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1 mobile.brasileconomico.com.br TERÇA-FEIRA, 17 DE JULHO, 2012 ANO 4 N O 727 R$ 3,00 PUBLISHER RICARDO GALUPPO DIRETOR JOAQUIM CASTANHEIRA DIRETOR ADJUNTO OCTÁVIO COSTA Mais 15 hotéis Accor paga US$ 275 mi pela bandeira Caesar na América do Sul e reforça sua posição de liderança no Brasil. P18 Vai amarelar? Estrelado pelo lutador Vitor Belfort, ofilmedagillettesetornaocomercial maisvistonahistóriadoyoutube. P27 Divulgação Receita aumenta o controle sobre remessas e pagamento de royalties Novas regras reduzem para 30 dias o prazo que as empresas têm para informar sobre as movimentações financeiras realizadas com o exterior, que somam US$ 103 bi. No caso de atraso, haverá multa de R$ 5 mil ou até 5% do valor das operações. P6 Rodrigo Capote Marques, sócio do Biolab: uma nova droga num setor que não vê lançamentos há 19 anos Ano eleitoral prejudicou investimentos em turismo Em entrevista ao BRASIL ECONÔMICO, o ministro Gastão Vieira afirma que as prefeituras não podem colocar recursos no setor em função das eleições municipais. Após o pleito, devem retomar os projetos. P10 País vai crescer 2,5% este ano, segundo o FMI Fundo aponta sinais de fraqueza na economia e mercado já prevê expansão de apenas 1,9%. P8 e 9 Internet mobiliza espanhóis contra cortesdogoverno Madri viveu o sexto dia de protestos convocados através de redes sociais. Sindicatosplanejamgrevegeral. P36 China tira pé do acelerador e pode beneficiar o Brasil Com a retração econômica, país asiático continuará dependendo da importação de matérias-primas para sustentar recuperação e tenderá a deixar territórios livres para as exportações brasileiras. P4 O blockbuster de R$ 100 mi da Biolab O laboratório traz para o Brasil o Novanlo, remédio que pode se tornar seu campeão de vendas nos próximos anos, diz o sócio Cleiton Marques. P16 Mercedes reforça sua aposta em carros menores Atrás do consumidor mais jovem, montadora vai acelerar produção do A-Class e do B-Class. P28 Bancos mudam para enfrentar novos riscos Desenvolvimento de produtos, mercados e até aquisições são desafios para o setor. P30 Fuja da euforia e do desespero para ganhar com a bolsa Estudo do Itaú mostra que quem compra e vende papéis aos poucos, no longo prazo, reduz o risco da carteira e aumenta a rentabilidade. P34 INDICADORES TAXAS DE CÂMBIO COMPRA VENDA Dólar comercial (R$/US$) Euro (R$/ ) 2,0350 2,4992 2,0370 2,5000 JUROS META EFETIVA Selic (ao ano) 8,00% 7,89% BOLSAS VAR. % ÍNDICES Bovespa São Paulo Dow Jones Nova York FTSE 100 Londres -1,71-0,39-0, , , ,43

2 2 Brasil Econômico Terça-feira, 17 de julho, 2012 CARTAS Avanço OPINIÃO A principal fonte de riqueza do país está relacionada ao setor industrial, então precisamos que o governo atue em infraestrutura e desoneração de impostos, pois só assim teremos um crescimento constante. Não podemos permitir que o governo tenha poder de decisão sobre empresas como se percebe na matéria Governo utilizará BNDES para pressionar Vale e Petrobras (publicada em 9/7/2012). Quem sabe um dia entre um governo que peite a realidade e assuma sua responsabilidade para com a sociedade se comporte de maneira diferente. Tulio Fuscaldi Belo Horizonte (MG) Liberdade de mercado e voraz concorrência. A matéria Perspectiva para números do Google no trimestre é negativa (publicada em 10/7/12) deixa claro que a companhia enfrentará obstáculos, mas que a sua plataforma é sólida, fortificada pela marca Motorola. O Google tem tudo para selar um acordo de rara prosperidade no longo prazo, desde que os acionistas estejam dispostos a tanto. Eli Rezende Campinas (SP) A entrevista com o presidente nacional do PT, Ruy Falcão, publicada sob o título O que houve em Belo Horizonte foi traição (em 10/7/2012) permite várias reflexões. Uma delas é que não precisamos de políticos, precisamos sim de administradores do interesse público o que infelizmente a maioria esmagadora dos eleitos não sabe do que se trata, pois visam, única e exclusivamente, os seus interesses... Carlos E. Costa Belo Horizonte (MG) ERRATA Diferentemente do que consta na reportagem "Projetos inovadores esperam um suporte legal para avançar" (publicada em 16/7/2012), no texto onde consta taxas de impostos o correto é alíquota de impostos. Kjetil Hove Presidente da Statoil Brasil A Statoil, que opera a extração de gás natural e petróleo, planeja ampliar os investimentos em poços no Brasil, com desembolsos de até US$ 10 bilhões como parte do plano de cinco anos. Retrocesso Izabella Teixeira Ministra do Meio Ambiente O governo estuda reduzir a Floresta Nacional do Jamanxim, a maior unidade de conservação no sul do Pará. O projeto está no Instituto Chico Mendes, ligado ao Ministério do Meio Ambiente. Divulgação Antonio Cruz/ABr Murillo de Aragão Cientista político e presidente da Arko Advice Pesquisas Governo mais popular Para quem gosta do governo, boas notícias. Para aqueles que destilam recalques e ódios contra o governo, péssimas notícias. Para o observador atento e sereno, uma situação peculiar. Tendo como base as pesquisas realizadas pelo instituto Ibope, a Arko Advice realizou um levantamento para avaliar a popularidade da presidente Dilma Rousseff (PT) no primeiro semestre. Constatou-se que a avaliação positiva do governo apresenta uma tendência de alta. Entre março e junho deste ano, períodos em que o Ibope realizou sondagens, a avaliação ótimo/bom do governo Dilma subiu de 56% para 59%; regular caiu de 34% para 32%; e ruim/péssimo manteve-se em 8%. É importante mencionar também que, entre março e julho de 2011, a avaliação positiva do governo Dilma Rousseff apresentava uma tendência de queda. Nesse período, o Ibope apontou redução de oito pontos percentuais (56% para 48%) no índice bom/ótimo e aumento de sete pontos (5% para 12%) nos percentuais ruim/péssimo. Conforme podemos observar, após 11 meses Dilma conseguiu reverter a tendência de queda na avaliação positiva de seu governo. Mais do que isso, recuperou e superou os índices positivos de março do ano passado. Comparando apenas julho de 2011 com junho de 2012, a aprovação do governo saltou de 48% para 59% (11 pontos percentuais a mais). A expectativa em relação ao restante do governo Dilma Rousseff também apresenta uma curva ascendente. Nas pesquisas realizadas pelo Ibope entre março e junho deste ano, o índice ótimo/bom subiu de 58% para 61%, índice muito similar ao registrado em dezembro de 2010 (62%). A avaliação sobre a maneira como a presidente governa também registra uma curva ascendente. Entre maio e junho, o índice de aprovação manteve-se em 77%. É importante destacar que esse percentual cresce desde setembro do ano passado, quando registrou 71%, chegando a 72% em dezembro de 2011 e a 77% em março de Por outro lado, a desaprovação à forma como Dilma governa vem caindo desde julho do ano passado, quando o percentual era de 25%. Na última sondagem, realizada em junho deste ano, o índice baixou para 18%. CONECTADO Ferramentas do mundo digital que facilitam seu dia a dia Preço Fipe O aplicativo é útil para fazer pesquisa de preços de veículos motorizados no mercado nacional (carro, caminhão e moto). Para descobrir o valor médio, basta escolher a categoria, digitar o nome da marca, modelo, ano e versão e acionar a tecla Consulta. Os preços servem de parâmetro para negociação, considerando que há outras variáveis que determinam o valor de revenda. Grátis - Android, iphone, ipad e ipod Touch Air Video Um bom aplicativo para quem gosta de assistir a vídeos e filmes pelo tablet ou smartphone. Em função da limitada capacidade de memória dos dispositivos, o programa permite armazenar os arquivos no computador para ser acessado posteriormente pelas redes Wi-Fi ou 3G. O software faz a conversão do arquivo para o formato adequado e as legendas sempre funcionam. US$ 2,99 iphone e ipad conectado@brasileconomico.com.br Booking Esse software é ideal para quem viaja muito e precisa fazer reservas em hotéis de forma descomplicada. O aplicativo dispõe de 170 mil meios de hospedagem cadastrados em diversos países. Para reservar um leito, basta digitar o destino da viagem, a faixa de preços da diária, e o programa aponta sugestões, indicando se há vagas e avaliação de ex-hóspedes. Grátis Android e iphone Os resultados da avaliação do governo indicam que Dilma paira acima dos problemas políticos e econômicos A confiança da população na presidente Dilma também segue a trajetória de alta. De julho de 2011 a junho de 2012, cresceu de 65% para 72% (sete pontos percentuais). Por outro lado, no mesmo período, o percentual dos que não confiam na presidente caiu quatro pontos (29% para 25%). Os resultados indicam que Dilma paira acima dos problemas políticos e econômicos. As confusões de relacionamento com os aliados no Congresso não poluem sua avaliação. O desempenho econômico pífio do primeiro semestre tampouco afetou Dilma. O mais relevante é que o crescimento de sua popularidade se deu em condições discretamente adversas. Com a melhora do ambiente econômico no segundo semestre, a tendência positiva deve se consolidar. Resta saber se a sua popularidade pode influir significativamente nas eleições municipais. Acreditamos que sua influência será relevante em alguns colégios eleitorais importantes e pode, por exemplo, alavancar o desempenho dos candidatos aliados no Rio, São Paulo e Belo Horizonte. NESTA EDIÇÃO Cartão-postal pelo celular Quatro jovens empreendedores desenvolveram um aplicativo para aparelhos móveis que permite que o usuário crie seu próprio cartão-postal. P12 Texto alinhado à sfdfesquerda, sem hifenização, Cartas para a Redação: Avenida das Nações Unidas, , 8º andar, CEP , Brooklin, São Paulo (SP). falso, alinhado esquerda, sinha o à esquerda, redacao@brasileconomico.com.br texto alinhado à esquerda, sem hifenização, texto As mensagens devem conter nome completo, endereço, telefone e assinatura. falso, alinhado esquerdafhlação. PXX Em razão de espaço ou clareza, BRASIL ECONÔMICO reserva-se o direito de editar as cartas recebidas. Mais cartas em Grifes apostam no charme oriental Modelos asiáticos conquistam passarelas e editoriais de moda internacionais e entram no ranking das Top 50 do célebre site Models.com. Mudança no consumo mundial dita tendência. P28

3 Terça-feira, 17 de julho, 2012 Brasil Econômico 3 MOSAICO POLÍTICO Marcos Troyjo Diretor do BricLab da Universidade Colúmbia e professor do Ibmec PEDRO VENCESLAU pvenceslau@brasileconomico.com.br Força à promoção comercial Neste contexto de baixo crescimento do mercado interno, o Brasil tem de multiplicar seus esforços de promoção comercial pelos quatro cantos do mundo. Que ninguém se engane, é num cenário de morosidade da economia global que os países buscam ainda com mais garra a conquista de mercados. Os EUA lançaram em 2010 a Iniciativa Nacional de Exportações (NEI, na sigla em inglês), com o objetivo de dobrar suas vendas ao exterior num período de cinco anos. A China e a Coreia do Sul não têm hesitado financiar em termos crescentemente favoráveis suas empresas exportadoras. México, Chile, Colômbia e Peru vêm multiplicando seus acordos bilaterais de comércio sem amarras ideológicas. Para o Brasil, o sucesso da inserção externa via promoção comercial é essencialmente uma combinação de três elementos. O primeiro é ter um bom material de divulgação, não apenas informacional, mas também analítico, que esteja disponível na internet em vários idiomas e que possa servir de base inicial de apoio e geração de interesse para aqueles que querem saber mais sobre o Brasil, seus estados e cidades. O segundo é uma boa estrutura como polo de recepção para a realização de negócios. Se é verdade que o interesse pelo Brasil como destino de aplicações financeiras diminuiu, é verdade também que diferenciais brasileiros como o potencial agroenergético fazem com que o apetite por estabelecer unidades de produção no país continue aguçado. A promoção comercial no exterior e a atração de investimentos para o país não podem ser apenas tarefa do governo federal É muito importante que prefeituras e governos estaduais, ou seja, as várias unidades federativas, tenham os seus instrumentos formais de recepção daqueles que se interessam em investir e realizar negócios. A promoção comercial no exterior e a atração de investimentos para o país não podem ser apenas uma tarefa do governo federal. No Rio de Janeiro, é marcante o exemplo exitoso do Rio Negócios, entidade resultante de uma parceria público-privada e que tem trazido tão bons resultados para a Cidade Maravilhosa. Que bom seria se cada município no Brasil com mais de 500 mil habitantes tivesse sua própria agência de promoção de investimentos e comércio. O terceiro é o elemento pró-ativo. Não adianta termos apenas informações vertidas em línguas estrangeiras e disponibilizadas em meios eletrônicos, ou oferecermos um serviço cerimonial às delegações de negócios que visitam o Brasil. Temos de nos promover no exterior. Assim, cada vez ganha mais relevância a chamada diplomacia empresarial. Os chineses realizam centenas, milhares de missões empresariais ao exterior, seja de órgãos de representação setorial ou das províncias e cidades chinesas. Eles estão sempre muito presentes nos grandes mercados mapeando oportunidades. Conversei recentemente com o editor de uma revista econômica chinesa, a Caijing. Ele me dizia que, a cada dia, 365 cinco dias por ano, há pelo menos duas missões empresariais chinesas em território americano buscando fazer negócios. É assim fundamental que prefeitos e governadores façam road shows, divulguem seus estados, assinalem seus atrativos. O Brasil ainda é um dos países mais fechados do mundo. Logo, essa vertebração global é muito importante. Toda a força à promoção comercial. Suíça bloqueia bens tunisianos No total foram US$ 61 milhões, que incluem bens do ex-presidente da Tunísia Ben All. Segundo o advogado de All, o ex-presidente desistiu de todos os bens em favor do Estado tunisiano. P38 Desafios pós-rio+20 Diretor da Braskem Jorge Soto avalia as expectativas pós- Rio+20 e destaca a importância de focar o equilíbrio entre os resultados econômico, sociais e ambientais. P39 Vada a bordo, Chinaglia Muito se especulou na última semana sobre o motivo que levou Arlindo Chinaglia (PT-SP), líder do governo na Câmara, a passar uma semana nos Estados Unidos justamente no momento em que o Palácio do Planalto mais precisava dele para mobilizar a tropa e aprovar a LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias). Alguns amigos da onça fizeram galhofa ao chamá-lo de capitão Schettino, uma referência marota ao famoso capitão do navio Costa Concórdia (aquele que deixou a embarcação assim que ela começou a naufragar no litoral da Itália). Os assessores do líder informaram à coluna apenas que a viagem era inadiável, a pauta familiar e ele estaria em Brasília para votar. Sem contar com seu operador, Dilma recorreu ao deputado Jilmar Tatto (PT-SP), líder do PT na Câmara, para fazer o serviço que caberia ao colega. Eu ajudei bastante a Ideli (Salvatti, ministra das Relações Institucionais). O Marco Maia também. A ausência do Arlindo não foi problema, diz Tattto. Marco Maia mandou telegramas para mobilizar Câmara Para atingir o quórum necessário na votação da LDO, o presidente da Câmara, Marco Maia, usou um método antigo e infalível: enviou telegramas a todos os deputados. Além disso, deu entrevistas e disparou s avisando que os faltosos seriam descontados. CURTAS 0 parlamentar mineiro teoriza sobre o drama da base aliada. Há uma competição das lideranças do PT com as meninas superpoderosas do governo, que não dão valor ao trabalho deles. Aí eles mandam recados como esse de Chinaglia. Candidato à prefeitura de São Paulo, o deputado federal Paulinho da Força (PDT-SP) não tomou conhecimento da convocação para votar a LDO no Congresso. Ele preferiu ter o salário descontado do que mudar sua agenda eleitoral. Amanhã ele visita a porta da fábrica onde trabalhou pela primeira vez. Já a assessoria de Gabriel Chalita (PMDB), o outro candidato em São Paulo que é deputado federal, não soube informar até o fechamento da coluna se iria ou não entrar no multirão da LDO em Brasília. PRONTO, FALEI As declarações de Kátia Abreu não causaram nenhum impacto no PSD Deputado tucano culpa Ideli por atraso na LDO Coordenador do Comitê de Emendas do Orçamento, o deputado Marcus Pestana (PSDB-MG) pontua sobre a ausência de Chinaglia. Ele estava insatisfeito com a Ideli porque ela não cumpriu os acordos (de liberação de emendas). Eu vi ele falando com ela sobre os termos pelo telefone. Guilherme Campos Líder do PSD na Câmara, sobre as críticas da senadora do seu partido ao prefeito Gilberto Kassab Divulgação Depois da entrevista de Rosane Collor ao Fantástico, virou febre a expressão: Jesuscidência. Sem a presença de Aécio Neves, deputados estaduais e federais mineiros almoçaram ontem em BH. Eles celebraram a maior coligação da história de MG ao lado de Márcio Lacerda. Segundo Vital do Rêgo, presidente da CPI do Cachoeira, nem tudo estará perdido durante o recesso. Haverá treinamento de assessores para o acesso aos dados das quebras dos sigilos. José Cruz O presidente da CPI convocou uma entrevista coletiva para amanhã às 12h. A ideia é fazer um balanço das atividades da comissão desde a instalação, em 25 de abril, até hoje, último dia antes do início do recesso.

4 4 Brasil Econômico Terça-feira, 17 de julho, 2012 DESTAQUE GIGANTE ASIÁTICO A PASSOS LENTOS Menor ritmo chinês traz oportunidade para o Brasil País poderá se fortalecer como parceiro comercial chinês com intensificação das exportações para a China Cláudia Bredarioli cbredarioli@brasileconomico.com.br Ainda que a redução do ritmo de crescimento da China acenda o sinal amarelo para toda a economia global, é possível que o Brasil aproveite essa oportunidade para reforçar os laços comerciais entre os dois países. Na avaliação de especialistas, nos próximos meses, a China precisará ainda mais do Brasil para conseguir sustentar seu processo de recuperação mantendo o ritmo de compra de matérias primas, ao mesmo tempo em que tende a reduzir suas exportações globais, oferecendo, talvez, menos concorrência à boa parte da indústria brasileira. A desaceleração da China não é um problema para o Brasil em termos de comércio. Isso pode até afetar os investimentos no curtíssimo prazo, mas não será algo relevante diante do cenário previsto, avalia Marcos Troyjo, diretor do BRICLab da Universidade Columbia. Segundo Troyjo, para gerar emprego internamente uma das principais necessidades da economia chinesa o país terá de manter o investimento em suas obras de infraestrutura, garantindo, por exemplo, o volume de importação de minério. Ao mesmo tempo, também há previsões positivas para o outro lado da balança: com a perspectiva de redução de investimentos em setores como o de eletroeletrônicos, espera-se que a exportação chinesa passe por certa retração nos próximos meses. A China não pode mais só investir em exportação e o Brasil tem muito a oferecer à sustentação da economia chinesa, que vai precisar cada vez mais de matérias primas, completa Antonio Corrêa de Lacerda, professor do Departamento de Economia da PUC-SP. Lacerda pontua também que, ainda que haja volatilidade no preço internacional das matérias primas (leia mais abaixo), a tendência é de as commodities encontrarem seu ponto de equilíbrio e não repetirem mais a alta registrada antes da crise de As exportações brasileiras para a China são concentradas em cinco produtos soja, minério de ferro, petróleo, celulose e açúcar sendo que os três primeiros respondem por 85% do total. O saldo é positivo para o lado brasileiro. Estava em US$ 3,8 bilhões em maio, nos dados acumulados do ano. Crescimento Vale lembrar, porém, que se trata de um país com um dos maiores níveis de crescimento mundial, previsto em 8% até o fim Qilai Shen/Bloomberg Incentivo ao consumo deverá ser uma das estratégias para manter aquecida a economia da China do ano, segundo os dados revistos do Fundo Monetário Internacional (FMI). A instituição divulgou ontem sua nova projeção para a economia chinesa em Houve redução de 0,2 ponto porcentual, passando de 8,2% para 8,0%. Segundo o FMI, as economias emergentes desaceleram devido a forças globais, demanda doméstica mais fraca e maior aversão dos investidores ao risco. Todas elas, de formas diversas, viram as exportações ou os investimentos desacelerarem, disse Olivier Blanchard, economista-chefe do FMI. Na análise da Consultoria LCA, a reaceleração da economia chinesa, inicialmente prevista para começar neste terceiro trimestre, pode vir a ocorrer em ritmo mais lento. Nesse contexto, ainda segundo a LCA, aumentam as chances de que as autoridades chinesas intensifiquem iniciativas de estímulo monetário e fiscal. Segundo Adriano Gomes, da ESPM, visto que recentemente o governo chinês tem intensificado as medidas para fortalecer a economia, a recuperação pode ganhar fôlego com foco no tripé corte de juros, redução da tributação sobre investimento e ajuste cambial. O ideal, porém, é ter cautela nas expectativas, pois a China está claramente tentando migrar para um modelo mais voltado ao consumo, afirma Rodrigo Constantino, especialista do Instituto Millenium. Vendas de minério de ferro caem 20% em 2012 Principal produto exportado para a China, no último ano, sofre com a queda de preço Gustavo Machado gmachado@brasileconomico.com.br Ao precificar a desaceleração da economia chinesa, a depreciação do minério de ferro no mercado internacional já ocasionou uma queda de 20,4% no valor das exportações brasileiras do produto para o gigante asiático. A queda de 20% no preço médio entre o primeiro semestre de 2012 e o de 2011 já levou até mesmo o governo brasileiro a discutir a situação do setor com os chineses. Na pauta da reunião realizada na última semana entre o ministro do Desenvolvimento, Fernando Pimentel, e o vice-primeiro-ministro da China, Wang Qishan, estava o volume de vendas da Vale para o seu principal cliente. Segundo José Fernando Coura, presidente do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), a desaceleração chinesa pode ser determinante para o futuro próximo do setor. Contudo, os planos de investimento e a demanda pela commodity estão garantidos pelos próximos anos. Queda no preço médio já fez governo brasileiro discutir situação na China A China demanda quase 1 bilhão de toneladas de minério de ferro por ano. Falta produção no mundo para atender o mercado, afirma Coura. Pode acontecer uma variação negativa, que traga números menores para o setor, mas com o preço acima de US$ 130 a tonelada, as perspectivas são ótimas. Até o sexto mês deste ano, o valor médio do minério de ferro se manteve em torno de US$ 140. O presidente do Ibram aposta no volume de investimentos das companhias brasileiras para que o setor volte a figurar como o principal exportador para a China. Esperamos produzir 510 milhões de toneladas este ano, e com os investimentos de US$ 75 bilhões até 2016, vamos elevar muito esta produção. Há demanda e haverá oferta para crescermos, diz. Em contraponto, José Augusto de Castro, presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), projeta um futuro mais turbulento para a mineração. Segundo Castro, as ações de algumas siderúrgicas chinesas, para estimular a economia do país, acabarão por depreciar ainda mais a cotação da commodity. A Baosteel, maior produtora de aço no mundo, já decretou que o preço de seu aço cairá 6% a partir de agosto. Isso recairá sobre o minério de ferro, que ainda está apreciado, assinala o executivo. De acordo com suas projeções, as vendas de minério de ferro cairão 22% neste ano. É um mercado que a China controla e impõe seu preço, diz.

5 Terça-feira, 17 de julho, 2012 Brasil Econômico 5 LEIA MAIS Preços das commodities sofrem oscilação no mercado internacional diante da confirmação da desaceleração chinesa, uma das maiores compradoras desses produtos. Com crescente investimento no continente africano, China deve manter os aportes para garantir a futura oferta de insumos básicos e de mão de obra. O governo chinês deve realizar amanhã uma reunião para definir e divulgar novas medidas que incentivem a recuperação econômica do país no médio prazo. Embarques de soja devem diminuir Cerca de 80% da produção brasileira destinada à exportação já foi enviada Apesar dos altos preços no mercado internacional, os bons momentos vividos neste ano pelos exportadores de soja estão perto do fim. Segundo José Augusto de Castro, presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), a antecipação desenfreada dos embarques da oleaginosa promoveu um desequilíbrio na balança comercial brasileira. Até o mês de junho deste ano, apenas um quinto da produção destinada à exportação ainda não foi embarcada. Caso se mantenha o ritmo de vendas do grão, ao final de agosto, 30 milhões de toneladas terão sido exportadas, o que estaria muito próximo da previsão de embarques, afirma Castro. O salto no preço da soja no mercado internacional posicionou novamente o grão como o principal produto exportado para a China neste ano ultrapassou em US$ 1,8 bilhão as vendas de minério de ferro, o campeão de De acordo com as previsões feitas por Castro no final do último ano, 2012 se mostrava um ano ruim para a oleaginosa, o que sugeria um preço em torno de US$ 430 por tonelada para o grão. Porém, as quebras de safra no sul do Brasil e da Argentina, promovidas por problemas climáticos, reverteram o quadro e a cotação da soja pode ultrapassar US$ 600 a tonelada, 19% acima da média de Os preços são ótimos, mas poucos produtores brasileiros aproveitarão a melhor época do ano para negociar o produto. O segundo semestre é sempre melhor para o exportador, comenta o consultor de comércio exterior Welber Barral. Este é o problema em depender das commodities. Fica-se à deriva, aguardando bons ventos do mercado internacional, esperando que o preço fique favorável, complementa. G.M ,793 VARIAÇÃO ENTRE 2012 E 2011 FOME DE DRAGÃO VENDAS PARA A CHINA Principais produtos brasileiros exportados para o país asiático, em US$ bilhões 6,002 SOJA 8,723 3,978 8,589 6,834 MINÉRIO DE FERRO 2,646 2,145 2,158 PETRÓLEO 2010* 2011* 2012* 0,476 0,496 0,503 0,241 0,372 0,388 0,178 0,213 0,241 PASTA QUÍMICA DE MADEIRA ÓLEO DE SOJA Medidas do governo chinês para impulsionar o crescimento TOTAL EXPORTADO 2010* 13, * 20, * 21,157 FERRO-LIGA 45,3% -20,4% -18,4% 1,5% 4,3% 12,7% Fonte: Secex Fonte: Brasil Econômico *de janeiro a junho Maior flexibilidade na cotação do iuane Corte de até 50% nos impostos sobre remessas de lucro Redução da taxa básica de empréstimos para 6% ao ano A confirmação de um menor ritmo de crescimento na China não deverá significar retração dos investimentos chineses na África. A China precisa manter esses aportes para garantir a oferta futura de fornecimento de insumos básicos, avalia Antonio Corrêa de Lacerda, professor do Departamento de Economia da PUC-SP. Além disso, há que se considerar que 8% não é um crescimento pequeno e este nível deve se manter ao longo da década, pondera. Um relatório da agência de avaliação de risco Fitch destaca que os investimentos financeiros da China na África triplicaram ao longo da última década. No período entre 2001 e 2010, só os empréstimos chineses do Exim Bank (Banco de Exportação e Importação da China) à África foram estimados em US$ 67,2 bilhões, contra US$ 54,7 bilhões do Banco Mundial. Esses investimentos, na maioria, concentraram-se especialmente em cinco países: África do Sul, Nigéria, Zâmbia, República Democrática do Congo e Angola. Mas a presença da China pode ser notada por quase todo o continente. Com 800 empresas espalhadas por 49 dos 53 países africanos, os chineses começam a fazer parte da paisagem de muitas cidades. Estima-se Redução da taxa de depósito para 3% ao ano Diminuição do piso dos juros de empréstimo para 70% da taxa básica, ou seja, 4,2% ao ano MEDIDAS ECONÔMICAS Pacote deve ser anunciado nesta semana O governo da China pode realizar amanhã a reunião econômica de meio de ano para detalhar um programa político cujo objetivo é estabilizar a economia no segundo semestre de 2012, segundo o China Securities Journal. O Conselho de Estado, gabinete da China, normalmente realiza a reunião uma ou duas semanas após a publicação dos dados econômicos do primeiro semestre. Mas o jornal oficial informou que as agências do governo podem estar se preparando para apresentar uma série de políticas pró-crescimento. A China divulgou na sextafeira que o dado do PIB do segundo trimestre mostrou que o crescimento desacelerou pelo sexto trimestre seguido, para 7,6%. O jornal informou que a ampliação do investimento em infraestrutura é o caminho mais rápido para impulsionar o crescimento. Reuters Investimento na África tende a se manter para garantir oferta Além de fornecer insumos, países do Continente formam potencial mercado consumidor para a China que já são mais de 750 mil deles vivendo na África. Parte do investimento direto chinês está sendo usado para melhorar a infraestrutura de vários países. Por isso, as nações que mais recebem investimentos chineses coincidem com as que também têm as melhores perspectivas de crescimento no continente para os próximos anos. No recente relatório Para Dentro de África: Oportunidades Emergentes para Negócios, a Economist Intelligence Unit (EIU) coloca Moçambique entre os países que deverão ter um crescimento entre 7,5% e 10% entre 2012 e 2016, enquanto Angola ficará entre 5% e 7,5% e deve se tornar um gigante do continente. Segundo o estudo, a China vai à África para aumentar fortemente o seu peso no comércio e investimento, devido à sua necessidade de recursos, mas também à sua política de longo prazo de exteriorização, cita a EIU. Essa política é baseada na necessidade de desenvolver mercados consumidores, que vão comprar bens e serviços chineses e está unida a uma estratégia de transferir a indústria de baixo valor agregado para o exterior, em mercados onde os salários reais são mais baixos do que na China. C.B.

6 6 Brasil Econômico Terça-feira, 17 de julho, 2012 BRASIL Editora: Ivone Portes Receita Federal aperta o cerco a transações internacionais Serviço contratado ou prestado e pagamento ou recebimento de royalties terão de ser informados em 30 dias Juliana Garçon jgarcon@brasileconomico.com.br Identificar e coibir operações suspeitas de evasão de divisas e de lucratividade é a lógica da IN A tendência é seguir os EUA, afirma Julio Augusto Oliveira, sócio da área tributária do escritório Siqueira Castro. O problema é que, no Brasil, as coisas são muito mais complicadas. As empresas têm de fazer, por mês, seis declarações, entre informes federais e estaduais. Além disso, anualmente, fazem a Declaração de Informações Econômico-Financeiras da Pessoa Jurídica (DIPJ) e a Declaração de Imposto de Renda Retido na Fonte (Dirf). É por essas e outras que o país ocupa a liderança de burocracia tributária, conforme estudo do Banco Mundial (veja quadro ao lado). A estimativa da entidade indica que se gastam, em média, horas por ano na apuração de tributos. É mais do que o dobro do segundo colocado, a Bolívia (1.080 horas). As empresas já estão assoberbadas com obrigações fiscais. A IN certamente vai aumentar o trabalho e os gastos, diz Ana Cláudia Utumi, sócia coordenadora de tributário Importar ou exportar serviços, além de fazer a transferência de direitos de royalties, vai ficar mais difícil. A Receita Federal editou uma instrução normativa (1.277) determinando que transações desse gênero sejam informadas no prazo de trinta dias. No caso de atrasos, a multa será de R$ 5 mil ao mês ou 5% do valor da operação. São afetadas pela norma, por exemplo, contratações de profissionais para consultoria, diligências, instalação e manutenção de equipamentos e para agenciamento de exportações. Encomendas de correção de softwares devem ser enquadradas, assim como corretagem de compra de imóveis em outros países. Também estão no escopo da instrução os pagamentos e recebimentos de royalties. No caso de pessoas jurídicas, não há piso de valor. Para pessoas físicas, a regra vale em operações acima de R$ 20 mil. A instrução foi publicada em 28 de junho, mas passou despercebida. Agora, porém, as bancas de advocacia tributária alertam os clientes enquanto aguardam a regulamentação, que deve acontecer de um mês e um ano, acreditam os tributaristas. A expectativa é que venha com restrições piso de valor que reduzam o número de operações abrangidas. Para se ter uma ideia do volume de transações afetadas, o Banco Central registrou no ano passado remessas de US$ 103 bilhões relativas ao pagamento de serviços e de US$ 3,5 bilhões relativas a direitos de royalties. Tirando as empresas que estão no Simples, a medida deverá atingir 40% das companhias, estima Ana Cláudia Utumi, sócia coordenadora da área tributária do escritório Brasil é campeão mundial em burocracia tributária Banco Mundial estima em o número de horas gastas com rotinas relativas a impostos do escritório Tozzini Freire. E cada errinho pode gerar contingências. Não tem uma empresa que não tenha ao menos um auto de infração por divergência de informações na Declaração de Contribuições e Tributos Federais (DCTF), uma das obrigações mensais das companhias. Tem tanta coisa pra fazer que a chance de errar numa digitação é grande, e daí já surgem consequências tributarias. A IN é mais uma preocupação. No Brasil, as empresas pagam para pagar imposto. Para cumprir as exigências da Receita, precisam contratar serviços de consultores e advogados. Alexandre Rezende Ana Cláudia Utumi estima que 40% das empresas, tirando as enquadradas no Simples, serão afetadas Tozzini Freire Advogados. Entre os setores mais afetados, devem estar os de tecnologia e petroquímica, que usam muita mão de obra estrangeira. TIQUE-TAQUE Brasil é o país onde mais se gasta tempo na apuração de tributos (em horas por ano)* BRASIL BOLÍVIA VENEZUELA EQUADOR ARGENTINA CHINA PARAGUAI AMÉRICA LATINA E CARIBE CHILE PERU PORTUGAL ALEMANHA FRANÇA ESTADOS UNIDOS Imposto disfarçado Na prática, a IN pode se tornar um novo imposto, principalmente para empresas de pequeno e médio porte. A alternativa é elevar o custo administrativo investindo em departamento jurídico e softwares de gerenciamento adaptáveis às novas rotinas. Do contrário, terão de arcar com a multa de R$ 5 mil mensais, por não cumprirem a nova exigência. Preencher formulários detalhadamente pode ser oneroso para empresas menores, avalia Julio Augusto Oliveira, sócio do escritório Siqueira Castro. É um exagero. Essas informações já são prestadas em outras rotinas fiscais. A instrução transfere ao contribuinte trabalho que deveria ser feito pela Receita. Oliveira destaca que a norma exige a prestação de informações por estabelecimento. No caso de uma empreitera, cada canteiro de obras é considerado uma empresa e terá de fazer o preenchimento no site. Ele ressalta que, em serviços sujeitos a medição como obras, que têm aferido seu progresso físico periodicamente, a instrução normativa fixa a necessidade de informação um mês após o início da prestação de serviço e um mês após a medição. Procurada pela reportagem, Receita Federal não quis se pronunciar Fonte: Banco Mundial *Tempo gasto com a Receita Federal para resolver questões de impostos

7 Terça-feira, 17 de julho, 2012 Brasil Econômico 7 Divulgação Quase 140 milhões de brasileiros vão às urnas No dia 7 de outubro, eleitores de municípios vão às urnas para escolher prefeitos, vice-prefeitos e vereadores, segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Até ontem, o sistema do órgão registrou candidaturas para os três cargos. De acordo com a legislação eleitoral, nas cidades com mais de 200 mil eleitores e onde a disputa pela prefeitura tenha mais de dois candidatos, há possibilidade de segundo turno. ABr Divulgação Especialistas discutem legitimidade da norma Instrução se baseia em lei criada para gerar informações para o Ministério da Indústria; aplicação de multa por atraso é questionada por tributaristas Setorpetroquímicoéumdosquedependemdemãodeobraestrangeira Fiscalização tem avanço rápido com tecnologia Cruzamento de dados permite maior controle, dá eficiência e gera arrecadação crescente Enquanto o sindicato dos auditores fiscais reclama de falta de profissionais no órgão, a arrecadação cresce consistentemente. Os resultados também não se ressentem do crescimento pífio da economia brasileira. Acontece que, com alcance cada vez maior a bancos de dados e tecnologia para cruzar as informações, o Fisco está ganhando eficiência e uma certa cara de Grande Irmão. Cruzando dados de diversas fontes, tem cada vez mais possibilidade de encontrar divergência de cifras nas declarações. Os Cartórios de Registros de Imóveis, por exemplo, já abastecem os computadores do órgão. Notamos um crescente número de pessoas chamadas a prestar informações sobre imóveis, conta Julio Augusto Oliveira, do Siqueira Castro. A Receita está cada vez mais municiada, muito bem aparelhada. E, ainda por cima, com medidas como a IN 1.277, transfere o ônus das rotinas para o contribuinte, na medida em que cabe a ele alimentar o site do órgão. Chama a atenção a sofisticação que vem conquistando. Eduardo Martim do Nascimento, do Morad Advocacia, concorda: A instrução faz parte do processo de reestruturação do modelo de fiscalização e controle da Receita. As obrigações tradicionais, como DIPJ, serão paulatinamente substituídas pelo cruzamento de dados, aumentando a eficácia da fiscalização e arrecandando mais, muito mais. Por isso, além de observar o incremento nas dificuldades de pessoas e, principalmente, empresas, os especialistas veem na nova norma um sinal de que a Receita Federal fica com as garras cada vez mais afiadas. O pior é que a criação desse novo controle parece ser um sinal de aumento da sanha da Receita Federal em desconsiderar os acordos internacionais de bitributação dos quais o Brasil é signatário, analisa Eduardo Diamantino, sócio do Diamantino Advogados Associados. O que tem o MDIC a ver com variações patrimoniais, cuja atribuição é própria do controle do Conselho de Controle de Atividades Financeiras, o Coaf, e da Receita Federal?, questiona Adonilson Franco, sócio do Franco Advogados. Se fosse para controlar as transações de serviços com o exterior, deveriam ser computadas também aquelas que não geram variações patrimoniais, considera Adonilson Franco, sócio do Franco Advogados. Fica aí o alerta para mais um desvio no uso de informações prestadas pelos cidadãos. J.G. A legitimidade da instrução normativa pode ser questionada, aponta Sergio André Rocha, sócio da área de tributos da consultoria Ernst & Young Terco. Isso porque a norma se apoia na lei , de dezembro de 2011, que estabelece a obrigatoriedade de prestação de informações sobre importação e exportação de serviços e transferência de recursos relacionados a royalties e intangíveis (ativos de difícil avaliação de valor) ao Ministério da Indústria, Desenvolvimento e Comércio Exterior (MDIC). A ideia era prover o ministério com dados para a composição de estatísticas sobre o intercâmbio de valores exceto CONTROLE RÍGIDO aqueles devidos à comercialização de mercadorias, que já são acompanhados para fins de gestão. A obrigatoriedade de fornecer essas informações é de controle do MDIC, não fiscal. Não tem a ver com a Receita Federal. Não tem pé nem cabeça criar uma obrigação tributária acessória a partir daí, defende A multa só pode ser implementada por lei. Ninguém é obrigado a fazer ou deixar de fazer algo senão em virtude de lei Entenda a nova norma para transações internacionais de serviços COMO A prestação das informações deverá ser feita pelo site da Receita Federal, na área conhecida como Centro Virtual de Atendimento ao Contribuinte (e-cac) e seguirá as normas complementares a serem estabelecidas PRAZO De maneira geral, 30 dias contados a partir da data de início da prestação de serviço, da comercialização de intangível ou da realização da operação que produza variação no patrimônio. Trinta dias depois da emissão da nota fiscal ou documento equivalente, se esta ocorrer depois do início da prestação de serviço Trinta dias contados da data em que as informações gerais sobre os serviços forem prestadas, se a fatura for emitida antes do início da prestação dos serviços Até 31 de dezembro de 2013, o prazo será ampliado para 90 dias NÃO ABRANGE Operações de compra e venda efetuadas exclusivamente com mercadorias AFETA Prestador ou tomador do serviço residente ou domiciliado no Brasil; Empresa ou pessoa física, residente ou domiciliada no Brasil, que transfere ou adquire o serviço, inclusive os direitos de propriedade intelectual, por meio de cessão, concessão ou licenciamento NÃO AFETA Empresas optantes pelo Simples Nacional. Microempreendedor individual Pessoas físicas residentes no país que, não explorem, atividade econômica que vise lucro ou contratação de serviço de até US$ 20 mil PENALIZAÇÕES De R$ por mês ou proporcional, para empresas, no caso de prestação de informação fora dos prazos. De 5%, não inferior a R$ 100, do valor das transações com residentes ou domiciliados no exterior em caso de informação omitida, inexata ou incompleta Fonte: Receita Federal e Siqueira Castro Advogados Rocha. E, sendo assim, a multa prevista para atraso na entrega das informações não é aplicável. Estão forçando a barra. Yun Ki Lee, sócio-diretor do Dantas, Lee, Brock & Camargo Advogados, vê incongruência na estratégia da Receita. É um ponto bastante discutível, pois uma multa, por ser uma sanção neste caso, pecuniária, só pode ser introduzida por lei. E ninguém é obrigado a fazer ou deixar de fazer algo senão em em virtude de lei. A questão da penalidade sem previsão legal também chama a atenção de Felippe Alexandro Ramos Breda, do escritório Emerenciano, Baggio e Associados. Nossa legislação proíbe que norma regulamentar do Executivo a Instrução Normativa é norma para regular a atividade interna da administração pública crie penalidade sem previsão legal. A IN não poderia prever penalidade, uma vez que não teve previsão na lei que rege o assunto, a /2011." Parece-me questionável, por ausência de base legal, a exigência de informações do exportador de serviços, resume Osmar Marsilli Jr, tributarista sócio da PLKC Advogados. Na lei Há também quem entenda que a novidade está de acordo com a lei. Não vejo irregularidade na edição da instrução normativa, pois tem apoio na legislação que trata dos tributos federais. Nada impede que o MDIC emita normas sobre a obrigação de prestar a informações para fins econômico-comerciais, conforme previsto na Lei /2011, diz Eduardo Diamantino, sócio do Diamantino Advogados Associados. Outro defensor da norma é Adão Matos, diretor da Trevisan Gestão& Consultoria. A IN vem ao encontro das intenções do governo de deixar cada as informações cada vez mais transparentes de forma prática e ágil para o Fisco. Pode até ser que, em alguns casos, possa ser entendida como desnecessária ou repetitiva, mas está em acordo com o pensamento de maior transparência. J.G.

8 8 Brasil Econômico Terça-feira, 17 de julho, 2012 BRASIL Divulgação NEGÓCIOS Brasil está virando uma colônia africana da Europa do século passado, diz pai de Eike Em evento de 203 anos da Associação Comercial do Rio de Janeiro, ontem, o ex-ministro de Minas e Energia e fundador da Vale, Eliezer Batista, disse que o Brasil está virando uma colônia africana da Europa do século passado. Ele afirmou que o superávit comercial, baseado em vendas de produtos primários, é um retrocesso. Aproveitou ainda para defender a estratégia do grupo EBX, comandada por seu filho Eike Batista. FMI espera PIB menor para 2012 O Fundo Monetário Internacional reduziu a estimativa de crescimento da economia brasileira de 3,1% para 2,5%. Ainda assim, está mais otimista do que os analistas do país e em linha com o Banco Central Rafael Abrantes rabrantes@brasileconomico.com.br MUNDO EM DESACELERAÇÃO Relatório do FMI aponta crescimento menor do Brasil em * BRASIL MUNDO ESTADOS UNIDOS ZONA DO EURO ALEMANHA FRANÇA ESPANHA JAPÃO EMERGENTES CHINA RÚSSIA ÍNDIA 0,3% 1,5% 0,7% Fonte: FMI * Projeções ** Relatório de abril 0 2,7% 2,5% 3,9% 3,5% 1,7% 2,0% 1,5% 1,0% 1,7% 0,3% 0,7% 2 O Fundo Monetário Internacional (FMI) reduziu a projeção de crescimento da economia brasileira para este ano de 3,1% para 2,5%. Apesar da piora na previsão, o Fundo ainda está mais otimista do que os analistas de mercado brasileiros, que já falam em expansão abaixo de 2% para o Produto Interno Bruto (PIB) deste ano (leia mais na página ao lado). Em 2011, o PIB cresceu 2,7%. Para a economia mundial, a estimativa é de avanço de 3,5%, contra 3,6% da previsão anterior. A revisão dos números sobre o desempenho da economia brasileira e internacional surge, segundo o relatório do FMI, em meio a sinais de fraqueza da recuperação global frente ao agravamento da crise na Europa nos últimos três meses. O crescimento em algumas das maiores economias emergentes foi menor que o previsto, informa o relatório. O momento de expansão passou, principalmente no Brasil, China e Índia. Isso reflete um ambiente externo mais fraco, porém a demanda doméstica também desacelerou em resposta às políticas de contração durante o último ano, completa. O Fundo alerta também que os países emergentes deverão se preparar para lidar com a redução do comércio exterior e alta volatilidade em seus fluxos de capital. Haverá um crescimento mais fraco durante a maior parte do segundo semestre de 2012, tanto em economias avançadas quanto emergentes. Para Paulo Sandroni, economista e professor da Fundação Getúlio Vargas (FGV), as estimativas do FMI para o Brasil já estão defasadas. São projeções muito generosas ao governo. Depois do desastre da indústria, o crescimento do PIB deve ficar abaixo de 2% neste ano, diz o economista, lembrando da quase estagnação dos índices de produção industrial no país desde o ano passado. Segundo ele, embora o governo tenha lançado mão de medidas de estímulo, como desonerações à diversos setores da indústria e redução histórica da taxa básica de juros (Selic), isso não será suficiente para acelerar novos investimentos na economia, principal motor para uma retomada mais vigorosa, observa. Com a crise internacional se acentuando, e o mercado doméstico já com sinais de fadiga, os empresários Segundo o FMI, países emergentes devem se preparar para a redução do comércio exterior Paulo Whitaker/Reuters Economistas divergem sobre capacidade de recuperação da indústria após estímulos do governo 3,1% ESTIMATIVA ANTERIOR PARA ESTE ANO ** 2,4% 6,2% 5,6% 9,2% 8,0% 4,3% 4,0% 7,1% 6,1% ,10% 3,60% 2,10% -0,30% 1,40% 0,40% -1,90% 2,00% 5,70% 8,20% 4,00% 6,80% estão jogando na retranca com seus investimentos. O economista afirma que uma taxa ideal de investimento público em relação ao PIB seria de 25%, ante os cerca de 18% empenhados pelo Planalto atualmente. Para Ricardo Carneiro, economista da Unicamp, o Brasil ainda tem chances de crescer entre 2,5% e 3% neste ano. O consumo vai continuar tendo papel importante (para recuperação da economia), mas não é a saída. Vamos precisar contar com mais investimentos públicos, principalmente no setor de energia, diz. O relatório do FMI destaca que muitos países emergentes têm sofrido com o aumento da aversão ao risco por parte dos investidores, somado à percepção de um crescimento incerto da economia. Menos pessimista, Carneiro avalia que as ferramentas usadas pelo governo em prol da indústria poderão acelerar os indicadores do setor ainda neste ano. Mas a desvalorização do câmbio não vai ajudar porque o mercado externo continua ruim para nossas exportações. EQUIPE ECONÔMICA Crise é mais forte do que se esperava Simone Cavalcanti, de Brasília scavalcanti@brasileconomico.com.br A equipe econômica já assumiu que a atividade econômica está mais prejudicada do que se esperava neste ano. Principalmente no Ministério da Fazenda, onde o ministro Guido Mantega insiste em dizer, publicamente, que o Produto Interno Bruto (PIB) pode crescer mais do que os 2,7% registrados no ano passado. A avaliação interna é que o desempenho da economia foi realmente fraco no primeiro semestre e isso prejudicou todo o ano. Ontem, Mantega não quis se pronunciar sobre a projeção mais pessimista do Fundo Monetário Internacional (FMI), que aponta para uma expansão de 2,5% do produto brasileiro, mesmo nível que o Banco Central indicou no Relatório de Inflação publicado no mês passado. O Fundo também reduziu suas expectativas para o crescimento global (leia mais ao lado). O entendimento dos técnicos que formam o quadro do ministro é o de que a crise é mais forte e o ambiente externo mais instável do que se previa no final de 2011 e isso contribuiu para arrefecer os ânimos no começo de No entanto, avaliam que o relatório do FMI segue na mesma direção que o governo indica, ou seja, um processo de recuperação no segundo semestre que leve a economia a rodar em torno de 4,5% para entrar em 2013 com perspectivas bem melhores. O governo aguarda para ver os resultados de todas as medidas de estímulo que adotou nesses últimos meses. A partir de 1º de agosto, inclusive, entra em vigor a desoneração da folha de pagamento para mais setores calçados, autopeças, aeronáutico, material elétrico, bens de capital, plásticos, ônibus e naval. 10

9 Terça-feira, 17 de julho, 2012 Brasil Econômico 9 Marcela Beltrão COMÉRCIO EXTERIOR Balança comercial tem superávit de US$ 89 milhões na segunda semana de julho A balança comercial brasileira registrou superávit de US$ 89 milhões entre os dias 9 e 13 de julho, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). O saldo positivo é resultado de US$ 3,929 bilhões em exportações contra US$ 3,849 bilhões em importações no período. No acumulado do ano, até a última semana, o saldo está positivo em US$ 7,782 bilhões. ABr No Brasil, mercado vê expansão abaixo de 2% Analistas reduzem estimativa de crescimento econômico deste ano pela décima semana, para 1,9% Diante da persistente dificuldade da economia brasileira em deslanchar, o mercado já projeta crescimento abaixo de 2% para o Produto Interno Bruto (PIB) este ano. Ao mesmo tempo, mantêm a expectativa de que a taxa básica de juros, a Selic, continuará caindo. Segundo o relatório Focus do Banco Central, divulgado ontem, os analistas reduziram a previsão de expansão do PIB pela décima vez seguida, passando agora de 2,01% para 1,90% primeira vez abaixo de 2%. Se essa perspectiva se materializar, o resultado será o pior desde 2009, quando a economia encolheu 0,33%, e bem inferior ao desempenho de 2011, quando a expansão foi de apenas 2,7%. Na semana passada, o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), uma espécie de sinalizador do PIB, voltou a indicar uma leve retração em maio, de 0,2%, mas veio melhor do que o esperado pelo mercado, trazendo um certo alívio aos agentes econômicos diante de outros resultados mais negativos, como indústria e varejo. A indústria é o setor que mais preocupa, impedindo uma recuperação mais robusta da economia brasileira. Em maio, a produção do setor caiu 0,9%, enquanto que o emprego no setor recuou 0,3%. Também em maio, as vendas no varejo brasileiro recuaram 0,8%, em relação a abril, pior resultado desde novembro de 2008, quando encolheram 1,3%. Frente a esse cenário, o governo vem buscando também adotar outras medidas de estímulo e já anunciou benefícios LUZ ACESA Mercado reduz estimativa de crescimento do PIB deste ano pela décima semana 3,23% 2,30% HÁ DEZ SEMANAS HÁ QUATRO SEMANAS Fonte: Relatório Focus do Banco Central 2,01% 1,90% HÁ UMA SEMANA ATUAL fiscais a indústrias e consumidores, além de aumento das compras federais. Também atua neste sentido o próprio BC, que já reduziu sua projeção para o crescimento da economia brasileira neste ano de 3,5% para 2,5%. Na semana passada, o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC voltou a reduzir a taxa básica de juros em 0,50 ponto percentual, para 8% ao ano. O corte foi o oitavo seguido desde agosto passado, quando começou o processo de afrouxamento monetário. Ao todo, as reduções já somam 4,50 pontos percentuais. Segundo o Focus, a expectativa dos analistas é que a Selic termine este ano em 7,50%. Os analistas reduziram também a previsão para o PIB de 2013, de 4,20% para 4,10%. Para a inflação deste ano, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), do IBGE, eles projetam 4,87%, contra 4,85% anteriormente. Reuters

10 10 Brasil Econômico Terça-feira, 17 de julho, 2012 BRASIL Divulgação ENDIVIDAMENTO Número de famílias endividadas cresce 6,39% no país de 2010 para 2011 O número de famílias endividadas no país cresceu 6,39% entre 2010 e 2011, de acordo com pesquisa feita pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomercio-SP). Os dados mostram que 62,5% das famílias têm algum tipo de dívida, o que representa 525 mil famílias nas capitais. Em 2010 eram 58,6%. A dívida das famílias passou de R$ 145,1 bilhões para R$ 161,9 bilhões no período. ABr ENTREVISTA GASTÃO VIEIRA Ministro do Turismo Ano eleitoral travou liberação de investimentos em turismo Ministro diz que dos R$ 2,67 bilhões do orçamento previsto para o ano, apenas R$ 323,7 milhões foram investidos Elza Fiuza/ABr Cristina Ribeiro de Carvalho ccarvalho@brasileconomico.com.br Dos R$ 2,67 bilhões previstos pelo Ministério do Turismo para investimentos na área este ano, apenas R$ 323,7 milhões foram gastos até julho último, ou seja, 12% do orçamento. O atual ministro, Gastão Vieira, que está à frente da pasta desde setembro de 2011, disse ao BRASIL ECONÔMI- CO que o ano eleitoral e a saída do ministro Pedro Novaes, acusado de usar dinheiro público para pagar serviços particulares de uma empregada e um motorista, travaram os empenhos de recursos já planejados. Qual a principal missão do sr. quando assumiu o Ministério do Turismo? Eu entrei com a missão de aumentar as ações de monitoramento dos recursos do Ministério. Isso significa acompanhar de perto a liberação de cada emenda parlamentar. É preciso lembrar que os recursos do Ministério são provenientes também dessa fonte. Mas por que até agora só foram liberados apenas 12% dos recursos da pasta? Isso tem alguma ligação com a queda do NA PONTA DO LÁPIS ORÇAMENTO PARA 2012 R$ 2,67 bilhões TOTAL INVESTIDO ATÉ JULHO R$ 323,7 milhões Fonte: Ministério do Turismo então ministro Pedro Novaes? Concordo que a quantidade de recursos aplicados poderia ter sido maior, mas por conta, principalmente, do ano eleitoral (quando os recursos são autorizados só até julho), tivemos uma trava nas liberações. Tentamos autorizar a maior quantidade de emendas possíveis, mas alguns municípios estão inadimplentes ou devem algum documento no momento de captar os recursos ou até mesmo possuem débitos de algum imposto para o governo federal. A circunstância este ano é um pouco diferente da de 2011, em que acompanhamos as denúncias de corrupção. Mas iremos retomar o que ficou em aberto a partir de outubro. Mas será possível cumprir o cronograma após as eleições, com apenas dois meses restantes para o fim do ano? Esse período de pausa é razoável para que a equipe técnica continue fazendo as análises das solicitações de estados e prefeituras que não foram atendidas. De certa forma, irá nos ajudar a fazer a liberação de maneira certeira a partir de outubro. Além disso, muitas prefeituras avaliaram o momento muito tumultuado para a realização de obras e por isso optaram em captar os recursos após o período eleitoral. Em seis meses, Ministério do Turismo investiu apenas 12% de seu orçamento PARA ONDE FOI O DINHEIRO R$ 110,6 milhões INFRAESTRUTURA PARA CIDADES-SEDE DA COPA DO MUNDO R$ 130,0 milhões PAVIMENTAÇÕES DE ACESSO A PONTOS TURÍSTICOS, URBANIZAÇÃO E RECAPEAMENTO Gastão Vieira: Período de pausa é razoável para que a equipe técnica continue fazendo as análises R$ 35,0 milhões REVITALIZAÇÃO E CONSTRUÇÃO DE PRAÇAS R$ 48,1 milhões OBRAS EM ORLAS MARÍTIMAS, AQUISIÇÃO DE MOBILIÁRIOS, CONSTRUÇÃO DE CENTROS DE EVENTOS E PARQUES DE EXPOSIÇÃO E como ficam as obras para a Copa do Mundo de 2014 que dependem dos recursos do Ministério do Turismo? Isso não será problema. Liberamos na última semana R$ 110,6 milhões, recurso suficiente para as 12 cidades-sede da Copa. Não haverá atraso na execução das obras, se a questão a ser analisada for essa. Outro ponto crítico apontado para a Copa é o inflacionamento das diárias de hotéis, exemplo esse visto durante a Rio Esse problema aconteceu pelo fato de ainda não termos novos quartos de hotéis. Mas o governo foi eficiente em suas medidas a ponto de resolver essa questão. Para 2014, a nossa expectativa é que haverá regiões com oferta acima da demanda. Por isso, não temos preocupação de que haverá movimentos especulativos e falta de quartos. E quanto à liberação de vistos para brasileiros e americanos. Qual a estimativa para que isso seja efetivado? Essa pauta vem sendo trabalhada pelo Itamaraty há mais de um ano. Pelo que acompanho, posso dizer que ela vem ganhando corpo. Mas há ainda questões de política externa dos Estados Unidos que envolvem segurança e entrada de imigrantes ilegais. Quer dizer que isso pode barrar em algum momento essa conquista? Não acredito nisso. A força econômica brasileira é muito forte. Os brasileiros ficaram no ano passado em terceiro lugar no ranking de imigrantes que mais gastam nos Estados Unidos. Estamos até reforçando novos consulados do Brasil por lá para a mais rápida concessão dos vistos. Se depender do ministério, vamos colocar todo o nosso apoio para que isso seja viabilizado. E do outro lado, o Brasil é atrativo aos turistas estrangeiros, principalmente americanos? Recebemos muitas reclamações de locomoção e altos preços das diárias. Mas já estamos pleiteando a redução, por exemplo, do custo de energia para as redes hoteleiras e resorts, isso irá refletir diretamente no valor das diárias. Além disso, o Brasil é referencia em tratar bem o estrangeiro.

11 Terça-feira, 17 de julho, 2012 Brasil Econômico 11 Vanderlei Almeida/AFP SAÚDE Ministério envia técnicos ao Rio Grande do Sul para investigar mortes por gripe suína Três técnicos do Ministério da Saúde já estão no Rio Grande do Sul para investigar as mortes provocadas pela influenza A (H1N1) gripe suína no estado. O último boletim da Secretaria de Saúde local indica um total de 29 mortes desde o início do ano. Uma equipe similar foi enviada anteriormente pela pasta a Santa Catarina também para investigar as mortes provocadas pela doença. ABr Chevron terá multa inferior a R$ 50 mi Relatório da ANP sobre primeiro vazamento da companhia, na Bacia de Campos, no Rio de Janeiro, sai esta semana Erica Ribeiro, do Rio eribeiro@brasileconomico.com.br Passados oito meses de investigações e análises, a Agência Nacional do Petróleo (ANP) divulga esta semana o resultado do relatório sobre o primeiro vazamento de óleo da Chevron, no campo de Frade, na Bacia de Campos, no Rio de Janeiro, em novembro do ano passado. De acordo com a diretora-geral, da Agência, Magda Chambriard, as multas pelas cerca de 25 autuações que a petroleira americana recebeu, por ter derramado três mil barris de óleo na época, não devem chegar a R$ 50 milhões. A decisão da ANP, porém, não está relacionada aos processos que ainda tramitam contra a Chevron no Ibama e no Ministério Público. O que estamos tratando é segurança operacional. As multas virão na legislação antiga. Vamos ter um valor pequeno. frente a uma empresa do porte da Chevron. Por isso estamos propondo a revisão da lei das penalidades, diz ela. Magda explicou que o vazamento em si continua sendo atribuição do Ibama e somente o órgão pode aplicar as sanções relacionadas ao tema. A última conversa foi de liberar a posição da ANP porque não podemos mais segurar isso e continuar trabalhando em conjunto com o Ibama e o MP, disse. A partir de agora, a ANP vai se debruçar sobre o processo do segundo vazamento de óleo da Chevron, que aconteceu em 4 de março deste ano, no mesmo campo de Frade, quando foram derramados cerca de cinco litros de óleo. Ela adiantou que a divulgação de um relatório com os resultados das apurações deverá ser mais rápido que o anterior. Agora começam as apurações do processo para saber se aquilo foi dentro do risco ou se foi um evento como o primeiro, disse Magda, No dia 15 de março a própria Chevron solicitou a suspensão de sua produção no Brasil. Agora, a empresa entrou com uma solicitação para retorno da produção. O pedido, disse a diretora da ANP, está sendo avaliado.magda disse que não vê impedimento para que a Chevron retome a produção, uma vez que a decisão de suspensão foi voluntária. No entanto, novas perfurações no campo de Frade também dependem de análise do órgão regulador. A realização da 11ª Rodada de licitação de blocos de exploração de petróleo só deverá acontecer em 2013, afirmou Magda. Na avaliação da executiva, a questão das alíquotas de royalties são um grande impedimento. Todo mundo esperava um aumento de alíquota de royalties para os contratos de partilha de produção. O que passou a ser discutido no Congresso é mais do que isso. É um aumento de alíquota de royalties para todos os contratos assinados e não assinados. Como licitar uma área se eu não digo ao investidor quanto ele pagar de imposto, disse Magda. A necessidade de realização de novas rodadas de licitação envolve também a questão das concessões. Segundo a diretora da ANP, em 2016 não há mais concessões, salvo aquelas que por razão especifica tiverem que ser postergadas. Segundo ela, há uma preocupação com isso e, sobretudo, com os pequenos produtores de petróleo que têm menos fôlego.

12 12 Brasil Econômico Terça-feira, 17 de julho, 2012 INOVAÇÃO & EMPREENDEDORISMO Editor executivo: Gabriel de Sales QUARTA-FEIRA EDUCAÇÃO/GESTÃO QUINTA-FEIRA SUSTENTABILIDADE Quando o cartão-postal deixa de ser uma simples lembrancinha Empreendedores desenvolvem aplicativo que cria, imprime e envia cartões de qualquer lugar do planeta Marcelo Ribeiro mribeiro@brasileconomico.com.br Quem poderia imaginar que quatro jovens formados em faculdades tradicionais transformariam o cartão postal no principal produto de sua empresa? Com muita imaginação e vontade de empreender, os criadores do Ipostal apostaram em projeto inovador e tecnológico, que em menos de um mês já ganhou a própria plataforma na Apple. Amigos de longa data, Yussif Mere, Felipe Oranges, formados em Administração na Fundação Getúlio Vargas, Lourenço Sant Anna, cineasta graduado na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e Vitor Morandini, engenheiro físico oriundo da Universidade Federal de São Carlos (Ufscar), decidiram abrir o próprio negócio e enfrentar desafios que dificilmente encontrariam se permanecessem em seus postos de trabalho. Morandini foi o primeiro a se envolver com um projeto empreendedor ao abrir uma empresa de ensino on-line de mandarim na China com tutores nativos. Ao acompanhar esse trabalho, os amigos se sentiram contagiados pela proposta e passaram a perseguir a ideia de empreender e abrir um negócio. Mesmo com a vontade, sabíamos que tínhamos que planejar algo inovador, que nos desse fôlego para que pudéssemos focar neste projeto. Começamos a falar mais com o Vitor, porque ele já estava inserido no universo da internet e do empreendedorismo, lembra Oranges. A partir disso, começaram a fazer reuniões por skype e Morandini recomendou que buscassem ideias em sites de startups. A ideia era buscar projetos que não fossem executados no Brasil. O Vitor apresentou o americano Mootsy, uma página web que fazia cartões por internet, um site web to print, que fazia todos os tipos de cartão. Premium Entre cartões de visitas e outros modelos gráficos, decidiram adotar uma experiência lifestyle, ao invés de otimizar um serviço que já existia. Por isso, escolheram os cartões-postais, ideia que nenhum outro empreendedor tivesse explorando. Além disso, um empreendimento gráfico seria bem commodity, pensaríamos em quantidade. A ideia dos cartões tem um valor agregado, um Premium, que você manda para alguém. Yussif, Sant Anna, Oranges e Morandini (esq./dir.): muita imaginação e vontade de empreender com projeto inovador e tecnológico Com o surgimento do Iphone e do Instagram, surgiu a ideia de criar um aplicativo para aparelhos móveis, que disponibilizasse ao usuário fazer o seu próprio cartão e enviar em um curto espaço de tempo. Essa segunda fase, desde a impressão ao envio fica à cargo da empresa. Para Mere, o diferencial do grupo é que eles souberam aproveitar o sucesso de programas alheios para implantar um aplicativo de sucesso. Os programas de fotos estão entre os mais explorados por usuários da internet. É isso que um empreendedor precisa ter, o timing, saber aproveitar as oportunidades no tempo certo. Morandini começou a desenvolver o projeto para internet. A inteligência do grupo foi contratar um serviço terceirizado para elaborar a versão mobile, OTIMISMO destinada aos celulares. Naquele momento, se não tivéssemos tido a humildade, dificilmente teríamos a versão mobile. Como o Vitor só sabia desenvolver a versão para internet, ficaríamos apenas com essa. Então, pensamos no nicho que ocuparíamos e resolvemos terceirizar o serviço, explica Oranges. Entre 2011 e 2012, trabalharam na elaboração do projeto. O processo, que já seria longo habitualmente, tinha outro obstáculo. Os rapazes continuaram trabalhando, o que limitava o Os números de quem acaba de empreender, mas já vislumbra um futuro promissor Em 2012, a equipe do Ipostal pretende enviar 500 cartões por dia No ano que vem, esse número deve quadruplicar, chegando a 2 mil postais enviados diariamente Fonte: Ipostal Atualmente, o aplicativo móvel possui aproximadamente mil usuários Em menos de um ano, a expectativa é alcançar mais de 200 mil cadastros tempo de criação a três, quatro horas, aproximadamente. O Ipostal é também um meio de utilizar a notoriedade de aplicativos de fotografias e suprir a demanda da falta de praticidade para imprimir fotos. O aplicativo chega ao mercado com modelo de investimento de bootstrap, no qual todos os fundadores possuem porcentagens iguais de atuação e investimento. Trabalhamos para investir em nosso projeto. Com o lançamento (em 17 de maio), nós deixamos os nossos trabalhos e decidimos focar em nosso empreendimento, afirma Oranges. Mesmo diante de críticas por deixarem empregos estáveis por uma Os empresários pretendem faturar R$ 300 mil neste ano Em 2013, o faturamento deve chegar a R$ 2 milhões aventura, os rapazes acreditaram no potencial da ideia e seguiram em frente. Não à toa, a ideia foi premiada em junho em um concurso nacional de startups, o Demo Day da StartupFarm. Para crescer, eles pretendem atrair fundos de venture capital, que oferecem às startups o capital necessário para um crescimento acelerado e que visa estabelecer o amadurecimento do negócio, atendendo suas demandas de capital de giro. Mas o fator que deve determinar o crescimento é que não somos programadores. Temos programadores na equipe, mas somos administradores, somos da área de negócios. A maioria dos aplicativos tem no comando de seu empreendimento apenas programadores, o que torna mais difícil o caminho deles na hora de negociar, avalia Oranges. No primeiro ano de atividade, o objetivo é enviar uma média de 500 cartões por dia. O site, que atua em versão beta há dois mês, já conta com mais de mil usuários cadastrados. Para 2013, a expectativa é que esse número cresça para 2 mil postais diariamente, atingindo 200 mil usuários inseridos na plataforma. A expectativa de receita da empresa é de R$ 300 mil em 2012 e R$ 2 milhões em 2013.

13 Terça-feira, 17 de julho, 2012 Brasil Econômico 13 SEXTA-FEIRA TECNOLOGIA SEGUNDA-FEIRA ECONOMIA CRIATIVA A arte de se reinventar na busca de soluções criativas e lucrativas Conheça as vitórias de quem começou a empreender desde jovem e soube criar programas de utilidade pública a partir de obstáculos individuais MARA SAMPAIO Psicóloga e especialista em cultura empreendedora Uma das principais qualidades de um empreendedor é a capacidade de se reinventar e buscar soluções para suas necessidades de maneira criativa. Nesse aspecto, Noel Rocha pode ser considerado um prodígio, pois com apenas 14 anos de idade já criava soluções criativas. Mesmo contra a vontade dos pais, ele começou a trabalhar ainda na adolescência com o objetivo de conquistar a almejada independência financeira. No primeiro emprego, desenvolvia desenvolver softwares para empresas e já dispunha de diversos conhecimentos em tecnologia. A experiência, que durou quatro anos, foi determinante para a escolha se sua formação acadêmica, a ciência da computação. Ainda na faculdade, trocou o trabalho de desenvolvimento de softwares pela criação de aplicativos para dispositivos móveis, setor pouco explorado no Brasil no início de A mudança exigia a mesma qualidade técnica, porém me fez pensar mais, trabalhar a minha capacidade criativa. Mesmo sendo obrigação, o trabalho era desafiador e foi estabelecida dentro de mim uma necessidade de me reinventar para surpreender. Essa é uma característica comum entre os inovadores. Naquele momento, nascia um empreendedor, diz Rocha. Em 2009, com a presença cada vez mais forte do Iphone no Brasil, decidiu que passaria a desenvolver aplicativos de maneira autônoma. O primeiro deles foi o Portabilidade Fácil, programa que permite que o usuário identifique a qual operadora pertencem os números de sua agenda telefônica. Esse aplicativo fez muito sucesso desde a sua criação, porque é uma função essencial para os planos que incluem somente TRÊS PERGUNTAS A......NORBERTO TORRES Sócio-diretor da Uniconsult Sistemas O mundo emprega cada vez menos e empreende mais Divulgação Professor universitário explica a importância de aplicar assuntos criativos para aguçar empreendedorismo nos alunos. Por que os jovens empreendem mais? Eles são menos vulneráveis às transformações. Estamos passando por uma mudança cultural. O mundo emprega cada vez menos e empreende mais. Estabelecemos uma percepção junto aos alunos e eles decidem começar a criar. De que maneira o professor pode contribuir com o empreendedor? ligações para a mesma operadora. Muita gente pode até ter pensado em criar algo assim, mas eu me encorajei e fiz. Com o sucesso, saquei que a criação de aplicativos poderia ser a minha porta para ter meu próprio negócio. Com um poder de criação ilimitado, Rocha criou pouco tempo depois o taxímetro. Como muitos aplicativos, a ideia surgiu de maneira inusitada. Saindo de um jantar com amigos, o empresário queria pegar um taxi, porém não sabia se teria o dinheiro suficiente para o percurso. Comecei a procurar no Google programas que fizessem o cálculo de rotas de taxi, com base em quilometragem. Quando não encontrei nenhum aplicativo, decidi que seria a minha nova criação. Para ele, a capacidade de transformar os problemas em um programa de sucesso é o traço de empreendedorismo que detém. O perfil inovador vem de família. Tenho um pai que é artista plástico e uma mãe que é desenvolvedora de software. Digo que peguei a criatividade de um e o conhecimento geek do outro. Um ano depois, deixou o trabalho para elaborar o programa de tablets da Audi. Com o primeiro projeto vendido, investiu R$ 50 mil na criação da empresa Mobihouse. Além dos dois aplicativos existentes, criou o AlagaSP, programa que identifica as áreas que sofrem com alagamentos em São Paulo. Fiz uma parceria com a prefeitura de São Paulo, mantendo as informações atualizadas em tempo real. Além disso, a parceria dá mais credibilidade ao aplicativo, explica. Com exceção do Portabilidade Fácil, que pode ser comprado, todos os aplicativos são gratuitos. Como ganha dinheiro com o empreendimento? A publicidade dá a subsistência ao projeto e gera os lucros dos programas que crio. Quanto mais pessoas aderirem os meus aplicativos, mais espaço vou destinar a propaganda. Entre os novos desafios, está desenvolvendo mais funções para o taxímetro. Empresários acabam de investir R$ 500 mil para que o programa possibilite que os usuários chamem o taxi. M.R. Fotos: Rodrigo Capote Rocha: Comosucesso, saqueiquecriaraplicativoserameu negócio Os profissionais precisam se especializar mais. Infelizmente são poucos os professores que tem essa visão inovadora. Eles podem ajudar com metodologias, ajudando o aluno com análise do retorno financeiro. Por que o setor de tecnologia é o mais procurado por quem empreende? É um segmento muito amplo, sem limites, que permite explorar uma variedade de assuntos. Caiu no gosto de quem empreende e de quem consome. Hoje, é o segredo dos grandes negócios. M.R. Atitude empreendedora O empreendedor é uma pessoa realizadora, está sempre em ação. Inquieto, ousado, que toma para si o risco e a responsabilidade de promover mudanças econômicas. São pessoas de atitude! É muito comum se usar a palavra atitude como sinônimo de comportamento. Principalmente quando se quer valorizar a postura de uma pessoa numa situação. Por exemplo: gostei da atitude dele durante o carnaval. Ou, a sua chefe tem atitude, não se deixa pressionar. Na realidade, atitude é algo além do comportamento, é uma predisposição que o individuo tem que pode ser favorável ou desfavorável a um evento em que ele deve tomar uma decisão. Diante de uma oportunidade de trabalho em outro país, qual seria a predisposição para ir ou não? Ser favorável a mudança de vida ou desfavorável e ficar no seu país. A atitude conceitualmente possui três dimensões: a primeira é cognitiva, os aspectos racionais. O conhecimento que desenvolvemos sobre o assunto, a opinião e crenças que temos e os valores que mantemos como princípios de vida para ajudar nas decisões do dia-adia como a honestidade nas relações de trabalho ou a liberdade para agir e expressar-se com autonomia. Numa segunda dimensão se encontram os afetos, isto é, o que se está preste a fazer é algo agradável, trará satisfação pessoal? Você irá realizar este projeto com prazer ou não? Toda situação na qual nos envolvemos é carregada de emoção ora positiva alegria ora negativa como tristeza por exemplo. Pode-se decidir aceitar o trabalho em outro país pelos motivos racionais como o salário melhor, porém com sentimentos negativos: ficar longe da família muito tempo não será agradável e isto desestimula a decisão de ir. A terceira dimensão é da ação, o comportamento propriamente dito. Por ser a manifestação concreta das três é facilmente identificável. Para que uma atitude exista é importante que após a tomada de decisão com base nos aspectos racionais e afetivos coloque-se em prática o projeto de ação. Agir é parte fundamental, é o que dará sentido ao processo de análise e reflexão sobre as diversas situações de vida que nos envolvemos. Quanto mais consciente formos de nossas atitudes, mais nos desenvolvemos como pessoa. Para uma atitude ser empreendedora é importante que as três dimensões não sejam incongruentes, estejam alinhadas positivamente frente à situação de mudança no trabalho ou de abertura de um negócio. Empreender é uma predisposição favorável para agir de forma criativa e inovadora, que seja prazerosa para a própria pessoa e agregue valor no contexto em que está inserido. Agir de forma empreendedora pressupõe que na dimensão racional a pessoa acredite no seu empreendimento e na sua capacidade de ser bem sucedido, possua conhecimento necessário para realizar e desenvolva algo criativo que será o diferencial inovador de seu projeto. Os valores que permeiam esta atitude promovem o compromisso com a geração de riqueza para a sociedade e a melhoria de vida das pessoas envolvidas com a consolidação da proposta. Na dimensão emocional, a decisão em construir algo novo deve proporcionar sentimentos de satisfação, despertar a paixão para que a pessoa se envolva intensamente e a concretização do projeto trará gratificação pessoal. Na dimensão do comportamento é botar pra fazer. O empreendedor é uma pessoa realizadora, está sempre em ação. Inquieto, ousado que toma pra si o risco e a responsabilidade de promover mudanças econômicas. São pessoas de atitude!

14 14 Brasil Econômico Terça-feira, 17 de julho, 2012 ENCONTRO DE CONTAS MARCADO O Senac São Paulo promoverá palestras ministradas pelo chefe da tradicional Ecole Lenôtre de Paris, Gilles Maisonneuve, durante a Feira Internacional de Panificação, Confeitaria e do Varejo Independente de Alimentos (Fipan), que termina dia 20 de agosto. O Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC) realizará em São Paulo, dias 14 e 15 de agosto, a 3ª edição do curso Governança Corporativa em Saúde, que discutirá de que forma as melhores práticas podem auxiliar as empresas do setor. DENISE CARVALHO encontrodecontas@brasileconomico.com.br Como driblar a crise Um grupo de 37 exportadores de móveis de Bento Gonçalves, do Rio Grande do Sul, está driblando a crise financeira. Enquanto as indústrias brasileiras registraram queda nas vendas para o exterior no primeiro semestre, esse grupo exportou US$ 28,8 milhões no período, um avanço de 6,6% sobre os primeiros seis meses Fonte: Sindmóveis MÓVEIS BRASILEIROS EM ALTA Os maiores compradores, em 2012, em % Colômbia 15,18 Uruguai 13,68 A aposta da Hering Chile 13,66 Peru 10,50 A Hering, uma das maiores redes de vestuário do país, escolheu o ator Murilo Benício e o seu filho Pietro, do casamento com a atriz Giovanna Antonelli, para protagonizarem a campanha do Dia dos Pais, que será lançada amanhã. A varejista está apostando as fichas em camisas em xadrez, camisetas pólo com listras, camisetas com decotes arredondados e V mais profundo para atrair o cliente. Para az crianças, a empresa buscou inspiração em contos infantis para criar a coleção com camisetas, jaquetas de moletom e bermudas. A Hering vem registrando uma leve vantagem na bolsa este ano em comparação às principais varejistas do setor: as ações da empresa subiram 17,8% desde janeiro, enquanto a Guararapes, dona da Riachuelo, avançou 15,16% e a Renner, subiu 12,7%. Angola 5,81 Paraguai 4,40 Venezuela 4,38 de Segundo o Sindicato da Indústria do Mobiliário de Bento Gonçalves (Sindmóveis), comandado por Cátia Scarton, os moveleiros estão conseguindo substituir países europeus, os Estados Unidos e a Argentina por outros mercados compradores, como Colômbia, Uruguais, África do Sul, Angola e Namíbia. Dá-lhe mídia A rede de idiomas Fisk, uma das maiores do país, está investindo R$ 10 milhões em uma ação publicitária que terá cerca de 150 mil inserções em mídias tradicionais no segundo semestre, como emissoras de TV, rádios e jornais. Apoiada na imagem dos atores Bruno Gagliasso e Paloma Bernardi, a Fisk espera encerrar o ano com abertura de mais de 50 escolas no seu portfólio, que já com mais de mil unidades, e faturmento de mais de R$ 1 bilhão, o que representará um crescimento de 20% sobre o volume registrado no ano passado. Treinamento em alto-mar A OSX, o braço de construção naval do grupo EBX, de Eike Batista, acabou de iniciar o treinamento de 880 profissionais para atuar na Unidade de Construção Naval (UCN) do Açu, o maior estaleiro das Américas, que está em construção no Rio de Janeiro e deve ficar pronto em Para a implantação do estaleiro, a OSX estima que deve chegar a empregar mais de 10 mil trabalhadores em obra no pico da construção. Galopes milionários Entre os 37 lotes de potras e potros que serão ofertados aos pares no Leilão Coleção Interagro 2012, que acontece dia 25 de agosto, em Itapira, interior de São Paulo, há estrelas garimpadas a dedo pelos criatórios Interagro, da família Gonzaga, e Rocas do Vouga, do empresário Manuel Tavares de Almeida Filho. FRASE Não gosto de mulher fácil Gustavo Lima Cantor sertanejo do hit que parece grude Tchê Tchê Rere GIRO RÁPIDO Vichy em novo layout A Vichy, marca francesa de dermocosméticos, remodelou a identidade visual das embalagens e de seus produtos. O novo logo da marca lembra o movimento da água. O primeiro produto que chega ao mercado brasileiro com o novo layout é o recém-lançado Liftactiv Serum 10. Arranjos de flores A Flores Online e o Instituto Se Toque, que atua na promoção de saúde da mulher, desenvolveram uma coleção com 20 produtos com material informativo sobre câncer de mama. Um dos destaques é um arranjo com um kit colar da vida, símbolo do trabalho desenvolvido pela ONG. R$1bi é o que vale a marca do Corinthians, a mais valorizada entre 17 clubes pesquisados pela consultoria BDO RCS Auditores Relógios suíços A grife suíça Victorinox, que fica na loja Castelfranchi Cutelaria Fina, localizada no Boulevard Genève, em Campos do Jordão, em São Paulo, está lançando um nova versão do relógio clássico da marca Cronograph. A marca ainda oferece peças de cutelaria, malas e acessórios para viagem. Gastronomia no inverno Fotos: divulgação O Bar: Restaurante 365 da rede hoteleira Novotel realizará até o dia 24 de julho o festival de caldos e cremes, nas 17 unidades da marca que operam no Brasil e nos país da América Latina. O festival terá este ano cinco opções entre caldos, cremes e sopas, criadas pelo Chef Mauricio Xavier, acompanhadas de pães, mesa de queijos e vinho.

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16 16 Brasil Econômico Terça-feira, 17 de julho, 2012 EMPRESAS Subeditoras: Rachel Cardoso Patrícia Nakamura Biolab inova e aposta em medicamento de R$ 100 mi Laboratório começa a distribuir solução para hipertensos em segmento que não vê lançamentos há 19 anos Érica Polo epolo@brasileconomico.com.br PÍLULAS PARA CRESCER Receita da Biolab, em R$ milhões PRINCIPAIS SEGMENTOS** 2012* CARDIOLOGIA 50% GINECOLOGIA 20% Fonte: Biolab *estimativa **valores aproximados Nesta semana, a Biolab Farmacêutica, que obteve receita de R$ 660 milhões no ano passado e é conhecida no segmento por ser um dos raros laboratórios no país que não cederam ao encanto do negócio de genéricos, dá largada ao principal movimento de seu plano de negócios de 2012: o de trazer ao mercado uma solução para tratar hipertensos num nicho que não via lançamentos desde Mais do que chegar a um segmento que estava há 19 anos oferecendo as mesmas alternativas para os pacientes, o Novanlo - como se chama o medicamento - tem potencial para agregar R$ 100 milhões ao caixa da companhia num prazo de cinco anos. O novanlo pode se tornar o maior produto da Biolab em quatro ou cinco anos, disse Cleiton Marques, presidente da empresa, ao BRASIL ECONÔMICO. Hoje, o campeão de vendas é o Aradois, também usado no tratamento de hipertensão. Os dois medicamentos, embora se destinem ao tratamento da mesma doença, não competem diretamente. Isso porque a nova solução atenderá a um nicho do mercado de drogas anti-hipertensivas chamado antagonistas do canal do cálcio. Há subclasses no mercado de anti-hipertensivos porque depende de que área do organismo uma determinada droga vai tratar, explica. Apenas no segmento de antagonistas do cálcio, os laboratórios faturam US$ 256 milhões por ano no Brasil. Entre as estrelas desse mercado estão o Pressat, da própria Biolab, e o Norvasc, da Pfizer. A nova droga será revolucionária no segmento, diz Marques, porque atenderá a um grupo de pacientes que sofre efeitos colaterais como inchaço nas pernas ao usar as soluções disponíveis no mercado, cujo princípio ativo é a amilodipina. A base do Novanlo é uma molécula chamada levanlodipina desenvolvida a partir da própria amilodipina. Ao todo, o mercado de anti-hipertensivos movimenta US$ 2,5 bilhões anuais no Brasil. Contrato com a Índia O novo medicamento da Biolab é uma solução do laboratório indiano Emcure. Os brasileiros fecharam contrato de licenciamento, cujos valores não foram revelados, e há um ano a força de vendas do laboratório brasileiro vem visitando cardiologistas para divulgar a medicação. Quando se trata de um conceito novo, é normal trabalhá-lo com tamanha antecedência, diz Marques. Embora um novo medicamento leve cerca de três anos para conquistar terreno, a Biolab acredita que o Novanlo vai ser importante pilar do crescimento de 12% de receita esperado para 2012, estimada em R$ 740 milhões. Rodrigo Capote Marques:produtopoderáserocampeãodevendasdaBiolabem5anos Farmacêuticas estão com fome de aquisições Em menos de um mês, quatro compras internacionais movimentaram US$ 11 bilhões Juliana Ribeiro jribeiro@brasileconomico.com.br Uma avalanche de aquisições atingiu o mercado farmacêutico mundial. Depois de a americana Brystol-Myers Squibb anunciar no início do mês a compra da Amylin por US$ 5,3 bilhões, a GlaxoSmithKline (GSK), foi a vez do fundo de private equity TGP e da Thermo Fischer Scientific anunciarem aquisições. A europeia GSK, fabricante de vacinas, anunciou a compra da Human Genome Science por US$ 3 bilhões. Para tanto, vai pagar US$ 14,25 por ação da companhia, valor superior aos US$ 13 oferecidos em abril. O montante equivale a US$ 3,6 bilhões, sendo que US$ 600 milhões são de dívidas e caixa. Nessa onda, a companhia americana de private equity TPG anunciou que comprará a farmacêutica norte-americana, gigante do setor de genéricos, Par por US$ 1,9 bilhão. Estamos entusiasmados com essa transação, uma vez que proporciona um valor atraente para nossos acionistas, afirmou Patrick G. Lepore, CEO da Par em comunicado. A fabricante de equipamentos para laboratório Thermo Fischer Scientific também anunciou aquisição, da One Lambda, empresa de diagnóstico para transplantes. O valor da transação foi anunciado em US$ 925 milhões. Genéricos em alta Michael Waterhouse, analista da Morning Star para o mercado farmacêutico explica que uma companhia de private equity adquirir uma empresa farmacêutica não é algo comum. No entanto, ele afirma que a Par pode ganhar no médio prazo com a reestruturação feita por sua compradora. Por outro lado, ele afirma que enquanto a previsão é de que a indústria de medicamentos genéricos sustente o crescimento das vendas em dois dígitos DOSE DE INVESTIMENTOS Aquisições movimentaram a saúde global Brystol-Myers Squibb US$ 5,3 bilhões Pela Amylin GlaxoSmithKline US$ 3 bilhões Pela Human Genome Science TPG US$ 1,9 bilhão Pela Par Pharmaceuticall Thermo Fischer Scientific US$ 925 milhões Pela One Lambda Fonte: empresas ao longo dos próximos anos, prevemos um crescimento mais lento de vendas para Par, que tem perdido participação de mercado. Dados da associação PróGenérico estimam que o mercado mundial de genéricos cresce cerca de 17% ao ano e tem movimentação de US$ 80 bilhões. No Brasil, a venda desse tipo de medicamento corresponde a 25,6% das vendas do mercado farmacêutico. Entre janeiro a maio, as vendas de genéricos registraram alta de 34% e movimentaram R$ 4,2 bilhões. Segundo a Pró Genéricos, até 2014 cerca de US$ 1,5 bilhão de dólares serão investidos por empresas do setor no país.

17 Terça-feira, 17 de julho, 2012 Brasil Econômico 17 Divulgação Receita da TCS cresce 13%, para US$ 2,7 bi A receita da Tata Consultancy Services alcançou US$ 2,73 bilhões no primeiro trimestre do ano - 13,1% mais que no ano anterior. No período, a companhia obteve lucro US$ 604 milhões, 13,6% maior que o visto em 2011, divulgou ontem a companhia. Observamos um crescimento forte e sustentado em todas as linhas de serviços impulsionados pelo desempenho dos principais mercados como América do Norte, Europa e Reino Unido", disse N. Chandrasekaran, presidente da empresa. A Gilead Sciences obteve aprovação do governo americano para comercializar o Truvada como um medicamento para prevenção do contágio do HIV. A droga, de uso diária, é o primeiro produto criado para reduzir o risco de contrair o vírus da Aids em pessoas não infectadas, porém, não exclui outros métodos de prevenção como práticas de sexo seguro, aconselhamentos e testes regulares, informou a Food and Drug Administration (FDA), agência que regula o lançamento de medicamentos nos Tony Avelar/Bloomberg John C. Martin, da Gilead: medicamento já rendeu US$ 2,9 bilhões Truvada inaugura mercado bilionário de prevenção à Aids Gilead Sciences conseguiu aprovação do FDA de droga com até 73% de eficácia comprovada Aprovação e venda da droga no Brasil, onde o tratamento é gratuito, ainda não tem data Estados Unidos. Testes clínicos mostraram que o Truvada pode reduzir o risco de HIV em homens homossexuais de 44% a 73%. O medicamento terá uma advertência de que só deve ser usado por pacientes que tiveram confirmação, por meio de teste, de que não são portadores do vírus. O produto será dirigido a 415 mil americanos que estão na faixa de risco de contrair o HIV durante o sexo. A nova utilização do Truvada tem dividido militantes da saúde que atuam no combate à Aids, já que alguns dizem que as pessoas não tomarão o medicamento diariamente, como indicado, ou mesmo que ele pode ampliar a resistência a prevenção convencional. A aprovação representa um marco importante em nossa luta contra o HIV, disse a comissária da FDA Margaret A. Hamburgo. Todo ano, cerca de 50 mil adultos norte-americanos e adolescentes são diagnosticados com o vírus do HIV, apesar da disponibilidade de métodos de prevenção e estratégias para educar, testar, e cuidar de pessoas que vivem com a doença. Novos tratamentos, bem como métodos de prevenção são necessários para combater essa epidemia. O Truvada foi aprovado em 2004, em combinação com outros agentes anti-retrovirais para o tratamento de adultos infectados pelo HIV e crianças com 12 anos ou mais. A droga gerou US$ 2,9 bilhões em receita para Gilead no ano passado. No entanto, os investidores não esperam que a ampliação do uso do produto para prevenção possa aumentar muito as vendas, disse Mark Schoenebaum, analista da ISI Group, em Nova York. A aprovação e venda do medicamento no Brasil, por exemplo, não tem data. A decisão de hoje reflete quase 20 anos de pesquisa envolvendo instituições acadêmicas e médicas, agências de financiamento e cerca de 20 mil participantes em testes clínicos em todo o mundo, disse Norbert Bischofberger, diretor científico da Gilead. Bloomberg Sindicatos tentam impedir venda da Hawker por US$ 1,7 bi Chinesa Superior já adiantou US$ 50 milhões para ter acesso a negociações exclusivas A venda da concordatária Hawker Beechcraft à empresa chinesa de capital misto Superior Aviation Beijing pode colocar empregos americanos em risco, disseram representantes de sindicatos dos trabalhadores ligados ao setor aeroespacial a juízes do Tribunal de Concordatas de Nova York. A companhia chinesa fez pedido no fim da semana passada para autorizar negociações exclusivas com a Superior Aviation por 45 dias. Caso saia do papel, o negócio deve movimentar US$ 1,79 bilhão. A companhia chinesa já adiantou US$ 50 milhões pela exclusividade das tratativas. Redução no preço da venda de veículos prejudicou resultado em 86% no trimestre O volume consolidado de vendas dos lojistas dos shoppings da BRMalls no segundo trimestre chegou a R$ 4,6 bilhões, um aumento de 22,5% em relação ao mesmo período de No quesito mesmas lojas abertas há pelo menos um ano, no entanto, as vendas cresceram 7% no período, contra 10% no segundo trimestre de Segundo comunicado, a performance foi afetado pelo efeito da Páscoa, que influenciou positivamente o primeiro trimestre deste ano, comparado ao segundo semestre de Aluguéis A BRMalls registrou no período um crescimento de aluguéis das mesmas lojas em 8,1% contra uma alta base de comparação de 14,2% no segundo trimestre de Continuamos apresentando um alto nível de taxa de Hoje, a Hawker Beechcraft é controlada pelo Goldman Sachs e pelo Onex e produz jatos executivos e militares. Os negócios de Defesa da Hawker não devem ser vendidos à Superior. A indiana Mahindra também mostrou interese pela Hawker. A companhia compete com a Embraer o fornecimento de 20 caças de treinamento e ataque à Força Aérea dos Estados Unidos - a primeira licitação foi vencida no fim do ano passado pela empresa brasileira por US$ 355 milhões, mas o resultado foi contestado na justiça pela companhia americana. O próprio governo dos EUA acabou cancelando o processo de compra, alegando falta de documentaçã da empresa brasileira. O processo de compra foi relançado há dois meses e ambas as empresas fizeram propostas. A Hawker pediu concordata no fim de maio por causa da queda no número de encomendas de jatos particulares, reflexo da crise econômica mundial. A dívida da companhia é estimada em US$ 3,3 bilhões, que incluem o não-pagamento de notas e empréstimos usados para comprar a empresa em Bloomberg e redação Redução no IPI desvaloriza frota e faz lucro da Localiza cair RESULTADO 2 O TRIMESTRE Para entidade de trabalhadores, negócio vai colocar empregos americanos em risco A Localiza registrou lucro líquido de R$ 10,7 milhões no segundo trimestre, queda de 85,5% ante o mesmo período do ano anterior. A companhia informou que o resultado foi pressionado pelo aumento da depreciação da frota em R$ 122 milhões. No segundo trimestre, a empresa aumentou sua frota média operacional em 1,3 mil carros, o que representou uma depreciação adicional de R$ 100,1 milhões, reflexo da queda do Imposto de Produtos Industrializados (IPI) anunciado no período pelo governo federal. Por outro lado, a empresa informou que o crescimento da depreciação foi parcialmente compensado pela alta, na mesma base de comparação, de 7,5% do Ebtida (sigla em inglês para lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização), para R$ 215,7 milhões A redução das despesas financeiras em R$ 11,1 milhões, em função da queda da taxa básica de juros, e de R$ 34,3 milhões do Imposto de Renda e Contribuição Social também contribuíram para compensar a queda. Excluindo os efeitos da depreciação adicional de R$ 100,1 milhões (...), o lucro líquido do segundo trimestre seria de R$ 76,8 milhões e do primeiro semestre seria de R$ 149,5 milhões", disse a empresa. Entre abril e junho, a receita líquida cresceu 11,8%, para R$ 789,6 milhões. No semestre, o lucro teve queda de 39,4%, para R$ 83,4 milhões. O Ebtida aumentou 10,1%, para R$ 425,7 milhões e a receita líquida subiu 12,7%, para R$ 1,564 bilhão. A Localiza reiterou que espera que a redução no preço de venda dos veículos usados seja compensada pela redução nos preços de compra. Reuters Lojistas da BRMalls vendem R$ 4,6 bilhões ocupação em nossos shoppings, totalizando uma taxa de ocupação média de 97,6% do ABL (área bruta locável) total no trimestre, informou a companhia. A taxa de ocupação foi impactada pelos shoppings inaugurados, que ainda estão em fase de maturação, além das aquisições realizadas nos últimos 12 meses. A inadimplência atingiu 1,2%, comparado a 2,1% no trimestre anterior. Redação

18 18 Brasil Econômico Terça-feira, 17 de julho, 2012 EMPRESAS Fotos: divulgação EXECUTIVOS Bühler anuncia nomeação de novo diretor financeiro para a América do Sul A multinacional suíça Bühler, fabricante de equipamentos de alta tecnologia para diversos setores, anunciou ontem a nomeação de Urs Gujan, para o cargo de diretor Financeiro da empresa na América do Sul. O executivo também será responsável pela área de recursos humanos da companhia. O antecessor de Gujan, Roger Fischer, assume como diretor geral da Bühler na África do Sul. Brasil é o motor da Accor para expansão na América Latina Rede francesa paga US$ 275 milhões para assumir as operações de 15 hotéis da marca Caesar do mexicano Posadas, além de outros 14 projetos Rafael Palmeiras rpalmeiras@brasileconomico.com.br A rede de hotéis Accor está decidida a alavancar seu portfólio na América Latina. E nessa estratégia da empresa, o Brasil tem um papel relevante. A companhia, que já detém as redes Sofitel, Ibis e Mercure, agora incluiu em sua carteira as marcas Caesar Park e Caesar Business. A aquisição ao portfólio é resultado de uma negociação feita com a mexicana Posadas que já estava interessada em passar as operações para voltar a focar em seu país de origem. Queremos nos reestruturar financeiramente no México, em um mercado que enfrenta forte concorrência de marcas americanas. Com a venda continuaremos crescendo no país em que já somos líderes, explicou Jorge Carvalho, diretor geral do Grupo Posadas. Com o acordo, o Posada embolsa o valor de US$ 275 milhões (R$ 560 milhões) e passa para as mãos da Accor as operações de 15 hotéis da marca Caesar, localizados no Brasil, Chile e Argentina (veja infográfico), além de 14 hotéis em carteira de desenvolvimentos, dos quais oito serão em território brasileiro. Roland de Bonadona, vicepresidente operacional da Accor na América Latina explica que com o acordo, a empresa passar soma 203 hotéis na América Latina, sendo 164 no Brasil. Nos próximos três anos vamos atingir a marca de 300 hotéis, sendo 250 no país, afirmou o executivo que explica que esse valor não inclui novas aquisições e sim projetos em fase de desenvolvimento. Para ele, o Brasil tem papel decisivo para o crescimento da empresa que nos últimos anos vem se desfazendo de algumas operações na Europa. Somos menores nos países emergentes e queremos reforçar nossas operações nesse mercado que tem apresentado uma boa dinâmica de crescimento. Karime Xavier/Folhapress Roland de Bonadona: são mais de 160 hotéis instalados no Brasil AVANÇO REGIONAL Aquisição da rede hoteleira Accor na AL US$ 275 milhões EM 15 HOTÉIS CEASAR PARK Fonte: empresa 5 SÃO PAULO 2 RIO DE JANEIRO 2 BELO HORIZONTE 1 MANAUS 1 SALVADOR 2 CHILE 2 ARGENTINA A operação, de acordo com o executivo, abre um leque ainda maior para a Accor que agora reforça sua oferta no segmento de quatro e cinco estrelas, hoje abastecido principalmente pela rede Sofitel. Temos encontrado certa dificuldade em crescer nesse setor, pois esse perfil de hotel exige regiões nobres, mas que atualmente oferece pouca oferta imobiliária. De acordo com a Accor, a conclusão da transação feita com a Posadas deverá ocorrer até o final de Marca O futuro da marca Ceaser no Brasil ainda não tem uma definição. Bonadona, da Accor, sinalizou que tem o desejo de continuar com a marca, mas sem dar muita certeza ressaltou que nos próximos meses será definido se haverá ou não uma troca. Cenário desafiador às siderúrgicas Produtoras de aço aumentaram preços, mas medida não traz alívio diante da fraca demanda As produtoras de aço do Brasil promoveram recentemente algo que não faziam há cerca de um ano: aumento de preços de uma grande variedade de produtos. Mas longe de ter impactos contundentes nos resultados das siderúrgicas, os reajustes devem se diluir ao longo dos próximos meses em meio a um cenário ainda desafiador. Na área de aços planos, que enfrenta mais dificuldades que o segmento de longos por conta da fraqueza da indústria brasileira e de importações diretas e indiretas de aço pelo país, a Usiminas elevou preços a distribuidores em 5% a 7% no início de julho, seguida por ArcelorMittal, com reajustes de até 8,5%, e CSN mais para o fim deste mês. Mas a notícia relativamente positiva, em meio ao pessimismo que envolve o setor, não Siderúrgicas reduziram previsão de vendas para 22,95 milhões de toneladas gerou impacto significativo nas ações, com a preferencial da Usiminas acumulando queda de 5,5% em julho até o fechamento desta e CSN mostrando baixa de quase 8%. Nesse intervalo, o Ibovespa recuou quase 2%. Na avaliação de analistas, os reajustes não foram grandes o bastante para alavancar as margens de lucro operacional do setor e tampouco há otimismo sobre chance de novos aumentos de preços até o encerramento do ano. Sem dúvida, os reajustes vieram em boa hora. Tinha muito tempo que os preços não subiam no Brasil (...) Mas dificilmente o aumento vai ser implementado no curto prazo, vai ter um pouco de impacto no terceiro trimestre e um pouco de impacto no quarto trimestre, disse o analista Marcos Assumpção, do Itaú BBA, que acompanha os setores de siderurgia, mineração e papel e celulose. Ajuda um pouco o resultado das empresas, que vinham numa tendência muito negativa (...) É uma notícia boa, só que marginal, acrescentou o analista, considerando os reajustes como pequenos para melhorar a rentabilidade do setor. A Usiminas, por exemplo, sofreu de janeiro a março seu primeiro prejuízo trimestral em dois anos, quando as despesas aumentaram e a receita caiu. Depois de fazer reajuste na distribuição, as siderúrgicas terão de negociar aumentos na indústria, que é responsável por 70% do consumo do aço produzido pelas usinas e trabalha com contratos de prazos mais longos. Nesse segmento, as montadoras de veículos amargaram no primeiro semestre um tombo de 9,4% na produção e só mostraram reação em junho, após o governo lançar medidas temporárias para reduzir imposto sobre veículos. Sinais negativos Outro motivo para o nariz torcido do mercado acionário sobre o setor siderúrgico brasileiro é o cenário de fraca demanda interna e indicações de que o consumo de aço pelo país não será como o esperado no início do ano. Em junho, o Instituto Aço Brasil (IABr), que representa as siderúrgicas, reduziu sua previsão de vendas em 2012 de 23,3 milhões de toneladas para 22,95 milhões. A perspectiva para a produção foi cortada de 37,5 milhões para 36 milhões de toneladas, crescimento ligeiro de 2,2% sobre Mais recentemente, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que a produção industrial do país registrou em maio a terceira queda mensal seguida, caindo 4,3% sobre um ano antes. Além disso, o mercado reduziu pela décima semana consecutiva sua previsão de expansão do Produto Interno Bruto (PIB) de 2012, desta vez para abaixo de 2%. Na avaliação dos analistas Leonardo Correa, Pedro Grimaldi e Luiz Fornari, do Barclays, a probabilidade de os reajustes de preços das siderúrgicas serem repassados aos setores automotivo e industriais é baixa. Reuters

19 Terça-feira, 17 de julho, 2012 Brasil Econômico 19 PETROQUÍMICA Em uma semana, três conselheiros de administração da petroleira HRT renunciam Na última semana, cinco membros do conselho de administração da petroleira HRT renunciaram ao cargo. A falta de descobertas de petróleo na região Amazônica e a queda de mais de 50% das ações da companhia desde o início do ano desgastaram os executivos. Segundo comunicado da empresa, as demissões serã apresentadas aos acionistas durante reunião que está marca para 17 de setembro. Funcionários da Eletrobras rejeitam proposta salarial e entram em greve Estatal, que possui 27 mil empregados em 13 companhias em todo o país, não aceitou reposição integral da inflação proposta no início do mês; trabalhadores pediam reajuste de 10,73%. Serviços essenciais de energia estão mantidos, garante empresa Os funcionários da Eletrobras entraram em greve ontem após não terem conseguido o aumento salarial solicitado. Mas a Eletrobras informou no fim da tarde de ontem que considera a proposta por ela apresentada justa e espera que os empregados retornem ao trabalho. Considerando o cenário internacional, com forte impacto sobre a economia do país, a empresa considera a proposta de reposição integral da inflação justa e adequada e espera que os trabalhadores compreendam os limites que se impõem e retornem ao trabalho imediatamente, informou a empresa em comunicado. Os trabalhadores pedem aumento salarial de 10,73%, segundo informou o secretário de energia da Federação Nacional dos Urbanitários (FNU), Fernando Pereira, enquanto a Eletrobras ofereceu 5,1% em negociações encerradas no dia 11. O representante dos trabalhadores disse que a adesão ao movimento é boa, e que praticamente todos os funcionários de 14 empresas do grupo pararam - com exceção dos 30% necessários para manter as atividades de operação e outras essenciais. O diretor da Associação dos Empregados da Eletrobras e também do Sindicato dos Trabalhadores nas Empresas de Energia do Rio de Janeiro (Sintergia- RJ), Emanuel Mendes Torres, disse ainda que os funcionários pararam em protesto à interrupção das negociações. Os trabalhadores que aderiram à greve atuam nas empresas estatais Eletronorte, Eletrosul, Eletronuclear, Chesf, Furnas, CGTEE, Boa Vista Energia, Eletroacre, Ceron (RO), Amazonas Energia, Ceal (AL), Cepisa (PI) e Cepel. A Eletrobras ainda informou em nota que a greve está transcorrendo em clima de tranquilidade e respeito entre as empresas e sindicatos, e confirmou que as atividades essenciais estão sendo minimamente preservadas para evitar danos à população e usuários de energia. A estatal federal tem cerca de 27 mil trabalhadores, de acordo com a FNU. Reuters

20 20 Brasil Econômico Terça-feira, 17 de julho, 2012

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