Professora Leonilda Brandão da Silva
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1 COLÉGIO ESTADUAL HELENA KOLODY E.M.P. TERRA BOA - PARANÁ Pág. 74 Professora Leonilda Brandão da Silva leonildabrandaosilva@gmail.com
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3 PROBLEMATIZAÇÃO Quais são os tecidos vegetais responsáveis pelo: - Crescimento - Revestimento e Proteção - Assimilação e Reserva - Sustentação e - Condução de Seivas nas plantas?
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5 1 TECIDOS VEGETAIS Podem ser divididos em: A.Tecidos de formação (tecidos meristemáticos ou meristemas) B.Tecidos adultos (permanentes ou diferenciados)
6 I) TECIDOS DE FORMAÇÃO 1) MERISTEMAS Meristema apical se diferencia em: Meristemas primários (protoderme, procâmbio e meristema fundamental); Meristemas secundários (felogênio e câmbio).
7 1. Meristemas A medida que se especializam as células do embrião da planta perdem capacidade de se dividir. Mas em algumas partes da planta, persistem grupos de células não diferenciadas, que conservam as características embrionárias. Essas células formam os meristemas e possuem grande capacidade de se dividir, originando outros tecidos e colaborando com o crescimento da planta. Meristema apical: são encontrados nas extremidades do caule e da raiz. No caule forma os brotos gemas apicais (na ponta do caule) e as gemas axilares (nas axilas das folhas) dos quais surgem novos ramos, folhas e flores. O meristema da ponta da raiz é protegido por um capacete de células, a coifa ou caliptra.
8 O Meristema Apical se diferecia em Meristema Primário: Protoderma: origina a epiderme (tecido protetor que reveste o vegetal); Procâmbio: diferencia-se nos tecidos condutores de seiva, localizados no interior da raiz e do caule. Meristema fundamental: produz os demais tecidos da planta, responsáveis pela sustentação, fotossíntese, pelo armazenamento de substâncias, etc. Os tecidos formados pela multiplicação e diferenciação do meristema primário constituem a estrutura primária da planta e resultam no crescimento em comprimento é chamado crescimento primário.
9 Meristema Secundário: é o responsável pelo crescimento em espessura (crescimento secundário). Está localizado: no interior do caule e da raiz das gimnospermas; da maioria da eudicotiledôneas (algodão, mamão, maçã, laranja, etc.) e de algumas monocotiledôneas que formam os arbustos. Meristema Secundário divide-se em: Felogênio: localizado na parte + ex-terna do caule e da raiz, forma célu-las de preenchimento de reserva (feloderma) e células de proteção (súber), que substituem a epiderme. Câmbio: localizado + internamente no caule e na raiz, produz um tecido com vasos condutores de seiva bruta lenho ou xilema, seiva elaborada líber ou floema. Os tecidos derivados da multiplicação e diferenciação desse meristema formam a estrutura secundária do vegetal.
10 II) TECIDOS ADULTOS B) Tecidos Adultos ou Permanentes: São tecidos cujas células diferenciadas, realizam funções específicas. 1) Tecidos de Revestimento e Proteção: epiderme e súber. 2) Tecidos de Assimilação e de Reserva: Parênquimas clorofiliano (paliçádico, lacunoso) amilíferos, aquíferos e aeríferos. 3) Tecidos de Sustentação: colênquima e esclerênquima. 4) Tecidos Condutores: vasos lenhosos e liberianos.
11 1) TECIDOS DE REVESTIMENTO E PROTEÇÃO Epiderme e súber: são tecidos que revestem os vegetais; fornecem proteção; evitam a perda excessiva de água. Originada da protoderma, reveste as folhas e as partes jovens do caule e da raiz das plantas lenhosas e todo o corpo das herbáceas. É formada por uma camada de células vivas, sem clorofila, que apresentam na face externa uma cobertura chamada cutícula.
12 CUTÍCULA: constituída por um lipídio impermeável, a cutina, que impede a evaporação de água. PELOS ABSORVENTES ou radiculares: Encontrados na epiderme da raiz. Função: aumentam a superfície de absorção de água e sais minerais. PELOS ou TRICONAS: em alguns vegetais, as células da epiderme emitem projeções. Funções: plantas de clima seco: forma um emaranhado na folha que evita a perda de água por transpiração; algodão: facilitam o transporte da semente pelo vento. urtiga: contém líquido urticante defende a planta dos animais.
13 ACÚLEOS: Em plantas, como nas roseiras, a epiderme forma saliências pontiagudas os acúleos semelhantes a espinhos. Função: defesa contra predadores. Diferença entre acúleos e espinhos: ESPINHOS: são ramos atrofiados do caule (limoeiro) ou folhas modificadas (cacto); ACÚLEOS: são formações da superfície da planta, facilmente destacados (roseira). ACÚLEOS ESPINHOS
14 É outro tecido protetor encontrado no caule e na raiz das plantas lenhosas. É produzido pelo felogênio. Aparece nas partes + antigas do vegetal, substituindo regiões antes protegidas pela epiderme. Formada por células mortas e ocas, reduzidas apenas a uma parede bem reforçada por um lipídio impermeável, chamado suberina. A cortiça é obtida do súber extraído de plantas em que ele aparece muito desenvolvido, como o sombreiro, (árvore natural das regiões próximos ao mar Mediterrâneo).
15 AREJAMENTO DA PLANTA p. 91 ESTÔMATOS: são estruturas existentes na epiderme que garantem a entrada e saída dos gases CO 2 e O 2. Formados por um par de células estomáticas ou célulasguarda, clorofiladas, que delimitam uma abertura chamada ostíolo. Em volta dessas células aparecem as células anexas que não possuem clorofila.
16 Além de permitir as trocas gasosas entre a planta e o ambiente, facilitando a fotossíntese e a respiração, os estômatos podem fechar sempre que a perda de água pela transpiração ameaçar a sobrevivência da planta. Nessa situação, as células estomáticas também perdem água e murcham fechando o ostíolo. A luz também faz com que o ostíolo abra, permitindo a entrada de CO 2 para fotossíntese.
17 LENTICELAS: são estruturas de arejamento do súber, pois do mesmo modo que a epiderme, o súber é impermeável. São formadas por grupos de células arredondadas, com espaços intercelulares pelos quais o oxigênio passa para tecidos internos da planta.
18 2) TECIDOS DE ASSIMILAÇÃO E DE RESERVA Os sistemas responsáveis pela fotossíntese (assimilação) e pelo armazenamento de substância (reserva) são formados por parênquimas (conjunto de células vivas, com pouco citoplasma e grandes vacúolos); É um tecido de preenchimento encontrado em todos os órgãos vegetais. Parênquima clorofiliano (assimilação) É responsável pela fabricação da matéria orgânica do vegetal. Suas células, ricas em cloroplastos, realizam fotossíntese e são encontradas principalmente nas folhas. Pode ser de dois tipos: parênquima paliçádico parênquima lacunoso.
19 Parênquima paliçádico - as células do parênquima estão arrumadas perpendicularmente à superfície da folha. Parênquima lacunoso - Na face oposta da folha a disposição das células é irregular, com grandes espaços intercelulares - pelas quais circulam os gases utilizados ou produzidos pela fotossíntese. O conjunto formado pelos dois parênquimas constitui o mesofilo.
20 Parênquimas de reserva Amilífero: reserva amido, é encontrado nas raízes: batata-doce, beterraba, cenoura, aipim; caules: batata-inglesa, cana-de-açúcar, folhas, sementes e frutos. Aquífero: plantas de clima seco, como o cacto, o parênq. serve p/ armazenar água. Aerífero: em certas plantas aquáticas, como a vitória-régia, as células formam grandes lacunas onde o ar se acumula, facilitando a flutuação da planta.
21 ATIVIDADES Tecidos vegetais p. 88 a 92 1) Apresente a principal função dos tecidos: a) Meristema primário (2): b) Meristema secundário (2): 2) Quais são os tecidos de revestimento e proteção da planta? (3) 3) Qual a estrutura de arejamento existente na epiderme? E no súber?(2) 4) Desenhe um estômato e anote suas partes.(5) 5) Diferencie parênquima paliçádico e lacunoso. (3)
22 6) Apresente a função das estruturas anexas da epiderme (2 linhas cada): a) Cutícula: b) Pelos absorventes: c) Tricomas: d) Acúleos: e) Estômatos: 7) Apresente as funções dos parênquimas abaixo: a) Clorofiliano (2): b) Amilífero (2): c) Aquífero (2): d) Aerífero (2):
23 3) TECIDOS DE SUSTENTAÇÃO pg. 93 Formados por células de parede espessa, que dão resistência e sustentação às diferentes partes da planta. São eles: Colênquima Esclerênquima COLÊNQUIMA Localizado na periferia do caule e da folha, logo abaixo da epiderme, ele é formado por agrupamento compacto de células vivas e alongadas. Embora resistente tem grande flexibilidade, o que permite o crescimento da planta. É encontrado em plantas jovens e herbáceas, que possuem estrutura delicada.
24 ESCLERÊNQUIMA É formado de células mortas com paredes espessas, constituídas de celulose e de lignina (substância rígida e impermeável), que ajuda na sustentação da planta. Essas células são: as fibras e esclereides. As fibras são abundante no interior do caule. As esclereides são células muito duras, protegendo o embrião, por exemplo no caroço da ameixa e do pêssego.
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26 4) TECIDOS CONDUTORES DE SEIVA p. 94 Nas algas e nos musgos, as substâncias absorvidas do ambiente (água e sais) são distribuídos de célula para célula por meio da difusão e da osmose. Nas plantas vasculares ou traqueófitas, utilizam um sistema de transporte + especializado, os vasos condutores de seiva. A presença desses vasos facilita a sobrevivência em ambiente terrestre, pois ajuda o vegetal a repor rapidamente a água perdida na transpiração. Existem dois tipos de vasos condutores de seiva: os lenhosos e os liberianos.
27 VASOS LENHOSOS Transportam a seiva bruta ou mineral da raiz para as folhas, ou seja, transportam a matéria-prima para a fotossíntese. São formados por células que, quando adultas e especializadas, morrem, permanecendo apenas a parede celular com reforço de celulose e lignina. Há dois tipos de vasos lenhosos: Nos elementos de vasos, a parede celular desaparece por completo em alguns pontos e ficam perfurações que permitem a passagem de água (vasos abertos). Nas traqueídes, a lignina desaparece em alguns pontos (pontuações), mas a celulose persiste, e a seiva bruta passa por essa parede (vasos fechados).
28 XILEMA: é formado pelo conjunto dos vasos lenhosos e do parênquima e esclerênquima a eles associados. A água e os sais minerais levados pelo xilema chegam às folhas. A água e o CO 2 são usados na fotossíntese para produzir compostos orgânicos (seiva elaborada), que será distribuída para todo o corpo da planta através dos vasos liberianos.
29 VASOS LIBERIANOS As células que compõem esses vasos são vivas, alongadas e ligadas uma nas extremidades das outras. Na união entre duas células, a parede, sem espessamento de lignina, possui uma série de orifícios ou crivos por onde os dois citoplasmas se comunicam, por isso, esses vasos são também chamados de tubos crivados. Apesar de vivas as células não possuem núcleo nem parte das organelas, e sua sobrevivência depende da troca de substâncias com células adjacentes, chamadas células-companheiras. Além dos tubos crivados e células-companheiras, há fibras de esclerênquima e cés do parênquima, com função de sustentação e armazenamento de substâncias. O conjunto desses elementos forma o FLOEMA.
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31 TECIDOS SECRETORES Diversos produtos finais do metabolismo das plantas, são úteis à planta: Néctar: substância doce e perfumada produzida nas flores. Função: atrair polinizadores. Secreções: algumas plantas produzem secreções e resinas. Outro exemplo é a se-creção do látex, substância leitosa que é usada para fazer a borracha natural. Funções: afungentar insetos que se alimentam das plantas em algumas plantas como a Drósera, digerir insetos. Nas plantas de clima úmido a água na forma líquida, pode ser eliminada através das bordas das folhas. Fenômeno chamado GUTAÇÃO.
32 ATIVIDADES 1) Apresente as funções dos tecidos: a) Colênquima: (2) b) Esclerênquima: (2) c) Vasos lenhosos: (2) d) Vasos liberianos: (2)
33 2) Quais são os tecidos vegetais responsáveis pelo a) Crescimento primário (altura)? (1) b)crescimento secundário (espessura)? (1) c) Revestimento e proteção? (1) d)assimilação e reserva? (1) e) Sustentação? (1) f) Condução de seivas nas plantas? (1) 3) Como são as células que compõem os tecidos abaixo? a) Colênquima: (1) b) Esclerênquima: (1) c) Vasos lenhosos: (1) d) Vasos liberianos: (1)
34 ATIVIDADES Aplique seus conhecimentos 1 a 8 (exceto 2 e 3) - p. 105
35 REFERÊNCIA LINHARES e GEWANDSZNADER. Biologia Hoje - Os seres vivos. 2ª ed. São Paulo: Ática, v. 2, 2013.
Professora Leonilda Brandão da Silva
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