O Prefeito Municipal de Uberlândia, no uso das atribuições que lhe são conferidas pela Lei Orgânica Municipal;
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- Felícia Canário Gama
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1 DECRETO Nº , DE 26 DE JUNHO DE REGULAMENTA O PROCESSO DE TRANSIÇÃO DA VENDA DE PASSAGENS E CRÉDITOS ELETRÔNICOS DE TRANSPORTES NO SISTEMA DE TRANSPORTE COLETIVO DE PASSAGEIROS DE UBERLÂNDIA E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS. O Prefeito Municipal de Uberlândia, no uso das atribuições que lhe são conferidas pela Lei Orgânica Municipal; Considerando o disposto na Lei Municipal nº 9.279/2006, que disciplina a organização do serviço de transporte coletivo de passageiros de Uberlândia; Considerando que foram firmados contratos de permissão com as empresas Auto Viação Triângulo Ltda, Transcol - Transporte Coletivo Uberlândia Ltda e Viação Cidade Sorriso Ltda (Viação Sorriso de Minas), para operação dos Lotes nº s 01, 02 e 03, respectivamente, do novo Sistema de Transporte Coletivo de Passageiros Uberlândia; Considerando que, no último dia 15 de junho de 2008, entrou em operação o novo Sistema de Transporte de Uberlândia e iniciou a execução dos contratos de permissão acima mencionados; Considerando que, por força dos contratos de permissão firmados com as três novas delegatárias do serviço de transporte coletivo urbano, a comercialização de bilhetes de passagens (passes) e créditos eletrônicos, para uso no transporte coletivo urbano, exceto o "passe escolar", será de responsabilidade dessas empresas permissionárias; Considerando a necessidade de unificação da venda de bilhetes de passagens (passes) e créditos eletrônicos utilizados no transporte coletivo urbano de passageiros; Considerando a necessidade de instituição de regras que venham a unificar e disciplinar a venda de bilhetes de passagens (passes) e créditos eletrônicos de transporte; Considerando a necessidade de instituição de regras de transição para o novo Sistema de Transporte Coletivo de Passageiros de Uberlândia, que contará com três lotes operacionais e três empresas delegatárias; Considerando que as empresas delegatárias dos Lotes 01 e 02, do novo sistema de transporte de Uberlândia, empresas Auto Viação Triângulo Ltda e Transcol - Transporte Coletivo Uberlândia Ltda, já operavam o serviço de transporte coletivo de passageiros municipal e que essas empresas procederão a venda antecipada de créditos eletrônicos de transporte até o dia 30 de junho de 2008; Considerando que boa parte dos créditos eletrônicos vendidos, até o dia 30 de junho de 2008, pelas empresas delegatárias dos Lotes 01 e 02 do novo sistema de transporte coletivo, estão sendo e serão utilizados junto à delegatária do Lote 03 do mesmo sistema, sem que essa tenha recebido antecipadamente os valores arrecadados com a geração daqueles créditos, os quais se encontram e se encontrarão em posse das demais delegatárias do sistema até o dia 30 de junho de 2008;
2 Considerando a existência de investimentos realizados pelas empresas delegatárias dos Lotes 01 e 02, em estrutura de comercialização de passagens (central de comercialização), implantação e operacionalização do sistema de bilhetagem eletrônica; Considerando que o serviço é essencial e da necessidade da continuidade da estrutura de comercialização acima referida; DECRETA: CAPÍTULO I DISPOSIÇÕES PRELIMINARES Art. 1º O novo Sistema de Transporte Coletivo de Passageiros de Uberlândia, com três lotes operacionais e três empresas delegatárias, conforme previsto no Processo Administrativo PGM nº 480/2008, da Procuradoria Geral do Município de Uberlândia, o serviço de transporte, as operadoras e a Secretaria de Trânsito e Transportes de Uberlândia - SETTRAN estarão sujeitos, adicionalmente à legislação vigente, às disposições do presente Decreto. Art. 2º Para os efeitos do presente Decreto, serão adotadas as seguintes classificações: I - CCPT: Central de Comercialização de Bilhetes de Passagens (passes) e Créditos Eletrônicos de Transporte; II - CCT - Câmara de Compensação Tarifária; III - LOTE 01: Área operacional do sistema de transporte de Uberlândia, conforme definição do Processo Administrativo de Dispensa de Licitação PGM nº 480/2008, da Procuradoria Geral do Município de Uberlândia; IV - LOTE 02: Área operacional do sistema de transporte de Uberlândia, conforme definição do Processo Administrativo de Dispensa de Licitação PGM nº 480/2008, da Procuradoria Geral do Município de Uberlândia; V - LOTE 03: Área operacional do sistema de transporte Área operacional do sistema de transporte de Uberlândia, conforme definição do Processo Administrativo de Dispensa de Licitação PGM nº 480/2008, da Procuradoria Geral do Município de Uberlândia; VI - ÓRGÃO GESTOR: Secretaria Municipal de Trânsito e Transportes - SETTRAN; VII - SBE - Sistema de Bilhetagem Eletrônica. CAPÍTULO II DA COMERCIALIZAÇÃO DE BILHETES DE PASSAGENS (PASSES) E CRÉDITOS ELETRÔNICOS DE TRANSPORTE Art. 3º A venda de bilhetes de passagens (passes) e créditos eletrônicos de transporte para uso no transporte coletivo urbano, através de cartões eletrônicos (smartcard) ou qualquer outra modalidade, exceto o "passe escolar", é de direito e de responsabilidade das empresas delegatárias do serviço de transporte coletivo de passageiros de Uberlândia, nos termos do art. 36, incisos II a VII, da Lei Municipal nº 9.279/2006, do art. 5º da Lei Federal nº de
3 16 de dezembro de 1985, com redação dada pela Lei Federal nº de 30 de setembro de 1987, bem como do Decreto Federal nº de 17 de novembro de 1987, o que deverá ser exercido sempre em conjunto, pelas três empresas delegatárias, e nunca individualmente. A transferência da venda do passe escolar será realizada em 01 de janeiro de 2009, para as empresas delegatárias do Sistema de Transporte Coletivo Público de Uberlândia. 1º Para exercício da obrigação a que se refere o caput do presente artigo, as empresas delegatárias deverão com exclusividade, conforme previsto nos respectivos contratos de permissão de serviço público, unificar e centralizar a comercialização de bilhetes de passagens e créditos eletrônicos de transporte, através de uma Central de Comercialização de Bilhetes de passagens (passes) e Créditos Eletrônicos de Transporte - CCPT. 2º As empresas delegatárias do serviço de transporte coletivo municipal deverão operar a CCPT, sempre em conjunto e nunca individualmente, diretamente ou através de instituição criada especificamente para esse fim e/ou através de empresa contratada para tanto. 3º A CCPT, quer diretamente operada pelas empresas, quer através de entidade designada ou contratada exercerá, em nome e em favor das empresas delegatárias do serviço de transporte coletivo municipal, a função de mero agente arrecadador, repassador e operador dos recursos oriundos da venda de bilhetes de passagens (passes) e créditos eletrônicos de transporte, não podendo jamais receber a função de prestar o serviço de transporte coletivo aos usuários, o qual cabe apenas às delegatárias. 4º Para fins tributários, considera-se fato gerador da incidência do Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza - ISSQN, a prestação do serviço de transporte, e, considera-se contribuinte e sujeito passivo da relação tributária as empresas delegatárias do serviço de transporte coletivo urbano de passageiros, não podendo, em hipótese alguma, a CCPT nem a entidade ou empresa designada para operá-la figurar como substituto tributário. Art. 4º As empresas delegatárias do serviço de transporte coletivo municipal ficam proibidas de comercializar, individualmente, bilhetes de passagens (passes) ou créditos eletrônicos para uso transporte coletivo urbano, nos ônibus, pontos de venda ou por qualquer meio, sendo-lhes apenas autorizado cobrar a tarifa em dinheiro, a bordo dos veículos ou nas estações dos corredores, para uma única viagem. Art. 5º A CCPT ou a entidade contratada ou criada para operá-la ficará responsável por vender toda e qualquer modalidade de bilhetes de passagens (passes) e créditos eletrônicos de transporte definidos pelo Órgão Gestor, e também por repassar, às empresas operadoras, os valores provenientes dessa comercialização, na forma estabelecida no presente Decreto e em eventuais regulamentos futuros. 1º Os repasses dos valores provenientes da comercialização de bilhetes de passagens (passes) e créditos eletrônicos de transporte, a que se refere o caput desse artigo, deverão ocorrer nos limites e percentuais definidos pelo Órgão Gestor, observando a proporcionalidade e a participação de cada empresa delegatária na demanda de passageiros equivalentes do sistema ou os coeficientes de participação em custos, quando da adoção da Câmara de Compensação Tarifária. 2º O procedimento a ser adotado pela CCPT para arrecadação e repasse, às empresas delegatárias, dos valores oriundos da comercialização de bilhetes de
4 passagens (passes) e créditos eletrônicos para uso no transporte coletivo urbano obedecerá ao seguinte: I - até o oitavo dia útil de cada mês, o Órgão Gestor, tendo por base ou a Câmara de Compensação Tarifária (quando criada) ou a proporcionalidade de participação de cada lote na demanda de passageiro equivalente do sistema no mês anterior, informará, às empresas delegatárias ou à entidade responsável por operar a CCPT, os coeficientes de participação de cada uma das empresas operadoras do sistema na arrecadação da CCPT, com a finalidade de balizar o repasse antecipado de valores provenientes da comercialização de créditos eletrônicos de transporte às empresas, desde o 1º dia do mês seguinte até o último dia do mesmo mês; II - a CCPT realizará, diariamente, em postos de venda localizados no Município, por internet, tele-atendimento ou qualquer meio autorizado pelo Órgão Gestor, a venda de créditos eletrônicos para uso no transporte urbano; III - encerrada, diariamente, a venda de créditos eletrônicos para uso no transporte urbano, a CCPT realizará, de imediato, o repasse dos valores arrecadados com essa comercialização, às empresas operadoras, na proporção informada pelo Órgão Gestor, na forma do inciso I do presente artigo; IV - encerrado o mês de operação, o Órgão Gestor comparará o montante de passageiros transportados por cada empresa, no mês anterior, com a receita arrecadada, no mesmo período, por cada uma delas, seja por repasse da CCPT, seja por repasse da entidade responsável pela venda do passe escolar, seja por cobrança de tarifa embarcada, seja por repasse das receitas auferidas junto à operadora dos terminais de integração; V - havendo constatação, através do procedimento descrito no inciso anterior, de diferenças, para mais ou para menos, entre o que foi arrecadado pelas empresas e o que seria devido a cada uma delas pelo custo (quando da adoção da Câmara de Compensação) ou pelos passageiros equivalentes transportados, o Órgão Gestor, na comunicação a que se refere o inc. I do presente artigo, determinará a compensação dessas diferenças, pela CCPT, a partir do dia seguinte ao daquela comunicação, não podendo essa compensação ultrapassar um prazo máximo de dez dias para sua conclusão. 3º As empresas delegatárias reterão a título de "Receita Antecipada", os valores auferidos por catraca embarcada e catraca fixas em terminais e das estações, quando por elas operadas. 4º A entidade designada para operar a CCPT e as empresas delegatárias deverão informar, até o quinto dia útil de cada mês, ao Órgão Gestor: I - o movimento de passageiros diário, verificado no mês anterior, através do sistema de bilhetagem eletrônica; II - o valor total diário de vendas de bilhetes de passagens (passes) e créditos eletrônicos de transporte; III - os valores diários repassados às empresas referentes às vendas de bilhetes de passagens (passes) e créditos eletrônicos para uso no transporte urbano, verificados no mês anterior. 5º A receita arrecadada nos terminais de integração do Sistema de Transporte Coletivo de Passageiros de Uberlândia, pela concessionária contratada pela
5 Prefeitura, serão utilizadas para, preferencialmente, para pagar o ISSQN - Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza devido pelas empresas operadoras em função da prestação do serviço público de transporte coletivo de passageiros. Havendo saldo remanescente dessa receita, após o pagamento à Prefeitura, tal montante será repassado no 6º (sexto) dia útil, do mês do recolhimento daquele tributo, às empresas operadoras dos Lotes 01, 02 e 03, na proporção da participação de cada empresa no Sistema de Transporte Coletivo de Passageiros de Uberlândia, nos termos do art. 5º, parágrafo primeiro, do presente Decreto. 6º As receitas arrecadadas pela Prefeitura Municipal com a venda do passe escolar serão utilizadas, preferencialmente, para pagar as despesas com transporte especial (vans), os débitos tributários de CGO - Custo de Gerenciamento Operacional das empresas delegatárias do sistema e as despesas da empresa que efetua a venda do passe escolar, de acordo com a participação de cada operadora do sistema nessas despesas. Havendo saldo remanescente dessa receita, após o pagamento das despesas acima mencionadas, tal montante será repassado às empresas operadoras dos Lotes 01, 02 e 03, até o quinto dia útil de cada mês, na proporção da participação de cada empresa na demanda de usuários pagantes do sistema, nos termos do art. 5º, parágrafo primeiro do presente Decreto. 7º Quando da adoção da Câmara de Compensação Tarifária, o órgão gestor deverá, previamente, garantir o contraditório às empresas delegatárias do sistema. Art. 6º As deliberações, a resolução de conflitos e a administração e gestão internas da CCPT, ou da entidade designada ou instituída pelas empresas delegatárias do serviço de transporte coletivo de Uberlândia para operá-la, deverão ser exercidas pelas próprias operadoras, em conjunto, de acordo com as regras de estatuto próprio ou regimento interno, que deverão obedecer ao disposto no presente Decreto, na legislação vigente e nos respectivos contratos administrativos. Parágrafo Único - O Município de Uberlândia, através do Órgão Gestor, apenas intervirá de forma subsidiária nas decisões das empresas delegatárias quanto à operação da CCPT, quando se tratar de assunto de interesse público e quando não houver solução dos conflitos eventualmente gerados entre as empresas delegatárias. CAPÍTULO III SISTEMA DE BILHETAGEM ELETRÔNICA - SBE Art. 7º As empresas delegatárias do serviço de transporte coletivo de passageiros contratarão empresas fornecedoras de cartões smartcard, software, firmware, hardware bem como de serviços de instalação, implantação e manutenção de equipamentos e do software necessários ao funcionamento do sistema de comercialização e cobrança de tarifas por meios eletrônicos, aqui denominado de SBE - Sistema de Bilhetagem Eletrônica. 1º Por ocasião da escolha dos fornecedores dos cartões, dos equipamentos, do software e da tecnologia a ser adotada para o SBE, bem como por ocasião da realização de mudanças nesse sistema, as empresas deverão consultar previamente o Órgão Gestor. 2º Para viabilizar a fiscalização e controle do SBE, o Município de Uberlândia, através do Órgão Gestor, figurará, necessariamente, como
6 interveniente nos contratos privados firmados entre as empresas delegatárias e os fornecedores da tecnologia e dos equipamentos do SBE, na forma do art. 33, parágrafo único da Lei Municipal nº 9.279/06. Art. 8º O Objetivo do SBE, de forma a privilegiar o baixo custo e o menor impacto tarifário à população, é facilitar a operação do serviço público de transporte coletivo municipal e apresentar praticidade e conforto aos usuários, através da execução de serviços de arrecadação eletrônica de tarifas e de coleta e processamento de dados necessários ao controle e monitoramento do desempenho do sistema de transporte, visando a: I - reduzir a evasão de receita no Sistema de Transporte Coletivo de Passageiros de Uberlândia, de forma a que todos os usuários sejam registrados pelas catracas dos ônibus, estações de transbordo e terminais; II - extinguir o uso de bilhetes de passagens (vales-transporte e passe escolar) como moeda paralela; III - viabilizar a identificação e o direito de uso para beneficiários de gratuidades e descontos tarifários; IV - melhoria no controle e fiscalização da arrecadação do Sistema de Transporte Coletivo de Passageiros de Uberlândia, seja ela global, por empresa, linha, dia e tipo de usuário; V - aumentar a segurança dos passageiros e do pessoal de operação, eliminando a guarda de bilhetes nos ônibus e estações de transbordo; VI - agilizar as prestações de contas por parte dos cobradores, às empresas operadoras; VII - possibilitar um maior nível de segurança nas transações financeiras, através de novas tecnologias de informática, pela redução de transações físicas; VIII - diminuir os custos operacionais; IX - reduzir o tempo de viagens; X - propiciar o controle numérico dos passageiros de forma que todos os usuários, classificados por categoria, sejam contabilizados pelos equipamentos embarcados nos ônibus, aqui denominados de validadores, bem como pelos equipamentos instalados nas garagens das operadoras e nos terminais de integração; XI - aferir o cumprimento das determinações de Operação do Serviço (OS) e obter os dados operacionais necessários para o cálculo da remuneração dos serviços prestados pelas empresas delegatárias; XII - viabilizar uma coleta eficiente de dados que subsidie o planejamento do sistema de transporte coletivo e a programação dos serviços pelo ÓRGÃO GESTOR. CAPÍTULO IV DA TRANSIÇÃO PARA O NOVO SISTEMA DE TRANSPORTE DE UBERLÂNDIA
7 Art. 9º A transição para o novo Sistema de Transporte Coletivo de Passageiros de Uberlândia, com três lotes operacionais e três empresas delegatárias, cuja operação iniciou no último dia 15 de junho de 2006, obedecerá ao disposto no presente Decreto. Art. 10 A comercialização de bilhetes de passagens e créditos eletrônicos de transporte, exceto o passe escolar, ficará provisoriamente sob a responsabilidade das Empresas Auto Viação Triângulo Ltda e Transcol - Transporte Coletivo Uberlândia, entre os dias 15 de junho de 2008 e 30 de junho de 2008, não participando a Empresa Viação Cidade Sorriso Ltda dessa atividade, no mencionado período, ressalvado o direito dessa última empresa de receber a remuneração correspondente aos passageiros detentores de créditos eletrônicos transportados por ela no mesmo período, na forma desse Decreto. Parágrafo Único - A partir do dia 01 de julho de 2008, a comercialização de bilhetes de passagens e créditos eletrônicos de transporte, exceto o passe escolar, deverá ser exercida em conjunto pelas empresas delegatárias dos Lotes 01, 02 e 03 do Sistema de Transporte Coletivo de Uberlândia, tal como determinado no presente Decreto. Art. 11 Logo após o encerramento da comercialização de créditos eletrônicos de transporte no dia 30 de junho de 2008, o Órgão Gestor, baseado em informações fornecidas pelas operadoras do novo sistema de transporte coletivo, pela empresa responsável pela venda do passe escolar, bem como em dados constantes do sistema de bilhetagem eletrônica - SBE em operação, realizará um balanço dos direitos de utilização de transporte existentes no sistema, em posse dos usuários, oriundos da comercialização de bilhetes de passagens (passes) e créditos eletrônicos de transporte, feita pelas empresas Auto Viação Triângulo Ltda e Transcol - Transporte Coletivo Uberlândia Ltda, e da venda de passes escolares, feita pelo Município de Uberlândia, através da empresa contratada para esse fim. 1º No balanço a que se refere o caput do presente artigo, serão discriminados, necessariamente: I - os valores recebidos pela geração de créditos de transporte, ainda não utilizados pelos usuários até a data de fechamento do balanço, que se encontrem na posse das empresas Auto Viação Triângulo Ltda e Transcol Transporte Coletivo Uberlândia Ltda; II - os valores recebidos pela empresa responsável pela comercialização do passe escolar, referentes a créditos eletrônicos de transporte ainda não utilizados pelos estudantes até a data de fechamento do balanço; III - os créditos eletrônicos de transporte exercidos junto à empresa Viação Cidade Sorriso Ltda, entre os dias 15 de junho de 2008 e 30 de junho de 2008, cujos recursos ainda não tenham sido repassados àquela empresa, por estarem de posse das demais delegatárias do Sistema de Transporte Coletivo de Uberlândia, em razão do disposto no art. 10 do presente Decreto. 2º O balanço referido no caput do presente artigo será entregue a cada uma das três delegatárias do novo sistema de transporte coletivo de passageiros de Uberlândia. 3º Os investimentos realizados pelas operadoras dos lotes 01 e 02 na estrutura atual da comercialização de bilhetes de passagens e créditos eletrônicos de transporte, na central de vendas e no sistema de bilhetagem eletrônica serão inventariados e valorizados, em conjunto pelas empresas delegatárias dos lotes
8 01, 02 e 03, para que sejam ressarcidos pela empresa operadora do lote 03, de forma proporcional à sua participação no sistema e limitado à infra-estrutura de uso comum. Quando concluídos o inventário e a valorização acima referidos, o valor apurado será pago em parcela única pela empresa delegatária do lote 03, às empresas delegatárias dos lotes 01 e 02, na proporção de participação de cada uma delas nos citados investimentos. Art. 12 Em razão da necessidade de compensação de todos os créditos eletrônicos de transporte vendidos, até o dia 30 de junho de 2008, pelas empresas Auto Viação Triângulo Ltda e Transcol - Transporte Coletivo Uberlândia Ltda, e que já foram ou serão exercidos, pelos usuários, junto à empresa Viação Cidade Sorriso Ltda, o procedimento de repasse de recursos a ser adotado pela entidade operadora da CCPT, a partir do dia 01 de julho de 2008, observará ao seguinte: I - os direitos de repasse, junto às demais operadoras do Sistema de Transporte de Uberlândia, acumulados pela Empresa Viação Cidade Sorriso Ltda, entre os dias 15 de junho de 2008 e 30 de junho de 2008, em função dos passageiros titulares de créditos eletrônicos transportados pela empresa nesse período, serão exercidos junto à CCPT em noventa parcelas diárias, a vencer, a primeira delas, em 01 de agosto de 2008 e as demais nos dias subseqüentes, o que será determinado pelo órgão gestor na comunicação a que se refere o art. 5º, parágrafo segundo, inc. I, do presente Decreto; II - os percentuais de participação das empresas delegatárias, na venda antecipada de bilhetes de passagem e créditos eletrônicos de transporte, a serem adotados pela CCPT para fins de repasse antecipado desde o dia 01º até o dia 31 de julho de 2008 serão os seguintes: a) Lote 01-38,00% (trinta e oito por cento); b) Lote 02-37,00% (trinta e sete por cento); c) Lote 03-25,00% (vinte e cinco por cento); III - os percentuais de participação das empresas delegatárias na venda antecipada de créditos eletrônicos efetuada pela CCPT, a partir de 01º de agosto de 2008, serão determinados conforme o disposto no art. 5º, parágrafo segundo, inciso I, do presente Decreto. Parágrafo Único - Os procedimentos de arrecadação de receitas e repasses, a serem adotados pelas empresas responsáveis pela cobrança de tarifa nos terminais de integração e pela comercialização do passe escolar, deverão, desde o dia 15 de junho de 2008, observar o disposto no art. 5º, 4º e 5º do presente Decreto. CAPÍTULO V DISPOSIÇÕES FINAIS Art. 13 As infrações ao disposto no presente Decreto, cometidas em conjunto, pelas empresas delegatárias, ou individualmente, sujeitarão as mesmas às penalidades previstas na Lei Municipal nº 9.279/06. Art. 14 Os casos omissos oriundos da aplicação deste Decreto serão resolvidos pelo Órgão Gestor. Uberlândia, 26 de junho de 2008.
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