PRODUÇÃO DE SEMENTES Ai de ti, se por tua causa semente morrer semente.

Transcrição

1 PRODUÇÃO DE SEMENTES Ai de ti, se por tua causa semente morrer semente. Eng. Agr. Clélia Maria Mardegan

2 O QUE VAMOS ESTUDAR SOBRE SEMENTES Conceitos iniciais. Um pouco de estória. Importância das sementes. Formação e desenvolvimento da semente. Morfologia da semente. Germinação e Dormência Processos de maturação e colheita de sementes. Secagem de sementes. Beneficiamento de sementes. Armazenamento de sementes. Situação da produção de sementes no Brasil. Técnicas culturais para produção de sementes. Inspeção dos campos de sementes. Sistema brasileiro de produção de sementes.

3 MORFOLOGIA DA SEMENTE

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5 GRÃO DE PÓLEN: (A) 1 NUCLEO REPRODUTIVO (OU GERMINATIVO) MITOSE 2 NÚCLEOS ESPERMÁTICOS E 1 NÚCLEO VEGETATIVO (OU NUTRITIVO) AO SE PROJETAR PELO ESTILETE O NUCLEO VEGETATIVO DARÁ ORIGEM AO TUBO POLÍNICO E UM DOS NÚCLEOS ESPERMÁTICOS SE FUNDIRÁ À OOSFERA ORIGINANDO O EMBRIÃO DA SEMENTE. O OUTRO NÚCLEO ESPERMÁTICO IRÁ FUNDIR-SE COM OS NÚCLEOS POLARES ORIGINANDO O ALBUMEM (TECIDO DE RESERVA DE NATUREZA TRIPLÓIDE). DUPLA FECUNDAÇÃO : EMBRIÃO (TECIDO DIPLÓIDE (2N) ALBUME (TECIDO TRIPLÓIDE (3N)

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7 Semente: óvulo desenvolvido após fecundação; se origina após a dupla fecundação que ocorre no ovário. Partes da semente: tegumento amêndoa (embrião e reservas)

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10 QUANTO AO ENDOSPERMA 1- SEMENTES ENDOSPERMÁTICAS OU ALBUMINOSAS: em sementes maduras as reservas armazenadas durante a maturação destinam-se à nutrição do embrião durante a germinação Ex: gramíneas, mamona, seringueira, tomate, café, beterraba, cebola. TECIDO DE RESERVA GERMINAÇÃO

11 2- SEMENTES EXALBUMINOSAS OU SEM ENDOSPERMA endosperma é consumido durante a formação do embrião; a reserva é armazenada nos cotilédones. Ex: maioria das dicotiledôneas ( leguminosas, malváceas, cucurbitáceas) TECIDO DE RESERVA DESENVOLVIMENTO DO EMBRIÃO

12 PERISPERMA : Fina membrana envolvente, produzida pelo resto não absorvido da nucela, que fica em redor do embrião e do endosperma de uma semente. osperma perisperma + endosperma podem ocorrer juntos (beterraba, café)

13 DESENVOLVIMENTO DO TEGUMENTO Tegumento: casca, envoltório. Formado a partir dos integumentos do óvulo. Integumento externo primina-tegumento externo- TESTA Integumento interno secundina- tegumento interno - TEGMA

14 FUNÇÕES MANTER UNIDAS AS PARTES INTERNAS DAS SEMENTES PROTEGER OS TECIDOS MERISTEMATICO E DE RESERVA CONTRA CHOQUES SERVIR DE BARREIRA CONTRA A ENTRADA DE MICRORGANISMOS E INSETOS REGULAR A VELOCIDADE DE HIDRATAÇÃO DA SEMENTE (DIMINUI E EVITA DANOS CAUSADOS PELAS PRESSÕES DESENVOLVIDAS DURANTE A EMBEBIÇÃO) REGULAR VELOCIDADE DE TROCAS GASOSAS ENTRE A SEMENTE E O MEIO REGULAR A GERMINAÇÃO PELO MECANISMO DE DORMÊNCIA EM CERTAS CONDIÇÕES PARA DETERMINADAS ESPÉCIES CONTROLE DA DISPERSÃO ESPACIAL DAS SEMENTES: ASAS,ESPINHOS, PELOS, MUCILAGEM, SUBSTANCIAS RESISTENTES AO TRATO DIGESTIVO DE ANIMAIS.

15 TEGUMENTO SUPLEMENTAR: estruturas especiais que podem aparecer na superfície das sementes: Arilo - excrescência carnosa formada no funículo (pedúnculo) ou em torno do hilo.

16 Carúncula : resultante da proliferação de células do tegumento externo que se forma na região da micrópila. MAMONA

17 HILO: cicatriz que ocorre no ponto de união do funículo à semente, deixada após a queda do funículo. Rabel, M.et al, 2010

18 MICRÓPILA: abertura correspondente à micrópila do óvulo, através da qual ocorre a saída da raiz primária, iniciando a germinação. Atravessa a primina e a secundina em toda a sua espessura,

19 RAFE: linha em ressalto resultante da fusão do funículo ao tegumento em óvulos anátropos ou curvos. Ex. feijão Justo, C.F, 2007

20 SARCOTESTA: material gelatinoso que protege a semente (pode levar à germinação lenta e desuniforme).

21 PLEUROGRAMA: o pleurograma consiste de uma marca lateral na superfície de certas sementes, originada pela interrupção nas células da paliçada da exotesta.

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23 OUTRAS ESTRUTURAS QUE SE DESENVOLVEM NO TEGUMENTO E QUE ESTÃO RELACIONADAS COM O PROCESSO DE DISPERSÃO ASAS: extensão da testa podendo ser periférica ou restrita a alguns pontos da semente. Ex: cedro rosa, ipê branco, pau d alho.

24 PELOS OU TRICOMAS: auxilia a dispersão pelo vento/ animais e pode ainda servir como aumento de superfície para a dispersão pela água. Ex: paineira, algodão. Algodão

25 FRUTO OVÁRIO DESENVOLVIDO APÓS A FERTILIZAÇÃO DOS ÓVULOS E QUE CONTÉM SEMENTES EM SEU INTERIOR FRUTOS PARTENOCÁRPICOS (SEM SEMENTES) NÃO HÁ FECUNDAÇÃO DOS ÓVULOS (BANANA, LIMÃO TAITI)

26 ESTRUTURA BÁSICA DO FRUTO Epicarpo: é de fato a porção mais externa do fruto, oriunda da epiderme da folha carpelar. Normalmente é uma camada membranácea e muito fibrosa. Mesocarpo: é a porção intermediária (entre o epicarpo e o endocarpo). Às vezes armazena alguma substância de reserva. Oriunda dos parênquimas da folha carpelar. Endocarpo: é a porção (camada) mais interna, geralmente mais rígida, envolve a semente. Oriunda da epiderme interna do ovário.

27 O que se conhece popularmente por frutas não tem significado botânico. Fruta é aquilo que tem sabor agradável, às vezes azedo, às vezes doce. É o caso da laranja, pêssego, caju, banana, pêra, maça, morango, amora. Note que nem toda fruta é fruto verdadeiro. Já o tomate, a berinjela, o jiló e a abobrinha, entre outros, são frutos verdadeiros, mas não são frutas.