Caraterização do setor do vinho em Portugal. Mário Lourenço Núcleo de Análise Setorial 29 março 2017 Évora
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1 Caraterização do setor do vinho em Portugal Mário Lourenço Núcleo de Análise Setorial 29 março 2017 Évora
2 I. Estrutura e dinâmica II. Indicadores económico-financeiros III. O caso do enoturismo 2 29 março 2017
3 Sociedades não financeiras (total das ) 400 mil Indústrias transformadoras 42 mil Estrutura e dinâmica Universo de análise Indústrias das bebidas (Divisão 11 da CAE Rev. 3) Produtores com Indicação Geográfica Protegida Alentejano ou Designação de Origem Protegida 1101 fabricação de bebidas alcoólicas destiladas 1102 indústria do vinho 1104 fabricação de vermutes e outras bebidas fermentadas não destiladas Cerveja 1103 fabricação de cidra e outras bebidas fermentadas de frutos 1105 fabricação de cerveja 1106 fabricação de malte Refrigerantes e águas 1107 fabricação de refrigerantes; produção de águas minerais naturais e de outras águas engarrafadas 3 29 março 2017 Fonte: Universo das sociedades não financeiras do Banco de Portugal, 2015 s e Aguardentes de Portugal 2015, Instituto da Vinha e do, I.P. Classificação Portuguesa das Atividades Económicas, Revisão 3 (CAE-Rev3) disponível em
4 Estrutura e dinâmica Universo de análise Total das Indústria das bebidas Número de Indústrias transformadoras 10 % Indústria das bebidas 0,3 % 88 % Volume de negócios Indústrias transformadoras 25 % Indústria das bebidas 1 % 52 % Fonte: Universo das sociedades não financeiras do Banco de Portugal, 2015 Classificação Portuguesa das Atividades Económicas, Revisão 3 (CAE-Rev3) disponível em março 2017
5 Estrutura por classes da CAE Rev.3 Estrutura e dinâmica Universo de análise Peso do no setor Número de 1102 Indústria do vinho 90 % 11 % Volume de negócios 1102 Indústria do vinho 97 % 52 % 20 % Fonte: Universo das sociedades não financeiras do Banco de Portugal, 2015 Classificação Portuguesa das Atividades Económicas, Revisão 3 (CAE-Rev3) disponível em março 2017
6 Estrutura e dinâmica Classes de dimensão Número de Volume de negócios Total das Grandes 0,3 % Grandes 0,8 % PME 11 % PME 24 % Micro 89 % Micro 75 % Grandes 42 % Grandes 22 % PME 70 % PME 43 % Micro 16 % Micro 8 % Volume de negócios médio 2 vezes superior à média nacional Volume de negócios médio 4 vezes superior à média nacional Fonte: Universo das sociedades não financeiras do Banco de Portugal, março 2017
7 Estrutura e dinâmica Localização geográfica Repartição do volume de negócios do vinho (Top 5) Peso do vinho no volume de negócios do distrito (Top 5) 40 % Porto 10 % 30 % 20 % 10 % Évora Vila Real Lisboa Viseu 8 % 6 % 4 % 2 % Vila Real Évora Guarda Viseu Beja 0 % 0 % Fonte: Universo das sociedades não financeiras do Banco de Portugal (localização geográfica da sede), março 2017
8 Estrutura e dinâmica Indicadores demográficos Taxa de variação do número de 6 % 5 % 4 % 5% Taxa de natalidade 7% Taxa de mortalidade 2% 3 % 2 % 1 % 0 % Total das 1% Taxa de natalidade 8% Taxa de mortalidade 7% Fonte: Universo das sociedades não financeiras do Banco de Portugal, março 2017
9 Estrutura e dinâmica Setor exportador e mercado externo Peso do setor exportador (2015) Saldo das transações com o exterior (2015) Variação do volume de negócios ( ) 53 % 61 % volume de negócios 20 % 31 % 31 % 20 p.p. 11 p.p. 24 % 16 Variação do volume de negócios (%) 37 % volume de negócios 32 % Mercado interno (p.p.) 6 % 18 % 1 % -2 % Mercado externo (p.p.) Total das Total das Total das Fonte: Universo das sociedades não financeiras do Banco de Portugal, Setor exportador: com exportações (i) superiores a 50% do vol. de negócios ou (ii) superiores a 10% do vol. de negócios e acima de 150 mil Saldo das transações com o exterior: diferencial entre a componente exportada das vendas e a componente importada das compras 9 29 março 2017
10 Estrutura e dinâmica Síntese Três quartos das do vinho são micro; as PME geraram 70 % do volume de negócios do setor Porto é o distrito onde é gerada a maior parcela do volume de negócios do setor, mas é em Vila Real e Évora que este assume maior importância relativa Grande relevância do setor exportador; saldo positivo das transações com o exterior e contributo relevante para o aumento do volume de negócios s do com maior volume de negócios médio; aumento mais significativo da atividade com maior ligação ao mercado externo março 2017
11 Indicadores económico-financeiros Atividade Taxa de variação anual do volume de negócios Taxa de variação anual do EBITDA 10 % 11 % 7 % 40 % 29 % Total das 25 % 5 % 20 % 10 % 0 % 2 % Total das 0 % -5 % -20 % -10 % % Fonte: Informação Empresarial Simplificada (IES), Banco de Portugal, EBITDA: Earnings Before Interest, Taxes, Depreciation and Amortization (Resultados antes de juros, impostos e gastos de depreciação e amortização) março 2017
12 Indicadores económico-financeiros Rendibilidade Margens de atividade (% rendimentos, 2015) Rendibilidade do capital próprio 10 % 14 % 14 % Margem operacional (EBITDA) 8 % 6 % Total das 7 % 3 % 6 % 4 % Margem líquida (RLP) 4 % 2 % 5 % 4 % Total das 0 % março 2017 Fonte: Informação Empresarial Simplificada (IES), Banco de Portugal, EBITDA: Resultados antes de juros, impostos e gastos de depreciação e amortização RLP: Resultado líquido do período
13 Indicadores económico-financeiros Situação financeira Capitais próprios (% ativo) Dívida remunerada (% passivo) Juros suportados (% EBITDA) 61 % 17 % 45 % 32 % 27 % 52 % 34 % 31 % Média ponderada Mediana 58 % 7 % 21 % 25 % 55 % 11 % 10 % 31 % 8 % 33 % Títulos de dívida Financiam. de do grupo Empréstimos bancários 20 % 20 % 13 % Total das Total das Total das Fonte: Informação Empresarial Simplificada (IES), Banco de Portugal, 2015 Dívida remunerada: títulos de dívida, empréstimos bancários, financiamentos de do grupo e outros financiamentos março 2017
14 Indicadores económico-financeiros Dívida comercial Saldo de fornecedores saldo de clientes (% volume de negócios) Ciclo de conversão em liquidez (número de dias, 2015) 0 % -1 % Fornecedores 16 % do passivo 302 dias 509 dias -2 % -3 % -4 % Total das -3,1% -3,3% 9 % Fornecedores 23 % do passivo 120 dias -5 % Fornecedores 21 % do passivo Total das Fonte: Informação Empresarial Simplificada (IES), Banco de Portugal, Ciclo de conversão em liquidez = Prazo médio de rotação de inventários + Prazo médio de recebimentos prazo médio de pagamentos março 2017
15 Indicadores económico-financeiros Síntese Crescimento do volume de negócios do vinho acima do total das Margens mais elevadas e rendibilidade dos capitais próprios mais estável (mesmo que inferior à do total das em 2015) Maior preponderância dos capitais próprios no financiamento do ativo; passivo composto maioritariamente por dívida remunerada Setor caraterizado pelo ciclo de conversão em liquidez longo s do com maiores aumentos do volume de negócios e do EBITDA, mas menores rendibilidades e maior dependência de capitais alheios face ao setor do vinho março 2017
16 março 2017
17 O caso do enoturismo Universo de análise Classes 1101, 1102 e 1104 da CAE Rev.3 Enoturismo Seleção a partir da CAE REV.3 Atividade principal classe 1102 indústria do vinho Pelo menos uma atividade secundária: Comércio a retalho (47); Alojamento e restauração (55, 56) Atividades artísticas e culturais e outros serviços (79900, 82300, 90010, 91020, 93292, 93293, 93294) 13 % Empresas Volume de negócios 26 % 26 % Pessoas ao serviço Fonte: Universo das sociedades não financeiras do Banco de Portugal, 2015 Classificação Portuguesa das Atividades Económicas, Revisão 3 (CAE-Rev3) disponível em março 2017
18 O caso do enoturismo Estrutura e dinâmica Enoturismo com atividade de Setor exportador alojamento e restauração comércio a retalho 50% 46% 18 % 61 % volume de negócios 27 % 80 % volume de negócios atividades artísticas e culturais e outros serviços 18% Enoturismo Distribuição do volume de negócios do enoturismo por distrito (Top 3) 50 % Relevância do enoturismo no volume de negócios do distrito (Top 3) 3 % 15 % 12 % 1 % 0,4 % Porto Évora Setúbal Évora Vila Real Porto Fonte: Universo das sociedades não financeiras do Banco de Portugal, 2015 Classificação Portuguesa das Atividades Económicas, Revisão 3 (CAE-Rev3) disponível em março 2017
19 O caso do enoturismo Estrutura e dinâmica Volume de negócios médio 4 vezes superior à média nacional 64 % com crescimento do volume de negócios em % crescimento do volume de negócios 85 % volume de negócios gerado por com mais de 20 anos % volume de negócios com destino ao mercado externo Fonte: Universo das sociedades não financeiras do Banco de Portugal, 2015 Setor exportador: com exportações (i) superiores a 50% do vol. de negócios ou (ii) superiores a 10% do vol. de negócios e acima de 150 mil março 2017
20 O caso do enoturismo Indicadores económico-financeiros Rendibilidade dos capitais próprios Principais fontes de financiamento 8 % 6 % 4 % 2 % 0 % Enoturismo 6 % 5 % Capital próprio 49 % do ativo Dívida remunerada 53 % do passivo, dos quais: 15 % Títulos de dívida % Empréstimos bancários Fonte: Informação Empresarial Simplificada (IES), Banco de Portugal, março 2017
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