Método Mecânico de Controlo de Rato de Campo
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- Artur Garrido Canela
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1 DIRECÇÃO NACIONAL DE AGRICULTURA E SILVICULTURA Método Mecânico de Controlo de Rato de Campo Transferência de Tecnologia, 30 de Novembro e 1 de Dezembro de
2 1. Introdução 2. Descrição da experiência 3. Objectivos 4. Biologia 5. Hábitos 6. Culturas atacadas 7. Prejuízos causados 8. Sinais de presença 9. Controlo 10. Tipos de controlo 11. Método mecânico de controlo 12. Procedimentos
3 Descrição da experiência É feita a partir de uma lata de cerca de 25 litros, sem tampa, completamente enterrada no solo. Contendo 10 litros de água, o bordo superior desta lata deve estar ao nível do solo; ao lado do bordo superior da lata e, em cima da água distribui-se farelo de milho torrado ou misturado com um pouco de melaço, para atrair os ratos. Atraídos pelo isco, os ratos caem dentro da lata e morrem afogados. Objectivo geral Garantir a segurança alimentar das famílias através de melhoria da capacidade de gestão de ratos de campo. Objectivo específico Realizar monitoria sistemática da dinâmica da população de ratos de campo.
4 Os ratos mais comuns no campo são do género Praomys (= Mastomys), sendo a espécie Praomys natalensis a mais comum. O rato de campo: É bastante pequeno 9 a15 cm de cumprimento sem a cauda, Tem gramas de peso individual É de côr castanho-acizentada no dorso e cinzento-clara no ventre Tem alta taxa de reprodução (8-15 ratinhos/ninhada). O período de gestação é de 23 dias.
5 São mais abundantes em campos consociados do que em campo com monocultura, e mais em variedades prostradas ou semi-erectas do que em variedades erectas; Reproduz-se mais rapidamente depois do inicio das chuvas. A taxa de reprodução é elevada sobretudo em anos com chuvas abundantes e antecipadas, em especial depois de alguns anos de seca; Alimenta-se durante as noites e durante o dia escondemse nas respectivas tocas; Vive em buracos ou tocas, no solo, normalmente feitos por outros roedores.
6 Estes ratos alimentam-se de noite de quase todas plantas tanto espontâneas como cultivadas: frutos, rebentos, cascas de árvores, folhas, colmos, raizes e tubérculos. As culturas mais atacadas são: Cereais (milho, mapira, mexoeira, arroz, trigo); Raízes e tubérculos (mandioca, batata-doce) ; Leguminosas e Oleaginosas (amendoim, girassol, feijões); Hortícolas (quiabo, tomate, couves, cenouras, abóboras, pepino); Algodão entre outras.
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8 A presença de ratos no campo pode ser dectetada por: Tocas (burracos) no solo; Carreiros de 10 a 20 cm de largura nos campos de cultura; Caules de cereais cortados, juntos ao solo ou abaixo da panícula (arroz, trigo); Caules cortado ou roídos junto do solo (cana-de-açucar, árvores novas, etc...); Produtos armazenados espalhados (girassol, milho, mapira); Raizes e tubérculos desenterados e/ou roídos; (mandioca, batata-doce); Excrementos de ratos.
9 Tocas (burracos) no solo Milho roído Mandioca desenterada e/ou roída Feijões danificados
10 O controlo aos ratos de campo só pode ter um efeito prolongado se for efectuado numa grande área (pelo menos 1000 ha). Isto deve-se à migração destes dos campos não tratados para campo tratados. Por esta razão o controlo nunca pode ser uma actividade individual. É curcial o envolvimento de todos os produtores (empresas, privados, familiares) da área ou zona. Métodos de controlo: Químico uso de raticidas. Controlo biológico predadores ou Inimigos naturais. Téc. Mostrando o Klerat Método Químico Métodos culturais resultante da limpeza das machambas e entre machambas.
11 Este método basea-se no uso de: Bidões (20litros) cortados por cima, Latas/panelas de barro, Farelo torado e não torado Enxada ou pá.
12 Consiste na colocação de latas ou bidões de plásticos ou ainda panelas de barro (4-6 ratoeiras por ha) que são capazes de capturar vários ratos ao mesmo tempo. De facto pode se utilizar qualquer recipiente que tenha as paredes interiores lisas de onde os ratos não possam trepar.
13 Para a preparação da armadilha precisa-se uma enxada/pá. 1. Abre-se um buraco no solo; 2. Enterra-se completamente o recipiente ; Deixa-se o bordo superior do recipiente ao nível do solo. Feito isso, deita-se água no recipiente até a metade. Quando se prefere capturar ratos vivos, não é preciso deitar água.
14 À volta do bordo superior do recipiente distribui-se farelo torrado de milho, ou misturado com um pouco de melaço para atrair os ratos. Por cima da água espalha-se a parte mais leve do farelo não torrado de milho, ou seja as cascas do grão. É necessário esconder bem as ratoeiras, para evitar que sejam roubadas e porque os ratos não gostam de comer em sítios abertos. Pode-se por exemplo tapá-las com capim em caso de culturas que não cobrem completamente o solo.
15 Também é possível pó-las em locais bem escondidos ou no meio de culturas fechadas, porqure é lá onde os ratos mais frequentam. Atraídas pela isca, os ratos caem dentro do recipiente e morrem afogados. Nas armadilhas sem água, os ratos são capturados vivos. Diariamente os ratos afogados ou ainda vivos devem ser retirados das ratoeiras. A água deve ser removida, o que permite dissipar o cheiro dos ratos mortos. Para os ratos capturados vivos, depois de mortos, deve-se tirá-los, colocar um pouco de areia no recipiente e depois o farelo. Quando o número de ratos capturados diminui muito, retira-se as ratoeiras para novos locais onde o combate ainda não foi realizado. Nestes casos uma distância de mais de 10 metros é aconselhada.
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17 Produtores de Chicumbane na sensibilização Produtores demonstrando a preparação da armadilha Técnico explicando os métodos de controlo Técnico explicando os métodos de controlo
18 Colabore connosco para a difusão do combate aos ratos! Muito Obrigado!
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