CONCEITOS TEÓRICOS ACERCA DA APRENDIZAGEM INFANTIL PARA A PSICOLOGIA HISTÓRICO-CULTURAL

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1 CONCEITOS TEÓRICOS ACERCA DA APRENDIZAGEM INFANTIL PARA A PSICOLOGIA HISTÓRICO-CULTURAL Rosana Carla Gonçalves Gomes Cintra 1 Elaine Cristina Freitas Veiga 2 Eixo Temático 9. Prática de Ensino Resumo: O homem é social, cultural e histórico. Para Vygotsky a criança é um sujeito com diversas possibilidades de interação com o seu meio, criando e recriando a sociedade, para ele só nos desenvolvemos relacionando-nos com nossos pares. A partir de tal afirmação surgiu a seguinte problemática: como se da à aprendizagem da criança para Vygotsky? Buscando na teoria que desenvolveu, a Psicologia Histórico-Cultural, as respostas para a indagação. A presente pesquisa tem por objetivo compreender como se da à aprendizagem da criança para Vygotsky, analisando os principais conceitos do autor em relação à aprendizagem infantil e compreender suas principais ideias quanto o desenvolvimento da criança. Foram feitos estudos bibliográficos sobre a Psicologia Histórico-Cultural e dos principais conceitos que Vygotsky desenvolveu relacionados à aprendizagem com o objetivo de elucidar a questão levantada acerca do tema proposto, utilizando como base teórica os autores Vygotsky (2001a; 2001b; 2003), Luria (1992), Zanella (2007), Oliveira (2008) entre outros teóricos que versão sobre a temática abordada neste artigo. Os resultados apontam que a linguagem tem grande importância na teoria vygotskyana, é o principal signo mediador da criança e a aprendizagem. O contato da criança com a linguagem acontece logo que ela nasce, com sua família, expandindo para o meio que a cerca. A linguagem, para o autor, não é nato ao ser humano, nascemos com a capacidade de falar, mas só desenvolvemos se tivermos contato com sujeitos que já adquiriram a capacidade. Por isso Vygotsky ressalta que aprendemos através do outro. A linguagem também permite que o sujeito se afaste das experiências diretas e faça uso da imaginação, sendo base para a criatividade, algo que os animais não são capazes, apenas os humanos. A partir das análises feitas sobre a criança e os conceitos de Vygotsky que contribuem no estudo da aprendizagem infantil conclui-se que a criança como ser social, cultural e histórico faz uso da mediação simbólica através dos instrumentos e signos para aprender e se desenvolver, indo contra outras teorias da Psicologia, dominantes no início do séc. XX, quando afirma que a criança desde pequena é social. 1 Pós-doutorado na Universidade de Lisboa-Instituto de Educação/Psicologia da Educação. Professora Associado 3 da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul-UFMS. Coordenadora da Linha de Pesquisa Educação, psicologia e prática docente do Programa de Pós-graduação em Educação (mestrado e doutorado) do Centro de Ciências Humanas e Sociais. Unidade de Educação-Pedagogia. Líder do Grupo de Estudos e Pesquisas em Educação Especial e Múltiplas Linguagens GEPEMULT. rosana.gomes.cintra@gmail.com. 2 Mestranda em Educação pelo PPGEdu/UFMS. Graduada em Pedagogia Licenciatura pela UFMS. Membro do Grupo de Estudos e Pesquisas em Educação Especial e Múltiplas Linguagens GEPEMULT/CNPq. elainefreitasveiga@hotmail.com Página 1

2 Palavras-chave: psicologia histórico-cultural; pedologia; aprendizagem da criança; Vygotsky. INTRODUÇÃO Lev Semionovitch Vygotsky nasceu em Orsha no ano de 1896, sua morte sendo em Moscou em Foi professor de literatura, formado em Direito (1918), tomou gosto por diversas áreas do conhecimento como Filosofia e Psicologia, tendo grande destaque nessa última área. Viveu a revolução Russa de 1917, morrendo prematuramente aos 37 anos de idade. Vygotsky fez seus estudos universitários em direito, filosofia e história em Moscou, a partir de Durante seus estudos secundários e universitários, adquiriu excelente formação no domínio das ciências humanas: língua e linguística, estética e literatura, filosofia e história. Aos 20 anos de idade, escreveu um volumoso estudo sobre Hamlet. Poesia, teatro, língua e problemas dos signos e da significação, teorias da literatura, cinema, problemas de história e de filosofia, tudo o interessava vivamente, antes de ele se dedicar à pesquisa em psicologia. É importante notar que a primeira obra de Vygotsky, que o conduziu definitivamente para a psicologia, foi Psicologia da arte (1925). (IVIC, 2010, p. 12). Suas publicações foram proibidas de serem vinculadas no período do regime Stalinista, essa barreira contra suas obras perdurou por 20 anos ( ), prejudicando o conhecimento de suas pesquisas fora da Rússia. Vygotsky construiu diversos conceitos para o entendimento da aprendizagem humana como signos, instrumentos, mediação, Zona de Desenvolvimento Proximal; para ele a aprendizagem se da através da linguagem e relações sociais. Também foi um estudioso das pessoas com deficiência, intitulado como Defectologia. Foi um dos fundadores do Instituto de Estudos das Deficiências situado em Moscou com o objetivo de entender como se da à aprendizagem desses sujeitos. O autor também discute a importância do método e sua relação estreita com o objeto, defendendo que o objeto quem dita qual será o método. Para ele o problema é Página 2

3 fundamental quando se vai decidir que método utilizar, pode-se ver o problema de diversas formas e essa visão determina como ela seguirá, esse é o método. A elaboração do problema e do método se desenvolvem conjuntamente, ainda que não de modo paralelo. A busca do método se converte em uma das tarefas de maior importância na investigação. O método, nesse caso, é ao mesmo tempo premissa e produto, ferramenta e resultado da investigação (VYGOTSKI, 1995, p. 47 apud ZANELLA et al., 2007, p. 27). Para Gonçalves (2007) a concepção de método na teoria Histórico-Cultural inclui a noção de historicidade, ou seja, entende-se que os pressupostos que embasam um método são produzidos historicamente, expressando questões concretas presentes na vida material dos homens. Vygotsky teve de omitir sua formação em Psicanálise por conta da perseguição de Stalin as ideias de Sigmund Freud. Outro autor estudado por Vygotsky é Jean Piaget, sua influência pela área biológica foi o fator principal no pensamento divergente entre os estudiosos, Piaget, que acentua os aspectos estruturais e as leis essencialmente universais (de origem biológica) do desenvolvimento, enquanto o de Vygotsky insiste nos aportes da cultura, na interação social e na dimensão histórica do desenvolvimento mental (IVIC, 2010, p. 13). Para Piaget nos desenvolvemos para aprender e para Vygotsky aprendemos para nos desenvolver. Vygotsky viveu o período de crise da Psicologia, no começo do século XX, entre os idealistas e materialistas, busca uma Psicologia que não seja apenas materialista, biologicista e idealista, mas também histórica. Para ele estudar o homem historicamente era importantíssimo para o entendimento dele, estudar algo historicamente significa estudá-lo em movimento no seu desenvolvimento histórico. Essa é a exigência fundamental do método dialético (VYGOTSKI, 1995, p. 6 apud ZANELLA et al., 2007, p. 29). Página 3

4 As ideias behavioristas dominavam o campo da Psicologia, para Vygotsky ela não era o bastante para suprir as necessidades de respostas da área assim ele recorre à base marxista para elaborar uma nova proposta teórica. Para Marx o homem se desenvolve através do trabalho, sendo entendido historicamente através de suas relações sociais e a exploração dos bens materiais a história não é senão a sucessão das diferentes gerações, cada uma das quais explora os materiais, os capitais, as forças produtivas que lhe são transmitidas pelas gerações precedentes. (MARX; ENGELS, 1982, p. 46). Para o autor bielorrusso a Psicologia sofria uma defasagem com relação à visão histórica do ser humano, levando em conta apenas a perspectiva idealista do inconsciente humano e as questões biológicas do homem. Para Vygotsky não podemos ver o ser humano apenas como um ser biológico e espiritual, mas também históricos, produtores de cultura e transformadores do meio em que vivem. A seguinte pesquisa tem por objetivo compreender como se da à aprendizagem da criança para Vygotsky, analisar os principais conceitos do autor em relação à aprendizagem infantil e entender suas principais ideias quanto o desenvolvimento e aprendizagem da criança. O primeiro tópico aborda brevemente a Psicologia Histórico-Cultural, sua base no Materialismo Histórico-Dialético de Marx e suas divergências quanto às teorias psicológicas vigente no período que foi chamado de crise na Psicologia. Também conceitua-se instrumentos e signos, dois conceitos importantes na teoria vygotskyana. O segundo tópico trata da Pedologia, a ciência do desenvolvimento infantil. Foi um tema que Vygotsky estudou até seus últimos dias de vida, ressaltando a importância de a Pedologia estudar o desenvolvimento da criança não apenas biologicamente. O último tópico é abordado o tema principal do artigo, a aprendizagem da criança. Trazem-se os principais conceitos de Vygotsky com relação à aprendizagem da criança onde ele as entende como seres sociais e históricos, tendo seu processo de aprendizagem na socialização com o outro. Página 4

5 Para elucidar a proposta de problematização de como se da à aprendizagem da criança para Vygotsky? Foram feitos estudos bibliográficos sobre a Psicologia Histórico-Cultural e dos principais conceitos que Vygotsky desenvolveu relacionados à aprendizagem da criança com o objetivo de elucidar as questões levantadas acerca do tema proposto, utilizando como base teórica os autores Vygotsky (2001a; 2001b; 2003), Luria (1992), Zanella (2007) e Oliveira (2008) entre outros teóricos que versão sobre a temática abordada neste artigo. PSICOLOGIA HISTÓRICO-CULTURAL Como citado anteriormente Vygotsky buscou pensar uma Psicologia diferente da que era posta na época chamado de crise da Psicologia, quando as principais correntes teóricas não davam conta de explicar o homem em sua totalidade, [...] o autor investigou criticamente a crise na psicologia como derivada de uma crise nos fundamentos metodológicos da ciência, marcada pela luta entre tendências materialistas, mecanicistas e idealistas, tanto na Europa quanto na Rússia (ZANELLA et al., 2007, p. 27). Dai vem sua crítica, para Vygotsky o homem é histórico e social e as teorias existentes no período em que o autor estudava não levavam em conta esses dois fatores primordiais do ser humano. Influenciado por Marx, Vygotsky concluiu que as origens das formas superiores do comportamento consciente estavam nas relações sociais do indivíduo com o meio externo. Mas o homem não é só um produto de seu meio ambiente; também é um agente ativo na criação desse meio ambiente. (LURIA,1992, p. 48). Buscando entender o homem que produz e modifica seu meio pelas relações sociais, sendo um ser cultural, Vygotsky entende o sujeito em sua totalidade, biologicamente e socialmente, assim desenvolvendo a Psicologia Histórico-Cultural. Vygotsky gostava de chamar essa abordagem de psicologia "cultural", "instrumental" ou "histórica". Cada um desses termos refletia uma Página 5

6 característica diferente da nova abordagem que ele propôs para a psicologia. Cada qual enfatizava uma das facetas do mecanismo geral pelo qual a sociedade e a história social moldam a estrutura daquelas formas de atividades que distinguem o homem de outros animais. (LURIA, 1992, p. 48). A teoria vygotskyana defende a aprendizagem da criança em seu meio social, através da interação com seus pares, só nos desenvolvemos ao relacionarmos com outros, para Vygotsky (2001b, p. 56) nos tornamos nós mesmos através dos outros. Por isso a necessidade de entender o homem como ser histórico, cultural e social, o entendendo por completo, em sua totalidade. Neste sentido, a Psicologia Histórico-Cultural caracteriza-se pela concepção da realidade como complexa, da interdependência entre fenômenos, da mútua constituição de sujeitos e sociedade. Cada aspecto contemplado na análise, nesse sentido, não é apenas mais um apêndice que faz parte de um todo, pois é, ao mesmo tempo, manifestação da totalidade e determinante desta totalidade, pela maneira como se relaciona com os outros aspectos. Por isso, privilegiam-se os movimentos, transições, aquilo que propicia uma compreensão integral dos fenômenos, por contemplar as relações de constituição recíproca desses e da totalidade que os mesmos compõem, e também a gênese das mudanças de qualidade propiciadas por estas íntimas relações. (ZANELLA et al., 2007, p. 28). A partir do conceito de Vygotsky de que aprendemos por meio das relações sociais dá-se a importância do professor na aprendizagem da criança, viabilizando momentos de conhecimentos para elas, proporcionando instrumentos para que seja mediado o que a criança já sabe com o que ela potencialmente poderá aprender. Para Vygotsky a mediação da criança para o conhecimento é através dos signos e instrumentos. Para o autor a relação do homem com o mundo não é uma relação direta, mas, fundamentalmente, uma relação mediada (OLIVEIRA, 2008, p. 27). Os instrumentos e os signos vêm para mediar essa relação. Instrumentos são ferramentas concretas criadas e utilizadas pelo homem para facilitar suas atividades como o machado, a caneta, o caderno. Página 6

7 A importância dos instrumentos na atividade humana, para Vygotsky, tem clara ligação com a sua filiação teórica aos postulados marxistas. Vygotsky busca compreender a as características do homem através do estudo da origem e desenvolvimento da espécie humana, tomando o surgimento do trabalho e a formação da sociedade humana, com base no trabalho, como sendo o processo básico que vai marcar o homem como espécie diferenciada. [...] No trabalho desenvolvem-se, por um lado, a atividade coletiva e, portanto, as relações sociais e, por outro lado, a criança e utilização de instrumentos. (OLIVEIRA, 2008, p ). Signos são instrumentos psicológicos que auxiliam o homem em suas atividades psíquicas, a linguagem escrita é um exemplo, historicamente construído pelo ser humano, permitindo o registro histórico da cultura, preservando-a por gerações. Os signos, por sua vez, também chamados por Vygotsky de instrumentos psicológicos, são orientados para o próprio sujeito, para dentro do indivíduo; dirigem-se ao controle de ações psicológicas, seja doo próprio indivíduo, seja de outras pessoas. São ferramentas que auxiliam nos processos psicológicos e não nas ações concretas, como os instrumentos. (OLIVEIRA, 2008, p. 30). Vygotsky, a partir de suas pesquisas empíricas, descobriu que o uso de instrumentos e signos são mutuamente ligados, ainda que estejam separados no desenvolvimento cultural da criança. Também fala das várias fases das operações com o uso dos signos onde, na fase inicial da criança, o esforço dela depende de forma crucial dos signos externos até que comece a ocorrer como um processo puramente interno. Buscou-se introduzir brevemente a Psicologia Histórico-Cultural desenvolvida por Vygotsky, trazendo o conceito de signos e instrumentos como mediadores do homem e a aprendizagem. O próximo tópico procura-se apresentar a Pedologia, conceito trabalhado por Vygotsky, sendo a ciência da infância. PEDOLOGIA CIÊNCIA DO DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA Para Vygotsky a criança é sujeito com diversas possibilidades de interação com o seu meio, criando e recriando a sociedade, sendo cultural e histórico. Também Página 7

8 defende que quando a criança nasce os mecanismos biológicos agem de forma dominante nelas, mas dura pouco tempo por conta da influência que o meio social exerce sobre ela, a sociabilidade da criança é o ponto de partida de suas interações sociais com o entorno (IVIC, 2010, p. 16). E é precisamente o ponto essencial da concepção vygotskyana de interação social que desempenha um papel construtivo no desenvolvimento. Isto significa, simplesmente, que certas categorias de funções mentais superiores (atenção voluntária, memória lógica, pensamento verbal e conceptual, emoções complexas, etc.) não poderiam emergir e se constituir no processo de desenvolvimento sem o aporte construtivo das interações sociais. (IVIC, 2010, p ). A criança para Psicologia Histórico-Cultural desenvolve sua aprendizagem e personalidade através dos signos e instrumentos, tendo acesso na infância pelo meio social que está inserido, constituindo suas características pessoais, ressignificando seu meio. Pedologia consiste na ciência que estuda o desenvolvimento da criança. Vygotsky desenvolveu um projeto para discutir o desenvolvimento da infância, resultando em sete conferências que ocorreram nos anos de 1933 e 1934 onde ele discute os fundamentos da Pedologia. Suas palestras foram desenvolvidas para pessoas que trabalham no meio educacional sem a necessidade de formação na área da Psicologia. As suas conferências foram intituladas como: 1 - O objeto da pedologia, 2 - Métodos característicos da pedologia, 3 - A doutrina da hereditariedade e do meio na pedologia, 4 - A questão do meio na pedologia, 5 - Leis gerais do desenvolvimento psicológico infantil, 6 - Leis gerais do desenvolvimento físico infantil e 7 - As leis do desenvolvimento do sistema nervoso. Em 1935 o movimento da Pedologia começou a sumir na antiga União Soviética URSS, sendo um tema pouco trabalhado por lá durante meio século, sendo decretada no período Stalinista como disciplina ilegal. Página 8

9 Vygotsky lecionou no Instituto de Pedologia e Defectologia, foi um grande estudioso e defensor da Pedologia, sendo por conta de seus estudos na área que suas obras foram proibidas de serem vinculadas na União Soviética - URSS ( ). Suas aulas no Instituto Pedológico do Leningrado resultaram no livro Fundamentos da Pedologia (1935). Não surpreende que Vygotsky tenha se envolvido ativamente com a pedologia no final da década de Como fica evidente em suas asserções sobre a natureza da pedologia, ele via nesta disciplina a base para uma síntese das diferentes disciplinas que estudavam a criança. (VAN DER VEER; VALSINER, 1991, p. 334). Vygotsky diferenciou-se de outros estudiosos da área por dar importância não à questão da natureza como fator central, mas no desenvolvimento infantil. Para ele a Pedologia, diferentemente de outras áreas, conseguia atingir o objetivo de estudar o desenvolvimento da criança. Pode-se estudar doenças infantis, a patologia da infância, e isto também seria, em certa medida, uma ciência sobre a criança. Em pedagogia, pode-se estudar a criação e a educação de crianças, e isto também, em certa medida, é uma ciência. Pode-se estudar a psicologia da criança, e isto também seria em certa medida uma ciência sobre a criança. Portanto, precisamos especificar desde o início qual, exatamente, é o objeto de investigação pedológica. Por esta razão, é mais exato afirmar que a pedologia é uma ciência do desenvolvimento da criança. O desenvolvimento da criança é objeto direto e imediato de nossa ciência (VYGOTSKY, 1935b, p. 1, grifo original apud VAN DER VEER; VALSINER, 1991, p. 335). O autor também associa o desenvolvimento ao tempo, onde se tem períodos de grande desenvolvimento, principalmente na infância, comparado a períodos na adolescência e a fase adulta onde esse processo de desenvolvimento diminui, mas não se extingue, para Vygotsky, esta é a primeira lei do desenvolvimento : o desenvolvimento é um processo que ocorre no tempo e prossegue de uma maneira cíclica. (VAN DER VEER; VALSINER, 1991, p. 335). Vygotsky também aborda o estudo da Pedologia com relação à hereditariedade, relação do estudo com a área da genética. Ele busca entender a influência dela no Página 9

10 desenvolvimento da criança, defende que experiências do passado influenciam no desenvolvimento da criança, mas não são determinantes. Também busca entender a importância que o meio exerce em seu desenvolvimento. Através da Pedologia Vygotsky buscou uma disciplina que estudasse o desenvolvimento da criança como ser social, não apenas biológico, entendendo a importância do meio e das interações sociais no processo de desenvolvimento infantil. A partir do que já se discutiu a teoria que embasa os estudos voltados à criança o próximo tópico busca entender como se da à aprendizagem da criança para Vygotsky que a entende como ser social desde seus primeiros anos. APRENDIZAGEM DA CRIANÇA PARA VYGOTSKY Como já dito anteriormente Vygotsky revolucionou a Psicologia na década de 1920 quando propôs um método que estuda o homem em sua totalidade, não vendo apenas as características biológicas ou como um ser espiritual. Para ele não nos desenvolvemos e aprendemos na ausência do outro, é na socialização com nossos pares, com o meio social e cultural que estamos inseridos que nos desenvolvemos, é a partir dessa interação mediada com o mundo nos tornamos o que somos, sempre em processo de mudanças. Isso implica uma concepção de sujeito alternativa a visão liberal de homem. No materialismo histórico e dialético, o homem só é individuo, ou melhor, só se constitui individuo porque é social e histórico. Ao sujeito individual, racional e natural do liberalismo opõe-se o sujeito social, ativo e histórico do materialismo histórico e dialético. (GONÇALVES, 2007, p. 44) Essa visão de homem que Vygotsky traz, do homem como ser cultural e histórico, é chamada de abordagem genética, esse tipo de abordagem, que enfatiza o processo de desenvolvimento, é chamado de abordagem genética e é comum a outras teorias psicológicas. (OLIVEIRA, 2008, p. 56). Página 10

11 Para Vygotsky o aprendizado é considerado um processo puramente externo que não está envolvido ativamente no desenvolvimento. Ele simplesmente se utilizaria dos avanços do desenvolvimento ao invés de fornecer um impulso para modificar seu curso (VYGOTSKI, 2001a, p. 53), a aprendizagem é mais que aquisição da capacidade de pensar, ela não altera a capacidade de focar a atenção. Vygotsky também aborda a inteligência prática nos animais e nas crianças, a conexão entre a fala e o uso dos instrumentos, a interação social e a transformação da atividade prática, para ele a criança começa a ter controle sobre o ambiente em que está inserida através da fala, também explica que a fala egocêntrica da criança, para Vygotsky (2001b, p. 122) é um fenômeno de transição entre o funcionamento interfísico e o funcionamento intrafísico, do social para o individual, não é algo vazio, sua fala e ação fazem parte de uma mesma função psicológica complexa, dirigida para a solução do problema. A linguagem e instrumento fundamental no processo de mediação das relações sociais, por meio do qual o homem se individualiza, se humaniza, apreende e materializa o mundo das significações que e construído no processo social e histórico (AGUIAR, 2007, p 130). Para Vygotsky a fala é uma forma de mediação da criança e a aprendizagem, a linguagem é um processo psicológico superior do homem, sendo ele contribuinte para o desenvolvimento do mesmo. Podem-se distinguir, dentro de um processo geral de desenvolvimento, duas linhas qualitativamente diferentes de desenvolvimento, diferindo quanto à sua origem: de um lado, os processos elementares, que são de origem biológica; de outro, as funções psicológicas superiores, de origem sócio-cultural. A história do comportamento da criança nasce do entrelaçamento dessas duas linhas. A história do desenvolvimento das funções psicológicas superiores seria impossível sem um estudo de sua pré-história, de suas raízes biológicas, e de seu arranjo orgânico. (VYGOTSKI, 2001a, p. 34). As crianças ao nascerem são constituídas com as funções psicológicas elementares sendo elas biológicas como os instintos, respondendo aos estímulos Página 11

12 ambientais até progredir para as funções psicológicas superiores, sendo elas os que nos diferem dos animais, são desenvolvidas a partir da aprendizagem. A linguagem é uma das funções psicológicas superiores do homem, sendo desenvolvida apenas na interação com outro sujeito, mais velho, que domine a linguagem. Outros conceitos desenvolvidos por Vygotsky de grande importância são as fases do desenvolvimento e aprendizagem da criança: a Zona de Desenvolvimento Real (aquilo que a criança já sabe, já está desenvolvido nela e que ela pode fazer sozinha, sem ajuda de outras pessoas no processo), Zona de Desenvolvimento Potencial (o que a criança pode aprender, atividades que ela desempenha com a ajuda de outro sujeito e poderá fazer sozinha) e a Zona de Desenvolvimento Proximal (está entre as outras duas zonas citadas, entre o que a criança já sabe executar, mas com ajuda de outro) que é a relação entre o desenvolvimento e a aprendizagem. [...] essa idéia é fundamental na teoria de Vygotsky porque atribui importância extrema à interação social no processo de construção das funções psicológicas humanas. O desenvolvimento individual se dá num ambiente social determinado e a relação com o outro, nas diversas esferas e níveis de atividade humana, é essencial para o processo de construção do ser psicológico individual. (OLIVEIRA, 2008, p. 60). A Zona de Desenvolvimento Proximal é tudo que a criança sabe e está em fase desenvolvimento, tarefas que ela apenas executava com a ajuda de outros e que tem potencial para realizar sozinha no futuro, ou seja, desenvolver seu conhecimento até chegar ao nível de desenvolvimento real. A imitação é função básica para que isso aconteça, quando a criança imita uma situação superior a que ela já sabe fazer. O que é, então, definido pela zona de desenvolvimento proximal, determinada através de problemas que a criança não pode resolver independentemente, fazendo-o somente com assistência? A zona de desenvolvimento proximal define aquelas funções que ainda não amadureceram, mas que estão em processo de maturação, funções que amadurecerão, mas que estão presentemente em estado embrionário. Essas funções poderiam ser chamadas de "brotos" ou "flores" do desenvolvimento, ao invés de "frutos" do desenvolvimento. O nível de desenvolvimento real caracteriza o desenvolvimento mental retrospectivamente, enquanto a zona de desenvolvimento proximal Página 12

13 caracteriza o desenvolvimento mental prospectivamente. (VYGOTSKI, 2001a, p. 58) Vygotsky exemplifica a Zona de Desenvolvimento Proximal quando diz que o aprendizado da criança começa antes de frequentarem a escola, como quando se aborda o assunto em sala de aula à criança tem sempre história prévia para contar, sendo os conhecimentos que ela já tem podendo desenvolver. Chegamos, assim, à seguinte fórmula do processo educativo. A educação é realizada através da própria experiência do aluno, que é totalmente determinada pelo ambiente; a função do professor se reduz à organização e à regulação de tal ambiente (VYGOTSKY, 2003, p. 77). Assim, Vygotsky afirma que o docente deve trabalhar com o que interessa a criança, os interesses têm um significado universal na vida infantil. [...] Portanto, o interesse é uma espécie de motor natural do comportamento infantil, é a fiel expressão de uma inclinação instintiva, o indicador de que as atividades da criança coincidem com suas necessidades orgânicas (VYGOTSKY, 2003, p. 100), assim vê-se a importância de a metodologia pedagógica do professor leve em consideração os interesses das crianças para que elas participem das atividades propostas. Para o Vygotsky a criança é um sujeito histórico e cultural que passa pelo processo constante de mudanças, como vimos com as zonas de desenvolvimento, não sendo apenas seres passivos e determinados pelos traços biológicos e hereditários, defende que desde muito pequeno a criança já cria suas relações com a sociedade e interfere no meio em que vive, se desenvolvendo enquanto aprende e aprendendo enquanto se desenvolve. CONSIDERAÇÕES FINAIS Vygotsky viveu na Bielorrússia, defendeu a democracia, participando da revolução na década de 1917 resultando na criação da União Soviética, também Página 13

14 participou da crise na Psicologia. Influenciado pelos estudos de Marx e o Materialismo Histórico-Dialético entendeu que eram necessárias mudanças nas teorias que estavam presentes na Psicologia como o idealismo e o behaviorismo. Ambas não viam o homem em sua totalidade, assim Vygotsky propôs uma teoria que entendia o homem não apenas biologicamente ou espiritualmente, mas sendo histórico, social, cultural, em constante processo de transformação. A partir de seu entendimento de que o meio em que o sujeito habita interfere em seu desenvolvimento e aprendizagem Vygotsky criou a Psicologia Histórico-Cultural. Pesquisadores de suas obras defendem que o mesmo não criou um método e sim uma teoria baseada no método marxista. Seu objetivo era entender o processo de aprendizagem e desenvolvimento do homem, defendendo que ele se da por meio das relações sociais, só nos tornamos nós mesmos nos relacionando com o outro. Para Vygotsky não é apenas o resultado que importa e sim o processo, o que aconteceu para se chegar lá. Como quando se resolve cálculos matemáticos, não basta olhar o resultado da conta, mas sim o processo que levou a ele, o resultado pode estar errado, mas o raciocínio usado na formulação da conta correto, hoje é muito criticado as formas tradicionais de avaliação com provas, ignorando o processo de aprendizagem e as particularidades dos alunos. Seguindo esse pensamento o Vygotsky passou a estudar as crianças, como era chamado por ele, com defeitos biológicos. Buscou entende-los não por suas limitações e sim por suas possibilidades, entender as consequências dessa deficiência na vida social do sujeito. Para ele, as oportunidades de desenvolvimento deles são criadas a partir dos instrumentos culturais e nas relações sociais e não em sua deficiência. A linguagem tem grande importância na teoria, é o principal instrumento mediador da criança e a aprendizagem. O contato da criança com a linguagem acontece logo que ela nasce, com sua família, expandindo para o meio que a cerca. A linguagem, para o autor, não é nato ao ser humano, nascemos com a capacidade de falar, mas só desenvolvemos se tivermos contato com sujeitos que já adquiriram a capacidade. Por isso Vygotsky ressalta que aprendemos através do outro. A linguagem também permite Página 14

15 que o sujeito se afaste das experiências diretas e faça uso da imaginação, sendo base para a criatividade, algo que os animais não são capazes, apenas os humanos. Para Vygotsky a educação historicamente tem caráter social, independente da época ou país, por mais antissocial que a sua ideologia tenha sido. Para o autor o professor deve deixar o aluno tomar seu caminho, dando apenas a direção do próprio movimento, também defende que a educação tem seu objetivo e ele muda conforme o período histórico e o meio social. Vê-se que o papel da escola, da educação e o professor estão atrelados ao período histórico e o meio social, respondendo as demandas necessárias naquele momento. Como a educação e o ambiente escolar estão em constante processo de mudanças os jogos e as brincadeiras, de grande importância no desenvolvimento da criança, mudam de região para região, não precisando nem estar em períodos históricos diferentes. As atividades lúdicas sofrem interferência direta da cultura que é reflexo de seus sujeitos. O brinquedo pode não ser o aspecto predominante da infância, mas é um fator muito importante do desenvolvimento e a brincadeira é uma atividade com propósito, com objetivo final, determina a atitude afetiva da criança no brinquedo. Vygotsky também ressalta a importância da imaginação para a criança, a criação de uma situação imaginária não é algo fortuito na vida da criança, pelo contrário, é a primeira manifestação da emancipação dela em relação às restrições situacionais. É a partir da brincadeira que a criança se apropria das regras sociais da vida. A partir de seus estudos Vygotsky contribuiu com diversos conceitos que nos ajudam a entender o complexo período da vida humana que é a infância. Ressaltou a importância que as relações sociais proporcionam em seu desenvolvimento e fez um estudo minucioso das linguagens e como elas contribuem no processo de aprendizagem das crianças, mudando a nossa forma de ver o mundo através do seu conceito de mediação. Página 15

16 A partir das análises feitas sobre a criança e os conceitos de Vygotsky que contribuem na aprendizagem conclui-se que a criança como ser social, cultural e histórico faz uso da mediação simbólica através dos instrumentos e signos para aprender e se desenvolver, indo contra outros psicólogos quando afirma que a criança desde pequena é social. É através da socialização com o outro mais velho que elas aprendem, transformando suas funções psicológicas elementares para superiores. REFERÊNCIAS AGUIAR, W. M. J. A pesquisa em psicologia sócio-histórica: contribuições para o debate metodológico. In: BOCK, A. M. B.; GONÇALVES, M. da G.; FURTADO, O. Psicologia Sócio-Histórica: uma perspectiva crítica em psicologia. 3. ed. São Paulo: Cortez, p GONÇALVES, M. da G. M. A psicologia como ciência do sujeito e da subjetividade: a historicidade como noção básica. In: BOCK, A. M. B.; GONÇALVES, M. da G.; FURTADO, O. Psicologia Sócio-Histórica: uma perspectiva crítica em psicologia. 3. ed. São Paulo: Cortez, p IVIC, I. Lev Semionovich Vygotsky. Coleção Educadores MEC. Recife: Fundação Joaquim Nabuco, Massangana, Disponível em: < Acesso em: 12 ago LURIA, A. R. A construção da Mente. São Paulo: Ícone, MARX, K.; ENGELS, F. A ideologia alemã (Feuerbach). São Paulo: Hucitec, OLIVEIRA, M. K. de. Vygotsky Aprendizado e desenvolvimento Um processo sócio-histórico. São Paulo: Scipione, VAN DER VEER, R.; VALSINER, J. Vygotsky: uma síntese. São Paulo: Loyola/Unimarco, Página 16

17 VYGOTSKI, L. S.. A formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes, 2001a. 90 p. Disponível em: < Acesso em: 09 ago VYGOTSKY, L. S. Psicologia pedagógica. Porto Alegre: Artmed, VYGOTSKY, L. S. Pensamento e Linguagem. São Paulo: Ridendo Castigat Mores, 2001b. 159 p. Disponível em: < Acesso em: 19 ago ZANELLA, A. V. et al. Questões de método em textos de Vygotski: Contribuições à pesquisa em Psicologia. Psicologia & Sociedade, Porto Alegre, v. 2, n. 19, p.25-33, maio Disponível em: < Acesso em: 07 ago Página 17

VYGOTSKY Teoria sócio-cultural. Manuel Muñoz IMIH

VYGOTSKY Teoria sócio-cultural. Manuel Muñoz IMIH VYGOTSKY Teoria sócio-cultural Manuel Muñoz IMIH BIOGRAFIA Nome completo: Lev Semynovich Vygotsky Origem judaica, nasceu em 5.11.1896 em Orsha (Bielo- Rússia). Faleceu em 11.6.1934, aos 37 anos, devido

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