Direito Constitucional AL/MS Aula Aula Demonstrativa. Aula 0

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1 Aula 0 Direito Constitucional Teoria geral da Constituição: conceito, origens, conteúdo, estrutura e classificação.supremacia da Constituição. Tipos de Constituição; Professor: Vítor Cruz e Rodrigo Duarte 1

2 Olá Pessoal, tudo certo?! Daremos hoje início ao nosso curso paraa os cargos de PARA OS CARGOS DE: ANALISTA EM RECURSOS HUMANOS, ARQUITETO, ASSISTENTE SOCIAL, BIBLIOTECONOMISTA, CERIMONIALISTA, CONTADOR, ECONOMISTA, ENGENHEIRO, JORNALISTA, MÉDICO, PUBLICITÁRIO E REDATOR E REVISOR DE DEBATES. Antes, de efetivamente começarmos, gostaria de dizer que é um prazer enorme estarmos aqui para ministrar mais estee curso pelo Ponto. É realmente uma honra podermos ajudar nos seus estudos e contribuir para a aprovação que certamente virá em breve para muitos de vocês. Para quem ainda não me conhece: eu sou o Prof. Vítor Cruz, desde 2009 estou trabalhando aqui no Ponto, ensinando (e é claro, também aprendendo muito) a disciplina mais legal dos concursos públicos: o Direito Constitucional. Atualmente trabalho como Analista Judiciário no TRE-GO. Sou ex-oficial da Marinha do Brasil, graduado em Ciências Navais pela Escola Naval e Pós- graduado em Direito Constitucional. Entre meus trabalhos editoriais, eu sou autor do livro "Constituição Federal Anotada para Concursos (8ª Edição)" publicado pela Editora Ferreira e dos livros "Vou ter que estudar Direito Constitucional! E Agora?" e "Questões Comentadas de Direito Constitucional - FGV",, ambos pela Editora Método. Sou também coordenador, juntamente com o Prof. Leandro Cadenas, da coleção 1001 questões comentadas da Editora Método, onde também participo sendo autor das seguintes obras: Questões Comentadas de Direito Constitucional - ESAF; Questões Comentadas de Direito Constitucional - Edição; Questões Comentadas de Direito Constitucional - FCC; CESPE 2ª Questões Comentadas de Direito Tributário - ESAF- 2ª Edição (este em parceria com Francisco Valente). Oi pessoal, eu sou Rodrigo Duarte, também servidor do TRE-GO, bacharel em Direito pela Universidade Federal da Bahia e pós-graduado em Direito Constitucional, futuro Defensor Público do Mato Grosso do Sul, e estou aqui também para ajudar na sua aprovação. Nossa filosofia é sempre preparar nossos alunos alcançarem a nota 10, para isso, imperioso contarmos com sua dedicação e compromisso. Por mais difícil que à primeira vista possa parecer, não podemos nos contentar em estudar para a nota 7, nota 8...lembre-se, a concorrência é grande! Mas não é por isso que seu estudo será um martírio, pelo contrário, vamos nos empenhar ao máximo para que nosso curso lhe conduza aos 100% de acertos em Direito Constitucional da forma mais agradável possível. 2

3 Aula 0 - Teoria geral da Constituição: conceito, origens, conteúdo, estrutura e classificação.supremacia da Constituição. Tipos de Constituição; Aula 1 - Poder constituinte. Princípios constitucionais. Interpretação da Constituição e Controle de Constitucionalidade. Normas constitucionais e inconstitucionais. Emenda, reforma e revisão constitucional; Aula 2 - Princípios Fundamentais da Constituição da República Federativa do Brasil; Aula 3 - Direitos e garantias fundamentais. Direitos e deveres individuais e coletivos; Aula 4 - Direitos Sociais. Direito de Nacionalidade. Direitos políticos. Aula 5 - Organização políticoo administrativa do Estado: Administração Pública; Aula 6 - Organização dos Poderes. O Poder Legislativo. A fiscalização contábil, financeira e orçamentária. O Controle Externo e os Sistemass de Controle Interno,Processo Legislativo; Aula 7 - O Poder Executivo; Aula 8 - Poder Judiciário (1ª parte); Aula 9 - Poder Judiciário (1ª parte)o Ministério Público. Aula 10 - A defesa do Estado e das instituições democráticas. Da tributação e do orçamento. Aula 11 - Sistema Tributário Nacional. Das finanças públicas. Do orçamento. Da ordem econômica e financeira. Aula 12 - Da ordem social. Das disposições gerais e das disposições constitucionais transitórias. Aula 13 - Constituição do Estado do Mato Grosso do Sul: princípios fundamentais; organização do Estado; da competência do Estado; da organização dos poderes: do Poder Legislativo; Assembleia Legislativa, do Poder Executivo; do Poder Judiciário; das funções essenciais à justiça. Aula 0 Constituição - Conceito: Vamos fazer uma definição agora vamos bater um papo do Direito Constitucional... mas daqui a pouco, sobre ele: O Direito Constitucional é a "ciência" que estuda a Constituição (Óbvio, não?!). Mas você sabe o que é a Constituição? 3

4 Dizer "o que é uma Constituição" não é fácil não... Atualmente não há consenso entre os estudiosos sobre o que efetivamente seria uma Constituição. Já teve inclusive muita briga com isso. Quando formos estudar a teoria da Constituição veremos que cada um fala uma coisa diferente. Não nos preocupando com isso agora, podemos dizer o seguinte (guarde bem isso): A Constituição, que trataremos aqui, é a norma máxima de um Estado, que nasce com o objetivo de limitar os poderes autoritários dos governantes em face dos particulares. É uma norma que está lá em cima da cadeia hierárquica, devendo ser observada por todos os integrantes de um Estado e ela também serve de base para todos os demais tipos de normas, daí vem a ideia de SUPREMACIA DA CONSTITUIÇÃO. Um jurista austríaco chamado Hans Kelsen elaborou a seguinte pirâmide hierárquica: Clique para adicionar texto Constituição (normas originárias + emendas constitucionais). Normas infraconstitucionais (leis em sentido amplo). Normas infralegais Esta pirâmide revela várias coisas, a primeira delas é que a Constituição é mais "enxuta", tem poucos detalhes e é dela que irradiam todas as outras normas, que vão cada vez encorpandoo mais o chamado "ordenamento jurídico" (conjunto das normas em vigor). Vejamos um exemplo hipotético: Dizeres da uma Dizeres de uma lei Constituição do infraconstitucional País A É assegurado o A aposentadoria poderá direito à ser requerida por aposentadoria. aqueles que trabalharam por 35 anos, recolhendo a efetiva contribuição. Dizeres de uma norma infralegal O recolhimento da contribuição deverá ser feito até o dia 10 de cada mês, através de guia especial, usando-se os índices percentuais que encontram-se no ANEXO III a este regulamento. Atualmente, estamos passando por um processo em que a Constituição Federal acaba por constitucionalizar diversos direitos que antes ficavam somente no campo das leis, assim, as bases do direito penal, direito civil, direito do 4

5 trabalho, previdenciário e etc. estão todas na Constituição. Devido a este fato, o estudo do Direito Constitucional acaba se tornando a melhor ferramenta para se ter uma base sólida no estudo do direito como um todo. Não se consegue ser um especialista em algum ramo do direito sem que se saiba, ao menos de forma razoável, o Direito Constitucional. Assim, estamos vivendo um momento em que a Constituição passa a assumir o papel central do ordenamento jurídico, impondo regras e princípios que serão usados por todos os aplicadores do direito. Outro ponto que extraímos da pirâmide de Kelsen, é que a Constituição é hierarquicamente superior às leis, e estas são hierarquicamentee superior às normas infralegais. Assim, é importante que digamos que as leis só podem ser elaboradas observando os limites da Constituição, e as normas infralegais só poderão ser elaboradas observando os limites da lei a qual regulamentam, e assim, indiretamente tambémm deverão estar nos limites da Constituição. Não existem hierarquias dentro de cada patamar, ou seja, não existe qualquer hierarquia entre quaisquer das normas constitucionais nem qualquer hierarquia de uma lei perante outra lei, ainda que de outra espécie. Pirâmide de Kelsen X Ordenamento brasileiro atual Na ordem jurídica nacional, esta pirâmide de Kelsen possui algumas adaptações e peculiaridade. Pelos seguintes motivos: 1- Em 2004, a Emenda Constitucional 45 passou a admitir que os tratados internacionais, caso versassem sobre direitos humanos e fossem aprovados no Congressoo Nacional com o mesmo procedimento das emendas constitucionais,, viessem a ter a mesma força de emendas constitucionais (status hierárquico de Constituição). 2- Em 2008, o STF passou a entender que os tratados internacionais sobre direitos humanos, caso não fossem aprovados rito de votação de uma emenda constitucional, não iriam adquirir o status constitucional (emenda constitucional). Porém, por si só, já possuem um status de supralegalidade (estágio acima das leis e abaixo da Constituição), podendo revogar leis anteriores e devendo ser observados pelas leis futuras. Os demais tratados, que não falassem sobre direitos humanos, possuem status de uma lei infraconstitucional (equivalente a uma lei ordinária, comum). Assim temos a nova pirâmide no ordenamento brasileiro: 5

6 . Constituição (normas originárias + emendas constitucionais + tratados de direitos humanos aprovados como emendas constitucionais).... Normas supralegais (tratados de direitos humanos não aprovados como emendas constitucionais). Normas infraconstitucionais: (leis em sentido amplo) Normas da CF, art. 59: leis ordinárias e complementares, leis delegadas, decretos legislativos, medidas provisórias e resoluções + demais tratados internacionais + outras normas como decreto autônomo do presidente e Regimento dos Tribunais. Normas infralegais: Decretos (não autônomos), Regulamentos, Portarias e etc. É importante notar que a Constituição, popularmente conhecida como Constituição Federal, na verdade é uma Constituição da República Federativa do Brasil, ou seja, uma Constituição nacional e não meramente federal, o que isso quer dizer? Quando usamos o termo federal, estamos falando de algo que está no âmbito da União Federal (o poder central da nossa federação). A Constituição não é norma federal, mas sim nacional, de toda a República Federativa do Brasil, impondo deveres e prevendo direitos em todas as esferas da federação (federal, estadual e municipal). Desta forma, o mais corretoo seria sempre empregarmos o termo Constituição da República Federativa do Brasil, mas por comodidade e por estar amplamente difundido, não há problemas em usarmos Constituição Federal. Até porque, desta forma, também a diferenciamos das Constituições Estaduais. Isso mesmo, cada estado tem a sua própria Constituição. E os Municípios? Quase, município não possui constituição (formal), mas sim lei orgânica, que funciona como a Constituição do município. A Constituição Federal, por ser norma de imposição nacional, deve ser respeitada por todas as Constituições Estaduais, que não podem prever nada 6

7 em desacordo com ela, bem como as leis orgânicas dos municípios, que devem observar os preceitos da Constituição daqueles estados onde se localizam, bem como da Constituição Federal. Cabe uma observação, não poderá a Constituição Estadual trazer imposições à autonomia municipal maiores do que aquelas já feitas pela Constituição Federal, esta sim (CF) é a lei maior, autônoma, soberana. Mas atenção: Isso só se aplica quando falamos da Constituição! É totalmente errado falarmos que existe qualquer hierarquia entre uma lei federal, uma lei estadual e uma lei municipal. Cada ente de nossa federação (União, estado, distrito federal e município) possui uma autonomia conferida pela Constituição Federal, para que possa, dentro dos limites traçados pela própria CF, se autoorganizar, autolegislar, autogovernar e autoadministrar. Ou seja, os ordenamentos jurídicos infraconstitucionais (leis em sentido amplo e normas infralegais) são completamente independentes: Leis federais Leis estaduais Leis municipais Leis do distrito federal Autonomia Autonomia Autonomia 1. (CESPE/ Analista- Câmara dos Deputados/2014) Sendo a constituição, em essência, uma lei, os conflitos entre normas constitucionais e infraconstitucionais devem ser resolvidos a partir de uma ponderação de valores no caso concreto, em atenção ao princípio da proporcionalidade. Errado, pois a Constituição é hierarquicamente superior às lei, de forma que se houver conflito deve prevalecer a Constituição, pois é esta quem ocupa o topo do ordenamento jurídico. A técnica de ponderação de valores resolve conflito entre princípios e não regras...mas fique calmo, veremos esse assunto oportunamente. Gabarito: Errado. 2. (ESAF/Analista- Min. Integração Nacional/2012) A Constituição Federal é a norma fundamental de nosso ordenamento jurídico desde que não revele incompatibilidade com os tratados internacionais de direitos humanos pactuados pelo País. 7

8 A Constituição é sempre norma máxima e fundamental do país, fruto de um poder soberano, que não reconhece qualquer limitação formal. Assim, erra ao dizer desde que não revele incompatibilidade com os tratados internacionais. Gabarito: Errado. 3. (CESPE/Técnico Científico - Banco da Amazônia/2012) A Constituição é autêntica sobrenorma, por veicular preceitos de produção de outras normas, limitando a ação dos órgãos competentes para elaborá-las, o que é fundamental à consolidação do estado democrático de direito. Temos aí pessoal uma conceituação de Constituição consideradaa correta pela própria banca CESPE, memorize que é comum que apareça na sua prova novamente. Gabarito: Correto. 4. (CESPE/Agente Administrativo-MPS/2010) A norma constitucional é uma sobrenorma, porque trata do conteúdo ou das formas que as demais normas devem conter, apresentando princípios que servem de guias supremos ao exercício das competências dos órgãos. Perfeito... Já da para esquentar. A Constituição é isso aí. O ponto de partida para as demais normas, é a norma suprema, ou como a questão diz uma: "sobrenorma" delineando o conteúdo e as formalidades das demais normas que estão abaixo dela. Gabarito: Correto. 5. (CESPE/Agente Administrativo-MPS/2010) Segundo a estrutura escalonada ou piramidal das normas de um mesmo sistema jurídico, no qual cada norma busca sua validade em outra, situada em plano mais elevado, a norma constitucional situa-se no ápice da pirâmide, caracterizando-se como norma-origem, porque não existe outra que lhe seja superior. Olha só: a questão trouxe em palavras tudo aquilo que vimos na pirâmide de Kelsen: a Constituição no ápice, servindo de origem, e cada patamar devendo buscar a validade no patamar superior. Gabarito: Correto. 8

9 6. (CESPE/Auditor-TCU/2009) Pelo princípio da supremacia da Constituição, constata-se que as normas constitucionais estão no vértice do sistema jurídico nacional, e que a elas compete, entre outras matérias, disciplinar a estrutura e a organização dos órgãos do Estado. O Principio da Supremaciaa da Constituição, é justamente o fato de a Constituição se sobrepor sobre todo o resto do ordenamento jurídico, ocupando o mais alto patamar. É correto também dizer que a Constituição é um instrumento de organização política do Estado e de limitação do poder estatal face aos particulares. Desta forma, está perfeito se falar que cabe à constituição, entre outras coisas, disciplinar a estrutura e a organização dos órgãos do Estado. Gabarito: Correto. Classificação, Estrutura e Normas Constitucionais: Classificação das Constituições. Vamos ver agora como a doutrina classifica as Constituições. Cada classificação refere-se a um foco específico de observação, logo, não são classificações excludentes e sim "cumulativas", já que uma constituição pode ter umas várias classificações diferentes, dependendo tão somente de qual quesito está sendo observado, por exemplo a sua estrutura, extensão, formação e até mesmo a forma como ela se relaciona com a realidade da sociedade. Vamos então analisar cada um desses quesitos: 1- Quanto à origem: Significa a forma pela qual a Constituição se originou. Quanto à origem, a Constituição pode ser: Promulgada (popular, ou democrática) É aquela legitimada pelo povo. É elaborada por uma assembléia constituinte formada por representates eleitos pelo voto popular. (ex. Brasil de 1891, 1934, 1946 e 1988) Outorgada (imposta) - É aquela imposta unilateralmente pelos governantes sem manifestação popular. Muitos autores chamam de Carta e não de Constituição. (ex. Brasil de 1824, 1937, 1967 e a EC 1/69, que pode ser considerada como uma Constituição autônoma) Cesarista (ou bonapartista) -É uma carta considerada outorgada, porém, é submetida a uma votação popular para que seja ratificada. Não se pode dizer essa participação popular torna a constituiçãoo democrática, 9

10 já que se trata tão somente de uma ratificação para fins de consentimento do povoo com a vontade do governante. Pulo do Gato: No Brasil tivemos 8 Constituições - 4 promulgadas e 4 Outorgadas. Foram outorgadas as Constituições de 1824, 1937, 1967 e 1969 (dica: A primeira é um número par, as demais são ímpares). Por outro lado, foram promulgadas as de 1891, 1934, 1946 e (dica: A primeira é um número ímpar, as demais são pares). 2- Quanto à forma: Escrita (ou instrumental) É formalizada em um texto escrito. (ex. Brasil de 1988) Como já foi visto, a forma escrita é uma das caracterísitcas do conceito ideal de Constituição do constitucionalismo moderno e, para o Prof. Canotilho, a constituição escrita tem função de racionalizar, estabilizar, dar segurança jurídica, além de ser instrumento de publicidade e calculabilidade (calculabilidade significa que a Constituição escrita consegue expor com maior clareza o que se pode e o que não se pode fazer) ). Não-escrita Tambémm chamada de Constumeira (Consuetudinária), não se manifesta em estrutura solene. A matéria constitucional está assentada e reconhecida pela sociedade em seus usos, costumes e etc. (ex. Inglaterra). a) Para Alexandre de Moraes, para ser escrita a constituiçãoo deve estar codificada em um texto único. Se a constituição for baseada em leis esparsas não pode ser considerada uma Constituição escrita. b) Para o Prof. André Ramos Tavares, se a constituição estiver sistematizada em um documento único será chamada de codificada, já se estiver em textos esparsos, será chamada de legal. 10

11 c) O Prof. Pinto Ferreira utiliza a mesma lógica de André Ramos Tavares, mas chama a primeira (texto único) de reduzida, enquanto a segunda (textos esparsos) denomina de variada. d) É importante não confundir a nomenclatura "legal" da classificação do Prof. Tavares com outra proposta por Alexandre de Moraes. Paraa este autor (Alexandre de Moraes), constituição legal seria aquela que tem o poder de se impor, tem força normativaa tal qual as leis (essa classificação costuma ser usada pela FCC).Assim, se utilizarmos o exemplo da CF/88, ela não seria legal, mas sim codificada sob a ótica do Prof. Tavares (a qual relaciona estes termos ao fato de os termos estarem ou não compilados), porém, seria uma constituição legal se analisada sob este aspecto proposto por Alexandre de Moraes (o qual utiliza o termo, não para distinguir a condensação ou não dos textos, mas para demonstrarr a sua força normativa). 3- Quanto à extensão: Sintéticas São concisas, ou seja, aquelas que restringem-se a tratar das matérias essenciais a uma Constituição - basicamente a organização do Estado e direitos fundamentais. (Ex. EUA) Analíticas São as extensas, prolixas, que tratam de várias matérias que não são as fundamentais. Elas são a tendência das Constituições atuais, já que se percebeu que o papel do Estado não pode se limitar a garantir as liberdades do povo, mas deve agir ativamente para assegurar os direitos. (Ex. Brasil 1988) 4- Quanto ao conteúdo: Material Quando adotam-se como constitucionais apenas as normas essenciais a uma Constituição. A Constituição brasileira de 1824 era material, pois possuia em seu art. 178 o seguinte texto: "É só Constitucional o que diz respeito aos limites e atribuições respectivas dos poderes políticos, e aos direitos políticos e individuais dos cidadãos". Ou seja, ela limitou o que seria ou não Constitucional usando como critério o conteúdo, matéria tratada e não a forma. Formal Independe do conteúdo, basta que o assunto seja tratado em um texto rígido supremo para ser tido como constitucional. (Ex. Brasil de 1988) 11

12 5- Quanto à elaboração: Dogmática É aquelaa elaborada por um órgão Constituinte consolidando o pensamento que uma sociedade possui naquele determinado momento, por isso é necessariamente escrita, pois precisa esclarecer estas situações que ainda não estão maduras, solidificadas no pensamento da sociedade.diz-se que a Constituição dogmática sistematizaa as idéias da teoria política e do direito dominante naquele determinado momento da história de um Estado. Histórica Diferentemente da dogmática, a histórica não é elaborada em um momento específico, ela surge ao longo do tempo. Desta forma, ela não precisa ser escrita pois possui seus fundamentos já solidificados. 6- Quanto à alterabilidadee (ou estabilidade): Rígida Quando se sobrepõe a todas as demais normas. Assim, somente um processo legislativo especial e complexo poderá alterar seu texto. É o que ocorre na CF/1988, que prevê um processo muito mais rígido para se elaborar uma Emenda Constitucional do que para elaborar uma simples lei ordinária. Flexível Quando está no mesmo patamar das demais lei, não necessitando nenhum processo especial para alterá-la. Semi-rígidasou semi-flexível- Possuem uma parte rígida e outra flexível. a Constituiçãoo Brasileira de 1824 era semi-rígida pois, como vimos, trazia em seu art. 178 que: "É só Constitucional o que diz respeito aos limites e atribuições respectivas dos poderes políticos, e aos direitos políticos e individuais dos cidadãos. Tudo o que não é Constitucional pode ser alterado sem as formalidades referidas, pelas legislaturass ordinárias. Imutáveis Não podem ser alteradas. Super-rígidas É como o Prof. Alexandre de Moraes classifica a CF/88. Isso ocorre pois na Constituição de 1988 temos as chamadas "cláusulas pétreas", normas que não podem ser abolidas por emendas constitucionais. 7- Quanto à finalidade: Garantia (ou negativa) É aquela que se limita a trazer elementos limitativos do poder do Estado. Dirigente Possui normas programáticas traçando um plano para o governo. Balanço - Utilizada para ser aplicada em um determinado estágio político de um país. De tempos em tempos é revista para se adequar o texto à realidade social, ou criar uma nova Constituição. 12

13 8- Quanto à relação com a realidade (classificação ontológica): Classificação desenvolvida por Karl Loewenstein. Classificam-se as Constituições de acordo com o modo que os agente políticos aplicam a norma. Constituição normativa É a Constituição que é efetivamente aplicada, normatiza o exercício do poder e obriga realmente a todos. Constituição nominal, nominalista ou nominativa É ignorada na prática. Constituição semântica É aquela que serve apenas para justificar a dominação daqueles que exercem o poder político. Ela sequer tenta regular o poder. Essa classificação de Loewenstein possui nomenclatura semelhante a uma outra classificação trazida pelo Prof. Alexandre de Moraes. Segundo o Professor: Constituições nominalistas - Seriam aquelas que em seu texto já possuem direcionamentos para resolver os casos concretos. Basta uma aplicação pura e simples das normas através de uma interpretação gramatical-literal. Constituições semânticas - Seriam aquelas constituições onde, para se resolverem os problemas concretos, precisaria de uma análise de seu conteúdo sociológico, ideológico e metodológico, o que propicia uma maior aplicabilidade "político-normativa-social" de seu texto. Assim, segundo a classificação de Loewenstein, entendemos que o Brasil teria uma Constituição normativa, pois ela é uma norma a ser seguida e podemos exigir o seu cumprimento (embora muitos doutrinadores adotem como sendo nominalista, pois defendem que, na prática, muitos de seus preceitos são ignorados, principalmente os programáticos). Segundo a classificação trazida pelo Prof. Alexandre de Moraes, ela seria nominalista pois traz em seu texto os meios para solucionar as controvérsias. 9- Quanto à dogmática (ou ideologia): Ortodoxas (ou simples) - influenciada por ideologia única. Ecléticas (ou complexas) - influenciada por várias ideologias. 10- Outras Classificações: 13

14 A doutrina ainda traz a classificação das Constituições denominadas Pactuadas ou Dualistas que se referem a um compromisso firmado entre o rei e o Poder Legislativo, pelo qual a monarquia ficaria sujeitada aos esquemas constitucionais. Assim a Constituição se sujeitaria a dois princípios: monárquico e democrático. Um exemplo foi a Magna Carta inglesa de 1215, onde o rei João Sem Terra, para não ser deposto de seu trono, teve de aceitar uma carta imposta pelos barões, se submetendo a um rol de exigências destes. Classificação da Constituição Brasileira de 1988: Promulgada, escrita, analítica, rígida (ou super-rígida), formal, dogmática, dirigente, eclética, normativaa (ou nominalista - sem consenso, neste caso - na classificação de Loewenstein), nominalista (na classificação de resolução dos problemas de Alexandre de Moraes), codificada (para André Ramos Tavares) ou reduzida (para Pinto Ferreira) ), legal (pelo fato de valer como lei, para Alexandre de Moraes). Quadro-resumo sobre a classificação das Constituições: Critério Origem Forma Extensão Classificaçã o Outorgada Promulgada Cesarista Escrita Não-Escrita Sintética Analítica Conceito Imposta pelo governante. Legitimada pelo povo através de uma Assembleia Constituinte. Imposta pelo governante, mas posteriormente levada à aprovação popular (não deixa de ser outorgada). Documento Escrito (se único = codificada/se vários = legal). Consuetudinária (costumeira). O que importa é o conteúdo e não como ele é tratado. Dispõe apenas sobre matérias essenciais (organização do Estado e limitação do poder). É extensa tratando de vários assuntos, ainda que não No (CF/88) Promulgada Escrita Codificada. Analítica Brasil e 14

15 sejam essenciais. Conteúdo Formal Material Independe do conteúdo tratado. Se estiver no corpo da Constituição será um assunto constitucional, já que o importante é tão somente a forma. O importante é apenas o conteúdo. Não precisa estar formalizado em uma constituição para ser um assunto constitucional. Formal Elaboraç ão Dogmática Necessariamente escrita. Reflete a realidade presente na sociedade em um determinado momento. Dogmática Histórica Consolidada ao longo do tempo. Alterabili dade ou estabilida de. Flexível Rígida Semirrígida ou semiflexível Pode ser alterada por leis de status ordinário. Prescinde de procedimento especial para ser alterada. Somente pode ser alterada por um procedimento especial. Possui uma parte rígida e outra flexível. Rígida (ou super-rígida já que possui cláusulas pétreas). Em 1824 era semi-rígida. Imutável Não podem ser alteradas Ontológic a ou conexão com a realidade Finalidad e Nominalista É ignorada. Normativa Efetivamente aplicada. Criada apenas para Semântica justificar o poder de um governante. Possui normas Dirigente programáticas traçando um plano para o governo. Normativa ou nominalista (sem consenso) Dirigente 15

16 Garantia Constituição negativa, sintética. Não traça planos, apenas limita o poder e organiza o Estado. Balanço Utilizada para ser aplicada em um determinado estágio político de um país. Ideologia Ortodoxa Eclética Única ideologia Várias ideologias Eclética 7. (FCC/ Juiz- AL/ 2015) As constituições dirigentes (A) têm, entre seus objetivos, a transformação social a partir do direito, tendo em vista que vinculam o estado com programas que devem ser seguidos e objetivos que devem ser alcançados. (B) são espécies criadas a partir do constitucionalismo liberal, típico do século XIX, com o objetivo de reduzir o estado a um ente restrito e controlado pelo direito. (C) apresentam, entre as suas características, a necessidadee de que os estados que as adotam procedam a uma estatização dos meios de produção e da propriedade privada por consequência. (D) são resultado dos pactos neoliberais da década de 1990, quando estados centrais adotaram novas vias para reduzir o impacto da intervenção estatal em algumas áreas da economia. (E) adotam, como pressuposto, textos constitucionais enxutos, que se limitam a fixar princípios, deixando o restante da sua regulamentação ao legislador ordinário, de modoo a não vincular exageradamente futuras gerações. No que se refere à classificação quanto à finalidade, a constituiçãoo dirigente é a que possui normas programáticas traçando um plano para o governo.contrapõe-se à constituição dirigente a constituição balanço, e à constituição garantia. Gabarito: Letra A. 8. (FCC/ Juiz- AL/ 2015) Considere os seguintes elementos característicos: I. Formaliza a existente situação do poder político, atuando comoo instrumento de estabilização voltado a perpetuar nele seus detentores de fato, que dominam o aparato coercitivo do Estado. II. Apresenta incompatibilidade com a ideia de bloco de constitucionalidade. III. Não apresenta mecanismos efetivos de controle de constitucionalidade das leis. 16

17 Tais elementos característicos correspondem respectivamente às seguintes modalidades ou categorias: (A) Constituição outorgada, Constituição codificada, Constituiçãoo aberta (B) Constituição semântica, Constituição legal, Constituição flexível (C) Constituição heterônoma, Constituição legal, Constituição nominal (D) Constituição semântica, Constituição codificada, Constituiçãoo flexível (E) Constituição heterônoma, Constituição orgânica, Constituiçãoo aberta Gabarito: Letra D. 9. (FCC/ Defensor- MA/ 2015) As Constituições que se apresentam em textos esparsos, fragmentadas em vários instrumentos normativos, são: (A) incompatíveis com o modelo de bloco de constitucionalidade. (B) as Constituições heterônomas. (C) as Constituições semirrígidas. (D) as Constituições legais ou inorgânicas. (E) as Constituições balanço. Letra A. Errado, o conceito de bloco de constitucionalidade foi desenvolvido por Louis Favoreu, em referência às normas comstatus constitucional que integram o ordenamento jurídico francês, com o intuito de abranger a Constituição de 1958, o preâmbulo da Constituição de 1946, a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão de 1789, além de outras normas de valor constitucional. Logo, o bloco de constitucionalidade é sim compatível com documentos esparsos. Letra B. Errado, o item cobra a classificação quanto à origem da decretação, que pode ser: Constituição autônoma, autoconstituição ou homoconstituição A Constituição é elaborada por órgãos do próprio Estado que irá organizá-la. Constituição heterônoma ou heteroconstituição (Miguel Galvão Teles) Quando decretada de fora do Estado, seja por uma organização internacional, seja por outros Estados. Podemos citar como exemplos a Constituição do Canadá, Jamaica, Nova Zelândia e Austrália, aprovadas pelo Parlamento Britânico; Constituição da Namíbia de 1990 e do Camboja de 1993 elaboradas pela ONU; a Constituição da Bósnia-Herzegovina após a celebração do Acordo de Dayton ou Protocolo de Paris, que é o acordo a que se chegou na Base Aérea Wright-Patterson, perto de Dayton, no estado norte-americano do Ohio, em novembro de 1995, e formalmente assinado em Paris a 14 de dezembro desse mesmo ano. Letra C. As constituições semirrígidas ou semi-flexíveis são aquelas que possuem uma parte rígida, que a alteração exige quórum qualificado, e outra parte que o procedimento para modificações é o mesmo previsto para as leis 17

18 ordinárias. Exemplo de constituição semirrígida foi a brasileira de 1824, que em seu artigo 178 previa É só Constitucional o que diz respeito aos limites, e atribuições respectivas dos Poderes Políticos, e aos Direitos Políticos, e individuais dos Cidadãos. Tudo, o que não é Constitucional, pode ser alterado sem as formalidades referidas, pelas Legislaturas ordinárias Letra D. Correto, o item busca saber a classificação quanto à sistemática ou quanto à unidade documental, que pode ser: Codificadas (orgânicas ou unitextuais), Não codificadas (inorgânicas, pluritextuais ou legais) a constituição que se apresenta em vários documentos esparsos é uma constituição legal, inorgânica Letra E. A constituição balanço é aquela que descreve e registra, periodicamente, o grau de organização política e das relações reais de poder. Contrapõe-se à Constituiçãoo programática (diretiva ou dirigente) que são as que apresentam normas definidoras de tarefas e programas de ação a serem concretizados pelos poderes públicos. Tal classificação leva em conta a função ou estrutura da Constituição. Gabarito: Letra D. 10. (FCC/ Juiz- PR/ 2015) Constituição rígida (A) dispensa forma escrita. (B) dispensa cláusulas pétreas. (C) pode ser modificada por lei complementar. (D) exclui quaisquer mecanismos de controle preventivo de constitucionalidade. (E) pressupõe mecanismo difuso de controle de constitucionalidade. Letra A. Um dos requisitos para uma constituição rígida é que ela seja escrita. Letra B. Correto, segundo a classificação de Alexandre de Morais, as cláusulas pétreas(partes imutáveis) são características das constituições super-rígidas. As rígidas somente exigem um processo de alteração (emendas) mais dificultosos que o exigido para as leis em sentido amplo. Gabarito: Letra C. A constituição rígida somente pode ser modificada por emenda constitucional, daí vem a sua rigidez. Letra D. Errado. A constituição rígida traz mecanismos de controle preventivo. Letra E. Errado, também pode haver controle difuso nas constituições rígidas. Gabarito: Letra B. 11. (FCC/ Técnico- TRT- 4ª Região/ 2015) Em relação à sua mutabilidade ou alterabilidade, as Constituições podem ser classificadas em: (A) flexíveis, rígidas, semirrígidas ou semiflexíveis, e superrígidas. (B) delegadas, outorgadas ou consensuais. (C) analíticas ou sintéticas. (D) escritas, costumeiras ou mistas. 18

19 (E) originárias ou derivadas. No que se refere à alterabilidade, as constituições podem ser divididas em : flexíveis, rígidas, semirrígidass ou semiflexíveis, e superrígidas. Gabarito: Letra A. 12. (FCC/ Auditor- TCM-RJ/ 2015) Constituição flexível (A) exclui a forma escrita. (B) pode ser mais estável no tempo do que uma Constituição tecnicamente rígida. (C) requer base documental formal. (D) exclui mecanismos parlamentares de controle de constitucionalidade. (E) pressupõe mecanismo de controle preventivo de constitucionalidade. A constituição flexível é aquela que não exige um processo especial para ser alterada, de forma que, por ser mais facilmente alterável e não ter normas imutáveis, tendem a permanecer por mais tempo no ordenamento jurídico. Gabarito: Letra B. 13. (FCC/ Juiz Substituto/ TJ-GO/ 2012) A classificação "ontológica" das Constituições (normativas, nominais e semânticas), radicada na relação das normas constitucionais com a realidade do processo do poder, é da autoria de (A) Hans Kelsen. (B) Carl Schmitt. (C) Karl Loewenstein. (D) Pontes de Miranda. (E) José Joaquim Gomes Canotilho. Tal classificação foi criada por Karl Loewenstein Gabarito: Letra C. 14. (CESPE/ AJAJ- Avaliador- TJDFT/ 2015)Quanto ao modo de elaboração, as constituições podem ser promulgadas aquelas que derivam do trabalho de assembleia nacional constituinte ou outorgadas aquelas que são estabelecidas sem a participação popular. 19

20 Quanto ao modo de elaboração, a constituição pode ser dogmática ou histórica, sendo a dogmática sempre escrita e reflete a realidadee presente na sociedade emum determinado momento. Por seu turno, a histórica é aquela que vai se consolidando com o decorrer do tempo. Quanto à origem é que as constituições podem ser promulgadas (com participação popular), outorgadas (impostas unilateralmente) ou ainda cesaristas (impostas pelo governante, mas posteriormente submetida à votação popular, mas ainda assim são outorgadas). Gabarito: Errado. 15. (CESPE/ AJAJ- Oficial Avaliador- TJDFT/ 2015)Quantoo à extensão, as constituições são classificadas como sintéticas aquelas que preveem apenas princípios e normas gerais do Estado e analíticas aquelas que regulamentam todos os assuntos entendidos como relevantes à formação e ao funcionamento do Estado. Correto, as sintéticas são as constituições mais enxutas, enquanto a analítica, também chamada de prolixas ou regulamentares, é a constituiçãoo que trata de vários assuntos além dos temas essenciais em uma constituição. Gabarito: Correto. 16. (CESPE/ Técnico- STJ/ 2015) As Constituições dirigentes privilegiam as liberdades individuais, impondo ao Estado um dever de abstenção e um papel secundário na concretização dos valores fundamentais. Errado, no critério que leva em conta a finalidade, a constituição dirigente é a que traz normas programáticas traçando um plano, uma direção para o governo. Gabarito: Errado. 17. (CESPE/ Jornalista- FUB/ 2015) A CF, elaborada por representantes legítimos do povo, é exemplo de Constituição outorgada. Errado, a constituição elaborada por representantes do povo é promulgada. A outorgada é a imposta unilateralmente pelos governantes sem manifestação popular. Gabarito: Errado. 20

21 18. (CESPE/ Jornalista- FUB/ 2015) Quanto à mutabilidade, a doutrina majoritária classifica a CF como rígida, visto que, para a modificação do seu texto, exige-se um processo legislativo especial. Exato... para a maioria, a CF-88 é exemplo de constituição rígida. Gabarito: Correto. 19. (CESPE/ Jornalista- FUB/ 2015) Quanto ao modo de elaboração, a CF é dogmática, porque foi constituída ao longo do tempo mediante lento e contínuo processo de formação, reunindo a história e as tradições de um povo. Errado, a classificação apresentada é hipótese de constituiçãoo histórica, a constituição dogmática é aquela elaborada por um órgão Constituinte consolidando o pensamento que uma sociedade possui naquelee determinado momento. Gabarito: Errado. 20. (CESPE/ Jornalista- FUB/ 2015) A CF, no tocante a sua extensão, classifica-se como sintética, uma vez que versa somente sobre os princípios gerais e as regras básicas de organização do Estado. Errado, a CF- 88 é extensa.... basta lembra que tem mais de 250 artigos e trata de vários assuntos, até mesmo do Colégio D. Pedro II...rs (Art. 242, 2º O Colégio Pedro II, localizado na cidade do Rio de Janeiro, será mantido na órbita federal). Gabarito: Errado. 21. (CESPE/ Out. e Del. de Notas- TJ-PI/ 2013) Assinale a opção correta acerca de classificações de Constituição. (a) A Constituição nominal processo político. (b) Denomina-se Constituição cesarista a Constituição outorgadaa submetida a plebiscito ou referendo. (c) As Constituições francesas da época de Napoleão I são classificadas como Constituições imutáveis. (d) A Constituição garantia tarefas e programas de ação é aquela cujas normas efetivamentee dominam o caracteriza-se por conter normas definidoras de a serem concretizados pelos poderes públicos. 21

22 (e) Constituições ortodoxas são aquelas que procuram conciliar ideologias opostas. Letra A. Errado. O item se refere à classificação ontológica (relação com a realidade). A constituição nominal é justamente o oposto do afirmado, pois não é efetivada na prática. Letra B. Correto. O item se refere à classificação quanto à origem, Imposta pelo governante, mas posteriormentelevada à aprovação popular(não deixa de ser outorgada). Gabarito: Letra B. 22. (CESPE/ FUB-DF/ 2013) A constituição é outorgada quando é externada com a participação dos cidadãos, uma vez que as normas constitucionais são estatuídas pela deliberação majoritária dos agentes do poder constituinte. A promulgada é a legitimada pelos cidadãos. Gabarito: Errado. 23. (CESPE/ FUB-DF/ 2013) A CF, no que diz respeito à forma, é uma constituição consuetudinária. Correto. Quanto à forma, a constituição pode ser escrita ou não escrita, esta também chamada de consuetudinária. A CF brasileira é escrita. Gabarito: Errado. 24. (CESPE/ Procuradorr do Banco Central- Bacen/ 2013)No que se refere ao modo de elaboração, a constituição dogmática espelha os dogmas e princípios fundamentais adotados pelo estado e não será escrita. As Constituições dogmáticas são sempre escritas, daí o erro, no mais, consubstanciam os dogmas estruturais e fundamentais adotados pelo estado, como afirma a assertiva. Gabarito: Errado. 25. (CESPE/TJAA-CNJ/2013) Constituição não escrita é aquela que não é reunida em um documentoo único e solene, sendo composta de costumes, jurisprudência e instrumentoss escritos e dispersos, inclusive no tempo. 22

23 Exatamente, a Constituição não-escrita diferencia-se da escrita não por não ter efetivamente documentos escritos, mas pelo fato das normas de conteúdo constitucional não estarem sistematizadas em um documento único, formalmente superior aos demais. A Constituição não-escrita reconhece a constitucionalidade através do conteúdo e não da forma. Com efeito, esse conteúdo constitucional pode estar presente nos costumes, jurisprudências e até em diversos instrumentoss escritos, dispersos. Gabarito: Correto. 26. (CESPE/Analista - TJ-RR/2012) Na denominada constituição semântica, a atividade do intérprete limita-se à averiguação de seu sentido literal. A constituição semântica é aquela que serve apenas para justificar a dominação daqueles que exercem o poder político. Ela sequer tenta regular o poder, por isso incorreto o item. Gabarito: Errado. 27. (CESPE/MPE-PI/2012) A doutrina denomina constituição semântica as cartas políticas que apenas refletem as subjacentes relações de poder, correspondendo a meros simulacros de constituição. Isso mesmo, veja o conceito que a própria banca deu sobre constituição semântica. Gabarito: Correto. 28. (CESPE/Técnico Judiciário - TJ-RR/2012) A CF pode ser classificada, quanto à mutabilidade, comoo rígida, uma vez que não pode ser alterada com a mesma simplicidade com a qual se modifica uma lei. Dizemos que uma constituição é rígida quando processo legislativo especial e complexo poderá alterar seu texto, como ocorre na Constituição de 1988, que prevê um processo muito mais rígido para alteração do texto via emenda constitucional, que é bem mais difícil que para elaborar uma simples lei ordinária, daí acertada a afirmação. Gabarito: Correto. 23

24 29. (CESPE/ Técnico Judiciário - TJ-RR/ 2012) A CF, elaborada por representantes legítimos do povo, é exemplo de constituição outorgada. Quando a constituição for elaborada por representantes do Povo será Promulgada, Pê de Povo, Pê de Promulgada. Veja que o item inverteu os conceitos. Gabarito: Errado. 30. (CESPE/AJ-Taquigrafia-TJES/2011) Outorgada por uma Assembleia Constituinte, a Constituição Federal de 1988 (CF) é também classificada como escrita, formal, analítica, dogmática e rígida. Dizer que a Constituição de 1988 é classificada como escrita, formal, analítica, dogmática e rígida, está tudo certo. O problema é que dizer que ela foi outorgada por uma Assembleia Constituinte é uma contradição. As constituições podem ser outorgadas quando forem impostas pelo governante, ou então promulgadas, no caso de elaboradas por uma Assembleia Constituinte. Gabarito: Errado. 31. (ESAF/Analista Administrativo-DNIT/2013) A Constituição Federal de 1988 pode ser classificadaa como: a) material, escrita, histórica, promulgada, flexível e analítica. b) material, escrita, dogmática, outorgada, imutável e analítica. c) formal, escrita, dogmática, promulgada, rígida e analítica. d) formal, escrita, dogmática, promulgada, semirrígida e sintética. e) material, escrita, histórica, promulgada, semirrígida e analítica. A opção correta é a letra C, vamos relembrar os conceitos que classificam nossa constituição: Quanto ao conteúdo: Formal Independe do conteúdo. Ainda que o assunto tratado não seja essencial a uma Constituição, basta que esse assunto seja incorporado a um texto rígido supremo que ele será tido como constitucional. Quanto à forma: Escrita texto escrito. (ou instrumental) É formalizada em um único Quanto à elaboração: Dogmática É aquela elaborada por um órgão Constituinte, consolidando o pensamento que determinada sociedade possui naquele momento, por isso é necessariamente escrita, pois precisa esclarecer 24

25 essas situações que ainda não estão maduras, solidificadas no pensamento da sociedade. Diz-se que a Constituição dogmática sistematiza as ideias da teoria política e do direito dominante naquele determinado momento da história de um Estado. Quanto à origem: Promulgada (popular ou democrática) É aquela legitimada pelo povo. É elaborada por uma assembleia constituinte formada por representantes eleitos pelo voto popular. Quanto à alterabilidade (ou estabilidade): Rígida Quando se sobrepõe a todas as demais normas. Assim, somente um processo legislativo especial e complexo poderá alterar seu texto. Quanto à extensão: Analíticas:São as extensas, prolixas, que tratam de várias matérias que não são as fundamentais. Elas são a tendência das Constituições atuais, já que se percebeu que o papel do Estado não pode se limitar a garantir as liberdades do povo, mas deve agir ativamente para assegurar os direitos. Gabarito: Letra C. 32. (ESAF/MDIC/2012) Sabe-se que a doutrina constitucionalista classifica as constituições. Quanto às classificações existentes, é correto afirmar que: I. quanto ao modo de elaboração, pode ser escrita e não escrita. II. quanto à forma, pode ser dogmática e histórica. III. quanto à origem, pode ser promulgada e outorgada. IV. quanto ao conteúdo, pode ser analítica e sintética. Assinale a opção verdadeira. a) II, III e IV estão corretas. b) I, II e IV estão incorretas. c) I, III e IV estão corretas. d) I, II e III estão corretas. e) II e III estão incorretas. I Errado. Quanto à elaboração as constituições podem ser dogmáticas (elaboradas em um texto formal, em um determinado momento da história de um Estado), ou então históricas (se consolidaram ao longo dos tempos) a classificação que divide as Constituições em escritas ou não-escritas seria quanto à forma, ou seja, a formalidade em que ela se encontra no mundo jurídico. II- Errado. Motivo dito no elaboração. Forma = escrita item anterior: dogmática e histórica é modo de ou não-escrita. 25

26 III- Correto. IV- Errado. Quanto ao conteúdo, as Constituições se classificam em material ou formal. A Classificação como sintética ou analítica se refere à extensão. Gabarito: Letra B. 33. (ESAF/AFRFB/2012) O Estudo da Teoria Geral da Constituição revela que a Constituição dos Estados Unidos se ocupa da definição da estrutura do Estado, funcionamento e relação entre os Poderes, entre outros dispositivos. Por sua vez, a Constituiçãoo da República Federativa do Brasil de 1988 é detalhista e minuciosa. Ambas, entretanto, se submetem a processo mais dificultoso de emenda constitucional. Considerando a classificação das constituições e tomando-se como verdadeiras essas observações, sobre uma e outra Constituição, é possível afirmar que a) a Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 é escrita, analítica e rígida, a dos Estados Unidos, rígida, sintética e negativa. b) a Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 é do tipo histórica, rígida, outorgada e a dos Estados Unidos rígida, sintética. c) a Constituição dos Estados Unidos é do tipo consuetudinária, flexível e a da República Federativa do Brasil de 1988 é escrita, rígida e detalhista. d) a Constituição dos Estados Unidos é analítica, rígida e a da República Federativa do Brasil de 1988 é histórica e consuetudinária. e) a Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 é democrática, promulgada e flexível, a dos Estados Unidos, rígida, sintética e democrática. Letra A - Item correto, exigindo conhecimento da Constituiçãoo dos EUA do candidato... a título de informação, a constituição negativa é sinônimo de Garantia, que é aquela que se limita a trazer elementos limitativos do poder do Estado. Letra B - Errado. O erro está em afirmar que a CF-88 é histórica, na verdade ela é dogmática, pois foi elaborada por um órgão Constituinte, consolidando o pensamento que determinadaa sociedade possui naquele momento. Letra C - Errado. A constituição dos Estados Unidos não é consuetudinária (costumeira) ela é escrita, inclusive sabemos que foi a primeira constituição escrita da história, diferentemente do que diz o item. A classificação da Constituição de 88 está correta. Letra D - Errado. O item inverteu características das constituições do Brasil e dos EUA. Letra E - Errado. A do Brasil não é flexível, é rígida, pois somente pode ser alterada por procedimento especial. Gabarito: Letra A 26

27 34. (FGV/Advogado-BADESC/2010) Considerando os critérios de classificação das constituições quanto à sua origem, estabilidade e extensão, é correto afirmar que a Constituição Federal de 1988 é: a) promulgada, rígida e sintética. b) outorgada, semirrígida e analítica. c) promulgada, rígida e analítica. d) outorgada, semirrígida e sintética. e) promulgada, flexível e analítica. Letra A Errado. Embora rígida e promulgada, ela é analítica e não sintética. Letra B Errado. Embora analítica, ela é promulgada e não outorgada, além de ser rígida e não semirrígida. Letra C Correto. Letra D - Errado. Ela é promulgada e não outorgada, além de ser rígida e não semirrígida, e ainda analítica e não sintética. Letra E Errado. Pois ela é rígida e não flexível, embora seja promulgada e analítica. Gabarito: Letra C. Estrutura e elementos da Constituição: A CF/88 possui 2 partes: 1- Parte Permanente: Formada pelo Preâmbulo + Parte Dogmática (250 artigos) dividida em 9 títulos: Título I: Princípios Fundamentais Título II: Dos Direitos e Garantias Fundamentais Título III: Da Organização do Estado Título IV: Da Organização dos Poderes Título V: Da Defesa do Estado e das Instituições Democráticas Título V: Da Tributação e do Orçamento Título VII: Da Ordem Econômica e Financeira Título VIII: Da Ordem Social Título IX: Das Disposições Constitucionais Gerais; 2- Parte Transitória: ADCT (até a EC 71/12 possui 97 artigos) 27

28 A Constituição pode segundo José Afonso da Silva ser dividida em elementos. Baseado nas suas definições temos os seguintes elementos na Constituição: 1- Orgânicos: Normas que regulam a estrutura do Estado e do Poder. Organizam a estruturação do Estado. Ex. Título III Da Organização do Estado; Título IV Da organizaçãoo do poderes e do Sistema de Governo; Forças Armadas; Segurança pública; Tributação, Orçamento; 2- Limitativos: Limitam a atuação do poder do Estado, são os direitos e gatantias fundamentais (exceto os direitos sociais = eles são sócio-ideológicos); 3- Sócio-ideológicos: Tratam do compromisso entre o Estado individualista, que protege a autonomia das vontades, com o Estado Social, onde as pessoas fazem parte de uma coletividade a ser respeitada como um todo. Ex. Direitos Sociais, Título VII Da ordem econômica e financeira; Título VIIII Da Ordem Social; 4-De Estabilização Constitucional: São os elementos que tratam da solução de conflitos constitucionais, defesa do Estado, Constituição e instituições democrátitcas como o Controle de Constitucionalidade, os procedimentos de reforma, o estado de sítio, estado de defesa e a intervenção federal; 5- Formais de aplicabilidade: Regras de aplicação da Constituição, como o ADCT e normas como o art. 5º 1º - As normas definidoras dos Direitos e Garantias Fundamentais têm aplicação imediata. Também podemos inserir nesta classificação o "preâmbulo", que embora não tenha força de norma jurídica, pode servir de base para interpretar e aplicar as normas constitucionais. 35. (FCC/ Assessor Técnico- AL-PE/ 2013) Sobre os elementos das Constituições, são considerados elementos orgânicos as normas (A) que revelam o compromisso da Constituição entre o Estado individualista e o Estado Social. (B) que regulam a estrutura do Estado e do Poder. (C) destinadas a assegurar a solução de conflitos constitucionais, a defesa da Constituição, do Estado e das instituições democráticas. (D) que estabelecem regras de aplicação de outras normas constitucionais. (E) que compõem o elenco dos direitos e garantias fundamentais, limitando a atuação dos Poderes estatais. Letra A. Errado, os elementos que tratam dos compromissos entree o Estado e o indivíduo são os sócios ideológicos. Letra B. Correto. Os elementos orgânicos são os que regulam a estrutura do Estado e do Poder e organizam a estruturação do Estado. 28

29 Letra C. Errado. Os elementos que tratam da solução constitucionais, defesa do Estado e instituições democráticas são de estabilização conctitucional. de conflitos os elementos Letra D. Os elementos que estabelecem regras de aplicação de outras normas constitucionais são os formais de aplicabilidade. Letra E- Errado. Os compõe o rol de direitos fundamentais são os limitadores do poder do Estado, daí que são chamados de limitativos. Gabarito: Letra B. 36. (CESPE/Analista-EBC/2011) As normas previstas no Ato das Disposições Constitucionaiss Transitórias possuem natureza de norma constitucional. Toda a parte dogmática e o Ato das Disposições Constitucionaiss Transitórias fazem parte da Constituição, com mesma hierarquia e valor normativo, ressalva-se tão somente o preâmbulo. que segundo o Supremo, não possui força normativa. Gabarito: Correto. 37. (CESPE/Analista-EBC/2011) O preâmbulo da Constituiçãoo Federal não faz parte do texto constitucional propriamente dito e não possui valor normativo. Este é o pensamento do STF, segundo o qual o preêmbulo não possui força normativa e não deve ser obrigatoriamente reproduzido nas Constituições Estaduais. Vale ressaltar que, embora não tenha força de norma jurídica, o preâmbulo pode servir de base para interpretar e aplicar as normas constitucionais. Gabarito: Correto. 38. (CESPE/Polícia Civil TO/2008) Os elementos orgânicos que compõem a Constituição dizem respeito às normas que regulam a estrutura do Estado e do poder, fixando o sistema de competência dos órgãos, instituições e autoridades públicas. Perfeita definição. Gabarito: Correto. 29

30 39. (CESPE/Procurador-TCE-ES/2009) O preâmbulo, o dispositivo que estabelece cláusulas de promulgação e as disposições transitórias são exemplos de elementos de estabilização constitucional. Seriam classificados como elementos formais de aplicabilidade, já que os elementos de estabilização constitucional são os elementos que tratam da solução de conflitos constitucionais, defesa do Estado, Constituição e instituições democrátitcas como o Controle de Constitucionalidade, os procedimentos de reforma, o estado de sítio, estado de defesa e a intervenção federal. Gabarito: Errado. 40. (CESPE/Procurador-TCE-ES/2009)Os denominados elementos formais de aplicabilidade das constituições são consagrados nas normas destinadas a garantir a solução de conflitos constitucionais, a defesa da Constituição, do Estado e das instituições democráticas. Estes seriam os elementos de estabilização constitucional. Os elementos formais de aplicabilidade são as regras de aplicação da Constituição, como o preâmbulo, ADCT e normas como o art. 5º 1º - As normas dos Dir. Fundamentais têm aplicação imediata. Gabarito: Errado. 41. (CESPE/Juiz Federal Substituto - TRF 1ª/2009) Segundo a doutrina, os elementos orgânicos da constituição são aqueles que limitamm a ação dos poderes estatais, estabelecem as balizas do estado de direito e consubstanciam o rol dos direitos fundamentais. Esses são os limitativos e não os orgânicos. Gabarito: Errado. 42. (CESPE/Juiz Federal Substituto TRF 5ª/2009) Os elementos limitativos da CF estão consubstanciados nas normas constitucionais destinadas a assegurar a solução de conflitos constitucionais, a defesa da Constituição, do Estado e das instituições democráticas. Os elementos limitativos, servem para limitar a atuação do poder do Estado, como os direitos e gatantias fundamentais. Quando falamos em solução de conflitos, defesa da Constituição e etc. estamos falando em elementos de estabilização constitucional. 30

31 Gabarito: Errado. 43. (CESPE/Procurador-TCE-ES/2009)Os direitos individuais e suas garantias, os direitos de nacionalidade e os direitos políticos são considerados elementos limitativos das constituições. A doutrina os classificam como elementos limitativos pois são responsáveis por limitar a atuação do Estado face aos particulares. Gabarito: Correto. 44. (FGV/Fiscal-SEFAZ-RJ/2008) São elementos orgânicos da Constituição: a) a estruturação do Estado e os direitos fundamentais. b) a divisão dos poderes e o sistema de governo. c) a tributação e o orçamentoo e os direitos sociais. d) as forças armadas e a nacionalidade. e) a segurança pública e a intervenção. Analisemos cada assertiva: a) a estruturação do Estado e os direitos fundamentais. Errada. Embora a estruturação do Estado seja orgânico, os direitos fundamentais são limitativos. b) a divisão dos poderes e o sistema de governo. Correta. Ambos são orgânicos, pois organizam o Poder e o Estado. c) a tributação e o orçamento e os direitos sociais. Errada. Embora tributação e o orçamentoseja orgânico, os direitos sociais são sócio-ideológicos. d) as forças armadas e a nacionalidade. Errada. Embora forças armadasseja orgânico, os direitos da nacionalidade são limitativos. e) a segurança pública e a intervenção. Errada. Intervenção é elemento de estabilização constitucional, embora a segurança pública seja orgânico. Gabarito: Letra B. 31

32 Eficácia e aplicabilidade das normas Eficácia é a capacidade que uma norma tem para produzir efeitos, o grau de eficácia das normas constitucionais é um dos temas mais controversos da doutrina, mas para nosso objetivo, as considerações abaixo serão suficientes. Doutrina clássica x Normas Programáticas: A doutrina clássica, de Rui Barbosa, baseada na doutrina norte-americana, dividia as normas em auto-aplicáveis (auto-executáveis) e não auto- exigiam aplicáveis(não auto-executáveis), estas, diferentemente das primeiras a complementação do legislador para produzirem efeitos. Essa classificação,atualmente, não costuma ser aceita no Brasil. Em que pese tal fato, algumas bancas, costumam cobrar o conceito de não auto-aplicáveis em associação às normas programáticas. As normas programáticas são aquelas que definem planos de ação para o Estado, como combater a pobreza, a marginalização e os direitos sociais do art. 6º. As normas programáticas possuem o que se chama de eficácia diferida, ou seja, sua aplicação se dará ao longo do tempo, na medida em que forem sendo concretizadas. Eficácia e aplicabilidade segundo a José Affonso da Silva: Essa é a doutrina majoritária, a mais cobrada em concursos. Divide em 3 tipos as normas: 1- Eficácia Plena Não necessitam de nenhuma ação do legislador para que possam alcançar o destinatário, e por isso são de aplicação direta e imediata, pois independem de uma lei que venha mediar os seus efeitos. As normas de eficácia plena também não admitem que uma lei posterior venha a restringir o seu alcance. Ex.: Ninguém poderá ser compelido a associar-se ou permanecer associado (CF, art. 5º, XX). 2- Eficácia Contida - É aquela norma que, embora não precise de qualquer regulamentação para ser alcançada por seus receptores - também tem aplicabilidade direta e imediata, não precisando de lei para mediar os seus efeitos -, poderá ver o seu alcance restringido pela superveniência de uma lei infraconstitucional. Enquanto não editada essa lei, a norma permanece no mundo jurídico com sua eficácia de forma plena, porém no futuro poderá ser restringida pelo legislador infraconstitucional. Ex.: É livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendida às qualificações profissionaiss que a lei estabelecer (CF, art. 5º, XIII). Ou seja, As pessoas podem exercer de forma plena qualquer trabalho, ofício ou profissão, salvo se vier uma norma estabelecendo certos requisitos para conter essa plena liberdade. 32

33 Observação:Em regra, as normas de eficácia contida são passíveis de restrição por leis infraconstitucionais, porém, também se manifestam como normas de eficácia contida as normas onde a própria constituição estabelece casos de relativização. Exemplo disto é o direito de reunião que pode ser restringido no caso de Estado de Sítio ou Defesa. Ou ainda, o direito de propriedade, que é relativizado pela norma da desapropriação e pela necessidade do cumprimento da função social. A doutrina ainda considera que certos preceitos ético-jurídicos como a moral, os bons costumes e etc. também podem ser usados para conter as normas. 3- Eficácia Limitada - É a norma que, caso não haja regulamentação por meio de lei, não será capaz de gerar os efeitos para os quais foi criada, assim dizemos que tem aplicação indireta ou mediata, pois há a necessidade da existência de uma lei para mediar a sua aplicação. Como vimos, é errado dizer que não possui eficácia jurídica, ou que é incapaz de gerar efeitos concretos, pois desde logo manifesta a intenção dos legisladores constituinte, fornecendo conteúdo para ser usado na interpretação constitucional e é capaz de tornar inconstitucionais as normas infraconstitucionais que sejam com ela incompatíveis (daí se falar em eficácia negativa ou paralisante das normas de eficácia limitada). Desta forma, sua aplicação é mediata, mas sua eficácia jurídica (ou seja, seu caráter vinculante) é imediata. Ex.: O estado promoverá, na forma da lei, a defesa do consumidor (art. 5º, XXXII).Se a lei não estabelecesse o Código de Defesa do Consumidor, não se poderia aplicar essa norma por si só, ou, acaso as normas criadas pelo CDC não fossem favoráveis aos consumidores, seriam inconstitucionais por contrariar as normas de eficácia limitada que trata da matéria. Observação: O prof. José Afonso da Silva, ainda divide as normas de eficácia limitada em dois grupos: a) Normas de princípio programático -São as que direcionam a atuação do Estado instituindo programas de governo. Terão eficácia diferida e necessitam de atos normativos e administrativos para concretizarem os objetivos para quais foram criadas. b) Normas de princípio institutivo - São as normas que trazem apenas um direcionamento geral, e ordenam o legislador a organizar ou instituir órgãos, instituições ou regulamentos, observando os direcionamentos trazidos. O professor ressalta as expressões "na forma da lei" ", "nos termos da lei", "a lei estabelecerá" e etc. como meios de identificação destas normas. 33

34 Baseado na doutrina do Professor Canotilho, ainda podemos classificar as normas programáticas como normas-fim, pois traduz uma finalidade a ser buscada pelo Poder Público. Eficácia e aplicabilidade segundo a Maria Helena Diniz: A classificação das normas, segundo esta autora, muda pouco comparado a José Affonso da Silva. Maria Helena Diniz aborda mais um tipo em sua classificação: as normas de eficácia absoluta ou supereficazes. Assim, segundo ela, teriamos a seguinte classificação: 1- Eficácia absoluta ou supereficazes: seriam as clásulass pétreas (CF, art. 60 4º), ou seja, as normas que não podem ser abolidas por emendas constitucionais. Para esta doutrina, as normas de eficácia absoluta sequer são suscetíveis de emendas constitucionais (este pensamento não é o seguido pelo STF, que aceita o uso das emendas constitucionais desdee que usadas para fortalecer ou ampliar as cláusulas pétreas). 2- Eficácia plena = Eficácia plena de J.A. Silva 3- Eficácia relativa restringível = Eficácia contida de J.A. Silva 4- Eficácia relativa complementável = Eficácia limitada de J..A. Silva. Normas definidoras dos direitos e garantias fundamentais: Art. 5º 1º - As normas definidoras dos direitos e garantias fundamentais têm aplicação imediata. Isso não quer dizer que sejam todas de eficácia plena, como já foi cobrado em concurso. É apenas um apelo para que se busque efetivamentee aplicá-las e assim não sejam frustrados os anseios da sociedade. Lembramos ainda que tanto as plenas como também as contidas possuem aplicação imediata. Vamos propor um fluxograma para facilitar nossa vida nas questões sobre classificação das normas: 34

35 Leia a norma com calma! Pergunta 1 -Você consegue, só pelo que está ali escrito, aplicar o preceito? Sim Não Então, estamos diante de norma que tem aplicação imediata! Mas a eficácia poderá ser plena ou contida. Pergunta 2a - Existe a possibilidade de que, caso se edite uma lei, essa norma fique restringida? Sim Não Então, a norma tem aplicação mediata e será somente de eficácia limitada. Mas poderá ser programática ou de princípio institutivo. Pergunta 2b - A norma busca traçar um plano de governo para direcionar o Estado, ou é uma norma que está ordenando a criação de órgãos, institutos ou regulamentos? A norma é de eficácia contida A norma é de eficácia plena Traça um plano de governo Ordena a criação de institutos, órgãos ou regulamentos A norma é de eficácia limitada e programática A norma é de eficácia limitada e definidora de princípio institutivo 35

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