UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE CENTRO TECNOLÓGICO MESTRADO PROFISSIONAL EM SISTEMAS DE GESTÃO MAURICIO DE PAULA OLIVEIRA

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1 UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE CENTRO TECNOLÓGICO MESTRADO PROFISSIONAL EM SISTEMAS DE GESTÃO MAURICIO DE PAULA OLIVEIRA UM ESTUDO DE CASO DA GESTÃO DE SEGURANÇA INDUSTRIAL DE UMA PLATAFORMA DE PETRÓLEO OFFSHORE. Niterói 2008

2 MAURICIO DE PAULA OLIVEIRA UM ESTUDO DE CASO DA GESTÃO DE SEGURANÇA INDUSTRIAL DE UMA PLATAFORMA DE PETRÓLEO OFFSHORE. Dissertação apresentada ao Curso de Mestrado em Sistemas de Gestão da Universidade Federal Fluminense como requisito parcial para obtenção de grau de mestre em Sistema de Gestão. Área de Concentração: Sistema de Gestão de Segurança e Saúde Ocupacional. Orientador: Eduardo Qualharini, D.Sc. Niterói 2008

3 MAURICIO DE PAULA OLIVEIRA UM ESTUDO DE CASO DA GESTÃO DE SEGURANÇA INDUSTRIAL DE UMA PLATAFORMA DE PETRÓLEO OFFSHORE. Dissertação apresentada ao Curso de Mestrado em Sistemas de Gestão da Universidade Federal Fluminense como requisito parcial para obtenção de grau de mestre em Sistema de Gestão. Área de Concentração: Sistema de Gestão de Segurança e Saúde Ocupacional. Aprovada em dezembro de BANCA EXAMINADORA PROF. DR. EDUARDO LINHARES QUALHARINI ORIENTADOR/UFRJ PROF. MARCIUS HOLANDA PEREIRA DA ROCHA UFF PROF. CARLOS FRANCISCO SIMÕES GOMES IBEMEC Niterói 2008

4 AGRADECIMENTOS Agradeço a Deus, pela Graça, Saúde e Capacidade para o trabalho, me sustentando em todas as horas da minha vida. A Ele toda Honra, toda a Glória e todo o Poder pelos séculos dos séculos. Amém. Aos gerentes Jairo dos Santos Júnior, Cláudio Vianna e Júlio Marsillac que proporcionaram o desenvolvimento dessa pesquisa, autorizando e incentivando a minha participação nesse curso. Aos funcionários e coordenadores da Universidade Corporativa da Petrobras, pela dedicação e apoio à turma de mestrandos. Ao meu orientador Professor Eduardo Linhares Qualharini e a todo o corpo docente do mestrado da Universidade Federal Fluminense, pela passagem de vosso conhecimento.

5 RESUMO Várias têm sido as tentativas das empresas em reduzir os acidentes e melhorarem a produção, a satisfação dos empregados e a imagem da companhia. As normas internacionais, como a ISO-14001, BS-8800 e OHSAS auxiliam as empresas na busca da implementação de um Sistema de Gestão de Segurança Industrial, buscando ou não a certificação. Empresas que atuam no ramo petrolífero sabem que sua atividade é de extremo risco, portanto, os projetos de suas plataformas marítimas precisam analisar os perigos de seus processos e, incorporarem ações de mitigação dos riscos. Esse trabalho buscou evidenciar a prática de Gestão de Riscos de uma Unidade de Negócio de Exploração e Produção de Petróleo da Petrobras e identificar as ferramentas e as metodologias de análise de riscos aplicadas aos seus projetos e mudanças nas instalações de superfície das unidades marítimas de produção. O resultado poderá contribuir no desenvolvimento de um fluxo de trabalho da rotina da análise e gerenciamento dos riscos de uma plataforma de petróleo. Palavras chaves: Sistemas de Gestão, Gestão de Riscos, Riscos, Plataforma de Petróleo.

6 ABSTRACT Several they have been the attempts of the companies in reducing the accidents and they improve the production, the employees' satisfaction and the image of the company. The international norms, as the ISO-14001, BS-8800 and OHSAS aid the companies in the search of the implementation of a System of Administration of Industrial Safety, looking for or no the certification. Companies that act in the branch of the petroleum know that her activity is of the high risk, therefore, the projects of their marine platforms need to analyze the dangers of their processes and, they incorporate actions of mitigation of the risks. That work looked for to evidence the practice of Administration of Risks of an Petrobras Unit Business of Exploration and Production of Petroleum and to identify the tools and the methodologies of analysis of risks applied to their projects and changes in the facilities of surface of the marine units of production. The result can contribute in the development of a flow of work of the routine of the analysis and administration of the risks of a platform of petroleum. Keys Words: System of Administration, Administration of Risks, Risks, Platform of Petroleum.

7 LISTA DE FIGURAS Figura 1 - Elemento de gerenciamento...25 Figura 2 - Modelo de Procedimento para planejamento e implantação de SST...29 Figura 3 - Processo de avaliação de riscos...30 Figura 4 - Concessões da UN-RIO...61 Figura 5 - Operação de Concessões...62 Figura 6 - Instalações terrestre da UN-RIO...62 Figura 7 - Instalações Marítimas de produção em operação...63 Figura 8 - Instalações Marítimas em fase de projetos...64 Figura 9 - Cadeia de processos da UN-RIO...65 Figura 10 - Segmentação dos Clientes da UN- RIO...65 Figura 11 - Segmentação dos Clientes do produto gás da UN- RIO...67 Figura 12 - Distribuição dos empregados Petrobras por regime de trabalho...67 Figura13 - Distribuição dos empregados Petrobras em regime administrativo...68 Figura 14 - Principais agrupadores de fornecedores externos...69 Figura 15 - Organograma da estrutura básica da UN- RIO...70 Figura 16 - Espinha dorsal do Sistema de Gestão da UN-RIO...74 Figura 17 - Ciclos de Gestão da UN-RIO...80 Figura 18 - Documentação do Sistema de Gestão...82 Figura 19 - TFCA 2001/ Figura 20 - Sub-temas e gerenciamento de riscos de projetos...84 Figura 21 - Fluxograma da Gestão de projetos...85 Figura 22 - Fluxograma da Gestão de riscos...88 Figura 23 - Estudos a serem realizados no projetos...89 Figura 24 - Estudos a serem realizados no projeto de detalhamento...90 Figura 25 - Estudos a serem realizados na fase de operação...91 Figura 26 - Estudos a serem realizados na fase de desativação da plataforma...91 Figura 27 - Planilha de APR...92 Figura 28 - Planilha de HAZOP...92 Figura 29 - Dispersão de gases do vent dos tanques de carga da P Figura 30 - Nuvem de gás com faixa de inflamabilidade...94 Figura 31 - Estudo de incêndio-faixa de temperaturas...95 Figura 32 - Tabela de sub pressão para um vazamento de 30m3 de gás natural...96

8 LISTA DE SIGLAS 3 D Terceira Dimensão ALARP Tão baixo quanto razoavelmente praticável ANP Agência Nacional de Petróleo API American Petroleum Institute APN-1 Análise Preliminar de Perigos Nível 1 APN-2 Análise Preliminar de Perigos Nível 2 APR Análise Preliminar de Riscos ATP Ativo de Produção BSI British Standards Institution CENPES Centro de Pesquisas da Petrobras DOC Documento de Conformidade DPC Diretoria de Portos e Costas E&P Seguimento de Exploração e Produção de Petróleo EERA Estudo de Escape, Resgate e Abandono EIA Estudo de Impacto Ambiental ENGP Engenharia de Produção FAM Formulário de Ajuda à Mudança HAZOP Análise de Perigos e Operabilidade de Sistemas IADC Associação Internacional das Empresas de Perfuração ICS Câmara Internacional de Navegação IBAMA Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis IMO International Maritime Organization ISEA Interação entre Sistemas Elétricos e de Automação ISM International Safety Management ISO International Organization for Standardization MGI Modelo de Gestão Integrado MLS Marlim Sul NR Norma Regulamentadora OCIMF Fórum Marítimo Internacional das Companhias de Óleo PAN Plano Anual de Negócios PAP Plano Anual de Produção

9 PAT PDCA PDG PEO PIRC PM PMDC PPA PPRA PRODEP PT RA RAC REDUC SEP SGM SIGnO SIPAT SMC SMS SOLAS SPO SSO SST STCW TCU TECAB TFCA UEP UN-BC UN-RIO USCG Plano Anual de Trabalho Planejar, Implementar, Verificar e Ação Corretiva Plano de Dispêndios Globais Programa de Excelência Operacional Plano Integrado de Recursos Críticos Planejamento e Marketing Plano de Melhoria, Disseminação e Continuidade. Plano Plurianual de Produção Programa de Prevenção de Riscos Ambientais Programa de Desenvolvimento e Execução de Projetos de E&P Permissão para Trabalho Representante da Administração Reuniões de Acompanhamento e Controle de Desempenho Refinaria Duque de Caxias Solicitação de Estudo e/ou Projeto Sistema de Gestão de Mudanças Sociedade dos Operadores Internacionais de Navios de Gás e Terminais Semana Interna de Prevenção de Acidentes do Trabalho Certificado de Gerenciamento de Segurança Segurança, Meio Ambiente e Saúde Safety of Life at Sea Suporte às Práticas de Operação Sistema de Segurança e Saúde Ocupacional Sistema de Segurança e Saúde no Trabalho International Convention on Standards of Training, Certification and Watchkeeping for Seafarers Tribunal de Contas da União Terminal de Cabiúnas Taxa de Frequência de Acidentes com Afastamento Unidade Estacionária de Produção Unidade de Negócios de Exploração e Produção da Bacia de Campos Unidade de Negócios de Exploração e Produção do Rio de Janeiro Guarda Costeira Americana

10 SUMÁRIO 1 DA PESQUISA CONTEXTUALIZAÇÃO DO TEMA A SITUAÇÃO PROBLEMA VINCULADA À PESQUISA OBJETIVOS DA PESQUISA AS QUESTÕES DA PESQUISA A JUSTIFICATIVA E RELEVÂNCIA DA PESQUISA A DELIMITAÇÃO DA PESQUISA A ESTRUTURA DO TRABALHO METODOLOGIA CIENTÍFICA DA PESQUISA Estratégia metodológica Delineamento da pesquisa REVISÃO DA LITERATURA INTRODUÇÃO A relevância para a adoção de um sistema de segurança e saúde no trabalho Cenário da atividade de Exploração e Produção de Petróleo Requisitos e Normas SISTEMA DE GESTÃO DE SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO Considerações Iniciais Sistema de gestão Norma Britânica BS 8800: Guia para sistemas de gestão de segurança e saúde no trabalho Norma OHSAS 18001: Requisitos do sistema de segurança e higiene do trabalho CULTURA ORGANIZACIONAL CÓDIGO ISM Evolução da Norma Aplicação do Código IDENTIFICAÇÃO DOS ASPECTOS E IMPACTOS DE SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO Introdução SISTEMA DE GESTÃO DA UN-RIO O NEGÓCIO PORTE E INSTALAÇÕES CADEIA DE PROCESSOS...66

11 3.4 PARTES INTERESSADAS Acionistas Parceiros Clientes Força de trabalho Sociedade Fornecedores DESAFIOS ESTRATÉGICOS ORGANOGRAMA MODELOS DE GESTÃO Papeis de responsabilidades Política de gestão Escopo do Sistema de Gestão Espinha Dorsal do Sistema de Gestão Documentação do Sistema de Gestão Indicadores do sistema de Gestão GESTÃO DE PROJETOS GESTÃO DE RISCOS Como é feita a gestão de riscos na UN-RIO Breve descrição dos estudos de riscos Estudos de interesse Gerência de Projetos, Construção e Montagem Sistema de Gestão da Mudança- SGM Ferramenta para o desenvolvimento de análise de riscos CONSIDERAÇÕES FINAIS ASPECTOS GERAIS QUESTÕES DA PESQUISA SUGESTÕES DE MELHORIAS DE FUTURAS PESQUISAS BIBLIOGRAFIA GLOSSÁRIO...109

12 12 1 DA PESQUISA 1.1 CONTEXTUALIZAÇÃO DO TEMA A implantação de um Sistema de Gestão de Segurança e Saúde Ocupacional em uma empresa deve ser precedida de uma política onde esta empresa tenha por maior compromisso aplicar medidas de prevenção de acidentes e de proteção do trabalhador e das instalações através de medidas técnicas que supram os requisitos da legislação e espelhem as boas práticas de engenharia. A planificação do Sistema de Gestão trará benefícios não só para a segurança do trabalhador, mas promoverá a saúde destes, a preservação do meio ambiente, como também buscará um ponto ótimo no binômio Produção x Segurança, aumentando a integridade dos equipamentos e das instalações. As normas internacionais podem servir de orientação para que a Administração da companhia estabeleça suas estratégias e objetivos a serem alcançados nesse processo de implantação do Sistema de Gestão de Segurança e Saúde Ocupacional. A Norma OHSAS é um bom referencial neste modelo, buscando-se ou não a certificação. Nesta pesquisa há o objetivo de identificar as práticas de gestão a um modelo de Gestão de Segurança e Saúde Ocupacional, tomando como base os riscos dos processos das instalações de superfície de uma plataforma. 1.2 A SITUAÇÃO PROBLEMA VINCULADA À PESQUISA A integração do Sistema de Gestão e o Sistema de Gestão de Segurança Industrial, deve prever a gestão dos riscos de uma plataforma em todo o ciclo de vida da unidade de produção. Com o advento do acidente da plataforma P-36 e seu afundamento, foi necessário estabelecer um maior controle nos riscos ainda na fase de projeto.

13 OS OBJETIVOS DA PESQUISA OBJETIVO GERAL Avaliar o Sistema de Gestão aplicado a uma gerência de exploração e produção de petróleo, quanto ao Gerenciamento dos Riscos. OBJETIVOS ESPECÍFICOS - Descrever o Sistema de Gestão atual; - Identificar as Práticas de Gestão; - Levantar os recursos existentes e os profissionais envolvidos na execução da identificação e tratamento dos riscos; e - Procurar identificar a matriz de responsabilidade referente ao sistema de Segurança e Saúde no Trabalho, verificando se os assuntos de SST estão inseridos no fluxo de trabalho. 1.4 AS QUESTÕES DA PESQUISA Para que ao final desse trabalho possam ser respondidas e haja uma visão mais clara do sistema pesquisado, algumas questões foram elaboradas: 1ª Questão: Os projetos podem incorporar propostas de alteração após uma análise de riscos? 2ª Questão: Como é feito o levantamento dos perigos de uma plataforma de petróleo durante a sua fase de elaboração e construção? 3ª Questão: Como é feito o levantamento dos perigos de uma plataforma de petróleo em operação?

14 14 4ª Questão: O Sistema de Gestão faz o mapeamento se os perigos foram tratados e mitigados? 5ª Questão: Pode haver diferenças nos resultados das análises de riscos? 1.5 A JUSTIFICATIVA E RELEVÂNCIA DA PESQUISA A existência de um sistema de gestão de segurança e saúde não garante que todos os requisitos aplicáveis a uma plataforma de petróleo estão sendo tratados adequadamente e pelos profissionais competentes para tal. A visão das demandas e os padrões corporativos, precisam estar interligados na gerência da rotina de maneira que todos os itens sejam tratados adequadamente. Quando da construção e uma plataforma de petróleo os projetos precisam ser avaliados tanto nas condições de operação quanto na visão de segurança e seus recursos de contingência. Após o início da operação da unidade marítima, toda e qualquer alteração de seu projeto original deve ser avaliada quanto ao nível de risco e sua confiabilidade. 1.6 A DELIMITAÇÃO DA PESQUISA A análise do Sistema de Segurança e Saúde no Trabalho existente nas plataformas de Petróleo Offshore, foi feita através da consulta às ferramentas de gestão existentes para o levantamento das demandas oriundas da legislação, auditorias, inspeções, acidentes, instabilidade operacional, e o comportamento dos indicadores de gestão obtidos ao longo dos anos de operação. O que se pretende é verificar o tratamento dado aos riscos nas fases de projeto e de operação.

15 A ESTRUTURA DO TRABALHO Este trabalho foi composto por quatro capítulos estruturados conforme a seguir: - O primeiro capítulo será a parte introdutória, com a definição do tema, a importância da pesquisa para a empresa. Ainda neste capítulo será apresentada a justificativa do trabalho, os objetivos e as questões da pesquisa. - O segundo capítulo trará a revisão da literatura, abordando os temas sobre Gestão de Segurança e Saúde no Trabalho, a Gestão, a Cultura Organizacional e os Requisitos Legais em foco. - No terceiro capítulo será descrito o Sistema de Gestão de Segurança e Saúde da Plataforma de Petróleo Offshore e suas ferramentas de gestão. - No quarto serão apresentadas as conclusões relacionadas às questões e objetivos definidos para a pesquisa, trazendo as dificuldades do gerenciamento e as lacunas a serem tratadas. 1.8 METODOLOGIA CIENTÍFICA DA PESQUISA Estratégia metodológica Essa pesquisa é de natureza qualitativa, pois o objetivo é de analisar o desenvolvimento do sistema de gestão da segurança e saúde em uma plataforma de petróleo. Ela se utilizou de um método descritivo, uma vez que investigou o modelo já existente e constatou os resultados já obtidos no desenvolvimento das tarefas Delineamento da pesquisa Foi feito um estudo de caso em uma gerência de exploração e produção de petróleo em Plataformas Offshore, acompanhando a evolução do Sistema de Segurança e Saúde no Trabalho - SST desde o início de operação até os dias de hoje. Foram utilizadas as ferramentas de gestão da empresa analisada para se obter os dados necessários, levantamento das demandas, consultas aos padrões, evolução dos indicadores de gestão, relatórios de anomalias e resultados de auditorias.

16 16 2 REVISÃO DA LITERATURA 2.1 INTRODUÇÃO A relevância para adoção de um Sistema da Segurança e Saúde no Trabalho Em 1988 toda a indústria do petróleo voltou suas atenções para o acidente ocorrido no Mar do Norte com a plataforma fixa de produção de Piper Alpha destruída por uma série de incêndios e explosões acarretando 167 fatalidades. Em 1993 o Reino Unido emitia um conjunto de regulamentos conhecidos com Safety Case. Nos EUA o Minerals Management Service anunciava seu programa conhecido como Safety and Environmental Management Program. A API ( American Petroleum Institute ) finalizava sua norma conhecida como Recommended Practices for development of a Safety and Facilities (API RP 75). A organização Marítima Internacional (IMO) se preparava para aprovar em assembléia uma resolução estabelecendo seu International Safety Management (ISM) Code. Padrões emitidos por governos e pela indústria, aplicáveis às atividades de exploração e produção de petróleo, passaram a fazer parte do cenário desta atividade, influenciando empresas operadoras em todo o mundo a desenvolver seus Sistemas de Gestão de Segurança, Meio Ambiente e Saúde e a cobrar de suas contratadas a mesma postura. (Curso de Gestão, Bureau Veritas, 2002) Cenário da atividade de Exploração e Produção de Petróleo Posição do Reino Unido A regulamentação do governo Inglês requer das empresas de petróleo a aprovação de um Safety Case ou demonstração. Esta abordagem inclui a comprovação de que a Empresa possui um sistema de gerenciamento que assegure o cumprimento com requisitos estatutários de saúde e segurança, evidências da realização de auditorias internas do Sistema, identificação de situações potenciais de perigo consideradas significativas, análise de riscos com conseqüente redução do risco ao nível mais baixo possível (nível aceitável). Adicionalmente, um plano de ação de emergência envolvendo prontidão, evacuação e resgate, também deve ser um componente desse Sistema.

17 17 Este processo vem sendo aplicado na região do Mar do Norte, às Unidades Móveis de Perfuração e demais plataformas de produção de petróleo, com bastante sucesso. A maioria das Unidades Marítimas pertencentes às companhias que operam no Reino Unido já foram aprovadas. Estudos, projetos, melhorias em equipamentos e instalações; bem como desenvolvimento e manutenção de sistemas de gestão foram implementados pela indústria de petróleo local. Atualmente, os esforços do setor vêm sendo dirigidos para áreas com maiores oportunidades de melhoria, não só nas instalações industriais como também no desenvolvimento de uma legislação mais adequada. (Curso de Gestão, Bureau Veritas, 2002) Posição dos EUA O Mineral Management Services (Órgão executivo do governo americano), solicitou a todas as companhias de petróleo que implementassem voluntariamente sistemas de gerenciamento de segurança e proteção ambiental, usando a norma API- RP 75 como referência. Este Órgão vem monitorando os resultados das empresas com a implantação desses sistemas, devendo decidir quanto a aplicação mandatória deste padrão. A USCG (Guarda Costeira Americana), participou ativamente do desenvolvimento do Código ISM junto aos Comitês da IMO, tendo publicado uma resolução definindo diretrizes para implantação do Código em embarcações de bandeira americana. A USCG solicitou às entidades de classe (IADC, National Offshore Safety Advisory Committee) a formação de grupos de trabalho para analisar sua resolução, visando adequá-las às unidades marítimas offshore. Segundo a USCG com a implantação pelas empresas de Sistemas de Gestão de Segurança e Meio Ambiente, deverá ser reduzido o escopo e a freqüência de suas intervenções nas unidades marítimas. Posição da IMO (Organização Marítima Internacional) A IMO adotou um conjunto de emendas em sua principal conversão de Segurança (Conversão SOLAS Safety of Life at Sea), Tornando mandatória a implementação do Código ISM para determinados tipos de Unidades Marítimas. Esta medida afetou

18 18 particularmente as unidades Móveis de Perfuração, que deveriam se enquadrar segundo os requisitos do Código ISM, até julho de O fato do Código ISM ter sido considerado como parte da Convenção SOLAS, introduziu uma questão que afeta significativamente as empresas de petróleo. A princípio a Convenção SOLAS é aplicável a embarcações propelidas envolvidas em viagens internacionais, o que limitaria bastante o universo de unidades offshore para as quais o Código seria mandatório. Contudo, sob o ponto de vista técnico o nível de risco das atividades de exploração e produção é, no mínimo, equivalentes às demais atividades marítimas. Deste modo, as autoridades marítimas responsáveis pela aplicação das Convenções Internacionais em suas águas territoriais, deverão estender a aplicação deste Código para outras unidades marítimas, envolvendo as Unidades Offshore. Posição da indústria do petróleo O Fórum Internacional das Indústrias de Exploração e Produção (E&P Fórum) introduziu uma iniciativa notável no gerenciamento de segurança, meio ambiente e saúde aplicável a indústria do petróleo. Este fórum é uma associação internacional reunindo Companhias de petróleo do segmento de exploração e produção, tendo como objetivo principal a proteção do homem e do meio ambiente. Esta entidade publicou um documento intitulado Guidelines for Health, Safety and Environmental Management Systems, desenvolvido para prover um conjunto objetivo, de requisitos de gestão aplicáveis as operadoras e contratistas, que assegurem o cumprimento com políticas de segurança, meio ambiente e saúde; e boas práticas de gestão. Companhias operadoras européias estão aderindo a este modelo e passam a cobrar de suas contratadas a implantação de sistemas semelhantes como condição pré-contratual. A Petrobras tem aplicado essa sistemática contratual através da inclusão do Anexo de SMS nos contratos com suas prestadoras de serviços, o qual é objeto de auditoria. (Curso de Gestão, Bureau Veritas, 2002) Posição da ISO (International Organization for Standardization) A Norma ISO relacionada com a variável Meio Ambiente, foi emitida em 1996 com o objetivo de se tornar um padrão internacional para desenvolvimento de Sistemas de

19 19 Gestão Ambiental aplicáveis a todos os segmentos econômicos, em particular, os segmentos industriais. A Petrobras aderiu fortemente a essa gestão, antecipando às demandas de órgãos governamentais de meio ambiente e fornecendo insumos para a constante revisão da legislação, pois essa variável é tratada tradicionalmente em conjunto com as variáveis segurança e saúde, antes da própria emissão do conjunto de normas ISO Atualmente, vem sendo discutido junto aos comitês da ISO o tratamento a ser dado para a gestão da segurança e saúde. Inicialmente se pensava na edição de um conjunto de normas específico para a matéria. Contudo, esta tendência vem perdendo força, sendo substituída por uma alternativa que considera as variáveis segurança e saúde conjuntamente com a variável meio ambiente, a partir de uma revisão da norma ISO Requisitos e Normas Analisando os requisitos das diversas normas pode-se notar uma convergência entre os mesmos temas básicos, com pequenas diferenças nas nomenclaturas utilizadas. É abordado os seguintes temas principais: políticas, auditorias internas, planos de contingências, análise de riscos, análise crítica do sistema, tratamento de não conformidades, etc. Analogamente, os elementos fundamentais para a implantação dos Sistemas de Gestão, independente da norma adotada, são essencialmente os mesmos, como: liderança, definição de uma política clara e objetiva, comprometimento da alta administração e planejamento, dentre outros. Dentro deste contexto, a proliferação de padrões para tratamento do mesmo tema, com envolvimento de várias entidades, poderá promover obrigações legais ou contratuais envolvendo as indústrias do setor, criando elementos complicadores no relacionamento entre Operadores e Contratistas ou empresas de petróleo sócias em um mesmo empreendimento. Na implantação dos Sistemas de Gestão na empresa operadora da Unidade Marítima e suas colaboradoras podem surgir dificuldades potenciais, onde o seu sistema é obrigado a incorporar os requisitos do ISM Code, por imposição do Governo da bandeira ou do Governo responsável pela locação da operação. Tais entidades governamentais poderão, em paralelo, exigir que o sistema cumpra seus requisitos legais específicos. Com a

20 20 tendência de empresas parceiras em determinada operação, como já visto na aquisição de novos lotes leiloados pela Agência Nacional de Petróleo ANP, será necessária uma equivalência mínima entre os elementos dos sistemas próprios. Como mais um fator a ser superado, a globalização de mercados impõe às indústrias do setor que operem simultaneamente em diferentes países, com diferentes parceiros ou clientes e, portanto, sob diferentes condições. Este cenário ilustra a necessidade crescente de adoção de padrões internacionais de Gestão de Segurança, Meio Ambiente e Saúde que sejam reconhecidos e aceitos por todas as partes interessadas que formam o setor de exploração e produção de petróleo. No atual momento em que o Brasil atingiu a auto-eficência na produção de petróleo, a questão da Gestão de Segurança, Meio Ambiente e Saúde deve ocupar o um lugar de destaque, e caminhar para a formação de valor. 2.2 SISTEMA DE GESTÃO DE SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO Considerações Iniciais O atual cenário mundial é caracterizado pela globalização das economias, novas tecnologias e emergência de expectativas individuais. Esta realidade apresenta um conjunto de novos e complexos fenômenos no contexto social, exigindo das empresas novas formas de ação e grande reforço para sua capacidade competitiva, onde o binômio segurança e saúde no trabalho é tanto um forte indicador para a qualidade e produtividade, como um diferencial para o posicionamento da empresa no mercado. Esta busca constante por melhorias acontece, porém, em várias empresas, centrada numa perspectiva externa e nem sempre se faz acompanhar de uma efetiva melhoria das condições de trabalho, ao contrário, constata-se com freqüência certa degradação na segurança e saúde nos ambientes de trabalho. Isto implica dizer que o mundo do trabalho atualmente vive momentos de grandes contradições, visto que ainda apresenta uma indesejável realidade de acidentes e doenças previsíveis e previníveis, com ambientes insalubres onde as pessoas adoecem ou morrem devido a engrenagens expostas, andaimes mal instalados, precárias instalações elétricas e processos produtivos perigosos. Saúde no trabalho não se resume no domínio da vigilância médica, ou seja, exames médicos individuais de avaliação da saúde, e sim o controle dos elementos físicos e mentais nos locais de trabalho. Percebe-se que a saúde no trabalho já não é mais vista

21 21 como um simples estado de ausência de doenças, mas como a promoção de um ambiente de bem estar gerando fatores que motivem os colaboradores da empresa. A segurança no trabalho é definida como um conjunto de medidas diversificadas, destacando-se as de engenharia, adequadas à prevenção de acidentes de trabalho e utilizadas para reconhecimento e controle de riscos associados ao local de trabalho e ao processo produtivo (materiais, equipamentos e procedimentos corretos). A prevenção é o conjunto de todas as ações que visam evitar os erros ou a ocorrência de defeitos, englobando a própria organização do trabalho e as relações sociais na empresa, portanto a verdadeira prevenção é aquela integrada no trabalho implicando em três ações fundamentais: planejamento prévio das operações, elaboração procedimentos corretos e programa de formação profissional. As pesquisas realizadas neste domínio têm demonstrado que as análises dos acidentes e doenças ocorridos no trabalho apontaram como causa principal, a existência de deficiência de gestão ao nível da integração da prevenção de riscos profissionais no processo produtivo. Conforme Piza (2000), prevenção é sinônimo de lucro, e significa garantir que o processo produtivo transcorrerá em harmonia. Para isso ser alcançado se faz necessário analisar, mapear e registrar cada fase e cada etapa de qualquer processo, determinando-se os procedimentos corretos para pessoas, máquinas e equipamentos. Para que a prevenção se torne parte integrante dos processos produtivos e dos objetivos das empresas (ao lado de outras preocupações como da qualidade e da produção) é preciso existir a vontade e o empenho da gestão para adotar um Sistema de Gestão da Segurança e Saúde no Trabalho, percebendo-o como uma promissora abordagem para a melhoria das condições de trabalho e reflexos positivos no desempenho geral das empresas e uma reconciliação do produzir com o bem-estar. Um sistema de gestão voltado para a segurança e saúde no trabalho depende da estrutura organizacional, da definição da matriz de responsabilidades, dos procedimentos administrativos e de execução das tarefas, dos processos produtivos conhecidos e atualizados e dos recursos disponíveis na corporação, tanto os materiais como os humanos. Esse sistema, uma vez implantado e disseminado, deverá funcionar de tal forma que seja evidenciado que: O sistema seja eficaz e bem entendido em todos os níveis da empresa;

22 22 Os procedimentos sejam concisos, bem elaborados, revisados atendendo a rotina da empresa e dos trabalhadores, bem como atendam os requisitos legais; Haja mais ênfase na prevenção do que nas medidas de mitigação após as ocorrências de anomalias; Melhore a imagem da empresa perante o mercado, podendo criar um diferencial competitivo; Para isso, é necessário que haja a elaboração de procedimentos e instruções documentadas do Sistema de Segurança e Saúde no Trabalho, de acordo com os requisitos e normas e a verificação constante da implementação efetiva de tais procedimentos e instruções, identificando revisões onde couber. Também é esperado que a estrutura da empresa possibilite a integração deste sistema aos demais processos e à carteira de investimentos, onde seja percebido no plano estratégico da companhia. O sistema de Gestão de Segurança e Saúde no Trabalho deverá ser considerado um fator crítico de sucesso e metas de saúde e segurança no nível estratégico da organização deverão ser implantadas e medidas. O Sistema de Segurança e Saúde no Trabalho é implantado visando atender aos requisitos legais, integrar os outros sistemas existentes como o sistema de gestão da qualidade e a gestão do meio ambiente, podendo aumentar a vantagem competitiva pelo reconhecimento das partes interessadas. No primeiro caso, a administração está interessada nos elementos do SST que cumpram as exigências legais, evitando ações trabalhistas, queda de produtividade e perda da imagem da empresa perante o mercado. No segundo caso, existe uma visão estratégica na integração do sistema de SST aos demais sistemas, gerando valor ao processo produtivo na medida em que aumenta a satisfação dos clientes internos, tendo como resultado produtos de qualidade que vão gerar satisfação aos clientes externos, aumentando o retorno sobre o investimento para os acionistas. No terceiro caso, as ações de preocupação e responsabilidade da empresa com os seus funcionários ganham destaque preservando e fortalecendo a imagem da empresa. Para alcançar o máximo de eficiência nos processos produtivos satisfazendo as expectativas da empresa e dos trabalhadores é fundamental que o sistema de SST seja

23 23 apropriado a cada tipo de atividade, às condições de trabalho, estando em conformidade com as exigências legais, sem prejuízo a outros sistemas da empresa. A implantação do Sistema de Gestão de Segurança e Saúde no Trabalho, de forma que uma estrutura adequada de responsabilidades e ações seja bem definida e haja uma boa análise das informações, a empresa poderá alcançar o máximo em SST, otimizando seus recursos financeiros, humanos, tecnológicos e materiais disponíveis na empresa. As necessidades e interesses dos trabalhadores estão no fato de assegurar seus direitos à condições de saúde e segurança no ambiente de trabalho gerando melhoria da qualidade de vida no trabalho. A ausência de um Sistema de Gestão de Segurança e Saúde no Trabalho prejudica no gerenciamento dos riscos, podendo permitir altos índices de acidentes e doenças do trabalho. A maior prejudicada é a força de trabalho que não está coberta com um sistema de prevenção de acidentes e doenças ocupacionais. Os efeitos danosos à saúde dos trabalhadores podem ser percebidos a curto ou a longo prazo, trazendo a diminuição da capacidade laborativa parcial ou total de maneira temporária ou até permanente. De todo forma a empresa tem um impacto decrescente na produção, um ambiente de trabalho negativo com trabalhadores desmotivados e um comprometimento na qualidade de seus produtos, ameaçando a imagem da companhia. Para os trabalhadores não cobertos pela empresa, ficam as despesas com consultas médicas, tratamentos, fármacos e internações, e começam a viver o drama da dispensa do trabalho devido ao absenteísmo. Juntamente com a implantação do Sistema de Gestão de Segurança e Saúde no Trabalho, alguns investimentos se fazem necessários: a) Investimentos na implantação, estudos e levantamento de dados, contratação de pessoal, aquisição de materiais, máquinas e equipamentos, treinamento de multiplicadores e facilitadores de gestão e auditores internos, auditorias, certificação; b) Investimento na manutenção do sistema com o objetivo de gerenciar os riscos mantendo o controle sobre as atividades, materiais e máquinas e capacitação do pessoal para obter alto desempenho no sistema. c) Investimento na verificação se os objetivos estão sendo atingidos, se as ações, projetos e programas estão sendo implementados, através de auditorias internas e externas, inspeções e outras formas de avaliação.

24 24 d) Investimento no tratamento de anomalias, oriundas do não cumprimento dos requisitos legais, acidentes ou incidentes; e) Investimento em mudanças de lay-out com vista à melhoria das condições de trabalho e redução dos riscos ambientais, alterações no processo com a aquisição de novas tecnologias Sistema de Gestão Silva (1997) focaliza a interação afirmando que quando as partes de um todo são combinadas, reunidas ou coordenadas de acordo com princípios lógicos e mantendo relações entre si, pode-se afirmar que existe um sistema e, o que acontecer numa das partes vai repercutir nas outras. Um sistema está sempre inserido em um meio ambiente e, quando influencia e sofre influência deste meio, é chamado sistema aberto, se ao contrário, não influencia externamente nem sofre interferência deste meio, é chamado sistema fechado. A empresa pode ser encarada como um sistema uma vez que ela se constitui de várias partes relacionadas entre si para alcançar determinado fim. É um sistema aberto, pois mantém um contínuo fluxo de entradas e saídas do meio ambiente, retirando do ambiente em que opera elementos necessários para seu funcionamento e depositando neste as suas saídas. Desse modo, Sistema de Gestão é definido por Mélèse (1973), como conjunto de processos interligados, que se combinam em um programa conceitualmente unificado, de princípios coordenados que ligam os diversos processos de gestão, favorecendo a evolução da empresa. É o conjunto de normas de procedimentos e de meios humanos e automáticos que aplicam métodos capazes de permitir a pilotagem da empresa na rota dos objetivos fixados. Arantes (1994), considera que um sistema de gestão é um instrumento que a administração da empresa pode usar para facilitar sua tarefa. Este autor afirma que o objetivo do Sistema de gestão empresarial deve ser entendido como um efetivo instrumento de suporte à ação da administração e não como a administração em si. Do ponto de vista deste autor os instrumentos de gestão auxiliam a definir a razão de ser da empresa; a planejar, dirigir, organizar, executar e controlar as atividades; a estabelecer o entendimento e as relações entre as pessoas; a obter as informações para operar e

25 25 gerenciar o empreendimento, a mobilizar as pessoas para realizar a tarefa empresarial. É fundamental, no entanto que esses conceitos e técnicas que integram o sistema de gestão empresarial sejam entendidos e aplicados de forma correta de acordo com a natureza da questão. De Cicco (1995), define Sistema de Gestão como a estrutura organizacional, as responsabilidades e os procedimentos, processos e recursos para a organização implementar a sua gestão da qualidade, a sua gestão ambiental ou a sua gestão da segurança e saúde no trabalho. O referido autor salienta que em termos evolutivos a Grã- Bretanha tem sempre saído na frente em relação às normas sobre sistema de gestão, através da BSI (British Standards Institution), que é uma organização nacional independente responsável por preparar Normas Britânicas, apresentando o ponto de vista do Reino Unido na Europa e a nível internacional. Publicada em 1979 pela BSI a BS 5750, que versava sobre Sistemas da Qualidade, deu origem à série ISO 9000, sendo oficialmente editada em A história se repetiu com o Sistema de Gestão Ambiental, a Grã-Bretanha também saiu na frente com a BS 7750 que serviu de base para a ISO Na área da Segurança e Saúde no Trabalho, a BSI editou a norma BS 8800, que entrou em vigor a partir de De acordo com De Cicco (1996), a BS 8800 é um guia de diretrizes bastante genérico que se aplica tanto a indústrias complexas, de grande porte e altos riscos, como a organizações de pequeno porte e baixos riscos Norma Britânica BS 8800: Guia para Sistemas de Gestão da Segurança e Saúde no Trabalho A BS 8800 foi elaborada com base nos princípios gerais da boa gerência e com objetivo de capacitar a integração do gerenciamento de Segurança e Saúde no Trabalho (SST), dentro de um sistema global de gerência. Considerando a existência de exigências jurídico-legais sobre segurança e saúde no trabalho que devem ser obedecidas pelas organizações no sentido de administrarem suas

26 26 atividades prevendo e prevenindo possíveis danos à saúde das pessoas envolvidas, esta Norma objetiva aprimorar o desempenho das organizações em relação à segurança e saúde no trabalho, orientando como integrar o seu gerenciamento com a administração de outros aspectos do desempenho da empresa como um todo, a fim de: minimizar os riscos para os empregados e outros, aprimorar o desempenho da empresa e ajudar as organizações a estabelecerem uma imagem responsável no mercado onde atuam. A BS 8800 compartilha com as séries ISO 9000 (Gerenciamento da Qualidade) e ISO (Gerenciamento Ambiental) princípios comuns de sistemas gerenciais. Os elementos cobertos por este guia são todos essenciais para um sistema de gerenciamento eficaz de Segurança e Saúde no Trabalho. Os fatores humanos incluindo a cultura, política, etc., dentro das organizações, podem fazer ou romper a eficácia de qualquer sistema de gerenciamento e precisam ser considerados com muito cuidado quando da implementação deste guia. Este guia (Norma BS 8800) é composto de uma parte central, que fornece a estrutura (diz o que fazer) e dos anexos, que fornecem os detalhes sobre como implementar os vários elementos do sistema (diz como fazer); e foi projetado para ser utilizado por organizações de qualquer porte independente da natureza de suas atividades e sua aplicação deve ser proporcional às circunstâncias e necessidades de cada organização. Na seqüência são apresentados os tópicos mais importantes da BS 8800, com base na abordagem da ISO A figura 1 apresenta os elementos de gerenciamento da SST e a sua integração no sistema global de gerência, com base na abordagem da ISO As organizações que seguirem estes estágios tornar-se-ão capazes de implementar com êxito a política e os objetivos da Segurança e Saúde no Trabalho definidos.

27 27 APERFEIÇOAMENTO CONTÍNUO Levantamento da situação inicial Revisão gerencial Política de SST Planejamento Verificação e Ação Corretiva Implementação e Operação Figura 1: Elemento de gerenciamento bem sucedido de saúde e segurança no trabalho. Com base na abordagem da ISO Fonte: BS 8800 (1996) Os elementos essenciais do Sistema de Gestão da Segurança e Saúde no Trabalho que compõem a parte central desta Norma (dizem o que fazer) são: 1 Levantamento da situação inicial deve ser feito para fornecer informações que influenciarão decisões sobre o objetivo, adequação e implementação do sistema existente, assim como para fornecer uma base a partir da qual o progresso possa ser medido. Os levantamentos iniciais de situação devem responder a pergunta onde estamos agora?

28 28 Estes levantamentos devem comparar as providências existentes com: requisitos da legislação pertinente, orientação existente sobre a gestão da Segurança e Saúde no Trabalho (SST) disponível na organização, melhor prática e desempenho do setor a que pertencem os funcionários da organização e de outros setores apropriados, eficiência e eficácia dos recursos existentes destinados à gestão da SST. Um ponto de partida útil seria analisar criticamente o sistema existente em relação a este guia. 2 Política de SST a alta gerência da organização deve definir, documentar e ratificar sua política de SST, assegurando que esta política inclui o comprometimento para reconhecer a SST como parte integrante do desempenho de seus negócios. Deve também, a alta gerência, fornecer recursos adequados e apropriados para implementar a política e assegurar o seu entendimento, implementação e manutenção em todos os níveis da organização (treinamento apropriado para todos os funcionários de todos os níveis de modo a torná-los competentes para executar seus deveres e responsabilidades). 3 Planejamento é importante que o sucesso ou o fracasso da atividade planejada possa ser visto claramente. Isto envolve a identificação dos requisitos de SST, o estabelecimento dos critérios de desempenho, definindo-se o que é para ser feito, quem é o responsável, quando é para ser feito e o resultado desejado. As áreas-chaves a seguir devem ser abordadas: avaliação de riscos (incluindo a identificação de perigos) e identificação de requisitos legais aplicáveis à gestão da SST. 4 Implementação e operação a responsabilidade pela SST é da alta administração que deve demonstrar seu comprometimento, estando ativamente envolvida na melhoria contínua do desempenho da SST, porém em todos os níveis da organização as pessoas devem ser responsáveis pela segurança e saúde dos funcionários que elas gerenciam e outros com quem trabalham. O treinamento e conscientização são importantes e a comunicação deve ser eficaz. A documentação é importante para reunir e reter o conhecimento sobre SST, e um elemento chave para capacitar uma organização a implementar um sistema de gestão bem sucedido. 5 Verificação e ação corretiva a mensuração do desempenho é um recurso de monitoramento para verificar em que extensão a política e os objetivos estão sendo atendidos, através de medidas pró-ativas de desempenho que monitoram a conformidade com as providências tomadas de SST, e medidas reativas de desempenho que monitoram

29 29 acidentes, quase-acidentes, doenças, incidentes e outras evidências históricas de desempenho deficiente quanto à segurança do trabalho. As auditorias devem ser completas ou dirigidas a tópicos selecionados, de acordo com as circunstâncias e precisam abranger as seguintes questões: o Sistema Global de Gestão da SST da organização é capaz de atender os padrões requeridos de desempenho? A organização está atendendo todas as suas obrigações com relação a SST? Quais são os pontos fortes e fracos do Sistema de Gestão da SST? A organização, ou parte dela está realmente fazendo e atendendo o que ela apregoa? Os resultados das auditorias devem ser comunicados a todo o pessoal pertinente, e tomadas as ações corretivas que se fizerem necessárias. 6 Revisão Gerencial se constitui numa oportunidade da organização ter uma visão de futuro e, melhorar tanto a sua abordagem pró-ativa para minimizar riscos, como o desempenho dos negócios. Esta análise deve levar em consideração o desempenho global do sistema de gestão da SST, e de elementos individuais deste sistema, bem como fatores internos e externos e deve identificar que ação é necessária para corrigir quaisquer deficiências. A Norma BS-8800 tem como anexos a Relação com a ISO 9001 (1994, Sistemas de Gestão da Qualidade), a Organização, o Planejamento e Implementação, a Avaliação de Riscos, a Mensuração do Desempenho e Auditoria que mostram, conforme dito anteriormente, como fazer. A seguir são apresentados os tópicos mais importantes destes anexos. Anexo A - Relação com a ISO 9001: Nesse anexo é apresentada a relação entre a Norma BS 8800 e a Norma ISO Uma vez que os princípios básicos de gestão são comuns, independente da atividade que está sendo administrada, seja qualidade, meio ambiente, segurança e saúde ou outras atividades organizacionais, algumas organizações podem ver benefícios em ter um sistema de gestão integrado. Outras, porém podem preferir adotar sistemas diversos com base nos mesmos princípios de gerência. Anexo B Organização: É o anexo que fornece orientação sobre a atribuição de responsabilidades e a organização de pessoas, recursos, comunicações e documentação,

30 30 para definir e implementar a política e administrar eficazmente a SST. Este anexo versa sobre: a) Integração e cooperação As organizações variam muito em sua complexidade e nos termos utilizados para descrever diferentes atividades, todas as quais têm um papel importante a desempenhar dentro do Sistema de Gestão global da SST, portanto é importante para a administração assegurar que a atividade de SST, em seu sentido mais amplo, seja adotada tanto em cada uma das funções como entre elas, de modo que: sejam evitadas duplicações de esforços e desperdício de recursos; diferentes empregadores, compartilhando o mesmo local de trabalho, cooperem; as responsabilidades de SST sejam adequadas, claras e acordadas (por exemplo, para equipamentos, locais de trabalho e pessoal compartilhados) quaisquer decisões tomadas levem em consideração os efeitos da influência da SST sobre outras atividades; os objetivos de SST, as medições de desempenho, os planos de SST e os objetivos de desempenho para cada atividade sejam consistentes com aqueles que se relacionam com seus objetivos, plano e desempenho de negócios. b) Responsabilidades e controle financeiro Em todos os níveis da organização, as pessoas precisam estar conscientes de suas responsabilidades, a quem elas respondem quanto ao controle financeiro e a influência que sua ação ou omissão pode ter na eficácia do Sistema de Gestão da SST. A responsabilidade, inclusive financeira, pela SST deve refletir as responsabilidades dentro da estrutura gerencial. c) Envolvimento dos funcionários Deve ser reconhecido que uma gestão eficaz da SST requer o apoio e o comprometimento dos funcionários, e que o reconhecimento e experiência da força de trabalho pode ser um recurso valioso para o desenvolvimento e operação do Sistema de Gestão da SST. Então, os trabalhadores devem ser encorajados a relatar falhas nas atividades de SST e estar envolvidos, quando apropriado, no desenvolvimento das providências e procedimentos de SST. d) Competências e treinamento O Sistema de Gestão da SST da organização deve assegurar que as pessoas, em todos os níveis, sejam competentes para desempenhar seus deveres e as responsabilidades a elas atribuídas, e que recebam treinamento sempre que necessário. e) Comunicações e documentação Comunicações eficazes são um elemento essencial do Sistema de Gestão da SST. As organizações precisam se assegurar que tomam providências eficazes para: identificar e receber informações relevantes de SST de

31 31 organizações externas (nova legislação, alterações ou informações necessárias para a identificação de perigos e para avaliação e controle de riscos, etc.) e assegurar que informações pertinentes de SST sejam comunicadas a todas as pessoas da organização que delas necessitam. Por sua vez, a documentação é um elemento-chave de qualquer sistema de comunicação e deve ser adaptada às necessidades da organização. A complexidade da organização e os riscos que devem ser controlados ditam normalmente o detalhamento da documentação requerida, embora tenha que ser reconhecido que os requisitos legais exigem alguns registros e documentação. Os documentos-chave, tais como procedimentos, registros e instruções de trabalho devem estar acessíveis nos locais de uso. Anexo C - Planejamento e Implementação: É o anexo que descreve um procedimento de planejamento que as organizações podem empregar para desenvolver qualquer aspecto do seu Sistema de Gestão, em conjunto com levantamento inicial ou periódico da situação. O procedimento pode ser usado, tipicamente, para planejar e implementar a mudança organizacional da SST, a avaliação e controle de riscos, e medição de desempenho. Este anexo apresenta um modelo de procedimento para planejamento e implementação da SST, ilustrado na figura 2. Escrever uma lista de objetivos de SST Selecionar o objetivo-chave Quantificar (se possível) o objetivo-chave Selecionar indicadores de resultados Preparar plano para atingir o objetivo-chave. Listar as metas Implementar o plano Medir os indicadores de Resultados. O objetivo-chave foi alcançado? As metas foram atingidas? O Plano foi completamente implementado? REVISAR Figura 2: Modelo de procedimento para planejamento e implementação da SST. Fonte: BS

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