ESTADO DA BAHIA PROCESSO N. PGE PROCURADORIA GERAL DO ESTADO PARECER Nº PA-NLC-MTF-PLA-102/2013

Transcrição

1 PROCESSO N. PGE ESTADO DA BAHIA PARECER Nº PA-NLC-MTF-PLA-102/2013 EDITAL. Serviços de manutenção de equipamentos de ar condicionado. Ordem de serviços n. PA-001/2013. Minuta edital padrão. Trata-se de processo referente à Ordem de Serviço n. PA- 001/2013, que determinou a constituição de grupo de trabalho para analisar e emitir pronunciamento sobre a adaptação do edital de licitação para contratação de serviço de manutenção de ar condicionado. Em face do despacho de fls. 06, exarado pela i. Procuradora Chefe desta Procuradoria Administrativa, os autos foram encaminhados à Coordenação da CCL-SAEB para juntada de minuta do edital, com as alterações decorrentes das reuniões com esta Procuradoria Administrativa e os ilustres técnicos da SAEB. Assim é que, a Coordenadora Geral da CCL-SAEB, Maria Eduarda Sampaio da Cunha, consignou no seu despacho às fls. 07 que adaptou a minuta de edital padrão para a contratação dos serviços de manutenção de elevadores incluindo a alteração procedida na cláusula , que trata das obrigações acessórias e a inclusão das obrigações específicas relacionados aos prazos de execução dos serviços. Com efeito, às fls. 08/32, consta minuta do edital para contratação de serviços de manutenção de ar condicionado a ser analisada pelo presente grupo de trabalho.

2 É o relatório. Passamos a opinar. Apresentamos em anexo minuta padrão para contratação dos serviços de manutenção em foco, elaborada a partir da minuta ofertada através do Parecer n. PA-NLC-ALM-MSQ-617/2012. Registre-se também que, em consonância com o Parecer n. PA- NLC-MTF-770/2012, acrescentamos o item na Seção B e o item no Anexo I as seguintes redações: No pregão eletrônico, o envio da proposta de preços, juntamente com a DECLARAÇÃO DE ELABORAÇÃO INDEPENDENTE DE PROPOSTA, deverá ser realizado via fax, no prazo de 03 horas do encerramento da disputa, conforme o item do Anexo I deste edital Os licitantes interessados na concessão de tratamento diferenciado assegurado pela Lei Complementar n. 123/2006 deverão estar previamente cadastrados no sistema do Banco do Brasil como microempresas ou empresas de pequeno porte. Com relação ao item XII-3 da Seção A do edital, a Administração incluiu dentre as exigências alusivas à qualificação técnica a apresentação de certidão expedida pelo Conselho Regional de Engenharia e Agronomia - CREA ou Conselho de Arquitetura e Urbanismo - CAU. A apresentação de certidão expedida pelo CREA já estava incluída na minuta padrão atualmente disponível no site desta Procuradoria Geral do Estado (Parecer n. PLC-AO-LB-1053/2009), em atenção, especialmente, à Resolução n. 218

3 do Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia - CONFEA, de 29 de julho de , e à Decisão Deliberativa do CONFEA n. 42, de 08 de julho de Com o advento da Lei Federal n /2010, que regulamenta o exercício da Arquitetura e Urbanismo, foram criados o Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil CAU/BR, e os Conselhos de Arquitetura e Urbanismo dos Estados e do Distrito Federal. Em consonância com o artigo 65 da aludida lei, os Conselhos Regionais de Engenharia, Arquitetura e Agronomia - CREAs passam a se denominar Conselhos Regionais de Engenharia e Agronomia CREAs. Desmembradas, assim, a regulamentação e fiscalização das atividades de engenharia, arquitetura e urbanismo. Entretanto, é inegável pontos de convergência entre as atividades desempenhadas por estas categorias profissionais previstas nas Leis federais n. 5194/66 e /2010. Não é por outra razão que a Deliberação Plenária do CONFEA n. 9, de 06 de junho de 2012, constitui o Grupo de Trabalho de Harmonização das Normas de Exercício Profissional em Áreas de Atuação Compartilhadas entre os Profissionais Vinculados ao CAU e ao Sistema CONFEA/CREA e dá outras providências. 1 Art. 12. Compete ao ENGENHEIRO MECÂNICO ou ao ENGENHEIRO MECÂNICO E DE AUTOMÓVEIS ou ao ENGENHEIRO MECÂNICO E DE ARMAMENTO ou ao ENGENHEIRO DE AUTOMÓVEIS ou ao ENGENHEIRO INDUSTRIAL MODALIDADE MECÂNICA: I - o desempenho das atividades 01 a 18 do artigo 1º desta Resolução, referentes a processos mecânicos, máquinas em geral; instalações industriais e mecânicas; equipamentos mecânicos e eletro-mecânicos; veículos automotores; sistemas de produção de transmissão e de utilização do calor; sistemas de refrigeração e de ar condicionado; seus serviços afins e correlatos. (grifamos) Toda pessoa jurídica que execute serviços de instalação e manutenção de sistemas condicionadores de ar e de frigorificação fica obrigada ao registro no Conselho Regional. 2 - A pessoa jurídica, quando da solicitação do registro, deverá indicar RT, legalmente habilitado, com atribuições previstas na Resolução nº 218/73 do CONFEA. 3 - Por deliberação da Câmara Especializada de Engenharia Industrial e de acordo com o porte da empresa, as atividades de instalação e manutenção de sistemas condicionadores de ar e de frigorificação poderão ser executadas sob a responsabilidade técnica de Técnico de 2º Grau, legalmente habilitado. 4 - Qualquer contrato, escrito ou verbal, visando ao desenvolvimento das atividades previstas no item I, está sujeito a "Anotação de Responsabilidade Técnica - ART". (grifamos)

4 A priori, não teríamos como estabelecer se as atividades relativas à manutenção de equipamentos de ar condicionado seriam exclusivas aos engenheiros, até mesmo porque, de acordo com a Resolução CAU/BR n. 21, de 05 de abril de 2012 (art. 3º), os arquitetos e urbanistas desenvolvem atividades relacionadas aos projetos de ventilação, exaustão e climatização 3. Diante dessas considerações, e em face do princípio da ampla competitividade que rege as licitações, mantivemos a obrigação das licitantes apresentarem certidões emitidas pelo Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura - CREA ou Conselho de Arquitetura e Urbanismo - CAU. No tocante à regularidade fiscal, ressaltamos que incluímos a necessidade de comprovação de inscrição no cadastro de contribuintes estadual (aquisição) e municipal (serviços), uma vez que a licitação em análise tem objeto misto, englobando tanto a prestação de serviços de manutenção preventiva e corretiva e de reparo, como o fornecimento de peças, acessórios e materiais necessários à execução dos serviços. vide Parecer n. PLC-AO-LB-1053/2009. Em relação ao item XIII da Seção A, relativo ao regime de execução dos serviços, mantivemos a orientação traçada no Parecer n. PLC-AO-LB- 1053/2009, no sentido de que o regime de execução seja empreitada por preço 3 Art. 3º. Para fins de Registro de Responsabilidade Técnica (RRT), definido em Resolução própria do CAU/BR, as atribuições profissionais dos arquitetos e urbanistas serão representadas no Sistema de Informação e Comunicação do Conselho de Arquitetura e Urbanismo (SICCAU) através das seguintes atividades: 1. PROJETO Projeto de ventilação, exaustão e climatização;

5 global, pelas razões expostas pela Procuradora Maíra de Sousa Queiroz, no parecer PLC-MQ-1936/2008, que aderimos e passamos a transcrever: Impende fixarmos que o regime de execução nada mais é que a forma como deverá ser medido o serviço para efeito de pagamento: se pelo preço global (que recebe o nome de tarefa em atividades de pequena monta), se por unidades determinadas, ou se pela integralidade da atividade, conforme as alíneas a, b, c e d, do art. 8º acima transcrito. As contratações dos serviços da manutenção preventiva e corretiva admitem a fixação tanto do regime de execução empreitada por preço global, hipótese em que as propostas de preços devem ser elaboradas tomando por base o preço cobrado por equipamento e o valor pago mensalmente pela Administração será fixo, ou de empreitada por preço unitário, onde o critério utilizado será o de menor valor homem/hora e serão pagos os serviços efetivamente consumidos, hipótese em que o valor mensal contratado representará o limite máximo do dispêndio a ser realizado, a passo que a nota fiscal deverá apresentar cada um dos serviços executados, multiplicados pelos preços unitários. Apesar de julgarmos ser mais vantajoso para a Administração a estipulação do regime de empreitada por preço unitário nas contratações dos serviços de manutenção preventiva e corretiva, calha registrar a dificuldade na medição do serviço, tendo-se em conta a inexistência de tabela tempária onde se indique o tempo de horas técnicas gastos na execução dos mesmos, a exemplo daquela existente para veículos automotores. Ficaria a Administração, desta forma, refém do contratado, que indicaria ao seu alvedrio o número de horas técnicas necessárias para a execução dos serviços. Esta é, apenas, a nossa impressão, na impossibilidade de nos manifestarmos, conclusivamente, acerca de questão eminentemente técnica, eis que esse órgão jurídico não possui competência para falar, em caráter definitivo, sobre o assunto.... De logo, ofertaremos a minuta padrão com a estipulação do regime de execução empreitada por preço global.... A escolha do tipo de licitação menor preço por item, por lote ou global dependerá das peculiaridades de que se reveste cada contratação.

6 Cumpre-nos destacar que, no item 1.5 da Seção B, acrescentamos os itens a concernentes às especificações para execução dos serviços, os quais já estavam previstos no Parecer n. PLC-AO-LB-1053/2009. No mesmo sentido, advertimos que inserimos obrigações contratuais específicas, na cláusula quinta da minuta do contrato. É o parecer, que submetemos à Chefia., NÚCLEO DE LICITAÇÕES E CONTRATOS, em 18 de março de MARIANA CAVALCANTE TANNUS FREITAS Procuradora do Estado PATRICIA LISBOA COSTA ABOULHALAGE Procuradora do Estado

7 PROCESSO Nº PGE ( ) DESPACHO Cuida-se de expediente inaugurado com vistas à adaptação do edital de licitação para contratação de serviço de manutenção de ar condicionado, seguindo a determinação constante da Ordem de Serviço nº PA 001/2013, da lavra da i. Procuradora Chefe, para tanto designando as i. Procuradora Mariana Cavalcante Tannus Freitas e Patrícia Lisbôa Costa Aboulhalage que emitiram o opinativo PA-NLC-MTF-PLA apresentando nova minuta de edital padrão. observações a fazer. No tocante à nova minuta apresentada, tenho algumas Pois bem, quanto à subcontratação do objeto contratual, entendo que se tratando de serviços de manutenção de condicionador de ar, melhor seria que o edital não contemplasse essa possibilidade, posto que não há nos autos solicitação da administração nesse sentido. Ademais, a previsão de subcontratação do objeto contratual deve ser claramente especificada e delimitada, com indicação expressa dos serviços que serão subcontratados.

8 Outrossim, o percentual admissível para a subcontratação, que temos recomendado, deve observar o limite máximo de 30%, evitando assim, que seja desnaturado o contrato. Desse modo, proponho que seja sinalizado no instrumento convocatório e também no contrato a hipótese de vedação à subcontratação, excluindo-se, por conseguinte, os itens relativos à possibilidade de subcontratação para esse tipo de serviço. No tocante à minuta contratual, sugiro a inclusão na cláusula primeira, relativa ao objeto, a expressa referência ao objeto do ajuste, para tanto devendo ser incluída a expressão condicionadores de ar logo após o termo reparo. Já no que se refere ao serviço de reparo, cuja especificação consta do 7º dessa mesma cláusula primeira, sugiro a exclusão da referência aos serviços de vidraçaria, tapeçaria, posto que, a meu ver, não tem estes pertinência com o reparo de condicionadores de ar. Outrossim, no 3º da cláusula terceira, deve ser excluído o termo elevador(es), haja vista que desse serviço não cuida o objeto contratual. da i. Chefia desta Procuradoria. Com essas anotações, sigam os autos à superior consideração NÚCLEO DE LICITAÇÕES E CONTRATOS, 02 de abril de ANACLÁUDIA DE SOUSA OLIVEIRA Procuradora Assistente