INFORMAÇÃO PRI NCI PAL LE GISL AÇÃO D O PE RÍ ODO
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- Ana Clara Botelho Peralta
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1 INFORMAÇÃO N.º 56 P E R Í O D O DE 23 A 30 D E D E Z E M B R O DE 2011 PRI NCI PAL LE GISL AÇÃO D O PE RÍ ODO Dec. Lei n.º 119/2011, de 26 de Dezembro Estabelece com carácter permanente o limite legal da garantia de ,00 por parte do Fundo de Garantia de Depósitos e do Fundo de Garantia do Crédito Agrícola Mútuo, para o reembolso de depósitos constituídos nas instituições de crédito participantes, no caso de se verificar a indisponibilidade dos depósitos. Decreto Legislativo Regional n.º 20/2011/M, de 26 de Dezembro Define as taxas gerais do IRS e a taxa adicional de 2,5% a aplicar ao quantitativo do rendimento colectável superior a ,00 e fixa em 25% a taxa de IRC para vigorar na Região Autónoma da Madeira, a partir de 1 de Janeiro de Portaria n.º 311-A/2011, de 27 de Dezembro Aprova os modelos da declaração Modelo 3 do IRS e respectivos Anexos e instruções de preenchimento, a ser utilizados a partir de 1 de Janeiro de 2012 para a declaração dos rendimentos referentes aos anos de 2001 e seguintes. Portaria n.º 311-B/2011, de 27 de Dezembro Aprova a declaração Modelo 39 Rendimentos e retenções a taxas liberatórias e respectivas instruções de preenchimento e revoga as Portarias n.º 454-A/2010, de 29 de Junho e n.º A/2010, de 31 de Dezembro (que aprovaram a anterior declaração e respectivas instruções de preenchimento). O diploma entra em vigor no dia 1 de Janeiro de Portaria n.º 311-C/2011, de 27 de Dezembro Aprova a declaração Modelo 37 Juros e Amortizações de Habitação Permanente, Prémios de Seguros de Saúde, Vida e Acidentes Pessoais, PPR, Fundos de Pensões e Regimes Complementares e respectivas instruções de preenchimento e revoga as Portarias n.º 727/2008, de 11 de Agosto e n.º 328-A/2011, de 4 de Fevereiro (que aprovaram a anterior declaração e respectivas instruções de preenchimento), entrando em vigor no dia 1 de Janeiro de Campo Grande, 28, 4º A LISBOA Tel: Fax: advogados@ajsa.pt Capital Social: NIPC Ordem dos Advogados n.º 73/10
2 Aviso n.º 24866/2011, do Instituto de Gestão da Tesouraria e do Crédito Público, publicado na II Série do Diário da República do dia 28 de Dezembro Fixa a taxa dos juros de mora aplicáveis às dívidas ao Estado e outras entidades públicas em 7,007%, para aplicação a partir de 1 de Janeiro de Portaria n.º 314/2011, de 29 de Dezembro Aprova a declaração Modelo 10 do IRS e do IRC, e respectivas instruções de preenchimento, para envio, por transmissão electrónica, dos rendimentos empresariais ou profissionais e respectivas retenções na fonte. Ficam revogadas as Portarias n.º 1416/2009, de 16 de Dezembro e n.º 1298/2010, de 21 de Dezembro (que aprovaram a anterior declaração e respectivas instruções de preenchimento), devendo os impressos ser utilizados a partir de 1 de Janeiro de Portaria n.º 317/2011, de 30 de Dezembro - Fixa a taxa a pagar pelas empresas de seguros e entidades gestoras de fundos de pensões, a favor do Instituto de Seguros de Portugal, para o ano de Lei n.º 64-B/2011, de 30 de Dezembro Aprova o Orçamento do Estado para JURIS PRUDÊN CIA E DO UTRIN A ADMINIS TRATIVA A - F I S C A L LGT Tribunal Central Administrativo Norte Acórdão de 15 de Dezembro de 2011 RESUMO: - Responsabilidade subsidiária Culpa pelo não pagamento do imposto Nos termos da Lei Geral Tributária (art.º 24.º, n.º 1, alínea b), o que releva para afastar a responsabilidade subsidiária pelas dívidas de impostos cujo termo do prazo para pagamento ou entrega terminou durante o período da sua administração é a demonstração de que não é imputável aos gerentes ou administradores da sociedade a falta de pagamento ou entrega do imposto. Assim, o gerente que exercia funções na data em que deveria ter sido entregue o imposto tem que demonstrar, em sede de oposição à execução fiscal, que a falta de pagamento não lhe é imputável, passando a prova dessa falta pela demonstração da falta de fundos da sociedade originária devedora para efectuar
3 esse pagamento e que tal falta se não deve a qualquer omissão ou comportamento censuráveis do gerente. CPPT Tribunal Central Administrativo Norte Acórdão de 15 de Dezembro de 2011 RESUMO: - Falta de notificação da liquidação Presunção legal A presunção legal de notificação nos casos em que ocorre a devolução de carta registada com aviso de recepção que não se mostre assinado, só funciona em duas situações: i) recusa do destinatário em receber a carta e ii) não levantamento da carta no prazo previsto no regulamento dos serviços postais sem que se prove que, entretanto, o contribuinte comunicou alteração do seu domicílio fiscal. Essa presunção deixa de valer quando se demonstrar que não foi deixado aviso para levantamento da carta e/ou que o destinatário tinha mudado de residência há menos de 15 dias, prazo que lhe é concedido para comunicar a alteração do domicílio, cabendo à Administração Tributária, o ónus de demonstrar a correcta efectivação da notificação. IRS Tribunal Central Administrativo Norte Acórdão de 15 de Dezembro de 2011 RESUMO: - Mais-valias Regime transitório da Categoria G Terrenos para construção Os ganhos obtidos com a transmissão onerosa de terreno para construção adquirido como rústico antes da entrada em vigor do Código do IRS e que só adquire a natureza urbana depois da entrada em vigor deste Código (em 1 de Janeiro de 1989), não estão sujeitos a IRS. IRS/CDT Tribunal Central Administrativo Norte Acórdão de 15 de Dezembro de 2011 RESUMO: - Convenção para evitar a dupla tributação Portugal/Alemanha Rendimentos do trabalho dependente auferidos na Alemanha Residência no estrangeiro Apesar de a Convenção para evitar a dupla tributação celebrada entre Portugal e a Alemanha remeter a definição do conceito convencional de residência para a legislação interna dos Estados contratantes, essa remissão pressupõe que a análise da questão da residência seja feita individualmente, pessoa a pessoa, abstraindo da situação familiar do sujeito em causa, pois a qualidade de residente para efeitos convencionais tem de ser aferida por critérios que exprimam uma ligação efectiva ao território do Estado, não sendo atendível um mero critério de residência por dependência, como o constante no Código do IRS (art.º 16.º, n.º 2). Assim, o conceito de residência por dependência, acolhido no artigo referido, não pode sobrepor-se ao conceito de
4 residência constante da Convenção (art.º 4.º), dada a supremacia do direito internacional sobre o direito interno ordinário consagrado na Constituição da República Portuguesa. Estando demonstrado que durante todo o ano de 2002 o impugnante residiu e trabalhou na Alemanha, onde foi tributado pelos únicos rendimentos auferidos nesse ano e por aí ter residência habitual, torna-se irrelevante, para efeitos de determinação da residência convencional, o facto de o seu cônjuge e restante agregado familiar manterem residência em Portugal. B - L A B O R A L Tribunal da Relação de Lisboa Acórdão de 7 de Dezembro de 2011 RESUMO: - Segurança Social Competência material O Tribunal do Trabalho não é competente para apreciar o pedido de pagamento de quantias que o trabalhador auferiria a título de subsídio de desemprego da Segurança Social, por a entidade empregadora não ter procedido à entrega da totalidade dos descontos para aquela. C CI V I L Supremo Tribunal de Justiça Acórdão de 6 de Dezembro de 2011 RESUMO: - Contrato de arrendamento Resolução contratual Caducidade O Código Civil (art.º 1084.º, n. os 1 e 3) estipula que, em caso de mora do inquilino no pagamento da renda, encargos ou despesas superior a três meses, o senhorio poderá resolver o contrato, tendo aquele a possibilidade de pôr fim à mora no prazo de três meses, ficando sem efeito a resolução. Pese embora tenham decorrido esses três meses sem que o arrendatário purgue a mora, o n.º 1, do referido artigo do Código Civil concede ainda ao inquilino o direito a fazer caducar a resolução do arrendamento, se até ao termo do prazo da oposição à execução depositar ou consignar em depósito as somas em dívida, acrescidas da respectiva indemnização, concedendo ao arrendatário, desta forma, nova oportunidade de purgar a mora, evitando a resolução contratual.
5 N O T Í C I A S D E I N T E R E S S E G E R A L Pelo Despacho n.º B/2011, publicado na II Série do Diário da República do dia 22 de Dezembro, foi nomeado para exercer o cargo de Director-Geral da Autoridade Tributária e Aduaneira, o Professor Doutor José António de Azevedo Pereira. (De recordar que a Autoridade Tributária e Aduaneira sucede nas atribuições da Direcção-Geral dos Impostos DGCI, da Direcção-Geral das Alfândegas e dos Impostos Especiais sobre o Consumo DGAIEC, e da Direcção-Geral de Informática e Apoio aos Serviços Tributários e Aduaneiros DGITA). Pelo Despacho n.º E/2011, também publicado na II Série do Diário da República do dia 22 de Dezembro, foram nomeados os Subdirectores Gerais da Autoridade Tributária e Aduaneira. A Assembleia da República aprovou o Decreto n.º 25/XII, que estabelece um regime de renovação extraordinária dos contratos de trabalho a termo certo, bem como o regime e o modo de cálculo da compensação aplicável aos contratos objecto dessa renovação, e o Decreto n.º 28/XII, que altera a Lei n.º 63-A/2008, de 24 de Novembro, que estabelece medidas de reforço da solidez financeira das instituições de crédito no âmbito da iniciativa para o reforço da estabilidade financeira e da disponibilidade de liquidez nos mercados financeiros. (NOTA: os diplomas podem ser consultados no sítio da Assembleia da República actividade parlamentar e processo legislativo diplomas aprovados. A Direcção-Geral das Alfândegas e dos Impostos Especiais sobre o Consumo (DGAIEC) vem, através da Circular n.º 91/2011 Série II e face às alterações introduzidas pelo Orçamento do Estado para 2012, quer no regime geral, quer nos regimes de benefício do ISV, dar a conhecer as alterações significativas na matéria em questão, no sentido de estabelecer uma uniformidade na aplicação da legislação em causa. Encontra-se publicado no Portal das Finanças o Relatório das actividades desenvolvidas no Combate à Fraude e Evasão Fiscais de 2010, com os balanços dos diferentes departamentos e dos métodos e mecanismos utilizados.
6 Na eventualidade de necessitar de qualquer esclarecimento adicional a respeito das matérias abordadas na presente informação, ou de outras com elas relacionadas, queira por favor endereçar a sua questão para os seguintes contactos: MARLA BRÁS Advogada Tel.:(+351) marlabras@ajsa.pt HAC/MRB 29/12/2011 O presente documento tem fins exclusivamente informativos. O seu conteúdo não constitui aconselhamento jurídico nem implica a existência de uma relação entre advogado e cliente. A reprodução total ou parcial do respectivo conteúdo depende de autorização expressa da AJ&A.
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