Cristalografia e Química

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Cristalografia e Química"

Transcrição

1 Cristalografia e Química José António Paixão CEMDRX Universidade de Coimbra

2 Os cristais e a teoria atómica Robert Hooke ( ) Johannes Kepler ( ) René Descartes ( )

3 Os cristais e a teoria atómica A birefrigência do Espato de Islândia (calcite) Christiaan Huygens ( )

4 Os cristais e a teoria atómica Christiaan Huygens: Traité de la lumière (1690)

5 (1704) (1690)

6

7 Os cristais e a molécula integrante Réne Just Hauy ( )

8 Os cristais e a molécula integrante

9 Dans les corps, il y a deux ordres de molécules : les premières, " les molécules élémentaires " sont les composés chimiques combinés selon un arrangement déterminé dans le minéral (par exemple l'acide et la soude dans le sel commun) ; elles sont accessibles grâce à l'analyse chimique qui en donne la proportion. Les secondes, " les molécules intégrantes ", sont les plus petits volumes du corps pouvant être obtenus sans que sa nature soit détruite ; elles sont accessibles par l'analyse cristallographique qui en donne la forme. " Les molécules élémentaires ont sans doute aussi des formes régulières et constantes pour chaque espèce d'acide, d'alkali, etc ; et celles d'une espèce s'adaptent à celles de l'autre, en formant de petits compartiments d'où résultent les molécules intégrantes.

10 A descoberta dos RX 1ª radiografia (1895) Wilhelm Conrad Röntgen ( )

11 O que são os raios-x? Nova controvérsia Partículas ou ondas electromagnéticas? Partículas Ondas electromagnéticas

12 O que são os raios-x? Partículas: efeito fotoeléctrico, ausência de difração, ausência de refração. Ondas: polarização dos RX (Barkla, 1905) Charles Glover Barkla ( )

13 A difração dos RX Max von Laue ( ) Poderão os cristais difractar os RX?

14 A experiência de Laue, Friedrich e Knipping Os raios-x são, definitivamente, ondas! Difractograma de um cristal de ZnS (1912)

15 Raios-X 10 8 cm = m=1å E = h = hc/ E[keV] = 12.40/ [Å]

16 Equações de Laue/Ewald ~a (ŝ ŝ 0 )=h ~ b (ŝ ŝ0 )=k ~c (ŝ ŝ 0 )=l 2 ŝ ŝ 0 = ~ R? hkl 2 ~ kf ~ ki = ~ G? hkl ~R? hkl = h~a? + k ~ b? + l~c?

17 Lei de Bragg n =2d hkl sin W. H. Bragg ( ) W. H. Bragg ( )

18 Os trabalhos pioneiros

19 Diamante e grafite

20

21 Estruturas orgânicas

22 Difração RX

23 Difração de RX

24 Difração de RX As posições dos feixes difractados são determinadas pela célula unitária (e dadas pela lei de Bragg) A intensidade dos feixes difractados está directamente relacionada com a densidade electrónica na célula unitária. I hkl / TF( (~r)) 2

25 Determinação estrutural I(h, k, l)! F (h, k, l) 2 F (h, k, l) =TF( (~r)) F (h, k, l) = F (h, k, l) e (ı ) (~r) = 1 V X F (h, k, l)e 2 ı(hx+ky+lz) hkl

26 Síntese de Fourier da densidade electrónica

27 O problema da fase

28 O problema da fase

29 O problema da fase Apesar de não ser possível medir as fases na experiência, a distribuição das intensidades dos feixes difratados também tem informação sobre as fases Analogia: num texto ao qual se apagassem metade das letras ao acaso, seria possível (em grande medida) recuperar a mensagem original recorrendo à frequência das letras no alfabeto e ao contexto da mensagem do texto.

30 Modelo estrutural

31 Modelo estrutural Extrair coordenadas 3D dos picos da densidade electrónica Atribuir átomos aos picos (C,O,N,...) Modelo de agitação térmica Refinar o modelo por um método de mínimos quadrados não linear X ( F o (h, k, l) 2 F c (h, k, l) 2 ) 2 hkl

32 Refinamento estrutural Posições atómicas + U isotrópicos Posições atómicas + U anisotrópicos Inclusão de átomos de H Refinamento da posição de átomos de H (com restrições) Refinar os pesos usados no refinamento

33

34 Análise da geometria, empacotamento e ligações intermoleculares Comprimentos e ângulos de ligação, conformação molecular (ângulos de torsão) Contactos intermoleculares Ligações de Hidrogénio

35 Os pioneiros Hexametil tetra-amina (Dickinson & Raymond, 1923)

36 Compostos de coordenação Ni-ftalocianina (Robertson & Woodward, 1937)

37 Compostos aromáticos

38 As moléculas orgânicas grandes

39 A estrutura da insulina

40 Dorothy Crowfoot Hodgkin ( ) Insulina (1969)

41

42

43

44 Alguns problemas Fraca qualidade dos cristais Grupo espacial errado Pseudo-simetria, maclagem Desordem posicional e substitucional Desordem de solventes Estruturas incomensuráveis Scattering difuso

Difração. Espectrometria por Raios X 28/10/2009. Walmor Cardoso Godoi, M.Sc. http://ww.walmorgodoi.com

Difração. Espectrometria por Raios X 28/10/2009. Walmor Cardoso Godoi, M.Sc. http://ww.walmorgodoi.com Difração Espectrometria por Raios X Fenômeno encontrado enquanto ondas (sísmicas, acústicas, ondas de água, ondas eletromagnéticos, luz visível, ondas de rádio, raios X) encontram um obstáculo teia de

Leia mais

Prof. João Maria Soares UERN/DF/Mossoró E-mail: joaomsoares@gmail.com

Prof. João Maria Soares UERN/DF/Mossoró E-mail: joaomsoares@gmail.com Prof. João Maria Soares UERN/DF/Mossoró E-mail: joaomsoares@gmail.com 1. Estrutura cristalina redes de Bravais 2. Principais estruturas cristalinas 3. Sistemas cristalinos 4. Simetria e grupos de simetria

Leia mais

DIFRAÇÃO DE RAIOS X DRX

DIFRAÇÃO DE RAIOS X DRX DIFRAÇÃO DE RAIOS X DRX O espectro eletromagnético luz visível raios-x microondas raios gama UV infravermelho ondas de rádio Comprimento de onda (nm) Raios Absorção, um fóton de energia é absorvido promovendo

Leia mais

ARRANJOS ATÔMICOS. Química Aplicada

ARRANJOS ATÔMICOS. Química Aplicada ARRANJOS ATÔMICOS Química Aplicada Sólidos Sólidos 1. Arranjo Periódico de Átomos SÓLIDO: Constituído por átomos (ou grupo de átomos) que se distribuem de acordo com um ordenamento bem definido; Esta regularidade:

Leia mais

22/Abr/2015 Aula 15. 17/Abr/2015 Aula 14

22/Abr/2015 Aula 15. 17/Abr/2015 Aula 14 17/Abr/2015 Aula 14 Introdução à Física Quântica Radiação do corpo negro; níveis discretos de energia. Efeito foto-eléctrico: - descrições clássica e quântica - experimental. Efeito de Compton. 22/Abr/2015

Leia mais

Estrutura de Sólidos Cristalinos. Profa. Dra Daniela Becker

Estrutura de Sólidos Cristalinos. Profa. Dra Daniela Becker Estrutura de Sólidos Cristalinos Profa. Dra Daniela Becker Bibliografia Callister Jr., W. D. Ciência e engenharia de materiais: Uma introdução. LTC, 5ed., cap 3, 2002. Shackelford, J.F. Ciências dos Materiais,

Leia mais

Espectroscopia de Raios X

Espectroscopia de Raios X Espectroscopia de Raios X 1. Introdução Raios X O conhecimento da estrutura dos materiais, a maioria dos quais são cristalinos no estado sólido, s é fundamental para a caracterização das propriedades físicas

Leia mais

Arranjos Atômicos 26/3/2006 CM I 1

Arranjos Atômicos 26/3/2006 CM I 1 Arranjos Atômicos 26/3/2006 CM I 1 26/3/2006 CM I 2 Arranjo Periódico de Átomos Sólido: constituído por átomos (ou grupo de átomos) que se distribuem de acordo com um ordenamento bem definido; Esta regularidade:»

Leia mais

ESTRUTURAS CRISTALINAS - TEORIA

ESTRUTURAS CRISTALINAS - TEORIA ESTRUTURAS CRISTALINAS - TEORIA Introdução Sólidos são compostos que apresentam uma alta regularidade estrutural. Com exceção dos sólidos amorfos, nos quais essa regularidade só existe em um curto espaço,

Leia mais

Cristalização e Caracterização Estrutural por Difração de Raios X do composto β-ciclodextrina com um agonista do receptor D2 da dopamina

Cristalização e Caracterização Estrutural por Difração de Raios X do composto β-ciclodextrina com um agonista do receptor D2 da dopamina Cristalização e Caracterização Estrutural por Difração de Raios X do composto β-ciclodextrina com um agonista do receptor D2 da dopamina Rosane de Paula CASTRO, José Ricardo SABINO, Carlos Alberto Mansour

Leia mais

UNIDADE 4 - ESTRUTURA CRISTALINA

UNIDADE 4 - ESTRUTURA CRISTALINA UNIDADE 4 - ESTRUTURA CRISTALINA 4.1. INTRODUÇÃO Em geral, todos os metais, grande parte dos cerâmicos e certos polímeros cristalizam-se quando se solidificam. Os átomos se arranjam em uma estrutura tridimensional

Leia mais

ONDAS MECÂNICAS, ONDA ELETROMAGNETICA E ÓPTICA FÍSICA

ONDAS MECÂNICAS, ONDA ELETROMAGNETICA E ÓPTICA FÍSICA FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDÔNIA, CAMPUS DE JI-PARANÁ, DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA AMBIENTAL DE JI-PARANÁ DEFIJI 1 SEMESTRE 2013-2 ONDAS MECÂNICAS, ONDA ELETROMAGNETICA E ÓPTICA FÍSICA Prof. Robinson

Leia mais

DRIFRAÇÃO DE RAIOS-X

DRIFRAÇÃO DE RAIOS-X DRIFRAÇÃO DE RAIOS-X Prof. Márcio Antônio Fiori Prof. Jacir Dal Magro O espectro eletromagnético luz visível raios-x microondas raios gama UV infravermelho ondas de rádio Comprimento de onda (nm) Absorção,

Leia mais

Formas regulares e simétricas assim como a ordenação das partículas que os formam. Cristalografia e Difração em Raio X - Michele Oliveira

Formas regulares e simétricas assim como a ordenação das partículas que os formam. Cristalografia e Difração em Raio X - Michele Oliveira Formas regulares e simétricas assim como a ordenação das partículas que os formam. Cristalografia e Difração em Raio X - Michele Oliveira 2 Cristais são arranjos atômicos ou moleculares cuja estrutura

Leia mais

2015 Dr. Walter F. de Azevedo Jr. Lei de Bragg e Espaço Recíproco

2015 Dr. Walter F. de Azevedo Jr. Lei de Bragg e Espaço Recíproco 2015 Dr. Walter F. de Azevedo Jr. 000000000000000000000000000000000000000 000000000000000000000000000000000000000 000000000000111111111110001100000000000 000000000001111111111111111111000000001 000000000111111111111111111111111000000

Leia mais

Ciência de Materiais. LEGI. ESTRUTURA CRISTALINA. 1. I) Desenhe em cubos unitários os planos com os seguintes índices de Miller:

Ciência de Materiais. LEGI. ESTRUTURA CRISTALINA. 1. I) Desenhe em cubos unitários os planos com os seguintes índices de Miller: 1. I) Desenhe em cubos unitários os planos com os seguintes índices de Miller: a) ( 1 0 1) b) ( 0 3 1) c) ( 1 2 3) II) Desenhe em cubos unitários as direcções com os seguintes índices: a) [ 1 0 1] b) [

Leia mais

Física IV. Difração. Sears capítulo 36. Prof. Nelson Luiz Reyes Marques. Capítulo 36 Difração

Física IV. Difração. Sears capítulo 36. Prof. Nelson Luiz Reyes Marques. Capítulo 36 Difração Física IV Difração Sears capítulo 36 Prof. Nelson Luiz Reyes Marques Difração e a Teoria Ondulatória da Luz Difração e a Teoria Ondulatória da Luz A difração é um fenômeno essencialmente ondulatório, ou

Leia mais

UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA CENTRO DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA MECÂNICA TÉCNICAS DE ANÁLISE

UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA CENTRO DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA MECÂNICA TÉCNICAS DE ANÁLISE UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA CENTRO DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA MECÂNICA TÉCNICAS DE ANÁLISE CMA CIÊNCIA DOS MATERIAIS 2º Semestre de 2014 Prof. Júlio César Giubilei

Leia mais

Introdução a cristalografia de Raios-X

Introdução a cristalografia de Raios-X UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA CENTRO DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS DEPARTAMENTO DE QUÍMICA - DQMC Introdução a cristalografia de Raios-X Prof Karine P. Naidek Introdução a cristalografia de Raios-X

Leia mais

Aula 8 Fótons e ondas de matéria II. Física Geral F-428

Aula 8 Fótons e ondas de matéria II. Física Geral F-428 Aula 8 Fótons e ondas de matéria II Física Geral F-428 1 Resumo da aula anterior: Planck e o espectro da radiação de um corpo negro: introdução do conceito de estados quantizados de energia para os osciladores

Leia mais

Aula Prática 1. Análise de Difração de Raios X (DRX) Centro de Engenharia Modelagem e Ciências Sociais Aplicadas

Aula Prática 1. Análise de Difração de Raios X (DRX) Centro de Engenharia Modelagem e Ciências Sociais Aplicadas Aula Prática 1 Análise de Difração de Raios X (DRX) Centro de Engenharia Modelagem e Ciências Sociais Aplicadas Raios-X Raios-X são uma forma de radiação eletromagnética com alta energia e pequeno comprimento

Leia mais

DIFRAÇÃO DE RAIO X. Daiane Bueno Martins

DIFRAÇÃO DE RAIO X. Daiane Bueno Martins DIFRAÇÃO DE RAIO X Daiane Bueno Martins Descoberta e Produção de Raios-X Em 1895 Wilhen Konrad von Röntgen (pronúncia: rêntguen) investigando a produção de ultravioleta descobriu uma radiação nova. Descobriu

Leia mais

PRINCÍPIOS DA ESTRUTURA EM SÓLIDOS. QFL-4010 Prof. Gianluca C. Azzellini

PRINCÍPIOS DA ESTRUTURA EM SÓLIDOS. QFL-4010 Prof. Gianluca C. Azzellini PRINCÍPIOS DA ESTRUTURA EM SÓLIDOS Estrutura dos Sólidos Tipo Exemplo Unidades Natureza Estruturais da ligação Iônico NaCl, CaCl 2 Íons positivos Iônica - Atração e negativos Eletrostática forte Metálico

Leia mais

CRISTALOGRAFIA A FOTOGRAFIA DAS MOLÉCULAS

CRISTALOGRAFIA A FOTOGRAFIA DAS MOLÉCULAS CRISTALOGRAFIA A FOTOGRAFIA DAS MOLÉCULAS Profa. Renata Diniz renata.diniz@ufjf.edu.br Departamento de Química ICE Universidade Federal de Juiz de Fora I - Difração de Raios X Radiação X Fenômeno de Difração

Leia mais

INTRODUÇÃO À DIFRAÇÃO

INTRODUÇÃO À DIFRAÇÃO 1 Universidade Federal do Ceará INTRODUÇÃO À DIFRAÇÃO DE RAIOS-X EM CRISTAIS Lucas Bleicher José Marcos Sasaki Setembro de 000 Introdução Quando se fala em raios-x, a primeira aplicação que vem à mente

Leia mais

Escola Secundária Vitorino Nemésio

Escola Secundária Vitorino Nemésio Escola Secundária Vitorino Nemésio Ano lectivo 2008/2009 Fisica e Química B 11ºAno 3º Teste de Avaliação Sumativa Nome: Nº: Classificação: Enc.Educação: A professora: 1. Todas as afirmações são falsas.

Leia mais

DETERMINAÇÃO DA ESTRUTURA TRIDIMENSIONAL DE PROTEÍNAS POR DIFRAÇÃO DE RAIOS-X

DETERMINAÇÃO DA ESTRUTURA TRIDIMENSIONAL DE PROTEÍNAS POR DIFRAÇÃO DE RAIOS-X DETERMINAÇÃO DA ESTRUTURA TRIDIMENSIONAL DE PROTEÍNAS POR DIFRAÇÃO DE RAIOS-X Disciplina: Engenharia de Proteínas Ma. Flávia Campos Freitas Vieira NÍVEIS ESTRUTURAIS DAS PROTEÍNAS Fonte: Lehninger, 2010.

Leia mais

1. 3 2. 4 3. 4 4. 5 5. 6 6. 8 7. 9 8. 12 9. 16 10. 17 11. O

1. 3 2. 4 3. 4 4. 5 5. 6 6. 8 7. 9 8. 12 9. 16 10. 17 11. O 1 DIFRAÇÃO DE RAIOS X Prof. Dr. Walter Filgueira de Azevedo Jr. Laboratório de Sistemas Biomoleculares. Departamento de Física-Instituto de Biociências, Letras e Ciências Exatas-UNESP, São José do Rio

Leia mais

ESTRUTURA CRISTALINA 1

ESTRUTURA CRISTALINA 1 ESTRUTURA CRISTALINA ARRANJO ATÔMICO Por que estudar? As propriedades de alguns materiais estão diretamente associadas à sua estrutura cristalina (ex: magnésio e berílio que têm a mesma estrutura se deformam

Leia mais

ESTRUTURA CRISTALINA E IMPERFEIÇÕES NOS SÓLIDOS ESTRUTURA CRISTALINA E IMPERFEIÇÕES NOS SÓLIDOS

ESTRUTURA CRISTALINA E IMPERFEIÇÕES NOS SÓLIDOS ESTRUTURA CRISTALINA E IMPERFEIÇÕES NOS SÓLIDOS ESTRUTURA CRISTALINA E IMPERFEIÇÕES NOS SÓLIDOS 1 CONCEITOS FUNDAMENTAIS Materiais sólidos podem ser classificados de acordo com a regularidade com que os seus átomos ou íons estão arranjados um em relação

Leia mais

Tópicos de Física Moderna ano 2005/2006

Tópicos de Física Moderna ano 2005/2006 Trabalho Prático Nº 3 ESTUDO DA DIFRAÇÃO Tópicos de Física Moderna ano 005/006 Objectivos: Familiarização com os fenómenos de interferência e difracção da luz, com utilização de uma rede de difracção para

Leia mais

Os reticulados de Bravais 60 CAPÍTULO 4

Os reticulados de Bravais 60 CAPÍTULO 4 4 Estrutura Cristalina A palavra estrutura vem do latim structura, derivada do verbo struere, construir. No sentido mais geral, ela significa organização das partes ou dos elementos que formam um todo.

Leia mais

1 OSCILADOR SEM AMORTECIMENTO. 1.1 A equação do oscilador harmónico e o movimento harmónico simples. 1.2 O plano complexo

1 OSCILADOR SEM AMORTECIMENTO. 1.1 A equação do oscilador harmónico e o movimento harmónico simples. 1.2 O plano complexo 1 OSCILADOR SEM AMORTECIMENTO 1.1 A equação do oscilador harmónico e o movimento harmónico simples 1.2 O plano complexo 1.3 Movimento harmónico simples, fasores e movimento circular uniforme 1.4 O circuito

Leia mais

Mateus Geraldo Xavier. Contribuição do Ensino Religioso no processo de educação da fé: um estudo teológico-pastoral. Dissertação de Mestrado

Mateus Geraldo Xavier. Contribuição do Ensino Religioso no processo de educação da fé: um estudo teológico-pastoral. Dissertação de Mestrado Mateus Geraldo Xavier Contribuição do Ensino Religioso no processo de educação da fé: um estudo teológico-pastoral Dissertação de Mestrado Programa de Pós-graduação em Teologia do Departamento de Teologia

Leia mais

Aula 9 A Difração. Física 4 Ref. Halliday Volume4. Profa. Keli F. Seidel

Aula 9 A Difração. Física 4 Ref. Halliday Volume4. Profa. Keli F. Seidel Aula 9 A Difração Física 4 Ref. Halliday Volume4 Sumário Difração de fenda única circular A difração de Raios-X Relembrando... Uma única fenda com Largura Finita A figura de difração de fenda simples com

Leia mais

Aula 9 A Difração. Física 4 Ref. Halliday Volume4. Profa. Keli F. Seidel

Aula 9 A Difração. Física 4 Ref. Halliday Volume4. Profa. Keli F. Seidel Aula 9 A Difração Física 4 Ref. Halliday Volume4 Sumário Difração de fenda única circular A difração de Raios-X Relembrando... Uma única fenda com Largura Finita A figura de difração de fenda simples com

Leia mais

CIÊNCIA DE MATERIAIS I

CIÊNCIA DE MATERIAIS I CIÊNCIA DE MATERIAIS I ENUNCIADOS DE PROBLEMAS PARA AS LICENCIATURAS EM ENGENHARIA MECÂNICA ENGENHARIA DE PRODUÇÃO INDUSTRIAL ENGENHARIA QUÍMICA Compilação efectuada por Alexandre Velhinho, Lucelinda Cunha,

Leia mais

2.1: Espalhamento de Raios X

2.1: Espalhamento de Raios X Unidade 1 - Aula * Tradução e adaptação livre das aulas do Professor Rick Trebino em: www.physics.gatech.edu/frog Propriedades da Onda de Matéria ria* * + Difração de Elétrons.1 Espalhamento de Raios X.

Leia mais

Ficek e Swain deram uma boa críaca no fenómeno coerente num sistema de múlaplos níveis com SGC.

Ficek e Swain deram uma boa críaca no fenómeno coerente num sistema de múlaplos níveis com SGC. Velocidade de Grupo num Impulso de Teste num Sistema Lambda Aberto A velocidade de grupo do impulso de luz de teste (GVPLP) a propagar- se através de um sistema atómico aberto do Apo- Ʌ com uma coerência

Leia mais

RAIOS-X (RAIOS RÖNTGEN)

RAIOS-X (RAIOS RÖNTGEN) RAIOS-X (RAIOS RÖNTGEN) Descobertos por Wilhelm Röntgen (1895) Primeiro prêmio Nobel em física (1901) Radiação extremamente penetrante (

Leia mais

RAIOS-X (RAIOS RÖNTGEN)

RAIOS-X (RAIOS RÖNTGEN) RAIOS-X (RAIOS RÖNTGEN) Descobertos por Wilhelm Röntgen (1895) Primeiro prêmio Nobel em física (1901) Radiação extremamente penetrante (

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DO ABC BC-1105: MATERIAIS E SUAS PROPRIEDADES

UNIVERSIDADE FEDERAL DO ABC BC-1105: MATERIAIS E SUAS PROPRIEDADES UNIVERSIDADE FEDERAL DO ABC Centro de Engenharia, Modelagem e Ciências Sociais Aplicadas (CECS) BC-1105: MATERIAIS E SUAS PROPRIEDADES Estrutura Cristalina - arranjo (organização espacial) - simetria -

Leia mais

As questões de 01 a 05, cujas respostas deverão ser redigidas EM PORTUGUÊS, referem -se ao texto abaixo.

As questões de 01 a 05, cujas respostas deverão ser redigidas EM PORTUGUÊS, referem -se ao texto abaixo. 1 2 3 4 5 Confira se os dados contidos na parte inferior desta capa estão corretos e, em seguida, assine no espaço reservado para isso. Se, em qualquer outro local deste Caderno, você assinar, rubricar,

Leia mais

CAPÍTULO 4 NOÇÕES DE CRISTALOGRAFIA

CAPÍTULO 4 NOÇÕES DE CRISTALOGRAFIA 73 CAPÍTULO 4 NOÇÕES DE CRISTALOGRAFIA Sumário Objetivos deste capítulo...74 4.1 Introdução...74 4. Posições atômicas em células unitárias cúbicas...74 4.3 Direções em células unitárias cúbicas...75 4.4

Leia mais

Teorias da luz. Experiências

Teorias da luz. Experiências Teorias da luz. Experiências Jaime E. Villate Departamento de Física Faculdade de Engenharia Universidade do Porto Exposição na Biblioteca da FEUP 21 de Abril a 13 de Junho de 2005 1 A luz é um fenómeno

Leia mais

1. 0 - AULA TEÓRICA DE DIFRAÇÃO DE RAIOS X

1. 0 - AULA TEÓRICA DE DIFRAÇÃO DE RAIOS X 1. 0 - AULA TEÓRICA DE DIFRAÇÃO DE RAIOS X 1. 1 - Introdução É fundamental para o engenheiro de materiais conhecer a estrutura cristalina e a microestrutura de um material para poder entender suas propriedades.

Leia mais

10 Plasma: o quarto estado da matéria

10 Plasma: o quarto estado da matéria 10 Plasma: o quarto estado da matéria Petrus Josephus Wilhelmus Debye (1884-1966) Químico holandês nascido em Maastricht, que deixou importantes estudos no domínio da estrutura molecular. Em 1908 obteve

Leia mais

NOTAS DE AULAS DE FÍSICA MODERNA

NOTAS DE AULAS DE FÍSICA MODERNA NOTAS DE AULAS DE FÍSICA MODERNA Prof. Carlos R. A. Lima CAPÍTULO 5 PROPRIEDADES ONDULATÓRIAS DA MATÉRIA Primeira Edição junho de 2005 CAPÍTULO 5 PROPRIEDADES ONDULATÓRIAS DA MATÉRIA ÍNDICE 5.1- Postulados

Leia mais

Bienvenue au Cours Préparatoire Bemvindos à Primária

Bienvenue au Cours Préparatoire Bemvindos à Primária Bienvenue au Cours Préparatoire Bemvindos à Primária Ce qui ne change pas O que não se altera entre o pré-escolar e o 1º ano no LFIP L organisation administrative/a organização administrativa -Les contacts

Leia mais

AGRUPAMENTO de ESCOLAS de SANTIAGO do CACÉM Ano Letivo 2015/2016 PLANIFICAÇÃO ANUAL

AGRUPAMENTO de ESCOLAS de SANTIAGO do CACÉM Ano Letivo 2015/2016 PLANIFICAÇÃO ANUAL AGRUPAMENTO de ESCOLAS de SANTIAGO do CACÉM Ano Letivo 2015/2016 PLANIFICAÇÃO ANUAL Documento(s) Orientador(es): Programa de Física 12.º ano homologado em 21/10/2004 ENSINO SECUNDÁRIO FÍSICA 12.º ANO TEMAS/DOMÍNIOS

Leia mais

ESTRUTURA DOS SÓLIDOS

ESTRUTURA DOS SÓLIDOS ESCOLA POLITÉCNICA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO Departamento de Engenharia Metalúrgica e de Materiais ESTRUTURA DOS SÓLIDOS PMT 2100 - Introdução à Ciência dos Materiais para Engenharia 2º semestre de

Leia mais

Os materiais no estado sólido ocupam geralmente menos volume que no estado líquido (fundido).

Os materiais no estado sólido ocupam geralmente menos volume que no estado líquido (fundido). Campus Experimental de Sorocaba Materiais e Reciclagem 3 Arranjo Atômico e Cristalografia Professor Sandro Donnini Mancini Sorocaba, Fevereiro de 2015. Os materiais no estado sólido ocupam geralmente menos

Leia mais

Título ONDULATÓRIA Extensivo Aula 29. Professor Edson Osni Ramos (Cebola) Disciplina. Física B

Título ONDULATÓRIA Extensivo Aula 29. Professor Edson Osni Ramos (Cebola) Disciplina. Física B Título ONDULATÓRIA Extensivo Aula 29 Professor Edson Osni Ramos (Cebola) Disciplina Física B RADIAÇÕES ELETROMAGNÉTICAS ONDA ELETROMAGNÉTICA Sempre que uma carga elétrica é acelerada ela emite campos elétricos

Leia mais

SUBÁREA DE FÍSICA E QUÍMICA PLANEJAMENTO ANUAL PARA A DISCIPLINA DE FÍSICA 2ª SÉRIE DO ENSINO MÉDIO 2014. Identificação e Conteúdo Programático

SUBÁREA DE FÍSICA E QUÍMICA PLANEJAMENTO ANUAL PARA A DISCIPLINA DE FÍSICA 2ª SÉRIE DO ENSINO MÉDIO 2014. Identificação e Conteúdo Programático UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PRÓ-REITORIA DE GRADUAÇÃO CENTRO DE ENSINO E PESQUISA APLICADA À EDUCAÇÃO - CEPAE ÁREA DE CIÊNCIAS DA NATUREZA E MATEMÁTICA SUBÁREA DE FÍSICA E QUÍMICA PLANEJAMENTO ANUAL

Leia mais

PROVA ESPECIALMENTE ADEQUADA DESTINADA A AVALIAR A CAPACIDADE PARA A FREQUÊNCIA DO ENSINO SUPERIOR DOS MAIORES DE 23 ANOS PROVA DE QUÍMICA

PROVA ESPECIALMENTE ADEQUADA DESTINADA A AVALIAR A CAPACIDADE PARA A FREQUÊNCIA DO ENSINO SUPERIOR DOS MAIORES DE 23 ANOS PROVA DE QUÍMICA PROVA ESPECIALMENTE ADEQUADA DESTINADA A AVALIAR A CAPACIDADE PARA A FREQUÊNCIA DO ENSINO SUPERIOR DOS MAIORES DE 23 ANOS PROVA DE QUÍMICA TEMAS 1. Estrutura da matéria 1.1 Elementos, átomos e iões 1.2

Leia mais

ESTRUTURA E PROPRIEDADES DOS MATERIAIS ESTRUTURA CRISTALINA

ESTRUTURA E PROPRIEDADES DOS MATERIAIS ESTRUTURA CRISTALINA ESTRUTURA E PROPRIEDADES DOS MATERIAIS ESTRUTURA CRISTALINA Prof. Rubens Caram 1 POR QUE CRISTAL? Antigos gregos: pedaços de quartzo encontrados em regiões frias era um tipo especial de gelo - Krystallos

Leia mais

2.2. Ensino e a construção da cidadania: da moral religiosa à moral cívica.

2.2. Ensino e a construção da cidadania: da moral religiosa à moral cívica. 2.2. Ensino e a construção da cidadania: da moral religiosa à moral cívica. Cinq mémoires sur l instruc1on publique (1791). Présenta@on, notes, bi- bliographie et chronologie part Charles Coutel et Catherine

Leia mais

3B SCIENTIFIC PHYSICS

3B SCIENTIFIC PHYSICS 3B SCIENTIFIC PHYSICS Conjunto para microondas 9,4 GHz (230 V, 50/60 Hz) Conjunto para microondas 10,5 GHz (115 V, 50/60 Hz) 1009950 (115 V, 50/60 Hz) 1009951 (230 V, 50/60 Hz) Instruções de operação 10/15

Leia mais

Resolução Estrutural por Difração de Raios X de Tiouréias com Potencial Atividade Biológica

Resolução Estrutural por Difração de Raios X de Tiouréias com Potencial Atividade Biológica Universidade Federal de Goiás Instituto de Física Resolução Estrutural por Difração de Raios X de Tiouréias com Potencial Atividade Biológica Fernando Pereira de Sá Dissertação apresentada ao Instituto

Leia mais

STC 5. Redes de Informação e Comunicação. Data: 18 de Agosto de 2010 Morada: Rua de São Marcos, 7 C Tel: 266519410 Fax: 266519410 Tlm: 927051540

STC 5. Redes de Informação e Comunicação. Data: 18 de Agosto de 2010 Morada: Rua de São Marcos, 7 C Tel: 266519410 Fax: 266519410 Tlm: 927051540 STC 5 Redes de Informação e Comunicação Data: 18 de Agosto de 2010 Morada: Rua de São Marcos, 7 C Tel: 266519410 Fax: 266519410 Tlm: 927051540 STC 5 Redes de Informação e comunicação STC 5 Redes de informação

Leia mais

Difração de raios X. Ciência dos Materiais

Difração de raios X. Ciência dos Materiais Difração de raios X Ciência dos Materiais A descoberta dos raios X Roentgen 1895 Mão da Sra. Roentgen Mão do Von Kolliker 1ª radiografia da história Tubo de Crookes 3-99 DIFRAÇÃO DE RAIOS X Difração de

Leia mais

Arco-Íris, Miragens e

Arco-Íris, Miragens e , e Jorge C. Romão Instituto Superior Técnico, Departamento de Física & CFTP A. Rovisco Pais 1, 1049-001 Lisboa, Portugal 5 de Dezembro de 2014 Arco Íris Jorge C. Romão Slides EO 2 Espectro Electromagnético

Leia mais

Espectometriade Fluorescência de Raios-X

Espectometriade Fluorescência de Raios-X FRX Espectometriade Fluorescência de Raios-X Prof. Márcio Antônio Fiori Prof. Jacir Dal Magro FEG Conceito A espectrometria de fluorescência de raios-x é uma técnica não destrutiva que permite identificar

Leia mais

Aula 05 Forças intermoleculares

Aula 05 Forças intermoleculares Universidade Tecnológica Federal do Paraná Departamento Acadêmico de Química e Biologia Aula 05 Dr. Tiago P. Camargo Forças entre moléculas Forças entre moléculas Como moléculas podem interagir entre elas

Leia mais

TÉCNICAS DE CARACTERIZAÇÃO EXPERIMENTAL

TÉCNICAS DE CARACTERIZAÇÃO EXPERIMENTAL CAPÍTULO IV TÉCNICAS DE CARACTERIZAÇÃO EXPERIMENTAL 4.1. INTRODUÇÃO O fenómeno de solidificação é estudado e usado pela humanidade já há muitos séculos. A busca de novos materiais e modificação das suas

Leia mais

Substituição do Caulim por Carbonato de Cálcio no Processo Industrial do Papel

Substituição do Caulim por Carbonato de Cálcio no Processo Industrial do Papel Substituição do Caulim por Carbonato de Cálcio no Processo Industrial do Papel Danilo Alves Monteiro (FATEB) E-mail: daniloamonteiro@hotmail.com Kelly Cristiane Iarosz (FATEB) E-mail: kiarosz@gmail.com

Leia mais

Física Experimental - Ondulatória - Conjunto para ondulatória em meios mecânicos - EQ066A.

Física Experimental - Ondulatória - Conjunto para ondulatória em meios mecânicos - EQ066A. Índice Remissivo... 4 Abertura... 6 Guarantee / Garantia... 7 Certificado de Garantia Internacional... 7 As instruções identificadas no canto superior direito da página pelos números que se iniciam pelos

Leia mais

PROPRIEDADES DOS SÓLIDOS ESTRUTURA E TIPO DE LIGAÇÕES

PROPRIEDADES DOS SÓLIDOS ESTRUTURA E TIPO DE LIGAÇÕES PROPRIEDADES DOS SÓLIDOS ESTRUTURA E TIPO DE LIGAÇÕES 1 REPRESENTAÇÃO Diferentes estados da matéria gás pouca ordem, movimentos rápidos. Sólido cristalino altamente ordenado líquido polar mais ordenado,

Leia mais

COLÉGIO SANTA TERESINHA R. Madre Beatriz 135 centro Tel. (33) 3341-1244 www.colegiosantateresinha.com.br

COLÉGIO SANTA TERESINHA R. Madre Beatriz 135 centro Tel. (33) 3341-1244 www.colegiosantateresinha.com.br PLANEJAMENTO DE AÇÕES DA 2 ª ETAPA 2015 PERÍODO DA ETAPA: 01/09/2015 á 04/12/2015 TURMA: 9º Ano EF II DISCIPLINA: CIÊNCIAS / QUÍMICA 1- S QUE SERÃO TRABALHADOS DURANTE A ETAPA : Interações elétricas e

Leia mais

Água e Solução Tampão

Água e Solução Tampão União de Ensino Superior de Campina Grande Faculdade de Campina Grande FAC-CG Curso de Fisioterapia Água e Solução Tampão Prof. Dra. Narlize Silva Lira Cavalcante Fevereiro /2015 Água A água é a substância

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ Centro de Ciências Departamento de Física ELVIS MARQUES TEIXEIRA

UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ Centro de Ciências Departamento de Física ELVIS MARQUES TEIXEIRA UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ Centro de Ciências Departamento de Física ELVIS MARQUES TEIXEIRA REFINAMENTO DE TAMANHO DE PARTÍCULA E MICRODEFORMAÇÃO DE AMOSTRAS POLICRISTALINAS ATRAVÉS DE PERFIS DE DIFRAÇÃO

Leia mais

Capítulo 1 - Cristais

Capítulo 1 - Cristais 1. Cristais 1.1. Introdução O materiais no estado sólido podem apresentar estruturas cristalinas ou amorfas. Na estrutura cristalina os átomo (moléculas) apresentam um ordenamento periódico nas posições

Leia mais

As questões de 01 a 05, cujas respostas deverão ser redigidas EM PORTUGUÊS, referem -se ao texto abaixo.

As questões de 01 a 05, cujas respostas deverão ser redigidas EM PORTUGUÊS, referem -se ao texto abaixo. 1 2 3 4 5 Confira se os dados contidos na parte inferior desta capa estão corretos e, em seguida, assine no espaço reservado para isso. Se, em qualquer outro local deste Caderno, você assinar, rubricar,

Leia mais

Prova de Química e Biologia

Prova de Química e Biologia Provas Especialmente Adequadas Destinadas a Avaliar a Capacidade para a Frequência dos Cursos Superiores do IPVC dos Maiores de 23 Anos Prova de Química e Biologia Prova modelo Prova Específica de Química

Leia mais

EQUIVALÊNCIAS DE CRÉDITOS EQUIVALÊNCIAS DE CRÉDITOS E DUPLOS DIPLOMAS EQUIVALENCES DE CRÉDITS ET DOUBLE DIPLÔMES

EQUIVALÊNCIAS DE CRÉDITOS EQUIVALÊNCIAS DE CRÉDITOS E DUPLOS DIPLOMAS EQUIVALENCES DE CRÉDITS ET DOUBLE DIPLÔMES Encontros Acadêmicos de São Paulo 23/09/2005 EQUIVALÊNCIAS DE CRÉDITOS E DUPLOS DIPLOMAS EQUIVALENCES DE CRÉDITS ET DOUBLE DIPLÔMES EQUIVALÊNCIAS DE CRÉDITOS Aproveitamento de estudos realizados em outra

Leia mais

TEORIA DO ORBITAL MOLECULAR PARA MOLÉCULAS POLIATÔMICAS

TEORIA DO ORBITAL MOLECULAR PARA MOLÉCULAS POLIATÔMICAS UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE INSTITUTO DE QUÍMICA DEPARTAMENTO DE QUÍMICA INORGÂNICA QUÍMICA INORGÂNICA FUNDAMENTAL TEORIA DO ORBITAL MOLECULAR PARA MOLÉCULAS POLIATÔMICAS Prof. Fabio da Silva Miranda

Leia mais

Física e Tecnologia dos Plasmas Movimento de par.culas individuais

Física e Tecnologia dos Plasmas Movimento de par.culas individuais Física e Tecnologia dos Plasmas Movimento de par.culas individuais Mestrado em Engenharia Física Tecnológica Instituto Superior Técnico Instituto de Plasmas e Fusão Nuclear Vasco Guerra As perguntas fundamentais

Leia mais

Física Experimental V ( ) Introdução à disciplina

Física Experimental V ( ) Introdução à disciplina Física Experimental V (4300313) Introdução à disciplina Bacharelado: última disciplina experimental obrigatória Experimentos com aprofundamento de conceitos aprendidos em todo o curso e de procedimentos

Leia mais

CAPÍTULO 3 ESTRUTURAS CRISTALINAS E GEOMETRIA DOS CRISTAIS

CAPÍTULO 3 ESTRUTURAS CRISTALINAS E GEOMETRIA DOS CRISTAIS 58 CAPÍTULO ESTRUTURAS CRISTALINAS E GEOMETRIA DOS CRISTAIS Sumário Objetivos deste capítulo...59.1 Introdução...59.2 Rede espacial e células unitárias...59. Sistemas cristalográficos e redes de bravais...60.4

Leia mais

Cristalografia por Difração de Raios X. Aula 1 - Introdução. Algumas empresas que usam Cristalografia. Exemplo: receptores de hormônios.

Cristalografia por Difração de Raios X. Aula 1 - Introdução. Algumas empresas que usam Cristalografia. Exemplo: receptores de hormônios. Cristalografia por Difração de Raios X Aula 1 Introdução Cristalografia de Proteínas & SAXS Prof. Ricardo Aparicio IQ/UNICAMP a Cristalografia por Difração de Raios X permite obter informação sobre a estrutura

Leia mais

O CRISTAL IDEAL Estrutura Cristalina. Livro Texto - Capítulo 3

O CRISTAL IDEAL Estrutura Cristalina. Livro Texto - Capítulo 3 46 O CRISTAL IDEAL Estrutura Cristalina Livro Texto - Capítulo 47 O Cristal Perfeito - Estrutura Cristalina Muitos materiais - metais, algumas cerâmicas, alguns polímeros - ao se solidificarem, se organizam

Leia mais

Descoberta dos Raios-X

Descoberta dos Raios-X Descoberta dos Raios-X 1895 - Wilhelm Conrad Roentgen Experimentos com tubo de raios catódicos brilho em um cristal fluorescente perto do tubo mesmo mantendo o tubo coberto Raios invisíveis, natureza desconhecida:

Leia mais

10/02/2014. O Processo de Dissolução. Solução: é uma mistura homogênea de soluto e solvente. Solvente: Componente cujo estado físico é preservado.

10/02/2014. O Processo de Dissolução. Solução: é uma mistura homogênea de soluto e solvente. Solvente: Componente cujo estado físico é preservado. Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri Bacharelado em Ciência e Tecnologia Diamantina - MG Solução: é uma mistura homogênea de soluto e solvente. Solvente: Componente cujo estado físico

Leia mais

QUIMICA ORGÂNICA (Rodrigo Rosa)

QUIMICA ORGÂNICA (Rodrigo Rosa) QUIMICA ORGÂNICA (Rodrigo Rosa) HISTÓRICO Teoria da Força Vital - teoria postulada por Berzelius (1779-1848) na qual afirmava que era necessária uma força especial, desconhecida, somente presentes nos

Leia mais

DIFRAÇÃO DE RAIOS-X. Prof. Dr. Estéfano A. Vieira

DIFRAÇÃO DE RAIOS-X. Prof. Dr. Estéfano A. Vieira DIFRAÇÃO DE RAIOS-X Prof. Dr. Estéfano A. Vieira A descoberta dos raios-x em 1895 Prof. Dr. Estéfano A. Vieira Raios-x i) Identificação de descontinuidades de corpos (não será abordado neste curso em detalhes)

Leia mais

2.71/2.710 Óptica. MIT 2.71/2.710 5/9/01-wk1-b- 1

2.71/2.710 Óptica. MIT 2.71/2.710 5/9/01-wk1-b- 1 2.71/2.710 Óptica Unidades: 3-0-9, Pré requisitos: 8.02, 18.03 2.71: atende aos requerimentos do Departamento Eletivo 2.710: Nível H, atende aos requerimentos da MS em Design 5/9/01-wk1-b- 1 Objetivos

Leia mais

Educação para toda a vida

Educação para toda a vida GEOMETRIA MOLECULAR RPECV s e formas espaciais para moléculas com dois ao redor do átomo central não 2 Linear Linear s e formas espaciais para moléculas com três ao redor do átomo central não 3 Trigonal

Leia mais

Aula 3 Estrutura electrónica e cristalográfica

Aula 3 Estrutura electrónica e cristalográfica Aula 3 Estrutura electrónica e cristalográfica Tópicos a abordar Estrutura electrónica, cristalográfica e metalo(materialo)gráfica Estrutura electrónica Estrutura cristalográfica Organização dos átomos

Leia mais

Tecnologia Dos Materiais

Tecnologia Dos Materiais Tecnologia Dos Materiais Aula 2: Estrutura Cristalina Conceitos Fundamentais Célula Unitária Estrutura Cristalina Por que estudar? As propriedades de alguns materiais estão diretamente associadas à sua

Leia mais

FUNDAMENTOS DE ONDAS, Prof. Emery Lins Curso Eng. Biomédica

FUNDAMENTOS DE ONDAS, Prof. Emery Lins Curso Eng. Biomédica FUNDAMENTOS DE ONDAS, RADIAÇÕES E PARTÍCULAS Prof. Emery Lins Curso Eng. Biomédica Questões... O que é uma onda? E uma radiação? E uma partícula? Como elas se propagam no espaço e nos meios materiais?

Leia mais

DESENVOLVIMENTO DE UM SOFTWARE DE GERAÇÃO E VISUALIZAÇÃO DE NANOESTRUTURAS

DESENVOLVIMENTO DE UM SOFTWARE DE GERAÇÃO E VISUALIZAÇÃO DE NANOESTRUTURAS DESENVOLVIMENTO DE UM SOFTWARE DE GERAÇÃO E VISUALIZAÇÃO DE NANOESTRUTURAS Aluno: Marcos Paulo Moraes Orientador: André Silva Pimentel Introdução A nanotecnologia está associada a diversas áreas de pesquisa

Leia mais

Propriedades Térmicas da Matéria

Propriedades Térmicas da Matéria Propriedades Térmicas da Matéria Substâncias puras. Fases da matéria. Materiais cristalinos. Substâncias puras Mudanças de fase: Exemplo: Vaporização da água. Curva de pressão de vapor: http://web.mit.edu/16.unified/www/fall/thermodynamics/notes/node61.html

Leia mais

ESTUDO DA TÉCNICA DE DIFRAÇÃO DE RAIOS X

ESTUDO DA TÉCNICA DE DIFRAÇÃO DE RAIOS X UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA DEPARTAMENTO DE FÍSICA ESTUDO DA TÉCNICA DE DIFRAÇÃO DE RAIOS X SAULO CORDEIRO LIMA Feira de Santana 006 UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA DEPARTAMENTO

Leia mais

ESTRUTURA DOS MATERIAIS CERÂMICOS

ESTRUTURA DOS MATERIAIS CERÂMICOS ESTRUTURA DOS MATERIAIS CERÂMICOS Os sólidos são caracterizados por uma associação muito próxima de átomos, em geral representados por esferas rígidas, em contato uns com os outros e mantidos juntos por

Leia mais

Língua Estrangeira: FRANCÊS L alarme intelligente Finis les hurlements intempestifs, elle reconnaît les cambrioleurs Les alarmes, c est bien pratique Sauf quand ça se met à hurler à tout bout de champ

Leia mais

Mineralogia Óptica, Nardy, A.J.R; Machado, F.B, cap.i, pag.1

Mineralogia Óptica, Nardy, A.J.R; Machado, F.B, cap.i, pag.1 Mineralogia Óptica, Nardy, A.J.R; Machado, F.B, cap.i, pag.1 I- Introdução Conceitos Básicos Luz: É a parte visível do espectro eletromagnético, que compreende desde os raios γ até as ondas longas de rádio,

Leia mais

O que são redes cristalinas?

O que são redes cristalinas? Redes Cristalinas José Guilherme Licio Mestrando em Ensino de Física GHTC - Grupo de História, Teoria e Ensino de Ciências USP - Pós-Graduação Interunidades Tópicos - O que são redes cristalinas? - Revisão

Leia mais

4.2. Técnicas radiográficas especiais

4.2. Técnicas radiográficas especiais SEL 5705 - FUNDAMENTOS FÍSICOS DOS PROCESSOS DE FORMAÇÃO DE IMAGENS (III. Raios-X) Prof. Homero Schiabel (Sub-área de Imagens Médicas) 4.2. Técnicas radiográficas especiais 4.2.1. Abreugrafia Chapa, em

Leia mais

TM703 Ciência dos Materiais PIPE Pós - Graduação em Engenharia e Ciências de Materiais

TM703 Ciência dos Materiais PIPE Pós - Graduação em Engenharia e Ciências de Materiais TM703 Ciência dos Materiais PIPE Pós - Graduação em Engenharia e Ciências de Materiais Carlos Mauricio Lepienski Laboratório de Propriedades Nanomecânicas Universidade Federal do Paraná Aula 2 1º sem.

Leia mais

Biologia Estrutural. Simetria. Prof. Dr. Walter Filgueira de Azevedo Jr. wfdaj.sites.uol.com.br. 2006 Dr. Walter F. de Azevedo Jr.

Biologia Estrutural. Simetria. Prof. Dr. Walter Filgueira de Azevedo Jr. wfdaj.sites.uol.com.br. 2006 Dr. Walter F. de Azevedo Jr. Biologia Estrutural Simetria Prof. Dr. Walter Filgueira de Azevedo Jr. Resumo Características dos Cristais Características dos Cristais de Proteínas Elementos de Simetria Rede, Retículo e Empacotamento

Leia mais