PARATUBERCULOSE. Introdução. Etiologia. Doença a de Johne. Enterite infecciosa crônica. Mamíferos: ruminantes domésticos e selvagens
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- Isabel Arantes Amaral
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1 PARATUBERCULOSE Karina L. Miranda Méd. Veterinária ria Doutoranda Introdução Doença a de Johne Enterite infecciosa crônica Mamíferos: ruminantes domésticos e selvagens Etiologia Mycobacterium avium subsp. paratuberculosis (Map) Intracelular Macrófagos Crescimento lento Micobactina 1
2 Vários tipos de Map Etiologia Principais: C: tipo bovino bovinos, caprinos e silvestres S: tipo ovino ovinos Hospedeiro natural: ruminantes Não-ruminantes: reservatórios rios Na fazenda: fonte desprezível de infecção Sobrevivência do Map no ambiente Map sobrevive longo período de tempo Água: mais de 17 meses Solo: ph (1 ano) Fezes: mais de um ano Impacto econômico Redução na eficiência alimentar produção de leite (7( - 25% ) proteínas e Gordura do leite peso Descarte prematuro incidência de mastite e outras Restrição na venda de animais vivos Queda valor de animais infectados 2
3 Impacto Econômico EUA: U$ 1,5 bi/ano Bovinos leiteiros perda anual/animal Bovinos de corte perda/animal Doença de progressão lenta Sinais clínicos 2 anos Bactérias nas fezes antes dos sinais Susceptibilidade a outras doeças Disseminação 3
4 Situação no BR e no mundo Brasil: Dados literatura: raros 1915: RJ (1º relato) RJ, SC, RS, PB, MG, SP EUA: 1/3 rebanhos leiteiros Outros: Inglaterra, Holanda, Austrália, Argentina, Uruguai Potencial Zoonótico Doença a de Crohn Diarréia crônica Perda de peso Lesões teciduais epitélio intestinal Fatores propostos: Infecção viral/bacteriana Dieta Tabaco Genética Potencial Zoonótico Map: : 70% pacientes Map: : causa ou fator de contribuição? os especialistas em paratuberculose e doença de Crohn no mundo concordam: Não há evidências suficientes para provar ou não que MAP é o patógeno causador da doença de Crohn no homem,, de qualquer forma é preciso prevenir. Don Hansen, Oregon State University 4
5 Potencial Zoonótico Segurança alimentar Perigo de saúde pública? Alimentos: carne e leite UAT: Inativa (Pearse Pearse et al, 2002; McDonald et al, 2002) Não inativa (Grant et al, 2002; Hammer et al, 2002) Transmissão pré-natal Pode haver infecção uterina (linfonodo( supramamário rio) 20-40% dos fetos de vacas positivas Todos os fetos positivos vacas com infecção pesada Transmissão pós-natalp Ingestão (água, leite, alimento) Bezerros: colostro ou leite Animais jovens são mais susceptíveis Até 30 dias Até 4 meses Até 1 ano Animais de 1 ano: resistência = adultos 5
6 Transmissão pós-natalp Por que o bezerro é mais susceptível? O Map é dependente de Fe ++, o ph alcalino do intestino adulto favorece a seleção da microbiota competidora, o ph ácido de bezerros aumenta a solubilidade e disponibilidade deste íon Redução da barreira intestinal para passagem de IgG do colostro Transmissão pós-natalp Infecção tardia : < probabilidade de sinais clínicos < probabilidade de excretar bactérias nas fezes Isolado de sêmen (Ramos et al, 1986; Larsen et al, 1981) Transf.. Embrião? Patogenia Map Ingestão Trato intestinal Íleo Células M (placa de Peyer) Espaço subepitelial Fagocitose macrófagos 6
7 Patogenia Vasos linfáticos Linfonodos regionais Linfonodos mesentéricos Ducto torácico Circulação sistêmica Proliferação lâmina própria pria do intestino (fusão de vilosidades) Síndrome da mám absorção Diarréia Sinais clínicos Bovinos Estágio 1:Infecção silenciosa Sem sinais clínicos Testes de rotina: neg Pode haver eliminação no ambiente em quantidades baixíssimas Sinais clínicos Estágio 2: Doença subclínica Portadores adultos Sem sinais clínicos Predisposição a outras doenças Cultura de fezes: 15-25% pos eliminação pelas fezes 7
8 Sinais clínicos Estágio 3: Doença a clínica Raramente antes dos 2 anos de idade (4-7) Perda de peso, apetite normal ou aumentado Fezes mais fluidas Diarréia intermitente, sem sangue ou muco Bat.. cardíacos, acos, temp., resp.. normais Duração de meses Soro: proteína total, albumina e triglicérides rides Cultura de fezes e sorologia: positivo Sinais clínicos Estágio 4 : Doença a clínica avançada ada Estresse Progressão da doença Animais letárgicos, fracos Edema intermandibular (hipoproteinemia) Caquexia Diarréia extremamente aquosa Progressão rápida r - morte Sinais clínicos Animal com sinais clínicos: ponta do iceberg 1 estágio IV 1-22 estágio III 6-88 estágio II estágio I 1 animal com sinal clínico = infectados 8
9 Sinais clínicos Ovinos e caprinos Edema Queda da lã Diarréia não é grave Perda de peso Em caprinos: depressão e dispnéia ia Achados de necropsia Ovinos e caprinos: Lesões mínimas Parede intestinal pode estar espessada Achados de necropsia Bovinos: Macroscópicas: Confinadas no íleo espessura da parede intestinal Mucosa enrugada e edemaciada Linfonodos e edema (mesent( mesentéricos e ileocecais) Raramente lesões ceco, cólon c e reto 9
10 Lesões Microscópicas: Lesões Inflamação granulomatosa Células epitelióides ides Fusão de vilosidades Resposta Imune Estágio Subclínica nica: : forte resposta celular Fase clínica: predomina humoral Estágio avançado: ado: anérgicos Resp.. celular: Essencial Citocinas - Macrófagos - Linfócitos T Hipersensibilidade tardia tipo IV 10
11 Resposta Imune Desenvolvimento da doença: resposta celular e resposta humoral Correlaciona com disseminação da doença a e eliminação nas fezes Testes sorológicos Fase anérgica rgica: : ativação de linfócitos T supressores Macrófagos e linfócitos inativos, não respondem às s IL Fatores de risco Fatores de risco para o animal: Idade Raça Outras doenças e estresse Característica do rebanho Fatores de risco Fatores de risco ambientais e de manejo: Cuidado com bezerros recém-nascidos Condições ambientais de higiene Localização das instalações 11
12 Diagnóstico Difícil! cil!!! Isolamento e identificação PCR Biópsia: linfonodo ileocecal Testes sorológicos: teste de fixação do complemento; ELISA Clínico Diagnóstico diferencial Tratamento Estreptomicinas Isoniazidas 110 anos após s a primeira descrição de paratuberculose, nenhum tratamento eficaz foi descrito em qualquer parte do mundo Don Hansen, Oregon State University 12
13 Controle e Profilaxia Transmissão fecal/oral Microrganismos eliminados nas fezes Casos clínicos eliminam grande qtde MO nas fezes Casos subclínicos podem eliminar ou não Bezerros com menos de 30 dias mais susceptíveis Bezerros permanecem sob risco até 1 ano Controle e Profilaxia Dois objetivos: Reduzir exposição dos animais susceptíveis ao material infectado Identificar e eliminar vacas positivas para M. avium paratuberculosis Controle e Profilaxia Compra de animais Trânsito de animais Trânsito de pessoas Teste e reteste de animais comprados e subclínicos Limpeza da maternidade e piquete de bezerros (longe de esterco) Manejo de bezerros em casinha Água e comida limpos 13
14 Controle e Profilaxia Oferecer colostro e leite de vacas saudáveis Não oferecer forragem contaminada com esterco (curtir esterco por mais de 1 ano) Não permitir que bezerros e vacas compartilhem de cochos e bebedouros Vacina Controle e Profilaxia Rebanho positivo: Separar o bezerro imediatamente após nascimento Oferecer colostro coletado assepticamente de vaca sadia Manejo de bezerros antes de ter contato com animais adultos 14
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