CARACTERIZAÇÃO E QUANTIFICAÇÃO DE BENEFÍCIOS E DE CUSTOS PARA FUNDAMENTAÇÃO DOS PLANOS DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS DE CONSTRUÇÃO E DEMOLIÇÃO

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1 CARACTERIZAÇÃO E QUANTIFICAÇÃO DE BENEFÍCIOS E DE CUSTOS PARA FUNDAMENTAÇÃO DOS PLANOS DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS DE CONSTRUÇÃO E DEMOLIÇÃO Júlio F. FERREIRA DA SILVA Doutor em Eng.ª Civil-Hidráulica juliofs@clix.pt Ricardo J. Vieira de SOUSA Eng.º do Ambiente RESUMO A caracterização e quantificação de benefícios e de custos são tarefas primordiais para a fundamentação das políticas a estabelecer nos planos de gestão integrada de resíduos de construção. Trata-se dum assunto extremamente sensível e com um peso importante na concepção de todo o processo, designadamente na definição de directrizes e na análise de viabilidade das medidas a preconizar e desenvolver. As entidades intervenientes neste sector, necessitam desta informação para quantificar as alternativas e melhor justificar a estratégia a implementar perante os cenários mais verosímeis. A enorme heterogeneidade dos resíduos gerados, as quantidades variáveis de região para região e diversos custos unitários de terrenos, são exemplos de alguns parâmetros base de concepção e de dimensionamento que apresentam inúmeras variações, cujo efeito nos resultados económicos dos projectos de investimento importa analisar. Assim, foram definidas diversas funções de custo em função dos principais parâmetros e de diferentes cenários de evolução. A quantificação dos benefícios ambientais revela-se uma tarefa mais complicada, dada a dificuldade em quantificar as inúmeras vantagens ambientais imediatas derivadas da existência de uma gestão integrada, nomeadamente a eliminação dos depósitos ilegais de resíduos de construção e demolição (RCD), a formação e sensibilização dos intervenientes e a promoção da reutilização e reciclagem. Apresenta-se uma metodologia para a quantificação indirecta de parte destes benefícios. Com a informação disponibilizada é possível planear melhor todo o ciclo de gestão dos RCD, designadamente as actividades de reutilização e reciclagem com reflexos económicos, ambientais e sociais. Palavras-chave: Gestão integrada de resíduos de construção e demolição. Plano regional. Caracterização e Quantificação de Benefícios e de Custos. 1

2 1 - INTRODUÇÃO O sector da construção civil é responsável pelo consumo de mais de 50% dos recursos naturais. Quanto às quantidades de resíduos produzidas, são de grande volume e bastante significativas no âmbito geral da produção de resíduos sólidos (50% dos resíduos gerados provém de sector da construção, motivo pelo qual foram considerados uns dos fluxos prioritários na política de gestão de resíduos da União Europeia). Os resíduos da construção e demolição (RCD) são de origens e composições bastante heterogéneas, em termos de qualidade e quantidade. Isto deriva das inúmeras funções e características que os materiais constituintes de uma qualquer obra de construção civil podem ter, havendo uma ligação entre o tipo de resíduos que se vão encontrar e as actividades que provocam o aparecimento desses resíduos. A falta de soluções e estratégias, a nível regional e nacional, bem como a falta de informação e sensibilização dos produtores destes resíduos (legalmente responsáveis pela sua gestão), tem contribuído para o aparecimento numerosos depósitos ilegais de RCD, sem que o poder local tenha formas e/ou meios para actuar pois, na maioria das vezes, é inviável identificar o infractor. A proliferação destes depósitos (normalmente associados à deposição de outros resíduos) pode originar problemas de saúde pública, degradação da paisagem, poluição ambiental, bem como deterioração da imagem da indústria da construção civil. A gestão adequada dos RCD torna-se assim uma prioridade quer devido ao elevado volume que representam, quer às enormes vantagens ambientais e económicas que poderão advir da reciclagem/valorização das fracções recicláveis como um novo material de construção. Um dos principais problemas existentes e que tem de alguma forma travado o desenvolvimento nesta área, prende-se com a inexistência de Planos de Gestão Integrada de Resíduos, capazes de delinear um eficiente modelo de gestão integrada para os resíduos gerados numa determinada região, assim como resolver o passivo ambiental gerado pela má gestão actual e passada deste tipo de resíduos. Contudo, para que qualquer Plano se revele eficaz a curto e a longo prazo, é imperioso que seja feita simultaneamente uma quantificação dos custos e benefícios das diferentes opções preconizadas, de forma a que seja escolhida aquela que se adequa melhor à região quer do ponto vista ambiental, quer do ponto de vista económico. Assim, a caracterização e quantificação dos benefícios e dos custos revelam-se tarefas primordiais para a fundamentação das políticas a estabelecer nos planos de gestão integrada de resíduos de construção. È de notar que as entidades interessadas em investir neste sector, dificilmente o farão sem o cálculo dos benefícios, dos custos e do risco inerente à actividade, ou seja, interessa caracterizar as realidades do mercado para, subsequentemente, definir qual a melhor estratégia perante essas situações. Os resíduos de construção e demolição deverão ser vistos como recursos, através da quantificação dos referidos receitas e custos da sua valorização, de forma a que o ambiente não seja encarado como um problema, mas sim como uma oportunidade, pois só assim se estabelecerão políticas sustentáveis, garantindo a qualidade de vida das próximas gerações. 2

3 2 IMPORTÂNCIA DA CARACTERIZAÇÃO E QUANTIFICAÇÃO DE BENEFÍCIOS E DE CUSTOS NOS ESTUDOS DE VIABILIDADE A resolução do actual deficit ambiental directamente relacionado com os RCD implica a disponibilização de recursos financeiros para a implementação e exploração dum sistema de recolha, triagem, tratamento, reutilização e disposição de resíduos. Tal projecto de investimento envolve um montante significativo de, pelo que deve estar devidamente fundamentado com estudos que caracterizem e quantifiquem os custos e benefícios envolvidos. Analisando a gestão dos RCD, do ponto de vista meramente económico, esta apenas se revela atractiva quando o produto reciclado é competitivo face aos produtos naturais em termos de custos e quantidades. Os materiais recicláveis, tornam-se assim mais competitivos em regiões onde haja escassez quer de materiais primários, quer de espaços para aterro. Existem dois importantes factores de decisão com enorme sensibilidade para garantir o sucesso económico do processo de reciclagem ou reutilização de RCD, independentemente dos custos e benefícios que possam vir do seu tratamento. Decisão do potencial utilizador de usar produtos primários (naturais) ou derivados dos RCD (secundários) Decisão por parte da entidade detentora/produtora de separar ou não os vários fluxos de RCD, com vista a tratamento, uso ou envio para aterro, aplicável a cada tipo de resíduo Além do referido, importa mencionar que qualquer caracterização e quantificação dos benefícios e custos são regidas pelas leis do mercado, quer desde a fase de recolha dos resíduos até à colocação dos produtos finais. Como tal, isto significa que dificilmente alguma entidade irá voluntariamente separar os materiais a serem reciclados, se daí não tirar vantagens económicas. Como, a procura de agregados derivados de RCD que será a componente recuperável com maior peso - é preponderante na escolha da natureza do processo de reciclagem. A viabilidade económico-financeira da implementação dum plano regional de gestão integrada de RCD está condicionada pela definição da área de projecto, na medida em que as quantidades a recolher, tratar e encaminhar para a reutilização ou para a disposição final, são função da área de influência do projecto. Até agora, não estavam disponíveis estudos que mostrassem os resultados económicos em função da variação dos diversos parâmetros que os condicionam. 3 - PRINCIPAIS PARÂMETROS QUE INFLUENCIAM OS RESULTADOS ECONÓMICO-FINANCEIROS NA GESTÃO INTEGRADA DE RCD A viabilidade económica é um ponto muito sensível e com peso fundamental na definição de todo o processo de elaboração e implementação dum Plano Regional de Gestão Integrada de Resíduos de Construção e Demolição. A construção e exploração das diversas componentes dum sistema de recolha, triagem, tratamento, reutilização e destituição específica, como a central de reciclagem e de tratamento ou os aterros estão sujeitas a uma série de fluxos económico-financeiros, que importa analisar, nomeadamente: 3

4 Custos de implementação e equipamento dos aterros e centrais fixas ou móveis de reciclagem de RCD; Receitas conseguidas com a recolha de RCD e com a comercialização dos agregados reciclados a partir dos mesmos; Comparação dos custos ou benefícios que resultam da passagem da demolição indiferenciada para a demolição selectiva. Os benefícios dum projecto de gestão integrada de resíduos poderão ser melhorados se forem incrementados penalizações na indústria de extracção de recursos naturais não renováveis, designadamente com a imposição de taxas ambientais e de procedimentos mais exigentes ao nível da recuperação paisagística. Os principais parâmetros que influenciam os resultados da implementação dum plano de gestão integrada dos RCD são as quantidades envolvidas (avaliadas expeditamente através da população de projecto e da respectiva capitação), a cota de mercado, a separação de RCD na obra e a redução da quantidade na obra. Para que o projecto tenha, também, viabilidade económica a quantidade a tratar deve estar acima de um dado limiar, o que condiciona a definição da área de influência, ou seja determina a delimitação da região alvo. 4 - APLICAÇÃO CARACTERIZAÇÃO E QUANTIFICAÇÃO DE BENEFÍCIOS DE DOS CUSTOS ASSOCIADOS À GESTÃO INTEGRADA DE RCD NA REGIÃO DA AMAVE Neste capítulo apresentar-se-ão os resultados dos estudos para quantificação de custos e dos benefícios associados à eventual gestão integrada de RCD na região de influência da Associação de Municípios do Vale do Ave AMAVE. Este caso de estudo serve de exemplo para a descrição da metodologia preconizada para uma melhor fundamentação técnico-económica para a implementação dum Plano Regional de Gestão Integrada de RCD e dos subsequentes programas operacionais. Para a quantificação dos diversos custos e benefícios envolvidos é habitualmente necessário adoptar critérios e hipóteses. A definição de um cenário de referência e o estudo consecutivo dos efeitos nos resultados da variação dos elementos base permite obter uma perspectiva global dos custos e dos benefícios face à incerteza que caracteriza estes projectos de investimento Descrição sumária da área de estudo A zona abrangida engloba os municípios pertencentes à AMAVE, à excepção de Vila do Conde e Póvoa de Varzim. Preconiza-se a instalação de uma unidade de tratamento de reciclagem, localizada na zona limítrofe entre os municípios da V. Nova de Famalicão e Guimarães, quer devido à proximidade com os municípios de maior densidade populacional, quer devido à existência de antigas pedreiras nesta zona, locais preferenciais para a instalação da unidade. Em seguida, apresentam-se alguns dados sobre os municípios abordados. 4

5 Municípios Associação de Municípios do Vale do Ave População Área Densidade hab. % ha % hab/ha Trofa % % 4,6 Vila Nova de Famalicão % % 8,4 Santo Tirso % % 10,1 Vizela % % 1,1 Guimarães % % 11,8 Fafe % % 22,1 Póvoa do Lanhoso % % 0,9 Vieira do Minho % % 0,7 Total % % 4,5 Quadro 1 - População, Área dos Municípios afectos à área em estudo Todos os preços adoptados foram definidos com base em preços correntes de actividades associadas, custos de aterros e preços de venda de matérias primas. Considerou-se um preço que cative os produtores de resíduos e os utilizadores de agregados, tendo em conta as alternativas existentes e os seus custos. Para efeitos de cálculo de período de amortização dos investimentos a realizar ao nível da unidade de tratamento e do aterro de RCD, consideraram-se diferentes períodos de amortização do empréstimo bancário. Componente Período de Amortização Juros de Empréstimo (anos) % capital Terreno e Instalações 20 6 Equipamento fixo (britadora) 7 6 Equipamento móvel 5 6 Quadro 2 Períodos de amortização do investimento Quantidades a receber pela Unidade de Reciclagem de RCD Para efeitos de determinação das quantidades de RCD a tratar pela Unidade de Reciclagem, foram tidos em conta, os seguintes factores: População - base (n.º habitantes)(e crescimento ao longo do Horizonte do Projecto); Capitação (kg RCD/hab.ano); Percentagens de redução de RCD na obra (%) (e respectiva taxa de crescimento ao longo do horizonte do projecto); Separação de RCD na origem pelo detentor/produtor (%) (considerou-se que 25% em % do peso total de RCD são fracções recicláveis com fileiras já existentes (papel, plástico, madeira, vidro e metais); e respectiva taxa de crescimento); 5

6 Cota do mercado (%) (percentagem do mercado de RCD para a Unidade de Reciclagem; considerou-se igualmente uma taxa de crescimento). Em seguida, apresenta-se a sua aplicação para um cenário possível, designado por cenário de referência, definindo-se as seguintes metas para os factores anteriormente referidos: Dados Base Crescimento População População (hab.) α1(primeiros 10 anos) 1,80% Capitação (kg RCD/hab.ano) 325 α2 1,00% Redução na obra Separação Fracções recicláveis na obra % redução inicial 10% Fracção recicláveis RCD 25% Meta 30,0% Meta 80,0% Cota Mercado Unidade de Tratamento % mercado 45% Crescimento 6,4% Meta 100% Quadro 3 Factores considerados para o cenário de referência No quadro em seguida apresenta-se as quantidades estimadas a enviar para a unidade de tratamento de RCD. Ano População Quantidades produzidas Cota de mercado Fracções recicláveis Redução na obra Quantidades a Tratar (nº hab) (ton/ano) (%) (%) (%) (ton/ano) % % 8% 10% % 8% 11% % 9% 12% % 9% 13% % 10% 14% % 11% 15% % 11% 16% % 12% 17% % 13% 18% % 13% 19% % 14% 21% % 15% 22% % 15% 23% % 16% 24% % 17% 25% % 17% 26% % 18% 27% % 19% 28% % 19% 29% % 20% 30% Quadro 4 Quantidades de RCD à entrada da Unidade de Tratamento 6

7 4.3 - Quantidades de RCD a tratar pela Unidade de Reciclagem. Relativamente às quantidades que dão entrada na Unidade de Reciclagem, importa ter em consideração a quantidade de resíduos inertes recicláveis separados, a quantidade de resíduos inertes recicláveis contaminados, o limite mínimo para os resíduos contaminados ainda serem aptos a reciclar e a quantidade de resíduos não recicláveis. De forma a retratar as diferentes tipologias de resíduos que dão entrada na unidade de tratamento e as quantidades que são realmente passíveis de tratamento, considerou-se as seguintes percentagens: Quantidade de RCD à entrada da Unidade de Tratamento Resíduos inertes recicláveis não contaminados 40% Resíduos inertes recicláveis contaminados 25% Resíduos inertes não recicláveis 35% Limite de aceitação dos resíduos não contaminados 90% Quadro 5 Composição Típica de Resíduos à entrada da Unidade de Tratamento. No que concerne à capacidade de processamento da britadora, e para um período de funcionamento de 220 horas, estabeleceu-se um funcionamento máximo diário de 8 horas. Considera-se que a Capacidade Processamento Britadora é de 45 ton/h. Em seguida apresentam-se, estimativas das quantidades a britar, quantidades a rejeitar, nº horas de funcionamento da britadora e quantidades de agregados para venda. Ano Quantidades a Tratar Quantidades a britar Quantidades a rejeitar Funcionamento Britadora Quantidades de Agregados para Venda 1 (ton/ano) (ton/ano) (euro/ano) (%) (ton/ano) % % % % % % % % % % % % % % % % % % % % Total Quadro 6 Quantidades de RCD (Unidade de Tratamento). 1 assume-se que é idêntica à quantidade de RCD que dão entrada na britadora (100%). 7

8 4.4 - Quantidades de RCD a enviar para Aterro As quantidades a enviar para aterro serão resultado da soma dos resíduos de construção e demolição que não são enviados para a unidade de tratamento (subtraindo a fracções de recicláveis afecta á percentagem de adesão) e os resíduos rejeitados da unidade de tratamento. Assim sendo, e de acordo com todos os pressupostos anteriormente apresentados, a variação das quantidades a enviar para aterro são representados no seguinte quadro, onde é igualmente apresentada as percentagens de reciclagem dos RCD ao longo do horizonte do projecto. Ano Quantidades a enviar para aterro Volume 1 Aterro Reciclagem (ton/ano) (m3) (%) (%) % 34% % 36% % 38% % 40% % 42% % 44% % 46% % 48% % 50% % 52% % 54% % 56% % 58% % 59% % 61% % 63% % 65% % 67% % 68% % 70% Quadro 7 Quantidades de RCD a enviar para Aterro Estimativa dos Custos e das Receitas (Unidade de Tratamento) Neste item far-se-á a descrição dos critérios adoptados para quantificação dos custos e das receitas estimadas para o projecto de investimento Custos de Investimento e Custos de Exploração Para efeitos de cálculo dos custos de investimento foram tidos em conta, os diferentes períodos de amortização e as seguintes considerações: Substituição do Equipamento; Taxa de crescimento do Valor de Mercado (1%); 8

9 Valor Residual (5% sobre o valor do custo inicial); Diferentes períodos de amortização (já referidos no quadro 2.); Diferentes períodos de vida útil (8 anos para o equipamento móvel e 10 anos para o equipamento fixo britadora); Custo operacional do equipamento móvel igual a 2/ sobre o valor do custo de investimento; Custo operacional da Britadora igual 2,7/ sobre o valor do custo do investimento inicial; Nº horas de funcionamento da britadora em função da quantidade a britar; 8 horas de funcionamento para o restante equipamento; Custo dos funcionários típico de unidades semelhantes; Taxa de crescimento dos salários (1%) Receitas de Aceitação dos RCD e venda dos Agregados Foram estabelecidos os seguintes critérios no que se refere às receitas que advirão do funcionamento da nossa unidade de tratamento. Tipo de Resíduos Custo de Aceitação (euro/ton) Custo de Venda do Agregado (euro/ton) Resíduos Inertes Não Contaminados 2,5 5 Resíduos Inertes Contaminados 7,5 4,25 Quadro 8 Receitas associadas a uma unidade de tratamento. Relativamente aos resíduos não recicláveis que dão entrada na unidade de tratamento, assume-se que o custo da sua aceitação compensa o custo do seu transporte e tratamento final adequado. No quadro seguinte, apresenta-se os valores associados aos custos e receitas durante o período de horizonte do projecto (20 anos). 9

10 Ano Custos Funcionários (euro/ano) Custos Exploração Custos Exploração+Funcionários Custo Investimento Custos Totais Receitas Aceitação Receitas Venda Receitas Totais Margem de Lucro (euro/ano) (euro/ano) (euro/ano) (euro/ano) (euro/ano) (euro/ano) (euro/ano) (%) % % % % % % % % % % % % % % % % % % % % Quadro 9 Variação dos Custos e dos Receitas afectos a Unidade de Tratamento de RCD. 10

11 4.6 Funções de custo e de benefícios Considerando o cenário de referência, como cenário base, torna-se possível avaliar o efeito da variação de diversos factores, de forma a aferir qual a respectiva importância nos resultados dos Planos Regionais de Gestão Integrada de Resíduos de Construção e Demolição. Apresentar-se-ão os resultados em função da variação dos seguintes elementos base: Cota de mercado % Separação de RCD na obra % Redução na obra Capitação População Na figura seguinte representa-se o resultado Económico em função da percentagem de RCD à entrada da unidade de tratamento. Resultado Económico Resultado Económico ( ) % % 50% 75% 100% Cota de Mercado (% RCD Total) Figura 1 Resultado Económico em função da percentagem de RCD à entrada da unidade de tratamento (cenário de referência) A aplicação duma ferramenta de análise estatística de resultados permitiu-nos ajustar a seguinte expressão analítica: Resultado económico (milhares euros) = *Cota Mercado (r 2 =0,99) (1) A seguir mostram-se os resultados em função dos restantes elementos base em análise e as respectivas funções de custo ou de benefício. 11

12 Custos Totais (Fixos+Variáveis) Custos Totais ( ) % 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100% Separação na origem (%) Figura 2 Custos Totais em função da eficiência da separação na obra (cenário de referência) Custos Totais (milhares euros) = * Separação (r 2 =0,98) (2) Custos Totais (Fixos+Variáveis) Custos Totais ( ) % 5% 10% 15% 20% 25% 30% Redução na origem (%) Figura 3 Custos Investimento em função da % redução conseguida na obra (cenário de referência) Custos Totais (milhares euros) = * Redução (r 2 =0,98) (3) 12

13 Resultado Económico Resultado Económico ( ) ,00 0,20 0,40 0,60 0,80 1,00 1, Capitação (ton/hab.ano) Figura 4 Variação do Resultado Económico em função do valor de capitação considerado. (cenário de referência) Resultado económico (milhares euros) = *Cap (ton/hab.ano) (r 2 =0,99) (4) Resultado Económico Resultado Económico ( ) População Abrangida (milhares de habitantes) Figura 5 Variação do Resultado Económico em função do valor da População Abrangida (cenário de referência). Resultado económico (milhares euros) = *Pop(milhares hab.) (r 2 =0,99) (5) 13

14 Lucro (% sobre ganhos) 75,00% 50,00% 25,00% 0,00% -25,00% -50,00% -75,00% -100,00% -125,00% -150,00% -175,00% -200,00% -225,00% -250,00% Margem de Lucro População abrangida (milhares de habitantes) Figura 6 Variação da margem de lucro em função do nº habitantes (cenário de referência) Margem de Lucro = x Pop (milhares hab.)^ (r 2 =0,77) (6) 5 - CONCLUSÕES A caracterização e quantificação de benefícios e de custos são tarefas primordiais para a fundamentação das políticas a estabelecer nos planos de gestão integrada de resíduos de construção. A enorme heterogeneidade dos resíduos gerados, as quantidades diversas de região para região, assim como a existência de redução e triagem de RCD na origem, são factores que apresentam inúmeras variações, cujo impacto nos resultados económicos dos projectos de investimento é significativo. Com os estudos que desenvolvemos definem-se diversas funções de custo, permitindo avaliar de forma rápida os efeitos nos resultados da alteração dos valores dos elementos base (Cota de mercado; % Separação de RCD na obra; % Redução na obra; Capitação; População), permitindo avaliar a importância de cada um destes parâmetros na implementação dos planos de Gestão Integrada de Resíduos. A promoção junto das entidades produtoras/detentoras de RCD de progrmas operacionais que visem a redução e a triagem dos RCD gerados pode revelar-se uma medida com vantagens quer económicas quer ambientais, devendo como tal ser incentivada, através da criação de instrumentos normativos que visem a sua efectiva aplicação. Os Planos de Gestão Integrada de RCD deverão prever os mecanismos e infra-estruturas adequadas à gestão deste tipo de fluxo e promover a cooperação entre todas as entidades intervenientes. 14

15 É imperioso alterar a actual filosofia de gestão dos resíduos de construção e demolição, formando e sensibilizando os seus produtores para as vantagens, quer ambientais quer económicas, que poderão retirar se realizarem uma gestão sustentável dos mesmos, assente nas prioridades da política de gestão de resíduos da comunidade europeia, promovendo a sua redução na origem, a sua recuperação/reciclagem e correcta deposição em aterro da fracção sem qualquer outro destino. A promoção da redução na origem e da eficiência da sua separação, assim como a existência de indicadores viáveis que permitam a quantificação adequada dos RCD produzidos na região em causa, revelam-se extremamente importantes e fulcrais na definição das orientações estratégicas do Plano e na fundamentação da viabilidade da gestão integrada. Com a informação disponibilizada torna-se possível planear melhor todo o ciclo de gestão dos RCD, designadamente as actividades de reutilização e reciclagem com reflexos económicos, ambientais e sociais. 6 REFERÊNCIAS 1) Gomes, E.; Amaral, F.; Reciclagem de Detritos de Construção e Produtos de Demolição, Eliminação de um Problema e valorização de um recurso; Comunicação apresentada no Encontro Nacional de Engenharia Municipal, Porto, Junho de ) Pereira, L.H., Reciclagem de Resíduos de Construção e Demolição: Aplicação à Zona Norte de Portugal, Tese de Mestrado em Engenharia Civil, Universidade do Minho (2002); 3) Pereira, L.H.; Jalali.; Aguiar, J.B.; Viabilidade Económica de uma Central de Tratamento de Resíduos de Construção e Demolição; Comunicação apresentada no Encontro Novas Problemáticas na Gestão de Resíduos, Auditório do Instituto Politécnico de Beja, Dezembro de ) Symonds Group em associação com ARGUS, COWI e PRC Bouwcentrum, COnstruction and Demolition Waste Management Practices, and Their Economic Impacts, Relatório para a Comissão Europeia, (1999) 15

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