UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ RENATO VINICIUS LAU

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1 UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ RENATO VINICIUS LAU INVENTÁRIO EXTRAJUDICIAL: ANÁLISE DA PRÁTICA NOTARIAL CURITIBA 2016

2 RENATO VINICIUS LAU INVENTÁRIO EXTRAJUDICIAL: ANÁLISE DA PRÁTICA NOTARIAL Monografia apresentada ao curso de Direito da Faculdade de Ciências Jurídicas da Universidade Tuiuti do Paraná, com requisito parcial para a obtenção do título de Bacharel em Direito. Orientador: Prof: Dr. Eduardo de Oliveira Leite CURITIBA 2016 I

3 TERMO DE APROVAÇÃO RENATO VINICIUS LAU INVENTÁRIO EXTRAJUDICIAL: ANÁLISE DA PRÁTICA NOTARIAL Esta monografia foi julgada e aprovada para a obtenção do título de Bacharel do Curso de Direito da Faculdade de Ciências Jurídicas da Universidade Tuiuti do Paraná. Curitiba, de de Bacharelado em Direito Universidade Tuiuti do Paraná Professor Doutor Eduardo de Oliveira Leite Coordenador do Núcleo de Monografia Orientador: Professor Doutor Eduardo de Oliveira Leite Professor (a) Dr. (a): Membro da Banca Examinadora Professor (a) Dr. (a): Membro da Banca Examinadora Professor (a) Dr. (a): Membro da Banca Examinadora II

4 Dedico este estudo à minha esposa Daniele, aos meus filhos Mariana e Francisco, que são a razão dos meus esforços, e minha querida Avó Leocadia (in memorian). III

5 AGRADECIMENTOS Primeiramente, agradeço à Deus e Nossa Senhora por proporcionarem a oportunidade dessa trajetória, guiando-me na Fé para vencer os obstáculos que se formaram e alcançar a vitória. Agradeço a toda minha família que me apoiaram nos momentos necessários, notadamente aos meus pais que me deram o dom da vida e a educação necessária para se tornar uma pessoa integra. A minha esposa, Daniele Castanho da Cruz Lau, por estar sempre ao meu lado e compreender e apoiar nos momentos de dificuldades. Aos meus filhos, Mariana Castanho Lau e Francisco Castanho Lau, por fazerem parte da minha vida e serem o motivo de toda a dedicação desprendida profissional e intelectual. Ao Dr. Luis Flávio Fidelis Gonçalves, tabelião do Cartório Distrital de Ferraria em Campo Largo-PR, pelo incentivo e conhecimento transmitido. Ao meu orientador, Professor Dr. Eduardo de Oliveira Leite, por aceitar me orientar no desenvolvimento desse trabalho, pelo conhecimento, atenção e disponibilidade doada na presente pesquisa. Ao corpo docente e administrativo da Promoção de Ciências Jurídicas da Universidade Tuiuti do Paraná, pela atenção e conhecimento transmitido. Muito obrigado! IV

6 O tabelião foi uma das primeiras atividades que se tem noticias no Brasil. Hoje, os tabeliães têm importância substancial na vida dos cidadãos brasileiros, pois atuam como agentes da paz social, promovendo atos que garantem a segurança jurídica a pessoas físicas e empresas. Colégio Notarial do Brasil Seção do Rio Grande do Sul V

7 RESUMO Com o advento da lei /2007 tornou-se possível o processamento do inventário pela via administrativa, através de escritura pública lavrada pelo tabelião de notas. A pesquisa tem por objetivo esclarecer o procedimento utilizado no inventário extrajudicial, quais documentos são necessários para o processo e as principais questões decorrentes do inventário extrajudicial. Com a pesquisa pode-se observar que o inventário extrajudicial veio para contribuir com o cidadão e também com o judiciário, trazendo uma faculdade no processamento pela via extrajudicial, desafogando o judiciário da sobrecarga de demandas e possibilitando as partes o acesso a um procedimento mais célere, com menos burocracia e com um custo muito mais acessível, ou seja, através da lavratura da escritura pública de inventário e partilha pelo tabelião de notas, podendo as partes escolherem o cartório de sua confiança. No inventário extrajudicial deve haver a concordância das partes, caracterizando-se como um processo de primeiro mundo onde é incentivada a concordância e conciliação. Palavras-chave: Inventário extrajudicial; Escritura Pública; Tabelião de Notas; Cidadão. VI

8 SUMÁRIO INTRODUÇÃO... 1 PARTE 1 LEI DE 04 DE JANEIRO DE CAPÍTULO 1 PROJETO QUE VIROU A LEI / SEÇÃO 1 SENADO FEDERAL... 3 SEÇÃO 2 CÂMARA DOS DEPUTADOS... 3 SEÇÃO 3 PROMULGAÇÃO... 3 CAPÍTULO 2 ALTERAÇÕES QUE A LEI /2007 TROUXE NO ORDENAMENTO JURÍDICO... 4 SEÇÃO 1 CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL... 4 SEÇÃO 2 RESOLUÇÃO N. 35 CNJ... 4 PARTE 2 INVENTÁRIO EXTRAJUDICIAL... 5 CAPÍTULO 1 LOCAL DE REALIZAÇÃO DO INVENTÁRIO EXTRAJUDICIAL... 5 SEÇÃO 1 TABELIONATO DE NOTAS Competência para lavratura do inventário extrajudicial... 6 CAPÍTULO 2 REQUISITOS PARA LAVRATURA DO INVENTÁRIO EXTRAJUDICIAL... 7 SEÇÃO 1 MAIORES E CAPAZES Maioridade Capacidade civil plena Relativamente incapaz Emancipação... 8 SEÇÃO 2 CONCORDÂNCIA DAS PARTES... 9 SEÇÃO 3 ASSISTÊNCIA DE ADVOGADO OU DEFENSOR PÚBLICO... 9 SEÇÃO 4 INEXISTÊNCIA DE TESTAMENTO Testamento patrimonial VII

9 CAPÍTULO 3 DOCUMENTOS EXIGIDOS PARA LAVRATURA DA ESCRITURA SEÇÃO 1 DO FALECIDO (A) SEÇÃO 2 DO VIÚVO (A) E COMPANHEIRO (A), SE HOUVER SEÇÃO 3 DOS HERDEIROS SEÇÃO 4 DOS BENS SEÇÃO 5 DO ADVOGADO Do Imposto de Transmissão Causa Mortis (ITCMD) Desnecessidade de avaliação da Procuradoria Geral do Estado CAPÍTULO 4 REGISTRO DA ESCRITURA PÚBLICA DE INVENTÁRIO PARTE 3 QUESTÕES CONTROVERTIDAS NO IVENTÁRIO EXTRAJUDICIAL 18 CAPÍTULO 1 - VEDAÇÕES PARA A LAVRATURA DO INVENTÁRIO PELA VIA EXTRAJUDICIAL SEÇÃO 1 NASCITURO SEÇÃO 2 NEGATIVA DO TABELIÃO PARA LAVRAR A ESCRITURA PÚBLICA DE INVENTÁRIO CAPÍTULO 2 EXISTÊNCIA DE TESTAMENTO NÃO PATRIMONIAL, QUE NÃO ALTERE A SUCESSÃO LEGÍTIMA CAPÍTULO 3 FACULDADE DAS PARTES EM OPTAR PELA VIA JUDICIAL OU EXTRAJUDICIAL CAPÍTULO 4 INVENTÁRIO NEGATIVO CAPÍTULO 5 DA NOMEAÇÃO DE INVENTARIATE CAPÍTULO 6 PRAZO PARA INICIAR O INVENTÁRIO EXTRAJUDICIAL CONCLUSÃO REFERÊNCIAS VIII

10 1 INTRODUÇÃO Analisar-se-á na presente pesquisa a modalidade de realização do inventário e partilha dos bens deixados pelo falecido através da via extrajudicial. A lei de 04/01/2007 possibilitou a realização do inventário pela via administrativa, desde que os herdeiros sejam todos capazes e concordes e o falecido não tenha deixado testamento patrimonial, podendo neste caso o inventário ser realizado através de escritura pública lavrada por tabelião de notas, com participação de advogado ou defensor público no processo. Essa possibilidade veio com o objetivo de simplificar e acelerar o processo de inventário, bem como de desafogar o judiciário da sobrecarga de causas e desonerar o processo dos custos judiciais. Contudo, para atingir sua finalidade social a Lei /2007 exigiu uma interpretação dos operadores do direito e para regulamentar tal interpretação na prática notarial o Conselho Nacional de Justiça editou a resolução nº 35, que disciplina e torna uniforme a aplicação da Lei para todos os notários e registradores do Brasil. O Novo CPC/2015, em seu art. 610, 1º, manteve a disposição para lavratura da escritura pública de inventário por tabelião de notas e complementou que a escritura será titulo hábil para qualquer ato de registro (CPC/73 menciona apenas registro imobiliário), bem como trouxe em seu bojo expressamente que a escritura pública é título hábil para levantamento de importâncias depositadas em instituições financeiras. A pesquisa tem como foco o dia a dia da atividade notarial do tabelião na aplicabilidade da Lei /2007, analisando todos os requisitos para lavratura da escritura pública de inventário na esfera extrajudicial, adentrando em cada um deles, bem como a competência para lavratura da escritura pública e as peculiaridades da atividade notarial com relação ao inventário extrajudicial. Será verificado que o inventário extrajudicial não é um processo complexo, tal como as pessoas achavam antes da Lei /2007. Agora, com a possibilidade do inventário ser feito em cartório de notas, mesmo as pessoas leigas no procedimento podem acompanhar e ficar atualizadas da situação do processo, verificando quais documentos e diligencias estão faltando,

11 2 muitas vezes até auxiliando o advogado em determinadas providencias para agilizar o andamento do processo. O legislador contribuiu para com a sociedade com a edição da Lei /2007, uma vez que agora o procedimento caminha para uma solução mais célere, tanto na esfera administrativa como na judiciária que poderá focar nos processos litigiosos.

12 3 PARTE 1 LEI DE 04 DE JANEIRO DE 2007 A Lei /2007 é de origem federal, de natureza procedimental, teve o objetivo de simplificar o processo e procedimentos do inventário, mas principalmente de desonerar o judiciário da sobrecarga de causas, possibilitando alternativamente a via extrajudicial, não impedindo a via judicial nos casos que as partes optem pela mesma (LEITE, 2009), como melhor veremos no desenvolvimento desta pesquisa. CAPÍTULO 1 PROJETO QUE VIROU A LEI /2007 SEÇÃO 1 SENADO FEDERAL A Lei de 04 de janeiro de 2007 foi originaria do projeto de Lei do Senado nº. 155 de 2004, cuja autoria é do senador baiano César Borges. Inicialmente o objetivo era para desburocratizar o procedimento de inventário, tornado o processo mais célere e diminuindo os custos, criando a possibilidade de fazer o inventário extrajudicial. SEÇÃO 2 CÂMARA DOS DEPUTADOS Após tramitação no Congresso Nacional, o projeto originado no Senado, foi modificado pela Câmara dos Deputados para que, além do inventário, também fosse possível a lavratura de separação e divórcio extrajudicial, quando não houvesse filhos menores e incapazes. Com a modificação, surgiu o projeto substitutivo da Câmara dos Deputados que recebeu o número de SEÇÃO 3 PROMULGAÇÃO Após a tramitação no Congresso Nacional, a Lei /2007 foi sancionada pelo Presidente da República em 04/01/2007 e publicada no Diário Oficial da União em 05/01/2007, entrando em vigor na sua publicação.

13 4 CAPÍTULO 2 ALTERAÇÕES QUE A LEI /2007 TROUXE NO ORDENAMENTO JURÍDICO SEÇÃO 1 CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL A Lei /2007 alterou os artigos 982 e 983 da Lei de 11/01/1973 (Código de Processo Civil de 1973), que tratou sobre o inventário extrajudicial, bem como acrescentou mais quatro artigos que trataram de separação e divórcio extrajudicial, incluindo o art que tratava da partilha amigável, tirando a matéria da competência processual e possibilitando também a competência administrativa. (LEITE, 2009). A Lei de 16/03/2015 (Novo Código de Processo Civil de 2015), trouxe em seu bojo a mesma previsão para a lavratura de inventário extrajudicial, com a complementação de que a escritura pública é titulo hábil para qualquer ato de registro, assim dispõe o artigo 610 do atual Código de Processo Civil: Art Havendo testamento ou interessado incapaz, proceder-se-á ao inventário judicial. 1 o Se todos forem capazes e concordes, o inventário e a partilha poderão ser feitos por escritura pública, a qual constituirá documento hábil para qualquer ato de registro, bem como para levantamento de importância depositada em instituições financeiras. 2 o O tabelião somente lavrará a escritura pública se todas as partes interessadas estiverem assistidas por advogado ou por defensor público, cuja qualificação e assinatura constarão do ato notarial. O Código Civil de 1973 mencionada apenas registro imobiliário, porém a intenção do legislador foi que a escritura seja título hábil para registro (LEITE, 2009). Assim a complementação trazida no Novo Código de Processo Civil veio para sanar essa lacuna do legislador, fazendo constar expressamente que a escritura pública é titulo hábil para qualquer ato de registro. SEÇÃO 2 RESOLUÇÃO N. 35 CNJ Não foi estabelecido um prazo de vacatio legis para a Lei /2007 entrar em vigência. Pelo contrário foi determinado que a referida lei entrasse em vigor na data da sua publicação. Devido a isto, não houve nenhuma discussão sobre

14 5 as dúvidas geradas pela lei, trazendo o dever de interpretação ao tabelião que aplicava cotidianamente no seu ofício aos casos concretos, gerando grande divergência nos cartório relativa sua interpretação. Assim, diante das diversas divergências na aplicação da lei, foi necessária sua uniformização no território nacional. Diante disso, o Conselho Nacional de Justiça editou a Resolução nº. 35, que uniformizou a aplicabilidade da Lei /2007 na pratica da atividade notarial e registral. PARTE 2 INVENTÁRIO EXTRAJUDICIAL Antes da Lei /2007 o inventário tramitava apenas na esfera judicial, havendo a possibilidade de ser lavrada a partilha, que é uma das etapas do inventário, pela via administrava, devendo ser homologada no processo judicial (CAHALI, 2008). Como vimos, com o advento da lei /2007 tornou-se possível o processamento do inventário na via administrativa, pelo tabelião de notas, através da lavratura de uma escritura pública que será título hábil para qualquer registro. CAPÍTULO 1 LOCAL DE REALIZAÇÃO DO INVENTÁRIO EXTRAJUDICIAL SEÇÃO 1 TABELIONATO DE NOTAS O tabelionato de notas é uma atividade de exercício em caráter privado, por delegação do Poder Público, conforme art. 236 da Constituição Federal, onde o Tabelião é o titular e responsável pela serventia. Segundo Felipe Leonardo Rodrigues e Paulo Roberto Gaiber Ferreira, na obra Tabelionato de Notas, coordenada pelo Professor Christiano Cassettari (2014, p. 29), o Notário é um profissional do direito titular de uma função pública nomeado pelo Estado para conferir autenticidade aos atos e negócios jurídicos integrantes dos documentos que redige [...]. A Lei que regula a atividade notarial é a de 18/11/1994, que em seu art. 1º define a atividade como sendo de organização técnica e administrativa destinados a garantir a publicidade, autenticidade, segurança e eficácia dos atos

15 6 jurídicos. A referida Lei 8.935/94 também define a competência funcional dos tabeliães, sendo dentre elas a competência exclusiva de lavrar escrituras públicas. 1.1 Competência para lavratura do inventário extrajudicial O art. 48 do Código de Processo Civil menciona um rol de competência para a tramitação do inventário judicial. Contudo, essa regra não se aplica para a lavratura da escritura pública de inventário, tratando-se de prática extrajudicial, como emprego da escritura pública para promover o inventário e partilha, não mais se aplicam as regras de competência das leis processuais, mas as normas do art. 8º da Lei 8.935/1994 (LEITE, 2009). Assim, o tabelionato de notas poderá ser escolhido de livre e espontânea vontade das partes, conforme dispõe o art. 8º da Lei 8.935/1994 (Lei dos Cartórios): Art. 8º É livre a escolha do tabelião de notas, qualquer que seja o domicílio das partes ou o lugar de situação dos bens objeto do ato ou negócio. Como o tabelião é um prestador de serviço público, as partes podem escolher o cartório de sua preferência e confiança para realizar o processo de inventário, independente do domicilio do falecido e foro de situação dos bens, previstos na legislação processual. Contribui ainda o artigo 1º da Resolução nº. 35/2007 do Conselho Nacional de Justiça: Art. 1º - Para a lavratura dos atos notariais de que trata a Lei nº /07 é livre a escolha do tabelião de notas, não se aplicando as regras de competência do Código de Processo Civil. Na prática, geralmente o advogado contratado pela família para fazer o procedimento de inventário direciona o processo do inventário para o cartório que está acostumado a trabalhar, onde já tem um convívio profissional com os funcionários, facilitando a tramitação do processo de inventário. Essa regra não se aplica para contestar a partilha extrajudicial, mesmo que a partilha tenha sido feita em outro domicilio que não do autor da herança, ou seja, para impugnação ou anulação de partilha extrajudicial, será competente o foro de domicílio do autor da herança, conforme determina o art. 48 do CPC/2015.

16 7 CAPÍTULO 2 REQUISITOS PARA LAVRATURA DO INVENTÁRIO EXTRAJUDICIAL A Lei /2007 foi taxativa ao estabelecer alguns requisitos para que seja possível a lavratura da escritura de inventário e partilha. Determinou que se todos os herdeiros forem maiores e concordes e inexistir testamento deixado pelo autor da herança, poderá ser feito o inventário extrajudicial, bem como determinou a obrigatoriedade da assistência de advogado no ato. SEÇÃO 1 MAIORES E CAPAZES Para lavratura da escritura públicas todas as partes envolvidas no ato devem ser maiores e capazes. 1.1 Maioridade Entende-se por maioridade a pessoa que tem dezoito anos completos, assim bem mencionado pelos Professores Francisco José Cahali e Karin Regina Rick Rosa (2008, p.80), a maioridade é adquirida no primeiro instante do dia em que a pessoa completa dezoito anos. Assim, o legislador condicionou a maioridade para que seja possível a lavratura da escritura, pois com a maioridade a pessoa passa a ter a capacidade de fato ou de exercício, podendo praticar todos os atos da vida civil de forma independente, conforme dispõe o art. 5º do atual Código Civil. 1.2 Capacidade civil plena A capacidade civil plena é a aptidão de que a pessoa tem de exercer os atos da vida civil. Assim, o legislador ao restringir a lavratura da escritura não se referiu apenas a maioridade, mas também a capacidade, pois para que se possa lavrar a escritura pública não basta apenas que a pessoa seja maior, mas há necessidade que ela seja capaz de exercer os atos da vida civil. Nesse sentido nas palavras do professor Flávio Tartuce (2006, fls. 120), Toda pessoa tem capacidade de direito, mas não necessariamente a capacidade de

17 8 fato, pois pode lhe faltar a consciência sã para o exercício dos atos de natureza privada. A capacidade civil plena é a soma da capacidade de direito (maioridade civil) e a capacidade de fato (capacidade cognitiva/psíquica da pessoa). Dessa maneira, o tabelião deve analisar, além da maioridade, a capacidade que a pessoa tem de exercer a atividade civil, ou seja, deve-se verificar se a pessoa tem a capacidade de saber e entender o ato que irá praticar no cartório, manifestando sua vontade e concordância Relativamente incapaz Os relativamente incapazes, conforme disposto na Lei, não podem se valer do inventário extrajudicial, sendo classificados no art. 4º do Código Civil Brasileiro: Art. 4 o São incapazes, relativamente a certos atos ou à maneira de os exercer: I - os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos; II - os ébrios habituais e os viciados em tóxico; III - aqueles que, por causa transitória ou permanente, não puderem exprimir sua vontade; IV - os pródigos. Parágrafo único. A capacidade dos indígenas será regulada por legislação especial. Vale ressalvar que, com o advento da Lei /2016 (Estatuto da Pessoa com Deficiência), deixou de fazer parte do rol de relativamente incapazes os que por enfermidade e deficiência mental tem o discernimento reduzido, dispondo o art. 6º do referido dispositivo legal que a deficiência não afeta a plena capacidade civil da pessoa Emancipação Contudo, existe uma exceção para lavratura da escritura pública de inventário extrajudicial para os relativamente incapazes, é para os maiores de dezesseis e menores de dezoitos anos, podendo estes adquirir a capacidade civil plena antecipadamente, através da emancipação. Existe a possibilidade de cessação da incapacidade para os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos através da emancipação, possibilitando então

18 9 a lavratura da escritura pública de inventário, conforme art. 12, da Resolução nº. 35 do Conselho Nacional de Justiça. Art. 12. Admitem-se inventário e partilha extrajudiciais com viúvo(a) ou herdeiro(s) capazes, inclusive por emancipação, representado(s) por procuração formalizada por instrumento público com poderes especiais, vedada a acumulação de funções de mandatário e de assistente das partes. A emancipação pode ser dar de forma voluntária, legal ou presumida, de acordo com a situação (CAHALI, 2008), conforme dispõe o art. 5º, parágrafo único e incisos, do Código Civil Brasileiro: Art. 5 o A menoridade cessa aos dezoito anos completos, quando a pessoa fica habilitada à prática de todos os atos da vida civil. Parágrafo único. Cessará, para os menores, a incapacidade: I - pela concessão dos pais, ou de um deles na falta do outro, mediante instrumento público, independentemente de homologação judicial, ou por sentença do juiz, ouvido o tutor, se o menor tiver dezesseis anos completos; II - pelo casamento; III - pelo exercício de emprego público efetivo; IV - pela colação de grau em curso de ensino superior; V - pelo estabelecimento civil ou comercial, ou pela existência de relação de emprego, desde que, em função deles, o menor com dezesseis anos completos tenha economia própria. SEÇÃO 2 CONCORDÂNCIA DAS PARTES Outro requisito para lavratura da escritura pública de inventário trazido pela Lei /2007 é a concordância das partes. Naturalmente o legislador impôs a referida restrição, uma vez que se não houver concordância de todas as partes, ou seja, havendo litígio, não poderá o tabelião lavrar a escritura pública, pois o tabelião não tem a competência de solucionar os litígios, devendo neste caso ser instaurado judicialmente o inventário. SEÇÃO 3 ASSISTÊNCIA DE ADVOGADO OU DEFENSOR PÚBLICO Para a lavratura da escritura pública de inventário será obrigatória a assistência e assinatura de advogado, sob pena de nulidade do título por não observar a solenidade exigida (LEITE, 2009). Essa restrição à lavratura do inventário extrajudicial foi determinada pela Lei /2007 e recepcionado pelo atual Código de Processo Civil, no art. 610,

19 10 parágrafo 2º, dispondo que o tabelião somente lavrará a escritura pública se todas as partes interessadas estiverem assistidas por advogado ou por defensor público, cuja qualificação e assinatura constarão do ato notarial. Dessa forma, o tabelião não poderá lavrar a escritura sem a assistência de advogado, devendo constar no título a qualificação e assinatura do mesmo, sob pena de nulidade do ato. Nesse sentido, os professores Francisco José Cahali e Karin Regina Rick Rosa mencionam: A solenidade formal integra a forma, e, quando esta se exigir e não for observada, igualmente se estará diante de ato nulo. Assim, a presença do advogado na lavratura do ato, a sua qualificação e assinatura são essenciais para cumprimento da solenidade e da forma prescrita. A lei cria uma faculdade para os interessados, que poderão estar todos assistidos pelo mesmo advogado, ou poderão comparecer cada um com um advogado para lhe assistir. (2008, p.83) Assim, as partes possuem a faculdade de serem representadas por advogado individual ou poderão contratar apenas um advogado para representar todas, bem como menciona o Professor Dr. Eduardo de Oliveira Leite: [...] a lei cria uma opção às partes, que poderão contratar um só advogado, para defender o interesse de todos os herdeiros (advogado comum), ou cada qual poderá comparecer acompanhado de seu advogado. (2009, p. 851) Dessa forma, como o pressuposto para lavratura da escritura é a anuência e concordância das partes, não havendo conflito de interesses, por uma questão de praticidade e economia poderão as partes contratar o mesmo advogado para o processo. Ainda, como as partes comparecerão no ato e assinarão juntamente com o advogado, não precisa de procuração para este, conforme determina o art. 8º da Resolução nº. 35 do Conselho Nacional de Justiça. Contribui com a análise o Professor Eduardo de Oliveira Leite: a) se o ato notarial é praticado na presença dos herdeiros e do advogado assistente, a apresentação do instrumento de procuração torna-se desnecessária, porque não se configura a representação; b) mas, se os herdeiros não estavam presentes no momento da realização do ato notarial, terão que estar representados por alguém (advogado ou terceiro), sendo que, em ambos os casos, o representante deverá estar munido de procuração. (2009, p. 852)

20 11 Caso uma das partes não compareça ao ato, deverá esta ser representada através de procuração pública, podendo ser outorgada à terceiros ou até mesmo ao advogado assistente do processo, que neste caso atuará como procurador da parte que não irá comparecer e também como advogado assistente do processo de inventário. Outra prerrogativa que o advogado tem é de comparecer no ato como parte interessada e também como advogado, atuando em causa própria pra si e atuando em favor das demais partes, se for o caso, conforme menciona os professores Francisco José Cahali e Karin Regina Rick Rosa (2008, p. 83): Quando o interessado for advogado, ele poderá participar do ato notarial tanto nessa qualidade quanto na de advogado assistente, sendo absolutamente desnecessária a presença de outro advogado no ato notarial. SEÇÃO 4 INEXISTÊNCIA DE TESTAMENTO Para a lavratura de escritura pública de inventário extrajudicial há a necessidade da inexistência de testamento deixado pelo falecido, pois se houver testamento deverá ser feito o inventário pela via judicial e, ao contrário, não havendo, poderá mediante escritura pública (LEITE, 2009). Contudo, há grande discussão nesse contexto, pois no testamento o testador pode trazer algo que não tenha nenhuma influencia na sucessão dos bens, conforme o doutrinador Orlando Gomes (2002, p. 84) leciona: Os elementos formais do testamento têm por fim assegurar a livre e consciente manifestação da vontade do testador [...]., ainda Maria Helena Diniz (2007, p. 175) contribui dizendo: Testamento é o ato personalíssimo e revogável pelo qual alguém, de conformidade com a lei, não só dispõe, para depois de sua morte, no todo ou em parte, do seu patrimônio, mas também faz estipulações: a) extrapatrimoniais [...]. Logo, serão também válidas as disposições testamentárias de caráter não patrimonial, mesmo que testador apenas a elas se tenha limitado. Assim, a finalidade do testamento pode ser diversa, podendo contemplar o testador não apenas de disposição patrimonial, mas também de diversos outros assuntos, como exemplo um perdão que não teve coragem de falar pessoalmente e preferiu deixar em um ato de ultima vontade (CASSETARI, 2010).

21 12 Então, conforme veremos com mais profundidade a seguir nessa pesquisa, existe uma grande discussão doutrinária quanto a possibilidade da lavratura da escritura pública quando o testamento não for patrimonial e não influenciar na sucessão legal/presumida. 4.1 Testamento patrimonial O testamento patrimonial é aquele em que o testador dispõe de seu patrimônio, influenciando diretamente na ordem hereditária, evidentemente, são as disposições patrimoniais a principal finalidade do testamento (VENOSA, 2010, p. 188). Assim, havendo testamento patrimonial não poderá ser feito o processo de inventário extrajudicial, sob pena de nulidade, uma vez que se todos os herdeiros forem capazes e concordes com partilha, podem socorrer da partilha por escritura pública. Também deve não haver testamento [...] (LEITE, 2013, p. 288). CAPÍTULO 3 DOCUMENTOS EXIGIDOS PARA LAVRATURA DA ESCRITURA A Resolução nº. 35 do Conselho Nacional de Justiça estabeleceu quais documentos devem ser apresentados para lavratura da escritura pública de inventário, trazendo em seu art. 22 um rol de documentos exigidos: Art. 22. Na lavratura da escritura deverão ser apresentados os seguintes documentos: a) certidão de óbito do autor da herança; b) documento de identidade oficial e CPF das partes e do autor da herança; c) certidão comprobatória do vínculo de parentesco dos herdeiros; d) certidão de casamento do cônjuge sobrevivente e dos herdeiros casados e pacto antenupcial, se houver; e) certidão de propriedade de bens imóveis e direitos a eles relativos; f) documentos necessários à comprovação da titularidade dos bens móveis e direitos, se houver; g) certidão negativa de tributos; e h) Certificado de Cadastro de Imóvel Rural - CCIR, se houver imóvel rural a ser partilhado. No entanto, poderá haver alguma alteração na documentação exigida, pois cada Estado possui o seu Código de Normas próprio, sendo que o Código de Normas da Corregedoria da Justiça do Estado do Paraná em seu artigo 738 menciona os documentos que deverão ser apresentados para a lavratura da escritura pública, assim compreendidos:

22 13 Art Na lavratura da escritura nos casos de inventário e partilha, deverão ser apresentados, entre outros, os seguintes documentos: I - certidão de óbito do autor da herança; II - RG e CPF das partes e do autor da herança; III - certidões do registro civil comprobatórias do vínculo de parentesco dos herdeiros; IV - certidão de casamento do cônjuge sobrevivente e dos herdeiros casados; V - pacto antenupcial, se houver; VI - certidão, atual, do registro de imóveis de propriedade e ônus. Para melhor compreender e entender como ocorre à apresentação de certidões e o procedimento da escritura na pratica da atividade notarial, foi consultada a Serventia Distrital de Ferraria em Campo Largo, Comarca da Região Metropolitana de Curitiba, Estado do Paraná, cujo Tabelião é o Dr. Luis Flávio Fidelis Gonçalves, Vice Presidente do Colégio Notarial do Brasil Seção Paraná. Na prática, o procedimento para iniciar o processo para a lavratura da escritura pública de inventário e partilha é a apresentação da documentação necessária, podendo ser apresentada através de cópias tiradas na própria Serventia ou por meio digital ( ), sendo por a tendência atual pela facilidade das partes e advogados de se comunicarem e enviarem os documentos exigidos. Após o envio da documentação exigida, abaixo mencionada, o escrevente irá solicitar as certidões necessárias para confirmar a titularidade e disponibilidade do patrimônio arrolado, bem como as certidões negativas fiscais do falecido. Para esse serviço de emissão de certidões, a Serventia possibilita a contratação de um despachante que providenciará todas as certidões necessárias, não precisando as partes se preocuparem com tais diligencias, visto que na maioria dos casos não sabem como fazê-las ou não tem disponibilidade de tempo para tal. Esse serviço de despachante para emissão das certidões é para facilitar às partes, não trazendo aos mesmos, além do valor das certidões e deslocamento do despachante, nenhum ônus a mais para realização do serviço. Contudo, como já mencionado, a contratação do despachante é para facilitar para as partes, sendo uma opção única e exclusiva delas, nada impedindo que as mesmas ou o advogado optem por fazer as diligencias necessárias para emissão das referidas certidões. Caso não seja possível emitir alguma certidão em nome do falecido, por determinada restrição ou irregularidade de cadastro, as partes deverão verificar no órgão competente qual a divergência que ocorreu e regularizar a situação de forma que possibilite a emissão de certidão negativa ou positiva com efeitos de negativa.

23 14 Após apresentados todos os documentos exigidos e emitidas todas as certidões necessárias, será minutada a escritura e solicitado ao advogado a emissão do Imposto de Transmissão Causa Mortis ITCMD, juntamente com recolhimento das respectivas guias. Finalmente, após o recolhimento das guias do ITCMD serão marcadas as assinaturas, quando todas as partes, procuradores e advogados deverão comparecer na Serventia no dia e hora marcada para assinatura da escritura. A documentação e certidões exigidas na prática notarial para lavratura da escritura pública de inventaria serão as seguintes. SEÇÃO 1 DO FALECIDO (A) Os documentos necessários do falecido são: Certidão de Óbito; Documento de Identificação; CPF; Certidão Negativa emitida pela Receita Federal; Certidão Negativa emitida pela Receita Estadual do domicilio do de cujus e da localização do patrimônio arrolado; Certidão Negativa emitida pela Prefeitura Municipal do domicilio do de cujus e da localização do patrimônio arrolado; Certidão Negativa de Débitos Ambientais, se houver imóvel rural arrolado; e, Certidão Negativa de Testamento emitida pela Central Nacional de Serviços Eletrônicos Compartilhados CENSEC. Para lavratura da escritura pública as certidões emitidas em nome do falecido deverão necessariamente ser negativas ou positivas com efeitos de negativa. SEÇÃO 2 DO VIÚVO (A) E COMPANHEIRO (A), SE HOUVER Se o falecido era casado ou tinha vínculo de união estável, os documentos serão os seguintes. Da viúva: Documento de Identificação; CPF; Certidão de Casamento; endereço e profissão; Da Companheira: Documento de Identificação; CPF; Declaração de União estável, se houver; endereço e profissão. No caso de união estável, se não há escritura pública declaratória de união estável, poderão os herdeiros na própria escritura pública de inventário reconhecer tal união, não precisando de tutela judicial.

24 15 SEÇÃO 3 DOS HERDEIROS Os documentos dos herdeiros serão os seguintes: Documento de Identificação; CPF; Certidão de Nascimento, se solteiro; Certidão de Casamento, RG e CPF do cônjuge, se casado; endereço e profissão. SEÇÃO 4 DOS BENS Será necessária a apresentação dos documentos que comprovem a titularidade e disponibilidade dos bens arrolados, assim compreendidos. Se imóvel urbano: Matrícula e Negativa de Ônus e Ações Reais emitidas pelo Registro de Imóveis; Negativa Municipal emitida pela Prefeitura. Se imóvel rural: Matrícula e Negativa de Ônus e Ações Reais emitidas pelo Registro de Imóveis; Certificado de Cadastro de Imóvel Rural - CCIR emitido pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária INCRA, Negativa do Imposto Territorial Rural ITR emitida pela Receita Federal; Cadastro Ambiental Rural emitido pelo Ministério do Meio Ambiente. Se veículo: Certificado de Registro de Veículo. Se saldo bancário: Extrato atualizado. Se quotas de empresa: Contrato Social e Última alteração Contratual da empresa devidamente registrados na Junta Comercial. Havendo demais bens ou direitos, as partes deverão apresentar os documentos que comprovem a titularidade e/ou direitos do falecido. SEÇÃO 5 DO ADVOGADO O advogado deverá apresentar a seguinte documentação: Documento de Identificação Profissional, OAB; CPF; endereço; Esboço da Partilha, rascunho de como as partes acordaram a partilha dos bens; Declaração do ITCMD Web e guias de recolhimento pagas.

25 Do Imposto de Transmissão Causa Mortis (ITCMD) O Imposto de Transmissão Causa Mortis e Doação ITCMD é pago aos Estados e Distrito Federal, conforme previsto na Constituição Federal em seu art. 155, inciso I: Art Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre: I - transmissão causa mortis e doação, de quaisquer bens ou direitos; A regulamentação do ITCMD deve se dá por lei complementar. Atualmente, no Paraná a Lei de 02/10/2015, no seu Título II, regulamenta o Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doações, de Quaisquer Bens ou Direitos ITCMD. O fato gerador do ITCMD é a transmissão pela via sucessória legítima ou testamentária, inclusive a sucessão provisória, ou por doação. A alíquota do ITCMD no Paraná, conforme art. 22 da Lei /2015 é de 4% (quatro por cento) para qualquer transmissão. 5.2 Declaração do ITCMD e recolhimento. Atualmente no Paraná a declaração do ITCMD é feita pela internet, no site da Receita Estadual do Paraná, conforme Lei /2015. O ITCMD-Web é um sistema informatizado que possibilita o preenchimento e transmissão da Declaração do ITCMD à Receita Estadual, bem como a impressão da guia de recolhimento. Para que seja possível a emissão do ITCMD-Web o interessado tem que se tornar usuário dos serviços da Receita/PR, através do preenchimento de um termo de adesão dos serviços web da Receita Estadual, receberá por senha para acesso dos serviços Desnecessidade de avaliação da Procuradoria Geral do Estado Não há a necessidade de avaliação dos bens pela Procuradoria do Estado para emissão do ITCMD. A intenção do ITCMD Web foi desburocratizar o sistema de emissão do ITCMD, não sendo lógico o pedido de avaliação dos bens que é burocrático e moroso. Assim, por força do Decreto /2014, ficou dispensado o pedido de

26 17 avaliação de bens e direitos, pois com a implantação do sistema digital a verificação pela Receita Estadual do Paraná será feita por homologação com base nos documentos anexados pelo contribuinte quando da elaboração da declaração do ITCMD Web. CAPÍTULO 4 REGISTRO DA ESCRITURA PÚBLICA DE INVENTÁRIO Como já vimos, a Lei /2007 alterou o artigo 982 do Código de Processo Civil de 1973, possibilitando a lavratura de escritura pública de inventário que é título hábil para o registro imobiliário. Porém, como no inventário extrajudicial podem não ser arrolados apenas bens imóveis, tendo também outros bens como saldo bancário, carro, quotas de empresas e outros, algumas discussões foram levantadas quanto à utilização da escritura em outros departamentos. Não seria lógico fazer a escritura extrajudicial para desburocratizar o processo e ter que recorrer ao judicial para possibilitar seu cumprimento, bem diz os professores Francisco José Cahali e Karin Regina Rick Rosa (2008, p. 100): Não é crível imaginar que as pessoas tenham que recorrer ao Poder Judiciário apenas para obter um alvará, no qual o juiz se limitará a determinar o cumprimento da vontade expressa na escritura pública., ainda Christiano Cassettari (2010, pg. 151) contribui dizendo que A Lei /2007 nasce com o intuito de evitar a necessidade de homologação judicial [...]. Nesse sentido, a Resolução nº. 35 do Conselho Nacional de Justiça, em seu artigo 3º, para por fim na lacuna da lei, alargou a abrangência do registro da escritura pública, determinando que seu registro não dependerá de homologação judicial: Art. 3' As escrituras públicas de inventário e partilha, separação e divórcio consensuais não dependem de homologação judicial e são títulos hábeis para o registro civil e o registro imobiliário, para a transferência de bens e direitos, bem como para promoção de todos os atos necessários à materialização das transferências de bens e levantamento de valores (DETRAN, Junta Comercial, Registro Civil de Pessoas Jurídicas, instituições financeiras, companhias telefônicas, etc.)

27 18 Com o advento no novo Código de Processo Civil de 2015, o legislador pois fim na lacuna da lei anterior, estabelecendo no parágrafo primeiro do artigo 610 que a escritura pública é título hábil para qualquer ato de registro: Art Havendo testamento ou interessado incapaz, proceder-se-á ao inventário judicial. 1 o Se todos forem capazes e concordes, o inventário e a partilha poderão ser feitos por escritura pública, a qual constituirá documento hábil para qualquer ato de registro, bem como para levantamento de importância depositada em instituições financeiras. Assim, uma das finalidades da lei /2007 que é de simplificar o procedimento, priorizar ao Poder Judiciário a jurisdição contenciosa e desafogar o mesmo (LEITE, 2009) se tornam válidas, uma vez que independerá a escritura pública de inventário extrajudicial de qualquer intervenção judicial para que seja eficaz e produza seus efeitos, notadamente o registro da escritura na forma partilhada. O tabelião deverá orientar as partes que o título só terá eficácia para terceiros após o registro da escritura nos órgãos competentes, com o registro o título terá efeito erga omnes. Nessa linha, os professores Francisco José Cahali e Karin Regina Rick Rosa lecionam: O registro é elemento integrativo do suporte fático, e por isso atribui uma eficácia extra para o ato jurídico, além daquele efeito jurídico próprio dele decorrente. A falta do registro não implica invalidade e nem ineficácia para as partes envolvidas. Haverá ineficácia tão somente em relação aos terceiros, já que é o registro que agrega a chamada eficácia erga omnes aos atos jurídicos. (2008, p. 75) Como dito, o registro da escritura pública não implica na invalidade do ato jurídico, mas antes do mesmo a escritura somente tem eficácia entre as partes envolvidas e posterior ao registro passará a ter eficácia e validade à terceiros. PARTE 3 QUESTÕES CONTROVERTIDAS NO IVENTÁRIO EXTRAJUDICIAL A Lei /2007 trouxe, além dos benefícios ao judiciário e principalmente as partes, diversas questões controvertidas no meio jurídico (LEITE, 2009), na interpretação e aplicação pelos operadores do direito, bem como na análise de questões não contempladas pelo legisladores.

28 19 Em seguida, analisar-se-ão as principais questões que chegam à esfera extrajudicial relacionadas ao procedimento do inventário administrativo. CAPÍTULO 1 - VEDAÇÕES PARA A LAVRATURA DO INVENTÁRIO PELA VIA EXTRAJUDICIAL A lei é taxativa quanto a possibilidade de inventário por escritura pública, devendo o tabelião observar todos os requisitos legais, sob pena de nulidade do ato praticado. Como já dito pelos professores Francisco José Cahali e Karin Regina Rick Rosa (2008, p. 83): quando a lei exige ou proíbe determinada forma, o desrespeito a tal determinação tem como conseqüência a nulidade do ato jurídico. SEÇÃO 1 NASCITURO O direito não reconhece ao nascituro personalidade, o fato de ter ele capacidade para alguns atos são significa que o ordenamento lhe atribuiu personalidade (VENOSA, 2014), mas põe a salvo seus direitos, conforme mencionado no art. 2º do Código Civil Brasileiro. Silvio de Salvo Venosa (2014, p. 143), defende que o nascituro tem uma forma de direito eventual, ou seja, é um sujeito de direito no futuro, dependendo do nascimento com vida, ainda Francisco José Cahali e Karin Regina Rick Rosa (2008, p. 81) contribuem no mesmo sentido dizendo que o nascituro tem ele apenas uma potencialidade de direitos, já que sua própria personalidade se entra em estado potencial, vindo se concretizar apenas com o nascimento. Nesse sentido, recai sobre a impossibilidade da lavratura da escritura pública se o falecido deixou um herdeiro concebido no momento do falecimento, mas não nascido (CAHALI, 2008). Desta forma, havendo interessado incapaz, obrigatoriamente o inventário deve ser judicial. Essa conclusão, no nosso sentir, também vale para o caso de a viúva estar grávida do falecido (CASSETTARI, 2010). Assim, o código Civil Brasileiro traz ao nascituro o direito de suceder, confirmando a impossibilidade do inventário extrajudicial:

29 20 Art Legitimam-se a suceder as pessoas nascidas ou já concebidas no momento da abertura da sucessão. Ressalva-se ainda, que o Conselho Nacional de Justiça através da Resolução nº. 220 de 26/04/2016 alterou a o disposição da Resolução nº. 35 do mesmo Conselho, para contemplar expressamente a impossibilidade de lavratura de escritura de divórcio nos casos da esposa virago se encontrar em estado gravídico: Art. 34. As partes devem declarar ao tabelião, no ato da lavratura da escritura, que não têm filhos comuns ou, havendo, que são absolutamente capazes, indicando seus nomes e as datas de nascimento. Parágrafo único. As partes devem, ainda, declarar ao tabelião, na mesma ocasião, que o cônjuge virago não se encontra em estado gravídico, ou ao menos, que não tenha conhecimento sobre esta condição. (Incluído pela Resolução nº 220, de ) Assim, diante da impossibilidade da lavratura da escritura que houver herdeiro nascituro, deverá a viúva declarar ao tabelião que não se encontra em estado gravídico ou não tem conhecimento do mesmo, devendo tal declaração constar no título. SEÇÃO 2 NEGATIVA DO TABELIÃO PARA LAVRAR A ESCRITURA PÚBLICA DE INVENTÁRIO O Tabelião poderá se negar a lavrar a escritura pública de inventário extrajudicial, porém a negativa tem que ser por escrito, fundamentando os motivos da recusa, para querendo a parte possa procurar uma proteção judicial (CASSETTARI, 2010). Essa possibilidade está descrita no art. 32 da Resolução nº. 35 do Conselho Nacional de Justiça: Art. 32. O tabelião poderá se negar a lavrar a escritura de inventário ou partilha se houver fundados indícios de fraude ou em caso de dúvidas sobre a declaração de vontade de algum dos herdeiros, fundamentando a recusa por escrito. Da recusa do tabelião para lavrar a escritura pública de inventário caberá impetração de mandado de segurança.

30 21 Se haver a recusa do tabelião e seus motivos não forem por escrito, haverá três soluções para o impasse: (a) impetração de mandado de segurança; b) manejo de procedimento administrativo de dúvida (dúvida inversa); (c) reclamação funcional à Corregedoria-Geral da Justiça. (LEITE, 2013). CAPÍTULO 2 EXISTÊNCIA DE TESTAMENTO NÃO PATRIMONIAL, QUE NÃO ALTERE A SUCESSÃO LEGÍTIMA Existem várias discussões na doutrina sobre a impossibilidade de inventário extrajudicial se houver existência de testamento deixado pelo de cujus. A título de exemplo, é vedado o inventário extrajudicial se o autor da herança deixou testamento, entretanto se o testamento não for patrimonial, mas apenas dispuser sobre um perdão que o testador não teve coragem de dizer em vida a uma determinada pessoa (CASSETARI, 2010), poderia neste caso os herdeiros capazes e concordes optar pelo inventário extrajudicial? Pela leitura da lei /2007, não pode ser feito o inventário extrajudicial se o falecido deixou testamento. Mas e se o testamento não for patrimonial, é relevante ao processo de inventário? Nesse sentido, afirma o doutrinador Christiano Cassettari: [...] entendemos que quando o legislador menciona que havendo testamento proceder-se-á ao inventário judicial, isso deverá ocorrer somente quando houver previsão expressa sobre a disposição patrimonial que impeça a aplicação da sucessão legítima, alterando as regras de transferência da propriedade aos herdeiros legítimos, sob pena de chegarmos ao cúmulo de impedir que o inventário extrajudicial ocorra, por exemplo, no caso do testador ter feito um testamento para revogar um anterior, para que em sua sucessão sejam aplicadas as regras da sucessão legítima. (2010, p ). Contudo, tendo testamento haverá a necessidade do cumpra-se judicial, mas não sendo patrimonial o testamento, não há que se falar em impeditivo para realização do inventário judicial (CASSETTARI, 2010). Já o professor Francisco José Cahali defende que se houver testamento, independente da disposição, sua verificação é de competência exclusiva do poder

31 22 judiciário, sendo imprescindível o procedimento judicial. (CAHALI, 2008), pois não cabe ao tabelião analisar o conteúdo e validade do testamento. Nesse mesmo sentido, o Professor Dr. Eduardo de Oliveira Leite, 2009, p. 862 (apud VELOSO, Zeno. Obra citada, PP ): Não importa a forma do testamento ordinário ou especial ou natureza das disposições testamentárias, ou de o testamento já ter sito registrado ou confirmado em juízo e com o cumpra-se do juiz (...) Dada a expressão vedação legal, não há como fugir à conclusão de que a existência do testamento impede a utilização da partilha extrajudicial. Entretanto, havendo prévia manifestação judicial invalidando o testamento, a sentença retira do mundo jurídico o ato de última vontade, cabendo neste caso a possibilidade da escritura extrajudicial (CAHALI, 2008). Defendendo a mesma tese, mas no caso de testamento patrimonial, o professor Christiano Cassettari menciona que se o testamento foi invalidado o inventário poderá ser feito sem problema algum (CASSETTARI, 2010). Na hipótese de testamento invalidado, o tabelião fará constar no ato notarial tal situação, mencionado o transito em julgado da sentença que invalidou o testamento (CAHALI, 2008). Nessa seara, entende o ilustríssimo Professor Dr. Eduardo de Oliveira Leite que mesmo que haja testamento, conforme permissivo contido no art do Código Civil, poderá ser feita a partilha extrajudicial, dependendo neste caso de homologação da partilha judicialmente (LEITE, 2013), também prevendo no mesmo sentido o art. 2º da Lei /07, se os herdeiros forem capazes e o de cujus deixou testamento poderá ser feita a partilha extrajudicial, devendo ser homologada judicialmente (LEITE, 2009). No entanto, não há previsão legal no sentido da possibilidade ou não da lavratura da escritura sem homologação judicial, quando o testamento não for patrimonial, agindo os tabeliães com prudência na aplicação de doutrina nos casos concretos. Assim, mesmo que o testamento não verse sobre o patrimônio do falecido e nem altere a sucessão legítima, haverá a negativa pelos tabeliães em lavrar a escritura pública de inventário extrajudicial, sem homologação judicial, pois como dito não é de sua competência a análise do conteúdo e validade do testamento.

32 23 CAPÍTULO 3 FACULDADE DAS PARTES EM OPTAR PELA VIA JUDICIAL OU EXTRAJUDICIAL A finalidade da Lei /2007 foi simplificar e acelerar o processo de inventário, diminuir os custos com o mesmo e principalmente desafogar o judiciário da sobrecarga das causas. Contudo, se os herdeiros forem todos capazes e concordes poderão optar pela via judicial? Levanta-se a questão da faculdade das partes escolherem a via judicial para arrolamento do inventário, mesmo que preenchido todos os requisitos para o processo de inventário extrajudicial. Esse ponto tem levantado discussão no judiciário em primeira instância, pois alguns magistrados defendem que uma das finalidades da lei é desafogar o judiciário, que já é lento devido à grande quantidade de demandas, não admitindo a via judicial nos casos que estão presentes os requisitos para a esfera extrajudicial. Contudo, a jurisprudência dos nossos tribunais tem reconhecido a faculdade das partes em optarem pela via judicial ou administrativa: DIREITO PROCESSUAL CIVIL. RECURSO DE APELAÇÃO. INVENTÁRIO. PROCESSO EXTINTO POR AUSÊNCIA DE INTERESSE PROCESSUAL - IMPOSSIBILIDADE - VIA EXTRAJUDICIAL -LEI Nº / FACULDADE I - A realização do inventário/arrolamento pela via extrajudicial constitui faculdade da parte, não havendo óbice à sua efetivação mediante procedimento judicial, pelo que deve ser afastada a alegação de falta de interesse de agir, reconhecida em primeira instância II - As partes podem escolher o que melhor lhes convier para a solução do procedimento do inventário e partilha dos bens, utilizando tanto a jurisdição judicial como a escritura pública. III - Apelação provida. De acordo com o parecer ministerial. (TJ-MA - APL: MA , Relator: MARCELO CARVALHO SILVA, Data de Julgamento: 15/03/2016, SEGUNDA CÂMARA CÍVEL, Data de Publicação: 16/03/2016) Assim, como bem diz o Professor Eduardo de Oliveira Leite (2009, P. 838) [...] a nova proposta não gerou o temido efeito da desjudicialização, facultando aos herdeiros o acesso a via judicial ou administrativa. Nesse mesmo sentido, o doutrinador Christiano Cassettari entende que a Lei /007 não nasceu para desafogar o judiciário, mas sim para facilitar a vida do cidadão (CASSETTARI, 2010).

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