DENSIDADE DE SOLO E DE PARTÍCULAS DE SOLO DE ÁREA DEGRADADA APÓS APLICAÇÃO DE BIOSSÓLIDO

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1 DENSIDADE DE SOLO E DE PARTÍCULAS DE SOLO DE ÁREA DEGRADADA APÓS APLICAÇÃO DE BIOSSÓLIDO Ricro Bzrr Hoffmnn (1) ; Dyn Vlntin Brumtti (2) ; Pulo Hnriqu Pvni (3) ; Alln Abru Cvlcnti (4) ; Rphl Brgnç Alvs Frnns (5) & Murício Pulo Frrir Fonts (6) (1)Doutorno m Solos Nutrição Plnts, Dpto. Solos, UFV/Profssor o Instituto Frl Eucção, Ciênci Tcnologi o Acr, Cmpus Avnço Xpuri, ricro.hoffmnn@ifc.u.br; (2)Mstrn o PPG m Mtorologi Agrícol (prsntor o trblho); (3)Gruno m Engnhri Ambintl, UFV; (4)Grun m Engnhri Ambintl, UFV; (5) Profssor Ajunto, Dpto. Solos, UFV; (6) Profssor Titulr, Dpto. Solos, UFV. RESUMO Entr s ivrss possibilis xistnts pr isposição finl biossólios, o su provitmnto n rcuprção árs com solos gros prsnt-s como um s mis convnints, vio, principlmnt, plo lto tor mtéri orgânic, nutrints influênci ns crctrístics físics os solos. O objtivo ss trblho foi vlir influênci plicção biossólio sobr nsi o solo prtículs um solo provnint um ár gr. O stuo foi rlizo n ci stélit Rcnto s Ems (DF), on form instls unis xprimntis 20 m 2 vlios nsi o solo nsi prtículs o solo pós plicção cinco oss biossólio (0, 25, 50, t h -1, bs sc). As colts form rlizs no primiro trciro mês pós plicção o biossólio. Os rsultos obtios inicrm não hvr grns ifrnçs ntr s oss stus no príoo vlio, à xcção os vlors nsi solo, qu form iscrt form mis influncios prtir o umnto os biossólio incorporo o solo. A plicção biossólio, no príoo m stuo, promovu um tnênci créscimo n nsi o solo prtículs prtir o umnto os plic. Plvrs-chv: Loo sgoto; físic o solo; rcuprção ár gr. INTRODUÇÃO O umnto crscnt populção nos grns cntros urbnos tm grvo os problms mbintis rlcionos à proução rsíuos. Entr sss rsíuos, stc-s proução biossólios, um subprouto o loo sgoto, origino o trtmnto flunts águs rsiuáris ns stçõs trtmnto sgoto. Rcnts stuos stão inicno qu ss mtril possui lguns nutrints ssnciis às plnts, é rico m mtéri orgânic, tu como um conicionor o solo, influncino s crctrístics físics os solos. Entr s ivrss possibilis xistnts pr isposição finl biossólios, o su provitmnto n rcuprção árs com solos gros prsnt-s como um s mis convnints, vio, justmnt, plo lto tor mtéri orgânic, nutrints bnfícios ns crctrístics físics os solos. A plicção loo sgoto, m árs com solos gros, proporcion rápio stblcimnto crscimnto grmíns lguminoss (SOPPER, 1993). Sguno o utor, nos trtmntos com loo, s plnts s mostrrm mis vigoross com mior porcntgm cobrtur, miors proutivis mlhor snvolvimnto o sistm riculr. Esss bnfícios stão intimmnt rlcionos o port mtril orgânico proporciono por sss mtriis, como os biossólios, qu promovm mlhori o sto

2 grgção s prtículs o solo, iminui nsi umnt rção os solos (TSUTIYA, 2001). Sguno Alvs t l., (2007) os bnfícios vinos o uso sss mtriis orgânicos comprnm tmbém mlhoris ns crctrístics químics biológics os solos, o qu s torn muito prtinnt n rcuprção árs com solos gros. Dint o xposto, o objtivo ss trblho foi vlir nsi o solo (Ds) nsi prtículs (Dp) um solo ár gr pós plicção biossólio, visno su rcuprção. METODOLOGIA O xprimnto foi conuzio no intrior Estção Trtmnto Esgoto Rcnto s Ems, prtncnt à Compnhi Snmnto Ambintl o Distrito Frl (CAESB), locliz n ci Rcnto s Ems (DF), qu prsnt tmprtur méi nul 21 o C ltitu méi mtros. A rgião tm clim com us stçõs bm finis, um fri sc (ntr mio stmbro) outr qunt úmi (ntr outubro bril). Sguno clssificção Köppn, o clim é Aw, ou sj, tropicl svn. Pr instlção o xprimnto utilizou-s um ár solo gro, sno qu s principis crctrístics químics físics ss solo n profuni cm stão prsnts n Tbl 1. Tbl 1. Principis crctrístics químics físics o solo ár gr m stuo. Profuni Crctrístics Uni 0 20 cm cm Mtéri Orgânic g kg -1 1,16 0,52 ph(h 2 O) 5,41 5,29 P-Mhlich-1 mg m -3 0,70 0,40 K + mg m -3 19,00 17,00 N + mg m -3 20,60 2,80 C 2+ cmol c m -3 0,86 0,66 Mg 2+ cmol c m -3 0,12 0,10 Al 3+ cmol c m -3 0,00 0,00 (H+Al) cmol c m -3 2,30 0,80 SB cmol c m -3 1,12 0,81 V % 32,70 50,30 Argil g kg -1 49,00 47,00 Silt g kg -1 14,00 16,00 Ari fin g kg -1 16,00 14,00 Ari gross g kg -1 21,00 23,00 Dnsi prtículs kg m -3 2,70 2,70 Dnsi o solo kg m -3 1,12 1,09 O prpro prévio o solo constou us grgns suprficiis, sno n sqüênci ftuo o piqutmnto s unis xprimntis (UEs). C UE possuí imnsõs 5 x 4 m, totlizno 20 m 2 por UE. Os trtmntos constrm plicção cinco oss biossólio quivlnts 0, 25, 50, t h -1 (bs sc). O linmnto utilizo foi o blocos csulizos, com qutro rptiçõs. A ár xprimntl foi crc o csso r rstrito controlo. A crctrizção o biossólio utilizo no nsio inicrm s sguints crctrístics: ph: 8,93; sólios totis: 15,39 %; crbono totl: 36,48 %; N: 1,22 %; K: 0,29 %; P(P 2 O 5 ):

3 0,47 %; C: 1,12 % Mg: 0,31 %. O biossólio foi incorporo o solo mnulmnt, com uxílio pás nxs, tingino um profuni méi 7 cm. As colts mostrs solo form rlizs nos mss outubro zmbro 2009, corrsponno o primiro trciro mês, rspctivmnt, pós plicção o biossólio. As mostrs form rtirs com uxílio néis mtálicos, n profuni 0-6 cm, sno colt, próximo o cntro, um mostr c EU, totlizno qutro mostrs por trtmnto. Após colts, s mostrs form vimnt conicions trnsports pr o Lbortório Físic o Solo, prtncnt o Dprtmnto Solos (DPS) Univrsi Frl Viços (UFV), on form, n sqüênci, prprs pr nális, sguino métoo nlítico scrito m Ruiz (2004). Por fim, os os obtios form submtios à nális vriânci, sgui nális rgrssão, buscno vlir o fito s oss biossólio sobr Ds Dp o solo ár gr. O progrm sttístico utilizo foi o SAEG 9.1 (UFV, 2007). RESULTADOS E DISCUSSÃO Os rsultos obtios inicrm não hvr cntus ifrnçs nos vlors Ds Dp m rspost à plicção s oss biossólio, à xcção os vlors Ds mbs s colts, qu prsntrm um créscimo com o umnto os biossólio plico o solo (Figur 1). N primir mostrgm rução proporcion n Ds pl plicção mior os (200 t h -1 ) chg próximo 24 %, no sguno príoo vlição, ss vlor ficou m torno 14 %, quno compros com o trtmnto qu não rcbu plicção biossólio. -3 ) 2,00 1,60 m g (k 1,20 lo so o 0,80 si n D 0,40 Colt 1 Colt 2 y= 1, ,0002x - 0,000008x 2 R 2 = 0,9982 y= 1,2701-0,0004x -0,00006x 2 + 0, x 3 R 2 = 0,9835 0, Doss Biossólio (t h -1 ) Figur 1. Dnsi solo ár gr pós plicção oss crscnts biossólio. Cmpos Alvs (2008), stuno rcuprção um solo gro pós plicção loo sgoto, tmbém obsrvrm iminuição nss crctrístic quno compro os

4 vlors um solo xposto (sm trtmnto pr rcuprção). Trnnin t l. (2008) trblhno num xprimnto com solo trto com biossólio inustril cultivo com milho tmbém vrificou qu nsi o solo iminuiu com o umnto s oss o biossólio. Esss rsultos pom str rlcionos com o umnto grgção o solo n cm suprficil, como rlto m lguns trblhos (Souz t l., 2005; Mri, 2007) qu umnt o spço poroso, rsultno m mnor númro sólios por uni volum, ocsionno rução n nsi o solo. Nos vlors Dp, tmbém houvrm pqunos créscimos, nos ois príoos vlios, com o umnto os biossólio incorporo o solo (Figur 2). N primir colt, ss rução, quno compro com prcl qu não rcbu biossólio, foi 6 %, igul vlor foi vrifico no sguno príoo colt. ) -3 m g 5,00 4,00 (k s l 3,00 rtícu p 2,00 si n D 1,00 Colt 1 Colt 2 y= 2,6380-0,0019x + 0,000006x 2 R 2 = 0,9789 y= 2,5084-0,0006x R 2 = 0,8069 0, Doss Biossólio (t h -1 ) Figur 2. Dnsi prtícul solo ár gr pós plicção oss crscnts biossólio. Os vlors nsi prtículs, nos ois príoos vlios, form bm smlhnts inpnnt qunti biossólio plico (Figur 2). Contuo, os vlors primir colt tnrm srm supriors os vrificos n sgun mostrgm. Esss rsultos xprssm contribuição mtéri orgânic m fvorcr iminuição ss crctrístic no solo, como sugrio por Frrir & Dis Júnior (2001). Novs vliçõs srão conuzis consirno um intrvlo mior tmpo. CONCLUSÃO A plicção biossólio não promovu grns moificçõs n nsi o solo n nsi prtículs, com o incrmnto s oss incorpors o solo.

5 AGRADECIMENTOS À Compnhi Snmnto Ambintl o Distrito Frl (CAESB), Dprtmnto Solos Univrsi Frl Viços (DPS/UFV) Conslho Ncionl Dsnvolvimnto Cintífico Trcnológico (CNPq). REFERÊNCIAS ALVES, M.C.; SUZUKI, L.G.A. & SUZUKI, L.E.A.S. Dnsi o solo infiltrção águ como inicors quli físic um Ltossolo Vrmlho istrófico m rcuprção. R. Brs. Ci. Solo, 31: , CAMPOS, F.S. & ALVES, M.C. Uso loo sgoto n rstruturção solo gro. R. Brs. Ci. Solo, 32: , FERREIRA, M.M. & DIAS JÚNIOR, M.S. Físic o solo. Lvrs: UFLA/FAEPE, p. MARIA, I.C.; KOCSSI, M.A. & DECHEN, S.C. Agrgção o solo m ár qu rcbu loo sgoto. Brgnti, 66: , RUIZ, H.A. Métoos náliss físics o solo. Viços, Univrsi Frl Viços p. SAEG - Sistm pr Análiss Esttístics. Vrsão 9.1. Função Arthur Brnrs. Viços: UFV, Disponívl m: Acsso m 22 jun SOPPER, W.E. Municipl slug us in ln rclmtion. Nw York: Lwis, p. SOUZA, Z.M.; BEUTLER, A.N.; MELO, V.P. & MELO, W.J. Estbili grgos rsistênci à pntrção m Ltossolos ubos por cinco nos com biossólios. R. Brs. Ci. Solo, 29: , TRANNIN I. C. B., SIQUEIRA J. O.; MOREIRA F.M. S. Atributos químicos físicos um solo trto com biossólio inustril cultivo com milho. Eng. Agríc. 12: , TSUTIYA, M.T. Altrntivs isposição finl biossólio. In: TSUTIYA, M.T.; COMPARINI, J.B.; SOBRINHO, P.A.; HESPANHOL, I.; CARVALHO, P.C.T.; MELFI, A.J.; MELO, W.J. & MARQUES, M.O., s. Biossólios n gricultur. São Pulo, SABESP, Escol Politécnic USP, ESALQ, UNESP, p

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