Paulo Eduardo dos Santos Soldera Doutorando da Faculdade de Tecnologia

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1 DESENVOLVIMENTO DE NOVOS PARÂMETROS PARA PROJETO DE LAGOAS ANAERÓBIAS PARA TRATAMENTO DE EFLUENTES PROVENIENTES DE FRIGORÍFICOS FICOS ABATEDOUROS DE BOVINOS Paulo Eduardo dos Santos Soldera Doutorando da Faculdade de Tecnologia Mestre em Engenharia Civil Área de Concentração em Recursos HídricosH Orientador: Prof. Dr. Renato Falcão Dantas Co-orientador: orientador: Prof. Dr. Enelton Fagnani

2 PROPOSTA DA PESQUISA Desenvolvimento de parâmetros para projeto de estações de tratamento de efluentes provenientes de processo de frigoríficos ficos abatedouros de bovinos; Historicamente, esses efluentes têm sido tratados através s de lagoas anaeróbias em série s com elevado tempo de detenção hidráulica; Tais sistemas apresentam alta taxa de remoção de carga orgânica em termos de DBO 5,20, se comparados com os sistemas tradicionais de lagoas de estabilização utilizados para esgoto doméstico, incluindo o sistema australiano.

3 Maiores Exportadores Abatedouro de Bovinos Outros 12% Uruguai 5% Canadá 7% Nova Zelândia 7% Índia 8% Argentina 9% EUA 12% Austrália 19% Brasil 22% Fonte: (Minerva S/A - USDA; *MDIC, 2014)

4 FRIGORÍFICO FICO ABATEDOURO DE BOVINOS FIGURA 01 - Sala de Abate Barretos/SP. Fonte: Soldera,, 2007

5 FRIGORÍFICO FICO ABATEDOURO DE BOVINOS FIGURA 02 - Sala de desossa Barretos/SP. Fonte: Soldera,, 2007

6 FRIGORÍFICO FICO ABATEDOURO DE BOVINOS FIGURA 03 - Sala de Abate Barretos/SP. Fonte: Soldera,, 2007

7 FRIGORÍFICO FICO ABATEDOURO DE BOVINOS FIGURA 04 - Barretos/SP. Fonte: Soldera,, 2007

8 FRIGORÍFICO FICO ABATEDOURO DE BOVINOS FIGURA 06 - Aspersão de água no curral Barretos/SP. Fonte: Soldera,, 2007 FIGURA 05 - Lavagem de caminhão gaiola Barretos/SP. Fonte: Soldera,, 2007

9 JUSTIFICATIVA Inexistência de parâmetros de projeto de engenharia (dimensionamento) para lagoas anaeróbias para tratamento de efluente de frigoríficos ficos abatedouros de bovinos; A A literatura apresenta poucas publicações sobre tratamento de efluentes de frigoríficos ficos abatedouros de bovinos e trata dos aspectos dimensionais de forma bastante vaga; As técnicas t de dimensionamento e operação de estações de tratamento de efluentes de frigoríficos ficos ficam restritas aos profissionais que prestam serviços de consultoria na área de engenharia ambiental.

10 ESTADO DA ARTE Dimensionamento de Lagoas Anaeróbias Esgoto Sanitário VON SPERLING, M. (2002). Princípios do Tratamento Biológico de Águas Residuárias: Lagoas de Estabilização ão. Vol 3. 2ª 2 Edição. Belo Horizonte: Ed. UFMG. MARA, D.D. (1997). Design manual for waste stabilisation in India. Lagoon Technology International Ltd. Leeds.

11 CONTEXTUALIZAÇÃO SISTEMA AUSTRALIANO Sistema de lagoas anaeróbias seguidas por lagoas facultativas. Eficiência de Remoção de Carga Orgânica (DBO 5,20 5,20 ) Lagoas anaeróbias: usualmente da ordem de 50% a 70%, tendo como média m 60%; Configuração de lagoas anaeróbia bia-facultativa: : usualmente a eficiência de 75% a 85%, tendo como média m 80%. VON SPERLING, M. (2002)

12 SISTEMA AUSTRALIANO Sistema de lagoas anaeróbias seguidas por lagoas facultativas. Profundidade: 3,5 a 5,0 m Profundidade: 1,5 a 2,0 m Tempo de detenção hidráulica (TDH) Lagoas anaeróbias: 3 a 6 dias; Lagoas facultativas: 15 a 45 dias. VON SPERLING, M. (2002)

13 SISTEMA AUSTRALIANO Sistema de lagoas anaeróbias seguidas por lagoas facultativas. Lagoa anaeróbia Lagoa Lagoa facultativa facultativa FIGURA 07 - ETE Brazlândia-DF ( hab) - VON SPERLING, M. (2002)

14 SISTEMA AUSTRALIANO Sistema de lagoas anaeróbias seguidas por lagoas facultativas. Lagoa Lagoa facultativa facultativa Lagoa anaeróbia FIGURA 08 - ETE Monte Alto/SP ( hab) Fonte: SABESP, 2009

15 LAGOAS ANAERÓBIAS - DIMENSIONAMENTO Tempo de detenção hidráulica (TDH) Taxa de aplicação volumétrica (L V ) é função da temperatura (von( Sperling, 2002); Locais quentes permitem uma maior taxa, ou seja, menor volume (Mara, 1997). Temperatura média do ar no mês mais frio T (ºC) Taxa de aplicação volumétrica admissível L V (Kg DBO/m 3.d) 10 a 20 0,02 x T - 0,10 20 a 25 0,01 x T + 0,10 > 25 0,35 TABELA 01 - Taxas de aplicação volumétrica admissíveis para projeto de lagoas anaeróbias em função da tem peratura Fonte: adaptado de Mara (1997)

16 LAGOAS ANAERÓBIAS - DIMENSIONAMENTO Tempo de detenção hidráulica (TDH) Taxa de aplicação volumétrica (L V ) é função da temperatura (von( Sperling, 2002); Locais quentes permitem uma maior taxa, ou seja, menor volume (Mara, 1997). Taxa de Aplicação Volumétrica em Função da Temperatura L V (Kg DBO/m 3. dia) 0,4 0,3 0,2 0, Temperatura ( o C) FIGURA 09 Relação entre a taxa de aplicação volumétrica admissível em lagoas anaeróbias e a temperatura, segundo critério rio de Mara (1997)

17 LAGOAS ANAERÓBIAS - DIMENSIONAMENTO Tempo de detenção hidráulica (TDH) Taxa de aplicação volumétrica (L V ) é função da temperatura (von( Sperling, 2002); Locais quentes permitem uma maior taxa, ou seja, menor volume (Mara, 1997). TABELA 02 - Design values of permissible volumetric BOD loadings on and percentage BOD removal in anaerobic ponds at various temperatures

18 LAGOAS ANAERÓBIAS - DIMENSIONAMENTO Cálculo do volume requerido (V) V = L L V Onde: V= volume requerido para a lagoa (m 3 ) L= carga de DBO total afluente (Kg DBO 5 /d) L V = taxa de aplicação volumétrica (Kg DBO 5 /m 3.d) VON SPERLING, M. (2002)

19 Dimensionamento de Lagoas Anaeróbias Efluente de Abatedouro Frigorífico Base de Dados: ESTADO DA ARTE Scopus; Compendex, Web of Science; Scielo; SBU. 714 Document Results {Crit Critérios rios de Exclusão Anteriores a 2011; Afinidade técnica; t Fator de impacto baixo. String de busca 15 artigos; 2 2 livros; 2 2 teses de Doutorado. (Slaughterhouse or Abattoir) ) AND (Wastewater( Wastewater) ) AND (Anaerobic( or pond)

20 TRATAMENTO DE EFLUENTES PROVENIENTES DE FRIGORÍFICOS FICOS ABATEDOUROS DE BOVINOS Poucas publicações sobre tratamento de efluentes de frigoríficos ficos abatedouros de bovinos; Aspectos dimensionais são tratados de forma bastante vaga. Características do efluente: Alta carga orgânica, devido à presença a de sangue, gordura, esterco, conteúdo estomacal não-digerido e conteúdo intestinal; Alta concentração de gordura; Variações de ph em função do uso de agentes de limpeza ácidos e básicos; b Altas concentrações de nitrogênio, fósforo f e sal; Variações de temperatura (uso de água quente e fria). SOLDERA (2007)

21 TRATAMENTO DE EFLUENTES PROVENIENTES DE FRIGORÍFICOS FICOS ABATEDOUROS DE BOVINOS Normalmente o efluente é dividido em 3 partes: Linha verde: : contém m os efluentes gerados em áreas sem presença a de sangue, provenientes da recepção, lavagens de pátios, p caminhões, currais, condução/ ão/ seringa,, bucharia e triparia; Linha vermelha: : contém m os efluentes que contêm sangue, provenientes da linha de abate, desossa, miúdos, graxaria, etc.; Linha efluente sanitário rio: : contém m efluentes provenientes dos sanitários, vestiários, lavanderias, cozinha, áreas administrativas e outros setores com fontes secundárias de lançamento amento de efluentes.

22 FRIGORÍFICO FRIGORÍFICO LAVAGEM CAMINHÕES GAIOLA LIMPEZA DOS CURRAIS EFLUENTES BUCHARIA LAVAGEM DE CARCAÇA LIMPEZA DE EQUIPAMENTOS EFLUENTES GRAXARIA Incluir Bomba Geremia Rosca transportadora Chupim Caixa Recepção de lodo flotado Chapa defletora PENEIRA ESTÁTICA LINHA VERDE FLOTO-DECANTADOR LINHA VERDE CALHA PARSHALL LINHA VERDE POÇO BOMBA LINHA VERDE SILO MATERIAL RUMINAL CAMINHÃO PÁTIO DE ESTOCAGEM LEITO DE SECAGEM Incluir Misturador ABS Alterar as Dimensões (25 m X 50 m CAIXA RECE- PÇÃO DE INOX ROSCA TRANS- PORTADORA CHUPIM CAIXA DE RECEPÇÃO LINHA VERMELHA PENEIRA ESTÁTICA LINHA VERMELHA POÇO BOMBA LINHA VERMELHA Incluir Misturador ABS Inserir dimensões Reais das peneiras Descarga de fundo do FAD ADUBO ORGÃNICO Transporte Manual FLOTADOR POR AR DISSOLVIDO FLOTADOR POR AR DISSOLVIDO GRAXARIA FLUXOGRAMA ETE Unidade de Nova Xavantina/MT Paulo Eduardo dos Santos Soldera Coordenador de Meio Ambiente IFC International Food Company (11) Ramal 7315 paulo.soldera@ifc.ind.br LAGOA ANAERÓBIA 1 LAGOA ANAERÓBIA 2 LAGOA DE ANAERÓBIA 3 CORPO D`ÁGUA CAIXA DE MISTURA DE EFLUENTES LAGOA ANAERÓBIA 4 LAGOA ANAERÓBIA 5 LAGOA DE MATURAÇÃO CALHA PARSHALL CALHA PARSHALL Pré-tratamento Linha Verde Pré-tratamento Linha Vermelha Tratamento de resíduos e lodo Processo de terceiros Processo Industrial LEGENDA Processo biológico de tratamento de efluentes Lançamento de efluente tratado Construção futura FIGURA 10 Fluxograma do sistema de tratamento de efluentes Fluxo efluente Linha Verde Fluxo efluente Linha Vermelha Fluxo resíduos e lodo Fluxo da mistura dos efluentes Fluxo projeção futura

23 FRIGORÍFICO FICO ABATEDOURO DE BOVINOS FIGURA 11 - Efluente linha vermelha - Barretos/SP (SOLDERA, 2007)

24 FRIGORÍFICO FICO ABATEDOURO DE BOVINOS FIGURA 12 - Efluente linha vermelha (peneira estática) tica) - Barretos/SP - (SOLDERA, 2007)

25 FRIGORÍFICO FICO ABATEDOURO DE BOVINOS FIGURA 13 - Efluente linha verde - Barretos/SP - (SOLDERA, 2007)

26 FRIGORÍFICO FICO ABATEDOURO DE BOVINOS FIGURA 14 - Efluente linha verde - Campina Verde/MG - (SOLDERA, 2007)

27 FRIGORÍFICO FICO ABATEDOURO DE BOVINOS FIGURA 15 - Efluente linha verde - Campina Verde/MG - (SOLDERA, 2007)

28 200 FRIGORÍFICO FICO ABATEDOURO DE BOVINOS 6:50 7:30 8:27 9:0 1 12:13 12:45 13:12 13:25 14:00 14:30 14:50 15: Linha V ermelha Linha V erde S aída das Lagoas Vazão (m 3 /h) :50 7:30 8:27 9:0 1 12:13 12:45 13:12 13:25 14:00 14:30 14:50 15: Horário (horas) 0 FIGURA 16 - Hidrograma de vazão - Barretos/SP - (SOLDERA, 2007)

29 Vaz ão (m 3 /h ) FRIGORÍFICO FICO ABATEDOURO DE BOVINOS 18:04 19:40 21:01 22:41 0:25 1: :04 19:40 21:01 22:41 0:25 1:21 -- Ho rári o (h ora s) Linha V erm elha Linha V erde S aída das Lagoas FIGURA 17 - Hidrograma de vazão - Barretos/SP - (SOLDERA, 2007)

30 FRIGORÍFICO FICO ABATEDOURO DE BOVINOS FIGURA 18 - Efluente linha vermelha + linha verde (tanque de equalização) Barretos/SP - (SOLDERA, 2007)

31 FRIGORÍFICO FICO ABATEDOURO DE BOVINOS FIGURA 19 - Entrada lagoa anaeróbia - Campina Verde/MG - (SOLDERA, 2007)

32 FRIGORÍFICO FICO ABATEDOURO DE BOVINOS FIGURA 20 - Lagoa anaeróbia - Barretos/SP - (SOLDERA, 2007)

33 FRIGORÍFICO FICO ABATEDOURO DE BOVINOS FIGURA 21 - Lagoa anaeróbia - Barretos/SP - (SOLDERA, 2007)

34 FRIGORÍFICO FICO ABATEDOURO DE BOVINOS FIGURA 22 Lagoa anaeróbia (limpeza) - Barretos/SP - (SOLDERA, 2007)

35 FRIGORÍFICO FICO ABATEDOURO DE BOVINOS FIGURA 23 - Lagoa anaeróbia (limpeza) Barretos/SP - (SOLDERA, 2007)

36 FRIGORÍFICO FICO ABATEDOURO DE BOVINOS FIGURA 24 - Lagoa anaeróbia (limpeza) - Barretos/SP - (SOLDERA, 2007)

37 FRIGORÍFICO FICO ABATEDOURO DE BOVINOS FIGURA 25 - Vista aérea a - Palmeiras de Goiás/GO - (SOLDERA, 2007)

38 FRIGORÍFICO FICO ABATEDOURO DE BOVINOS FIGURA 26 - Lagoa anaeróbia (obras) - IFC S.A. Nova Xavantina/MT - (SOLDERA, 2007)

39 FRIGORÍFICO FICO ABATEDOURO DE BOVINOS 7,0 m FIGURA 27 - Lagoa anaeróbia (obras) - IFC S.A. Nova Xavantina/MT - (SOLDERA, 2007)

40 FRIGORÍFICO ABATEDOURO DE BOVINOS Análise de dados empíricos OPERAÇÃO Abate, desossa e graxaria Abate, desossa e graxaria Abate e desossa Abate e desossa Abate, desossa e graxaria* CIDADE Barretos/SP José Bonifácio/SP Jales/SP Fernandópolis/SP Palmeiras de Goiás/GO SISTEMA DE TRATAMENTO 3 lagoas anaeróbias em série 3 lagoas anaeróbias em série 2 lagoas anaeróbias em série 3 lagoas anaeróbias em série 4 lagoas anaeróbias em série + 2 lagoas facultativas em série TDH (dias) EFICIÊNCIA MÉDIA DE REMOÇÃO DE DBO 12,8 90,60% 19,2 95,70% 27 96,20% 20 94,30% 20 86,50% TABELA 03 - Dados técnicos e de monitoramento de ETEs em operação * ETE com problemas operacionais no pré-tratamento PERÍODO DAS ANÁLISES 16/08/2005 a 19/10/ /07/2007 a 17/09/ /03/2007 a 14/08/ /08/2007 a 11/10/ /04/2006 a 03/01/2007 DBO média de efluente bruto: mg/l (SOLDERA, 2009)

41 FRIGORÍFICO FICO ABATEDOURO DE BOVINOS Análise de dados empíricos Curva de Eficiência de Remoção de DBO em função do TDH Curva de eficiência em função do TDH Polinômio (Curva de eficiência em função do TDH) E (%) E (%)= -0,0341T 2 + 1,7427T + 73,925 R 2 = 0,9222 Tempo (dias) FIGURA 28 Curva de eficiência de remoção de carga orgânica em termos de DBO em função do TDH (SOLDERA, 2009)

42 DIMENSIONAMENTO DE LAGOAS ANAERÓBIAS Análise de dados empíricos L V em função do TDH para cada temperatura T= 10ºC T= 15ºC T= 20ºC T= 25ºC T= 30ºC LV (Kg DBO/m 3.d) 0,14 0,12 0,1 0,08 0,06 0,04 0, TDH (dias) FIGURA 29- Gráfico hipotético tico de L V em função do TDH para cada temperatura do ar

43 COMPARAÇÃO: L V (esgoto) e L V (efluente frigorífico) fico) Taxa de Aplicação Volumétrica em Função da Temperatura L V (Kg DBO/m 3. dia) 0,4 0,3 0,2 0, Temperatura ( o C) Esgoto E= 60 % TDH= 5 dias (Mara, 1997). L V em função do TDH para cada temperatura T= 10ºC T= 15ºC T= 20ºC T= 25ºC T= 30ºC LV (Kg DBO/m 3.d) 0,14 0,12 0,1 0,08 0,06 0,04 0, TDH (dias) Efluente Frigorífico E > 90 % TDH= 20 dias (Gráfico teórico proposto).

44 Sistema Australiano (esgoto doméstico) Lagoas Anaeróbias (efluente frigorífico) fico) TDH = 5 dias TDH = 5 dias TDH = 5 dias TDH = 30 dias TDH = 5 dias TDH = 5 dias E= 80 % Plantas baixas (sem escala) E > 90 %

45 PROJETO ETE - LAGOA ANAERÓBIA 1 MINERVA S/A - CAMPINA VERDE/MG DADOS DE ENTRADA DE PROJETO DBO 5 (mg/l): 1200,00 Temperatura Média o C: 23 Fator de Segurança ( % ): Profundidade Estimada ( m ): 0 4,50 Vazão Total Diária Q (m 3 /dia): Volume Lagoa Existente (m 3 ): 1875,00 0,00 Carga Orgânica Afluente C O C O (Kg DBO/dia): 2250,00 Adoção da Taxa de Aplicação Volumétrica L V L V (Kg DBO/m 3.dia) 0,25 L V (Kg DBO/m 3. dia) 0,4 0,3 0,2 0,1 0 Taxa de Aplicação Volumétrica em Função da Temperatura Temperatura ( o C) Cálculo do Volume Requerido V V (m 3 ): 9000,00 Verificação do TDH TDH (dias): Faixa Ideal: 4,80 OK 3,0 TDH 6,0 dias

46 Determinação da Área Requerida e Dimensões Faixa Ideal: A (m 2 ): 2000,00 N o de Lagoas Adotado: 1 Relação Comprimento/Largura 1, C/L 3.0 Área (Considerando Lagoa Existente) (m 2 ): Largura de Cada Lagoa (m): Comprimento de Cada Lagoa (m) 2000,00 44,00 45,45 Declividade do Talude Interno (d): 1: 1 Faixa Ideal: 1.0 d 3.0 Comprimento do Fundo (m) Borda Livre Adotada (m): 0,50 Comprimento do Fundo (m): 40,95 Comprimento na Crista do Talude (m) Comprimento do N.A. (m) Largura do Fundo (m) 49,95 50,95 39,50 Largura no N.A. (m) Largura na Crista do Talude (m) 48,50 49,50 Concentração de DBO Efluente Eficiência de Remoção de DBO em função da Temperatura E ( % ): DBO EFL. (mg/l): Eficiência (%) Temperatura ( o C) Acúmulo de Lodo na Lagoa Anaeróbia (Ac) Equivalente Populacional Acúmulo de Lodo (anual) EP (habitantes): Ac (m 3 /ano): 1250,00 Espessura da camada de lodo em 1 ano ( e ) Tempo para atingir 1/3 da altura útil das lagoa - limpeza da lagoa (anos): e ( m/ano ): 0,63 T ( anos ):: 2,40

47 FRIGORÍFICO ABATEDOURO DE BOVINOS FIGURA 30 -Situação Geral das lagoas de estabilização

48 FRIGORÍFICO ABATEDOURO DE BOVINOS FIGURA 31 - Situação geral do empreendimento

49 MATERIAL E MÉTODOSM ENSAIOS COM RESPIRÔMETROS EM ESTUFA Utilização do método m de respirometria padrão Bartha (ABNT NBR 14283) e/ou segundo as recomendações do método m respirométrico proposto no Standard Methods for the Examination of Water and Wastewater 20th Edition; As amostras serão ser monitoradas em incubadora com temperatura controlada, de forma que se possa verificar a biodegradação da amostra de efluente em cada temperatura ambiente simulada; O O Monitoramento de eficiência de remoção de carga orgânica em cada amostra de efluente será feita em relação ao parâmetro DBO 5,20, conforme Standard Methods for the Examination of Water and Wastewater 20th Edition; A A coleta e preservação das amostras foram feitas segundo as recomendações do Standard Methods For Examination of Water and Wastewater,, 20th ed.

50 MATERIAL E MÉTODOSM ENSAIOS COM RESPIRÔMETROS EM ESTUFA Estufa: 10ºC, 15ºC, 20ºC, 25ºC C e 30ºC. 1 dia 5 dias 10 dias 15 dias 20 dias 25 dias Efluente Efluente + lodo 30 dias 35 dias 40 dias FIGURA 32 Simulação dos ensaios laboratoriais

51 Temperatura (ºC) ENSAIOS COM RESPIRÔMETROS EM ESTUFA Temperatura: 10ºC Sem inoculação de lodo ,5 838,4 754,5 679,1 611,2 550,0 495, TDH (dia) TABELA 04 - DBO (mg/l) para cada temperatura e TDH Curva de Redução de DBO - T: 10ºC Curva de Redução de DBO 1200 DBO (mg/l) TDH (dia) FIGURA 33 Simulação da redução de DBO em função do TDH

52 Temperatura (ºC) ENSAIOS COM RESPIRÔMETROS EM ESTUFA Temperatura: 15ºC Sem inoculação de lodo ,5 838,4 754,5 679,1 611,2 550,0 495, ,5 830,9 706,2 600,3 510,3 433,7 368,7 313, TDH (dia) TABELA 05 - DBO (mg/l) para cada temperatura e TDH Curva de Redução de DBO - T: 10ºC e 15ºC Curva de Redução de DBO - T: 10ºC Curva de Redução de DBO - T: 15ºC DBO (mg/l) TDH (dia) FIGURA 34 Simulação da redução de DBO em função do TDH

53 Temperatura (ºC) ENSAIOS COM RESPIRÔMETROS EM ESTUFA Temperatura: 20ºC Sem inoculação de lodo ,5 838,4 754,5 679,1 611,2 550,0 495, ,5 830,9 706,2 600,3 510,3 433,7 368,7 313, ,0 736,0 588,8 471,0 376,8 301,5 241,2 192, TDH (dia) TABELA 06 - DBO (mg/l) para cada temperatura e TDH Curva de Redução de DBO - T: 10ºC, 15ºC e 20ºC Curva de Redução de DBO - T: 10ºC Curva de Redução de DBO - T: 15ºC Curva de Redução de DBO - T: 20ºC 1500 DBO (mg/l) TDH (dia) FIGURA 35 Simulação da redução de DBO em função do TDH

54 Temperatura (ºC) ENSAIOS COM RESPIRÔMETROS EM ESTUFA Temperatura: 25ºC Sem inoculação de lodo ,5 838,4 754,5 679,1 611,2 550,0 495, ,5 830,9 706,2 600,3 510,3 433,7 368,7 313, ,0 736,0 588,8 471,0 376,8 301,5 241,2 192, ,5 646,9 485,2 363,9 272,9 204,7 153,5 115,1 30 TDH (dia) TABELA 07 - DBO (mg/l) para cada temperatura e TDH Curva de Redução de DBO - T: 10ºC, 15ºC, 20ºC e 25ºC Curva de Redução de DBO - T: 10ºC Curva de Redução de DBO - T: 15ºC Curva de Redução de DBO - T: 20ºC Curva de Redução de DBO - T: 25ºC 1500 DBO (mg/l) TDH (dia) FIGURA 36 Simulação da redução de DBO em função do TDH

55 Temperatura (ºC) ENSAIOS COM RESPIRÔMETROS EM ESTUFA Temperatura: 30ºC Sem inoculação de lodo TDH (dia) ,5 838,4 754,5 679,1 611,2 550,0 495, ,5 830,9 706,2 600,3 510,3 433,7 368,7 313, ,0 736,0 588,8 471,0 376,8 301,5 241,2 192, ,5 646,9 485,2 363,9 272,9 204,7 153,5 115, ,5 485,9 315,8 205,3 133,4 86,7 56,4 36,6 TABELA 08 - DBO (mg/l) para cada temperatura e TDH Curva de Redução de DBO - T: 10ºC, 15ºC, 20ºC, 25ºC e 30ºC Curva de Redução de DBO - T: 10ºC Curva de Redução de DBO - T: 15ºC Curva de Redução de DBO - T: 20ºC Curva de Redução de DBO - T: 25ºC Curva de Redução de DBO - T: 30ºC 1200 DBO (mg/l) TDH (dia) FIGURA 37 Simulação da redução de DBO em função do TDH

56 ENSAIOS COM RESPIRÔMETROS EM ESTUFA Na seqüência, serão feitos os ensaios com inoculação de lodo para comparar os resultados; Com os gráficos, é possível determinar matematicamente as equações para dimensionamento de lagoas anaeróbias; Serão realizados gráficos relacionando a redução de DBO com a emissão de CO 2.

57 ENSAIOS COM RESPIRÔMETROS EM ESTUFA CO 2 x DBO 1500 DBO CO 2 FIGURA 38 Simulação hipotética da redução de DBO em função da geração de CO 2

58 RESULTADOS ESPERADOS Todos os dados obtidos com o monitoramento no sistema através s de ensaios simulatórios serão formatados de forma a direcionar o dimensionamento das unidades anaeróbias de tratamento de efluente de frigorífico; fico; Será verificado se os resultados de laboratório rio condizem com as primeiras conclusões obtidas com dados empíricos em campo: para cada temperatura média do ambiente, uma curva do L V em função do TDH, conforme o gráfico hipotético tico proposto na FIGURA 29.

59 RESULTADOS ESPERADOS L V em função do TDH para cada temperatura T= 10ºC T= 15ºC T= 20ºC T= 25ºC T= 30ºC LV (Kg DBO/m 3.d) 0,6 0,5 0,4 0,3 0,2 0, TDH (dias) FIGURA 29- Gráfico hipotético tico de L V em função do TDH para cada temperatura do ar

60 ANÁLISES DOS RESULTADOS Análise estatística stica de resultados e formatação dos dados através s de curvas de tendência; Aplicação do Software Origin 8.1.

61 REFERÊNCIAS American Public Health Association (APHA), American Water Works Association (AWWA), and Water Environment Federation (WEF) Standard Methods for the Examination of Water and Wastewater 20th Edition on CD. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS ABNT NBR Resíduos em solo Determinação da biodegradação pelo método respirométrico, Bustillo-Lecompte, C. Mehrvar, M. Slaughterhouse wastewater characteristics, treatment, and management in the meat processing industry: A review on trends and advances. Journal of Environmental Management, CETESB COMPANHIA DE TECNOLOGIA DE SANEAMENTO AMBIENTAL. Gasi, T. M. T. caracterização, reaproveitamento e tratamento de resíduos de frigoríficos, abatedouros e graxarias. São Paulo: CETESB, fev. 99. CETESB - Guia técnico ambiental de abates (bovino e suíno) / José Wagner Pacheco [e] Hélio Tadashi Yamanaka. - São Paulo : CETESB, (Série P + L). GOTARDO, J. T. ; BENTO, A. P. ; SEZERINO, P. H.; OLIJNYK, D. P.; PHILLIPPI, L. S. ; LAPOLLI, F. R.. Adaptação de parâmetros de projeto para lagoas facultativas de tratamento de esgotos domésticos na região sul do Brasil. In: XXIX Congresso Interamericano de Ingenieria Sanitaria e Ambiental, 2004, San Juan de Porto Rico. Anais do XXIX Congresso AIDIS, 2004.

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