BANCO DE SANGUE ANIMAL MANUAL DE HEMOTERAPIA
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- Luiz Batista Filipe
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1 BANCO DE SANGUE ANIMAL MANUAL DE HEMOTERAPIA
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3 Banco de Sangue Animal Banco de Sangue Animal O Banco de Sangue Animal nasceu da vontade de desenvolver a Medicina Transfusional em Veterinária, seguindo as boas práticas e critérios de qualidade usados em Medicina Humana. Pretendemos ser uma plataforma de contacto entre os dadores caninos e felinos, que de uma forma voluntária pretendem ajudar outros animais, e os pacientes críticos de clínicas e hospitais de todo o país que precisam de realizar transfusões de sangue. Desejamos que todas as transfusões sejam feitas com componentes sanguíneos seguros e livres de agentes infecciosos, garantindo a prestação de melhores cuidados médicos. Dispomos de equipamento especializado que permite fazer a separação dos vários componentes sanguíneos. Desta forma, a partir de uma unidade de sangue total conseguimos produzir 4 unidades distintas concentrado de eritrócitos, plasma, concentrado de plaquetas, crioprecipitado e criossobrenadante permitindo tratar vários animais com uma só dádiva de sangue. Poderemos ainda ajudar na realização de provas de compatibilidade sanguínea, bem como fornecer testes rápidos de diagnósticos de coagulopatias e sistemas com filtro para administração dos componentes. Desta forma pretendemos que tenha um acesso fácil, rápido e previligiado a tudo que necessita para realizar transfusões de sangue. BSA, Sempre Consigo. Segurança e Qualidade A segurança dos componentes sanguíneos fornecidos pelo BSA é uma das nossas principais preocupações. Os cuidados com a qualidade dos hemocomponentes começa nas análises sanguíneas realizadas anualmente a todos os dadores de sangue, passa pelos cuidados de limpeza e assépsia durante as colheitas de sangue, pelos protocolos optimizados de processamento das unidades recolhidas, pelas condições de armazenamento, e termina no processo de envio dos componentes para as Clínicas Veterinárias. Desta feita poderemos afirmar que os cuidados com a qualidade final dos produtos sanguíneos passam pelo seguinte: Selecção de dadores saudáveis, vacinados e desparasitados. Realização anual das seguintes análises sanguíneas: Serologia/PCR de Leishmania, Ehrlichia, Babesia e Anaplasma (cão) Serologia/PCR de FIV e FeLV (gato) Teste de Knott (cão) Pesquisa de hemoparasitas e análise do esfregaço sanguíneo Hemograma completo Ureia, Proteínas totais, ALKP, ALT e glicose. Realização de tipificação sanguínea dos dadores. Identificação através de microchip. Rigorosas medidas de limpeza e esterilidade durante os processos de colheita, processamento e armazenamento garantindo, na maioria das vezes, a manutenção de sistemas colectores fechados ou semi-fechados. Controlo de qualidade das unidades processadas através da realização de culturas bacterizanas aeróbias e anaeróbias, análise do hematócrito, concentração de hemoglobina percentagem de hemólise. Realização de controlo da temperatura dos sistemas de armazenamento e transporte. Procedimentos protocolados segundo as normas e exigências do Conselho Europeu para Bancos de Sangue Humanos. Estes são da responsabilidade directa do Director Técnico do BSA, com vasta experiência em Medicina Transfusional. Visite-nos em
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5 Sangue Inteiro Indicações: É indicado para reposição de células sanguíneas capazes de transportar oxigénio mantendo a viabilidade dos tecidos. Tratamento de anemias por perda de grande quantidade de sangue (> 30% do total de sangue, ou seja 30 ml/kg no cão e 20 ml/kg no gato) Agudas: trauma, cirurgia, anemias hemolíticas, intoxicação por dicumarínicos, roturas de tumores, etc.). Crónicas: parasitismo interno e externo, patologias da medula óssea, insuficiências renais, anemias auto-imunes crónicas, etc. De uma forma geral está indicado quando: Ht < 20-22% em cães e < 12-15% em gatos. Ht s superiores sem resposta à fluidoterapia com cristalóides ou colóides. Ht < 35% nos cães ou < 25% nos gatos, juntamente com sinais clínicos - prostração, anorexia, fraqueza, taquicardia e/ou taquipneia. Tratamento de leucemias linfóides (efeito anti-neoplásico). Sangue Inteiro Sangue FRESCO é preferível em relação ao refrigerado quando há:» Hemorragias activas graves associadas a coagulopatias ou inflamações severas;» Coagulação intravascular disseminada (CID);» Síndrome de resposta inflamatória sistémica (SIRS);» Trombocitopénia, trombocitopatia;» Hemofilia;» Doença de von Willebrand;» Problemas financeiros que permitam apenas uma transfusão;» Necessidade de repor mais de 30% do total de sangue. Contém: Eritrócitos, leucócitos, plaquetas (viáveis apenas até 24 horas após a colheita) e factores de coagulação (os factores termolábeis apenas são viáveis até 24 horas após a colheita). Armazenamento: Citrato fosfato dextrose acetato 1 (CPDA - 1): 4 semanas, 2-6 ºC (nunca congelar)» Se permanecer à temperatura ambiente mais de 30 minutos, deverá ser usado nas 6 horas seguintes ou voltar a ser refrigerado, tendo uma validade de 24 horas.» Aconselha-se a colocação de um termómetro dentro do frigorífico de preferência dentro de um saco de plástico com 150 ml de água, colocado numa prateleira central; deverão realizar-se monitorizações periódicas da temperatura e regular convenientemente o termostato.» De preferência deverá usar um refrigerador só para produtos sanguíneos, de forma a evitar contaminação com produtos químicos e biológicos.» As unidades de sangue deverão ser armazenadas numa posição vertical e com algum espaço entre elas, de modo a permitir a circulação de ar.» Evitar abrir demasiadas vezes o refrigerador, já que as flutuações de temperatura diminuem significativamente o tempo de vida do sangue armazenado. 3
6 Volume por unidade: Cão: ml Gato: ml Sangue Inteiro Administração:» O sangue inteiro canino apenas deverá ser usado em cães e o felino apenas em gatos.» A via endovenosa deverá ser colocada no máximo até 24 horas antes da transfusão; se não for o caso, deveremos colocar novo cateter.» Deverá usar-se um sistema de administração com filtro e um cateter de G.» O sangue inteiro refrigerado deverá ser deixado à temperatura ambiente durante 30 minutos antes da sua administração, de modo a evitar hipotermia ou arritmias; deve evitar-se a imersão em banho-maria devido ao risco de sobre-aquecimento, responsável por hemólise e desnaturação das proteínas a partir de 37 ºC.» O Htc deverá ser analisado antes, imediatamente depois e após 24 horas da transfusão, por forma a avaliar a resposta do paciente.» Cálculo do volume a transfundir: Regra geral: 20 ml/kg de sangue inteiro aumenta o Htc em 10% Fórmula: Volume de administração (ml) = Peso x 88 (cão) x (Htc desejado Htc do paciente) 66 (gato) Ht do dador O Htc desejado é geralmente + 10% do que o Htc actual do receptor; de uma forma geral deverá ser de 25-30% nos cães e 15-20% nos gatos. O volume total transfundido não deverá exceder 22 ml/kg/dia. Volumes superiores poderão induzir tetanias por hipocalcémias e estados de hipocoagulação, devido ao excesso de citrato.» Velocidade de administração: Nos primeiros minutos a velocidade deverá ser lenta, 0,25 ml/kg/h, de modo a avaliar possíveis reacções transfusionais. Em choque hipovolémico por hemorragias agudas não se deverá realizar esta taxa inicial mais baixa. Em animais normovolémicos a velocidade deverá ser de 5-10 ml/kg/h durante 2-4 h. Em animais hipovolémicos por hemorragia poderão usar-se velocidades até 22 ml/kg/h. No entanto, poderão surgir arritmias por hipocalcémias, sendo aconselhável a monitorização do ECG e dos valores séricos de cálcio. Em animais com risco de desenvolver sinais de sobrevolémia (insuficiência cardíaca, insuficiência renal ou hipertensão) a taxa deverá ser de 1-4 ml/kg/h, iniciando-se com a taxa mais baixa e aumentando gradualmente, no caso de haver ausência de reacções (taquipneia, dispneia, distensão das veias jugulares, quemose, edema periférico ou hipertensão). Em casos de hemorragias activas por deficiência nos factores da coagulação, poderá ser administrado sangue inteiro a 6-10 ml/kg, BID, 3-5 dias ou até controle da hemorragia.» A via de eleição na administração do sangue é a via intravenosa, visto 100% do sangue transfundido entrar em circulação. Em animais muito jovens ou com comprometimento circulatório poderá usar-se a via intramedular (80-95% das células em circulação após 5 minutos); deverá introduzir uma agulha G ou uma agulha de aspiração de medula óssea na fossa trocantérica do fémur ou no grande tubérculo do úmero. Poderá também ser usada a via intraperitoneal (50% do sangue entra em circulação após 24 horas e 70% após h); as células sanguíneas transfundidas têm um tempo de vida mais curto. 4
7 Precauções / Contra-indicações:» Apesar do sangue distribuído ser testado para a presença do Ag DEA 1.1, aconselha-se a realização dos testes de crossmatching maior e menor.» Não se deverá transfundir simultaneamente lactato de ringer (na mesma via ou outra via parenteral). O fluido mais seguro é NaCl 0,9%, no entanto, exceptuando em casos de rápida necessidade de expansão do volume circulante, não há benefício na infusão simultânea de cristalóides.» Deverão ser usados sistemas de infusão com filtro.» Apesar da tipificação sanguínea e do crossmatching realizado, poderão ocorrer reacções adversas ou sobrevolémia. Esteja igualmente atento e monitorize o animal com regularidade.» Deverá realizar-se uma lavagem (flushing) dos cateteres com solução de NaCl antes e depois da transfusão.» Não administre medicação parenteral na mesma via usada na transfusão.» Deverá agitar gentilmente o conteúdo de cada saco de sangue antes de iniciar a transfusão.» Deverá rejeitar qualquer saco de sangue danificado, com coágulos visíveis ou descoloração por hemólise.» Não deverá usar bomba infusora substituindo-se pela contagem manual de gotas (1 ml corresponde a 20 gotas). Sangue Inteiro 5
8 Concentrado de Eritrócitos Indicações: Indicado para reposição de células sanguíneas capazes de transportar oxigénio, mantendo a viabilidade dos tecidos. Concentrado de Eritrócitos É usado principalmente no tratamento de anemias normovolémicas, sejam agudas ou crónicas, sempre que não se exige um aumento da pressão oncótica. Poderá, também, usar-se em anemias hemorrágicas agudas, quando combinado com plasma, soluções colóides sintéticas ou soluções cristalóides. Anemias hemolíticas hemoparasitas, tóxicos, fármacos, AHIM, etc; Anemias hemorrágicas com perda < 30% total de sangue; Anemias não regenerativas, incluindo por insuficiência renal e patologias da medula óssea; Cirurgias correcção prévia da anemia ou quando se prevê grande perda de sangue intra cirúrgica; Durante ou após ressuscitações, permitindo aumentar a capacidade de oxigenação. De uma forma geral, está indicado quando: Htc < 20-22% em cães e < 12-15% em gatos. Htc < 35% nos cães ou < 25% nos gatos sem resposta à fluidoterapia com cristalóides ou colóides. Htc < 35% nos cães ou < 25% nos gatos, juntamente com sinais clínicos: prostração, anorexia, fraqueza, taquicardia, taquipneia, hipotensão ou arritmias. Vantagem sobre o sangue inteiro:» Evita a sobrecarga de volume em pacientes que não necessitam de proteínas ou factores de coagulação.» Evita os riscos de reacções imuno-mediadas contra as proteínas plasmáticas (maior causa de reacções transfusionais).» Ao administrarmos apenas concentrado de eritrócitos, mantemos os stocks de plasma que poderão ser necessários noutros pacientes. Contém: Eritrócitos, leucócitos, plaquetas não viáveis e um volume residual de plasma. Armazenamento: Solução aditiva (AS-3 ou Nutricel): 6 semanas, 2-6 ºC (nunca congelar)» Se permanecer à temperatura ambiente mais de 30 minutos, deverá ser usado nas 6 horas seguintes ou voltar a ser refrigerado, tendo uma validade de 24 horas.» Aconselha-se a colocação de um termómetro dentro do frigorífico de preferência dentro de um saco de plástico com 150 ml de água, colocado numa prateleira central; deverão realizar-se monitorizações periódicas da temperatura e regular convenientemente o termostato.» De preferência deverá usar um refrigerador próprio para produtos sanguíneos, de forma a evitar contaminação com produtos químicos e biológicos.» Os sacos de sangue deverão ser armazenados em posição vertical e com algum espaço entre eles, de modo a permitir a circulação de ar.» Evitar abrir demasiadas vezes o refrigerador, já que as flutuações de temperatura diminuem significativamente o tempo de vida do sangue armazenado. 6
9 Volume por unidade: Cão: ml (1/2 Unidade: ml) Gato: ml Administração:» O concentrado de eritrócitos canino apenas deverá ser usado em cães e o felino apenas em gatos.» A via endovenosa usada deverá ser colocada no máximo até 24 horas antes da transfusão; se não for o caso, deveremos colocar novo cateter.» Deverá usar-se um sistema de administração com filtro e cateter de G.» O concentrado de eritrócitos refrigerado deverá ser deixado à temperatura ambiente durante 30 minutos antes da sua administração, de modo a evitar hipotermia ou arritmias; deve evitar-se a imersão em banho-maria devido ao risco de sobre-aquecimento, responsável por hemólise e desnaturação das proteínas apartir de 37 ºC.» O hematócrito deverá ser analisado antes, imediatamente depois e após 24 horas da transfusão, por forma a avaliar a resposta do paciente.» Cálculo do volume a transfundir: Regra geral: ml/kg de concentrado de eritrócitos aumenta o Htc em 10%. Concentrado de Eritrócitos Volume de administração (ml) = Peso x 88 (cão) x (Htc desejado Htc do paciente) 66 (gato) Htc do dador O Htc desejado é geralmente + 10% do que o Htc actual do receptor; de uma forma geral, deverá ser de 25-30% nos cães e 15-20% nos gatos. O volume total transfundido deverá situar-se entre ml/kg/dia, não devendo nunca exceder este volume em pacientes normovolémicos. Volumes superiores poderão induzir tetanias por hipocalcémias e estados de hipocoagulação.» Velocidade de administração: Nos primeiros minutos a velocidade deverá ser lenta, 0,25 ml/kg/h, de modo a avaliar possíveis reacções transfusionais agudas. Em choque hipovolémico por hemorragias agudas não se deverá realizar esta taxa inicial mais baixa. Em animais normovolémicos a velocidade deverá ser de 5-10 ml/kg/h durante no máximo 4 horas. Em animais hipovolémicos por hemorragia poderão usar-se velocidades até 22 ml/kg/h. No entanto, poderão surgir arritmias por hipocalcémias, sendo aconselhável a monitorização do ECG e dos valores séricos de cálcio. Em animais com risco de desenvolver sinais de sobrevolémia (insuficiência cardíaca, insuficiência renal ou hipertensão) a taxa deverá ser de 1-4 ml/kg/h, iniciando-se com a taxa mais baixa e aumentando gradualmente no caso de haver ausência de reacções (taquipneia, dispneia, distensão das veias jugulares, quemose, edema periférico ou hipertensão). Em casos de hemorragias activas por deficiência nos factores da coagulação, poderá ser administrado plasma fresco congelado ml/kg, BID-TID, até controle da hemorragia.» A via de eleição na administração do sangue é a via intravenosa, visto 100% do sangue transfundido entrar em circulação. Em animais muito jovens ou com comprometimento circulatório poderá usar-se a via intramedular (80-95% das células em circulação após 5 minutos); deverá introduzir uma agulha G ou uma agulha de aspiração de medula óssea na fossa trocantérica do fémur ou no grande tubérculo do úmero. Poderá também ser usada a via intraperitoneal (50% do sangue entra em circulação após 24 horas e 70% após horas); estas células sanguíneas transfundidas têm um tempo de vida mais curto. 7
10 Precauções / Contra-indicações: Concentrado de Eritrócitos» Apesar do sangue distribuído ser testado para a presença do Ag DEA 1.1, aconselha-se a realização dos testes de crossmatching maior.» Não se deverá transfundir simultaneamente lactato de ringer (na mesma via ou outra via parenteral). O fluido mais seguro será NaCl 0,9%, no entanto, visto todas as unidades conterem solução aditiva que diminui a viscosidade do concentrado de eritrócitos, não há benefício na infusão simultânea de cristalóides, exceptuando em casos de rápida necessidade de expansão do volume circulante.» Deverão ser usados sistemas de infusão com filtro.» Apesar da tipificação sanguínea e do crossmatching realizado, poderão ocorrer reacções adversas ou sobrevolémia. Esteja igualmente atento e monitorize o animal com regularidade.» Deverá realizar-se uma lavagem (flushing) dos cateteres com solução de NaCl antes e depois da transfusão.» Não administre medicação parenteral na mesma via usada na transfusão.» Deverá misturar gentilmente o conteúdo de cada unidade antes de iniciar a transfusão.» Deverá rejeitar qualquer saco de sangue danificado, com coágulos visíveis ou descoloração por hemólise.» Não deverá usar bomba infusora substituindo-se pela contagem manual de gotas (1 ml corresponde a 20 gotas). 8
11 Plasma Fresco Congelado Indicações: Défice de proteínas plasmáticas, nomeadamente factores de coagulação termoestáveis e termolábeis, albumina e imunoglobulinas (imunidade passiva). Sépsis Pancreatite Peritonite CID Trauma severo Neoplasia Cirurgia agressiva )Processos inflamatórios severos com libertação de grande quantidade de citoquinas, beneficiando da administração de alfa-macroglobulinas, várias anti-citoquinas, anti-proteases e )fibronectina. Hipoalbuminémias (< 1,5 g/dl) agudas e crónicas: apenas para reposição parcial da albumina e consequente aumento da pressão oncótica. O plasma congelado é especialmente indicado nos casos de complicações graves, resultantes da diminuição da pressão oncótica, tal como efusões pleurais ou edema pulmonar. Nos casos de hipoalbuminémias secundárias a afecções crónicas hepáticas, renais ou intestinais, é impossível a reposição total das proteínas plasmáticas através de transfusões de plasma. São necessários 45 ml/kg de plasma para elevar a albumina em 1 g/dl; como tal, são necessárias grandes quantidades de plasma no tratamento de hipoproteinémias. Nestes casos, está indicado o uso concomitante de colóides sintéticos. Parvovirose (reposição de imunidade passiva e aumento da pressão oncótica); Panleucopénia; Intoxicação por rodenticidas ou warfarina (o plasma fresco congelado contém os factores termoestáveis dependentes da vit. K - II, VII, IX, X); Hemofilia B (deficiência em factor IX); Hemofilia A (deficiência em factor VIII); Doença de von Willebrand (deficiência em vwf); Profilaxia em cirurgia de pacientes com deficiências adquiridas ou hereditárias dos factores de coagulação; Pacientes sob anestesia com risco de hipotensão ou diminuição da capacidade de ligação dos fármacos às proteínas; Hipoglobulinémia neonatal por défice de colostro; Ressuscitações com TS < 4 g/dl. Plasma Fresco Congelado Os benefícios do plasma fresco congelado são temporários, necessitando sempre de tratamento específico da patologia primária e de tratamento de suporte. Contém: Proteínas sanguíneas (albumina e globulinas) e todos os factores de coagulação, incluindo os termolábeis (V e VIII); poderá conter uma pequena quantidade de fragmentos de eritrócitos responsáveis por pigmentação do plasma, no entanto a sua administração não confere nenhum risco para o paciente dada a baixa quantidade de hemoglobina livre. 9
12 Armazenamento: 1 ano a temperatura < -18 ºC (após esse período, consideram-se perdidos os factores de coagulação termolábeis, passando a denominar-se plasma congelado com validade de 4 anos a temperatura < -18 ºC).» Deverá congelar e manter os sacos numa posição vertical, detectando facilmente possível descongelação.» Manipular cuidadosamente os sacos congelados, já que facilmente sofrem roturas; por essa razão deverá mantê-los num congelador próprio, evitando ainda a contaminação com produtos químicos e biológicos.» Aconselhamos a colocação de um termómetro dentro do congelador numa zona central; deverão realizar-se monitorizações periódicas da temperatura e regular convenientemente o termostato.» Evite abrir frequentemente o congelador, visto as flutuações de temperatura diminuírem o tempo de vida deste componente.» Se descongelar no refrigerador por um período inferior a 24 horas, poderá ser re-congelado; no entanto, reduz-se a validade para metade do tempo restante de cada vez que tal acontecer. Se descongelar à temperatura ambiente não deve ser re-congelado; poderá ser usado até 6 horas após a descongelação ou manter refrigerado e usar até 24 horas depois. Volume por unidade: Plasma Fresco Congelado Cão: ml (1/2 unidades: ml) Gato: 25-30ml Administração:» O plasma fresco congelado canino apenas deverá ser usado em cães e o felino apenas em gatos.» A via endovenosa usada deverá ser colocada no máximo até 24 horas antes da transfusão; se não for o caso, deveremos colocar novo cateter.» Deverá usar-se um sistema de administração com filtro e cateter de G.» O plasma congelado deverá ser descongelado em banho-maria dentro de um saco protector, à temperatura de ºC durante minutos, com agitação esporádica; não deixe sobreaquecer visto poder ocorrer desnaturação de proteínas a partir de 37 ºC. Não descongele no microondas, visto haver o risco de sobreaquecimento, descongelação não uniforme e rotura da unidade.» Cálculo do volume a transfundir: O volume a transfundir deverá ser de 5-10 ml/kg, podendo ir até 20 ml/kg em deficiências severas de factores da coagulação ou de imunoglobulinas; frequência varia de 12 em 12 horas até 1 vez por semana, dependendo da necessidade. Para aumentar a albumina sérica em 0,5 g/dl deveremos administrar 22,5 ml/kg de plasma. Fórmula de cálculo do volume necessário para repor a albumina: Volume de plasma (ml) = Peso do receptor x 4,5 x (Alb desejada Alb actual g/l) Para reposição de factores de coagulação (p. ex. intoxicação por dicumarínicos) a dose deverá ser de ml/kg. Objectivo: pararem as hemorragias ou elevar os níveis de albumina até 2 g/dl.» Velocidade de administração: Nos primeiros minutos a velocidade deverá ser lenta, 0,25 ml/kg/h, de modo a avaliar possíveis reacções transfusionais agudas. 10
13 Em animais normovolémicos a velocidade deverá ser de 5-10 ml/kg/h durante 2-4 horas. Em animais hipovolémicos poderão usar-se velocidades até 22ml/kg/h. No entanto, poderão surgir arritmias por hipocalcémias, sendo aconselhável a monitorização do ECG e dos valores séricos de cálcio. Em animais em risco de desenvolver sobrevolémia (insuficiência cardíaca, insuficiência renal ou hipertensão) a taxa deverá ser de 1-4 ml/kg/h, iniciando-se à taxa mais baixa e aumentando gradualmente, no caso de haver ausência de reacções (taquipneia, dispneia ou distensão das veias jugulares, quemose, edema periférico ou hipertensão).» A via preferida de administração do plasma é a via intravenosa, visto 100% dos componentes entrar em circulação imediatamente; alternativamente em animais muito jovens ou com comprometimento circulatório, poderá usar-se a via intraperitoneal. No entanto, o tempo até entrar em circulação é bastante superior. Precauções / Contra-indicações:» O plasma congelado poderá apresentar uma pequena quantidade de eritrócitos fragmentados com potencial antigénico e passíveis de sensibilizar o paciente. Como tal, é igualmente aconselhável a tipificação sanguínea e monitorização de reacções adversas.» Não se deverá transfundir simultaneamente lactato de ringer (na mesma via ou outra via parenteral). O fluido mais seguro é NaCl 0,9%, no entanto, exceptuando em casos de rápida necessidade de expansão do volume circulante, não há benefício na infusão simultânea de cristalóides.» Deverão ser usados sistemas de infusão com filtro.» Apesar da tipificação sanguínea realizada, poderão ocorrer reacções adversas ou sobrevolémia. Esteja igualmente atento e monitorize o animal com regularidade.» Não administre medicação parenteral na mesma via usada na transfusão. Idealmente deverá realizar-se uma lavagem flushing dos catéteres com solução de NaCl antes e depois da transfusão.» Deverá misturar gentilmente o conteúdo da unidade antes de iniciar a transfusão.» Deverá rejeitar qualquer saco danificado ou com coágulos visíveis (ver a tabela artefactos nos sacos de sangue); a pigmentação avermelhada do plasma não constitui risco para a sua administração, visto a quantidade de hemoglobina livre ser bastante baixa.» Deverá administrar plasma do mesmo grupo sanguíneo, evitando sensibilizar o recptor através de fragmentos eritrocitários com poder antigénico. Plasma Fresco Congelado 11
14 Concentrado de Plaquetas Indicações: Diminuição da capacidade de formação do coágulo primário. Trombocitopénias severas: afecções da medula óssea, CID, esplenomegálias, patologias imunomediadas ou infecciosas Trombopatias com sangramentos activos: doença de vonwillebrand Profilaxia em cirurgia de pacientes com disfunções plaquetárias As maiores taxa de sucesso evidenciam-se na supressão reversível da medula óssea (após quimioterapia), em trombocitopenias por diminuição da produção, como leucemias ou anemia aplásica, e em trombopatias hereditárias. Em trobocitopénias por aumento do consumo (CID), sequestro (esplenomegália) ou destruição (trombocitopénia imunomediada), não se evidenciam tão grandes benefícios com transfusões de CP. Nas trombocitopénias imuno-mediadas as plaquetas transfundidas são destruidas rapidamente no fígado e baço; nestes casos o CP pode ser aplicados directamente sobre o local de sangramento- hemostase local. Não se aconselham transfusões sucessivas de CP, visto haver formação de alo-anticorpos contra plaquetas e leucócitos, responsáveis por reacções transfusionais. Contém: Concentrado de Plaqueta Plasma e plaquetas. No caso de plaquetas congeladas é adicionado o criopreservante DMSO (tóxico em gatos). Armazenamento: Temperatura ambiente, em constante agitação, 5 dias. Concentrado de plaquetas congelado: < 18ºC durante 6 meses; se decongelado em temperatura de refrigeração, poderá re-congelar até 4 horas depois. Volume por unidade: Cão: ml 12
15 Administração:» O CP canino apenas deverá ser usado em cães.» A via endovenosa usada deverá ser colocada no máximo até 24 horas antes da transfusão; se não for o caso, deveremos colocar novo cateter.» Deverá usar-se um sistema de administração com filtro e cateter de G.» No caso de CP congelado, deverá descongelar a unidade em banho maria, dentro de um saco protector, à temperatura ºC, durante minutos, e com agitação esporádica. Não descongele no microondas, visto haver o risco de sobreaquecimento, descongelação não uniforme e rotura da unidade. Após a descongelação deverá adicionar, de forma asséptica, 40 ml de plasma canino à unidade de CP a transfundir.» O volume a transfundir deverá ser de 1 unidade de CP de ml/10 kg, BID a TID.» A velocidade de administração: Nos primeiros minutos a velocidade deverá ser lenta, 0,25 ml/kg/h, de modo a avaliar possíveis reacções transfusionais agudas. Em animais normovolémicos a velocidade deverá ser de 5 ml/kg/h durante 2-4 horas. Em animais em risco de desenvolver sobrevolémia (insuficiência cardíaca, insuficiência renal ou hipertensão) a taxa deverá ser de 1-2 ml/kg/h.» A via preferida de administração é a via intravenosa, visto 100% do CP entrar em circulação. Precauções / Contra-indicações:» Não se deverá transfundir simultaneamente lactato de ringer (na mesma via ou outra via parenteral). O fluido mais seguro é NaCl 0,9%, no entanto, exceptuando em casos de rápida necessidade de expansão do volume circulante, não há benefício na infusão simultânea de cristalóides.» Deverão ser usados sistemas de infusão com filtro.» Apesar da tipificação sanguínea, poderão ocorrer reacções adversas ou sobrevolémia. Esteja igualmente atento e monitorize o animal com regularidade.» Deverá realizar-se uma lavagem (flushing) dos cateteres com solução de NaCl antes e depois da transfusão.» Não administre medicação parenteral na mesma via usada na transfusão.» Deverá agitar gentilmente o conteúdo de cada saco EP antes de iniciar a transfusão.» Deverá rejeitar qualquer saco danificado ou com coágulos visíveis.» Deverá administrar concentrado de plaquetas do mesmo grupo sanguíneo, evitando sensibilizar o receptor através de fragmentos eritrocitários com porder antigénico Concentrado de Plaqueta 13
16 Crioprecipitado Indicações: Doença de von Willebrand (tratamento ou prevenção) Hemofilia A (deficiência de factor VIII) Hemostase tópica em cirurgias com sangramentos severos Choque e desidratação associados a queimaduras e sépsis (devido à elevada concentração de fibronectina) CID - consumo de factores de coagulação e défice de fibrinogénio Vantagem: Conseguimos repôr os factores de coagulação necessários sem necessidade de transfundir grandes quantidades de sangue inteiro ou plasma, diminuindo os riscos de sobrevolémia e de reacções transfusionais. Contém: Factor VIII, XIII, vwf, fibrinogénio, fibronectina e pequena quantidade de outras proteínas. Armazenamento: < -18 ºC, 1 ano; se descongelado no frigorífico, poderá ser re-congelado até um máximo de 2 horas depois, sem perder características. Volume por unidade: ml Crioprecipitado Administração:» Deverá descongelar a unidade em banho maria à temperatura de 30-35ºC durante min, com agitação esporádica do saco; não deixe sobre-aquecer visto poder ocorrer coagulação e desnaturação de algumas proteínas a partir de 37 ºC. Não descongele no microondas, visto haver o risco de sobreaquecimento, descongelação não uniforme e rotura da unidade.» O volume a transfundir é calculado tendo em conta que a concentração é 10x superior ao plasma e que a actividade de coagulação é perdida em 50% durante a preparação de crioprecipitado. Desta forma deverá transfundir 2-4 ml/kg (até 5 ml/kg, em casos graves), BID.» Em caso de tratamento preventivo antes de uma cirurgia, deverá realizar-se a transfusão nas 4 horas antes da cirurgia; repetir a dose cada 30 minutos durante os procedimentos mais invasivos na cirurgia.» A velocidade da transfusão deverá ser lenta, 2-4 ml/kg/h, visto o crioprecipitado poder apresentar uma consistência gelatinosa; a transfusão deverá durar cerca de 1 hora. 14
17 » Crioprecipitado canino apenas deverá ser usado em cães.» A via preferida de administração do sangue é a via intravenosa, visto 100% do crioprecipitado entrar em circulação; em animais jovens ou com comprometimento circulatório poderá usar-se a via intra-peritoneal, apesar da absorção ser bastante mais lenta. Precauções / Contra-indicações:» Não se deverá transfundir simultaneamente lactato de ringer (na mesma via ou outra via parenteral). O fluido mais seguro será NaCl 0,9 %, no entanto, visto todas as unidades conterem solução aditiva que diminui a viscosidade do concentrado de eritrócitos, não há benefício na infusão simultânea de cristalóides, exceptuando em casos de rápida necessidade de expansão do volume circulante.» Deverão ser usados sistemas de infusão com filtro.» Apesar da tipificação sanguínea e do crossmatching realizado, poderão ocorrer reacções adversas ou sobrevolémia. Esteja igualmente atento e monitorize o animal com regularidade.» Deverá realizar-se uma lavagem (flushing) dos cateteres com solução de NaCl antes e depois da transfusão.» Não administre medicação parenteral na mesma via usada na transfusão.» Deverá misturar gentilmente o conteúdo de cada unidade antes de iniciar a transfusão.» Deverá rejeitar qualquer saco de crioprecipitado danificado ou com coágulos visíveis.» Deverá administrar crioprecipitado do mesmo grupo sanguíneo, evitando sensibilizar o receptor através de fragmentos eritrocitários com poder antigénico. Crioprecipitado 15
18 Criossobrenadante Indicações: As mesmas do plasma fresco congelado, excepto para a doença de von Willbrand, Hemofilia A e CID. Desta forma deverá usar-se em caso de: Sépsis Pancreatite )Processos inflamatórios severos com libertação de grande quantidade de citoquinas, beneficiando da administração de Peritonite Trauma severo alfa-macroglobulinas, várias anti-citoquinas, anti-proteases e Neoplasia )fibronectina. Cirurgia agressiva Hipoalbuminémias (< 1,5 g/dl) agudas e crónicas: apenas para reposição parcial da albumina e consequente aumento da pressão oncótica. O plasma congelado é especialmente indicado nos casos de complicações graves, resultantes da diminuição da pressão oncótica, tal como efusões pleurais ou edema pulmonar. Nos casos de hipoalbuminémias secundárias a afecções crónicas hepáticas, renais ou intestinais, é impossível a reposição total das proteínas plasmáticas através de transfusões de plasma. São necessários 45 ml/kg de plasma para elevar a albumina em 1 g/dl; como tal, são necessárias grandes quantidades de plasma no tratamento de hipoproteinémias. Nestes casos, está indicado o uso concomitante de colóides sintéticos. Parvovirose (reposição de imunidade passiva e aumento da pressão oncótica); Panleucopénia; Intoxicação por rodenticidas ou warfarina (o plasma fresco congelado contém os factores termoestáveis dependentes da vit. K - II, VII, IX, X); Hemofilia B (deficiência em factor IX); Profilaxia em cirurgia de pacientes com deficiências adquiridas ou hereditárias dos factores de coagulação; Pacientes sob anestesia com risco de hipotensão ou diminuição da capacidade de ligação dos fármacos às proteínas; Hipoglobulinémia neonatal por défice de colostro; Ressuscitações com TS < 4 g/dl. Os benefícios do criossobrenadante são temporários, necessitando sempre de tratamento específico da patologia primária e de tratamento de suporte. Contém: Albumina, globulinas, factores dependentes da vit. K (II, VII, IX e X), factores XI e XII. Criossobrenadante Armazenamento: 4 anos a temperatura < -18 ºC (como fonte de albumina e globulinas) ou 1 ano (como fonte de factores da coagulação). 16
19 Volume por unidade: ml Administração:» O CS canino apenas deverá ser usado em cães e o felino apenas em gatos.» A via endovenosa usada deverá ser colocada no máximo até 24 horas antes da transfusão; se não for o caso, deveremos colocar novo cateter.» Deverá usar-se um sistema de administração com filtro e cateter de G.» O CS deverá ser descongelado em banho-maria dentro de um saco protector, à temperatura de ºC durante minutos, e com agitação esporádica; não deixe sobreaquecer visto poder ocorrer desnaturação de proteínas a partir de 37 ºC. Não descongele no microondas, visto haver o risco de sobreaquecimento, descongelação não uniforme e rotura da unidade.» Após a descongelação poderá ser deixado à temperatura ambiente (20-25 ºC) durante 6 horas.» Cálculo do volume a transfundir: O volume a transfundir deverá ser de 5-10 ml/kg, podendo ir até 20 ml/kg em deficiências severas de factores da coagulação ou de imunoglobulinas a frequência varia de 12 em 12 horas até 1 vez por semana, dependendo da necessidade. Para aumentar a albumina sérica em 0,5 g/dl deveremos administrar 22,5 ml/kg de CS. Fórmula de cálculo do volume necessário para repor a albumina: Volume de plasma (ml) = Peso do receptor x 4,5 x (Alb desejada Alb actual g/l) Para reposição de factores de coagulação (p. ex. intoxicação por dicumarínicos) a dose deverá ser de ml/kg. Objectivo: pararem as hemorragias ou elevar os níveis de albumina até 2 g/dl.» Velocidade de administração: Nos primeiros minutos a velocidade deverá ser lenta, 0,25 ml/kg/h, de modo a avaliar possíveis reacções transfusionais agudas. Em animais normovolémicos a velocidade deverá ser de 5-10 ml/kg/h durante 2-4 horas. Em animais hipovolémicos poderão usar-se velocidades até 22 ml/kg/h. No entanto, poderão surgir arritmias por hipocalcémias, sendo aconselhável a monitorização do ECG e dos valores séricos de cálcio. Em animais em risco de desenvolver sobrevolémia (insuficiência cardíaca, insuficiência renal ou hipertensão) a taxa deverá ser de 1-4 ml/kg/h, iniciando-se à taxa mais baixa e aumentando gradualmente, no caso de haver ausência de reacções (taquipneia, dispneia, distensão das veias jugulares, quemose, edema perfiférico ou hipertensão).» A via preferida de administração do CP é a via intravenosa, visto 100% dos componentes entrar em circulação imediatamente; alternativamente em animais muito jovens ou com comprometimento circulatório, poderá usar-se a via intraperitoneal. No entanto, o tempo até entrar em circulação é bastante superior. Precauções / Contra-indicações:» O CS poderá apresentar uma pequena quantidade de eritrócitos fragmentados com potencial antigénico e passíveis de sensibilizar o paciente. Como tal, é igualmente aconselhável a tipificação sanguínea e monitorização de reacções adversas.» Não deverá transfundir simultaneamente lactato de ringer (na mesma via ou outra via parenteral). O fluido mais seguro é NaCl 0,9%, no entanto não há benefício na infusão simultânea de Criossobrenadante 17
20 cristalóides, excepto casos de rápida necessidade de expansão do volume circulante,» Deverão ser usados sistemas de infusão com filtro.» Apesar da tipificação sanguínea realizada, poderão ocorrer reacções adversas ou sobrevolémia. Esteja igualmente atento e monitorize o animal com regularidade.» Não administre medicação parenteral na mesma via usada na transfusão. Idealmente deverá realizar-se uma lavagem flushing dos catéteres com solução de NaCl antes e depois da transfusão.» Deverá misturar gentilmente o conteúdo da unidade antes de iniciar a transfusão.» Deverá rejeitar qualquer saco danificado ou com coágulos visíveis; a pigmentação avermelhada do CS não constitui risco para a sua administração, visto a quantidade de hemoglobina livre ser bastante baixa. Criossobrenadante 18
21
22 Ficha de Transfusão Data: / / Início da transfusão: : Fim da transfusão: : Informação do dador Espécie: Nº: Componente: Tipificação: Colheita: / / Validade: / / Hematócrito: % Crossmatching: Informação do receptor Data da Entrada: / / Paciente: Proprietário: Espécie: Raça: Idade: Sexo: Tipificação: Peso: Kg Nº transfusão Submetido a anestesia? Diagnóstico/causa da transfusão: Duração do processo: s s Volume a administrar: ml Volume administrado: ml 22 ml/kg ou peso receptor x 88(cão) 66(gato) X ( Htc desejado - Htc paceiente) Htc dador Atitude Pulso FR Mucosas Temp.ª Ht % Cor plasma Hb.úria PD PAM PS Antes da transfusão Reacções agudas? 0,25 ml/kg/h Transfusão 5-10 ml/kg/h Após a transfusão 0 min 20 min 1 h 2 h 3 h 24 h Sintomas (hora, data) Urticária/Prurido/Angioedema Tremores/Convulsões Sialorreia Vómitos Diarreia Dispneia Tosse Rinorreia Anúria Edemas Quemose Hemólise Petéquias/Equimoses AVC/Tromboembolismo pulmonar/enfarte Choque Hipotensão Paragem cardio-respiratória Febre 20
23 Reacções Transfusionais 21
24 22
25 Hemoterapia COMPONENTE INDICAÇÕES ACÇÃO CONTRA-INDICAÇÕES PERIGOS ADMINISTRAÇÃO Hemorragia severa com Restabelece a capacidade de Patologias responsivas a Doenças infecciosas. Velocidade: SANGUE INTEIRO hipovolémia (perda >30 % vol. de transporte de O 2 e o volume de apenas um dos componentes Reacções alérgicas e tóxicas. 1 os 20 min. 0,25 ml/kg/h sangue): traumática, intra-cirúrgica, sangue. O sangue fresco sanguíneos. Reacções hemolíticas, na normovolémia ml/kg/h rotura de tumores ou intoxicação aumenta, ainda, os factores de ausência de testes de hipovolémia... até 22 ml/kg/h 35 dias, 2-6 ºC por dicumarínicos. coagulação e plaquetas compatibilidade. risco de sobrevolémia. 1-4 ml/kg/h circulantes. Sobrevolémia. (insuf. renal; insuf. cardíaca; hipertensão) CONC. ERITRÓCITOS 42 dias, 2-6 ºC PLASMA FRESCO CONGELADO 1 ano, -20 ºC PLASMA CONGELADO 5 anos, -20 ºC CRIOPRECIPITADO 1 ano, -20 ºC CRIOSSOBRENADANTE 1 ano, -20 ºC CONCENT. PLAQUETAS 5-7 dias, ºC Agitação permanente Animais normovolémicos com anemia: hemorragias agudas e crónicas com perda <30 % do vol. sangue, anemias hemolíticas e anemias não regenerativas. Coagulopatia moderada e severa, por défice de factores de coagulação termolábeis - hemofilia A ( factor VIII), doença de von Willebrand ( factor V). Restantes indicações do plasma congelado. Défice de factores de coagulação termoestáveis hemofilia B e C, insuf. hepática, intoxicação por dicumarínicos; hipoglobulinémia e hipoalbuminémia (enteropatias, nefropatias, hepatopatias ou queimaduras). Hemofilia A, doença de von Willebrand e défice em fibrinogénio; CID; hemostase tópica em sangramentos intra-cirúrgicos nestes pacientes. Coagulopatia por deficiência em factores dependentes da Vit. K. Hipoalbuminémia. Hipoglobulinémia. Trombocitopénias e trombocitopatias. Dose sangue: Volume (ml) = Peso (kg) x 88 (cão) x (Ht desejado Ht do paciente) 66 (gato) Ht do dador Restabelece a capacidade de transporte de O 2. Fonte de factores de coagulação termolábeis e termoestáveis (isto é, de todos os componentes da coagulação secundária), imunidade passiva e albumina. Fonte de factores de coagulação termoestáveis (II, V, VII, IX e X), imunidade passiva e albumina. Fonte de factores de coagulação VIII, XIII, vwf, fibrinogénio e fibronectina. Fonte de factores de coagulação termoestáveis (II, V, VII, IX e X), imunidade passiva e albumina. Fonte de plaquetas. Anemias assintomáticas. Anemias responsivas a medicação. Coagulopatias. Reposição de volémia. Não contém plaquetas viáveis. Reposição de volémia. Não contém plaquetas viáveis. Coagulopatias, envolvendo factores de coagulação termoestáveis (II, V, VII, IX e X). Como fonte de albumina ou globulinas. Igual ao plasma congelado. Coagulopatias, envolvendo factores de coagulação. Doenças infecciosas. Reacções tóxicas. Reacções hemolíticas, na ausência de testes de compatibilidade. Doenças infecciosas. Reacções alérgicas. Sobrevolémia. O mesmo descrito para plasma fresco congelado. Reacções alérgicas. O mesmo descrito para plasma fresco congelado. Doenças infecciosas. Reacção imuno-mediada. Dose: ver fórmula a baixo Igual ao descrito para sangue inteiro. Poderá ser necessário infundir simultaneamente NaCl 0,9 % (mesma via IV), de forma a diminuir a viscosidade do CE. Dose: 10 ml/kg (ver fórmula) BID, até efeito (Até 20 ml/kg coagulopatias severas) Velocidade: 5-10 ml/kg/h O mesmo descrito para plasma fresco congelado. Dose: 2-4 ml/kg BID, até efeito (doses > em sangramentos activos) Tópico em hemostase intra-círurg. Velocidade: 1-2 ml/kg/h O mesmo descrito para plasma fresco congelado. Dose: 1 unidade (40-70 ml)/10 kg BID-TID, até efeito Velocidade: 5 ml/kg/h risco de sobrevolémia. 1-4 ml/kg/h (insuf. renal; insuf. cardíaca; hipertensão) Dose de plasma: Peso (kg) x 4,5 x (conc. desejada de albumina - conc. actual de albumina em g/l) 23
26 Hemoterapia SANGUE INTEIRO CONCENTRADO ERITRÓCITOS PLASMA FRESCO CONGELADO PLASMA CONGELADO/ CRIOSSOBRENADANTE CRIOPRECIPITADO COLÓIDES CONCENTRADO PLAQUETAS Anemia Anemia com hipoproteinémia Anemia hemorrágica (>30% volume total de sangue) Anemia com coagulopatia Síndrome Evans Pancitopénia Intox. por dicumarínicos CID Hemofilia A (factor VIII) Hemofilia B (factor IX) Hemofilia C Doença de Von Willebrand Componente de 1ª escolha Componente alternativo 24
27 Hemoterapia PATOLOGIA Intoxic. por Warfarina Trombocitopénia/ Trombopatia Hipoproteinémia Defic. de protrombina Defic. de fibrinogénio Sépsis Hipoglobulinémia (Parvovirose) Hepatopatia com coagulopatia SANGUE INTEIRO CONCENTRADO ERITRÓCITOS PLASMA FRESCO CONGELADO PLASMA CONGELADO/ CRIOSSOBRENADANTE CRIOPRECIPITADO COLÓIDES CONCENTRADO PLAQUETAS Hepatopatia com anemia Pancreatite Isoeritrólise neonatal Componente de 1ª escolha Componente alternativo 25
28 Informações Gerais Tabela de Preços Canino IVA 6 % Concentrado de eritrócitos 1 unidade ( ml) 80 Concentrado de eritrócitos ½ unidade (100 ml) 60 Plasma fresco congelado 1 unidade ( ml) 80 Plasma fresco congelado ½ unidade (100 ml) 60 Sangue inteiro (Sujeito a disponibilidade) 100 Concentrado de plaquetas unidade simples (inclui ½ unidade de plasma) 130 Concentrado de plaquetas unidade dupla (inclui ½ unidade de plasma) 165 Concentrado de plaquetas unidade tripla (inclui ½ unidade de plasma) 200 Crioprecipitado 60 Criossobrenadante 70 Pack Concentrado de eritrócitos + Plasma fresco congelado 125 Pack 2x Concentrado de eritrócitos 145 Pack 2x Plasma fresco congelado 145 Felino IVA 6 % Concentrado de eritrócitos tipo A 85 Concentrado de eritrócitos tipo B 115 Plasma fresco congelado tipo A 75 Plasma fresco congelado tipo B 85 Sangue inteiro tipo A (Sujeito a disponibilidade) 100 Sangue inteiro tipo B (Sujeito a disponibilidade) 125 Pack Concentrado de eritrócitos + Plasma fresco congelado tipo A 125 Pack 2x Plasma fresco congelado 105 Provas de compatibilidade IVA 23 % Tipificação 25 Testes de coagulação IVA 23 % Tubos de ACT (Tempo de Coagulação Ativada) 8,5 Tempo de sangramento gengival 12,5 Administração IVA 23 % Sistema de administração com filtro 3,7 Filtro 18μ (administração em linha) 12 Transporte IVA 23 % Transporte nacional 15 Transporte nacional imediato 20 Suplemento MRW - entrega 08h30 ou sábado 9 Transporte Grande Lisboa até 20 km 15 Transporte Grande Lisboa - suplemento por cada 10 km 5 Transporte Porto 7,5 Transporte Grande Porto 12,5 Transporte por km 0,43 Transporte CTT < 0,5 kg 6 Taxas IVA 23 % Taxa de urgência 12,3 Taxa de levantamento nos Centros BSA 6,15 26
29 Encomendas Todas as encomendas deverão ser feitas via telefónica, agilizando o processo de envio: tlm: Adicionalmente deverá enviar um por forma a registarmos o seu pedido: bsa@bsanimal.com Outros contactos Sítio: Morada: Banco de Sangue Animal Rua Académico Futebol Club 361 4drt Porto Tlf: bsa@bsanimal.com Formas de Pagamento Cheque endereçado a Rui Fundo Ferreira Lda. - entregue ao estafeta da empresa transportadora no acto da recepção da encomenda. Transferência bancária: NIB Transporte Realizado pela empresa MRW. Pedidos até às 11:00 - entregas no mesmo dia ao final da tarde. Pedidos entre as 11:00 e as 18:00 - entregas no dia seguinte de manhã. Poderão realizar-se entregas ao sábado de manhã caso seja pedido até às 18:00 de sexta-feira, mediante o pagamento de uma taxa suplementar. Transporte urgente: envios via Renex expresso. A encomenda deverá ser recolhida no terminal de camionagem, estando dependentes dos horários das camionetas e dos seus locais de paragem. Para qualquer esclarecimento adicional por favor contacte-nos. Localidades abrangidas pelo transporte urgente: NORTE: Arcos de Valdevez, Braga, Barcelos, Porto, Matosinhos, S.ª M.ª da Feira, S.º João da Madeira e Oliveira de Azemeis. SUL: Lisboa, Albufeira (Vale Paraíso), Portimão, Lagos, Faro e Vila Real de S.º António. Consulte os horários disponíveis em Para outras localidades poderemos realizar envios urgentes através da Rede Expresso, Rodonorte ou Internorte. Disponibilidade de serviço mediante consulta. Garantia de qualidade durante o transporte As unidades congeladas são transportadas dentro de caixas térmicas com 5 cm de espessura. Testes de medição de temperatura com datalogger evidenciaram a manutenção de temperaturas negativas no transporte de unidades de plasma fresco congelado canino durante 48 horas. O tempo de trânsito das encomendas é de 6 a 18 horas, garantindo a qualidade do transporte. 27
30 No caso de unidades de plasma congelado felino (volume ml), a descongelação parcial pode ocorrer caso as temperaturas exteriores sejam muito elevadas e os tempos de transporte superiores a 24 horas.no entanto, como o descongelamento ocorre em ambiente frio, a unidade pode ser novamente congelada e a sua vida útil será metade da validade indicada. Em relação ao concentrado de eritrócitos, o transporte realiza-se em caixas térmicas que garantem temperaturas de refrigeração 4-6 C. Estas foram também monitorizadas com datalogger, garantindo a qualidade do transporte. Armazenamento O armazenamento das unidades de sangue inteiro e de concentrado de eritrócitos deve ser feito em frigoríficos com temperatura entre 4-6 C. Estas unidades devem ficar em posição vertical, permitindo a circulação do ar frio em torno de toda a unidade. As unidades de plasma fresco congelado devem permanecer congeladas a temperatura <-18 ºC, idealmente <-30 ºC, podendo ser colocadas na horizontal. O manuseamento destas unidades deverá ser cuidadoso, já que as unidades podem facilmente ser quebradas enquanto congeladas Os frigoríficos e congeladores não deverão ser abertos com frequência, evitando flutuações de temperatura. Para qualquer esclarecimento adicional por favor contacte-nos. 28
31 Formulário de Requisição Clínica Méd. Veterinário Morada Telefone NIF PRODUTO Nº Unidades Canino Concentrado de eritrócitos 1 unidade ( ml) Concentrado de eritrócitos ½ unidade ( ml) Plasma fresco congelado 1 unidade ( ml) Plasma fresco congelado ½ unidade ( ml) Sangue Inteiro Concentrado de plaquetas Crioprecipitado Criossobrenadante / Plasma congelado Pack Concentrado de eritrócitos + Plasma fresco congelado Felino Concentrado de eritrócitos tipo A Concentrado de eritrócitos tipo B Plasma fresco congelado Sangue inteiro tipo A Sangue inteiro tipo B Pack Concentrado de eritrócitos + Plasma fresco congelado tipo A Processamento 1-2 unidades 3-4 unidades 5 unidades Provas de compatibilidade Tipificação Crossmatching Testes de coagulação Tubos de ACT (Tempo de Coagulação Activada) Tempo de sangramento gengival - Surgicutt Administração Sistema de administração com filtro Filtro 18μ (administração em linha) Assinatura: Data: 29
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33 BSA, SEMPRE CONSIGO
34 BANCO DE SANGUE ANIMAL Académico Fut Club 361 4dt Porto tlm
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Boletim Informativo 3 e
PPEETT IMAGEM I DIAGNÓSSTTI ICOSS VEETTEERI INÁRRI IOSS NOVAA TTABBEELLA EE NNOVVOSS EEXXAAMEESS Já encaminhamos a todos os médicos veterinários nossa nova tabela de serviços e preços que estará vigente
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