Sociologia. Marcos Eduardo G. de Lima Renato Garibaldi Mauri. Professor

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1 Sociologia 2 Marcos Eduardo G. de Lima Renato Garibaldi Mauri Professor

2 SUMÁRIO MÓDULO 9 Materialismo histórico Karl Marx: o revolucionário O materialismo histórico e a dialética Modo de produção Burguesia e proletários Origens do capitalismo Agora é a sua vez De olho no vestibular MÓDULO 10 O poder do capital A mercadoria Dinheiro Capital Infraestrutura e superestrutura Agora é a sua vez De olho no vestibular MÓDULO 11 Formação da sociedade brasileira Elementos da constituição social brasileira Agora é a sua vez De olho no vestibular MÓDULO 12 Florestan Fernandes: o intérprete do Brasil Colonização Escravidão Revolução burguesa no Brasil República sim, mas brasileira Agora é a sua vez De olho no vestibular MÓDULO 13 O Brasil atual Visão geral do desenvolvimento econômico e social Rumo ao capitalismo O dualismo socioeconômico O regime militar Nova república, velhos problemas: democracia e liberalismo Agora é a sua vez De olho no vestibular MÓDULO 14 Representação simbólica Imagem sensorial e imagem perceptiva Relações existentes entre imagem mental, símbolo e sinal O imaginário O corpo como representação simbólica Agora é a sua vez De olho no vestibular MÓDULO 15 Teorias da sociologia contemporânea Teorias funcionalistas Teorias do conflito Teoria utilitarista/racional Teorias interacionistas interacionismo simbólico Abordagem sociológica de Norbert Elias Abordagem sociológica de Pierre Bourdieu A complexidade segundo Edgard Morin Teoria da estruturação de Anthony Giddens Agora é a sua vez De olho no vestibular MÓDULO 16 Sociologia da religião A espiritualidade humana e a Sociologia Origem e função da religião O fenômeno religioso nas ciências sociais Agora é a sua vez De olho no vestibular Nome:

3 módulo 9 Materialismo histórico 1. KARL MARX: O REVOLUCIONÁRIO 2. O MATERIALISMO HISTÓRICO E A DIALÉTICA 2 Apesar de Karl Marx ter nascido em uma família burguesa, ele se tornou o maior inimigo da burguesia. Filho de um advogado judeu que lhe ofereceu os melhores estudos, Marx teve o privilégio de se graduar na Universidade de Berlim, uma das melhores da Alemanha (Prússia). Interessado em História, Filosofia, Direito, Artes e Literatura, Marx teve uma formação acadêmica sólida que o capacitava para ser professor universitário. Essa atividade, no entanto, ele jamais exerceu, pois foi muitas vezes prejudicado por suas ideias e, principalmente, por admirar o método de Hegel, que não era bem visto pelo monarca da Prússia. Após formado, passou a atuar como jornalista e logo denunciou as condições desumanas a que eram submetidos os camponeses. Seus artigos levaram o governo a fechar o jornal e motivaram sua saída da Alemanha. Da França, Marx escrevia contra a opressão do governo alemão; por infuência deste, também foi expulso da França e mudou-se para a Bélgica. Nessa fase, dedicou-se a lutar pela organização dos trabalhadores. A convite do movimento operário, foi para Londres, onde expôs seu artigo que se transformou em um dos livros mais lidos no mundo, o Manifesto do partido comunista. Também expulso da Bélgica, radicou-se, finalmente, na Inglaterra, berço do capitalismo e o mais avançado e moderno país da época. Além de intelectual, Marx era um ativista e grande pesquisador, mas viveu uma vida de penúria financeira. Sua obra tem a marca de um amigo de toda a vida, Friedrich Engels, com quem dividiu muitos escritos e quem organizou parte de sua obra postumamente. Marx morreu em consequência de uma infecção na garganta, muito abalado pela morte de sua esposa e da filha mais velha. Deixou um legado de lutas, que levou metade do mundo ao socialismo. Talvez tenha sido o intelectual mais lido, amado e odiado, seguido e repudiado do século XX. Suas principais obras são: Manuscritos filosófico-econômicos (1844), A ideologia alemã (1845), A miséria da filosofia (1847), Manifesto do partido comunista (1848), O 18 Brumário de Louis Bonaparte contribuição à crítica da economia política (1857) e O capital (1867), obra máxima de sua vida. lustra Cartoon Desde os filósofos clássicos existe uma divisão muito forte na filosófica ocidental: idealismo e materialismo. Essas duas correntes filosóficas são o pano de fundo para entender o método de compreensão da realidade desenvolvido por Marx e Engels. De maneira bem resumida, o idealismo afirma que as ideias, a razão e o pensamento têm prioridade sobre os objetos, isto é, sobre a matéria sensível, palpável. A partir de um paradigma platônico, as ideias são mais reais que os objetos com os quais entramos em contato. Por sua vez, materialismo não é avareza e apego ao dinheiro ou a coisas, como vulgarmente é entendido. Materialismo é justamente a operação inversa ao idealismo. Parte-se do objeto, da matéria sensível para as ideias, o pensamento e a razão. Marx não abraçou inteiramente o materialismo filosófico de sua época, mas promoveu sua reformulação, propondo um materialismo novo, especialmente desenvolvido para ser revolucionário e não apenas acadêmico e intelectual. Os filósofos se limitaram a interpretar o mundo de diversas maneiras; o que importa é modificá-lo. Karl Marx Na construção do seu método, Marx se deparou com a filosofia de Hegel, que, embora morto, exercia muita influência sobre as universidades alemãs. Marx foi um admirador e crítico da filosofia hegeliana. Admirador, pelo fato de aceitar a dialética hegeliana; crítico, porque se opunha ao idealismo hegeliano. A dialética de Hegel Georg Wilhelm Friedrich Hegel ( ) afirmava que todas as coisas humanas no Universo eram regidas por um Espírito Absoluto. Esse espírito era uma Razão, com letra maiúscula, porque era A Razão. Essa Razão, chamada por ele de dialética, abarcava todas as explicações, unia todos os eventos naturais e históricos numa lógica universal. Na Antiguidade Clássica, a dialética era entendida Rogério Chimello

4 como filosofia, arte do debate de ideias, capacidade de opor uma ideia a outra. Hegel propôs o seguinte processo como definição de dialética: a afirmação ou uma tese é confrontada por uma negação ou uma antítese na busca pelo que é real em ambos; da tese e antítese, surge a síntese. Essa síntese se tornará uma nova tese, passível, portanto, de uma nova antítese, que levará a uma nova síntese, e assim infinitamente. Esse processo seria o Espírito Absoluto, o que faz o Universo funcionar. Um exemplo desse Espírito Absoluto pode ser visto no próprio desenvolvimento da ciência. Um fato, dado como certo hoje, é debatido pela comunidade científica, podendo ser confirmado, ampliado ou mesmo refutado. Esse processo dialético produz mais conhecimento e resulta em desenvolvimento científico. tese síntese ESQUEMA DA DIALÉTICA DE HEGEL tese antítese A dialética marxista síntese tese antítese síntese antítese Marx aceita a ideia de que o Universo é regido por uma dialética; contudo, essa dialética não pode ser aceita como um espírito ou apenas uma lógica. É aí que começa o materialismo de Marx. Em sua teoria, ele entende que a economia, o mundo do trabalho e da subsistência, é o elemento real e fundamental para o ser humano. A produção humana, ou a forma como é produzida sua subsistência, é o que define o ser humano e tudo o que ele é. Dessa forma, Marx rejeita o idealismo que vê as ideias, as concepções e o pensamento como elementos definidores do ser humano, e afirma justamente o contrário: é a partir de como o ser humano produz que se definem suas ideias e suas concepções. Assim, o material é o definidor do espiritual, ideológico e, portanto, imaterial. Depois de apresentar a economia como o objeto material que define a consciência do ser humano, Marx demonstra que essa consciência não é formada passivamente. Se a economia pode definir a consciência, ela não o faz de maneira determinista, mas de maneira dialética também. O material influencia as ideias e estas, por sua vez, influenciam o material. IDEIAS A concepção dialética da História REALIDADE É na História que Marx vai demonstrar sua teoria. Segundo ele, a luta de classes é o motor da História. Ou seja, desde que apareceram o opressor e o oprimido, foram as lutas entres eles que promoveram o progresso da História e da humanidade. Acompanhando toda a história das sociedades desiguais, uma dialética é estabelecida entre opressores e oprimidos. De cada uma dessas lutas nascia um novo tipo de sociedade. Um exemplo dessa dialética histórica pode ser visto no desenvolvimento do feudalismo na Europa (III ao IX século), síntese do encontro entre as culturas romanas e germânicas. Assim, a dialética é uma realidade materialista e histórica. É materialista porque é na economia, na produção e no trabalho que o ser humano constrói sua história. É histórica, pois é fruto da ação humana no decorrer dos séculos. A dialética materialista se tornou um método de investigação e uma proposta de luta. Ao mesmo tempo em que Marx e Engels estudavam como a dialética operava, isto é, como ocorreram as lutas sociais através dos tempos, eles propunham que os oprimidos de então lutassem, exercessem a dialética na sociedade, para construírem uma sociedade mais justa e humana. Nessa teoria não houve espaço para Deus, pois se supunha que o homem seria capaz de resolver os seus problemas. 3. MODO DE PRODUÇÃO Natalia Bratslavsky Fotolia módulo 9 3

5 Outro importante conceito da teoria marxista é o de modo de produção. Segundo Marx, o modo de produção é a forma hegemônica de se produzir dentro de uma sociedade em determinado período. Hegemônico quer dizer que embora possam existir resquícios de um modo de produção ultrapassado ou mesmo vestígios de mais de um modo de produção, um é determinante em toda a extensão da sociedade. Um modo de produção é definido por alguns fatores que caracterizam a produção humana: Força de trabalho: força física e mental do trabalhador. É essa força que faz a produção acontecer. Instrumentos de trabalho: ferramentas e máquinas que o ser humano cria para possibilitar ou facilitar a realização de uma tarefa. Objeto de trabalho: matéria-prima na qual o ser humano trabalha. Avançando na teoria marxista, podemos notar que os instrumentos e os objetos de trabalho devem fazer parte de uma categoria distinta da força de trabalho; afinal, esta é viva, aqueles não. Assim, instrumentos e objetos de trabalho são chamados de meios de produção. Os meios de produção também operam dialeticamente a força de trabalho, que é empregada sobre esses meios. Forças produtivas Força de trabalho Instrumentos de trabalho Objeto de trabalho A força de trabalho age dialeticamente sobre os meios de produção Meios de produção módulo 9 4 Sem esse conjunto, a produção humana é uma impossibilidade quase total. É justamente a combinação de posse entre eles que dá à sociedade sua característica. Observando com atenção, percebe-se que todo o trabalho humano para produzir sua subsistência advém de uma luta, de uma dialética com a natureza. A matéria-prima por excelência é retirada da natureza. Essa dialética gera uma transformação e, a partir de certo momento, a devastação e a destruição total. O conjunto formado pela força, instrumentos e objeto de trabalho forma as forças produtivas de uma sociedade. Essas forças produtivas são de extrema importância para reconhecer um modo de produção. Elas são cumulativas e legadas de geração a geração. Para saber em que estágio de desenvolvimento se encontra uma sociedade é só observar suas forças produtivas. As forças produtivas e o desenvolvimento Pode-se dizer que uma sociedade é desenvolvida, ou não, a partir da observação das suas forças produtivas. Conhecendo-se os instrumentos de trabalho de um país, também se pode saber o seu grau de evolução tecnológica. Um país que conta com informatização e automação, biotecnologia, engenharia genética e domínio na área nuclear, certamente detém um avançado parque industrial. Somado a isso, o avanço das técnicas de produção pode lhe dar uma vantagem na exploração de matéria-prima, o que corresponde a ter acesso suficiente a objetos de trabalho. Por último, e talvez o mais importante, está a qualificação da força de trabalho, já que uma mão de obra especializada garante um desenvolvimento estável e progressivo ao longo do tempo, e é fator que produz o instrumento e o objeto de trabalho na roda do desenvolvimento capitalista. Um modo de produção pode ser caracterizado de diversas maneiras, mas aqui serão classificadas duas categorias básicas: ele pode ser igualitário ou desigual. Se o modo de produção for igualitário, logicamente haverá uma sociedade igualitária. O contrário também é verdadeiro. Se os meios de produção pertencerem a todos os membros de uma sociedade, pode-se caracterizá-la como igualitária. Se os meios de produção pertencerem a particulares, ou forem privados, isto é, estiverem nas mãos de uns poucos e os demais não tiverem nada além da força de trabalho, então essa é uma sociedade desigual. Marx se concentra na crítica e na possibilidade de transformação do capitalismo, pois é um sistema socioeconômico desigual. Para Marx, a sociedade é o produto da ação recíproca dos seres humanos, ou seja, a interação proposital e econômica entre os homens é que forma a sociedade. Essa interação social ocorre quando os seres humanos produzem e repartem os meios de produção e o produto do trabalho. Essas interações, que podem ser de cooperação ou de exploração, são reconhecidas conceitualmente como relações sociais de produção que, aliadas às forças produtivas, vão definir o modo de produção de uma sociedade. Segundo o marxismo, a história da humanidade apresentou vários modos de produção. Assim, seguindo esses modos de produção, é possível estudar a história da humanidade. Partindo-se dos modos de produção, é possível estudar as sociedades correspondentes. Os modos de produção e as sociedades que deles se destacam são: Modo de produção comunista primitivo: caracterizado por uma forma de organização econômica e social muito simples. O pouco desenvolvimento técnico não permitiu grande expansão e aproveitamento dos instrumentos e objetos de trabalho; por isso a produção era muito pequena. O trabalho agrícola e artesanal tinha por objetivo suprir a necessidade de subsistência do grupo. Não havia propriedade particular dos meios de produção.

6 Modo de produção asiático: comum no Oriente e nas sociedades pré-colombianas, era caracterizado por uma sociedade composta de servos submetidos à exploração de um governante divinizado. Essa exploração se dava na forma de impostos e serviços compulsórios prestados ao governante. 4. BURGUESIA E PROLETÁRIOS Rogério Chimello Mishel Morice SXC Muitos afirmam que o povo egípcio construiu suas magníficas obras arquitetônicas com braços de escravos. Os escravos fizeram parte da história egípcia, mas não foram os grandes protagonistas. A população livre de camponeses foi a principal mão de obra no Egito antigo. Trabalhando para o faraó, essa população participava das obras como se estivesse trabalhando para um deus. Entre celebrações religiosas, trabalho no campo e as construções, o povo egípcio vivia a sua religião. Modo de produção escravista: os escravos são seres humanos que passam a fazer parte dos meios de produção, como se fossem ferramentas, pois o escravo é um objeto do senhor. Uma organização política mais complexa no modo de produção anterior é que garante os direitos dos senhores. Um dos objetivos da política escravista é a obtenção de escravos, o que não ocorria hegemonicamente no modo de produção anterior. Modo de produção feudal: tipicamente europeu, esse modo de produção gerou uma sociedade estamental, agrícola e de subsistência. Os servos explorados eram dominados pela tradição e pela ideologia religiosa. Foi a sociedade feudal que lançou as bases da sociedade capitalista, com o renascimento comercial na Baixa Idade Média. Modo de produção capitalista: caracterizado pelo confronto entre assalariados e os donos dos meios de produção, entre o lucro e a propriedade privada, suas principais características são um Estado que mantém e dá legitimidade às desigualdades. Modo de produção socialista: socialização dos meios de produção. Deixam de existir desigualdades sociais, uma vez que os meios de produção são pertencentes a todos. Paulatinamente, o Estado se torna desnecessário. É um modo de produção utópico, que ainda não se realizou concretamente. Como vimos, a quem não possui os meios de produção restará apenas a força de trabalho. Esse alguém não é mais livre, a não ser para vender sua força de trabalho aos proprietários dos meios de produção. Esse é um dos pontos-chave do marxismo. A pessoa que vende sua força de trabalho receberá em troca um salário. O comprador da força de trabalho, por sua vez, receberá o lucro. Dessa diferença, nasceu a definição de classe burguesa e proletária no marxismo. Em sociologia, o termo classe é bem específico. Classe: categorização a partir da localização do indivíduo dentro do sistema produtivo. Ela é definida pela posse ou não dos meios de produção. O marxismo é totalmente contrário à definição de classe a partir da renda e das possibilidades de consumo, pois isso geraria uma infinidade de definições. De um modo geral, a sociologia chama de estratos a classificação de grupos sociais baseados na renda, idade ou outros elementos. Portanto, classe é um conceito referente à posse ou não dos meios de produção ou, olhando por outro ângulo, a classe é definida pela necessidade de se vender a própria força de trabalho ou pela capacidade de comprar a força de trabalho de outros. Não é na distribuição que se forma a classe, mas sim na produção. A produção é especialmente relacionada à distribuição da renda ou do produto. Assim, pode-se depreender a definição clássica do marxismo quanto às duas principais classes existentes no capitalismo. Burguesia: proprietários dos meios de produção. Segundo o Manifesto do partido comunista, a burguesia nasceu dos servos feudais que conseguiram sair dos feudos e formar uma população de mercadores nos burgos, ou cidades. Dominaram a venda e posteriormente a produção de mercadorias. Fizeram a Revolução Industrial e, hoje, correspondem aos empresários e industriais capitalistas. módulo 9 5

7 módulo 9 Proletários: expropriados dos meios de produção. Em sua grande maioria, foram vítimas do êxodo rural que se viram expropriadas de suas terras, perderam suas ferramentas por obsolescência e tiveram que vender sua mão de obra nas cidades. O termo proletário vem de prole (do latim prole, que significa filho ). A luta de classes Segundo a percepção marxista, a História sempre evoluiu por causa da luta de classes, desde o surgimento de um modo de produção e uma sociedade desigual. Segundo a teoria, essa dialética entre as classes pode ser observada desde muito cedo, entre sacerdotes, guerreiros e camponeses livres, posteriormente entre patrícios e plebeus no período clássico, entre os estamentos feudais, servos e nobres, e, por último, já no modo de produção capitalista, entre burgueses e proletários. A burguesia foi uma classe revolucionária, capaz de modificar toda a realidade europeia e, posteriormente, do mundo, com sua ideologia e maneira de produzir. Foi revolucionária porque nasceu da dialética feudal entre servos e nobres medievais. Teve que revolucionar a sociedade para poder sobreviver. Contudo, enquanto transformava o mundo, foi criando os elementos para a sua própria superação. Os antagonismos do Antigo Regime foram substituídos por novos antagonismos do capitalismo. Portanto, a burguesia foi autora de uma nova realidade, desigual e, por isso, passível de lutas e de nova revolução. Das contradições do feudalismo nasceu o capitalismo e, segundo o raciocínio de Marx, dos antagonismos do capitalismo nasceu uma nova classe revolucionária: o proletariado capaz de destruir a burguesia, seu modo de vida e inaugurar um novo modo de produção e uma nova sociedade. O proletariado não poderia ter pátria, pois está sujeito à mesma situação de opressão em qualquer parte; por isso, a revolução poderia começar em algum lugar, e Marx previu que seria nos países mais avançados, mas logo se espalharia por todo o mundo. Em 1864, no final de seu Manifesto, Marx encerra, conclamando os proletários a se unirem. 5. ORIGENS DO CAPITALISMO Os três clássicos fundadores da sociologia Durkheim, Max Weber e Marx discutem o capitalismo, embora apenas Karl Marx tenha proposto uma revolução com o propósito de subverter esse sistema. Para a compreensão da teoria marxista é importante entender as origens do capitalismo, sua afirmação e expansão pelo mundo contemporâneo. Também é preciso ressaltar que a Sociologia sem a História é quase uma impossibilidade e poderia redundar em uma discussão desumanizada, fora do tempo e do espaço. Existe um consenso de que o capitalismo nasceu da derrocada do sistema feudal, por isso é necessário retomar esse momento histórico. O fascículo de História poderá ajudar a compreender melhor o desenvolvimento histórico do feudalismo, do qual aqui se dá apenas uma visão panorâmica. Rogério Chimello Feudalismo Os seguintes elementos são fundamentais na caracterização do sistema feudal: 6 Wikimedia O epitáfio gravado no túmulo de Marx, em Londres, é a frase final de seu Manifesto: Trabalhadores do mundo, uni-vos!. Vida rural. Devido às guerras no período de declínio do Império Romano e, posteriormente, do Império Franco, as cidades se encolheram. Não deixaram de existir, mas deixaram de ser o centro econômico, político e cultural da Europa Ocidental.

8 Economia de subsistência. Ainda devido às guerras, o comércio decaiu e a produção econômica se retraiu, servindo apenas para atender à demanda local. Outra questão que não permitia uma evolução do comércio era a fragmentação política e a falta de infraestrutura de transporte. Sociedade estamental. A partir do Império Romano, a sociedade foi se dividindo em estamentos muito rígidos e fixos, entre os nobres, ou guerreiros; o clero, ou padres; e servos, ou trabalhadores. Fragmentação política. Após o fim do governo de Carlos Magno e posterior Tratado de Verdun (843 d.c.), nenhum rei conseguiu impor seu poder em um território muito extenso. Os nobres eram senhores feudais, grandes proprietários de terra que passaram a exercer de fato o poder político em sua localidade. Monopólio cultural católico. Na ausência de um grande poder secular, a Igreja dominou culturalmente a Europa. As escolas e igrejas passaram a ser os difusores do pensamento dominante. Como todo conceito histórico-sociológico, essas características não eram encontradas exatamente dessa forma e em todos os lugares. Portanto, o feudalismo deve ser analisado como um tipo ideal. A Idade Média europeia foi muito heterogênea, com determinadas características mais acentuadas em alguns lugares. As Cruzadas As Cruzadas podem ser interpretadas como um marco inicial no processo que, posteriormente, culminou no desenvolvimento capitalista da Europa. Com as guerras santas entre cristãos e muçulmanos, os mercadores encontraram oportunidades de crescer. Podiam acompanhar os soldados, fornecendo alimentos e suprindo outras necessidades, além de trazer do Oriente as novidades encontradas para revendê-las aos europeus. Com exceção das cidades italianas que já eram experientes no comércio mediterrâneo, a maioria dos mercadores surgiu de maneiras variadas. Embora houvesse uma motivação religiosa, a Igreja viu nas Cruzadas a oportunidade de lucrar com a conquista da Terra Santa. Nobres sem terra, filhos bastardos, ou segundos e terceiros filhos que não recebiam herança passaram a se aventurar em busca de terras e riquezas. A população respondeu aos apelos da Igreja para lutar em nome do cristianismo. O resultado do encontro do mundo cristão europeu com o oriental foi a abertura dos horizontes culturais ao europeu. Na Europa, até essa época, comia-se em pratos de madeira ou metal, com as mãos e pouca higiene. Os europeus cobriam-se com tecidos rústicos e peles de animais; dormiam no chão ou em camas simples, moravam em castelos que na maioria não passavam de uma casa grande de pedra, troncos e barro. O oriental tinha higiene, seda, porcelana, especiarias, medicina e uma filosofia milenar. A filosofia não lhes interessava, mas o que podia ser levado para a Europa valia muito dinheiro. Com o passar do tempo, foram surgindo lugares de compra e venda, as chamadas feiras, que não funcionavam como o pequeno comércio desenvolvido nos feudos nos fins de semana, os quais não tinham por objetivo o lucro. Os produtos levados às feiras eram para ser vendidos. Havia produtos de todas as partes do mundo conhecido na Europa. Com o passar do tempo, a necessidade de uma mercadoria universal que facilitasse as trocas fez renascer o dinheiro, como um fato consumado na Europa. Burgos e cidades módulo 9 Burghausen, Alemanha. Modernidade em contraste com a Era Medieval. PeJo Fotolia Wikipédia A fim de desenvolver o comércio, os comerciantes da época passaram a procurar lugares adequados para instalar as feiras. O terreno tinha que ser plano, próximo das estradas importantes, com abastecimento de água e 7

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