15: Efeito Orográfico. c) Convecção Como já foi visto no texto, a convecção ocorre em atmosferas instáveis. Ela pode, porém, ser iniciada pela convergência do vento ou por efeito orográfico, ou também pode ser inibida pela divergência ou pela subsidência do ar ao descer uma montanha. d) Ascenção nas frentes frias e quentes O ar frio que se forma nos pôlos, flui em direcção ao Equador, formando oque se chama a frente polar. Essa frente, quando encontra o ar quente proveniente das regiões de latitudes menores, determina regiões alternadas, umas em que o ar frio invade regiões de ar quente e outras em que o ar quente invade regiões de ar frio. As primeiras são limitadas pelas chamadas frentes frias e as outras pelas frentes quentes. Cláudio Paulo & Gilberto Mahumane Página 17

18 Os perfis verticais das frentes frias e quentes são diferentes, como mostram as figuras. Como o ar quente é menos denso e oferece menor resistência ao avanço do ar frio, a superfície limite entre as duas massas de ar é quase vertical próximo ao solo.o ar quente é obrigado a subir abruptamente, devido ao avanço do ar frio e ali se formam nuvens e precipitação. No caso da frente quente, o ar frio oferece maior resistência ao avanço do ar quente, então este sobe suavemente sobre o ar frio. As nuvens e a precipitação ocorrem muito à frente da frente na superfície e a precipiteção é mais leve e contínua. Note-se que a escala vertical das figuras está exagerada, uma vez que é da ordem da altura da troposfera, isto é, aproximadamente 10km. Figura 5.15: Frentes. 5.9 Escalas de Circulação A Célula de Hadley ou de circulação directa A circulação do ar se inicia geralmente com o aquecimento diferencial entre duas regiões vizinhas. É intuitivo que o aquecimento do ar na superfície pode provocar a Cláudio Paulo & Gilberto Mahumane Página 18

19 convecção, o ar sobe e deve ser substituído por ar da vizinhança na superfície. Entretanto a Figura 5.16 ilustra como se inicia o movimento na horizontal. Figura 5.16: Célula de Hadley. Sejam duas colunas de ar próximas, com a mesma temperatura inicial. Ambas têm a mesma espessura. Se a coluna da direita fôr aquecida, sua espessura será aumentada e a pressão à altura original será aumentada. O gradiente horizontal de pressão assim criado é que vai produzir o movimento. Esse tipo de circulação é conhecido como circulação térmica directa, formando a célula de circulação directa ou célula de Hadley Circulação primária ou planetária Em 1735 Hadley concluíu que, pelo facto de a região equatorial ser fortemente aquecida, o ar ali deveria ser ascendente, formando assim uma célula de circulação directa descendente nos pôlos. O ar se moveria então, na superfície, dos pôlos para o equador e, na alta atmosfera, do Equador para os pôlos. Devido à força de Coriolis, o vento que sopra na direcção do Equador seria desviado para o oeste, resultando assim os ventos alíseoa das regiões tropicais. Cláudio Paulo & Gilberto Mahumane Página 19

20 Figura 5.17: Circulação Planetária. Porém, Hadley não previu que a própria força de Coriolis iria acelerar o vento na alta atmosfera para o leste, de modo que a velocidade seria altíssima quando atingisse latitudes acima de 30 (a 30 a velocidade já teria aumentado 62m s e a 45 teria aumentado 135m s). Isso causaria um desequilíbrio dinâmico e por isso o ar seria obrigado a descer aproximadamente à latitude de 30. Próximo aos pôlos se forma outra célula de circulação directa e entre as duas células há uma outra de circulação indirecta. Essa distribuição de ventos produz uma distribuição de climas sobre o globo terrestre: a cerca de 30 de latitude situam-se os desertos do mundo e a 45 50, onde o ar é ascendente, está a faixa onde se encontra a frente polar, com suas frentes frias e quentes associadas. Cláudio Paulo & Gilberto Mahumane Página 20

21 5.9.3 Circulação secundária ou sinótica É a circulação associada aos ciclones e anti-ciclones, e às frentes frias e quentes, com dimensões de uns poucos milhares de quilómetros. Como sabemos, a frente polar separa o ar frio dos polos do ar quente da zona temperada. Nessas duas regiões o vento sopra no sentido leste-oeste no ar frio e oeste leste no ar quente. Figura 5.18: Frentes. O atrito entre as duas massas de ar se movendo em sentidos opostos produz uma ondulação na frente polar. A convergência dos ventos no vértice da ondulação produz um ciclone que se move com as frentes fria e quente no sentido oeste-leste. Note-se que a circulação em torno do ciclone transporta ar quente em direcção ao polo sul e ar frio em direcção ao equador. Isso quer dizer que o ciclone em latitudes médias, com suas frentes associadas, é um mecanismo de transporte de calor das regiões equatoriais para as regiões polares, que recebem menos energia solar. Cláudio Paulo & Gilberto Mahumane Página 21

22 Figura 5.19: As Frentes e os Ciclones Ciclones tropicais Os ciclones tropicais ocorrem fora da frente polar, mais próximos do equador, em regiões de convergências de ventos sobre o mar, que vão se intensificar pela liberação de calor latente em nuvens de grande profundidade. Os ventos aí atingem velocidades altíssimas, que produzem desastres no mar e nas regiões costeiras. Uma vez que os ciclones tropicais entram terra adentro, perdem a fonte de energia que é a unidade evaporada do mar e decaem gradualmente até desaparecer Anti-ciclones Os anti-ciclones se formam em geral em regiões mais frias, de ar descendente ou entre dois ciclones. Em geral, no verão, a terra é mais quente que o mar, então se formam ciclones em terra e anti-ciclones nos mares adjacentes Circulação terceária São sistemas de ventos localizados com dimensões de ordem de 100km e curta duração. Cláudio Paulo & Gilberto Mahumane Página 22

23 Brisa marítima e terrestre As brisas marítimas e terrestres são células de circulação directa do tipo de Hadley. No caso da brisa marítima, que ocorre durante o dia, a terra é aquecida pelo sol, e por sua vez aquece a atmosfera. O ar aquecido sobe e é substituído por ar mais frio do mar. Sobre o mar, então se formará um ramo de circulação descendente. O alcance da brisa marítima formada chega a 40 km terra adentro, e ela é responsável pelas chuvas à tarde. Note-se que o mar também recebe radiação durante o dia, porém se aquece menos que a terra. À noite, sem a fonte de energia solar, a terra se resfria mais rapidamente que o mar e a circulação é em sentido contrário, sendo chamada brisa terrestre, que sopra da terra para o mar. Figura 5.20: Desenvolvimento da brisa marítima e terreste. Cláudio Paulo & Gilberto Mahumane Página 23

24 Ventos de montanha e de vale Nos vales, devido ao aquecimento maior nas encostas, o ar é forçado a subir durante o dia. Por outro lado, à noite as encostas se resfriam mais rapidamente e o fluxo se inverte. Figura 5.21: Schematic illustration of flow in a valley: Left: in the early afternoon when the valley and upslope winds are occuring; Rigth: about midnigth when the floww is down the valley and the slope. Cláudio Paulo & Gilberto Mahumane Página 24

PRÁTICA 5 MOVIMENTOS ATMOFÉRICOS (29/10/2011)

PRÁTICA 5 MOVIMENTOS ATMOFÉRICOS (29/10/2011) PRÁTICA 5 MOVIMENTOS ATMOFÉRICOS (29/10/2011) 1. Associe as causas dos ventos: f Força gradiente de pressão. p f c Força de Coriolis. f a Força de atrito. com os seus efeitos ( ) ventos convergentes nos

Leia mais

A atmosfera em movimento: força e vento. Capítulo 4 Leslie Musk Capítulo 9 Ahrens

A atmosfera em movimento: força e vento. Capítulo 4 Leslie Musk Capítulo 9 Ahrens A atmosfera em movimento: força e vento Capítulo 4 Leslie Musk Capítulo 9 Ahrens Pressão Lembre-se que A pressão é força por unidade de área Pressão do ar é determinada pelo peso do ar das camadas superiores

Leia mais

PROVA 1 DE CLIMATOLOGIA II

PROVA 1 DE CLIMATOLOGIA II PROVA 1 DE CLIMATOLOGIA II OUT/2017 Nome: Turma: É obrigatória a entrega da folha de questões. BOA SORTE! 1. A atmosfera pode ser considerada como um sistema termodinâmico fechado. Assim, qual é a principal

Leia mais

Atrito na Camada Limite atrito interno

Atrito na Camada Limite atrito interno Circulações Locais e Turbulência Atmosférica Atrito na Camada Limite atrito interno Atrito interno está relacionado a viscosidade molecular Viscosidade é o freiamento de um fluido devido ao movimento molecular.

Leia mais

Introdução. Vento Movimento do ar atmosférico em relação à superfície terrestre. Gerado por:

Introdução. Vento Movimento do ar atmosférico em relação à superfície terrestre. Gerado por: Tópico 7 - Ventos Introdução Vento Movimento do ar atmosférico em relação à superfície terrestre. Gerado por: Gradientes de pressão atmosférica; Rotação da Terra; Força gravitacional; Força de atrito.

Leia mais

Ventos Globais: A Circulação Geral da Terra

Ventos Globais: A Circulação Geral da Terra Ventos Globais: A Circulação Geral da Terra As circulações da atmosfera e do oceano são, em última instância, provocadas pelo aquecimento solar. Lembre-se: Radiação vinda do Sol que entra no sistema (onda

Leia mais

GABARITO 4ª LISTA DE EXERCÍCIOS

GABARITO 4ª LISTA DE EXERCÍCIOS GABARITO 4ª LISTA DE EXERCÍCIOS 1) O aquecimento diferenciado entre continente e oceano com gradientes de temperatura de + ou - 1 C por 20 km, promove fluxos de energia diferentes para a atmosfera, causando

Leia mais

Introdução a Ciências Atmosféricas. Os Movimentos da Atmosfera. Aula 6 Turbulência Atmosférica

Introdução a Ciências Atmosféricas. Os Movimentos da Atmosfera. Aula 6 Turbulência Atmosférica ACA-115 Introdução a Ciências Atmosféricas Os Movimentos da Atmosfera Aula 6 Turbulência Atmosférica C FD 2g Aρu 8 FD g c = 2 π D ρu c D = = f 2 2 ( Re ). Drag Coefficient vs. Reynolds Number for a Sphere

Leia mais

Formado por turbulência mecânica ou convecção Tempo de vida: de minutos

Formado por turbulência mecânica ou convecção Tempo de vida: de minutos Circulação Local Escalas do Movimento Microescala: metros Vórtices (eddies) Turbulentos Formado por turbulência mecânica ou convecção Tempo de vida: de minutos Mesoscala: km a centenas de km Ventos locais

Leia mais

Ana Rosa Trancoso Aula 9 Dez 2009

Ana Rosa Trancoso Aula 9 Dez 2009 Ana Rosa Trancoso arosa@ist.utl.pt Aula 9 Dez 2009 1 Índice Forças e Ventos Circulação Global Frentes Nuvens e Chuva 2 Pressão Atmosférica Força por unidade de área exercida numa superfície pelo peso da

Leia mais

Introdução a Ciências Atmosféricas. Os Movimentos da Atmosfera. Aula 4 Circulação Geral da Atmosfera

Introdução a Ciências Atmosféricas. Os Movimentos da Atmosfera. Aula 4 Circulação Geral da Atmosfera ACA-115 Introdução a Ciências Atmosféricas Os Movimentos da Atmosfera Aula 4 Circulação Geral da Atmosfera Circulação Geral da Atmosfera Trata-se da circulação da atmosfera ao redor do globo Gerada pelo

Leia mais

MODELOS DE CIRCULAÇÃO. Teorias sobre a circulação geral da atmosfera

MODELOS DE CIRCULAÇÃO. Teorias sobre a circulação geral da atmosfera MODELOS DE CIRCULAÇÃO Teorias sobre a circulação geral da atmosfera Circulação do Ar nos Centros de Alta e Baixa Pressão Estados de Tempo Centro de Baixas Pressões ou Depressão ou ciclone Convergência

Leia mais

FUNDAMENTOS DE METEREOLOGIA ESCOLA NÁUTICA FABIO REIS. Prof. Fabio Reis INICIAR CLIK AQUI CURRÍCULO

FUNDAMENTOS DE METEREOLOGIA ESCOLA NÁUTICA FABIO REIS. Prof. Fabio Reis INICIAR CLIK AQUI CURRÍCULO FUNDAMENTOS DE METEREOLOGIA ESCOLA NÁUTICA FABIO REIS Prof. Fabio Reis CURRÍCULO INICIAR CLIK AQUI FUNDAMENTOS DE METEREOLOGIA ATMOSFERA E AQUECIMENTO DA TERRA ESCOLA NÁUTICA FABIO REIS VAPOR DE ÁGUA -

Leia mais

DEPARTAMENTO DE TREINAMENTO DIVISÃO BRASILEIRA

DEPARTAMENTO DE TREINAMENTO DIVISÃO BRASILEIRA DEPARTAMENTO DE TREINAMENTO DIVISÃO BRASILEIRA Influência do Vento 2008 Índice Turbulência 3 Turbulência Convectiva ou Térmica 3 Turbulência Mecânica 3 Turbulência Dinâmica 4 Turbulência de ponta de asa

Leia mais

FATORES CLIMÁTICOS Quais são os fatores climáticos?

FATORES CLIMÁTICOS Quais são os fatores climáticos? Quais são os fatores climáticos? o Latitude A distância a que os lugares se situam do equador determina as suas características climáticas. Por isso, existem climas quentes, temperados e frios. o Proximidade

Leia mais

Introdução a Ciências Atmosféricas. Os Movimentos da Atmosfera. Aula 2

Introdução a Ciências Atmosféricas. Os Movimentos da Atmosfera. Aula 2 ACA-115 Introdução a Ciências Atmosféricas Os Movimentos da Atmosfera Aula 2 Conteúdo 1. Escala dos movimentos atmosféricos e principais forças 2. Equilíbrio hidrostático e geostrófico 3. Divergência e

Leia mais

Circulação Geral da Atmosfera

Circulação Geral da Atmosfera Circulação global: conjunto complexo de ondas e vórtices ciclônicos e anticiclônicos em formação, desenvolvimento, movimento e em declínio Médias temporais retiram os padrões transitórios sistemas são

Leia mais

grande extensão horizontal, homogênea. A homogeneidade é caracterizada pela uniformidade na temperatura e umidade do ar.

grande extensão horizontal, homogênea. A homogeneidade é caracterizada pela uniformidade na temperatura e umidade do ar. 9.1 Massas de Ar Massa de ar: corpo de ar, caracterizado por uma grande extensão horizontal, homogênea. A homogeneidade é caracterizada pela uniformidade na temperatura e umidade do ar. Cobrem centenas

Leia mais

Estabilidade Desenvolvimento das Nuvens

Estabilidade Desenvolvimento das Nuvens Estabilidade Desenvolvimento das Nuvens Por que a estabilidade é importante? O movimento vertical é parte crítica no transporte de energia e influencia intensamente o ciclo hidrológico Sem movimento vertical

Leia mais

Meteorologia e Oceanografia

Meteorologia e Oceanografia INSTITUTO DE ASTRONOMIA, GEOFÍSICA E CIÊNCIAS ATMOSFÉRICAS UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO Meteorologia e Oceanografia Prof. Ricardo de Camargo Aula 1 - ACA 0430 - Meteorologia Sinótica e Aplicações à Oceanografia

Leia mais

METEOROLOGIA E CLIMATOLOGIA Circulação Atmosférica

METEOROLOGIA E CLIMATOLOGIA Circulação Atmosférica Centro Universitário Geraldo Di Biase Campus de Nova Iguaçu Curso de Engenharia Ambiental 9 período METEOROLOGIA E CLIMATOLOGIA Circulação Atmosférica Profª. Pedro Henrique Ferreira Coura Estrutura da

Leia mais

Introdução a Ciências Atmosféricas. Os Movimentos da Atmosfera. Aula 3

Introdução a Ciências Atmosféricas. Os Movimentos da Atmosfera. Aula 3 ACA-115 Introdução a Ciências Atmosféricas Os Movimentos da Atmosfera Aula 3 Conteúdo 1. Escala dos movimentos atmosféricos e principais forças 2. Equilíbrio hidrostático e geostrófico 3. Divergência e

Leia mais

Circulação Geral da Atmosfera

Circulação Geral da Atmosfera Circulação Geral da Atmosfera Representa o escoamento médio do ar ao redor do globo É criado pelo aquecimento desigual da superfície da terra Lembre-se que: Em escala global, a terra está em equilíbrio

Leia mais

Massas de Ar e Frentes. Capítulo 10 Leslie Musk

Massas de Ar e Frentes. Capítulo 10 Leslie Musk Massas de Ar e Frentes Capítulo 10 Leslie Musk Massas de Ar e Frentes Propriedades das Massas de Ar Massas de Ar adquirem as propriedades da superfície subjacente As massas de ar são classificadas

Leia mais

SER340 - Sensoriamento Remoto dos Oceanos Ensaio Teórico: Dinâmica dos Oceanos

SER340 - Sensoriamento Remoto dos Oceanos Ensaio Teórico: Dinâmica dos Oceanos SER340 - Sensoriamento Remoto dos Oceanos Ensaio Teórico: Dinâmica dos Oceanos Sandro Klippel 3 de outubro de 2012 A Terra recebe radiação solar na forma de ondas curtas, absorvendo cerca de 65% dessa

Leia mais

Mecanismos de transferência de calor. Anjo Albuquerque

Mecanismos de transferência de calor. Anjo Albuquerque Mecanismos de transferência de calor 1 Mecanismos de transferência de calor Quando aqueces uma cafeteira de alumínio com água ao lume toda a cafeteira e toda a água ficam quentes passado algum tempo. Ocorrem

Leia mais

M n o ç n ã ç o Aspectos Gerais

M n o ç n ã ç o Aspectos Gerais Monção Aspectos Gerais Monção derivado da palavra árabe "mausim" = estação usada pelos navegantes do Oceano Indico e Mar da Arábia para descrever um padrão de ventos persistentes alternando de nordestedurante

Leia mais

MECANISMOS DE TROCAS TÉRMICAS ESQUEMA P/ EXPLICAÇÃO DOS MECANISMOS DE TROCAS TÉRMICAS SECAS

MECANISMOS DE TROCAS TÉRMICAS ESQUEMA P/ EXPLICAÇÃO DOS MECANISMOS DE TROCAS TÉRMICAS SECAS MECANISMOS DE TROCAS TÉRMICAS ESQUEMA P/ EXPLICAÇÃO DOS MECANISMOS DE TROCAS TÉRMICAS SECAS MECANISMOS DE TROCAS TÉRMICAS MECANISMOS DE TROCAS TÉRMICAS SECAS MECANISMOS DE TROCAS TÉRMICAS ÚMIDAS MECANISMOS

Leia mais

9 Massas de Ar e Frentes 9.5 Desenvolvimento e estrutura dos ciclones extratropicais

9 Massas de Ar e Frentes 9.5 Desenvolvimento e estrutura dos ciclones extratropicais Teoria ondulatória dos ciclones Proposta por Bjerknes Limites das massas de ar polar são irregulares, com movimentos ondulatórios, de avanço e retrocesso, sob influência das correntes de jato Os limites

Leia mais

Conceitos Básicos PRESSÃO ATMOSFÉRICA. Pressão Atmosférica

Conceitos Básicos PRESSÃO ATMOSFÉRICA. Pressão Atmosférica AC33F AGROCLIMATOLOGIA PRESSÃO ATMOSFÉRICA PROF. DR. FREDERICO M. C. VIEIRA Pressão Atmosférica Conceitos Básicos Definição: Denomina-sepressãoatmosférica(p)aopesoexercido por uma coluna de ar, com secção

Leia mais

Oceanografia Física. Ciências Geofísicas (estudo da Terra aplicando as leis da Física) Oceanografia (estudo dos Oceanos) Meteorologia e Climatologia

Oceanografia Física. Ciências Geofísicas (estudo da Terra aplicando as leis da Física) Oceanografia (estudo dos Oceanos) Meteorologia e Climatologia Ciências Geofísicas (estudo da Terra aplicando as leis da Física) Geofísica Interna Oceanografia Física Meteorologia e Climatologia Oceanografia (estudo dos Oceanos) Oceanografia Geológica Oceanografia

Leia mais

CONCEITO I) TEMPERATURA E PRESSÃO REGIÕES EQUATORIAIS BAIXA PRESSÃO REGIÕES POLARES AR FRIO MAIS DENSO PESADO ALTA PRESSÃO

CONCEITO I) TEMPERATURA E PRESSÃO REGIÕES EQUATORIAIS BAIXA PRESSÃO REGIÕES POLARES AR FRIO MAIS DENSO PESADO ALTA PRESSÃO PROF. WALDIR Jr CONCEITO I) TEMPERATURA E PRESSÃO REGIÕES EQUATORIAIS AR QUENTE MENOS DENSO LEVE BAIXA PRESSÃO REGIÕES POLARES AR FRIO MAIS DENSO PESADO ALTA PRESSÃO CONCEITO: QUANTIDADE DE

Leia mais

Capítulo 04: A ATMOSFERA TERRESTRE Movimentos atmosféricos

Capítulo 04: A ATMOSFERA TERRESTRE Movimentos atmosféricos Capítulo 04: A ATMOSFERA TERRESTRE Movimentos atmosféricos Os movimentos atmosféricos ocorrem em resposta à diferença de pressão entre duas regiões 1. Movimentos Atmosféricos As diferenças de pressão são

Leia mais

O que é um ciclone/anticiclone?

O que é um ciclone/anticiclone? O que é um ciclone/anticiclone? A figura abaixo mostra linhas de pressão reduzida ao nível do mar em hpa. Questão 1 Localize na própria figura: (0,5) A centro de alta pressão (0,5) B centro de baixa pressão

Leia mais

O que são chuvas? Podemos entender por precipitação como sendo o retorno do vapor d água atmosférica no estado líquido ou sólido à superfície da

O que são chuvas? Podemos entender por precipitação como sendo o retorno do vapor d água atmosférica no estado líquido ou sólido à superfície da O que são chuvas? Podemos entender por precipitação como sendo o retorno do vapor d água atmosférica no estado líquido ou sólido à superfície da terra. Formas de precipitação: chuva, neve, granizo, orvalho

Leia mais

Circulação Geral da Atmosfera

Circulação Geral da Atmosfera Circulação Geral da Atmosfera Grads Abrir o arquivo cga_zcit.nc Verificar o conteúdo do arquivo CGA Plote a altura geopotenciale as linhas de corrente do nível de 1000hPa para o globo inteiro. Identifique

Leia mais

CLIMATOLOGIA I. Prof. TÉRCIO AMBRIZZI, Ph.D. Professor Titular

CLIMATOLOGIA I. Prof. TÉRCIO AMBRIZZI, Ph.D. Professor Titular CLIMATOLOGIA I Prof. TÉRCIO AMBRIZZI, Ph.D. Professor Titular ambrizzi@model.iag.usp.br Departamento de Ciências Atmosféricas Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas Universidade de

Leia mais

Ficha de Apoio Geografia 10º Ano

Ficha de Apoio Geografia 10º Ano Ficha de Apoio Geografia 10º Ano Assunto: Formação de Frentes/ Estados de Tempo Formação de frentes e sua influência nos estados de tempo O território português é influenciado, sobretudo no Inverno, pelas

Leia mais

Troposfera: é a camada que se estende do solo terrestre (nível do mar) até atingir 12 quilômetros de altitude. Conforme a altitude se eleva, a

Troposfera: é a camada que se estende do solo terrestre (nível do mar) até atingir 12 quilômetros de altitude. Conforme a altitude se eleva, a ATMOSFERA A atmosfera é uma camada formada por argônio, hélio, dióxido de carbono, ozônio, vapor de água e, principalmente, por nitrogênio e oxigênio. Essa camada é de fundamental importância para a manutenção

Leia mais

OBS: Os efeitos de atrito, inércia e instabilidade do escoamento podem alterar significativamente este mecanismo.

OBS: Os efeitos de atrito, inércia e instabilidade do escoamento podem alterar significativamente este mecanismo. 2 ESTRUTURA GERAL DA ATMOSFERA Ventos de oeste, ventos de leste e circulação geral Desde a época dos grandes navegadores sabe-se que em baixos níveis ocorre a predominância de ventos de oeste nas latitudes

Leia mais

Extensa porção da atmosfera com as mesmas características de temperatura e humidade. Uma massa de ar podede ser fria ou quente, seca ou húmida.

Extensa porção da atmosfera com as mesmas características de temperatura e humidade. Uma massa de ar podede ser fria ou quente, seca ou húmida. Extensa porção da atmosfera com as mesmas características de temperatura e humidade. Uma massa de ar podede ser fria ou quente, seca ou húmida. TIPOS DE CHUVAS Chuvas Convectivas Ocorrem pela ascensão

Leia mais

Temperatura Pressão atmosférica Umidade

Temperatura Pressão atmosférica Umidade O CLIMA Elementos do clima Temperatura Pressão atmosférica Umidade São responsáveis por caracterizar os climas. TEMPERATURA Corresponde à quantidade de calor. Pressão atmosférica Força que o peso do ar

Leia mais

Recursos hídricos. Especificidade do clima português

Recursos hídricos. Especificidade do clima português Recursos hídricos Especificidade do clima português Recurso insubstituível e suporte de Vida A água é fundamental para os sistemas naturais, para a vida humana e para as atividades económicas. O Tejo,

Leia mais

ATMOSFERA TEPERATURA, PRESSÃO E DENSIDADE EM FUNÇÃO DA ALTITUDE

ATMOSFERA TEPERATURA, PRESSÃO E DENSIDADE EM FUNÇÃO DA ALTITUDE ATMOSFERA TEPERATURA, PRESSÃO E DENSIDADE EM FUNÇÃO DA ALTITUDE . 2 Variação da Temperatura e Estrutura Regiões de transição as pausas Nomenclatura introduzida na década de 1950 baseia-se no perfil de

Leia mais

Última aula: Radiação solar e terrestre Hoje: Variação Sazonal e Diurna da Temperatura Próxima aula: Vapor d água/nuvens/estabilidade vertical

Última aula: Radiação solar e terrestre Hoje: Variação Sazonal e Diurna da Temperatura Próxima aula: Vapor d água/nuvens/estabilidade vertical Última aula: Radiação solar e terrestre Hoje: Variação Sazonal e Diurna da Temperatura Próxima aula: Vapor d água/nuvens/estabilidade vertical A órbita da Terra em torno do Sol não é circular: em janeiro

Leia mais

CIRCULAÇÃO DE HADLEY

CIRCULAÇÃO DE HADLEY CIRCULAÇÃO DE HADLEY Características Gerais 2 Células: Movimento ascendente próximo ao equador Escoamento para os polos em aproximadamente 10-15 km Movimento descendente sobre os subtrópicos Escoamento

Leia mais

Estado do Tempo e Clima

Estado do Tempo e Clima Estado do Tempo e Clima Estado do tempo Estado do tempo Expressão do comportamento momentâneo da atmosfera sobre um determinado lugar. É na atmosfera, mais precisamente na sua camada inferior, designada

Leia mais

DINÂMICA DO OCEANO NAS REGIÕES COSTEIRAS

DINÂMICA DO OCEANO NAS REGIÕES COSTEIRAS DINÂMICA DO OCEANO NAS REGIÕES COSTEIRAS INFLUÊNCIA DO VENTO NA CIRCULAÇÃO COSTEIRA A Tensão do Vento é a força de atrito, por unidade de área, causada pela acção do vento na superfície do mar, paralelamente

Leia mais

Debate: Aquecimento Global

Debate: Aquecimento Global CLIMA Debate: Aquecimento Global Aquecimento Resfriamento Ação Natural Ação antrópica (Homem) MOVIMENTO DE TRANSLAÇÃO magnetosfera (escudo formado pelo campo magnético da terra) desvia as partículas

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA CENTRO DE CIÊNCIAS NATURAIS E EXTAS CURSO DE GRADUAÇÃO EM GEOGRAFIA Disciplina: Climatologia Geográfica I

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA CENTRO DE CIÊNCIAS NATURAIS E EXTAS CURSO DE GRADUAÇÃO EM GEOGRAFIA Disciplina: Climatologia Geográfica I UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA CENTRO DE CIÊNCIAS NATURAIS E EXTAS CURSO DE GRADUAÇÃO EM GEOGRAFIA Disciplina: Climatologia Geográfica I Unidade III Pressão e movimentos atmosféricos Patricia M. P.

Leia mais

Estrutura geral da atmosfera. Ventos de oeste, ventos de leste e circulação geral

Estrutura geral da atmosfera. Ventos de oeste, ventos de leste e circulação geral Universidade de São Paulo USP Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas IAG Departamento de Ciências Atmosféricas ACA Meteorologia Sinótica Estrutura geral da atmosfera Ventos de oeste,

Leia mais

Meteorologia. Nuno Gomes

Meteorologia. Nuno Gomes Meteorologia Nuno Gomes 2004 Motivação para a Meteorologia Segurança Possível alteração das condições Previsão de desenvolvimentos verticais Evitar voo em local errado relativamente á direcção do vento

Leia mais

Unidade IV (capítulo 6 do livro texto)

Unidade IV (capítulo 6 do livro texto) Pressão atmosférica e ventos Unidade IV (capítulo 6 do livro texto) Pressão atmosférica e ventos Por que o vento existe? Por que toma determinadas direções? Pressão atmosférica e ventos O que acontece

Leia mais

Agrupamento de Escolas Santa Catarina EBSARC 10º ANO 2015/2016 GEOGRAFIA A FRENTES FRIAS E QUENTES, TIPOS DE PRECIPITAÇÃO

Agrupamento de Escolas Santa Catarina EBSARC 10º ANO 2015/2016 GEOGRAFIA A FRENTES FRIAS E QUENTES, TIPOS DE PRECIPITAÇÃO Agrupamento de Escolas Santa Catarina EBSARC 10º ANO 2015/2016 GEOGRAFIA A FRENTES FRIAS E QUENTES, TIPOS DE PRECIPITAÇÃO FORMAÇÃO DE FRENTES FRIAS E QUENTES 2 FORMAÇÃO DE FRENTES FRIAS E QUENTES Formação

Leia mais

Mistura de três massas de água

Mistura de três massas de água Mistura de três massas de água Perfís de temperatura Perfís de salinidade Diagramas T-S Profundidade (m) Profundidade (m) Profundidade (m) Profundidade (m) Profundidade (m) Profundidade (m) núcleo núcleo

Leia mais

VENTO. Atividade: Desenhar a rosa dos ventos com 16 direções (colocar as siglas dos pontos cardeais, colaterais e subcolaterais).

VENTO. Atividade: Desenhar a rosa dos ventos com 16 direções (colocar as siglas dos pontos cardeais, colaterais e subcolaterais). VENTO O vento consiste na circulação, no movimento da atmosfera. Em meteorologia, costuma-se dividir o vento em suas duas componentes: Horizontal Vertical A intensidade da componente horizontal do vento

Leia mais

EXERCÍCIOS FÍSICA 10. e problemas Exames Testes intermédios Professor Luís Gonçalves

EXERCÍCIOS FÍSICA 10. e problemas Exames Testes intermédios Professor Luís Gonçalves FÍSICA 10 EXERCÍCIOS e problemas Exames 2006 2007 2008 2009 2010 2011 Testes intermédios 2008 2009 2010 2011 Escola Técnica Liceal Salesiana do Estoril Professor Luís Gonçalves 2 3 Unidade 1 Do Sol ao

Leia mais

ATIVIDADE AVALIATIVA

ATIVIDADE AVALIATIVA Climatologia 2. Atmosfera Terrestre ATIVIDADE AVALIATIVA Valor: 1,0 Tempo para responder: 15min 1) Qual a importância da concentração dos gases que compõe a atmosfera terrestre, em termos físicos e biológicos?

Leia mais

Física e Química da Atmosfera

Física e Química da Atmosfera Física e Química da Atmosfera Bloco de Química da Atmosfera Exame de 27 de Junho de 2005 1. alcule a temperatura efectiva da Terra. Explique, em pormenor, por que razão a temperatura média à superfície

Leia mais

1. FATORES CLIMÁTICOS

1. FATORES CLIMÁTICOS Capítulo Elementos de Hidrometeorologia 3 1. FATORES CLIMÁTICOS A hidrologia de uma região depende principalmente de seu clima e secundariamente de sua topografia e geologia. A topografia influencia a

Leia mais

AULA 1. - O tempo de determinada localidade, que esta sempre mudando, é compreendido dos elementos:

AULA 1. - O tempo de determinada localidade, que esta sempre mudando, é compreendido dos elementos: AULA 1 1 - Definição de tempo e clima - Quando falamos de tempo meteorológico estamos falando sobre as condições da atmosfera em um determinado local e um tempo específico. - O tempo de determinada localidade,

Leia mais

Fenómenos de condensação

Fenómenos de condensação Fenómenos de condensação Quando o ar atmosférico atinge a saturação, o vapor de água em excesso condensa-se, o que se traduz pela formação de nuvens, constituídas por pequenas gotículas de água ou cristais

Leia mais

CLIMAS DO BRASIL Profº Gustavo Silva de Souza

CLIMAS DO BRASIL Profº Gustavo Silva de Souza CLIMAS DO BRASIL Profº Gustavo Silva de Souza CLIMA BRASIL: tipos climáticos 1 Equatorial 2 Tropical 3 Tropical de Altitude 4 Tropical Atlântico/Úmido 5 Semi-Árido 6- Subtropical -Inverno rigoroso - chuvas

Leia mais

MASSAS de AR FRENTES CICLONES EXTRA-TROPICAIS

MASSAS de AR FRENTES CICLONES EXTRA-TROPICAIS MASSAS de AR FRENTES CICLONES EXTRA-TROPICAIS Sistemas de grande escala (escala sinótica): afetam grandes regiões (ex., parte de um continente) longa duração (de um a vários de dias) Alta previsibilidade

Leia mais

MEIO AMBIENTE E CIÊNCIAS ATMOSFÉRICAS. 2. MOVIMENTOS NA ATMOSFERA Autor da aula Autor da aula ÍNDICE

MEIO AMBIENTE E CIÊNCIAS ATMOSFÉRICAS. 2. MOVIMENTOS NA ATMOSFERA Autor da aula Autor da aula ÍNDICE MEIO AMBIENTE E CIÊNCIAS ATMOSFÉRICAS 2. MOVIMENTOS NA ATMOSFERA Autor da aula Autor da aula ÍNDICE INTRODUÇÃO RESUMO COMPETÊNCIAS PALAVRAS-CHAVE 2.1. MOVIMENTOS NA ATMOSFERA 2.1.1. Definição de pressão

Leia mais

MASSAS DE AR. Uma massa de ar pode ser identificado por diversos fatores, como sejam:

MASSAS DE AR. Uma massa de ar pode ser identificado por diversos fatores, como sejam: Página 1 MASSAS DE AR Massa de ar é um grande volume da atmosfera com características termodinâmicas uniformes. Como as condições de temperatura e humidade de uma massa de ar são uniformes, o tempo associado

Leia mais

Climatologia e meteorologia

Climatologia e meteorologia Climatologia e meteorologia 1. Introdução A climatologia é a ciência que se ocupa do estudo dos climas. Os estudos climatológicos referem-se, de uma maneira geral, a territórios mais ou menos vastos e

Leia mais

Figura 1. Aquecimento diferenciado entre equador e pólos. Fonte:

Figura 1. Aquecimento diferenciado entre equador e pólos. Fonte: Disciplina: ACA0223 (Climatologia 1) Elaborado por: Gyrlene A. M. da Silva (gyrlene@model.iag.usp.br) Departamento de Ciências Atmosféricas, IAG/USP, São Paulo, Brasil Circulação Geral da Atmosfera A circulação

Leia mais

CEC- Centro Educacional Cianorte ELEMENTOS CLIMÁTICOS

CEC- Centro Educacional Cianorte ELEMENTOS CLIMÁTICOS CEC- Centro Educacional Cianorte ELEMENTOS CLIMÁTICOS PROFESSOR: JOÃO CLÁUDIO ALCANTARA DOS SANTOS A atmosfera A atmosfera constitui uma transição gradual entre o ambiente em que vivemos e o restante do

Leia mais

Módulo 20. Fatores do clima Prof. Lucas Guide 1º ano EM

Módulo 20. Fatores do clima Prof. Lucas Guide 1º ano EM Módulo 20 Fatores do clima Prof. Lucas Guide 1º ano EM O que são fatores do clima? Os fatores climáticos são elementos naturais ou não que exercem influência sobre o clima de uma determinada região. Um

Leia mais

UNIDADE 4. TRANSFERÊNCIA DE ENERGIA NO SISTEMA ATMOSFERA- OCEANO. Conteúdo

UNIDADE 4. TRANSFERÊNCIA DE ENERGIA NO SISTEMA ATMOSFERA- OCEANO. Conteúdo UNIDADE 4. TRANSFERÊNCIA DE ENERGIA NO SISTEMA ATMOSFERA- OCEANO Conteúdo 4.1 POR QUE A ATMOSFERA E O OCEANO SE MOVEM CONTINUAMENTE?... 2 4.2 BALANÇO DE CALOR DO OCEANO E ATMOSFERA... 4 4.3 BALANÇO DE

Leia mais

1. INTRODUÇÃO 2. UMIDADE

1. INTRODUÇÃO 2. UMIDADE Elementos de Hidrometeorologia Capítulo 3 1. INTRODUÇÃO A hidrologia de uma região depende principalmente de seu clima e secundariamente de sua topografia e geologia. A topografia influencia a precipitação,

Leia mais

Definição. é uma ciência que estuda o. tempo atmosférico e suas variações ao longo do. dia, sendo também conhecido como

Definição. é uma ciência que estuda o. tempo atmosférico e suas variações ao longo do. dia, sendo também conhecido como Definição A é uma ciência que estuda o tempo atmosférico e suas variações ao longo do dia, sendo também conhecido como. A meteorologia vem, portanto a se dedicar ao estudo das variações do tempo atmosférico

Leia mais

Tema 3 - Aquecimento diferencial e os seus efeitos na circulação atmosférica

Tema 3 - Aquecimento diferencial e os seus efeitos na circulação atmosférica Tema 3 - Aquecimento diferencial e os seus efeitos na circulação atmosférica Lembra do cálculo do: cisalhamento vertical do vento; Vento térmico 1 nó = 1,8 km/h 1 nó = 0.5 m/s Pela manha de madrugada 1

Leia mais

Laboratório de física da terra e do universo

Laboratório de física da terra e do universo 1400110 Laboratório de física da terra e do universo Aula 8 Forças e Ventos VENTO O vento consiste na circulação, no movimento da atmosfera. Em meteorologia, costuma-se dividir o vento em suas duas componentes:

Leia mais

Introdução a Ciências Atmosféricas. Os Movimentos da Atmosfera. por Profa. Jacyra Soares e Prof. Carlos Morales (revisado por Augusto Pereira)

Introdução a Ciências Atmosféricas. Os Movimentos da Atmosfera. por Profa. Jacyra Soares e Prof. Carlos Morales (revisado por Augusto Pereira) ACA-115 Introdução a Ciências Atmosféricas Os Movimentos da Atmosfera por Profa. Jacyra Soares e Prof. Carlos Morales (revisado por Augusto Pereira) Conteúdo 1.Escala dos movimentos atmosféricos e principais

Leia mais

A atmosfera é uma massa de ar gasosa que envolve o globo terrestre. Sua composição se divide em:

A atmosfera é uma massa de ar gasosa que envolve o globo terrestre. Sua composição se divide em: Meteorologia Introdução Meteorologia é a ciência que estuda a atmosfera, seus fenômenos e atividades. Ela é importante na aviação para proporcionar segurança e economia aos vôos. Atmosfera Terrestre A

Leia mais

AGROMETEOROLOGIA UNIDADE

AGROMETEOROLOGIA UNIDADE AGROMETEOROLOGIA UNIDADE 1 Aula 4 MOVIMENTOS ATMOSFÉRICOS Profª. Andréa Scaramal Menoncin Movimentos Atmosféricos Diferença de pressão entre duas regiões Movimentos Atmosféricos Diferença de pressão entre

Leia mais

Elementos e fatores climáticos

Elementos e fatores climáticos Elementos e fatores climáticos Debate atual: Aquecimento Global Aquecimento Resfriamento Ação Natural Ação antrópica (Homem) Terra: localização e proporção de tamanho A camada de ozônio é uma espécie

Leia mais

Física I. Aula 05 Forças e Movimentos IV 2010/2011. Movimento Circular

Física I. Aula 05 Forças e Movimentos IV 2010/2011. Movimento Circular Física I 2010/2011 Aula 05 Forças e Movimentos IV Movimento Circular Sumário Movimento circular Movimento circular uniforme Movimento relativo a uma dimensão Movimento relativo a duas dimensões Física

Leia mais

Aulas Multimídias Santa Cecília Profº Rafael Rodrigues Disciplina: Física Série: 1º Ano EM

Aulas Multimídias Santa Cecília Profº Rafael Rodrigues Disciplina: Física Série: 1º Ano EM Aulas Multimídias Santa Cecília Profº Rafael Rodrigues Disciplina: Física Série: 1º Ano EM CALORIMETRIA TEMPERATURA Todo corpo que esteja a uma temperatura acima do zero absoluto é constituído de partículas

Leia mais

Clima: seus elementos e fatores de influência. Professor Fernando Rocha

Clima: seus elementos e fatores de influência. Professor Fernando Rocha Clima: seus elementos e fatores de influência Professor Fernando Rocha O que é Clima? Definições Não confundir Tempo e Clima Tempo (meteorológico): são condições atmosféricas de um determinado lugar em

Leia mais

ATMOSFERA é o nome dado à camada gasosa que envolve os planetas. No caso da atmosfera terrestre ela é composta por

ATMOSFERA é o nome dado à camada gasosa que envolve os planetas. No caso da atmosfera terrestre ela é composta por ATMOSFERA é o nome dado à camada gasosa que envolve os planetas. No caso da atmosfera terrestre ela é composta por inúmeros gases que ficam retidos por causa da força da gravidade e do campo magnético

Leia mais

Mecanismos de transferência de calor. Anjo Albuquerque

Mecanismos de transferência de calor. Anjo Albuquerque Mecanismos de transferência de calor 1 Mecanismos de transferência de calor Quando aquecemos uma cafeteira de alumínio com água ao lume toda a cafeteira e toda a água ficam quentes passado algum tempo.

Leia mais

PROFº CLAUDIO F. GALDINO - GEOGRAFIA

PROFº CLAUDIO F. GALDINO - GEOGRAFIA PROFº CLAUDIO F. GALDINO - GEOGRAFIA AQUELA QUE TRAZ EMOÇÃO. PARA VOCÊ E SEU IRMÃO!!!A Oferecimento Fábrica de Camisas Grande Negão CLIMA E TEMPO SÃO IGUAIS? Clima: é a sucessão habitual dos tipos de tempo

Leia mais

Colégio Santa Dorotéia

Colégio Santa Dorotéia Colégio Santa Dorotéia Área de Ciências Humanas Disciplina: Geografia Ano: 6º Ensino Fundamental Professor: Bento Geografia Atividades para Estudos Autônomos Data: 9 / 10 / 2018 Aluno(a): Nº: Turma: ESTUDS

Leia mais

Climatologia-I (Climat. Física) Profs. Ricardo Hallak e Humberto Rocha. Capítulo 7 Ventos e Sistemas de Pressão

Climatologia-I (Climat. Física) Profs. Ricardo Hallak e Humberto Rocha. Capítulo 7 Ventos e Sistemas de Pressão Climatologia-I (Climat. Física) 2012 Profs. Ricardo Hallak e Humberto Rocha Capítulo 7 Ventos e Sistemas de Pressão 3.1 Definições Os ventos resultam basicamente do movimento das massas de ar, somado ao

Leia mais

O OCEANO - SISTEMA FÍSICO E RESERVATÓRIO DE ENERGIA. A Terra no Espaço

O OCEANO - SISTEMA FÍSICO E RESERVATÓRIO DE ENERGIA. A Terra no Espaço O OCEANO - SISTEMA FÍSICO E RESERVATÓRIO DE ENERGIA A Terra no Espaço " # $ & ' ( & * + # $! & ) 0/!. $ % $ 1 2! 3 % 2. / ', % # % $ 4 $ $ # 2 & 2 &! A Terra no Espaço O OCEANO - UM RESERVATÓRIO DE ENERGIA

Leia mais

Temperatura, calor e processos de transmissão de calor

Temperatura, calor e processos de transmissão de calor REVISÃO ENEM Temperatura, calor e processos de transmissão de calor TEMPERATURA Temperatura é a grandeza física escalar que nos permite avaliar o grau de agitação das moléculas. Quanto maior for o grau

Leia mais

CLIMATOLOGIA GEOGRÁFICA Prof ª Gustavo Silva de Souza

CLIMATOLOGIA GEOGRÁFICA Prof ª Gustavo Silva de Souza CLIMATOLOGIA GEOGRÁFICA Prof ª Gustavo Silva de Souza CLIMATOLOGIA GEOGRÁFICA O CONCEITO DE CLIMA Para compreender o clima de um determinado local, é preciso estudar os diversos tipos de tempo que costumam

Leia mais

4. Movimentos Atmosféricos

4. Movimentos Atmosféricos 4. Movimentos Atmosféricos Vento é o ar em movimento sobre a superfície da Terra. Ele move-se em um espectro de vórtices que variam na escala de turbulência visível na fumaça de cigarros até movimentos

Leia mais

ATIVIDADE ON-LINE DISCIPLINA: Redação. PROFESSOR: Dinário Série: 1ª Série Ensino Médio Atividade para dia: / /2017

ATIVIDADE ON-LINE DISCIPLINA: Redação. PROFESSOR: Dinário Série: 1ª Série Ensino Médio Atividade para dia: / /2017 1) Observe a imagem a seguir: Vista do Monte Everest O fator determinante para o clima da área retratada pela imagem é: a) a latitude. b) a continentalidade. c) as massas de ar. d) o albedo. e) a altitude.

Leia mais

Água Precipitável Elsa Vieira Mafalda Morais Rita Soares 31157

Água Precipitável Elsa Vieira Mafalda Morais Rita Soares 31157 Universidade de Aveiro Departamento de Física Dinâmica do clima Água Precipitável Elsa Vieira 26297 Mafalda Morais 31326 Rita Soares 31157 Introdução O vapor de água presente na atmosfera da Terra desempenha

Leia mais

METEOROLOGIA CAPÍTULOS

METEOROLOGIA CAPÍTULOS METEOROLOGIA Objetivo geral Proporcionar ao aluno conhecimentos para interpretar boletins meteorológicos, cartas sinóticas e imagens de satélites meteorológicos, confeccionar mensagem SHIP. Vinicius Oliveira

Leia mais

Tipos de Chuvas. Chuvas Orográficas: é quando as massas de ar são barradas pela ocorrência do relevo(planaltos ou montanhas).

Tipos de Chuvas. Chuvas Orográficas: é quando as massas de ar são barradas pela ocorrência do relevo(planaltos ou montanhas). CLIMAS DO MUNDO ;;. V jlóyufrdcdf Latitude Tipos de Chuvas Chuvas Orográficas: é quando as massas de ar são barradas pela ocorrência do relevo(planaltos ou montanhas). Chuvas Frontais: é resultado do encontro

Leia mais

COLÉGIO BATISTA ÁGAPE CLIMA E VEGETAÇÃO 3 BIMESTRE PROFA. GABRIELA COUTO

COLÉGIO BATISTA ÁGAPE CLIMA E VEGETAÇÃO 3 BIMESTRE PROFA. GABRIELA COUTO COLÉGIO BATISTA ÁGAPE CLIMA E VEGETAÇÃO 3 BIMESTRE PROFA. GABRIELA COUTO DIFERANÇA ENTRE CLIMA E TEMPO: - CLIMA: HÁ OBSERVAÇÃO E REGISTRO DE ATIVIDADE ATMOSFÉRICA DURANTE UM LONGO PERÍODO. AS CARACTERÍSTICAS

Leia mais

Camadas da Atmosfera (características físico químicas)

Camadas da Atmosfera (características físico químicas) Camadas da Atmosfera (características físico químicas) Gradiente médio negativo temperatura aumenta conforme aumenta a altitude. Gradiente médio positivo temperatura diminui conforme aumenta a altitude.

Leia mais