PARECER. 1 - Consta da respectiva requisição (cfr. docs. relacionados sob o nº 3) terem sido juntos documentos

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1 Pº n.º R.P. 234/2009 SJC-CT - Aquisição em comum e sem determinação de parte ou direito. Imóvel com aquisição inscrita em nome do autor da herança, com base em habilitação deduzida perante tribunal da lei do domicílio do hereditando. Dispensa para o qualificador do conhecimento do direito internacional privado e sucessório aplicável ao caso. Habilitação judicial deduzida e implicitamente (por falta de impugnação) julgada em tribunal estrangeiro. Dispensa de confirmação em processo de revisão. Pedido de registo em que figura como divorciado um herdeiro que à data da abertura da sucessão era casado segundo o direito australiano. PARECER A. Sobre a fracção autónoma descrita sob o nº, da freguesia de, do concelho de, incide registo de aquisição a favor de, c.c., na comunhão geral, com residência em, Brasil. Em / / (Ap. ) foi requisitado na Conservatória recorrida o registo de transmissão do direito de propriedade, por sucessão ( ) a favor dos herdeiros legais, sueca, viúva do de cujus,, sueca, e, divorciado, juntando-se um conjunto documental que nos dispensamos aqui de especificar. O registo peticionado foi na altura qualificado como provisório por dúvidas, dentre estas importando salientar a consistente em do instrumento de partilha por divórcio dos titulares e... [a que adiante nos referiremos mais pormenorizadamente] não constar a adjudicação do quinhão hereditário (abrangendo o imóvel) em exclusivo ao citado. Em / / (Ap....) foi pedida a conversão do registo 1, mas o pedido foi recusado, sustentando-se no respectivo despacho que não foram juntos os documentos relativos à partilha por divórcio dos titulares... e ( ). 1 - Consta da respectiva requisição (cfr. docs. relacionados sob o nº 3) terem sido juntos documentos comprovativos da partilha do quinhão dos titulares e, com a adjudicação do quinhão em causa em exclusivo ao citado..., mas dos autos não consta tal acervo documental, nem é crível que tais documentos existam, porquanto, a existirem, não se compreenderia nem a fundamentação da qualificação nem a fundamentação da impugnação da qualificação. Vamos, assim, partir do pressuposto de que se trata de mero lapso do requisitante, inexistindo de facto partilha entre... e do direito daquele à herança de... 1

2 Em / / (Ap. ) foi novamente pedido na Conservatória recorrida o registo do mesmo facto, e, se não erramos, no que toca à dúvida evidenciada na qualificação adoptada no anterior processo de registo, com base nos mesmos documentos 2. O registo peticionado foi qualificado como provisório por dúvidas (art.s 68º e 70º do C.R.P.), de acordo com o despacho que se transcreve: Não se comprova que, em face da lei estrangeira aplicável, a declaração emitida pelo Advogado seja documento suficiente para a prova da incomunicabilidade ao cônjuge dos bens adquiridos por sucessão pelo herdeiro Assim, deve tal ser demonstrado, por documento a emitir pela Embaixada ou Consulado do país cuja lei rege o respectivo regime de bens, face à norma de conflitos aplicável ao casamento do referido herdeiro 3. Em / / (Ap. ) foi pedida a conversão deste registo, juntando-se mais um documento 4, mas o pedido de conversão foi recusado com base na seguinte fundamentação: ( ). Não se comprova pelos documentos já arquivados e ora juntos que o bem adquirido por ( ) no estado de casado na comunhão geral de bens com ( ), por sucessão de seu pai ( ), se inclua nos bens considerados pessoais (pelo instrumento de partilha) e por isso bem próprio do cônjuge ( ). Também não se comprova que o regime de comunhão geral de bens australiano equivale ao regime da separação de bens português, não tendo havido a transmissão desse bem para o cônjuge ( ), por efeito do casamento, como alega o apresentante no ofício junto ao pedido de conversão. Uma ou outra situação deverão ser certificadas pela representação diplomática ou consular australiana, ou comprovadas pela apresentação da lei australiana devidamente certificada pela mesma representação diplomática ou consular, como vem sendo referido nos despachos de dúvidas e de recusa de conversão proferidos sobre este mesmo pedido de registo nº 1 do art. 43º do CRP. 2 - Na verdade, da respectiva requisição consta a junção de dois documentos: sob a al. b) da 1ª relação, cópia do documento de partilha de bens entre e (a que adiante nos referiremos); e sob a al. g) da 2ª relação, documento comprovativo da partilha de bens no divórcio de, e da adjudicação em exclusivo a este do quinhão hereditário em causa (Ap. / / / ) (sublinhado nosso), o qual, como já referimos na nota anterior, não só não se encontra nos autos como muito provavelmente não existirá. 3 - Também aqui manifestamos a nossa perplexidade por no despacho de qualificação se fazer alusão a um documento declaração do Advogado que não vislumbramos na requisição de registo. Importa, a propósito, sublinhar que esta declaração, que também não figura nos autos, nada terá a ver com o prestado em de de pelo mesmo Advogado, a que adiante nos referiremos. 4 - Cópia da decisão proferida pelo Superior Tribunal de Justiça do Brasil relativamente ao processo de divórcio de e de... 2

3 Finalmente, em / / (Ap. Ap. ) foi novamente pedido na Conservatória recorrida o registo do mesmo facto. A requisição de registo vem acompanhada de exposição dirigida à Senhora Conservadora e de uma lista de documentos anexos, onde avultam os (novos) documentos apresentados: o... (original e tradução) já anteriormente referido, Declaração de... (original e tradução) de / / e Declaração emitida pela Embaixada da Austrália em Portugal em / / Desta vez, o registo peticionado foi recusado nos termos do disposto na alínea e) do nº 1 do art. 69º do Código do Registo Predial, por não se mostrarem removidas, nos documentos apresentados, os motivos das dúvidas constantes do despacho proferido na Ap..../ / / e desenvolvidos no despacho de recusa da respectiva conversão lavrado no âmbito da Ap. / / /..., dos quais se anexam as respectivas cópias. A ficha de registo foi informatizada, e da nova ficha consta ter sido efectuada em / / (o registo postal é de / / ) a notificação do despacho de recusa. B. Do despacho de qualificação do pedido de registo da Ap. de / / foi interposto recurso hierárquico em / / (Ap. ), em petição cujos termos aqui se dão por integralmente reproduzidos. Basicamente, a impugnação assenta na seguinte fundamentação: a) No caso em apreço, não parecem existir sequer motivos para fundamentar um despacho de provisoriedade por dúvidas do requerido registo, quanto mais para fundamentar um despacho de recusa absoluta do mesmo, não estando aqui preenchida a fattispecie da al. e) do nº 1 do art. 69º do C.R.P., porquanto o pedido de registo ora formulado foi instruído com um vasto (e novo) acervo documental tendente a remover os obstáculos que tinham motivado as anteriores recusas ( ) ; b) O registo definitivo da transmissão da propriedade tem sido sistematicamente negado pela Conservatória recorrida alegadamente por subsistirem dúvidas quanto à incomunicabilidade deste bem [rectius, do quinhão hereditário] à ex-cônjuge do herdeiro ; porém c) Na Austrália não há propriamente um regime de bens aplicável ao casamento, daí que os bens recebidos por herança por um dos cônjuges não se comunicam com o património do outro, tendo aliás o herdeiro... e sua ex-mulher reiterado esta incomunicabilidade no (Instrumento de Partilha) assinado por ambos aquando do seu divórcio, para partilha dos bens que tinham sido adquiridos em comum; c) O... de / /, a Declaração de de / / e a Declaração da Embaixada da Austrália em Lisboa de / / esclarecem as dúvidas suscitadas na qualificação do 3

4 pedido de registo do mesmo facto formulado ao longo dos anos, comprovando que o bem hereditário recebido pelo... do pai não se comunicou à ex-mulher A final, pedem os ora recorrentes que a) se proceda ao registo definitivo, tal como foi peticionado, b) subsidiariamente, caso assim não se entenda, se lavre o registo como provisório por dúvidas, notificando formalmente a Embaixada da Austrália em Portugal para quaisquer esclarecimentos adicionais. C. O despacho de qualificação foi sustentado pela Senhora Conservadora, em despacho cujos termos também aqui se dão por integralmente reproduzidos. Basicamente, a sustentação da qualificação assenta na seguinte argumentação: a) Não tendo os nubentes ( e ) a mesma nacionalidade (ele é brasileiro e ela é australiana), a substância e os efeitos do regime de bens são regulados pela lei da sua residência habitual comum à data do casamento, que se desconhece, pelo que teremos que recorrer à última premissa que é a lei da primeira residência conjugal, que neste caso é a lei australiana ; b) Não está comprovado que o direito de à herança de se inclua nos bens considerados pessoais pelo Instrumento de Partilha por divórcio e nessa medida seja considerado bem próprio do mesmo; c) Não está comprovado que o regime da comunhão de bens segundo o regime jurídico australiano seja equivalente ao nosso regime de separação de bens, conforme é alegado pela recorrente; d) A recorrente 5, apesar de ter junto os (novos) documentos, não se pronunciou sobre os efeitos jurídicos decorrentes da aplicação do regime de bens da comunhão universal de bens ou da separação de bens ( ), pelo que não poderia ser outra, que não a recusa nos termos da al. e) do nº 1 do art. 69º do C.R.P., a qualificação do pedido de registo ora impugnada. Saneamento: Questão prévia: 5 - Se bem ajuizamos, o termo recorrente é usado com o significado de pessoa que assina a petição de recurso, que foi o «apresentante» subscritor da requisição de registo e que é advogada da Sociedade, e Associados. Para nós, a ilustre subscritora da petição de recurso é mandatária tácita dos recorrentes, e estes são...,... e, contitulares assumidos da comunhão conjugal dissolvida por óbito de,, porquanto a ilustre mandatária não limitou subjectivamente o seu mandato a algum ou alguns desses titulares. 4

5 Como aliás vem referido na proposta de remessa dos presentes autos ao Conselho Técnico, o recurso é a nosso ver intempestivo. Vejamos. A matéria do prazo (natureza e regime) para interpor recurso hierárquico das decisões do conservador que recusem a prática do acto de registo nos termos requeridos, em sede de registo predial e tomando em linha de conta as alterações introduzidas no título VII do Código do Registo Predial, foi objecto de análise no parecer emitido no Pº R.P. 164/2008 SJC-CT. No citado parecer foi defendido, em consonância aliás com o que para o registo comercial já havia sido defendido no parecer emitido no Pº R.Co.32/2006 DSJ-CT, que o prazo de 30 dias para interpor recurso hierárquico está sujeito à regra da continuidade fixada no art. 144º, nº 1, do C.P.C., donde decorre que no seu cômputo se incluem os dias não úteis, não se suspendendo durante as férias judiciais, e que o termo do prazo que caia em dia em que o serviço de registo esteja encerrado se transfere para o primeiro dia útil seguinte. Na linha de orientação do citado parecer, que não vemos razão para alterar 6, o recurso é intempestivo, porquanto o despacho de qualificação foi notificado em / / e o recurso hierárquico foi interposto em / / Termos em que propomos o indeferimento liminar do recurso. Não obstante, na esteira aliás da prática seguida pelo Conselho e da proposta de remessa dos autos a este órgão consultivo, vamos tomar posição sobre o mérito do recurso. Pronúncia: 1- Quadro factual. 6 - Cumpre-nos salientar que na nota (3) do citado parecer se admite expressamente que sobre o ponto concretamente, a forma de contar o prazo de interposição do recurso hierárquico se podem suscitar reservas à tese da equiparação do prazo para impugnar judicialmente e do prazo para interpor recurso hierárquico. Pelos vistos, a Senhora Conservadora que sustentou o despacho de qualificação, ao considerar o recurso tempestivo (e não tinha que se pronunciar sobre o ponto), alinha na aplicação ao caso do disposto no art. 72º, nº 1, b), do CPA. 5

6 Com interesse para a apreciação do mérito do recurso, em face do extenso acervo documental carreado para os autos, podemos dar como comprovados os seguintes factos: a)... e são de nacionalidade sueca e eram casados em comunhão geral 7 ; b) A fracção autónoma objecto mediato do registo peticionado tem aquisição inscrita em nome de, casado com na comunhão geral 8 ; c) faleceu em de de, com residência e domicílio no Brasil, sobrevivendolhe a viúva e dois filhos:, de nacionalidade sueca, casada sob o regime de comunhão parcial de bens segundo a lei brasileira com, brasileiro; e, de nacionalidade brasileira, casado com, australiana, residente na Austrália; d) No Poder Judicial de, Brasil, na...ª Vara da Família e Sucessões do Foro Regional de, correram termos os autos de inventário nº /, para a partilha da herança de, tendo nele intervindo como viúva meeira a e como herdeiros legítimos os filhos e, e nele apenas relacionado um bem imóvel situado no Brasil, que foi adjudicado à viúva e aos filhos, na proporção de ½ para aquela e de ¼ para cada um destes, tendo o plano de partilha sido homologado em / / e o Formal de Partilha expedido em / / ; e) e casaram um com o outro em / / ; f) Em / / e celebraram um (Instrumento de Partilha), em que decidiram o acertamento da propriedade dos bens, o qual apresentaram nos termos da Lei de Direito (australiano) de Família de 1975 na Vara de Família da Austrália em para homologação, tendo aqui ficado decidido em / / o que os cônjuges no instrumento de partilha haviam decidido mediante consentimento; g) Neste acordo de partilha nada se disse sobre o direito que tinha à herança do pai, então já falecido; h) A da Austrália, ao abrigo da Lei Matrimonial de 1975, determinou (Pº nº ZS 3510/01) em / / a dissolução provisória [rectius, determinou provisoriamente a dissolução] do casamento de e de, a qual se tornou efectiva em / / ; 7 - Consta expressamente das primeiras declarações prestadas na acção de inventário nº /, que correu termos no Foro Regional II e, ª Vara da Família e das Sucessões,, Brasil, para partilha da herança de, que este era casado com a no regime de comunhão de bens, segundo as leis da Suécia, nos termos da Ata lavrada por ocasião do enlace matrimonial já juntada aos autos. 8 - Do registo não se pode inferir que o regime de bens nele mencionado é o do direito sueco, e nós, que confessamos desconhecer o direito sueco, também não temos elementos para comparar o regime de bens da comunhão geral nos dois ordenamentos jurídicos (português e sueco). Partimos do pressuposto, alicerçado nos autos de inventário que correu termos no Brasil, de que a fracção autónoma objecto do registo peticionado era bem comum do casal de e de... 6

7 i) No Superior Tribunal de Justiça do Brasil aquela sentença proferida em / / pela Federal Magistrates Court e transitada em julgado em / / foi homologada por decisão proferida em / / e publicada no Diário da Justiça em / / 2- Delimitação objectiva do recurso. Como resulta do Relatório, a (única) questão controvertida nos autos consiste em saber se o direito de à herança de seu pai se comunicou a, casada com o à data da abertura da sucessão. Sobre esta questão vamos tomar posição mais adiante. Neste momento, o que nos preocupa é que o processo registal em apreço, aliás delicado e complexo, nos suscitam outras questões que, ainda que por forma perfunctória, não podemos deixar de abordar 9. Vamos, então, começar por estoutras questões. 3- A comprovação da qualidade de sucessores do de cujus. De acordo com o art. 86º do Código do Notariado (C.N.) de 1995, a habilitação notarial tem os mesmos efeitos da habilitação judicial e é título bastante para que se possam fazer em comum, a favor de todos os herdeiros e do cônjuge meeiro, registos nas conservatórias do registo predial. 9 - Tem sido entendimento pacífico neste Conselho que em sede de recurso hierárquico se devem conhecer de questões sobre que, embora não tendo sido suscitadas em sede da qualificação impugnada, a omissão de pronúncia sobre as mesmas possa conduzir à feitura de registos nulos. No caso dos autos, o recurso, por intempestivo, será liminarmente indeferido, pelo que aquele eventual resultado não se verificaria. No entanto, o Conselho não pode ignorar que, como aliás consta da proposta de distribuição, é previsível que o pedido de registo venha novamente a ser formulado em novo processo de registo (no mesmo ou noutro serviço de registo). Cenário este em que é configurável que venham a ser suscitadas não só a questão controvertida nos presentes autos mas também aqueloutras questões que a nós próprios nos merecem dúvidas e hesitações. Na verdade, não podemos perder de vista que quem vier a qualificar o novo pedido de registo não está vinculado nem às anteriores qualificações do mesmo pedido nem ao entendimento do Conselho Técnico sobre o caso, ainda que superiormente homologado (a não ser, naturalmente, que o entendimento tivesse sido emitido a pedido do próprio qualificador, em sede de consulta). Não obstante, temos razões para acreditar que a posição do Conselho, se superiormente homologada, será tomada em consideração na futura decisão registal. 7

8 Segundo o art. 77º, nº 2, do C.P.C., aberta a sucessão fora do País e tendo o falecido deixado bens em Portugal, é competente para o inventário ou para a habilitação o tribunal do lugar da situação dos imóveis. A competência internacional do tribunal do lugar da situação dos imóveis deriva da norma da al. b) do nº 1 do art. 65º do C.P.C., conjugada com o citado art. 77º do C.P.C. 10. Segundo o direito português comum, a competência internacional do tribunal da situação dos imóveis para a habilitação (e não também para a partilha) é exclusiva? Parece-nos líquido que a habilitação a que nos temos vindo a referir não configura uma «acção relativa a direitos reais ou pessoais de gozo sobre bens imóveis sitos em território português», a qual, sendo de exclusiva competência dos tribunais portugueses [cfr. art. 65º-A, a), do C.P.C.], não poderia ser objecto de confirmação se proferida por tribunal estrangeiro [cfr. art. 1096º, c), do C.P.C.]. Sobre o conceito de «acção relativa a direitos reais ou pessoais de gozo sobre bens imóveis» e sobre a ratio da competência internacional exclusiva, para estas acções, dos tribunais do Estado da localização dos bens, remetemos para o Acórdão do S.T.J. de 13 de Janeiro de Podemos deste Acórdão tirar a ilação de que na habilitação judicial do sucessor mortis causa não se pretende, naturalmente, determinar «a extensão, a consistência, a propriedade, a posse de um bem imóvel, ou a existência de outros direitos reais sobre estes bens, e garantir aos respectivos titulares a protecção das prerrogativas emergentes dessa titularidade», «tendo no direito real o seu objecto ou fundamento nuclear de causa petendi» 12. Como ensinam Lebre de Freitas et alli 13, o nº 1 do art. 77º do C.P.C. refere também a habilitação do sucessor mortis causa «por via de acção autónoma ( ). Tratava-se, até à recente revisão do Código, da acção especial de justificação da 10 - Princípio da coincidência (cfr. Moura Ramos, A reforma do direito processual civil internacional, in R.L.J. Ano 130º, nº 3879, pág. 167) Publicado nos Cadernos de Direito Privado nº 16 Outubro/Dezembro de 2006, com anotação de Miguel Teixeira de Sousa Cfr. citado Acórdão, págs. 21 e In Código de Processo Civil anotado, Volume 1º, 1999, pág

9 qualidade de herdeiro (art. 1115º, revogado pelo DL 329-A/95), seguindo-se agora os termos do processo comum» 14. Assim sendo, como se nos afigura, não versando sobre matéria da exclusiva competência dos tribunais portugueses, na hipótese de habilitação deduzida perante tribunal estrangeiro de sucessor de de cujus com bens imóveis sitos em território português verificar-se-á, no pedido de confirmação da sentença que nele tenha sido proferida, o requisito de confirmação previsto no segundo segmento do art. 1096º, c), do C.P.C. 15. No caso dos autos, o (único) documento apresentado que em tese comprovará a habilitação dos sucessores do de cujus é a certidão extraída do inventário que correu termos no Poder Judiciário de, Brasil, mas a decisão judicial nele proferida não foi confirmada em processo especial de revisão de sentença estrangeira (Capítulo XII art.s º, do C.P.C.). Pergunta-se: é de exigir a revisão desta sentença? A nosso ver não é, como de seguida tentaremos demonstrar. Com a devida vénia, transcrevemos o seguinte trecho de Lebre de Freitas et alli 16 : «No processo de inventário, a habilitação dos herdeiros pode não passar por uma decisão judicial expressa. Ao cabeça-de-casal cabe identificar os herdeiros e os legatários (art b). Os interessados citados podem impugnar a sua própria qualidade ou a de outros interessados (art. 1343). Havendo impugnação, o juiz decide, sem prejuízo de poder remeter para os meios comuns (art ). Não havendo, têm-se por habilitados os herdeiros e legatários identificados pelo cabeça-de-casal, o mesmo acontecendo quanto àqueles cuja qualidade de sucessores não tenha sido impugnada (cfr. a parte final do art O art, 77º do C.P.C. tem a partir de a redacção introduzida pelo art. 78º da Lei nº 29/2009, de 29 de Junho Sobre a passagem do sistema da bilateralidade para a doutrina da unilateralidade atenuada, provocada pela nova redacção da al. c) do art. 1096º do C.P.C. introduzida pelo D.L. n º 329-A/95, de 12 de Dezembro, cfr. Moura Ramos, op. cit., nº 3881, págs. 235/236. Do que resulta, se não erramos, que o argumentário alinhado no parecer emitido no Pº 13/89, in Regesta (Boletim da ASCR) nº 3 Maio-Junho 1989, págs. 48 e segs., encontra-se actualmente prejudicado em face daquela alteração legislativa Ob. cit., pág. 640, em anotação ao art. 373º do C.P.C. 9

10 1332-2), sem prejuízo da apreciação judicial baseada nos documentos exigidos pelo art )» 17. No caso dos autos, a inventariante prestou declarações, de acordo com as quais o inventariado deixou como viúva meeira ela própria e como herdeiros legítimos os filhos... e, não tendo a qualidade daquela e destes sido impugnada nem tendo outros nesse processo invocado a sua qualidade de sucessores. Assim sendo, ainda que de decisão judicial, implícita, sobre a habilitação dos intervenientes no inventário, se possa (e deva) continuar a falar, esta decisão judicial estrangeira não é, a nosso ver, necessariamente objecto de revisão, porquanto «o sistema da prévia delibação só foi pensado (e querido) para os casos em que se trate de fazer valer os efeitos que à sentença correspondem enquanto acto jurisdicional» (cfr. art. 2094º, nº 2, do C.P.C.) 18. Na nossa modesta opinião, a decisão (implícita) brasileira que habilitou a viúva e os filhos do de cujus, respectivamente, como meeira e como herdeiros, pode ser tida na nossa ordem jurídica, não como acto jurisdicional, mas como facto jurídico, susceptível de preencher a hipótese da norma do citado nº 1 do art. 86º do C.N. Deste modo, e para o efeito previsto nesta norma de direito notarial, se equiparam as habilitações de herdeiros feitas perante notário estrangeiro e as habilitações judiciais deduzidas e implicitamente (por falta de impugnação) julgadas em tribunais estrangeiros, em ambas as situações se dispensando a confirmação em processo de revisão. Do ponto de vista probatório, a sentença estrangeira será havida como documento autêntico passado em país estrangeiro em conformidade com a lei desse país, equiparado aos documentos da mesma natureza exarados no Estado do foro (cfr. art. 365º, nº 1, do C.C., e art. 44º, nº 1, do C.N.), fazendo então a sentença prova plena dos factos que refere como praticados pelo juiz estrangeiro, assim como daqueles que nela foram atestados com base nas percepções pessoais do juiz (cfr. art. 371º, nº 1, do C.C.) O estatuto sucessório Importa referir que o processo de inventário tem novo regime jurídico a partir de (cfr. Lei nº 29/2009, já citada, e Lei nº 1/2010, de 15 de Janeiro) Cfr. Ferrer Correia, O Reconhecimento das Sentenças Estrangeiras no Direito Brasileiro e no Direito Português, in Temas de Direito Comercial e Direito Internacioanl Privado, 1989, pág. 275 (também está publicado na R.L.J., ). Como é consabido, os efeitos que à sentença correspondem enquanto acto jurisdicional são o efeito executivo e o do trânsito em julgado Cfr. Ferrer Correia, ob. cit., págs. 274/

11 Devemos desde já confessar que desconhecemos o estatuto sucessório aplicável ao caso dos autos. De acordo com a norma de conflitos do art. 62º do nosso Código civil, a sucessão por morte é regulada pela lei pessoal (a da nacionalidade do indivíduo art. 31º, nº 1) do autor da sucessão ao tempo do falecimento deste. Assim sendo, a norma de conflitos da lex fori atribui competência às normas de direito material que na lei sueca regulam a sucessão por morte (cfr. art. 15º, C.C.). Acontece que nós desconhecemos o sistema de normas de conflitos da lei sueca, portanto, se esta aceita a competência atribuída pela lei (portuguesa) do foro (cfr. art. 17º, nº 1, do C.C.) 20. Será, então, de exigir que o processo de registo seja instruído com documento idóneo comprovativo do direito internacional privado e sucessório estrangeiro aplicável? 21. Com dúvidas e hesitações, inclinamo-nos para responder que no caso dos autos a habilitação judicial (implicitamente) decidida pelo tribunal brasileiro dispensa o conhecimento pelo qualificador - do pedido de registo em Portugal de aquisição em comum e sem determinação de parte ou direito da fracção autónoma do edifício situado neste País - do direito estrangeiro aplicável. Não negamos que da certidão extraída dos autos de inventário que correram termos no Brasil nem sequer consta qual o direito sucessório que foi aplicado 22. Não obstante, também é verdade que a habilitação judicial foi deduzida em tribunal da lex 20 - Para os autos apenas foram carreados o original e o certificado da respectiva tradução da Lei de Sucessão (SFS 1958: 637, com as reformas subsequentes até SFS 1987:815, inclusive), Capítulos 1 3 e 7, o qual, além de não nos dizer que as normas transcritas constituem o direito material estrangeiro aplicável (ainda que o dissesse, não estaria comprovada a competência certificadora do tradutor ), é omisso quanto à regra de conflitos da lei pessoal do de cujus (lei sueca) Cfr. conclusão 3ª, e respectiva fundamentação, da deliberação emitida no Pº R.P. 176/2001 DSJ-CT, in BRN nº 4/2002. Convém referir que, de acordo com a posição aí assumida, sempre se justificaria como primeiro passo no processo de decisão do recurso hierárquico que o IRN, I.P. diligenciasse junto da Embaixada sueca em Portugal pela certificação do citado normativo Desconhecemos também o sistema brasileiro das regras de conflitos, pelo que em tese teremos de admitir a possibilidade de o tribunal brasileiro ter aplicado o direito sucessório brasileiro, ou porque a sua lex fori manda aplicar a lei do domicílio do hereditando ou porque manda aplicar a l.r.s. (sobre o princípio da maior proximidade, cfr. Ferrer Correia, in Lições de Direito Internacional Privado, I, 2000, págs. 355 e segs.). 11

12 domicilli, que em último recurso podemos utilizar como conexão subsidiária da nacionalidade do hereditando 23. Sendo ainda de considerar que nos presentes autos o que está em causa é a feitura de um registo de aquisição em comum e sem determinação de parte ou direito 24, em que da inscrição constará quem são os contitulares do património dissolvido, sem indicação da respectiva quota-parte ideal 25, pelo que in casu, sobrevindo ao hereditando a viúva e os dois filhos 26, o risco de efectuar um registo errado quanto aos sujeitos activos dessa inscrição, se bem ajuizamos, é muito reduzido A questão controvertida: (in)comunicabilidade do direito de... à herança de ao ex-cônjuge Chegou o momento de tomarmos posição sobre a questão controvertida nos autos. Se não erramos, o ponto está em saber se o direito de à herança do pai é bem comum 28. Todos estaremos de acordo em que o direito matrimonial material aplicável é o direito australiano Cfr. Ferrer Correia, in Lições, pág Como ensina Ferrer Correia, Do conflito de Leis em Matéria de Direitos sobre as Coisas Corpóreas, in Temas, pág. 374 (também está publicado na R.L.J., 117º e 118º ), «No concernente às formas de publicidade (inscrição do acto no registo predial, transcrição), nenhuma dúvida se levanta quanto à aplicabilidade da l.r.s.». Portanto, o registo será (sempre) efectuado de acordo com o art. 49º do C.R.P Cfr. Rabindranath Capelo de Sousa, in Lições de Direito das Sucessões, Vol. II, 2ª ed.,, 1993, pág E partindo do pressuposto (cfr. anterior nota 8) que a fracção autónoma era bem comum Se e quando ocorrer a partilha da herança quanto àquele imóvel ou a alienação deste enquanto elemento do acervo hereditário, então, em sede de qualificação do pedido de registo do facto, bem se justificará o conhecimento preciso do estatuto sucessório A hipótese aventada pela recorrida, de o direito à herança fazer parte dos bens pessoais referidos na cláusula 10ª do Instrumento de Partilha não tem, salvo o devido respeito, consistência, pelo que não vamos considerá-la Pela nossa parte, alicerçamos esta convicção na circunstância de o casamento entre e ter sido celebrado na Austrália (o que não significa, reconhecemo-lo, que tenha sido este o país da residência habitual comum à data do casamento cfr. art. 53º, nº 2, do C.C.), mas sobretudo no junto aos autos, o qual, como adiante 12

13 Colocam-se, então, duas questões: 1ª questão: o... é documento idóneo para certificar o direito estrangeiro aplicável? Inclinamo-nos para a resposta afirmativa. Vejamos. Como resulta do Relatório, a Embaixada da Austrália em Lisboa que pelos vistos não assume a competência para ela própria certificar o direito australiano aplicável emitiu declaração em que afirma que a entidade australiana competente para atestar a competência do Sr. para preparar e emitir... é a Law Esta Sociedade de Direito da... declarou não só que o Sr.... é detentor de certificado de prática vigente emitido por ela própria mas também que, relativamente ao concreto emitido, o Sr. está qualificado para declarar tal Depoimento Juramentado. Portanto, parece-nos líquido que não pode ser posta em causa a competência do Sr. para preparar e emitir Mais delicada se nos afigura a questão de saber se no âmbito de um é legalmente possível certificar normas jurídicas e emitir pronúncia sobre sistemas jurídicos e interpretação e aplicação de normas jurídicas. Em face da explicação da Embaixada australiana sobre o conceito de... onde avulta a definição de declaração formal, sob juramento, de um facto ou factos, assinada pelo declarante e testemunhada, enquanto principal forma de apresentação de provas -, parece-nos discutível que um possa assumir aquela função certificadora e consultiva. De qualquer modo, o que para nós releva no âmbito do processo de conhecimento do direito estrangeiro aplicável (cfr. art. 348º, nº 1, do C.C.) é que o conteúdo do dos autos é da autoria de um jurista qualificado para dizer quais as normas jurídicas aplicáveis e para as interpretar e aplicar ao caso concreto 30. Em face do exposto, concluímos pela idoneidade do documento apresentado. 2ª questão: Em face do... melhor dizendo, de acordo com o direito australiano dito, interpretado e aplicado pelo autor do -, a participou ou poderá ainda vir a participar na titularidade do direito de à herança de? tentaremos demonstrar, é documento idóneo para certificar o direito estrangeiro aplicável e, embora não certifique o direito internacional privado aplicável, parte do pressuposto de que é o direito matrimonial material australiano que se aplica ao caso dos autos É disso mesmo que se trata, porquanto o Sr. representou o... no processo de acertamento da propriedade com sua então esposa (que na tradução de Terms of Settlement consta Instrumento de Partilha, quando ainda nem dissolução do casamento havia). 13

14 A resposta é, a nosso ver inequivocamente, negativa. Não vamos aqui reeditar a argumentação alinhada no..., e apoiada em normas da Lei de Família de 1975 e da Lei de Provisão para o Sustento Familiar de 1982 (Anexos A e B). O que tão-somente acentuamos, com base nos ensinamentos do, é que na Austrália, na ausência de um acordo pré-nupcial, não se aplica o sistema de comunhão total de bens, nem o sistema de comunhão parcial de bens, como ocorre em alguns países que adotam o sistema de leis baseado no Direito Romano-Germânico 31, não havendo portanto transferência automática dos direitos de propriedade de cada cônjuge, sendo certo que entre e não houve acordo pré-nupcial. O que pode haver é acertamento de propriedade, com transferência de bens do património de um cônjuge para o património do outro, mesmo após a dissolução do casamento. Mas no caso concreto de e de... as Ordens Judiciais de / / que homologaram os Termos do Acordo de / do mesmo ano não sofreram alteração até à data da emissão do, e a omissão do direito de à herança de nessas Ordens Judiciais explica-se porque a não fez nenhuma contribuição em face da parcela de em tal espólio. No caso específico do bem imóvel situado no, a propriedade deste bem não é transferível para, pois não há evidência nenhuma de que tenha contribuído para a sua aquisição. Em face do exposto, é nossa convicção que o direito de à herança de não se comunicou automaticamente à na data da abertura da sucessão e não foi pela adquirido, ainda que parcialmente, nem na pendência do matrimónio nem após a sua dissolução. Também acreditamos que aquele direito não seja transferível para a no âmbito do direito matrimonial australiano, em sede de acertamento de propriedade, mas, ainda que por mera hipótese de raciocínio o fosse, tal não impediria o registo de aquisição do imóvel em comum e sem determinação de parte ou direito a favor dos contitulares do património dissolvido, dentre estes o, divorciado, tal como vem peticionado. Efectuado este registo, competiria então à pedir o averbamento da transmissão do direito, apresentando o respectivo título (cfr. art. 101º, nº 1, e), do C.R.P.). 6- A omissão no processo de registo do número de identificação fiscal dos contitulares do património dissolvido O que vale por dizer, se bem ajuizamos, que a Austrália é um dos países que desconhece a «comunhão de mão comum» (cfr. Baptista Machado, in Lições de Direito Internacional Privado, policopiadas, 1971/72, pág. 561, e Ferrer Correia, Conflitos, in Temas, pág. 381). 14

15 De acordo com o disposto no art. 93º, nº 1, e), do C.R.P., na redacção introduzida pelo D.L. nº 116/2008, de 4 de Julho, do extracto da inscrição deve constar o número de identificação fiscal dos sujeitos activos do facto inscrito. 7- Nos termos expostos, somos de parecer que o recurso deve ser liminarmente indeferido, por intempestivo. Não obstante, é entendimento deste Conselho que, observado que seja o disposto no ponto anterior, em novo processo de registo instruído com os mesmos documentos carreados para os presentes autos, e mantendo-se a situação tabular, poderá ser efectuado definitivamente o registo do facto objecto do pedido de registo cuja qualificação vem impugnada. Em consonância, firmam-se as seguintes Conclusões 1- A habilitação dos sucessores de autor de herança de nacionalidade sueca e com último domicílio no Brasil, deduzida, sem impugnação da qualidade da inventariante ou dos herdeiros habilitados, em processo de inventário que correu termos em tribunal brasileiro para partilha de bem situado nesse País, pode ser tida na nossa ordem jurídica, não como acto jurisdicional, mas como facto jurídico susceptível de preencher a hipótese da norma do nº 1 do art. 86º do Cód. do Notariado, deste modo se equiparando as habilitações de herdeiros feitas perante notário estrangeiro e as habilitações judiciais deduzidas e implicitamente (por falta de impugnação) julgadas em tribunais estrangeiros, em ambas as situações se dispensando a confirmação em processo de revisão. 2- Na hipótese considerada na conclusão anterior, a habilitação deduzida perante tribunal da lei do domicílio do hereditando deve ser aceita na ordem jurídica portuguesa para titular o registo de aquisição em comum e sem determinação de parte ou direito de bem imóvel situado em território português com aquisição inscrita em nome do autor da 15

16 herança, não tendo o qualificador do respectivo pedido de registo que conhecer o direito internacional privado e sucessório aplicável ao caso. 3- Deve ser definitivamente admitido o pedido de registo de aquisição em comum e sem determinação de parte ou direito em que figure como divorciado um herdeiro que à data da abertura da sucessão era casado segundo o direito australiano, com base em preparado e emitido por advogado detentor de certificado de prática vigente por sua vez emitido por The Law... (que, além disso, atesta a qualificação do advogado subscritor para emitir aquele concreto...), entidade esta que de acordo com a Embaixada da Austrália em Lisboa é competente para atestar a competência daquele advogado -, do qual resulta que no direito australiano, inexistindo no caso acordo prénupcial, o direito à herança não se comunica automaticamente ao cônjuge do herdeiro e não foi por este adquirido em sede de acertamento da propriedade nem na pendência do matrimónio nem após a sua dissolução. 4- De acordo com o disposto no art. 93º, nº 1, e), do C.R.P., da inscrição deve constar o número de identificação fiscal dos sujeitos activos do facto inscrito. Parecer aprovado em sessão do Conselho Técnico de 29 de Julho de João Guimarães Gomes Bastos, relator, Isabel Ferreira Quelhas Geraldes, António Manuel Fernandes Lopes, Maria Eugénia Cruz Pires dos Reis Moreira, Luís Manuel Nunes Martins, Maria Madalena Rodrigues Teixeira, José Ascenso Nunes da Maia. Este parecer foi homologado pelo Exmo. Senhor Presidente em

17 Ficha para publicação na intranet Pº R.P. 234/2009 SJC-CT. Súmula das questões tratadas: Habilitação judicial deduzida e implicitamente (por falta de impugnação) julgada em tribunal estrangeiro: dispensa de confirmação em processo de revisão; título bastante para o registo de aquisição em comum e sem determinação de parte ou direito; Registo de aquisição em comum e sem determinação de parte ou direito de imóvel com aquisição inscrita em nome do autor da herança, com base em habilitação deduzida perante tribunal da lei do domicílio do hereditando, com dispensa para o qualificador do conhecimento do direito internacional privado e sucessório aplicável ao caso; Admissão daquele pedido de registo em que figure como divorciado um herdeiro que à data da abertura da sucessão era casado segundo o direito australiano, com base em... de que resulta que no direito australiano, inexistindo no caso acordo pré-nupcial, o direito à herança não se comunica automaticamente ao cônjuge do herdeiro e não foi por este adquirido em sede de acertamento de propriedade, nem na pendência do matrimónio nem após a sua dissolução. 17

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