Ciclo de Palestras ENCONTROS COM O ICNF
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1 Palestra 30 anos de ordenamento cinegético em Portugal: Evolução e caracterização do setor por Gonçalo Lopes (DRNCN/DGRCA) 25 de junho de 2015 Ciclo de Palestras ENCONTROS COM O ICNF Sede do ICNF, Lisboa, às quintas (14H-14H30)
2 30 anos de ordenamento cinegético Gonçalo Lopes
3 RECURSOS CINEGÉTICOS GESTÃO CINEGÉTICA HOMEM CAÇADOR MEIO
4 os recursos cinegéticos não são sustentáveis sem gestão
5 TEMAS: LEGISLAÇÃO ZONAS DE CAÇA ESPÉCIES CINEGÉTICAS CAÇADORES
6 LEGISLAÇÃO Lei n.º 30/86 de 27 de agosto Possibilitou a constituição de zonas de caça associativas, turísticas, nacionais e sociais Estipulou limites territoriais para a implementação das ZC não excederem 50% da totalidade da área, primeiramente com aptidão cinegética e posteriormente dos concelhos envolvidos, salvo condições particulares Estabeleceu licenças de caça gerais (âmbito geográfico e residência) e especiais (espécies e meios) CARACTERIZAÇÃO DO SETOR DO SETOR CAÇA CAÇA
7 LEGISLAÇÃO Lei n.º 30/86 de 27 de agosto Criou a obrigatoriedade de carta de caçador para exercer o ato venatório (para os novos caçadores é obrigatório um exame com provas teórica ou pratica) Reduz ainda o número de espécies cinegéticas retirando a doninha, a fuinha, o texugo, a gineta, o abibe, a rola turca e o estorninho preto) A partir de 1988 obriga os concessionários a assegurarem a fiscalização através da contratação de guardas florestais auxiliares
8 LEGISLAÇÃO Lei n.º 173/99 de 21 de setembro Substituiu as zonas de caça sociais pelas municipais As restrições à implementação das ZC são limitadas a 21 de setembro de 2005 Reconhece o direito à não caça Estabelece a idade mínima para a obtenção da carta de caçador nos 16 anos, em vez dos 18 anos anteriores
9 LEGISLAÇÃO Lei n.º 173/99 de 21 de setembro A contratação de guardas florestais auxiliares passa a ser facultativa e em 2009 a sua nomeação passa a ser autónoma em relação ao regime jurídico da caça Possibilita a emissão de carta de caçador por equivalência de carta obtida noutro país da UE É alargado aos 60 anos a idade de renovação da carta de caçador que anteriormente era aos 50 anos. A partir de 2008 as licenças de caça passam a ser obtidas por multibanco e junto dos balcões do ICNF
10 REGIÕES CINEGÉTICAS O país encontra-se dividido em 5 regiões cinegéticas
11 ZONAS DE CAÇA Evolução zonas de caça Total País ( ) n.º zonas área (ha) N.º zonas País ZCA N.º zonas País ZCT N.º zonas País ZCM N.º zonas País Total Área ZC País ZCA Área ZC País ZCT Área ZC País ZCM Área ZC País Total Área ordenada a decrescer desde 2008 Zonas de caça a aumentar sendo atualmente 4787 Área das ZCM a decrescer conversão em ZCA e ZCT A receita do ICNF relativa as taxas pagas pelas concessões ascendem a cerca de 4,3 milhões de euros
12 ZONAS DE CAÇA As ZCA predominam sobre as restantes em número e em área, sempre acima de 50%, em todas as regiões cinegéticas As ZCM são mais importantes na 1.ª região em número e em área As ZCT são residuais na 1.ª região e têm grande representação nas 2.ª e 4.ª regiões
13 ZONAS DE CAÇA
14 ZONAS DE CAÇA
15 ZONAS DE CAÇA
16 CAÇA MAIOR EXPLORAÇÃO Abates javali Tipos de ZC 2011/2012 ZCM 17% ZCT 22% ZCA 61% Abates javali e veado 2011/2012 veado 16% VL javali 84%
17 CAÇA MAIOR PREJUÍZOS Crescimento das populações de espécies de caça maior Expansão territorial Prejuízos na agricultura e floresta Acidentes viação
18 CAÇA MAIOR EXPLORAÇÃO 2500 Tipos zonas de caça com exploração de javali ZC Javali ZCA ZCT ZCM Aumento da exploração do javali Adesão do associativismo à prática da caça maior
19 CAÇA MENOR EXPLORAÇÃO Decréscimo nos abates das 3 espécies com quebra acentuada no coelho bravo
20 CAÇA MENOR EXPLORAÇÃO Abates espécies sedentárias/ Perdiz vermelha 30% Lebre 7% Coelho bravo 63%
21 CAÇA MENOR EXPLORAÇÃO Quantitativos abatidos espécies sedentárias e migradoras /2012 Coelho bravo 24% Tordos 47% Lebre 3% Perdiz vermelha 11% Patos 1% Rola comum 4% Pombos 10% Os tordos e o coelho bravo são as espécies mais procuradas pelos caçadores
22 CAÇADORES LICENÇAS Transferência do tipo de licença nacional para regional A receita do ICNF relativa as licenças de caça e taxas de exames ascende a quase 6 milhões de euros
23 CAÇADORES NÚMERO Tendência de diminuição do n.º de caçadores
24 CAÇADORES LICENÇAS EVOLUÇÃO DO N.º DE CAÇADORES E DOS CAÇADORES LICENCIADOS /00 01/02 03/04 05/06 07/08 09/10 11/12 13/14 N.º de Caçadores N.º de Licenciados Linear (N.º de Licenciados) A diminuição dos caçadores com licença acompanha a diminuição do total de caçadores
25 CAÇADORES LICENÇAS LICENÇAS PARA NÃO RESIDENTES POR PAÍS DE NACIONALIDADE N.º de Licenças Espanha França Itália Portugal 08/09 09/10 10/11 11/12 12/13 13/14 14/15 Dos países mais representativos, destaca se a Espanha Destaque igualmente para portugueses residentes no estrangeiro
26 CAÇADORES LICENÇAS Fonte: INE Censos 2011 A maior urbanização afigura se ser desincentivadora da prática da atividade, no entanto os caçadores destas áreas caçam até mais tarde do que no meio rural
27 CAÇADORES IDADE DISTRIBUIÇÃO ETÁRIA DA POPULAÇÃO DE CAÇADORES 30% 90% 25% 80% 70% Licenciados 20% 15% 60% 50% 40% Não Licenciados 10% 5% 30% 20% 10% Caçadores 0% < > 80 Classe etária 0% Peso dos Licenciados em cada classe Fonte: INE Censos 2011 População de caçadores bastante mais envelhecida que a população no geral
28 CAÇADORES MOVIMENTAÇÃO A grande maioria dos caçadores caça na região cinegética onde reside A 4.ª região é a que importa mais caçadores Em termos relativos a 3.ª região é a que exporta mais caçadores
29 CAÇADORES LICENÇAS
30 CAÇADORES LICENÇAS CAÇADORES COM LICENÇA INTEGRADOS E NÃO INTEGRADOS EM ZCA 48% 52% A maioria dos caçadores licenciados está integrada em ZCA EM ZCA FORA DE ZCA CAÇADORES INTEGRADOS OU NÃO EM ZCA, COM LICENÇA A % de caçadores integrados em ZCA que se licencia é bastante mais elevada que a dos não integrados em ZCA 68% 32% FORA ZCA EM ZCA
31 CONCLUSÕES Tendência acentuada de diminuição de caçadores Caçadores bastante mais envelhecidos que a população no geral Transferência das licenças nacionais para regionais Importância do associativismo Decréscimo ligeiro da área ordenada desde 2008 Aumento continuo do n.º de zonas de caça (fragmentação de áreas) Decréscimo da área e do número de ZCM Decréscimo dos abates de caça menor sedentária com destaque para o coelho bravo Além das questões sanitárias será importante estudar as relações existentes entre a reforma da PAC e a flutuação das populações de caça menor
32 VL obrigado
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