TEORIA GERAL DA ADMINISTRAÇÃO

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1 TEORIA GERAL DA ADMINISTRAÇÃO Prof. Gilberto de Moraes TGA - Teoria Geral da Administração II - Professor Gilberto de Moraes - 1

2 PROGRAMA GERAL - TGA - TEORIA GERAL DA ADMINISTRAÇÃO Unidade 1 - A Teoria das Relações Humanas A importância das pessoas Origens A influência da motivação Etapas do Ciclo Motivacional Liderança Estilos de liderança A Experiência de Hawthorne Conclusões gerais Perguntas para reflexão Unidade 2 - A Teoria Comportamental A motivação humana A Hierarquia das Necessidades de Maslow Princípios Básicos da Teoria de Maslow Os 2 Fatores de Herzberg Fatores Higiênicos e Motivacionais A Teoria X e Y de Douglas McGregor Sistemas de Administração de Likert Perguntas para Reflexão Unidade 3 - A Teoria da Contingência A importância da tecnologia e do ambiente Aspectos básicos da Teoria da Contingência A importância do ambiente Ambiente Geral Ambiente de Tarefa A importância da Tecnologia Perguntas para Reflexão Unidade 4 - O presente e o futuro da Administração O novo ciclo de mudanças Características da administração atual Globalização da Economia Tecnologia Intensiva Preocupação com a ecologia e a qualidade de vida Defesa do consumidor e ênfase no cliente Redução da hierarquia Quais as oportunidades na administração? Colarinho branco x colarinho azul O que é ser um administrador bem-sucedido? Tendências da administração e mudanças Interdependência global Novos estilos de liderança e de administração A Organização no tamanho certo O que será avaliado no desempenho dos administradores do futuro Mudança no desempenho das funções da administração TGA - Teoria Geral da Administração II - Professor Gilberto de Moraes - 2

3 Unidade 1 - A Teoria das Relações Humanas A importância das pessoas essencialmente democrático, onde trabalhadores e sindicatos acusaram essas teorias de promover uma espécie de exploração mais sofisticada dos empregados em favor dos interesses dos patrões. A Teoria das Relações Humanas, portanto, veio à luz graças à necessidade de corrigir a tendência à desumanização do trabalho provocada pela aplicação de métodos científicos. Origens Também conhecida como Escola Humanística da Administração, a Teoria das Relações Humanas surgiu nos Estados Unidos, a partir da década de 30, como um movimento de reação ou mesmo de oposição à Abordagem Clássica da Administração, sobretudo no que se refere ao seu aspecto mecanicista. Historicamente, as Teorias Clássica e Científica nunca foram aceitas com naturalidade por aquele país, Movimento de Relações Humanas Abordagem administrativa que visa à motivar os empregados a conseguir o equilíbrio de objetivos que irá proporcionar maior satisfação humana e atingir as metas da empresa. 1. Necessidade de humanizar e democratizar a administração; 2. O desenvolvimento das ciências humanas, sobretudo a psicologia e a sociologia, que passaram a ser aplicadas à organização industrial; 3. As conclusões da Experiência de Hawthorne (que veremos adiante) que pôs em xeque alguns dos principais postulados da Teoria Clássica da Administração. Com o surgimento dessa teoria, muitas idéias novas, bem como termos até então desconhecidos do repertório da administração, passaram a ser introduzidos, praticamente criando uma nova linguagem. Assim, de repente, passou-se a falar de motivação, liderança, comunicação, organização informal, dinâmica de grupo etc, TGA - Teoria Geral da Administração II - Professor Gilberto de Moraes - 3

4 em contraposição aos termos clássicos: autoridade, hierarquia, racionalização do trabalho, departamentalização etc. O engenheiro e o técnico passaram a dar lugar ao psicólogo e ao sociólogo. A ênfase nas tarefas e na estrutura foi substituída pela ênfase nas pessoas. Surge uma nova concepção da natureza do homem ( o homem social), que se baseia na crença de que os trabalhadores são criaturas sociais complexas, dotados de sentimentos, desejos e temores e que seu comportamento é sempre influenciado por fatores motivacionais, além disso, afirmam que as pessoas são motivadas por necessidades humanas, alcançando sua satisfação através dos grupos sociais, com os quais se relacionam e que, por sua vez, são influenciados pelos estilos de supervisão e de liderança. A influência da motivação Uma outra conseqüência do surgimento dessa teoria foram os estudos sobre a motivação humana. Tais estudos buscavam explicar as razões ou motivos por que as pessoas se comportam dessa ou daquela forma. Motivação é entendida como sendo a tensão persistente que conduz as pessoas a algum tipo de comportamento que objetiva a satisfação de uma ou mais necessidades. Por exemplo, o organismo permanece em estado de equilíbrio psicológico, até que um estímulo qualquer crie uma determinada necessidade que, por sua vez, gera uma tensão que produzirá um comportamento com o intuito de satisfazer a necessidade. Caso isso não seja possível, o produto resulta em frustração. Caso contrário, gera satisfação. Isso é conhecido como Ciclo Motivacional. No primeiro caso, em que a necessidade não é satisfeita, o ciclo gera um moral baixo, com sentimentos de pessimismo, oposição e resistência, além de agressividade. No segundo, satisfeita a necessidade, o sentimento é de moral elevado que produz fanatismo, euforia, otimismo, cooperação, boa vontade etc. TGA - Teoria Geral da Administração II - Professor Gilberto de Moraes - 4

5 Descobriu-se, também, que o pagamento ou recompensa salarial não é o único fator decisivo na satisfação do trabalhador. Elton Mayo chamou à atenção afirmando que o ser humano não é motivado apenas por estímulos econômicos, mas por recompensas sociais, de caráter simbólico e não materiais. Etapas do Ciclo Motivacional Satisfação Satisfação Equilíbrio Estímulo ou Incentivo Necessidade Tensão Comportamento ou Ação Insatisfação (Frustração) Barreira Equilíbrio Estímulo ou Incentivo Necessidade Tensão Comportamento TGA - Teoria Geral da Administração II - Professor Gilberto de Moraes - 5

6 Liderança A Teoria Clássica preocupou-se apenas parcialmente com a liderança. Enfatizava a autoridade formal, considerando apenas a chefia dos níveis hierárquicos superiores sobre os níveis inferiores nos aspectos relacionados com as atividades dos cargos. Conceito A Escolas das Relações Humanas trouxe à tona a importância do papel da liderança, entendendo ser ela necessária em todos os tipos de organização humana, sobretudo nas empresas. Para isso, o administrador, entre outras coisas, precisa conhecer muito bem a natureza humana. A liderança pode ser considerada sob vários aspectos, a saber: a) Como um fenômeno de influência pessoal É a influência interpessoal exercida numa situação e dirigida por meio do processo de comunicação humana para a consecução de um ou mais objetivos específicos. b) Como um processo de redução da incerteza de um grupo O comportamento pelo qual se consegue essa redução é a escolha, ou seja: a tomada de decisão. Assim, o líder é um tomador de decisões ou aquele que ajuda o grupo a tomar decisões mais adequadas. c) Como uma relação funcional entre líderes e subordinados A liderança é uma função das necessidades existentes numa determinada situação e consiste numa relação entre o individuo e um grupo. d) Como um processo em função do líder, dos seguidores e de variáveis da situação TGA - Teoria Geral da Administração II - Professor Gilberto de Moraes - 6

7 A liderança existe em função das necessidades existentes em determinada situação. Depende da conjugação de características pessoais do líder, dos subordinados e da situação que os envolve. O bom líder seria aquele que fosse capaz de conjugar esses 3 fatores, não havendo um tipo único e exclusivo para cada situação. Estilos de Liderança Os 3 estilos conhecidos de liderança referem-se àquilo que o líder faz, ou seja: a maneira como ele age, como se apresenta para o grupo. A tabela abaixo, citada por Chiavenato, mostra bem as características relativas aos 3 estilos. Veja e compare. AUTOCRÁTICA DEMOCRÁTICA LIBERAL (laissez-faire) Há liberdade total para as As diretrizes são O líder fixa as diretrizes decisões grupais ou debatidas e decididas pelo sem a participação do individuais, sendo que a grupo, estimulado e grupo participação do líder é assistido pelo líder mínima O líder determina as providencias para a execução das tarefas, cada uma por vez, na medida em que se tornam necessárias e de modo imprevisível para o grupo O líder determina a tarefa que cada um deve executar e o seu companheiro de trabalho O líder é dominador e pessoal nos elogios e nas críticas ao trabalho de cada membro NO LÍDER O grupo esboça as providencias para atingir o alvo e pede aconselhamento do líder, que sugere alternativas para o grupo escolher. As tarefas ganham novas perspectivas com os debates A divisão das tarefas fica a critério do grupo e cada membro tem liberdade de escolher seus companheiros de trabalho O líder procura ser um membro normal do grupo, em espírito. O líder é objetivo e limita-se aos fatos nas críticas e elogios LÍDER E A participação do líder é limitada, apresentando apenas materiais variados ao grupo, esclarecendo que poderia fornecer informações desde que as pedissem A divisão das tarefas e escolha dos colegas fica totalmente a cargo do grupo. Absoluta falta de participação do líder O líder não avalia o grupo nem controla os acontecimentos. Apenas comenta as atividades quando perguntado SUBORDINADOS SUBORDINADOS Foco Foco Foco TGA - Teoria Geral da Administração II - Professor Gilberto de Moraes - 7

8 A Experiência de Hawthorne Grupo Experimental (Teste) É o grupo formado para participar de uma pesquisa sobre o qual se aplicam mudanças em suas condições normais de trabalho. fadiga, dos acidentes de trabalho, da rotatividade de pessoal e do efeito das condições físicas de trabalho sobre a produtividade dos trabalhadores. O objetivo da experiência não foi melhorar a produtividade, mas sim conhecer melhor os empregados. A Western Electric Company possuía um departamento de montagem de relés de telefone, no qual só havia moças, as quais executavam O Conselho Nacional de Ciências iniciou uma experiência, em 1927, numa fábrica da Western Electric Company, localizada em Chicago (EUA), no bairro de Hawthorne, com o objetivo de determinar a relação entre intensidade da iluminação e eficiência dos empregados, a qual foi medida através da produção. Essa pesquisa ampliou bastante o seu campo de conhecimento e estendeu-se também ao estudo da atividades consideradas rotineiras, mas que dependiam de habilidades como rapidez e destreza. A experiência constou de algumas fases, a saber: 1 a. Fase Grupo de Controle (referência) É o grupo que trabalha sempre nas mesmas condições e que é utilizado para comparar resultados com o grupo experimental. Dois grupos de operários foram escolhidos para observação. Um, denominado grupo de teste, trabalhou sob intensidade de luz variável e o outro, chamado grupo de referência, trabalhou sob luz constante. TGA - Teoria Geral da Administração II - Professor Gilberto de Moraes - 8

9 Como se sabe, o objetivo do experimento foi conhecer o efeito da iluminação sobre o rendimento dos empregados. Durante essa fase, não foram observadas variações de rendimento dos empregados, o que desapontou os pesquisadores que esperavam outros resultados. Na verdade, o que ficou evidente foi a influência de fatores psicológicos, uma vez que os operários se sentiam na obrigação de produzir mais quando a intensidade de luz era aumentada e, ao contrário, passavam a produzir menos, quando eram levados a crer que a intensidade de luz havia diminuído. Para provar isso, os pesquisadores trocaram as lâmpadas por outras de mesma potência, fazendo com que os operários acreditassem que a intensidade variava. Conclusão: Com efeito, a relação entre condições físicas e eficiência dos empregados pode ser afetada por condições psicológicas, ao contrário do que acreditam os seguidores da Escola Clássica. 2a. Fase Nesta fase, foram convidadas 6 moças para formar um grupo de observação que trabalhou numa sala de provas de montagem de relés, 5 das quais trabalhavam na montagem dos relés, sendo que a outra era incumbida de fornecer as peças necessárias para que o trabalho fosse feito. Durante essa fase os pesquisadores procuraram manter sob controle todas as variáveis que diziam respeito aos fatores fisiológicos, tais como: produção individual, condições de temperatura, alimentação, descanso etc. Além de um supervisor comum, o grupo experimental tinha também uma espécie de observador, que ficava na sala e era incumbido de coordenar as atividades, além de tentar manter o espírito de cooperação das moças. Após ter sido registrada a produção normal das operárias em seu local original de trabalho, isso sem que elas soubessem, passou-se a introduzir uma série de modificações no ambiente de trabalho do grupo experimental, com o intuito de verificar que tipo de alterações ocorriam quando, por exemplo o Modificou-se o sistema de pagamento para pagamento por peça produzida e não por pagamento uniforme, independente da produção. Houve aumento da produção. TGA - Teoria Geral da Administração II - Professor Gilberto de Moraes - 9

10 o o o Introduziu-se 1 intervalo para descanso de 5 minutos pela manhã e outro à tarde. Depois, esse intervalo foi aumentado para 10 minutos, observando-se um novo aumento da produção. Quando, no entanto, os intervalos foram aumentados para 3, as moças reclamaram, alegando perda de ritmo e a produção caiu. Quando os intervalos voltaram a ser de 10 minutos, acrescidos de um lanche, a produção voltou a crescer, agora de forma considerável; Um novo aumento da produção pôde ser observado quando o grupo experimental passou a trabalhar somente até às 16h30 e não até às 17h00 ; Quando se estabeleceu uma semana de cinco dias, com sábado livre para o grupo experimental, um novo aumento da produção foi constatado. Algumas conclusões relativas à essa fase: 1. As moças alegaram preferir o trabalho na sala de provas, aonde foi feito o experimento, porque, segundo elas, isso era mais divertido, além do que o tipo de supervisão era considerado menos rígido, fazendo com que elas pudessem trabalhar com menos ansiedade e mais liberdade. 2. Alegaram também uma maior satisfação no trabalho, em decorrência de um ambiente mais amistoso e sem pressões, além de não temerem o supervisor. 3. Houve também um desenvolvimento social do grupo, sendo que o relacionamento interpessoal foi intensificado, inclusive para fora da empresa; 4. O grupo experimental desenvolveu liderança e objetivos comuns, como por exemplo o de aumentar continuamente a produção. 3a. Fase Sensíveis com as diferenças observadas entre os grupos experimental e de controle, os pesquisadores resolveram fixar-se em definitivo no estudo da influência das relações humanas. Em 1928, iniciaram um programa de entrevista no setor de inspeção que mais tarde foi estendido para outros setores da fábrica. Esse programa teve por objetivo ouvir as pessoas e saber suas opiniões quanto ao trabalho que executavam e quanto ao tratamento que recebiam. O resultado foi a constatação da existência de um comportamento resultante do agrupamento informal dos operários, com o objetivo de se protegerem daquilo que consideravam ameaças da administração contra o seu bem-estar. Descobriu-se, então, a Organização Informal. TGA - Teoria Geral da Administração II - Professor Gilberto de Moraes - 10

11 4a. Fase Com a constatação da existência da organização informal, resolveram analisar mais de perto a organização informal. Para isso, escolheu-se um grupo formado por 9 operadores, 9 soldadores e 2 inspetores, o qual passou a trabalhar em uma sala especial em condições idênticas de trabalho. Na sala havia um observador e um entrevistador que permanecia do lado de fora entrevistando aqueles operários. Uma das constatações foi que os operários lançavam mão de uma artimanha interessante: tão logo os operários montassem aquilo que julgavam ser a produção normal, imediatamente reduziam o ritmo de trabalho, passando a contabilizar a produção em excesso no sentido de compensar a de um outro dia deficiente. Isso se deveu, segundo os pesquisadores, a uma certa uniformidade de sentimentos e coesão grupal. Conclusões Gerais Abaixo, você encontra um resumo das conclusões: Essa experiência permitiu supor que boa parte dos pressupostos da Teoria Clássica estavam incorretos, além do que serviram para desenvolver os princípios básicos da Escola de relações Humanas, a qual passou a afirmar que o nível da produção é resultante da integração social e não determinado pela capacidade física do empregado. Ressaltou, também, a importância das normas sociais e das expectativas que a cercam. Os trabalhadores não reagem isoladamente, mas sim como membros de grupos. Cada grupo social desenvolve crenças e expectativas com relação à administração que acabam por influir nas atitudes, normas e padrões de comportamento que o grupo entende como admissíveis. A empresa é formada por grupos informais em contraposição à organização formal. Eles acabam por definir suas regras, formas de recompensa ou sanções. TGA - Teoria Geral da Administração II - Professor Gilberto de Moraes - 11

12 Cada indivíduo participa de grupos sociais e mantém-se em uma constante interação social, influenciando os demais. Ao contrário daquilo que pensava a Escola Clássica, a especialização do trabalho não é a maneira mais eficiente de divisão do trabalho. Muito mais importante é o conteúdo e a natureza do trabalho. Segundo Elton Mayo, um dos principais pensadores da Escola de Relações Humanas, O trabalho é uma atividade tipicamente grupal. O operário não reage como indivíduo isolado, mas sim como membro de um grupo. A tarefa básica da administração é formar uma elite capaz de compreender e comunicar-se com o pessoal. A pessoa humana é motivada pela necessidade de estar em grupo. TGA - Teoria Geral da Administração II - Professor Gilberto de Moraes - 12

13 Atividade - Perguntas para Reflexão 1- Quais foram as origens da Teoria das Relações Humanas? 2- Dê o conceito de motivação. 1- Explique o que você entende por Ciclo Motivacional, dando um exemplo prático. 2- Explique os 4 aspectos que a liderança pode ser considerada. 3- Cite e explique os estilos de liderança estudados. 4- Qual foi a importância da Experiência de Hawthorne para a criação da Escola de Relações Humanas? Cite as suas principais conclusões. TGA - Teoria Geral da Administração II - Professor Gilberto de Moraes - 13

14 Unidade 2 - A Teoria Comportamental Também chamada de Teoria Behaviorista (Behavior = Comportamento), essa abordagem foi caracterizada pelo abandono das posições normativas e prescritivas das teorias estudadas anteriormente, adotando uma posição mais explicativa e descritiva. Surgida no final dos anos 40, ela propôs uma ampla redefinição dos conceitos administrativos, representando uma nova tentativa de síntese da teoria da organização formal, embora ainda com ênfase nas relações humanas. Ela tece críticas à Teoria da Relações Humanas, sobretudo com relação ao seu aspecto ingênuo e romântico e à Teoria Clássica, principalmente no que tange aos seus princípios gerais da administração, ao conceito de autoridade formal e à posição rígida e mecanicista adotada por essa abordagem. São expoentes da Teoria Comportamental nomes como: Herbert Alexander Simon, a quem se atribui o início dos trabalhos, com a publicação, em 1947, do livro Comportamento Administrativo, Chester Barnard, Douglas McGregor, Rensis Likert e Chris Argyris. No terreno da motivação humana, destacam-se Abraham Maslow, Frederick Herzberg e David McClelland. A seguir, veremos algumas das principais contribuições de alguns desses autores. A Motivação Humana Vimos que A Teoria das Relações Humanas também abordou a motivação como um importante fator e que tais estudos buscavam explicar as razões ou motivos por que as pessoas se comportam dessa ou daquela forma. Os behavioristas, por sua vez, trabalharam no sentido de ampliar essa contribuição, entendendo que o administrador precisa conhecer as necessidades humanas, pois só assim poderá compreender o comportamento humano e utilizar a motivação como meio para promover melhorias da qualidade de vida dentro das organizações. TGA - Teoria Geral da Administração II - Professor Gilberto de Moraes - 14

15 A Hierarquia das Necessidades de Maslow Abraham Maslow criou uma teoria, segundo a qual as necessidades humanas estão organizadas e dispostas em níveis, estabelecendo uma espécie de hierarquia de importância e influencia e que pode ser vista como uma pirâmide, em cuja base encontram-se as necessidades mais baixas (necessidades fisiológicas) e no topo, aquelas consideradas mais elevadas (necessidades de auto-realização), como mostra a figura abaixo: Auto- Realização Estima Sociais Segurança Fisiológicas TGA - Teoria Geral da Administração II - Professor Gilberto de Moraes - 15

16 Este quadro mostra o significado de cada uma das necessidades, assim como seus respectivos meios de satisfação. Necessidades Tipo Significado Meios de Satisfação Alimentação (fome e sede), sono e Intervalo para Fisiológicas Primária repouso, abrigo, desejo sexual. descanso, conforto Relacionadas com a sobrevivência e com físico, horário de a perpetuação da espécie. trabalho compatível Segurança Primária Sociais Secundária Estima Secundária Auto-Realização Secundária Princípios Básicos da Teoria de Maslow Busca de proteção contra a ameaça ou privação, fuga ao perigo. Associação, participação, aceitação por parte dos companheiros, afeto e amor. A maneira como o indivíduo se vê e se avalia. Auto-apreciação, autoconfiança, aprovação social, respeito, status etc. Realização do próprio potencial e do autodesenvolvimento continuo Condições seguras no trabalho, remuneração e benefícios condizentes, estabilidade no emprego. Amizade com colegas, interação com clientes e relacionamento amigável com a chefia. Responsabilidade pelos resultados, orgulho e reconhecimento, promoções. Trabalho criativo e desafiante, diversidade e autonomia, participação nas decisões. 1. Somente quando um nível inferior da necessidade é satisfeito é que um outro nível, imediatamente mais elevado, surge no comportamento. É fundamental compreender que quando uma necessidade é satisfeita, ela deixa de ser motivadora do comportamento, dando oportunidade para que um nível mais elevado possa surgir; TGA - Teoria Geral da Administração II - Professor Gilberto de Moraes - 16

17 2. Quando as necessidades mais baixas estão satisfeitas, as demais passam a dominar o comportamento. No entanto, quando uma necessidade de nível mais baixo deixa de ser satisfeita, ela tende a retornar, enquanto gerar tensão no organismo, sendo que a necessidade mais premente, mais urgente, acaba monopolizando o indivíduo, levando-o a mobilizar as diversas faculdades do organismo no sentido de atendê-la. 3. Cada pessoa possui sempre mais de uma motivação. Todos os níveis de motivação atuam conjuntamente no organismo, as necessidades mais elevadas, desde que estas sejam satisfeitas. Toda necessidade está relacionada com o estado de satisfação e insatisfação de outras necessidades. Seu efeito sobre o organismo é sempre global e nunca isolado. Os 2 Fatores de Herzberg Para Frederick Herzberg existem 2 fatores que orientam o comportamento humano na empresa: 1. Fatores Higiênicos; 2. Fatores Motivacionais. Fatores Higiênicos Também chamados de extrínsecos (externos) porque localizamse no ambiente que rodeia as pessoas. São fatores que são administrados pela empresa e, portanto, fora do controle das pessoas. Como exemplo temos o salário, benefícios sociais, tipos (estilos) de chefia ou supervisão proporcionados para as pessoas, condições físicas e ambientais de trabalho, políticas e diretrizes, regulamentos internos etc. Herzberg descobriu que quando esses fatores estão presentes e são considerados ótimos, eles apenas contribuem para evitar a insatisfação e não para motivar ou satisfazer as pessoas. Quando eles não estão presentes, isso causaria insatisfação. TGA - Teoria Geral da Administração II - Professor Gilberto de Moraes - 17

18 Fatores Motivacionais São também chamados de fatores intrínsecos (internos) uma vez que relacionam-se com aspectos do conteúdo do cargo e com a natureza das tarefas executadas pelas pessoas. Esses, ao contrário, estão sob o controle dos indivíduos, pois relacionam-se com tudo aquilo que ele realiza. Como exemplo temos: sentimentos de crescimento individual, reconhecimento profissional e de autorealização. Quando os fatores motivacionais estão presentes e são considerados ótimos, eles, com efeito, provocam a satisfação motivando as pessoas. Contudo, quando são precários, evitam a satisfação. A Tabela abaixo, mostra as relações entre ambos os fatores FATORES MOTIVACIONAIS Conteúdo do Cargo (Como a pessoa se sente em relação ao seu cargo) FATORES HIGIENICOS Contexto do Cargo (Como a pessoa se sente em relação à sua empresa) O trabalho em si As condições de trabalho Realização Administração da empresa Reconhecimento Salário Progresso profissional Relações com o supervisor Responsabilidade Benefícios e serviços sociais A Teoria X e Y de Douglas McGregor McGregor compara dois estilos opostos de administrar pessoas. De um lado, considerando um estilo baseado na teoria tradicional, mecanicista e pragmática (Teoria X). Por outro lado, considera um estilo baseado nas concepções modernas a respeito daquilo que se conhece acerca do comportamento humano (Teoria Y). TGA - Teoria Geral da Administração II - Professor Gilberto de Moraes - 18

19 Teoria X É a concepção tradicional de administração, baseada em algumas premissas consideradas como sendo incorretas sobre o comportamento humano, tais como: O homem é indolente e preguiçoso por natureza: evita o trabalho ou trabalha o mínimo necessário em troca de recompensas salariais ou materiais; O homem é desprovido de ambição. Não gosta de assumir responsabilidades e sempre prefere ser dirigido; O fato de ser dependente torna-o incapaz de autocontrole e autodisciplina: ele precisa ser dirigido e controlado pela administração. Nesse caso, não é difícil imaginar como seria um estilo de administração com chefes e supervisores pensando dessa maneira: um estilo duro, rígido e autocrático, fazendo com que as pessoas trabalhem sob esquemas e padrões planejados e organizados, sempre tendo em vista os objetivos da organização. Basicamente, a Teoria X reflete o estilo de administração da abordagem científica de Taylor, da Teoria clássica de Fayol e da Burocracia de Weber, vistas anteriormente. Teoria Y É a moderna concepção de administração, segundo a Teoria Comportamental baseada em algumas premissas consideradas atuais e sem preconceitos, tais como: As pessoas não têm desprazer em trabalhar. O trabalho pode ser uma fonte de satisfação e recompensa (quando voluntariamente desempenhado) ou uma fonte de punição (quando é evitado sempre que possível). A aplicação do esforço físico ou mental em um trabalho é tão natural quanto jogar ou descansar; TGA - Teoria Geral da Administração II - Professor Gilberto de Moraes - 19

20 As pessoas não são, por natureza, passivas ou resistentes às necessidades da empresa: elas podem tornar-se assim, como resultado de sua experiência profissional negativa em outras organizações. As pessoas têm motivação, potencial de desenvolvimento, padrões de comportamento e capacidade para assumir responsabilidades. A capacidade de imaginação e criatividade na solução de problemas empresariais é amplamente distribuída entre as pessoas; Nesse caso, a Teoria Y desenvolve um estilo administrativo aberto, dinâmico e democrático, sendo que administrar é sinônimo de criação de oportunidades, liberação do potencial e remoção de obstáculos. As empresas que aplicam a Teoria Y, em geral são aquelas cujo estilo promove a existência de algumas medidas, consideradas inovadoras e humanistas, a saber: Descentralização de decisões e delegação de responsabilidades; Ampliação do cargo para maior significado do trabalho; Participação nas decisões e administração consultiva; Auto-avaliação do desempenho. Sistemas de Administração de Likert Rensis Likert propôs que a administração é um processo relativo no qual não existem normas e princípios universais que são válidos para todas as situações. A administração nunca é igual em todas as organizações, assumindo aspectos diferentes dependendo das condições internas e externas da organização. Ele sugeriu uma classificação de sistemas de administração, definindo 4 perfis organizacionais que, por sua vez, são caracterizados em relação a 4 variáveis, conforme mostra a tabela abaixo, extraída do livro Teoria Geral da Administração, de Idalberto Chiavenato TGA - Teoria Geral da Administração II - Professor Gilberto de Moraes - 20

21 Variáveis Principais Processo Decisorial Sistema de Comunicações Relações Interpessoais Sistemas de Recompensas e Punições SISTEMAS DE ADMINISTRAÇÃO Autoritário Autoritário Consultivo Participativo Coercitivo Benevolente Totalmente centralizado na cúpula Muito precário. Apenas comunicações verticais e descendentes carregando ordens Provocam desconfiança. Organização informal é vedada e considerada prejudicial. Cargos confinam as pessoas. Utilização de punições e medidas disciplinares. Obediência estrita aos regulamentos internos. Raras recompensas (estritamente salariais) Centralizado na cúpula, mas permite alguma delegação, de caráter rotineiro Relativamente precário, prevalecendo comunicações descendentes sobre as ascendentes São toleradas com condescendência. Organização informal é incipiente e considerada uma ameaça à empresa. Utilização de punições e medidas disciplinares, mas com menor arbitrariedade. Recompensas salariais e raras recompensas sociais Consulta aos níveis inferiores, permitindo participação e delegação A cúpula procura facilitar o fluxo no sentido vertical (descendente e ascendente) e horizontal Certa confiança nas pessoas e nas relações. A cúpula facilita a organização informal sadia. Utilização de recompensas materiais (principalmente salários). Recompensas sociais ocasionais. Raras punições ou castigos. Totalmente descentralizado. A cúpula define políticas e controla os resultados Sistemas de comunicação eficientes são fundamentais para o sucesso da empresa. Trabalho em equipes. Formação de grupos é importante. Confiança mútua. Participação e envolvimento grupal intensos Utilização de recompensas sociais e recompensas materiais e salariais. Punições são rarase, quando ocorrem, são definidas pelas equipes. TGA - Teoria Geral da Administração II - Professor Gilberto de Moraes - 21

22 Perguntas Para Reflexão 1- Fale um pouco sobre as origens da Teoria Comportamental. 2- Cite os principais nomes ligados à Teoria comportamental? 3- Qual é o principal foco de preocupação dos Behavioristas em relação à motivação humana? 4- Explique a Hierarquia das Necessidades de Maslow. Cite um exemplo do nosso cotidiano para ilustrar a sua explanação. TGA - Teoria Geral da Administração II - Professor Gilberto de Moraes - 22

23 5- Um dos princípios básicos dessa teoria diz que quando uma necessidade é satisfeita, ela deixa de ser motivadora do comportamento. Explique essa afirmação com mais detalhes. 6- O que você entende por Fatores Higiênicos e Fatores Motivacionais, segundo a Teoria de Herzberg? 7- Explique o que é a Teoria X e Y de D. McGregor, citando um exemplo prático. 8- Rensis Likert disse que a administração nunca é igual em todas as organizações, assumindo aspectos diferentes dependendo das condições internas e externas da organização. Para isso, sugeriu uma classificação de sistemas de administração com base em 4 perfis organizacionais, descrevendo suas principais características. TGA - Teoria Geral da Administração II - Professor Gilberto de Moraes - 23

24 ESTUDO DE CASO 4: OS MISERÁVEIS Poderia ter acontecido em Paris, no século XVIII. No romance Os Miseráveis, Jean Valjean rouba pão e é condenado a 19 anos de prisão. Mas, aconteceu em São Bernardo do Campo, no final de O operário J., 44 anos de idade, foi detido pelos guardas de segurança da Forjaria São Bernardo, do grupo SIFCO. Levava dois pãezinhos, que, segundo a empresa, eram "três ou quatro", furtados da lanchonete. J. foi chamado no dia seguinte ao departamento de pessoal, para ser demitido. Fazia tempo suspeitava-se de J., o qual, uma vez apanhado, confessara que sempre levava os pães, para comer durante o horário de trabalho, porque sofria de gastrite e a comida do refeitório lhe fazia mal. O fato, havia muito tempo, era de conhecimento de seus colegas e de seu chefe. J. era agora um ladrão desempregado. Seus 20 anos de serviço sem repreensão na SIFCO transformaram-se em nada. Foi para casa, dois quartos e sala, ao encontro da família, mulher e dois filhos. Para a administração de recursos humanos da SIFCO, o caso estava encerrado. Porém, no dia seguinte, "os encrenqueiros do sindicato" começaram a fazer barulho na porta da fábrica. Num comunicado ao público, a SIFCO informou que o metalúrgico J. cometera falta grave e havia sido demitido por justa causa. O caso chamou a atenção da imprensa e saiu nos jornais. A diretoria da SIFCO, sediada em Jundiaí, São Paulo, viu o tamanho do problema e percebeu que castigar quem rouba pão é má idéia desde que Victor Hugo contou a história de Valjean. Numa reunião, os diretores decidiram voltar atrás, por causa da publicidade negativa. Alguns dias depois, novo comunicado nos jornais informava que a SIFCO considerava a demissão do agora senhor J. "um fato isolado, lamentável e equivocado". Ele estava sendo reabilitado e chamado de volta ao emprego. Ao voltar, disse o senhor J.: - Eu gosto da empresa. Tudo o que tenho foi dela que recebi. Não quero que ela seja prejudicada. TGA - Teoria Geral da Administração II - Professor Gilberto de Moraes - 24

25 QUESTÕES PARA DEBATE 1. Comente a decisão de demitir o senhor J. É certa ou errada? Por que? 2. Comente a decisão da empresa, de reconhecer o erro e reverter a decisão. 3. Se você fosse diretor da empresa, diria o que ao gerente de recursos humanos, que demitiu o senhor J.? 4. Se você fosse o gerente de recursos humanos da fábrica, como teria agido? O que ele deveria fazer agora, que a diretoria modificou sua decisão? 5. Nas empresas que você conhece, o que acontece se alguém levar os pães que são distribuídos no restaurante? 6. Comente os aspectos éticos e comportamentais deste caso. Estudo de caso preparado pelo professor Antonio Cesar Amaru Maximiano, da FEA-USP. TGA - Teoria Geral da Administração II - Professor Gilberto de Moraes - 25

26 Unidade 3 - A Teoria da Contingência - A importância da tecnologia e do ambiente A palavra contingência significa algo incerto ou eventual que pode suceder ou não. Refere-se a uma proposição cuja verdade ou falsidade somente pode ser conhecida mediante a experiência ou vivência e não através da razão. Sua ênfase está centrada na importância do ambiente e da tecnologia. A Teoria da Contingência sustenta que não há nada de absoluto nas organizações ou na teoria administrativa, isto é: tudo é relativo. Ela defende que existe uma relação funcional entre as condições do ambiente e as técnicas administrativas necessárias para o alcance eficaz dos objetivos da organização. As variáveis ambientais são variáveis independentes, enquanto as técnicas administrativas são variáveis dependentes dentro de uma relação funcional. Em 1962, Alfred Chandler realizou estudos com respeito às mudanças estruturais relacionadas com as estratégias de negócios, concluindo que ambientes diferentes levam as organizações a adotar formas de atuação igualmente distintas, isto é, moldam as suas estruturas de forma a se adaptarem ao ambiente. TGA - Teoria Geral da Administração II - Professor Gilberto de Moraes - 26

27 Burns e Slalker, dois renomados sociólogos, concluíram, por exemplo, que as formas mecanicistas de organização adaptam-se melhor às condições ambientais estáveis, ao contrário do que ocorre com as formas orgânicas, mais ajustadas aos ambientes em condições de mudança e inovação constantes. Como efeito, a Abordagem contingencial procura combinar os aspectos mais positivos das outras teorias. Afirma que condições e situações diferentes exigiriam a utilização/aplicação de técnicas diferentes de administração, assim como mostra a figura abaixo: Abordagem por tentativa-e-erro Abordagem Científica Abordagem Comportamental ABORDAGEM CONTINGENCIAL Abordagem Sistêmica Os autores sustentam que existem poucas verdades, conceitos ou princípios universais que realmente possam ser aplicados em todos os casos. Ao invés disso, cada situação na empresa deve ser abordada com uma atitude de: isso depende. As organizações precisam ser sistematicamente ajustadas às condições ambientais. A partir daí, os teóricos da Abordagem contingencial, procuraram elucidar os estilos de abordagem que podem ser melhor explicados em circunstancias diversas. Aspectos Básicos da Teoria da Contingência A organização é um sistema aberto, ou seja, de natureza sistêmica; 1) As características organizacionais apresentam uma interação entre si e com o ambiente; 2) Chamam-se variáveis independentes as características ambientais e variáveis dependentes as organizacionais, as quais dependem daquelas; TGA - Teoria Geral da Administração II - Professor Gilberto de Moraes - 27

28 A importância do ambiente Ambiente Geral; Ambiente de Tarefa. Ambiente Geral Ambiente é a situação dentro da qual uma empresa está inserida, visto que é um sistema aberto. Ela, portanto, mantém transações e promove o intercâmbio com o ambiente que a cerca. Assim, tudo que acontece do lado de fora, acaba por influenciar sobremaneira a organização. Como o ambiente é algo extremamente complexo, esse fato dificulta a análise por parte das empresas que, como vimos, dependem dela para estabelecer suas estratégias. Assim sendo, com o intuito de facilitar esse trabalho, o ambiente passou a ser analisado em 2 segmentos, a saber: Também chamado de macroambiente é o ambiente comum a todas as organizações, sendo que tudo que acorre nesse ambiente sempre afeta, direta ou indiretamente, a empresa. O ambiente geral é constituído pelas seguintes condições: a) Tecnológicas; b) Legais; c) Políticas d) Econômicas; e) Demográficas; f) Ecológicas; g) Culturais. Ambiente de Tarefa Como vimos, o ambiente geral é comum para todas as organizações, ao contrário do ambiente de tarefa que trata do ambiente particular e próprio da empresa; do seu ambiente de operações. TGA - Teoria Geral da Administração II - Professor Gilberto de Moraes - 28

29 É constituído por: a) Fornecedores de entradas; b) Clientes ou usuários; c) Concorrentes; d) Entidades reguladoras O Gráfico abaixo mostra a relação entre ambos. AMBIENTE GERAL Condições Tecnológicas Condições Legais AMBIENTE DE TAREFA Concorrentes Condições Culturais Fornecedores Empresa Clientes Entidades Reguladoras Condições Políticas Condições Ecológicas Condições Econômicas Condições Demográficas TGA - Teoria Geral da Administração II - Professor Gilberto de Moraes - 29

30 A importância da tecnologia Diz-se que a tecnologia acaba determinando a própria natureza da organização e, por conseguinte, o comportamento organizacional, tamanha é a sua importância. A busca incessante da empresa por eficiência e eficácia, acaba tornando a tecnologia imprescindível para o atingimento desses objetivos, uma vez que ela é sinônimo de racionalidade técnica. Dê uma forma geral, tecnologia significa o estudo de técnicas e técnicas são a melhor forma de se fazer ou realizar alguma coisa. Hardware: Tecnologia incorporada. Contida em bens de capital e componentes, equipamentos, insumos etc. Software: Tecnologia não incorporada. Encontra-se nas pessoas, sob formas de conhecimento, habilidades e competências. TGA - Teoria Geral da Administração II - Professor Gilberto de Moraes - 30

31 Perguntas Para Reflexão 1- Qual é o significado da palavra Contingência? 2- Qual é o objetivo principal da Teoria Contingencial? 3- Explique a conclusão de Alfred Chandler com respeito aos estudos que fez sobre as mudanças estruturais relacionadas com as estratégias de negócios. 4- Dê um exemplo prático em que podemos aplicar a Teoria Contingencial. 5- Defina o conceito de ambiente, segundo essa teoria. 6- O que você entende por Ambiente Geral? TGA - Teoria Geral da Administração II - Professor Gilberto de Moraes - 31

32 7- O que você entende por Ambiente de Tarefa? 8- Defina o que é tecnologia. 9- Por que, na sua opinião, a tecnologia é tão importante para as empresas? TGA - Teoria Geral da Administração II - Professor Gilberto de Moraes - 32

33 Unidade 4 O Presente e o Futuro da Administração O novo ciclo das mudanças A grande mudança a partir da década de 90 foi aquilo que denominamos A Era da Informação, a qual veio sobrepor-se ao conjunto de características da fase imediatamente anterior: Era Industrial. Uma característica marcante dessa nova era é, sem dúvida, a grande velocidade das mudanças. Historicamente, a humanidade acostumou-se às mudanças mais lentas e contínuas, as quais possuíam uma determinada lógica, uma regra. Hoje, observamos mudanças com características bastante diferentes se comparadas ao passado. Além de terem se tornado mais rápidas e intensas, parece não existir a intenção de se preservar aquilo que antes existia. É aquilo que dizia Joseph Schumpeter: a economia saudável é aquela que rompe o equilíbrio por meio da inovação tecnológica. Ou aquilo que ele chamava de destruição criativa (destruir o velho para criar o novo) As sucessivas ondas de Schumpeter Mudanças Energia hidráulica 1 a. Onda Têxteis Ferro Vapor 2 a. Onda Estrada de ferro Aço Eletricidade Química 3 a. Onda Motor à combustão Petroquímica 4 a. Onda Aeronáutica Eletrônica 5 a. Onda Redes digitais Softwares Novas mídias Período Total de Anos TGA - Teoria Geral da Administração II - Professor Gilberto de Moraes - 33

34 Com o surgimento da Internet - a rede mundial de computadores que interliga milhares de pessoas e organizações no mundo inteiro novos paradigmas surgiram, criando uma nova lógica, aquela cuja premissa é a de que não há mais lugar para se fazer as mesmas coisas que se fazia no passado. O que fizemos no passado pouco contribui para o presente e o futuro. Isso quer dizer que o passado já não garante mais o futuro. Em nenhum momento da história, a humanidade experimentou tantas mudanças importantes. Jamais as pessoas tiveram tantas oportunidades como agora. O que vemos na verdade é uma nova dimensão de tempo e de espaço à qual ainda não estamos totalmente adaptados. Características da administração atual (*) No final do século XX, a administração e as organizações estão sofrendo grandes transformações. As empresas privadas, em particular, operam dentro de um contexto extremamente competitivo e precisam aprimorar continuamente sua eficiência: fazer mais, com menor quantidade de recursos. Por causa disso, as organizações deixaram de ser grandes empregadoras de mão-deobra, tanto de trabalhadores especializados, quanto de gerentes. Esta tendência tem forte impacto sobre as expectativas da sociedade, uma vez que o sistema de ensino, especialmente o ensino superior, está fortemente orientado para a formação de pessoas para trabalharem nas organizações. Porém, uma conseqüência positiva é o aumento da importância da ADMINISTRAÇÃO EMPREENDEDORA: o movimento que procura estimular as pessoas a serem seus próprios patrões. Além disso, a também antiga idéia da ADMINISTRAÇÃO PARTICIPATIVA ganha muito espaço com essa tendência, pois é preciso educar funcionários operacionais para serem seus próprios gerentes. As organizações do presente, como todos os outros segmentos da sociedade, são profundamente influenciadas pelos computadores, que facilitaram a redução de quadros, além de introduzir a empresa virtual e o trabalhador virtual no cenário. TGA - Teoria Geral da Administração II - Professor Gilberto de Moraes - 34

35 Consideremos a seguir algumas circunstâncias da administração no presente. 1. GLOBALIZAÇÃO DA ECONOMIA A globalização da economia é resultado do processo de abertura e interligação das economias nacionais, principalmente por meio da eliminação de restrições alfandegárias (eliminação de reservas de mercado e da proibição de importar certos produtos) e tributárias (diminuição de impostos sobre produtos importados). A globalização da economia é resultado dessas medidas, postas em prática por muitos países, e de certas tendências como: - Expansão das empresas multinacionais. - Formação de blocos econômicos, como Mercado Comum Europeu, Associação Norte-Americana de Livre Comércio, Mercosul, Associação das Nações do Sudeste Asiático. - Criação em 1995, no âmbito da ONU, da Organização Mundial do Comércio. À semelhança de muitos organismos multilaterais, a OMC procura zelar pelo equilíbrio nas práticas comerciais de seus países-membros. Uma das principais consequências da globalização da economia é a formação de um mercado mundial: pode-se comprar e vender praticamente qualquer coisa em praticamente qualquer lugar. Isto, por sua vez, tem outra consequência: as empresas devem tornar-se competitivas em escala global. Devem ser capazes de concorrer com outras empresas, de outros países, em seus mercados locais e nos mercados para os quais exportam. Esta característica da economia globalizada contrasta com a situação do passado recente, em que muitas empresas e ramos de negócios eram protegidos e não precisavam preocupar-se com a concorrência. TGA - Teoria Geral da Administração II - Professor Gilberto de Moraes - 35

36 2. TECNOLOGIA INTENSIVA Desde que foram introduzidos no mundo das empresas, no princípio dos anos 60, os computadores vêm influenciando agudamente as organizações e a administração. Nas empresas, a principal conseqüência dessa expansão foi a automação de processos produtivos e administrativos que precisavam da intervenção ou presença humana. Por exemplo, sacar dinheiro do banco, fazer o planejamento das compras de uma unidade industrial ou controlar a fabricação de peças. Isto, por sua vez, tornou desnecessários muitos tipos de mão-de-obra e alterou a natureza do trabalho de muitos profissionais. Esse fato, ao lado dos programas de eficiência, implantados por muitas empresas, e uma das causas do aumento do desemprego em muitos países, inclusive o Brasil. Os computadores e outras tecnologias modificaram profundamente as organizações e a administração. Por exemplo, permitiram acelerar o tratamento da informação, facilitando a tomada de decisão e o desempenho de inúmeros tipos de tarefas, especialmente as que envolvem algum tipo de comunicação. Algumas funções de controle, que os gerentes precisavam realizar pessoalmente, foram absorvidas pelos computadores. Conseqüentemente, a natureza das atividades gerenciais foi alterada, tornando-se inseparável dessas tecnologias. Por causa disso, os computadores passaram a fazer parte das habilidades do administrador moderno. TGA - Teoria Geral da Administração II - Professor Gilberto de Moraes - 36

37 3. PREOCUPAÇÃO COM A ECOLOGIA E A QUALIDADE DE VIDA No passado, os administradores não precisavam preocupar-se com a poluição provocada por suas fábricas nem com o nível de emissão de gases dos veículos que fabricavam. À medida que os problemas provocados pelos danos ao meio-ambiente tornaram-se mais graves, afetando a saúde e o bem-estar das pessoas, a sociedade reagiu. Uma conseqüência importante foi a legislação que limita a liberdade de decisão e ação das empresas. Inúmeras decisões, como localização de empresas, construção, projetos e embalagem de produtos, o administrador moderno deve tomar levando em conta essa legislação. Outras questões que no passado seriam irrelevantes, muitas delas ligadas a administração de recursos humanos, assumiram dimensão considerável para o empregador do presente. Saúde e educação do empregado e de sua família, benefícios, participação nos resultados da empresa, stress do executivo, entre outros, são assuntos que fazem parte da agenda do administrador moderno. Por causa desses e de outros problemas, como o crescimento das cidades, estrangulamento da circulação no trânsito, desemprego e violência, a sociedade humana passa a ter preocupações cuja solução reside nas decisões de natureza administrativa. A administração, por isso, torna-se disciplina social cada vez mais importante. TGA - Teoria Geral da Administração II - Professor Gilberto de Moraes - 37

38 4. DEFESA DO CONSUMIDOR E ENFASE NO CLIENTE O administrador do passado também não era tão preocupado com o cliente como seu colega de hoje em dia. O consumismo surgiu da necessidade de evitar os riscos para a vida e rapidamente transformou-se em doutrina de conduta da sociedades em relação a seus fornecedores de produtos e serviços. Essa conduta e amparada pela legislação que há em muitos países para proteger o consumidor, como o Código de Defesa do Consumidor que há no Brasil. Ao contrario do que ocorria no passado, um dos principais condicionantes das decisões a respeito de novos produtos, e sua propaganda, e essa legislação, que obriga as empresas a pensar primeiro nas conseqüências para o cliente. Outro fator que orienta a atenção das empresas para seus consumidores, enquanto no passado elas podiam preocupar-se mais com produção ou participação no mercado, e a disseminação das doutrinas da qualidade total e satisfação do cliente, que se tornaram palavras obrigatórias no dicionário do administrador do presente. 5. REDUÇÃO DA HIERARQUIA Até os anos 80, os livros de administração mostravam organogramas gigantescos, das grandes corporações americanas, empresas como Boeing, General Motors ou IBM. Esses organogramas, cheios de chefes, diretores, gerentes e seus assessores, eram exibidos como modelos de eficiência. Tamanho grande era sinônimo de controle, segurança e desempenho. Hoje, essas empresas continuam vivas e saudáveis, em muitos casos, mas seus organogramas são completamente diferentes. A partir dos anos 80, as grandes organizações iniciaram projetos de downsizing, com a conseqüência da diminuição do número de níveis hierárquicos. (*) Trecho extraído do capítulo I do livro Moderna Teoria Geral da Administração, de Antonio Cesar Amaru Maximiano. TGA - Teoria Geral da Administração II - Professor Gilberto de Moraes - 38

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