Composição social e burocratização do partido em Leon Trotsky

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1 Composição social e burocratização do partido em Leon Trotsky Euclides de Agrela Trotsky começa o segundo capítulo de O Novo Curso, depois de versar sobre a questão das gerações, pautando já no primeiro parágrafo a questão crucial, essencial da vida orgânica do partido: A crise interna do partido obviamente não está limitada à relação das gerações. Historicamente, em um sentido amplo, sua solução é determinada pela composição social do partido e, acima de tudo, pelo peso específico das células de fábrica, do proletariado industrial incluído nelas. Trotsky aqui questiona o enfraquecimento das células de fábrica e um excessivo aumento de funcionários do partido e do Estado na estrutura partidária, de origem proletária ou não. A composição operária do partido, portanto, não se mede pelo número de operários liberados para cumprir funções no aparato do Estado ou nos sindicatos, mas pelo número de células de fábrica, quer dizer, de operários de base ou mesmo quadros que mantém uma relação direta com a produção e não se converteram ainda em dirigentes liberados do trabalho produtivo. Continua: Na etapa atual de nosso desenvolvimento econômico, tudo deve ser feito para atrair ao partido o maior número possível de operários de base. Mas a militância do partido pode ser alterada seriamente (para que, por exemplo, as células de fábrica constituam dois terços de suas fileiras) apenas muito lentamente e apenas sob condições de notáveis avanços

2 econômicos. Em todo caso, devemos esperar por um período muito longo, durante o qual os membros mais experientes e ativos do partido (incluindo, naturalmente, os de origem proletária) ocuparão diferentes postos no Estado, no sindicato, na cooperativa e no aparato do Estado. E este fato por si mesmo implica um perigo, pois esta é uma das fontes do burocratismo. Esta caracterização se mantém mais atual do que nunca para analisar os partidos operários na contemporaneidade, ou mesmo o partido que se pretende operário e revolucionário. Isto é assim na medida em que, particularmente nos países nos quais se vive anos e décadas de democracia burguesa, o partido revolucionário seguramente sofrerá uma enorme pressão, não do Estado operário, mas do Estado burguês, da democracia representativa, da legalidade burguesa e dos próprios sindicatos reformistas. Portanto, a profissionalização de militantes revolucionários por um longo período, parafraseando Trotsky, por si mesmo implica um perigo, pois este fato é uma das fontes do burocratismo. Outra questão decisiva apontada neste segundo capítulo é o problema da origem proletária dos quadros do partido e da própria burocracia estatal: A questão de se o comunista é de origem proletária, intelectual ou outra, obviamente tem sua importância. No período imediatamente posterior à revolução, a questão da profissão seguida antes de Outubro até parecia decisiva, pois a designação dos operários a esta ou aquela função do soviete parecia ser uma medida temporária. No momento, ocorreu uma profunda mudança neste aspecto. Não há dúvida de que os presidentes dos comitês regionais ou comissários de divisão, quaisquer que sejam suas origens sociais, representam um tipo social definido, independente de sua origem individual. Nestes seis últimos anos, agrupamentos sociais razoavelmente estáveis têm sido formados no regime soviético.

3 Pedimos licença para nos determos mais profundamente neste tema. Percebam que Trotsky é bem taxativo: os presidentes de comitês regionais ou comissários de divisão, quaisquer que sejam suas origens sociais, nos últimos seis anos ( ) representam um tipo social definido, diferente do proletariado industrial. Aqui Trotsky, mais uma vez, insiste corretamente em caracterizar a burocracia como um fenômeno social, independentemente de seu caráter político. Isto é assim porque a sociedade capitalista e mesmo a transição do capitalismo ao socialismo por meio da ditadura do proletariado tem como um dos seus pressupostos básicos a mobilidade social. A formação das classes sociais fundamentais do capitalismo, tanto a burguesia quanto o proletariado, se dá através de um rico e tortuoso processo que as fez nascer das entranhas do feudalismo. Da mesma forma, a transição socialista não será menos afetada por processos que proporcionarão rápidas e complexas mutações em todas as classes, inclusive e particularmente no proletariado chamado a dirigir o Estado operário transicional. Como nos ensinou Cristian Rakovsky, em Os Perigos Profissionais do Poder: Quando uma classe toma o poder, um setor dela se converte no agente deste poder. Assim surge a burocracia. Em um Estado socialista, em cujos membros do partido dirigente lhes está proibida a acumulação capitalista, esta diferenciação começa por ser funcional e em pouco tempo se transforma em social. (RAKOVSKY, 2002). Quando Rakovsky fala de burocracia de um Estado operário, está se referindo, em primeiro lugar, a uma função social, quer dizer, à administração do Estado ou, ao nosso juízo, à administração de outras superestruturas da classe, como os sindicatos. Somente depois, na medida em que esta função vai se consolidando de maneira cada vez mais autônoma no tempo, ela passa a ser também social, ou seja, dá origem a outro estrato social. Continua Rakovsky:

4 A função modificou o próprio organismo, quer dizer, a psicologia daqueles que se encarregaram de diversas tarefas de direção na administração e na economia do Estado mudou até tal ponto que, não só objetiva, senão também moralmente, deixaram de fazer parte da mesma classe operária. (RAKOVSKY, 2002). Partindo do anterior, seria ridículo falar de proletário originário ou proletário de origem, considerando esta condição como algo petrificado e impermeável à mobilidade social. Até um burguês falido pode virar proletário, isto é, pode ser obrigado a vender sua força de trabalho. Até um operário semiletrado pode virar um burguês dono de uma construtora, ainda que este segundo caso seja bem menos provável, mas não impossível. E ambos, tanto o burguês quanto o operário, podem virar burocratas de um sindicato patronal ou de trabalhadores, do Estado burguês ou do Estado operário. Continua Trotsky em O Novo Curso: ( ) uma considerável parte do partido, representado pelos mais bem treinados comunistas, é absorvida pelos diferentes aparatos de gestão e administração civil, militar, econômico, etc.; outra parte, igualmente importante, está fazendo seus estudos; uma terceira parte está dispersa pelo interior, onde lida com a agricultura; a quarta categoria apenas (que agora representa menos de um sexto da militância) é composta de proletários trabalhando nas fábricas. Está muito claro que o desenvolvimento do aparato do partido e da burocratização que o acompanha, são engendrados não pelas células de fábrica, unidas por meio do aparato, mas por todas as outras funções que o partido exerce por meio dos aparatos estatais de administração, gestão econômica, de comando militar, de educação. Em outras palavras, a fonte do burocratismo reside na crescente concentração da atenção e das forças do partido nas instituições e aparatos governamentais, e na lentidão do desenvolvimento da indústria.

5 Trotsky fala em seu texto que os operários que se encontram há apenas seis anos à frente do Estado operário não são mais operários, mas burocratas. Nisto não há nenhuma acusação de contrarrevolucionário, mas trata-se de uma caracterização social que pode ser estendida mesmo a militantes revolucionários. Antes de se tornar contrarrevolucionária, a burocracia se fez dirigente do Estado. Portanto, mesmo no Estado operário mais revolucionário, sempre haverá uma burocracia. A questão não se trata de extinguir ou não a burocracia no Estado operário, até porque enquanto existir todo e qualquer tipo de Estado, isto inclui o Estado operário revolucionário, sempre haverá burocracia. O que está em questão são o controle social, a fiscalização e a vigilância das massas proletárias e da base do partido sobre seus chefes. Daí a importância fundamental da democracia operária, da limitação dos salários dos chefes e da revogabilidade de mandatos. Mais deveres não pode significar mais direitos, sejam políticos, sociais, econômicos ou de qualquer tipo. Para que não restem dúvidas sobre a caracterização social proposta por Trotsky: ( ) a fonte do burocratismo reside na crescente concentração da atenção e das forças do partido nas instituições e aparatos governamentais, e na lentidão do desenvolvimento da indústria. Por causa destes fatos e tendências básicas, devemos estar totalmente alertas do perigo de degeneração burocrática dos velhos quadros. Seria um fetichismo vulgar considerar que apenas por que eles seguiram a melhor escola revolucionária no mundo, eles contêm dentro de si mesmos uma garantia segura contra todo e qualquer perigo de estreitamento ideológico e degeneração oportunista. Não! A História é feita por homens, mas os homens nem sempre fazem a história conscientemente, nem mesmo a sua. Permitam-nos trazer este debate para a contemporaneidade. Quando um operário vai para o sindicato e fica cinco, dez,

6 vinte anos como dirigente sindical liberado, mesmo que ele seja militante do mais revolucionário dos partidos, ele deixa de ser um operário e passa a ser um burocrata de origem operária. Sua origem não implica que ele não cumpra a função de um burocrata, quer dizer, exerça o papel de um dirigente de uma superestrutura. Mutatis mutandis: da mesma forma um jovem pequeno-burguês que se proletariza e fica na fábrica por cinco, dez, vinte anos passa a ser, de fato, um operário, ainda que possua uma origem pequeno-burguesa. Neste dois simples exemplos, temos a ilustração da mobilidade social da qual falamos anteriormente: o operário virou um burocrata e o jovem pequeno-burguês, um operário. Qual é então a norma programática proposta por Trotsky para controlar a burocracia, mesmo de um partido e de um Estado operário revolucionário? Não há e não pode haver nenhum outro meio de triunfar sobre o corporativismo, o espirito de casta dos funcionários, do que pela realização da democracia. Ao manter a calma, o burocratismo do partido desune tudo e todos, e desfere golpes igualmente, mesmo que de forma diferente, nas células de fábrica, aos operários industriais, ao pessoal do exército e ao jovem estudante. Esta norma programática tem como base social fundamental o proletariado industrial. Mas mesmo aqui não encontramos em Trotsky nenhum traço de obreirismo, muito pelo contrário: O último [o jovem estudante], como vimos, reage de modo especialmente vigoroso contra o burocratismo. Não foi por nada que Lênin propôs atrair largamente os estudantes para combater o burocratismo. Por sua composição social e seus contatos, os jovens estudantes refletem todos os grupos sociais de nosso partido, e também seu estado de mente. Sua mocidade e sua sensibilidade dão prontamente uma forma ativa a este estado de mente. Como estudantes, eles esforçam-se por

7 explicar e generalizar. E arremata a caracterização do papel dos jovens estudantes no partido e no Estado de maneira brilhante e direta: ( ) é correto dizer que as células de fábrica, e não as instituições de ensino, são nossa base. Mas ao dizer que a juventude é nosso barômetro, damos à suas manifestações política não um valor essencial, mas sintomático. Aqui caberia dar sequência ao diálogo entre O Novo Curso e os Perigos Profissionais do Poder, no que diz respeito ao papel dos jovens estudantes e, sobretudo, dos operários do partido. Segundo Rakovsky: Não podemos perder de vista que a maioria dos membros do partido (sem falar dos jovens comunistas) tem a concepção mais errónea das tarefas, das funções e da estrutura do partido, devido à concepção que a burocracia lhes ensina com seu exemplo, sua conduta prática e suas fórmulas estereotipadas. Todos os operários que ingressaram ao partido depois da guerra civil, entraram, me sua maior parte, depois de 1923 (a promoção Lênin); eles não têm nenhuma ideia do que era em outro tempo o regime do partido. A maioria dentre eles está desprovida dessa educação revolucionária de classe, vivida durante a luta, na vida, na prática consciente. (RAKOVSKY, 2002). Pode parecer contraditória esta citação de Rakovsky com todo o espírito dado por Trotsky em O Novo Curso. Nada mais falso. O que Rakovsky afirma é que mesmo a jovem geração de estudantes e operários do partido desconhece a tradição democrática partidária e veio sendo deseducada pela burocracia que lhes ensina com seu exemplo, sua conduta prática e suas fórmulas estereotipadas. Muitos destes jovens militantes só conheceram o partido já burocratizado, necessitando, também eles, ser

8 reeducados dentro do verdadeiro espírito do bolchevismo. Trotsky segue discorrendo sobre a norma programática da democracia operária para combater a burocratização do partido e do Estado, mesmo que implicitamente e pela negativa: O burocratismo do partido, dizemos e agora repetimos, não é uma sobrevivência de algum regime precedente, uma sobrevivência em processo de desaparecimento; pelo contrário, é um fenômeno essencialmente novo, que deriva das novas tarefas, as novas funções, as novas dificuldades e os novos erros do partido. E mais adiante: O proletariado realiza sua ditadura através do estado soviético. O partido comunista é o partido dirigente do proletariado e, portanto, de seu Estado. Toda a questão é realizar esta liderança sem se fundir com o aparato burocrático do Estado, para não se expor à degeneração burocrática. O burocratismo, repetimos, se origina das tarefas e das funções dos dirigentes no partido, nos sindicatos e no Estado. Ele é um perigo permanente que deve ser combatido, o que não exclui na transição a necessidade de uma burocracia estatal, mas pauta também a necessidade de combater o prestigismo e quaisquer tipos de privilégios políticos e materiais desta mesma burocracia, mesmo que seja oriunda do mais revolucionário dos partidos ou de um Estado operário revolucionário. Continua Trotsky, versando sobre a norma programática da democracia operária: Está claro que tal direção é realizável apenas com base em uma democracia ativa e vibrante dentro do partido. Quando, ao contrário, prevalecem os métodos do aparato, a direção do partido cede a administração aos seus órgãos executivos

9 (comitê, bureau, secretaria, etc.). Quando este regime se torna consolidado, todos os assuntos são concentrados nas mãos de um pequeno grupo, algumas vezes apenas de um secretário, que nomeia, remove, dá instruções, impõe as penalidades, etc.. Cristian Rakovsky completa de maneira brilhante a norma programática da democracia operária com o controle social estrito dos dirigentes do partido e do Estado pela base do partido e pelas massas proletárias: Segundo a concepção de Lênin e de todos nós, a tarefa da direção do partido consiste, precisamente, em preservar o Partido e a classe operária de influências corruptoras dos privilegiados, dos favores e das tolerâncias inerentes ao poder ( ). Em meu juízo, a primeira condição para devolver à direção do partido a capacidade de exercer um papel educativo, é reduzir a importância das funções desta direção. As três quartas partes do aparato deveriam ser licenciadas. As tarefas do um quarto restante deveriam ter limites estritamente determinados. Análogo critério deveria aplicar-se às tarefas, às funções e aos direitos dos organismos centrais. (RAKOVSKY, 2002). Por outro lado, Trotsky demonstra que a principal superioridade do partido, não está na sua direção em si, por mais revolucionária e experiente que seja, mas na sua múltipla experiência coletiva, pois é dela de onde pode se formar ininterruptamente quadros e militantes que devem contribuir com a renovação e fortalecimento contínuo da direção do partido e do Estado: Com tal degeneração da direção, a principal superioridade do partido, sua múltipla experiência coletiva, retira-se para último plano. A direção toma um caráter puramente

10 organizativo e frequentemente degenera em intromissões. O aparato do partido entra cada vez mais nos detalhes das tarefas do aparato soviético, vive a vida do seu cotidiano, deixa-se influenciar crescentemente por ele e deixa de ver a floresta, apenas as árvores. Se a organização do partido como coletividade é sempre mais rica em experiência de que qualquer órgão do aparato estatal, o mesmo não pode ser dito dos funcionários tomados como indivíduos. De fato, seria ingênuo acreditar que, por ter tal título, um secretário une em si todo o conhecimento e toda a competência necessária para a direção de sua organização. Na verdade, ele cria para si um aparato auxiliar com seções burocráticas, uma máquina burocrática de informação, e com este aparato, que o aproxima do aparato soviético, ele se separa da vida do partido. E como diz uma famosa expressão alemã: Você pensa que está movendo os outros, mas é você que está sendo movido. O anterior gera a impessoalidade burocrática do aparato do partido e do Estado. Mesmo quando a direção acerta politicamente, o burocratismo é o que vai gerar a falta de compreensão, a inércia e mesmo a deserção de militantes do partido: O partido, como coletividade, não sente sua direção, porque ela não é percebida. Daí o descontentamento ou a falta de compreensão, mesmo naqueles casos onde a direção é exercida corretamente. Mas esta direção não pode se manter na linha reta a não ser que evite cair em detalhes insignificantes, e assuma um caráter sistemático, racional e coletivo. Assim, este burocratismo não apenas destrói a coesão interna do partido, mas enfraquece a necessária influência deste sobre o aparato estatal. Pudemos constatar que, para Trotsky, a direção deve estar subordinada à múltipla experiência do partido, que é sua principal superioridade; por outro lado, a direção deve

11 assumir plena e completamente sua responsabilidade na condução do partido, através de um processo permanente de crítica e autocrítica, sem o qual o perigo permanente da degeneração burocrática se converterá em norma programática e suplantará a democracia e as relações saudáveis entre a direção, os quadros e os militantes de base. Neste marco, a composição social do partido deve ter como elemento fundamental os operários de fábrica e não os funcionários do partido, do Estado e dos sindicatos de origem operária que já se ocupam há anos tarefas superestruturais. Para terminar, gostaríamos de citar uma carta de James Cannon a Theodore Draper. Nela, o grande dirigente do Socialist Workers Party dos Estados Unidos faz referência à sua experiência no que diz respeito à ruptura com o Partido Comunista dos Estados Unidos, expondo o dilema da perda de seu posto dirigente e prestígio para aderir ao trotskismo e à Oposição de Esquerda Internacional: Eu tinha gradualmente me estabelecido numa posição segura como representante do partido, com um escritório e uma equipe de assessores, uma posição que eu poderia facilmente manter desde que eu me mantivesse dentro de limites e regras definidos, sobre os quais eu sabia tudo, e conduzisse a mim mesmo com a facilidade e a habilidade que havia se tornado quase uma segunda natureza para mim nas longas e persuasivas lutas fracionais. Eu sabia disso. E eu sabia de mais uma coisa que eu nunca havia dito a ninguém, mas que tive que dizer a mim mesmo pela primeira vez em Moscou, no verão de O rebelde de espirito livre que eu costumava ser quando membro do IWW (*) tinha, sem que eu percebesse, começado a se ajustar de maneira confortável a uma poltrona de couro, protegendo a si mesmo e ao seu cargo por pequenas e evasivas manobras, e até permitindo-se certa presunção sobre sua acomodação astuta nesse jogo mesquinho. Eu vi a mim mesmo pela primeira vez como outra pessoa, um revolucionário que estava a caminho de

12 se tornar um burocrata. A imagem foi terrível e eu me afastei dela com nojo. Eu nunca enganei a mim mesmo sequer por um momento sobre as consequências mais prováveis da minha decisão de apoiar Trotsky no verão de Eu sabia que eu iria perder minha cabeça e também minha poltrona de couro, mas eu pensei: Para o inferno homens melhores do que eu arriscaram suas cabeças e perderam suas poltronas de couro pela verdade e pela justiça. Nota: (*) Industrial Workers of the World (Trabalhadores Industriais do Mundo), organização sindical anarquista de origem norteamericana e projeção internacional da qual James Cannon foi membro. Referências: CANNON, James P. Carta a Theodore Draper, 27 de Maio de Fonte: Acessado em 25/10/2015. RAKOVSKY, Christian. Los peligros profesionales del poder. Fonte: Acessado em 25/10/2015. TROTSKY, Leon. El nuevo curso y Problemas de la vida Cotidiana. Edicions Internacionals Sedov. Fonte: -probsvidacotidiana.pdf. Acessado em 09/10/2015. TROTSKY, Leon. The new course. Ann Arbor: University of Michigan Press, 1965.

13 Túlio Quintiliano: sua memória segue em nossa luta! Blog Convergência Neste dia 11 de setembro, em que recordamos os 42 anos do golpe genocida de Augusto Pinochet no Chile, publicamos no Blog Convergência um documento feito pela Comissão Nacional da Verdade sobre Túlio Quintiliano, que foi um dos fundadores da corrente que deu origem ao PSTU, o Ponto de Partida. Tulio, exilado brasileiro, foi recebido com os braços abertos pelo Chile e militou na esquerda até o golpe. Preso, juntamente com sua companheira, a Naná, desapareceu. Tudo leva a crer que tenha sido fuzilado no dia 15 de setembro, no tristemente famoso quartel Tacna, em Santiago. O texto que publicamos é revelador da cumplicidade entre o estado brasileiro e o chileno àquela altura. A diplomacia brasileira se revela nestas páginas como o que foi: um aliado de primeira hora do golpe militar, em que o embaixador estourou champanhe na noite do dia 11 quando o golpe já era claramente vencedor. Entre outras coisas, a representação diplomática brasileira cita em documentos a palavra de um conhecido assassino, o então General Arellano Stark, o executor da chamada Caravana da Morte, que em outubro de 73 retirou das prisões e assassinou dezenas de detidos no Norte do Chile. Mas o texto da Comissão da Verdade também nos mostra como a luta implacável pela verdade histórica e punição dos assassinos atravessa as décadas: apesar de os detalhes de seu assassinato, o comandante do Tacna em 1973 está sendo processado na justiça chilena e Naná inclusive já lá foi prestar depoimento. Mais do que nunca dizemos: nas lutas em que seguimos honrando a sua memória e os

14 seus ideais: Túlio Quintiliano, presente! Túlio Roberto Cardoso Quintiliano Filiação: Nairza Cardoso Quintiliano e Aylton Quintiliano Data e local de nascimento: 6/9/1944, Maceió (AL) Atuação profissional: engenheiro civil Organização política: militante do Partido Comunista Brasileiro Revolucionário (PCBR); fundou, no exílio chileno, o grupo Ponto de Partida Data e local de desaparecimento: 12/9/1973, Chile BIOGRAFIA Túlio estudou engenharia na PUC-RJ. Na época, militava no PCBR e participava do movimento estudantil. Preso em abril de 1969, passou por vários centros de detenção Polícia Federal na Praça Quinze, DOPS de Belo Horizonte, Vila Militar/RJ, campo de Gericinó, Ilha das Flores nos quais foi torturado. Liberado após quatro meses, formou-se e foi trabalhar como engenheiro no sistema de telecomunicações da interligação Belém-Brasília. Em julho de 1970, ao ser condenado à revelia pela 3a Auditoria do Exército da 1a Circunscrição Judiciário Militar a um ano de prisão, por tentativa de reorganização de partido político fora da lei, ingressou no Consulado do Chile e pediu asilo naquele país, o qual foi concedido ainda no governo de Eduardo Frei. Viajou para Santiago em 1o de outubro de Lá passou a trabalhar na Gerência de obras civis da Corporación de la

15 Reforma Agraria CORA, órgão oficial responsável pela reforma agrária. Casou-se com Narcisa Beatriz Verri Whitaker, com quem teve uma filha, Flávia, nascida em Ainda no Consulado do Chile, à espera do salvo-conduto para deixar o Brasil, tornou-se amigo do crítico de arte e militante trotskista brasileiro Mário Pedrosa; influenciado pelas discussões com Mário e seus amigos chilenos, abraçou a corrente trotskista, organizou no Chile um pequeno grupo de discussão política, chamado Ponto de Partida, que criticava a concepção da luta de classes dos grupos armados do Brasil e tornou-se militante ativo no Chile. No dia seguinte ao Golpe Militar no Chile, que depôs Salvador Allende, foi detido com sua esposa, em sua casa, por uma patrulha militar, sendo ambos levados para a Escola Militar. Beatriz foi liberada na mesma noite, enquanto Túlio permaneceu detido por não estar de posse de seu documento de residência no Chile. Assim que foi suspenso o toque de recolher, Beatriz foi em busca do documento e retornou ao local, mas Túlio já não se encontrava lá teria sido trasladado ao Regimento Tacna. Nunca mais foi visto. CONSIDERAÇÕES SOBRE O CASO ATÉ A INSTITUIÇÃO DA CNV No Chile: Em fevereiro de 1991, foi divulgado o resultado dos trabalhos de investigação sobre as mortes e desaparecimentos políticos no Chile levados a efeito pela Comissão Nacional de Verdade e Reconciliação instituída pelo então presidente Patricio Aylwin. O relatório ficou conhecido como Informe Rettig, do nome do presidente da Comissão, senador Raul Rettig. O Informe Rettig reconhece a responsabilidade do Estado chileno no desaparecimento de Túlio. Em consequência, foi concedida à família uma pensão como forma de reparação financeira. A fotografia de Túlio está no Memorial de Víctimas de la Dictadura, um mural de três andares no interior do Museu da Memória e Direitos Humanos do Chile.

16 No Brasil: O caso de Túlio Quintiliano foi apresentado à Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos instituída pela Lei no 9.140/95, e consta do relatório Direito à memória e à verdade, publicado pela Comissão. O processo na CEMDP foi indeferido em virtude do desaparecimento ter ocorrido fora do território nacional. O pedido de Anistia Política post mortem apresentado à Comissão de Anistia foi deferido em Túlio foi também homenageado por ocasião da 77a Caravana da Anistia, em outubro de O nome de Túlio Roberto Cardoso Quintiliano consta também no Dossiê ditadura: mortos e desaparecidos políticos no Brasil ( ), organizado pela Comissão de Familiares de Mortos e Desaparecidos Políticos. CIRCUNSTÂNCIAS DE DESAPARECIMENTO E MORTE No dia 12 de setembro de 1973, por volta de 19h30, Túlio e Beatriz foram detidos em sua casa por uma patrulha militar, e levados à Escola Militar, onde foram interrogados juntos. Beatriz foi liberada em seguida enquanto Túlio ficou detido por não ter consigo seu documento de permanência definitiva no Chile. Beatriz foi instruída a buscar o documento e trazê-lo para que seu marido fosse solto, mas já não o encontrou: Túlio teria sido transferido naquela mesma noite para o Regimento de Artilharia Tacna usado como centro de detenção provisória nos dias seguintes ao golpe militar e para onde foram encaminhados, entre outros, os membros do GAP (Grupo de Amigos do Presidente), detidos no Palácio de La Moneda e posteriormente fuzilados. Túlio nunca mais foi visto. Beatriz, acompanhada de seu primo Francisco Whitaker, à época funcionário das Nações Unidas em Santiago, procurou-o sem sucesso no Regimento Tacna, em outros centros de detenção de prisioneiros políticos, junto a várias

17 autoridades e inclusive na morgue antes de refugiar-se, ela própria, na embaixada da Itália, de onde partiu para aquele país em dezembro. A mãe de Túlio, Nairza, foi a Santiago e lá permaneceu por 50 dias à procura do filho. Beatriz apresentou pedido de recurso de amparo (equivalente ao habeas corpus) à Corte de Apelações de Santiago, que pediu informações ao Ministério da Defesa e aos comandantes da Escola Militar e do Regimento Tacna. O comandante do Regimento Tacna, Coronel Luis J. Ramírez Pineda, informou que Túlio não constava em nenhum assentamento da unidade, nem havia registro de que tivera passado por lá. O general de Brigada Herman Brady Roche, da II Divisão do Exército, informou que Túlio não se encontrava detido por ordem dos Tribunais Militares nem constava que estivesse preso por ordem de outra autoridade. Por sua vez, o comandante da Escola Militar, general Raul Benavides Escobar, confirmou oficialmente que Túlio havia sido detido no dia 12 por efetivos daquele quartel, onde foi interrogado e em seguida enviado ao Regimento de Artilharia Tacna. No entanto, em janeiro de 1974, diante de novo informe do Comando da II Divisão do Exército, desta feita assinado pelo general de Brigada Sergio Arellano Stark, reiterando o anterior, a Corte arquivou o processo sem dar prosseguimento às investigações. A partir de setembro de 1973 e ao longo das duas décadas seguintes, Nairza e Beatriz escreveram muitas cartas às autoridades brasileiras, chilenas e de outros países, entre as quais: ao ACNUR, em Santiago; ao Embaixador e ao Cônsul-geral do Brasil no Chile; ao Subsecretário do Interior e ao Secretário de Defesa Nacional do Chile; a várias embaixadas de terceiros países, para a eventualidade de terem notícia do paradeiro de Túlio; ao embaixador do Chile no Brasil; ao ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mario Gibson Barboza; ao presidente Ernesto Geisel; ao Conselho de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana do Ministério da Justiça no Brasil; à Divisão dos Direitos Humanos da ONU, em Genebra; à Comissão Interamericana de Direitos Humanos da OEA; à Anistia Internacional, em Londres e em Nova York; ao presidente da

18 Comissão de Justiça e Paz, em Roma; ao presidente do Tribunal Bertrand Russel, em Paris; à Ordem dos Advogados do Brasil, Seções do Rio de Janeiro e de São Paulo. Do Estado brasileiro, não obtiveram qualquer resposta, com exceção de uma carta dirigida a Nairza em maio de 1974 pelo chefe do Departamento Consular e Jurídico do Itamaraty, que informava ter sido o Consulado-Geral do Brasil instruído a solicitar, às autoridades chilenas competentes, informações sobre o paradeiro de seu filho, as quais, tão logo recebidas, ser-lheão retransmitidas. Por outro lado, Nairza relata que em suas constantes idas à Embaixada e ao Consulado do Brasil em Santiago, ouviu reiteradas vezes do adido militar e do vicecônsul e até mesmo do senhor embaixador, através de sua secretária, a afirmação de que seu filho estava vivo e a qualquer momento apareceria. A pesquisa da CNV localizou, nos arquivos dos Ministérios das Relações Exteriores do Brasil e do Chile, diversos documentos que relatam essas gestões e as providências adotadas. Não foram encontrados elementos que sugiram um empenho real, na época, seja do Estado brasileiro, seja do chileno, para localizar o paradeiro de Túlio e elucidar o acontecido, ou mesmo para proteger ou prestar assistência a seus familiares. No fim de outubro de 1973, o Consulado-Geral do Brasil em Santiago, por instrução do Departamento Consular e Jurídico do MRE, requer à chancelaria chilena, por meio da Nota confidencial no 8, de 19 de novembro de 1973, informações sobre o paradeiro de Túlio. Anotação manuscrita no referido expediente, com data de 20 de maio de 1974, indica que Túlio não figura nas listas de asilados, detidos ou falecidos, e que essa informação foi comunicada ao Consulado. Informe do Centro de Informações no Exterior (Ciex), datado de 21 de janeiro de 1974, distribuído ao SNI/AC, CIE, Cenimar, CISA, DSI/MRE e 2as Seções dos Estados Maiores das três Forças, reporta que Nairza Cardoso Quintiliano enviou no dia 14 de dezembro de 1973 carta à Embaixada do Brasil em Santiago

19 solicitando informações sobre o paradeiro de seu filho, acompanhada de diversos documentos (anexados ao Informe do Ciex), e informa que: Em 18 de dezembro de 1973, constava que Túlio Quintiliano teria sido fuzilado em 15 de setembro de 1973, em dependências do Regimento Tacna, após ter sido julgado e condenado por um Tribunal de Guerra. Não é especificada a origem dessa informação, que nunca foi transmitida pelo Itamaraty aos familiares de Túlio, mas que aparece posteriormente reproduzida em Informação da Agência Central do SNI, datada de março de Foram localizados, nos arquivos desclassificados do MRE chileno, comunicações trocadas entre a Embaixada do Chile em Brasília e a chancelaria chilena relativas às reiteradas gestões efetuadas pela mãe de Túlio, que revelam preocupação com as possíveis repercussões do caso: o embaixador do Chile, Hernán Cubillos, solicita instruções para evitar que este caso adquiera trascendencia internacional e, naquela circunstância, opta por abster-se de entregar a Nairza, embora se encontrassem em seu poder, os documentos por ela solicitados, relativos à concessão de asilo político no Chile a seu filho, em Em janeiro de 1975, o embaixador do Brasil no Chile, Antonio Câmara Canto, remete a Brasília certificado que, a título excepcional, me foi fornecido pelo comandante da Guarnição do Exército em Santiago [NR: o general Arellano Stark, conhecido por ter liderado a Caravana da Morte que procedeu a dezenas de execuções sumárias logo após o golpe de estado, e condenado no Chile por diversos crimes contra os direitos humanos], que informa que o cidadão brasileiro Túlio Roberto Cardoso Quintiliano nunca esteve sob controle das autoridades militares e policiais chilenas, podendo considerar-se que esteja desaparecido ou que tenha abandonado o país. Em agosto do mesmo ano, a Secretaria Geral do Itamaraty (à época ocupada pelo embaixador Saraiva Guerreiro, que viria a se tornar chanceler) consulta o embaixador em Santiago, dada a

20 insistência com que a Senhora [Nairza] Quintiliano tem procurado esta Secretaria de Estado, em busca de uma notícia definitiva e convincente sobre seu filho, se acharia conveniente instruirmos o Consulado-Geral nessa cidade no sentido de, apenas na sua esfera de relacionamento funcional normal, tentar obter informação mais precisa sobre o paradeiro do senhor Quintiliano, cumprindo-se assim as providências habituais. E acrescenta: O governo brasileiro não pretende nem julga conveniente transmitir à interessada a declaração do citado General Arellano Stark. Na minuta do referido expediente constava um parágrafo adicional, que não foi retido, dando conta que a senhora Quintiliano tem deixado transparecer seu intuito de, na eventualidade de não vir a saber do destino de seu filho, recorrer a foros internacionais, do tipo Tribunal Russel, envolvendo Brasil e Chile. Curiosamente, em fevereiro de 1975 a DSI/MRE encaminha ao CIE, CISA e CI/DPF o Pedido de Busca 421/SB em que solicita dados relativos a uma relação de cidadãos brasileiros que teriam requerido concessão ou prorrogação de seus passaportes, na qual figura o nome de Túlio Quintiliano. Três semanas depois, retifica o pedido, solicitando a exclusão do nome de Túlio da referida relação, por não se tratar de pedido de passaporte comum, para em seguida encaminhar ao SNI, CIE, Cenimar, CISA e CI/DPF o certificado fornecido pelo general Arellano Stark, referido acima. Ainda assim, o relatório sobre desaparecidos entregue pelo Ministério do Exército ao Ministro da Justiça Maurício Corrêa, em 1993, reproduz essa contrainformação, nos seguintes termos: Considerado desaparecido no Chile desde 12 set 73. Entretanto, o MRE em documento datado de 06 Mar 75, informou que o nominado estava solicitando concessão/prorrogação de Passaporte, não especificando, porém, se encontrava-se no Brasil ou no exterior. E ainda prossegue, acintosamente: Em dez 81, a Organização socialista Internacionalista (OSI) o indicou como responsável pelos trabalhos de coordenação da entidade na área de São Paulo/SP.

21 Nova consulta encaminhada pelo Consulado do Brasil ao Governo chileno, em 1990 já no contexto das investigações levadas a efeito pela Comissão Rettig, terminadas as ditaduras no Brasil e no Chile e que se refere a Túlio como presumidamente desaparecido, não obtém nenhum dado novo. Apenas em 1992, depois de ter sido reconhecida oficialmente a responsabilidade do Estado chileno no desaparecimento de Túlio, há registros de assistência consular, por parte do Estado brasileiro, aos familiares de Túlio, com vistas ao recebimento de reparação do governo chileno. Em missão ao Chile em abril de 2014, a CNV solicitou fosse considerada a abertura de processo para a investigação judicial das circunstâncias da morte e paradeiro dos restos de Túlio Quintiliano, como vem sendo feito naquele país em centenas de casos. No dia 27 de agosto de 2014, o Subsecretário do Interior do Chile interpôs Querella Criminal contra Luiz Joaquín Ramírez Pineda, à época Comandante do Regimento Tacna, e todos os que forem considerados responsáveis por sua intervenção na qualidade de autores, cúmplices ou encobridores no delito de sequestro qualificado consumado de Túlio Roberto Cardoso Quintiliano. O processo recebeu o número e foi distribuído ao 34o Juzgado del Crimen de Santiago. A CNV transmitiu cópia dos autos judiciais do processo em curso no Chile, e demais documentos localizados em sua pesquisa, ao Ministério Público Federal, para facilitar o acompanhamento, interlocução e assessoramento cabível aos responsáveis pelo processo naquele país. LOCAL DE DESAPARECIMENTO E MORTE Santiago do Chile. IDENTIFICAÇÃO DA AUTORIA Está em curso processo criminal, no Chile, contra o ex-coronel

22 do Exército chileno Luiz Joaquín Ramirez Pineda, à época comandante do Regimento Tacna em Santiago do Chile, pelo sequestro qualificado de Túlio Roberto Cardoso Quintiliano. FONTES PRINCIPAIS DE INVESTIGAÇÃO 1. Documentos que elucidam circunstâncias de desaparecimento e morte A. Dossiês Identificação da fonte documental Título e data do documento Órgão produtor do documento Informações Relevantes Informações sobre o caso existentes em Dossiê sobre Túlio arquivos e Quintiliano Programa de repartições Direitos Humanos do Ministério do Interior Diversos. Diversos. públicas chilenas. Documentos e do Chile. Arquivo CNV, depoimentos que / instruíram a análise do caso na Comissão Rettig. Autos do Processo Judicial, 34o Juzgado del Crimen de Santiago, Rol Arquivo CNV, / Diversos. Diversos. Informações constantes do processo criminal instaurado em agosto Processo junto à Informação e Comissão Especial sobre documentos que Mortos e Desaparecidos Diversos. Diversos. instruíram a Políticos. AN: análise do caso na BR_DFANBSB_AT0_0077_0003 CEMDP. B. Documentos Identificação da fonte documental Título e data do documento Órgão produtor do documento Informações relevantes

23 3a Auditoria Condenação de Túlio do Exército Quintiliano a um Dossiê PDH/MI Chile Arquivo CNV, / Sentença de 21/7/1970 da 1a CJM, Justiça Militar, ano de prisão, por tentativa de reorganização de Poder partido político Judiciário. fora da lei. Comunica a DSI/MRE, Arquivo Telegrama no Delegação da concessão de asilo Nacional 1052, de Guanabara, político a Túlio REX.APD /8/1970. MRE. Quintiliano pelo governo chileno. O MRE concede salvo-conduto a DSI/MRE, Arquivo Salvo-Conduto Ministério Túlio Quintiliano, Nacional no 11/70, de das Relações para deixar o REX.APD /9/1970. Exteriores. Consulado do Chile e viajar para o Chile. Petição de Recurso de Dossiê PDH/MI Chile. Arquivo CNV, / Amparo perante a Corte de Apelações de Narcisa Beatriz Verri Whitaker. Relato de desaparecimento de Túlio Quintiliano. Santiago, de 3/10/1973. Requer às Arquivo MRE/Chile. Arquivo CNV, / Nota confidencial no 8, de 19/11/1973. Consulado Geral do Brasil em Santiago. autoridades chilenas informações sobre o paradeiro de Túlio. Contém anotação sobre resposta.

24 Quartel O Comandante da General, Escola Militar Comando de atesta que Túlio Processo CEMDP AN: Informe no Institutos foi detido em BR_DFANBSB_ 1595/129, Militares, 12/9/1973, AT0_0077_ /11/1973. Agrupamento interrogado e Este, transferido ao Exército do Regimento de Chile. Artilharia Tacna. Reporta sobre carta enviada à Embaixada do Brasil em Arquivo Nacional, SNI, BR.AN.BSB.V8: AC.ACE.68444/74. Informe Ciex no 37/74, de 21/1/1974. Centro de Informações do Exterior, MRE. Santiago por Nairza Quintiliano e informa que Túlio Quintiliano teria sido fuzilado em 15/9/73, nas dependências do Regimento Tacna. Arquivo MRE/Chile. Arquivo CNV, / Oficio estritamente confidencial no 96/24, de 31/1/1974. Embaixada do Chile no Brasil. A Embaixada do Chile em Brasília relata à chancelaria chilena gestões efetuadas pela mãe de Túlio. Encaminha certidão assinada pelo Arquivo consolidado do MRE, Setor de Correspondência Especial, pasta (B46)(B39). Ofício no 30, de 16/1/1975, da Embaixada em Santiago. Embaixada do Brasil em Santiago, MRE. general Arellano Stark informando que Túlio Quintiliano nunca esteve sob controle das autoridades militares e policiais chilenas.

25 Solicita registros sobre Túlio DSI/MRE, Arquivo Nacional DPN. PES.PTN.196. Pedido de Busca DSI/421, de 15/2/1975. Divisão de Segurança e Informações, MRE. Quintiliano existentes nos órgãos de informação, para efeitos de concessão de passaporte. A DSI solicita ao DSI/MRE, Arquivo Nacional DPN. PES.PTN.196. Informação DSI no 622 e no 661, de 6/3/1975. Divisão de Segurança e Informações, MRE. CISA, CI/DPF e CIE a exclusão de Túlio no Pedido de Busca DSI/421, por não se tratar de pedido de passaporte comum. Arquivo Nacional, SNI, BR.AN.BSB. V8: A Informação no 016/16, de 10/3/1975. Agência Central, Serviço Nacional de Informações. Reproduz informação sobre o fuzilamento de Túlio Quintiliano. A DSI encaminha aos órgãos de informação o certificado DSI/MRE, Arquivo Nacional DPN. PES.682. p. 57/139. Informação DSI no 841, de 18/3/1975. Divisão de Segurança e Informações, MRE. fornecido pelo general Arellano Stark, informando que Túlio nunca esteve sob o controle das autoridades chilenas. Arquivo consolidado do MRE, Setor de Correspondência Especial, pasta (B46)(B39). Despacho telegráfico 327, de 13/8/75, para a Embaixada em Santiago. Secretaria Geral Ministério das Relações Exteriores. Transmite instrução à Embaixada quanto ao certificado fornecido pelo general Arellano Stark.

26 Dossiê PDH/MI Chile Arquivo CNV, / Aide-Mémoire, de 14/11/1990. Consulado Geral do Brasil em Santiago. Consulta sobre o paradeiro de Túlio Quintiliano, presumidamente desaparecido Resposta ao Informa os Dossiê PDH/MI Chile Consulado Polícia de antecedentes de Arquivo CNV, Geral do Investigações Túlio Quintiliano / Brasil, do Chile que constam naquele 4/12/1990. órgão Fundo da Comissão Relatório do Externa sobre Mortos Ministério do Informa o que e Desaparecidos da Exército ao Ministério do consta sobre Túlio Câmara dos Deputados. Ministro da Exército. Quintiliano nos Arquivo CNV, Justiça em arquivos do CIE / Processo Judicial Petição (Chile). Inicial, de Arquivo CNV, 26/8/ / CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES Ministério do Interior Chile Programa Continuación Ley no Fatos e fundamentos jurídicos da ação judicial. Diante das circunstâncias do caso, a Comissão Nacional de Verdade e Reconciliação do Chile (Comissão Rettig) declarou expressamente haver convicção sobre a responsabilidade que cabe aos agentes do Estado chileno no desaparecimento de Túlio Quintiliano. Até hoje, não se sabe o que aconteceu a Túlio nem foram encontrados seus restos mortais, e as investigações prosseguem naquele país. No tocante ao Estado brasileiro, a pesquisa levada a efeito pela CNV não encontrou nenhum elemento que demonstre empenho real (para além de trâmites de natureza burocrática) do aparato estatal, na época, para localizar o paradeiro de Túlio Quintiliano ou mesmo para amparar seus familiares, ficando caracterizada a omissão do Estado em seu dever de proteger seus nacionais em quaisquer circunstâncias.

27 Recomenda-se a prestação de assistência cabível aos trabalhos de investigação levados a efeito no Chile para o esclarecimento do desaparecimento, a localização de seus restos mortais e identificação e responsabilização dos agentes envolvidos. 75 anos depois, Trotsky vive no Brasil Valério Arcary Carta Maior* Não só Trotsky, mas também o trotskismo, no Brasil, tem uma tradição e um legado na esquerda que remete ao final dos anos vinte. Foram cinco gerações. A primeira, de Mário Pedrosa, Lívio Xavier e Fúlvio Abramo. A segunda, a do jornalista Hermínio Sachetta, que ajudou na formação do jovem Florestan Fernandes. A terceira resistiu nos anos cinquenta, nos anos da guerra fria, com os irmãos Fausto, Boris e Ruy, e Leôncio Martins Rodrigues; Michael Löwy foi para o exílio na França. A quarta, no final dos anos sessenta, é a minha geração e gerou as maiores organizações foram importantes na fundação da CUT e do PT, a Convergência Socialista, O Trabalho e a Democracia Socialista, e tiveram um papel na organização das lutas dos trabalhadores e da juventude. E a quinta, a que chegou à vida adulta nos anos oitenta e início dos anos noventa, compareceu

28 na formação do PSTU, em 1994, e do PSOL em Quem fala a Carta Maior é o historiador marxista Valério Arcary(*), escritor e professor do CEFET/SP Centro Federal de Educação Tecnológica e um dos fundadores do Partido dos Trabalhadores. Conversamos com Arcary, hoje filiado ao PSTU, relembrando a data de 21 de agosto de 1940 quando Lev Davidovitch Bronstein morreu, num hospital, aos 60 anos, depois de sobreviver, durante um dia, aos golpes de picareta do agente de Stalin, o basco Ramón Mercader, desfechados na sua nuca, no escritório da casa em Coyoacán, no México hoje um museu e em cujo jardim se encontra o seu modesto túmulo. Para o prof. Arcary, o idealizador e comandante do Exercito Vermelho, agora, com sua memória celebrada, representa um fio de continuidade com a tradição marxista. A primeira geração de brasileiros trotskistas fez a melhor análise marxista sobre a revolução de 30, ele lembra, e esteve à frente da organização da Batalha da Praça da Sé, conhecida, também, como a Revoada dos Galinhas Verdes, um combate antifascista. Nesta entrevista para Carta Maior, 75 anos depois do fatídico 21 de agosto, ele fala sobre a herança que permanece entre nós do pensamento de Trotsky: A história agigantou a estatura e celebramos a sua memória com respeito e admiração. Sua vida e obra são uma inspiração insubstituível. Mas não alimentamos cultos. As experiências bárbaras de culto à personalidade que se disseminaram a partir do processo pioneiro na ex-urss, onde Stalin, ainda vivo, se fez glorificar por uma indústria de propaganda tão poderosa quanto a força do aparelho policial militar, que instituiu o terror como política de Estado, alimentam grande prudência, senão pudor, em relação ao tema do lugar do indivíduo na história. O ainda hoje presente regime ditatorial na Coréia do Norte que, ao garantir a transição do poder de pai para filho, instituiu a primeira monarquia que se reivindica socialista, convida tanto ao desprezo, quanto inspira o sarcasmo.

29 CM- O que é a teoria da revolução permanente de Trotsky? Trotsky elaborou a teoria do desenvolvimento desigual e combinado, e desenvolveu uma teoria-programa para as revoluções contemporâneas. Esta elaboração foi chave para a vitória da primeira revolução anticapitalista da história, a revolução de outubro de Aos 26 anos, inspirado pela experiência derrotada da revolução de 1905, formulou a teoria da revolução permanente. Antecipou que, em países historicamente retardatários, como era o Império Czarista, com uma burguesia economicamente poderosa, porém, social e politicamente frágil, a revolução democrática contra o czarismo teria como sujeito social decisivo a classe trabalhadora urbana aliada à maioria camponesa. Este bloco social operário e popular não se contentaria com a conquista da república democrática e, em mobilização ininterrupta, em permanência, poderia realizar a reforma agrária, libertaria as nações oprimidas por Moscou dentro do Império, e desafiaria a propriedade privada, abrindo o caminho para a revolução europeia e a luta pelo socialismo internacional. CM- Em qual livro Trotsky trata dos desvios da época stalinista? No livro A Revolução Traída, de 1936, ele analisa o processo de burocratização da URSS e do Partido Bolchevique, e prevê que, ou o proletariado faria uma revolução política democrática ou o capitalismo seria restaurado na Rússia. Infelizmente, foi o que acabou acontecendo. CM- Cinco gerações depois, como os jovens, na universidade, veem o papel e as teorias de Trotsky? É uma figura datada ou se trata de um clássico? Trotsky tem uma presença na universidade tanto na dimensão política quanto intelectual. Não se pode, contudo, perder o sentido das proporções. A maioria dos estudantes universitários brasileiros contemporâneos não lê,

30 infelizmente, nem Marx. Lênin, então, nem pensar. São aproximadamente seis milhões, e somente um milhão em universidades públicas. A maioria dos estudantes só se integra no movimento estudantil, onde as ideias de esquerda são mais influentes, em algumas circunstâncias excepcionais. CM- Qual é a militância dentro da universidade? Em alguns cursos a presença marxista é, em diferentes proporções, mais expressiva: Serviço Social, Educação, História, Geografia, Ciências Sociais, Filosofia, Letras, Direito, Economia. O trotskismo teve uma intensa presença militante nas universidades brasileiras nos últimos quarenta anos, tanto entre estudantes quanto entre professores e técnico-administrativos. Muitos milhares de jovens de diferentes gerações uniram-se ao trotskismo, em suas diferentes organizações, e contribuíram, ao longo de décadas, para que fosse possível a existência de um movimento estudantil no Brasil com inclinação por alianças sociais com os trabalhadores, o que não acontece em outros países. Centenas de trotskistas ajudaram, nos últimos trinta anos, a construir o ANDES, o SINASEFE e a FASUBRA como sindicatos dos mais combativos e representativos do movimento sindical. O auge da influência marxista na academia se deu nos anos oitenta em função do deslocamento da relação social de forças para a esquerda na luta final contra a ditadura. O lugar de Trotsky ao lado das três correntes intelectuais marxistas mais influentes, inspiradas em Gramsci, Lukács, Althusser, permanece, também, significativo, tanto na graduação quanto na pós-graduação. Existem muitas dezenas de trabalhos acadêmicos sobre Trotsky e sobre os trotskistas brasileiros. Trotsky é percebido, portanto, entre aqueles que se interessam pelos temas da transformação social como um clássico. CM- A revolução permanente e sua teoria devem ser evocadas pelas esquerdas do Brasil? Sim. A obra de Léon Trotsky é um referencial para elaborar um

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