Melhoramentos lança 8 novos livros da Coleção Clássicos Recontados, assinada por Tatiana Belinky

Transcrição

1 Melhoramentos lança 8 novos livros da Coleção Clássicos Recontados, assinada por Tatiana Belinky Desta vez, a escritora reconta contos clássicos de Hans Christian Andersen, Perrault, L. Fanus, da Condessa D Aulnoy e dos irmãos Grimm Autora de mais de 250 livros que lhe renderam diversos prêmios e tradutora de muitas obras, entre elas, contos do escritor russo Anton Tchekhov, Tatiana Belinky marcou o cenário literário nacional ao longo de quase um século de vida. Em um de seus últimos trabalhos, a escritora adaptou oito contos para a Coleção Clássicos Recontados, que será lançada pela Editora Melhoramentos este ano, durante a XVI Bienal do Livro Rio. Assim como na primeira série, lançada em 2012 por Belinky, as ilustrações são do pintor e ilustrador tcheco Franz Richter, recuperadas dos originais da Melhoramentos, publicados no começo do século XX. Reconhecido por seus desenhos com traços e cores fortes, além da riqueza de detalhes, Richter confere extremo realismo aos personagens fantásticos retratados nas obras. Desta vez, a coleção voltou-se aos contos de fadas, escritos entre os séculos XVII e XIX. Tatiana adaptou os textos a partir dos originais, para aproximá-los da linguagem do leitor contemporâneo e recontou textos da Condessa D Aulnoy, de Perraut, L. Fanus, Hans Christian Andersen e dos irmãos Grimm. Hans Christian Andersen, escritor consagrado por suas histórias fantásticas vividas em lugares exóticos e por seus contos de fadas, tem quatro contos adaptados nesta coleção. Em Os Cisnes Selvagens, o recorrente tema da madrasta má com contornos mágicos se faz presente. Após se casar com um rei viúvo que tinha doze filhos, a madrasta transforma seus onze enteados em cisnes. Apenas a menina é poupada do feitiço ao ser entregue para uma família de camponeses. A garota passa os dias observando por um buraco na parede o mundo exterior e pensando em reencontrar seus irmãos. Aos quinze anos a princesa volta ao castelo e sua madrasta, agora mais enfurecida do que antes por conta da ofensiva beleza da jovem, cria os piores feitiços para destruí-la. Felizmente, nem as mais vis feitiçarias tinham efeito contra a sua bondade, assim como nem todo poder é suficiente para apaziguar uma alma egoísta e infeliz. A madrasta continuou a perseguir a princesa, que acabou expulsa do castelo pelo próprio pai. Ela seguiu, mais uma vez, em busca de seus irmãos, até que um dia encontrou na floresta os mais belos cisnes que já se teve conhecimento. Ela finalmente havia reencontrado seus irmãos, mas seus problemas estavam longe de terminar. Muita maldade ainda estava para acontecer antes do felizes para sempre...

2 O Rouxinol, de Hans Christian Andersen, conta as aventuras de um pequeno pássaro famoso por cantar e encantar os visitantes do reino da China. Certa vez, o imperador descobre, ao ler em livro vindo do Japão, que o pássaro é tido pelo reino vizinho como o bem mais precioso do império chinês. Contrariado e nervoso por ser o último a saber da existência do rouxinol, ele ordena a seu primeiro ministro que encontre o pássaro e o traga para cantar na corte naquela mesma noite. O rouxinol é levado ao castelo e o rei se encanta por sua voz e o prende como um raro presente. A fama do pássaro cantor se espalha e ele se torna querido e admirado por todos do reino até o dia em que o rei ganha de presente um rouxinol mecânico, coberto de diamantes, rubis e safiras. Ele cantava direitinho, sempre as mesmas canções que agradavam os ouvidos alheios. Segundo o mestre regente da corte, o pássaro mecânico era muito melhor que o original, não só pelas pedrarias, mas por dentro. Afinal, sempre se sabia o que ele ia cantar, e ele poderia ser aberto e seu mecanismo observado, estudado... ou seja, ser facilmente controlado. Mas tinha uma qualidade que o rouxinol de verdade dotava que apenas seres reais possuem, e que o rei descobria da forma mais dura, assim como são as mais valorosas descobertas. Já O Baú Voador, também de Hans Christian Andersen, conta a história do filho de um rico negociante que aplicava sua fortuna apenas em negócios dos quais extraia lucros excelentes. Com sua morte, o filho herda sua fortuna, mas a gasta tão rápido quanto a conquistou. Fica sem dinheiro e sem amigos, exceto por um brincalhão que lhe envia um baú com o recado: faça a sua mala!. Sem o que guardar no baú, posta-se dentro dele e parte rumo ao desconhecido. O rapaz chega à terra dos turcos e se apaixona por uma bela princesa que vive isolada em seu castelo desde quando feiticeiros revelaram seu cruel destino: a moça teria um casamento infeliz. Indiferente aos presságios dos feiticeiros, o pobre rapaz vai até o castelo, entra no quarto da princesa enquanto ela dorme e a beija. A moça se assusta com o desconhecido, que trata de se apresentar como o Deus dos ares. A princesa cede ao encanto do jovem que lhe conta histórias fantásticas e lhe pede em casamento. Ela aceita de pronto, mas antes ele teria que falar com seus pais, os reis. Sem posses nem referências, ele precisa encontrar uma forma de conquistar seus futuros sogros. Contar histórias fantásticas é sua melhor qualidade e se torna sua única possibilidade de receber a mão da mais bela princesa. Mas será que conquistar a mão da princesa lhes trará felicidade? O amor vencerá o destino? O Isqueiro Encantado, de Hans Christian Andersen, conta a aventura de um soldado que conquista fortuna com a ajuda de uma velha feiticeira. Em troca ela pede ao rapaz que encontre um antigo isqueiro de sua família até então perdido dentro de uma árvore na floresta. O soldado, desconfiado da velha, acaba por matá-la depois de encontrar o isqueiro e passa a viver das riquezas conquistadas. Certo dia, conhece uma linda princesa que vive presa em um castelo

3 após uma profecia revelar que seu destino seria casar-se com um pobre soldado. Seu pai não aceita tal destino e a mantém solitária. Enquanto pensava em como encontrar sua amada, o rapaz aproveitava a vida: ia ao teatro e passeava de carruagem pelo parque, não se esquecendo de dar esmola aos pobres, pois ainda se lembrava como era viver sem quase nenhum centavo. Como havia se tornado rico, vestia-se muito bem e tinha muitos amigos, que o achavam um verdadeiro cavalheiro, uma ótima pessoa, o que o envaidecia muito. Entretanto, como ele só gastava, certa manhã se viu com apenas duas moedinhas no bolso e um isqueiro. Mas não era qualquer isqueiro, era um isqueiro encantado... A Condessa D Aulnoy foi a primeira a usar o termo conto de fadas para definir suas histórias, ainda no século XVII. Em O Anão Amarelo, recontado por Tatiana na presente coleção, o leitor encontrará todos os ingredientes próprios do gênero: uma bela princesa, um príncipe virtuoso, um ser malvado que luta contra a felicidade do casal, encantamentos e um final feliz. No conto, a princesa Toute-Belle recusa-se a casar com todos os pretendentes que se apresentam. Sua mãe, desesperada por ter uma filha tão bela, mas tão indiferente à corte dos mais virtuosos partidos, parte em busca da Fada do Deserto. Apenas a fada poderia alterar o destino da filha, que se anunciava triste e solitário. Porém, o palácio da fada é guardado por leões monstruosos que só se acalmam com um bolo feito de sementes de romã, açúcar de confeiteiro e ovos de crocodilos. A rainha prepara o bolo e sai pela floresta em busca da fada. Desacostumada a longas caminhadas, a rainha senta-se para descansar e acaba por adormecer. Ao acordar, repara que o bolo sumiu e se depara com um estranho anão amarelo. Sem o bolo, as chances de se aproximar do palácio são nulas, e o leão segue em seu encalço. O anão amarelo, oportunista, lhe oferece ajuda em troca da mão de sua filha. Sem outra opção a não ser uma morte dolorosa, a rainha aceita e se entrega à tristeza profunda que apenas um rival a altura do poderoso Anão poderá aliviar e salvar seu futuro e o da filha prometida. Em 1697, Charles Perrault escreve A Gata Borralheira, que se tornaria um clássico dos contos de fadas modernos. Órfã, a bela princesa também sofre com os desmandos da madrasta. Com a morte de sua mãe, seu pai se casa com uma mulher avarenta que tinha duas filhas tão más quanto ela, e transforma sua vida em um diário pesar. A gata borralheira limpa, passa, cozinha, se veste com trapos velhos e dorme na cozinha. Tem de pentear a madrasta e suas filhas, vesti-las e nunca reclamar de absolutamente nada. Certo dia seu pai, o rei, anuncia uma festa na qual todas as mulheres do reino terão que comparecer como candidatas à mão de um jovem príncipe que pretende se casar. Ambiciosas como são, a madrasta e suas filhas ficam animadas e se arrumam para a grande festa. A borralheira não pode ir. Muito triste, a menina chora muito, até que os passarinhos, seus fiéis e encantados amigos, lhe fazem o mais belo vestido. Sua beleza é percebida pelo príncipe quando chega ao baile, mas como borralheira que é, tem de partir cedo para chegar em casa antes dos demais. O príncipe a persegue e ela perde o sapatinho. Ora, de quem será esse sapato? O príncipe desconhece,

4 mas sabe que o pé que o calçar será o da futura princesa, sua amada. Em Branca de Neve, Tatiana reconta a clássica história dos irmãos Grimm na qual uma princesa, por conta de sua beleza, desperta a ira de sua invejosa madrasta. Branca como a neve, com cabelos negros como ébano e com lábios vermelhos como sangue, ao completar 15 se torna a mais bela mulher de todos os reinos. A madrasta, que passa os dias na companhia de um espelho mágico lhe perguntando quem é a mulher mais bela de todas, não suporta perder o posto e manda matar a enteada. Bela e pura, branca de neve conquista a compaixão de seu algoz, que permite que ela fuga sob a promessa de nunca mais retornar ao castelo. Durante a fuga, encontra uma casinha pequenina e entra para descansar. Ao acordar, conhece sete anões simpáticos ou melhor, seis simpáticos e um zangado anãozinho - que se tornaram seus melhores amigos e a protegerão da madrasta má. Afinal, um coração invejoso não descansa nunca. As Três Cabeças de Ouro é um clássico dos contos de fadas, escrito por L. Fanus. Na história, uma princesa órfã de mãe sofre com a inveja e as maldades da madrasta e de sua filha e sai em busca da felicidade. Vestida com trapos e levando não mais do que pão, um queijo duro e um pouco de água, a menina parte para floresta, quando encontra um ancião sentado em uma pedra. Generosa, partilha seu parco alimento com o desconhecido que, admirado com a atitude da moça, lhe concede a senha para adentrar por entre uma sebe na qual haviam três cabeças mágicas com poder de lhe conceder a melhor sorte. A princesa conquista a simpatia das três cabeças que lhe honram com três preciosos presentes: a moça seria a mais bela de todas; sua voz superaria a do mais afinado rouxinol; e ela se tornaria a rainha mais feliz do mundo. Continuando sua jornada, conheceu um gentil rei que a fez sua rainha e a boa sorte se concretizou. Sabendo do acontecido, sua meia irmã resolveu abandonar o palácio e seguir em busca de fortuna. Porém, o que ela não sabia é que a boa sorte deve ser conquistada com qualidades com a qual poucos são dotados. Coleção Clássicos Recontados: Editora Melhoramentos 2013 R$ 29,00 cada volume - 32 páginas Sobre a autora Tatiana Belinky nasceu em 18 de março de 1919 em Petrogrado, atual São Petersburgo, e mudou-se para o Brasil aos 10 anos de idade durante o período de guerra civil que seguiu a Revolução de Outubro. A autora trabalhou como secretária bilingue, mas logo deu vazão a suas reais paixões artísticas. Criou adaptações de histórias infantis para teatro; produziu adaptações para televisão como Os três ursos na extinta TV Tupi e Sítio do Pica-Pau Amarelo ; traduziu mais de 80 livros do russo, alemão, inglês e francês (dentre eles estão obras de autores como Dostoiévski, Tolstói, Gogol, Goethe e Irmãos Grimm); foi crítica literária de publicações infantojuvenis e de teatro, para os jornais Folha de S.Paulo, O Estado de São Paulo e Jornal da Tarde e para a emissora TV Cultura; e apenas em 1987 publicou seu primeiro livro. Atualmente, a escritora já superou a marca de mais de 100 livros publicados.

5 Dentre os prêmios e nomeações que conquistou destacam-se o Prêmio Mérito Educacional em 1979, e o Prêmio Jabuti de Personalidade Literária do Ano em Como tradutora, recebeu o Prêmio Monteiro Lobato de Tradução em 1988 e Em 2010, passou a ocupar a cadeira 25 na Academia Paulista de Letras. Tatiana faleceu em 15 de junho deste ano. Sobre o ilustrador Franz Richter ( ) Pintor e ilustrador tcheco, radicado em São Paulo a partir de 1913, ilustrou dezenas de livros infantis e de informação. Sua arte se destaca pela riqueza de detalhes e beleza das cores. A expressividade dos personagens, muitas vezes antropomorfizados impressiona pela perfeição dos traços. INFORMAÇÕES PARA A IMPRENSA parceria6@parceria6.com.br (11) Juliana Sassi juliana@parceria6.com.br (11) Fábio Diegues fabio@parceria6.com.br (11) Antoune Nakkhle parceria6@parceria6.com.br (11) (11) Sobre a Editora Melhoramentos Há 123 anos a Melhoramentos ocupa posição de destaque nas diversas áreas em que atua. É referência no mercado de dicionários com a linha Michaelis (português, inglês, espanhol, francês, italiano, alemão e japonês), que detém 35% das vendas nesse segmento. Para não perder a tradição iniciada em 1915 com a edição de O Patinho Feio de ser a principal editora infantojuvenil do país, a Melhoramentos tem entre seus autores nada menos que Ziraldo e seus 152 títulos, um sucesso absoluto entre o público jovem de todo o mundo e que bateu um recorde histórico: O Menino Maluquinho vendeu mais de 3 milhões de exemplares. XVI Bienal Internacional do Livro do Rio de Janeiro Quando: de 29 de agosto a 08 de setembro de 2013 Onde: Riocentro - Avenida Salvador Allende, nº Barra da Tijuca Estande da Editora Melhoramentos: Pavilhão Azul Stand - H04/I03