Tilosina Tartato. Antimicrobiano.

Transcrição

1 Tilosina Tartato Antimicrobiano

2 Índice 1. Prevalência 2. Indicação 3. Definição 4. Porfirina 5. Absorção e excreção 6. Contraindicação 7. Tratamento 8. Formas farmacêuticas 9. Referências bibliográficas

3 1. Prevalência Antimicrobiano retirado por meio de cultura de um micro-organismo semelhante ao streptomyces fradie. É um antibiótico classificado como macrolídeo desenvolvido exclusivamente para medicina veterinária. Inibe as bactérias por sua ligação à subunidade 50S ribossomal e pela síntese proteica bacteriana. O espectro de atividade limita-se principalmente a bactérias Gram-positivas (Clostridium e Campylobacter são normalmente sensíveis. Escherichia coli e Salmonella são resistentes). 2. Indicação Colite crônica; Infecções de tecidos moles; Infecção de pele causada por bactéria Gram-positiva; Mancha Lacrimal (tem sido utilizada, mas sem comprovação cientifica) 3. Definição A lágrima é uma solução levemente alcalina com uma média de ph = 7,5¹. Na lágrima do cão, os teores médios de proteína são de 0,35 g/dl, sendo 93,00% de globulina, 4,00% de albumina e 3,00% de lisozima¹.

4 Também tem imunoglobulinas, as quais incluem IgA, na maioria dos cães e IgG em, aproximadamente, 50,00% dos cães. A epífora é a manifestação clínica mais comum quando há problemas na drenagem de lágrimas. Entre as possíveis causas citam-se: Anormalidades congênitas com o ponto lacrimal pequeno; Ausência de porções do conduto nasolacrimal ou deslocamento do ponto lacrimal inferior; Atresia ou obstrução mecânica de estruturas do conduto nasolacrimal, alérgenos, distiquíase, triquíase, entrópio e ectrópio; Eversão da cartilagem da terceira pálpebra, hipertrofia com prolapso da glândula da terceira pálpebra e triquíase por pregas nasais. Condição muito comum em raças de pequeno porte, notadamente o Poodle Toy e Miniatura, Bichon Frisé, Maltês, pequenos Terrier e Chiuaua. Estas raças parecem ter uma predisposição à afecção devido à anatomia das pálpebras e da órbita, que comprometem a drenagem da lágrima. Este problema é mais evidenciado em cães de pelagem clara, pois o pelo e a pele na região nasal e ventral da pálpebra sofrem alteração de coloração com a epífora. Além disso, a epífora também pode ser causa de problema dermatológico nesta região. O uso de antibióticos, provavelmente, reduz o aparecimento da mancha associada à epífora, por alterar a composição da lágrima ou por modificar a microbiota bacteriana da superfície da pele e lágrima. A presença de porfirinas e catecolaminas na lágrima foi sugerida por Severin como causa da mancha, havendo a hipótese de que antibióticos sistêmicos causem um aprisionamento das porfirinas circulantes levando à redução da mancha.

5 4. Porfirina São pigmentos de cor púrpura de origem natural, é derivada da degradação dos glóbulos vermelhos - é produzida e excretada pela urina, fezes, lágrima e saliva. Quando a porfirina é produzida em grandes quantidades, reage com a luz gerando a coloração escura ou púrpura nas regiões onde é eliminada. Em animais é comum nos de pequeno porte em raças de pelo claro, observando-se manchas com maior intensidade na região da: face, boca, patas, genitais, ânus. 5. Absorção e excreção A Tilosina tartarato é absorvida pelo trato gastrointestinal (melhor absorvida no intestino) e excretada pela urina e bílis. 6. Contraindicação Não deve ser associado com antibióticos que competem o mesmo sitio de ligação (clindamicina, cloranfenicol) e com fármacos que tenham metabolismo hepático; - Em doses elevadas ou uso prolongado apresenta hepatoxicidade; - Cuidado com fêmeas prenhes e final de gestação; - Não administrar por via oral em roedores e coelhos; - A administração em equinos é fatal.

6 7. Tratamento CÃES: 7 15 mg/ kg/ q horas por via oral; Colite: mg/ kg/ q 8 horas com alimento. Se houver resposta, aumente o intervalo para a cada 12 horas e, eventualmente, a cada 24 horas. GATOS: 7 15mg/ kg/ q horas por via oral. 8. Formas farmacêuticas Biscoito; Capsulas; Xarope; Pasta oral. 9. Referências bibliográficas BARROS, Paulo Sergio de Moraes; Gussoni, Flavia Renata de Araujo. Epifora no cão: mensuração do ph da lágrima. Brasilian Journ al of Veterinary Research and Animal Science, 40:87-94, Disponível em acesso em 27/09/2015. ROBERTS; ERICKSON, 1962 apud GUM, 19913, p. 125.

7 PAPICH, Mark G. Manual Saunders terapêutico veterinário. 2 ed. São Paulo: MedVet.2009 Manual informativo técnico. ANDRADE, S. F. Manual de terapêutica veterinária. 3 ed. São Paulo: Roca, PLUMB. D. C. Veterinary Drug Handbook. 6th ed. St Paul, Minnesota: Lowa State Press, SPINOZA, H. de S,;GÓRNIAK, S. L,; BERNARDO, M. M. Farmacologia