- BLOCO III.1 - Máquinas de Aplicação-
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- Margarida Espírito Santo de Almada
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1 DISTRIBUIÇÃO, COMERCIALIZAÇÃO E APLICAÇÃO DE PRODUTOS FITOFARMACÊUTICOS - BLOCO III.1 - Máquinas de Aplicação- Formador: João Teixeira
2 Tipos de máquinas de tratamento e proteção de plantas classificação: Quanto ao sistema de deslocação ou transporte: Pulverizadores manuais; Pulverizadores de bandoleira; Pulverizadores de dorso; Pulverizadores em carrinho de mão ou padiola;
3 Pulverizadores suspensos; Pulverizadores rebocados; Pulverizadores autopropulsores;
4 Classificação dos equipamentos: Quanto ao volume de calda a aplicar: Alto volume débito de 700 a 1000 litros por ha (Pulverizadores de jato projetado); Médio volume débito de 200 a 700 litros por Ha em culturas herbáceas e 500 a 1000 litros por Ha em culturas arbóreas (Pulverizadores de jato transportado); Baixo Volume débito de 50 a 200 litros por Ha em culturas herbáceas e 200 a 500 litros por Ha em culturas arbóreas (Pulverizador pneumático). Muito baixo volume 5 a 20 litros por Ha (pulverizadores centrífugos) Ultra baixo volume menos de 5 litros por Ha (pulverizador centrífugo e nebulizadores).
5 Classificação dos equipamentos: Quanto ao funcionamento: Polvilhadores: São equipamentos que não utilizam água, somente uma corrente de ar responsável pela dispersão de um pó (polvilhação). Polvilhador montado aos 3 pontos do hidráulico do trator Polvilhador de dorso
6 Classificação dos equipamentos: Pulverizadores de pressão hidráulica de jato projetado: É o pulverizador mais comum em Portugal; A pulverização realiza-se por meio da sujeição do líquido à pressão exercida por uma bomba; A pressão é exercida na calda que é, em seguida obrigada a passar nos orifícios calibrados dos bicos de pulverização.
7 Pulverizadores de pressão hidráulica de jato projetado: Barra celeste Pulverizador de dorso Motorizado Carrinho de mão ou padiola
8 Pulverizadores de pressão hidráulica de jato projetado:
9 Pulverizadores de pressão hidráulica de jato projetado: Vantagens: São os que os agricultores melhor conhecem pelo que, para eles, beneficiam antecipadamente de um juízo favorável; Com estes pulverizadores podem-se utilizar todos os produtos sob a forma liquida, como exemplo podemos citar a possibilidade de efetuar aplicações de herbicidas sem que haja grande risco de arrastamento pelo vento, adubos líquidos, etc.; Podem realizar-se alguns tratamentos de Inverno em fruteiras; São os aparelhos que requerem menor energia motriz; São os mais baratos.
10 Inconvenientes: Não é possível obter uma finura de pulverização elevada, pelo que e necessário utilizar grandes quantidades de liquido o que, por sua vez, tem as seguintes consequências: Reabastecimento frequente dos aparelhos, o que atrasa as intervenções; Necessidade de organizar racionalmente o abastecimento de água associado, nalguns casos, à dificuldade de consegui-la nos volumes necessários; Tendência para procurar aparelhos de grande capacidade o que os torna mais pesados, com todos os inconvenientes daí resultantes. A penetração da calda ate ao interior da folhagem e deficiente; As gotículas perdem a energia cinética no ar com bastante rapidez, o que dá origem, com frequência, ao insuficiente alcance do tratamento.
11 Classificação dos equipamentos: Pulverizador de pressão hidráulica de jato transportado: O transporte das gotículas é assegurado por uma corrente de ar, que, quando passa no interior da vegetação, perde velocidade permitindo a deposição da calda; As gotículas no interior da corrente de ar têm menos tendência para se evaporarem e esta permite agitar a massa vegetal facilitando a penetração das gotas para o interior da copa; As gotículas nestes pulverizadores podem ser menores que as obtidas no jato projetado, pois o seu transporte depende fundamentalmente das correntes de ar, sendo o seu alcance superior ao obtido por jato projetado, permitindo assim fazer tratamentos à distância.
12 Pulverizador de pressão hidráulica de jato transportado: Aspiração inversa
13 Vantagens: Pulverizador de pressão hidráulica de jato transportado As da pulverização a pressão no que se refere à possibilidade de utilização de qualquer produto, seja qual for o tipo, assim como a de realizar, por lavagem, os tratamentos de Inverno em fruteiras; As da pulverização pneumática no que concerne à ação da agitação da folhagem, o que favorece a penetração da calda e a possibilidade de melhorar bastante o alcance do jato.
14 Inconvenientes: Pulverizador de pressão hidráulica de jato transportado Os da pulverização à pressão no que se refere, principalmente, à insuficiente finura das gotas com as consequências daí resultantes; Os da pulverização pneumática, principalmente o preço, a energia absorvida e, por vezes, o efeito demasiado grande do fluxo de ar sobre as plantas.
15 Classificação dos equipamentos: Pulverizadores pneumáticos: Não tem bomba ou então a bomba existente é de baixa pressão. Tanto a divisão da calda como o transporte é realizado por ação da corrente de ar gerado por uma turbina que impele para o tubo direcional. Este tipo de pulverizadores não tem bicos de pulverização, tem quanto muito, bicos injetores.
16 Pulverizadores pneumáticos:
17 Pulverizadores pneumáticos:
18 Pulverizadores pneumáticos: Vantagens: A finura de pulverização é muito maior do que com os pulverizadores de pressão, visto que o diâmetro médio das gotas é da ordem dos 100 microns; isto permite obter resultados excelentes, com volumes por hectare menores. Pelo motivo anterior podem-se utilizar aparelhos mais pequenos conservando uma autonomia de trabalho igual ou superior, o que permite reduzir o numero de operações de enchimento do deposito e, por isso, melhorar a rapidez do tratamento utilizando equipamentos mais ligeiros e adequados a terrenos encharcados, necessitando de uma forca de tração menor; Devido à finura das partículas liquidas as perdas por escorrimento, nas partes aéreas, são menos importantes;
19 Pulverizadores pneumáticos: Devido à agitação que o fluxo de ar provoca, a penetração da calda na massa vegetal é muito melhor, encontrando-se praticamente a mesma quantidade de produto em ambas as páginas das folhas, apesar da eficácia dos fitofármacos depender da sua distribuição na página inferior. Alem disso também é muito mais elevado o número de pontos de impacto por cm2, o que favorece extraordinariamente a obtenção da máxima eficácia nos tratamentos com fungicidas; O alcance do jato projetado e muito superior, visto que as gotas são realmente transportadas por fluxo de ar, o que origina uma espécie de brecha ou abertura no ar atmosférico.
20 Pulverizadores pneumáticos: Inconvenientes: A aplicação de produtos bastante concentrados não podem formar uma calda demasiado espessa a fim de não dificultar a sua saída. Não podem existir partículas demasiado grossas, já que as gotas, tão finas, seriam incapazes de as transportar; além disso, os produtos que se utilizam não podem ter demasiada toxidade para o homem e outros animais porque ela aumentaria com a finura de pulverização. Há o perigo de originarem danos a outras culturas quando os produtos são arrastados pelo vento; A energia absorvida para a realização da pulverização é sensivelmente maior que a requerida pelos aparelhos de pressão mas, em troca, já assinalámos a penetração do jato que na maioria dos casos se consegue; O preço de custo é elevado;
21 Pulverizadores pneumáticos: Alguns aparelhos, que trabalham à pressão atmosférica do líquido e possuem vários bicos de pulverização, apresentam diferenças notáveis no caudal de cada um deles, motivadas por dificuldades no fluxo de líquido, que podem ser de grandeza diversa; Em pulverizações de grande alcance é, por vezes, necessário utilizar aditivos especiais para limitar a rapidez da evaporação durante o trajeto pelo ar.
22 Classificação dos equipamentos: Pulverizador centrifugo: Muito menos usado, permitindo pulverizações em ultra-baixovolume. As partículas de calda obtidas com este tipo de distribuição são extremamente pequenas. Adequando-se favoravelmente ao uso de muito menores quantidades de calda, utiliza-se em aplicações localizadas de herbicidas, entre outras finalidades especiais.
23 Pulverizador centrifugo:
24 Classificação dos equipamentos: Nebulizadores: São equipamentos térmicos que criam gotas tipo nuvem; Estes equipamentos podem funcionar a quente ou a frio e utilizamse principalmente em espaços confinados (estufas).
25 Nebulizadores:
26 Resumo:
27 Constituição genérica de um pulverizador por pressão hidráulica: Reservatório ou depósito; Bomba; Filtros; Regulador de pressão e distribuidor; Agitador; Bicos de pulverização; Barra de pulverização.
28 Depósito: Este elemento destina-se a conter a calda, podendo ser fabricado em diferentes materiais, embora, hoje em dia, sejam principalmente em plástico. Os depósitos devem ter como principais características a ausência de esquinas, para facilitar a sua limpeza e evitar acumulações de calda, a facilidade de enchimento e limpeza, superfície interior lisa, para impedir a aderência dos produtos, o comando para abertura do orifício para remoção da calda não utilizada de fácil acesso, etc.
29 Depósito:
30 Bomba: É, sem dúvida, um dos órgãos mais importantes dos pulverizadores, pois permite conferir à calda a pressão necessária à sua pulverização; O débito destas bombas é, quando a agitação é hidráulica, superior ao débito dos bicos para que alguma da calda retorne ao depósito; Deverá trabalhar sempre entre as 480 e 540 rpm, caso contrário ocorre um maior desgaste devido ao maior esforço da bomba. São vulgarmente de embolo, membrana ou centrífuga.
31 Bomba:
32 Filtros: Os filtros tem por missão eliminar todos os corpos estranhos, contidos na calda, que possam ocasionar um mau funcionamento e/ou danificação dos órgãos do pulverizador. Estes são: Enchimento; Aspiração; Bicos. Filtro dos bicos
33 Regulador de pressão e distribuidor: O regulador de pressão permite fazer variar a pressão, dentro de certos limites, para que seja possível variar o débito e as características da pulverização; É este um dos elemento que condiciona a quantidade de calda que vem para o exterior, fazendo com que a restante, debitada pela bomba, seja conduzida para o reservatório; Junto do regulador encontra-se um manómetro que indica a pressão de funcionamento. O distribuidor é um elemento formado por uma ou mais torneiras, que permite conduzir a calda para diferentes sectores das rampas de pulverização, ou para o reservatório.
34 Regulador de pressão e distribuidor:
35 Agitadores: Os agitadores têm a função de homogeneizar a calda dentro do depósito. Podem ser de três tipos: Mecânicos; Pneumáticos; Hidráulicos.
36 Bicos de pulverização: Os bicos de pulverização são as peças que se encontram no fim do circuito do líquido e que permitem, devido ao pequeno diâmetro do orifício das suas pastilhas, a sua pulverização. Geralmente as pastilhas são facilmente intermutáveis, para que, pela sua substituição, seja fácil regular o débito.
37 Bicos de pulverização: Principais tipos de bicos: Bicos cónicos ou de turbulência ; Bicos de fenda; Bicos defletores ou de espelho.
38 Bicos de pulverização: Bicos cónicos ou de turbulência: São os mais indicados para fungicidas e inseticidas; Vêm montados em pistolas/jato projetado/transportado e barras; Os orifícios das pastilhas variam entre 0,5mm a 2mm de diâmetro; O jato sai sob a forma de um cone cheio ou vazio.
39 Bicos de pulverização: O bico de pulverização cónica vazia está equipado com um difusor. De modo a formar um modelo de pulverização cónica com uma concavidade central. Pressão normal: 2,5 15,0 bar.
40 Bicos de pulverização: Bicos de fenda: Os bicos de fenda ou de jato em leque, são caracterizados por o orifício ter uma secção retangular que faz com que o jato daí resultante tenha a forma de um leque ou pincel; A pulverização resultante da utilização destes bicos é mais grosseira que com os bicos anteriores sendo aconselháveis para aplicação de herbicidas;
41 Bicos de pulverização: Contudo em aplicações ao solo e horticultura também são utilizados para inseticidas e fungicidas; A baixa pressão este bico produz gotas de maior dimensão, sendo portanto menos sensível à ação do vento. Pressão normal: 1,5 15,0 bar. O ângulo de abertura dos bicos de fenda podem ser de 110º, 80º ou 60º.
42 Bicos de pulverização: São equipados em barras ou lanças.
43 Bicos de pulverização: Bicos defletores ou de espelho: O bico de espelho tem, logo a seguir ao orifício de saída, um deflector que faz com que o filete líquido choque com ele provocando a sua pulverização; O jato resultante deste impacto tem um grande ângulo de abertura e uma fraca espessura. A pulverização é grosseira, pelo que o seu domínio de aplicação se limita a herbicidas e adubos líquidos. A pressão de pulverização é idêntica ao dos bicos de fenda.
44 Bicos de pulverização:
45 Bicos anti gotejo: Bicos de pulverização: Este bico possui no seu interior uma válvula, geralmente constituída por uma mola e uma esfera ou membrana, que fecha imediatamente após a quebra de pressão na rampa de pulverização. Evita assim que os bicos de pulverização fiquem a pingar para o solo sempre que a rampa de pulverização não se encontre em uso. Tem também a vantagens de um início mais rápido quando se inicia a pulverização.
46 Bicos de pulverização:
47 Bicos de pulverização: Bicos anti-deriva: Os bicos anti-deriva formam borbulhas com ar que são maiores comparando com as gotas de bicos comuns. Se estas borbulhas com ar batem em alguma superfície, por exemplo uma folha, a borbulha rebenta em várias gotas menores, garantindo uma melhor distribuição superficial, comparando com bicos/gotas comuns sob as mesmas condições.
48 Bicos de pulverização:
49 Bicos de pulverização:
50 Bicos de pulverização:
51 Bicos de pulverização:
52 Barras de pulverização com bico de fenda: Um bico de fenda em boas condições de funcionamento faz uma distribuição correta em cerca de 50 % do jato, na sua parte central e os restantes 50 % são distribuídos para os lados, em cerca de 25 % para cada um. Daqui resulta que em trabalho com uma rampa de pulverização, por exemplo, há que a levantar de modo a que os jatos dos bicos contíguos se sobreponham 25 %. Se apenas se tocarem fica uma zona mal coberta; daqui se conclui que a sobreposição necessária entre os jatos está dependente de: Distancia entre bicos; Altura da rampa ao solo; Uniformidade do jato; Pressão de trabalho.
53 Barras de pulverização com bico de fenda: Para assegurar uma pulverização correta é importante que a barra de pulverização não ultrapasse as distâncias que se seguem, do chão ou da colheita: 30 (35) cm com bicos cm com bicos cm com bicos 65
54 Barras de pulverização com bico de jato cónico: Se a barra estiver equipada com bicos de pulverização cónica, a distância deve ser escolhida de maneira a garantir a interseção do liquido de pulverização no topo da cultura ou seja a cerca de 60 cm do solo. Como a pulverização dos bicos cónicos é uniforme em toda a largura de trabalho, assim, quando estes se encontram instalados numa barra não deverá existir sobreposição entre eles.
55 Barras de pulverização com bico de jato cónico:
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