A arqueologia como elemento indispensável nos processos de licenciamento ambiental. O papel da consultoria
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- Martim Fartaria Santos
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1 A arqueologia como elemento indispensável nos processos de licenciamento ambiental O papel da consultoria
2 Arqueologia aplicada O bem arqueológico como direito difuso: Direito ao passado. Arqueologia como ciência: Compreensão do passado humano. Arqueologia como profissão: Resolução de problemas modernos: interesse público; interesses múltiplos do uso do solo para o desenvolvimento.
3 Arqueólogo como mediador de expectativas IPHAN: Parceria na gestão do patrimônio. Contratante dos serviços arqueológicos: Atendimento aos requesitos legais que ordenam o licenciamento de um empreendimento. CRM Cultural Resources Management (EUA) ou Arqueologia preventiva (Brasil)
4 Gerenciando conflitos Processo Administrativo do IPHAN como espaço de negociação e mediação entre interessados. Consultoria de arqueologia: boa argumentação técnica, inclusive para discutir exigências do IPHAN.
5 Desafios da arqueologia nos estudos ambientais Projeto de arqueologia adequado a: etapas do licenciamento; características ambientais da área; tipos de empreendimento. Execução de acordo com o plano de trabalho aprovado pelo IPHAN. Consolidação dos resultados em documento conciso, claro e suficiente à satisfação dos interessados.
6 Características que impactam nas decisões e cronogramas de pesquisa TIPOLOGIA DE SÍTIOS Líticos Sambaquis Cerâmicos Arte rupestre Aterros Casas subterrâneas Geoglifos Históricos Etc. IMPLANTAÇÃO A céu aberto Sob rocha Submersos Urbanos Etc. ESTRATIGRAFIA De superfície Enterrados Unicomponenciais Multicomponenciais Etc. VARIÁVEIS AMBIENTAIS Acesso Cobertura vegetal Relevo Solo Visibilidade Clima Uso do solo Etc.
7 Como escolher a consultoria? A boa gestão do projeto começa pela Ficha de Caracterização de Atividade FCA. A consultoria arqueológica ideal é aquela que consegue defender os interesses do empreendedor frente ao IPHAN e apresentar produtos completos, buscando a celeridade do órgão.
8 O que esperar de uma consultoria de arqueologia? Experiência técnica: Portarias IPHAN x projetos e relatórios aprovados em primeira instância. Conhecimento dos diplomas legais que regem a preservação dos bens culturais acautelados. Conhecimento do licenciamento ambiental (aspectos legais e conceituais). Atitudes pró-ativas de comunicação com o IPHAN.
9 Qualidade Elaboração de projetos coerentes com o objeto de pesquisa, com previsão de custos e planejamento cuidadoso das etapas de trabalho Uso de ferramentas conceituais que promovam o conhecimento da diversidade metodológica da disciplina Inclui aplicação em campo, se necessário Uso de equipes multidisciplinares no desenvolvimento do projeto Apresentação de produtos sintéticos e de fácil leitura que contemplem todas as informações necessárias à continuidade do processo
10 Atitude O que leva à eficiência uma empresa que presta serviços de arqueologia para o licenciamento ambiental, além de contar com bons profissionais de arqueologia? Considerar cuidadosamente os contextos: Atores, legislação, ambiente físico, cenários culturais, limitações de logística e conhecimento arqueológico já existente. Um projeto bem elaborado permite localizar, adquirir e analisar os dados necessários à pesquisa, ao mesmo tempo em que se lida com interesses competitivos entre contratantes, órgão regulador, colegas de profissão e público envolvido. BLACK, SL & JOLLY, K. Archaeology by design. USA, Altamira Press, Archaeologist s toolkit, v. 1.
11 Nível II Pensado para empreendimentos de baixa e média interferência sobre as condições vigentes. Os trabalhos de arqueologia se inserem no cronograma de obras: arqueólogos residentes em campo. - Vantagens O Termo de Referência expedido pelo IPHAN equivale à LP. A publicação da Portaria de pesquisa arqueológica equivale a LI, uma vez que autoriza o acompanhamento da obra. Caso ocorra resgate, não é necessário implantar educação patrimonial. - Desvantagens Custo elevado: O acompanhamento arqueológico é uma atividade que exige muitas horas técnicas de profissionais de arqueologia, o que costuma ter custos elevados. Fator surpresa: a obra pode ser paralisada, parcial ou integralmente, a qualquer momento, se encontrado um sítio arqueológico. Neste caso, só será liberada após o resgate, que deve seguir os ritos da IN (projeto, portaria, campo, laboratório, relatórios): possivelmente após alguns meses.
12 Nível II Conclusão Recomenda-se o acompanhamento arqueológico somente nos casos em que os prazos são muito curtos para o início das obras por motivos contratuais ou de financiamento o empreendedor não pode esperar para a obtenção da LI. Tecnicamente é possível embasar o IPHAN para que um empreendimento enquadrado como Nível II pela IN seja classificado como Nível III. Pode-se indicar o Nível III se for possível esperar: menor custo, eliminação do fator surpresa e da possibilidade de paralisação das obras. Exemplos: Ampliação de aeroportos, áreas de plantio e reflorestamento (entre 100 e 1000 ha), infraestrutura agropecuária, loteamentos.
13 Nível III Pensado para empreendimentos de média a alta interferência sobre as condições vigentes, com baixa flexibilidade de localização e traçado. Corresponde a um projeto de prospecção arqueológica interventiva. Vantagens Menor quantidade de horas técnicas de profissionais de arqueologia. Menos dispendioso do que o acompanhamento. Conhecimento prévio da presença de sítios arqueológicos na área, podendo-se planejar o resgate sem impactos ao cronograma de obras. Desvantagem (em relação ao Nível II) A LI fica condicionada à manifestação do IPHAN sobre os resultados do estudo.
14 Nível III Conclusão O Nível III é vantajoso para o empreendedor que planeja e contrata os serviços de arqueologia com tempo hábil, anterior à necessidade de obtenção da LI. É possível sugerir ao IPHAN que empreendimentos classificados como Nível IV migrem para o Nível III, desde que se conheça com precisão as intervenções que devem ocorrer. Exemplo: Linhas de transmissão a partir de 138 kv com locação de estruturas e acessos já definidos. Este é o melhor enquadramento para a maioria dos empreendimentos, pois resolve em uma só etapa a LP e LI e, caso não sejam encontrados sítios, a LO.
15 Nível IV Pensado para empreendimentos de média a alta interferência sobre as condições vigentes, com traçado e localização precisos a ser definidos após a LP. Corresponde ao diagnóstico arqueológico. Vantagens A pesquisa arqueológica permite a LP antes da definição locacional do empreendimento. O empreendedor tem conhecimento prévio da presença de sítios arqueológicos na área, podendo planejar a contratação do resgate sem causar impactos ao cronograma de obras. Desvantagem O projeto arqueológico se desdobra em duas etapas (diagnóstico e prospecção) se tornando mais moroso em comparação aqueles do nível III.
16 Nível IV Alguns empreendimentos, embora enquadrados pela IN como de Nível III, não podem ser prospectados na fase de LP, pois não apresentam detalhes de projeto ou condições de acesso para a pesquisa arqueológica naquele momento. Novamente, um consultor bem preparado pode auxiliar o empreendedor a embasar o IPHAN para que um empreendimento enquadrado como Nível III pela IN seja classificado como Nível IV. Exemplos: Empreendimentos subaquáticos: dutos, derrocamento, dragagem, hidrovias. Empreendimentos urbanos: metrô.
17 Obrigada! Lúcia C. O. Juliani A Lasca Consultoria em Arqueologia lucia@alascaconsultoria.com.br
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