Bolacha, E.; Araújo, A. C.; Deus, H.; Costa, A. M.; Pereira, G.; Caranova, R.; Vicente, J.; Fonseca, P. E.
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- Elias Rico Nobre
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1 Bolacha, E.; Araújo, A. C.; Deus, H.; Costa, A. M.; Pereira, G.; Caranova, R.; Vicente, J.; Fonseca, P. E.
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3 Artefactos de idades distintas no mesmo estrato dunar. Intervenientes: Arqueólogos Local: Palheirões do Alegra, Cabo Sardão, Costa Alentejana
4 Toda a zona litoral compreendida entre o Cabo de Sines e a Zambujeira do Mar apresenta vestígios de uma ocupação arqueológica intensa, representada, quase exclusivamente, por artefactos líticos (a componente mais resistente à erosão). A sua cronologia e contexto cultural são, na maioria dos casos, difíceis de determinar. Nesta zona do litoral alentejano encontra-se referenciado o Mirense uma indústria de carácter macrolítico atribuída ao Mesolítico Inicial. A jazida dos Palheirões do Alegra constitui, porventura, a melhor testemunha deste complexo sistema de populações de caçadores-recolectores.
5 ?? Simulação em laboratório Para responder a este(s) problema(s), desenvolvem-se raciocínios, colocam-se hipóteses, aplicam-se métodos e técnicas. Simulam-se processos geológicos por analogia, fazem-se extrapolações.
6 Ensino tradicional Separação clássica dos saberes Impede abordagens globais: Dificulta a articulação entre as diversas áreas do Saber (não só entre as diversas Ciências, mas também entre estas e as Humanidades). Os problemas essenciais nunca são parcelares e os problemas globais são cada vez mais essenciais (Morin, 1999) Arqueologia GeologiA Partilham métodos, técnicas e raciocínios, nomeadamente raciocínios causais e historicamente orientados.
7 Modelação Analógica: Simula processos não observáveis Reduz significativamente o espaço e o tempo Utiliza materiais acessíveis e pouco dispendiosos Desenvolve a imaginação e a visão espacial (3D) Desenvolve a criatividade Permite a construção/reconstrução de modelos mentais Desenvolve a metacognição Permite abordagens conceptuais vastas e abrangentes
8 Trabalho experimental: Demonstrativo ou investigativo No campo ou no laboratório Contempla o controlo, a manipulação e a quantificação de variáveis Permite compreender que em Geologia nem sempre se consegue separar as diferentes variáveis (e.g. densidade e dimensão dos sedimentos) Desenvolve o gosto pelas Ciências Revela alguns dos métodos utilizados em Ciência
9 Aplicável a situações de: Ensino não formal Área de Projecto Trabalho por pesquisa Resolução de problemas Trabalho de campo/experimental Estruturação do problema: Análise global da situação (incluindo ou não visita de estudo ao local) Formulação de hipóteses (com estudo e simulação dos processos geológicos intervenientes). Análise dos diversos elementos constituintes, considerando o tempo/espaço Escolha e grau de intervenção das diferentes disciplinas Simulação dos processos naturais/antropogénicos em sala de aula/laboratório (com construção prévia do aparato).
10 Farol do Cabo Sardão Estações arqueológicas onde foram achados artefactos líticos de idades distintas Plataforma de abrasão Arriba litoral Modelo analógico da zona do Cabo Sardão
11 Erosão e transporte das areias de uma duna através de um fluxo de ar produzido por um secador de cabelo
12 Materiais: Contraplacado Acrílico Cartão Areias pintadas Secadores de cabelo Mesa Água Níveis etários/de ensino: Todos
13 Conceitos: Estratificação Consolidação de dunas Discordância angular Consolidação Erosão Variáveis: Dimensão, massa e densidade dos materiais transportados Direcção e intensidade do vento Precipitação Quantidade de areia
14 1- Possíveis questões de investigação: -Como se formam e progridem as dunas? -O que é o princípio da sobreposição? -Como se explica que artefactos de idades distintas se encontrem no mesmo estrato? -Que alterações terá sofrido o local ao longo do tempo, nomeadamente quanto à direcção do vento? E à relação com a linha de costa? 2- Formulação de hipóteses 3- Construção de aparatos (a construção de aparatos que simulem morfologias diferentes ao longo do tempo pode revelar modificações quanto à intensidade da erosão e deflação).
15 Construção do aparato: Carta topográfica 1: Em Área de Projecto, Educação Visual, Educação Tecnológica Com o apoio da Matemática, Geografia, Ciências Naturais Modelo analógico
16 Simulação da deposição de areias e artefactos: Executável em Ciências Naturais, Biologia e Geologia, Geologia, Clubes de Ciência, Centros Ciência Viva
17 Legenda: Nível 1- Vermelho Nível 2- Branco Nível 3- Roxo Deposição de areias e de artefactos de idades distintas de acordo com o princípio da sobreposição.
18 Limitações: Materiais transportados (analógicos ou não) Materiais não transportados (analógicos ou não) Espaço-temporais
19 Conceitos: Princípio da Sobreposição Registo geológico (e sua descontinuidade) Unidades de tempo (curto e longo) Processos geológicos (erosão, transporte, sedimentação, deflação, agentes transportadores) Variáveis: Intensidade e direcção dos fluxos de ar Matéria-prima, dimensão e densidade dos materiais Morfologia e estruturas da linha de costa Escala do modelo
20 Simulação da Deflação
21 Neste caso, reconstruiu-se parte da História da Humanidade e da História Geológica à custa de informações conjugadas provenientes de áreas distintas do conhecimento. A construção do conhecimento passa, pois, frequentemente (e cada vez mais) pela intersecção de saberes e metodologias inerentes a diversas disciplinas. É importante que na Escola se realizem projectos de interdisciplinaridade e de transdisciplinaridade de modo que os alunos reconheçam as particularidades das diferentes áreas do saber dentro de uma visão integrada do Conhecimento. Para a concretização destes objectivos é essencial que a formação de professores forneça uma visão integrada do Saber assim como o domínio de metodologias de projecto e de resolução de problemas.
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