Vida digital: signo e pensamento. Palavras-Chave: Signo; Semiótica; Semiose; Comunicação; Virtual.

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1 Vida digital: signo e pensamento Saulo Adriano dos Santos 1 Adenil Alfeu Domingos 2 Resumo: A comunicação é, fundamentalmente, pensamento partilhado entre mentes, só se realiza pelo signo como representação daquilo que representa e com o qual mantém relação de causa e efeito. Como duas representações distintas, uma digital e outra virtual, remetem ao mesmo objeto? Peirce desenvolve em sua lógica pragmática o conceito de semiose, que é geração de signos novos a partir de combinatórias no intelecto do signo abduzido na percepção do objeto dinâmico, fenômeno que possibilita entender como signos diferentes se relacionam e se ligam ao mesmo objeto. Na mente, o objeto dinâmico é convertido em objeto imediato, por meio do signo, e potencializa a irredutível relação do signo com outros signos. Isso ajuda a explicar como o signo atua na comunicação. Neste caso, a comunicação pelo signo virtualizado como decorrência do signo digital icônico, semelhante com o objeto gerador do mesmo. Palavras-Chave: Signo; Semiótica; Semiose; Comunicação; Virtual. Introdução O século das comunicações, construído a partir da parafernália tecnológica antevista por McLuhan, com os meios atuando cada vez mais como extensões dos sentidos humanos, é a nossa realidade atual. Cada vez mais, a compatibilidade entre os meios e as tecnologias possibilita amplificar as inumeráveis formas de comunicar algo, ampliando a potencialidade de representação dos objetos do mundo físico pelo signo ao ponto de o signo parecer perder seu referencial com o mundo concreto. Chegamos ao estágio de representar o representado, de convivermos habitualmente com o signo decorrente das infinitas modificações do próprio signo. Tal fenômeno resulta da pluralidade de meios, formatos e suportes de comunicação que manipulam com destreza o signo, enquanto representação de objetos do mundo. Embora complexo, esse fenômeno é perfeitamente inteligível e não surpreende o comunicólogo ou o estudioso da comunicação familiarizado com a teoria semiótica de Charles Sanders Peirce ( ). Para esse 1 Jornalista e mestrando do programa de Pós-Graduação em Comunicação da Faculdade de Arquitetura, Artes e Comunicação/Unesp-Bauru, saulo_adriano@itelefonica.com.br 2 Adenil Alfeu Domingos, professor de curso de Pós-Graduação em Comunicação da FAAC-Unesp / Bauru, adenil@faac.unesp.br.

2 semioticista norte-americano, o processo da semiose 3 explica com propriedade e clareza a transformação do signo no pensamento humano ou não-humano. Pela imbricação que lhes é própria, tanto o signo quanto o pensamento estão em sentido evolutivo e, em uníssono, tendendo para o infinito da representação lógica. No sentido retroativo, ambos (signo e pensamento) convergem para o objeto dinâmico, existente no mundo exterior, que gerou o signo primeiro. Temos, com isso, que reconhecer a validade da explicação pela semiótica - enquanto doutrina dos signos como ciência que contribui para a clara compreensão da estrutura fundamental dos fenômenos comunicacionais e, principalmente, da semiose. Isto é, porque com método se debruça sobre o signo (e, por extensão, sobre o pensamento) e entende que nele reside a unidade mínima mediadora do ato comunicativo entre mentes distintas, mas em interação. O ato comunicacional será analisado neste artigo considerando a comunicação entre seres humanos. Ressaltamos, porém, à guisa do modelo peirceano, que entendemos comunicação não como particularidade da mente humana, mas como propriedade de tudo que existe no universo e que, de alguma forma, estabelece momentos de interação com outros existentes do mundo. Em resumo, o mundo pensa e com pensamento pode se comunicar através do emprego de signos. Temos aqui o aspecto de base para o nosso argumento: o pensamento está na estrutura profunda da comunicação e o signo reside na estrutura profunda do pensamento. A lógica peirceana Peirce escreve em Como tornar as nossas idéias claras (CP , W , EP ) que a ação do pensamento é excitada pela irritação da dúvida, e que cessa quando se atinge a crença 4 ; de modo que a produção da crença é a única função do pensamento. No mesmo artigo, mais adiante, Peirce anota que: Alguns elementos (as sensações) estão completamente presentes em cada instante enquanto durarem, ao passo que outras (como o pensamento) são ações que têm começo, meio e fim, e consistem numa congruência na sucessão de sensações que passam pela mente. Não podem ser-nos imediatamente presentes, antes têm que cobrir certa porção do passado e do futuro. 3 Peirce desenvolve o conceito de semiose em PEIRCE, C.S. Semiótica e Filosofia, Cultrix, São Paulo: Em resumo, podemos considerar a semiose como a irredutível geração de signo novo a partir da combinação dos signos presentes em determinada mente. 4 Peirce desenvolve os conceitos de hábito e crença em A fixação da crença. Em resumo, podemos considerar crença como a acomodação do pensamento em uma verdade inquestionável para aquela mente. A mente científica está em permanente questionamento de seus hábitos.

3 Podemos extrair dessas duas afirmações de Peirce que o pensamento tem lugar no espaço e ocupa tempo, ainda que seja um tempo infinitesimal ou imensurável, e que demanda certa energia para seu processamento. Temos também que o pensamento tem um objetivo, levar a mente da dúvida à crença. Crença, no sentido peirceano, é a acomodação do pensamento em uma etapa posterior ao seu início, dando forma a uma regra. Podemos inferir, então, que a crença seria o estágio da conclusão de um dado pensamento suscitado por uma determinada dúvida. Outra fundamental contribuição da lógica peirceana é a definição de signo. Das múltiplas e complementares definições de signo dadas pelo próprio Peirce, a mais esclarecedora para este artigo é a de que um signo é qualquer coisa que determina qualquer outra coisa (seu interpretante) a se referir a um objeto ao qual ele mesmo se refere (seu objeto) do mesmo modo, se tornando por sua vez um signo, e assim por diante, ad infinitum (QUEIROZ, 2004, p.48). Peirce ainda sentencia, em seu artigo O que é um signo (MS404, CP2.281, 285, , EP2.4-10), que não consegue conceber um pensamento que não seja mediado pelo signo e anota que todo pensamento é interpretação de signos de algum tipo. Nos encontramos aqui, nas palavras de Peirce, com o ponto de convergência entre signo e pensamento que nos permite afirmar que a comunicação entre duas mentes só se dá através do pensamento e que o pensamento tanto em uma quanto na outra mente é mediado pelo signo. Temos também que o signo não está na mensagem comunicada como parte daquilo que se comunica, mas faz-se presente como veículo de fruição daquilo que se comunica. O signo é, por assim comparar, o código genético da comunicação. A lógica criada pelo norte-americano Charles Sanders Peirce entre o final do século XIX e início do século XX é uma ciência de caráter geral, que pode ser prescrita aos diversos ramos do pensamento científico. Ao aplicarmos a lógica de Peirce ao campo da comunicação, temos na semiótica peirceana ferramenta eficaz para compreender o processo comunicacional humano e não-humano, verbal e não-verbal. É relevante compreender o signo como algo que extrapola o conceito de palavra, que é signo lingüístico. O signo em si é maior que a representação por palavras, posto que palavra é apenas um tipo entre os muitos tipos de signos possíveis de serem criados, processados e interpretados por uma determinada mente. Essa é uma diferenciação importante entre semiótica (enquanto ciência geral do signo) e a semiologia (que se debruça sobre o signo lingüístico e suas significações). Isso nos revela que a palavra (signo lingüístico) é

4 insuficiente para referenciar o todo do objeto dinâmico, pois, como dissemos, ela é mais um tipo de signo possível do mesmo objeto. Aliás, um signo facista, como assegurava Roland Barthes. Para ele, a língua está a serviço da linguagem e não é, nem reacionária e nem progressista, mas é facista. Barthes afirma categoricamente que a palavra, assim como o facismo, não impede de dizer, mas obriga a dizer. Ainda conforme Barthes, assim que a palavra é proferida, mesmo que na intimidade mais profunda do sujeito, está a serviço de um poder. A semiótica, para Peirce, é sinônimo de lógica. Portanto, o pensamento semiótico é o pensamento que persegue um percurso lógico de raciocínio. Retornando ao signo, este é interiorizado na mente que o interpreta pela percepção/cognição. Sem mente que o interprete não há signo e o signo só é um existente se representar seu objeto. Temos na percepção visual uma das formas de abdução do signo, talvez a mais desenvolvida neste momento histórico da evolução humana em razão da hiper-estimulação do olhar pelos meios de comunicação na atualidade. Mas nem sempre foi assim e, mesmo na atualidade, nem sempre é necessariamente dessa forma que o signo é captado pela mente. O signo também é interiorizado por qualquer outro dos aparelhos sensores, seja tátil, gustativo, auditivo, olfativo ou térmico, por exemplo. Para Peirce, tudo que pode ser percebido de alguma forma se converte em signo na mente. E uma vez captado pelos sentidos, o signo percebido não se acomoda como mais um dado na memória, mas se traduz em dúvida que excita o pensamento em busca da crença. A inquietude do pensamento força o dado novo (signo percebido ainda em primeiridade 5 ) a combinar-se com outros signos existentes na mente em secundidade, a fim de levar o pensamento ao hábito e depois à crença, que é terceiridade. É, como descrevemos antes, o processo irredutível da semiose em ação. Essas observações feitas até aqui nos levam um passo adiante, a do objeto como parte inerente do signo. O objeto no mundo Todo existente no mundo (incluindo pensamentos, signos, abstrações e até o próprio mundo) é um objeto dinâmico e ao mesmo tempo um existente e um potencial signo. Potencial porque, para ser signo, é necessário que uma mente o perceba ainda que em primeiridade ou em condição de mera sensibilidade, sem qualquer traço palpável de 5 Peirce desenvolve o conceito das categorias universais de primeiridade, secundidade e terceiridade em PEIRCE, C.S., Escritos coligidos, Coleção Os Pensadores Abril Cultural. São Paulo: Em resumo, podemos considerar primeiridade como a forma menos lógica de percepção do signo, mais ligada ao sensório que ao racional. A secundidade toma o signo como contíguo ao objeto e a terceiridade, o signo como lei.

5 racionalidade lógica. Para Peirce, existente é um real, mesmo quando em estado de dúvida, ou seja, em estado abdutivo. O objeto dinâmico é que vai desencadear o pensamento, porque como um existente ele é capaz de estimular os órgãos de sentido, provocando na mente que o percebe a criação do objeto imediato. O objeto imediato atua como impregnação mental do objeto dinâmico, com o qual guarda irrevogável relação de causa e efeito. Semioticamente pensando, objeto dinâmico e objeto imediato mantêm relação indissociável. Como fenômeno mental, o objeto imediato é parte integrante do signo, de cuja relação objeto-signo resulta o interpretante do signo, compondo a relação triádica signo-objeto-interpretante desenvolvida na lógica do pensamento de Peirce. Sobre isso, Peirce também vai dizer nada está no intelecto que primeiro não tenha estado nos sentidos. Ou seja, nenhuma idéia ou pensamento de qualquer tipo pode ocupar espaço em uma mente (humana ou não-humana) sem que antes tenha passado por algum tipo de processo perceptivo que o interiorizasse nessa mente. Isso comprova, como dissemos à luz da semiótica, que a percepção é a porta de entrada para todo pensamento e todo conhecimento produzido ao longo da existência do mundo. Também nos permite deduzir que não existe mente criadora, mas apenas mente que processa signos novos a partir de relações feitas entre signos anteriormente abduzidos. A partir do que já foi exposto sobre pensamento, signo e comunicação, podemos afirmar que os meios de comunicação trabalham essencialmente com signos para comunicar pensamentos. Vejamos, conforme a pragmática 6 de Peirce, como essa afirmação se sustenta. Para tal teste de comprovação tomamos como corpus o texto Novos olhares: vida digital. Trata-se de vídeo exibido em canal aberto pela Rede Globo de Televisão, no programa Fantástico do dia 11 de março de O vídeo também está disponível no endereço eletrônico O vídeo combina trechos em que as imagens seguem os padrões normais do meio televisivo convencional com imagens sobre as quais são aplicados efeitos visuais que simulam o signo virtual típico dos jogos eletrônicos, largamente utilizados em videogames e computadores, especialmente pelo público jovem, conforme as figuras 1 e 2. 6 Peirce desenvolve o conceito de pragmatismo em Como tornar as nossas idéias claras. Em resumo, podemos considerar pragmática como a submissão de determinada hipótese ao teste que confirme ou refute sua tese. Pragmatismo também pode ser entendido como empirismo.

6 Figura 1: Imagem virtualizada de Steven Johnson Figura 2: Imagem digitalizada de Steven Johnson Nos frames entre 1min55s e 1min59s ocorre uma das várias transposições da imagem com filtro de signo virtual para a imagem convencional televisiva ou vice-versa. A transposição ou sobreposição das imagens expõe claramente o vínculo semiósico entre um signo primeiro que gerou o signo segundo. Temos que o signo virtualizado pelos efeitos especiais configura-se como signo do signo digital, ou seja, que se trata de uma representação daquilo que já representa outra coisa. Como se explica isso pela ótica da semiótica peirceana? Primeiro, temos que a imagem exibida pela televisão já se configura em uma representação. A figura 2 é signo de um existente do mundo, na medida em que o que vemos na tela da televisão não é a pessoa física do personagem entrevistado pelo Fantástico (o objeto dinâmico existente no mundo natural), mas é a imagem do personagem representada na forma digitaltelevisiva, captada pelas tecnologias que dão suporte para a linguagem televisiva. Tratase de um signo icônico que foi transportado para o mundo das representações próprio da televisão. É signo porque a imagem na televisão está no lugar do objeto e pela qual, o telespectador não pensa na imagem como representação por meio eletrônico de um

7 existente do mundo, mas pensa diretamente no objeto como existente do mundo natural, sem o qual a representação não poderia existir. O segundo signo, a figura 1, é a imagem estilizada para o padrão dos vídeo-jogos. Só pode existir enquanto signo porque deriva da existência da imagem televisiva. Nesta segunda situação, a imagem digital se converteu em objeto dinâmico (isto é, um existente no mundo) e assim possibilitou sua representação sígnica em um signo novo, o signo virtual. Outro conceito que se faz necessário neste ponto é o de que o signo não é estanque, mas está em permanente movimento na mente que o articula em pensamento. Adentramos nesse aspecto da teoria semiótica para chegarmos, mais adiante, na idéia de diagrama como elemento que mantém o vínculo entre a imagem virtual e a digital, e entre a imagem digital com o objeto dinâmico, estabelecendo, por fim, a relação causa-efeito entre o objeto do mundo e a imagem virtual. Sem que tal relação estivesse bem sólida não seria possível à mente perceber e processar na forma de pensamento a imagem virtual como signo do real. Sem essa capacidade, o signo não seria signo, não possibilitaria o pensamento pelo signo e inviabilizaria a comunicação entre mentes que se pretende estabelecer pelo pensamento nessa cadeia de significações. Essa é a lógica pragmática de Peirce. A semiose no modelo peirceano é a evolução permanente do signo, resultado da relação entre o objeto, o signo e o interpretante. O processamento do signo, assim como o do pensamento, obedece a estágios progressivos que levam da dúvida para a crença, da percepção para o cognitivo, do objeto imediato para o interpretante. O signo tem, em sua natureza, a possibilidade de ser analisado e foi analisando suas relações internas que Peirce estabeleceu classes de signo como uma espécie de panorâmica da transformação do signo em estado de abdução para o signo pleno, em um discurso argumentativo. De acordo com Peirce, o signo pode ser analisado em relação a si mesmo (signo signo), em relação ao seu objeto imediato (signo objeto) e em relação ao seu interpretante (signo interpretante), a partir do que estabeleceu as 27 classes de signo, conforme demonstra a tabela a seguir. S S S O S I Primeiridade Quali-signo Ícone Rema (hipoícones: imagem, diagrama e metáfora) Secundidade Sin-signo Índice Dicente Terceiridade Legi-signo Símbolo Argumento Tabela 1: Eixos de combinação do signo

8 Na medida em que o signo evolui da primeiridade (que é sensória) para a secundidade (que é contigüidade) e desta para a terceiridade (que é racional), aumenta sua precisão lógica. Temos, assim, que um quali-signo icônico remático é um signo carregado de sensações perceptivas, mas com mínima precisão lógico-racional. De outro modo, um legi-signo simbólico argumentativo está próximo da racionalidade lógica e distante dos sentimentos imprecisos típicos da primeiridade. Cabe uma ressalva, porém, que esta divisão foi estabelecida por Peirce apenas para efeito abstrato e analítico, uma espécie de congelamento ou de recorte do signo para sua dissecação e estudo científico. Tal congelamento, no entanto, é impossível de se realizar na dinâmica do signo em processamento mental, até porque quando atinge o estágio de interpretante lógico, o signo volta à condição inicial de existente, de objeto dinâmico e o ciclo da semiose recomeça automaticamente na mente. Chamamos a atenção para que Peirce subdividiu o signo icônico (resultante da relação do signo com seu objeto, em nível de primeiridade) em três hipoícones, que são imagem, diagrama e metáfora. É precisamente nesse ponto da semiose que o texto Novos olhares: vida digital, do Fantástico, se ancora para possibilitar ao telespectador compreender o signo virtual como representação do signo digital e manter a relação dos dois com o objeto no mundo real. Citando Kent, Queiroz escreve: sabemos que Peirce pensava através de diagramas visuais (QUEIROZ, 2004, p. 21). E o que seriam diagramas visuais? Peirce entende que ao reduzir qualquer imagem à sua mínima forma estrutural, chegar-se-á ao diagrama daquela imagem. Um exemplo que pode bem ilustrar isso de forma esclarecedora é a redução da imagem do corpo humano a um diagrama. O exercício levaria a uma idéia conceitual que contempla traços de cabeça, tronco e membros. Um tipo de diagrama do corpo humano seria algo muito parecido com o desenho-linha normalmente feito por crianças em suas primeiras incursões com o lápis.

9 Figura 3: Diagrama do corpo humano O signo virtual exibido no vídeo em discussão, produzido pelas imagens com efeitos computacionais, preserva exatamente o diagrama formante mínimo do signo digital, do qual ele deriva. Este, por sua vez, preserva a imagem do personagem, do movimento e do cenário existente no mundo, também do qual é decorrente. Por fim, temos que o objeto dinâmico, o signo digital e o signo virtual estão ligados pelo diagrama e pela imagem, ambos do signo icônico. O hipoícone garante a relação causa-efeito, em primeiridade, ou seja, de semelhança entre eles. E apenas isso já é suficiente para que a mente que percebe o signo estabeleça pelo pensamento as ligações entre o objeto, sua representação e a representação da representação, de forma a produzir sentido e comunicação no telespectador. Conclusão A pragmática peirceana consiste na experimentação da hipótese, submetendo qualquer asserção ao teste indutivo, de forma a se comprovar em eventos futuros a teoria que fundamenta determinada afirmação. Enquanto o teste confirmar a teoria, esta será uma crença aceita pelo senso comum. E deixará de ser uma crença assim que sobre a crença pairar o menor sinal de dúvida ou questionamento quanto à sua funcionabilidade. É, portanto, a aplicabilidade prática do método de análise semiótico do signo que procuramos realizar aqui. Pragmaticista, Peirce refuta em seu artigo Como tornar as idéias claras qualquer modelo de pensamento que não seja o científico, entendendo como tal aquele que comprova a hipótese no teste futuro. Peirce critica o pensamento imposto pela autoridade, o pensamento apriorístico e o pensamento tenaz. Todos, como pensamento que são, são capazes de comunicar sua mensagem. Mas, para ele, o único pensamento válido para comunicar verdades inquestionáveis é o pensamento científico.

10 Isso porque o pensamento científico aceita ser submetido à comprovação pelo teste. Os demais - da autoridade, o apriorístico e do conhecimento tenaz ou subjetivo - não resistem ao teste e não são suficientemente sólidos e consensuais para sustentar um hábito e uma crença, porque são esses questionáveis. Para finalizar, de acordo com a lógica semiótica de Peirce, todo pensamento se inicia em uma dúvida e se completa em um hábito, que pode vir a ser uma crença. O signo, que se inicia com a excitação do sentido pelo objeto dinâmico, gerando o objeto imediato ainda no nível da primeiridade e que se acomoda em um hábito de pensamento no nível lógico da terceiridade, converte-se, no final, em um novo signo. Como signo novo, é um novo existente, ou seja, um novo objeto do mundo (que Peirce denominou de interpretante final) que, percebido por uma mente, irá deflagrar todo o processo semiósico novamente. Exatamente por isso que Peirce vai afirmar que o signo e o pensamento estão em permanentes dinâmica e evolução. São seres vivos existentes no mundo real e, como tais, reais. Referências bibliográficas BACCEGA, Maria Aparecida. Comunicação e linguagem: discurso e ciência. São Paulo: Editora Moderna, BARTHES, Roland. Aula. São Paulo, Cultrix: ECO, Umberto; SEBEOK; Thomas A. O signo de três: Dupin, Holmes, Peirce. São Paulo: Perspectiva, FLOCH, Jean-Marie. Alguns conceitos fundamentais em semiótica geral. São Paulo: Centro de Pesquisas Sociossemióticas, LITLLEJOHN, Stephen W. Fundamentos teóricos da comunicação humana. Rio de Janeiro: Zahar Editores, PEIRCE, Charles Sanders. Cómo esclarecer nuestras ideas. Disponível em acessado em 23 de março de PEIRCE, Charles Sanders. Como tornar nossas idéias claras. Tradução de António Fidalgo. Disponível em acessado em 21 de março de PEIRCE, Charles Sanders. La fijación de la creencia. Disponível em acessado em 23 de março de PEIRCE, Charles Sanders. Qué es um signo?. Disponível em acessado em 23 de março de 2007.

11 PIETROFORTE, Antonio Vicente. Semiótica visual: os percursos do olhar. São Paulo: Editora Contexto, QUEIROZ, João. Semiose segundo C.S.Peirce. São Paulo: Educ/Fapesp, SERRA, Paulo. O signo como abdução. Disponível em acessado em 31 de março de TRENTINI, Luiz Nelson de Oliveira. A cosmossemiótica de Peirce e os sistemas usuários de signos: da transdução microrgânica à comunicação midiática. Disponível em acessado em 2 de maio de 2007.

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