Fundamentação ética em Kant versus posição ética de Nietzsche

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1 Fundamentação ética em Kant versus posição ética de Nietzsche Leandro José Kotz * Na tradição filosófica há um mosaico de posições e fundamentações éticas e morais. Entre elas retomamos e confrontamos ensaisticamente duas posições, quais sejam, a fundamentação kantiana e a posição nietzschiana. As duas partem do mesmo ponto, a saber, a crítica, entretanto seguem vias diametralmente (absolutamente) antitéticas. A moralidade kantiana do dever é o substractum da liberdade, entretanto, para Nietzsche, essa moralidade é um ataque à vida (é um dizer não ao eu quero que resultará no sacrifício do eu no altar da moral). Então, quais são os principais contrastes entre os dois filósofos? E que pistas relevantes emergem desse confronto para que o sujeito possa adotar um posicionamento ético? O itinerário que adotaremos como referencial segue os seguintes passos: num primeiro momento a reflexão é sobre a compreensão moral de Kant; num segundo, a posição de Nietzsche; momentos nos quais se procura frisar algumas críticas e estabelecer confrontos e; por último, pretende-se alcançar pistas para uma possível res-posta à problemática acima ex-posta. Para Kant a natureza da ética é racional. Deduz-se daí que os sentimentos e as emoções não participam na determinação da vontade moral. Logo, os princípios práticos 1 são estabelecidos pela razão de forma a priori, como leis da razão. Na Fundamentação da Metafísica dos Costumes, 2 Kant anuncia a revolução copernicana na moral. Segundo ele, é a partir da lei moral que se deduz o bem/mal. Kant expressa o escopo de sua obra nos seguintes * Acadêmico do V Semestre do Curso de Filosofia IFIBE. Ensaio apresentado na disciplina Ética I (2010/1), sob a orientação do prof. Paulo César Carbonari. 1 Em Kant há dois tipos de princípios, a saber, as máximas (a subjetividade da vontade) e os imperativos (objetivos e universais, isto é, valem para todos). Os imperativos se dividem em hipotéticos e categóricos. 2 Referiremos doravante por FMC seguido da página conforme a edição cuja referência completa está ao final deste ensaio. Filosofazer. Passo Fundo, n. 36, jan./jun

2 termos: A presente fundamentação nada mais é, do que a busca e fixação do princípio supremo da moralidade, o que constitui só por si no seu propósito uma tarefa completa e bem distinta de qualquer outra investigação moral (FMC, p. 200). A boa vontade é boa em si, pelo seu querer, isto é, transcende os meios, de sorte que só pode ser um bem supremo. Portanto, fica evidenciada a revolução, pois, o que era meio em outras propostas de fundamentação da moral, em Kant vira fim. A ação moral, para ter sentido, deverá ser perpassada pela boa vontade, isto é, tem que ser por dever. Portanto, o dever é substractum da ação. 3 O valor da moral é concernente ao princípio da vontade que, por sua vez, resulta da síntese entre o a priori (a objetividade da lei) com o a posteriori (máxima subjetiva do querer). É no dever que se realiza essa síntese. Disso conclui-se que a máxima que orienta a ação deve ser regulada pela lei. Portanto, é tarefa da moral operar essa conjugação entre o pólo objetivo e subjetivo. Dever é a necessidade de uma ação por respeito à lei. [...] Ora, se uma ação realizada por dever deve eliminar totalmente a influência da inclinação e com ela todo o objeto da vontade, nada mais resta à vontade que a possa determinar do que a lei objetivamente, e, subjetivamente, o puro respeito por esta lei prática, e por conseguinte a máxima que manda obedecer a essa lei, mesmo com prejuízo de todas as minhas inclinações (FMC, p ). A universalidade da lei moral é objetivada se, e somente se, o agir (a máxima subjetiva) tem por escopo ser lei universal. Ou seja, no agir é preciso conciliar o desejo do eu com o de qualquer outro ser racional. [...] devo proceder sempre de maneira que eu possa querer também que a minha máxima se torne uma lei universal (FMC, p. 209). Em Kant a ação deve ser por dever e nisto está a síntese entre o subjetivo e o objetivo e que a lei que orienta a ação deve ser um imperativo categórico que em nada seja tributário às inclinações contingentes. Este é assim expresso: Age apenas segundo uma máxima tal que possas ao mesmo tempo querer que ela se torne lei universal (FMC, p. 223). 4 3 Ver FMC, p. 206 onde Kant mostra que o dever contém em si a boa vontade. 4 Para Kant o imperativo categórico é um, porém ele o reformula em modos distintos, sendo que, em qualquer hipótese, como ele mesmo esclarece, cada um contem em si os outros dois. Cabe frisar ainda que o imperativo categórico serve de princípio para todos os outros imperativos do dever.

3 Haveria teleologia na ação moral? Se houvesse, qual é a teleologia da ação moral em Kant? A teleologia da ação moral é a autonomia, ou seja, o homem obedece apenas às máximas que emanam dele próprio e que se tornam leis universais. Autonomia é, pois, o fundamento da dignidade da natureza humana e de toda natureza racional (FMC, p. 235). Sendo assim, o homem age porque é livre e a autonomia da vontade aparece na liberdade. Deste modo, não ser livre significa obedecer a leis de outrem, de terceiros. Ser livre é agir e não obedecer. 5 Se na Crítica da Razão Pura não se pode atingir a liberdade por meio da faculdade do intelecto, pela razão prática pode-se atingir o reino dos fins, o mundo inteligível, isto é, a liberdade, sempre que for possível pensar-se como livre, mesmo que se permaneça também como parte do mundo sensível. No modelo kantiano de crítica, um mesmo, a razão, é réu e juiz. Nietzsche não aceita essa proposta, pois lhe parece contraditória, não obtém êxito e acaba se ancorando em princípios transcendentais, faltando-lhe a gênese interna, a gênese das categorias e do entendimento. Nesta perspectiva, Nietzsche faz emergir a genealogia, que esmiúça a base do sentido que foi atribuído a um valor. Acredita que desta maneira torna-se possível realizar a crítica máxima aos valores, a genealogia como filosofia crítica. 6 No dizer de Deleuze: É verdade, no entanto, que os princípios em Nietzsche nunca são princípios transcendentais; estes últimos são precisamente substituídos pela genealogia. Só a vontade de poder como princípio genético e genealógico, como princípio legislador, é capaz de realizar a crítica interna. Só ela torna possível uma transmutação (DELEUZE, 1976, p. 44). Nietzsche infere, pelo estudo da história da moral, que ninguém havia posto o problema de maneira adequada. Todos tomaram como pressuposto de suas fundamentações que a moral era algo dado e que tinha valor per si. Para romper com essa posição Nietzsche anuncia que [...] não existem fenômenos morais, mas uma interpretação moral dos fenômenos (NIETZSCHE, 2009, p. 82). Portanto o que existe são interpretações e avaliações. Avaliar pressupõe valores e valores pressupõem avaliações. 5 A fala de Nietzsche é semelhante, ou seja, para ele só o forte age e, por conseguinte, é feliz e livre, isto porque ele pode agir, ou seja, expressar sua natureza robusta; o escravo, por sua vez, só reage, e precisa de um ideal para garantir a possibilidade de felicidade. 6 Deleuze explica o conceito de genealogia como filosofia crítica (1976, p. 4). Filosofazer. Passo Fundo, n. 36, jan./jun

4 O filósofo terá que radicalizar indagando sobre a gênese dos valores, isto é, quem criou os valores morais? O que quer aquele que cria os valores? Essas problematizações conduzirão a reflexão a uma terceira questão, ou seja, qual é o valor dos valores? 7 Para Nietzsche, os modernos pautavam suas reflexões nas máximas da razão com o escopo de alcançar sua universalidade (esse paradigma tem seu ápice em Kant) e uma vez atingida a universalidade de uma norma moral, por exemplo, tem-se a propriedade para afirmar, tu deves. Ora, isso passa a ser justificado e fundamentado pela metafísica. 8 No entender de Nietzsche, a metafísica tem seu bojo recheado de dualidades e não responde mais ao modo de ser e de existir, mesmo que se coloque como proposta autêntica e veraz. Com o anúncio da morte de Deus, em A Gaia Ciência (aforismo125), ele abala esse paradigma filosófico. Nietzsche quer o homem livre das patologias criadas pelas morais do ressentimento, isto é, aquelas que não permitem a manifestação da natureza forte e assim causam a má consciência, pois essa natureza é internalizada e passa a agredir o próprio self. O ideal ascético é substractum desse paradigma. Para ir além do bem e do mal confeccionados pela moral e que são a gênese das patologias é preciso reportar-se ao além-do-homem, vontade de potência (Cf. NIETZSCHE, 2009, p. 28 e p. 48) e eterno retorno do mesmo, pois nessa perspectiva se transcende ao niilismo (GIACÓIA, 2000, p. 65). O além-do-homem (Übermensch) diz que o homem deve procurar se superar, isto é, construir para além de si. Trata-se, de superar o homem decadente, produto da cultura (niilista), das morais de ressentimento, do ideal ascético e do próprio período moderno. O além-do- 7 Com isso Nietzsche anuncia uma nova tarefa para a filosofia prática (Cf. NIETZSCHE, 2008, p. 12). 8 Vimos em Kant que o empírico não participa da natureza ética pois, se participasse, seria uma regra prática e jamais uma lei moral (Cf. FMC, p. 198). Para Nietzsche, a natureza da ética não pode centrar-se apenas na racionalidade, pois a vida é mais que razão (corre-se o risco de absolutizar a razão). Logo, deve-se tomar em conta a vida, os impulsos vitais. O instintivo não pode ser rebaixado em detrimento da racionalidade. Por isso, a proposta de Kant para ele se configura, além de tartufice, em agressão à vida, pois é preciso negar o eu quero em função do tu deves. Por seu turno, Kant responderia a Nietzsche dizendo que essa postura não passa de uma regra prática que não se constitui em lei universal. 164 Filosofazer. Passo Fundo, n. 36, jan./jun

5 -homem manifesta a super abundância de vida (querer ser o que se é) e que não se aterroriza diante do sofrimento; vive o sofrimento com a consciência de que é intrínseco à vida. Para Nietzsche, a humanidade tem que focar no além-do-homem como alvo e procurar atingi-lo. Mas, para tal, é necessário considerar a vontade de poder e o eterno retorno. O eterno retorno é uma concepção de tempo cíclica segundo a qual tudo aquilo que já ocorreu vai ocorrer infinitas vezes da mesma forma como já aconteceu. Nesse sentido, o eterno retorno é traduzido por justificação estética da existência, ou seja, o indivíduo teria que viver de tal maneira que cada ato e ação o realizassem plenamente e, assim, ele desejaria que isso se repetisse infinitas vezes 9 sem se preocupar e sem viver em função do tu deves. Portanto, em Nietzsche, a vida (Lebensphilosophie) é o centro das reflexões. Assim, destrona qualquer tipo de absoluticidade da razão. Insere um novo paradigma na filosofia prática e pretende uma transmutação de todos os valores. O princípio desse novo paradigma seria o imperativo eu quero, 10 em substituição ao tu deves. O que faz o indivíduo querer ser ele mesmo é a vontade de potência, mas uma vontade de potência que não se esgota e é insaciável. A expressão dessa vontade está na tipologia do forte. 11 Em suma, os dois paradigmas fomentam uma postura crítica (sem pretensão de absolutização). Uma racionalidade que reflete e está radicada nas propostas morais. Isto é, o sujeito passa os modelos morais pelo crivo racional para averiguar se são aceitáveis. O único ser capaz de ética é o homem. A ética tem a expectativa de garantir e enaltecer a vida. Se a ética é consistente na síntese entre o subjetivo e o objetivo e tem em seu cerne a vida, é o crivo maior e põe ao sujeito a tarefa de agir de tal modo que sua ação seja sempre em prol da vida. 9 Nietzsche estética da existência versus Kant e a ética normativa. 10 Para Kant isso não é problema, desde que essa máxima subjetiva se conforme com a máxima objetiva e se expresse em lei universal. 11 A posição nietzschiana poderia ser caracterizada como relativista, ou seja, tudo vale, tudo pode. Isto poderia ser sustentado a partir do conceito de vontade de potência. Entretanto, Nietzsche não afirma minha vontade de potência (plano individualista), fala sim, que a humanidade deve focar o além-homem. O que Nietzsche deixa em aberto é: quais as condições para afirmar o eu quero para objetivar o além-homem? Essas problemáticas vão além do campo moral e desembocam no político. Filosofazer. Passo Fundo, n. 36, jan./jun

6 Referências bibliográficas DELEUZE, Gilles. Nietzsche e a filosofia. Trad. R. Joffily Dias e E. Fernandes Dias. Rio de Janeiro: Editora Rio, GIACÓIA, Oswaldo. Folha Explica Nietzsche. São Paulo: Publifolha, KANT, Immanuel. Fundamentação da Metafísica dos Costumes [FMC]. Trad. Paulo Quintela. São Paulo: Abril Cultural, Os Pensadores. NIETZSCHE, Friedrich. Além do Bem e do Mal. Trad. Mário Ferreira dos Santos. Petrópolis: Vozes, Friedrich. Genealogia da Moral: uma polêmica. Trad. Paulo César de Souza. São Paulo: Companhia das Letras, Filosofazer. Passo Fundo, n. 36, jan./jun

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