6 PRÁTICAS CULTURAIS
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- Maria Philippi Figueiredo
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1 6 PRÁTICAS CULTURAIS
2 6.1 PREPARO DO SOLO - Histórico e Objetivos -Tipos de Preparo -- Aração + Gradagem - Discos -Aiveca -Escarificador -- Grade pesada + Grade Leve
3 No caso de revolvimento do solo CUIDADOS -Pulverização do solo - Pé-de-arado - Pé-de-grade
4 Outras finalidades do preparo - Controle de plantas daninhas; -Incorporação de corretivos de solo (Ex: calcário); -Controle de erosão; -Eliminação de camadas de impedimentos
5 CUIDADOS NO PREPARO - Alternar equipamentos de preparo e a profundidade de trabalho; -Reduzir ao máximo o número de operações; -Diminuir a quebra excessiva de torrões; -Revolver o solo o mínimo possível; -Trabalhar o solo com umidade adequada; -Deixar o máximo de resíduos vegetais sobre o solo. Fonte: Recomendações técnicas para a cultura do trigo no Paraná (Circular IAPAR 82)
6 Expansão do Plantio Direto no Brasil 32 milhões de ha 180 ha
7 50 Milhões de hectares ,2 ha /77 80/81 85/86 90/91 95/96 00/01 05/06 09/10 (Denardin, 2012) Área com espécies de verão = 37,6 ha Área com espécies de inverno + safrinha = 10,4 ha Área com espécies de inverno = 2,7 ha Área com safrinha = 7,7 ha
8 Tabela 1. Caracterização inicial da área experimental referente a análise química do solo. Selvíria, MS, Brasil, Prof.: profundidade; Prof. 1: 0,00-0,05 m, Prof. 2: 0,05-0,10 m; Prof. 3: 0,10-0,20; Prof. 4: 0,20-0,40 m Raij, 1997 Raij, 1997 Acidez alta 4,4-5,0 baixa Tabela 2. Caracterização inicial da área experimental referente a granulometria e alguns atributos físicos do solo, nas profundidades de 0,00-0,05, 0,05-0,10, 0,10-0,20 e 0,20-0,40 m. Selvíria, MS, Brasil, Prof.: Profundidade; P.total: porosidade total; Ds: Densidade do solo; Souza e Alves, ,17 a 1,28 Mg m -3 8
9 Descompactação mecânica de áreas em Plantio direto com escarificador Agosto de 2012 Fonte: Nascimento (2013)
10 Descompactação com plantas de cobertura Fonte: Nascimento (2013)
11 Dessecação das plantas e desintegrador mecânico Fonte: Nascimento (2013)
12 Semeadura da cultura Fonte: Nascimento (2013)
13 Tabela. Desdobramento da interação significativa da análise de variância referente à resistência do solo a penetração (escarificador x plantas de cobertura) nas camadas de 0,05-0,10 e 0,10-0,20 m. Selvíria, MS, Camada de solo (0,05-0,10 m) Plantas de cobertura Pousio Guandú Crotalária Braquiaria Milheto Escarificador Resistência do solo à penetração (MPa) Sem 4,53 AB 4,95 b B 4,51AB 3,18 A 3,35 b AB com 4,04 B 2,94 a AB 3,78 B 4,14 B 1,98 a A DMS(5%) Escarificador dentro de Planta de cobertura (1,1663); Plantas de cobertura dentro de Escarificador (1,6331); Camada de solo (0,10-0,20 m) Plantas de cobertura Pousio Guandú Crotalária Braquiaria Milheto Escarificador Resistência do solo à penetração (MPa) Sem 5,70 b AB 6,04 b B 6,17 b B 4,35 A 4,73 AB com 3,44 a 4,51 a 4,56 a 4,39 a 3,92 a DMS(5%) Escarificador dentro de Planta de cobertura (1,2009); Plantas de cobertura dentro de Escarificador (1,6816); Médias seguidas de mesma letra minúscula, na coluna, e maiúscula, na linha, não diferem estatisticamente pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade. Fonte: Nascimento et al. (2013)
14 6.2 - SEMEADURA Época de semeadura Existe regionalização para épocas de semeadura de trigo e triticale para os vários Estados produtores.
15 ESTADO DE SÃO PAULO O Estado está dividido em 10 zonas tritícolas. Para Regionalização das épocas de semeadura de trigo e triticale foram realizadas análises considerando: -Rendimento em experimentos de campo; -Tipos de solo e relevo; -Risco de geada no espigamento; -Necessidade hídricas no florescimento; -Excesso de chuva na colheita. Fonte: Informações Técnicas para trigo e triticale (2013)
16 As indicações de épocas de semeadura para o Estado de São Paulo estão contidas na publicação: Reunião Técnica de trigo da Secretaria da Agricultura e Abastecimento do estado de São Paulo: Recomendações para ª Edição. Campinas: 2002, 94 p. (Boletim Técnico 167).
17
18 Figura: Zoneamento para época de semeadura de trigo e triticale em São Paulo
19 Zona A 20/03 a 30/04 sendo tolerado até 10/05 Zona A1 20/03 a 30/04 Zona B 20/03 a 31/05 Observações: -Estiagens em abril prejudicam a germinação e incidência de pragas (Elasmo) -Semeadura em abril ou início de maio risco de geada no florescimento; -Culturas semeadas em maio risco de doenças (UR elevada do florescimento àmaturação).
20 Zona C 20/03 a 30/04 sendo tolerado até 15/05 cultura irrigada até 30/05; Zona D sequeiro: 20 a 31/03 tolerado até 15/04; Zonas D, E, F, G e H: 01/04 a 31/05 somente com irrigação; Zona I: 01 a 30/04 sendo tolerada até 15/05.
21 6.2.2 Espaçamento e densidade de semeadura Espaçamento entrelinhas Para trigo e triticale deve ser usado 17 cm entrelinhas. Outros espaçamentos são possíveis, porém não deve Ultrapassar 20 cm. Profundidade de semeadura Deve ficar entre 2 e 5 cm com preferência para semeadura em linhas.
22 Densidade de Semeadura do Trigo e Triticale 1. CULTURA DO TRIGO RIO GRANDE DO SUL E SANTA CATARINA Ciclo Médio ou Precoces a 330 sem viáveis/m 2 Semitardias ou Tardias Pastejo a 400
23 PARANÁ, MATO GROSSO DO SUL E SÃO PAULO 200 a 400 sementes viáveis/m 2 dependendo do ciclo, porte e até clima e solo. MINAS GERAIS, GOIÁS, BAHIA, MATO GROSSO E DISTRITO FEDERAL Trigo de sequeiro a 450 sem viáveis/m 2 Solos de boa fertilidade e sem alumínio Trigo irrigado a 350
24 2. Cultura do Triticale 350 a 400 sementes viáveis/m 2 N o de sementes/m = N sementes/m 2 x Espaçamento (cm) Poder germinativo (%) Massa de 1000 sementes = 35-40g
25 Gasto de sementes por área em kg/ha kg/ha = N o de sementes/ m 2 x PMS (gramas) Poder germinativo (%) Onde: PMS = peso de 1000 sementes
26 6.2.3 Semeadura àlanço - Objetivo -Operações -Recomendação - Vantagens da semeadura em linhas: -- Distribuição mais uniforme das sementes; -- Maior eficiência dos fertilizantes; -- Menor risco de danos por herbicidas de pré-emergência; -- Menor gasto de sementes já que àlanço se recomenda aumentar em 20 a 25% a quantidade de sementes.
27 Plantio direto Urochloa (Brachiaria)
28 Plantio direto Urochloa (Brachiaria)
29 Plantio direto Urochloa (Brachiaria)
30 Plantio direto Urochloa (Brachiaria)
31 Plantio direto sobres restos culturais de milho
32 Plantio direto sobres restos culturais de milho.
33 6.2.4 Tratamento de Sementes Os fungos veiculados pelas sementes, alvo do controle com fungicidas, são os mesmos que causam manchas foliares, a giberela e a brusone. Uma excessão é o carvão (Ustilago tritici). O Oidio, embora não seja transmitido pelas sementes, pode ser controlado, em cultivares suscetíveis, pelo tratamento de sementes com TRIADIMENOL. Esse tratamento controla também o Carvão do trigo.
34 (Helminthosporiose) Fonte: Informações técnicas para trigo e triticale Safra 2015
35 6.2.5 Inoculação de Sementes Indica-se o uso de inoculante com Azospirillum brasilense e/ou outras bactérias associativas promotoras de crescimento de Plantas devidamente registrado no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). A eficiência agronômica dos inoculantes pode variar em função das condições de cultivo do trigo. Fonte: Informações Técnicas para Trigo e Triticale Safra 2015.
36 Fonte: Informações técnicas para trigo e triticale Safra 2015.
37 Tabela Valores médios de grãos por espiga, massa hectolítrica, massa de mil grãos e produtividade. Selvíria (MS), Grãos por Massa Massa Produtividade Regulador espiga Hectolítrica mil grãos nº kg 100 L -1 g kg ha -1 Testemunha 39,25 85,88 44, ,5 L ha -1 Perf. 40,25 87,52 44, ,5 L ha -1 Floresc. 40,13 86,47 44, ,25+ 0,25 L ha -1 (P+F) 39,38 86,16 43, DMS 7,87 2,70 3,77 853,85 Teste F Regulador (R) 0,06 NS 1,07 NS 0,09 NS 0,76 NS Inoculação (I) 0,04 NS 0,44 NS 0,07 NS 3,24 NS R x I 0,13 NS 0,36 NS 0,28 NS 0,27 NS Inoculação Presença (1) 39,94 86,74 43, Ausência 39,56 86,28 44, DMS 4,16 1,43 1,99 451,57 C.V. (%) 14,36 2,26 6,20 15,66 ns não significativo. (1)- Produtividade com diferença significativa a 8% de probabilidade. Fonte: Rodrigues et al. (2012)
38 Tabela Massa hectolítrica, massa de mil grãos e produtividade obtidos em trigo irrigado, com doses de nitrogênio em cobertura e presença e ausência de inoculação. Selvíria (MS), 2011 e Massa hectolítrica Massa mil grãos Produtividade Tratamentos g kg ha Inoculação (I) Presença 86,87 81,32 43,76 34, Ausência 87,47 81,17 44,86 33, Doses de N (kg ha -1 ) 0 86,23 82,72 44,57 33, (1) (2) 30 87,92 81,37 45,24 33, ,93 80,12 45,40 32, ,16 81,49 43,36 35, ,91 80,54 42,90 33, I 3,17 ns 0,03 ns 1,71 ns 0,31 ns 0,04 ns 1,52 ns F N 2,63* 0,81 ns 1,50 ns 0,24 ns 35,04** 5,71** I x N 3,83* 0,04 ns 0,66 ns 0,76 ns 1,30 ns 1,31 ns CV (%) 2,03 3,87 5,82 19,63 13,81 17,92 ns não significativo, * e ** significativo a 5% e 1% de probabilidade, respectivamente. (1)y= 1976, ,4554x-0,2104x 2 (R2=0,98); (2)y= ,940x 0,1630x² (R2=0,84) Fonte: Barbieri et al. (2013)
39 Tabela 2. Desdobramento da interação significativa da análise de variância referente à produtividade de grãos de trigo. Selvíria(MS), safra Fonte: Sabundjian et al. (2013).
40 Figura. Plântulas aos 20 dias após a emergência (DAE) Fernandópolis - SP. Fonte: Vazquez (2013).
41 Figura: Detalhe das espigas na época do enchimento dos grãos (80 DAE) Fernandópolis - SP. Fonte: Vazquez (2013).
42 Tabela 1. Número de colmos, altura de planta, peso por espiga, massa de 1000 grãos, massa hectolítrica e produtividade de grãos de trigo cv. IAC 373 com ou sem inoculação de Azospirillum brasilense e aplicação ou não de defensivos agrícolas no tratamento de sementes. Fernandópolis, SP, Fator de variação Inoculação Nº colmos por m 2 AP (cm) Peso por espiga (g) M 1000 (g) MH kg hl -1 P kg ha -1 Com inoculação ,1 1,91 40,22 a 80, a Sem inoculação ,3 1,88 38,95 b 79, b Defensivo Testemunha 346 a 71,3 1,90 39,93 80, Vitavax+Thiram 272 b 68,5 1,88 39,79 79, Metalaxil+Fludioxonil 263 b 65,6 2,02 40,06 80, Imidacloprid+Tiodicarb 254 b 68,6 1,85 38,93 80, Fipronil 288 b 67,1 1,82 39,20 79, Valores de F Inoculação (I) 0,04ns 0,91ns 0,51ns 5,60* 0,95ns 4,55* Defensivos (D) 4,69** 1,08ns 0,14ns 0,66ns 0,88ns 0,39ns I x D 1,31ns 0,35ns 0,68ns 1,22ns 0,87ns 1,67ns Média ,2 1,89 39,58 80, C.V. (%) 16,78 8,42 16,17 4,29 1,89 30,48 Médias seguidas de mesma letra, minúscula nas colunas, não diferem entre si pelo teste de Scott-Knott a 5% de probabilidade. ns= não significativo; *=significativo a 5% de probabilidade; **=significativo a 1% de probabilidade. Fonte: Vazquez et al. (2013).
43 Sem Azospirillum Com Azospirillum Sem Azospirillum Cultura do trigo Arf (2011)
44 Sem Azospirillum Com Azospirillum Trigo com e sem Inoculação
45 Sem Inoculação Com Inoculação Doses de N em cobertura x Azospirillum Brasilense
46 6.2.6 REDUTOR DE CRESCIMENTO Aaplicação de redutor de crescimento está restrita às cultivares com tendência ao acamamento, em solos de elevada fertilidade, principalmente em trigo irrigado na região de cerrado. Não éindicada a utilização no caso de ocorrer deficiência hídrica na fase inicial do desenvolvimento da cultura. Indica-se a aplicação de eti-trinexapac (Moddus) na fase de elongação da cultura (com o 1º nó visível), na dose de 0,4 L ha -1
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48 Foto: Acamamento na cultura do trigo
6.4 CONTROLE DE PLANTAS DANINHAS
6.4 CONTROLE DE PLANTAS DANINHAS Prejuízos: -Competição por água; -Competição por luz; -Competição por nutrientes; -Hospedeiros de pragas e doenças; -Interferência na operação de colheita. Período de competição:
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